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Avaliação e Intervenção da Psicopedagogia Institucional - Resumo

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Avaliação e Intervenção da Psicopedagogia Institucional – Resumo
Aula 1 – Conceito e Atuação
O que é Psicopedagogia?
É um campo do conhecimento que estuda o processo da aprendizagem humana:
· Características;
· Como se aprende;
· Como a aprendizagem evolui;
· Como se produz as alterações na aprendizagem;
· Como tratar, reconhecer e prevenir essas alterações.
A Psicopedagogia possui caráter predominantemente preventivo, e a atuação em geral, ocorre em pequenos grupos. Aprofunda-se na criação de condições de aprendizagem dos profissionais integrantes da instituição, levando em consideração seus diferentes setores de atuação, assim como a missão e objetivos institucionais.
É dividida em três formas de atuação:
· Escolar
· Empresarial
· Hospitalar
Psicopedagogia Empresarial
- Ela ocorre em ambiente organizacional.
- Tem como objetivo melhorar o desempenho dos profissionais, ajudando-os a encontrar seu potencial para então desenvolvê-lo.
- Por se tratar de um processo contínuo, a aprendizagem também está presente na vida adulta.
- Se compreendemos ainda que a aprendizagem pode ocorrer em qualquer lugar, e que não existe o profissional pronto, podemos conceber o ambiente de trabalho como um espaço privilegiado de aprendizagem.
- A Psicopedagogia Empresarial visa colaborar com profissionais que apresentem dificuldade de adaptação a novos cotidianos, a novas funções, já que isso também é aprendizagem humana.
- Visa também colaborar nos processos de seleção junto a administradores e psicólogos organizacionais, planejando, em equipe, processos de treinamento que favoreçam o desenvolvimento do funcionário e da empresa.
- O psicopedagogo pode contribuir para a compreensão e o estabelecimento de vínculos positivos entre as pessoas, atuando na melhoria da qualidade das relações inter e intrapessoais dos indivíduos que trabalham na instituição, intervindo nos fatores prejudiciais ao bom andamento do grupo.
- A abordagem é realizada considerando a finalidade e o objetivo da instituição, partindo da história da organização e suas características próprias.
- Deve ser contextualizada, atendendo as necessidades da empresa, no entanto, considerando as habilidades e potencial do colaborador.
Psicopedagogia Hospitalar
- Pouco conhecida e difundida no Brasil.
- Tem como objetivo colaborar com o desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescente que estejam acamados ou internados por longos períodos e, por isso, afastados do ambiente escolar.
- Sua atuação é junto ao leito, e seu principal objetivo é reduzir as defasagens que o afastamento da escola pode provocar na criança hospitalizada.
- A atuação se dá no sentido de que, no momento em que a criança retornar à escola, possa acompanhar, da melhor forma possível, a turma.
- Por ser pouco conhecida no Brasil, geralmente acaba sendo executada por profissionais voluntários.
Psicopedagogia Escolar
- Atuação junto aos alunos, individualmente ou em pequenos grupos.
- Atuação preventiva, junto aos professores e supervisor escolar, propondo estratégias que contemplem todos os alunos no processo de aprendizagem.
- Atuação junto às dificuldades dos professores e equipe pedagógica, buscando a melhor qualidade do ensino.
- É o espaço privilegiado de atuação do Psicopedagogo, de forma que, continuaremos, ao decorrer da disciplina, a abordar questões escolares e a presença do profissional da Psicopedagogia neste contexto.
Aula 2 – Bases Teóricas e o Papel do Psicopedagogo Escolar
A Psicopedagogia é uma área de estudo que nasceu de uma prática mediante da necessidade escolar e com isso, deve estar voltada para a aprendizagem humana, de forma interdisciplinar, tendo influências de várias áreas do conhecimento. 
Dessa forma, é necessário que o Psicopedagogo faça uma reflexão quanto à sua prática e sobre os mecanismos internos de construção do conhecimento e é importante que este profissional tenha então domínio de suas teorias do conhecimento e outras teorias que dão subsídio à Psicopedagogia.
Exemplos de conhecimentos que compõem a Psicopedagogia:
· Psicologia Interacionista (Vygostsky e Piaget).
· Psicanálise – Teoria do inconsciente (Freud)
· Psicologia Social e as Intervenções Grupais (Pichon-Riviére e Jorge Visca)
· Psicogênese da língua escrita (Emília Ferreiro e Ana Teberoski)
· Contribuições de autores na Argentina, como Alicia Fernandez e Sara Paim.
· Contribuições de autores no Brasil, como Nadia Bossa e Maria Lúcia Weiss, entre tantos outros.
A psicopedagogia não se restringe às dificuldades de aprendizagem, ela está ligada ao processo de aprendizagem de forma ampla e com isso, numa linha preventiva, o psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer à escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem.
No espaço escolar, ele pode contribuir para o esclarecimento das dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas as deficiências ao aluno, mas que são consequências de problemas escolares, ligados à fatores organizacionais ou metodológicos.
Pode atuar ainda preventivamente junto aos docentes, explicando sobre habilidades, conceitos e princípios para que ocorra a aprendizagem, trabalhando na formação continuada, na reflexão sobre currículos e projetos. Também é importante a atuação desde profissional junto às famílias de alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem, de forma a tornar os ambientes compartilhados pela criança saudáveis e favorecedores do desenvolvimento das capacidades e habilidades desse aluno.
A intervenção psicopedagógica na instituição escolar se dirige ao aluno em sua relação com seus pares e com o professor e ao professor em sua relação com o grupo de alunos, com os pais e com o psicopedagogo.
Aula 3 – A Instituição Escola
- O foco da Psicopedagogia Escolar deve ser as relações criadas e vivenciadas em ambiente escolar, considerando que não sujeito a não ser em relação ao outro. Ensinar e aprender são resultado dessa dupla sujeição.
- Sobre o saber, é importante pensar que não há controle sobre ele, há inclusive saberes inconscientes dos quais não se consegue apropriar, podendo se manifestar, por exemplo, por meio de uma inibição cognitiva.
- Na relação professor-aluno, o professor é autor enquanto ensina e o aluno é autor enquanto pensa, o que pode se dar reflexivamente, pela fala ou ainda pela prática do aluno.
- A aprendizagem é uma apropriação do aluno sobre o abjeto de conhecimento.
- Segundo a concepção interacionista, é o aluno que se apropria, tornando o conhecimento seu, por meio de processor de assimilação e acomodação, que geram alguns desequilíbrios e modificam gradativamente as funções cognitivas, dentre elas, as de aprendizagem.
- Dessa forma, cabe uma reflexão sobre a organização das instituições:
· Como está organizado o espaço escolar?
· Como está organizado o tempo escolar?
	Sugestão de vídeo: A organização do tempo e do espaço na escola. (MEC, PCN’s)
A Divisão do Tempo Escolar
A escola está organizada em séries anuais, e os conteúdos separados em disciplinas, no entanto, é difícil de se perceber uma aproximação dos conteúdos, uma interdisciplinaridade.
O recreio, ou intervalo, é um espaço de explosão de emoções, do movimento, entretanto volta à sala de aula tem um caráter disciplinador, como se as emoções, o prazer, tivessem de permanecer mesmo do lado de fora. Então escola ainda trabalha muito nessa perspectiva.
É importante trabalhar as regras sociais com os alunos, porém, aliado a isso, é importante também trabalhar essa transição do movimento, das emoções de forma gradual e utilizá-la como propulsora da aprendizagem, ao invés de considera-la como somente descarga de energia.
Além disso, a escola não consegue trabalhar ainda com o descompasso de aprendizagem entre uma criança e outra, privilegiando aquelas que aprendem ou executam uma atividade mais rapidamente em detrimento de outras, consideradas “lentas”, o que cria um ambiente de tensão na sala de aula, um ambiente de competitividade que favorece a baixa autoestima e sentimentos de inferioridade, em alguns casosaté de agressividade em algumas crianças.
Espaço Escolar
- Tem se mostrado um ambiente mais disciplinador que provocativo no sentido da aprendizagem. Aprende-se apenas em sala de aula através do quadro, ou lousa, e outros espaços quase não são explorados.
- Faz-se necessário, portanto, repensar a organização escolar, de modo a considerar o aluno agente de sua apreensão de conhecimento. O espaço e tempo devem permitir ao aluno refletir, questionar e interferir no processo de aprendizagem, dando a ele voz, autonomia.
Aula 4 – Processo de Avaliação
A avaliação psicopedagógica é um processo compartilhado de coleta e análise de informações relevantes acerca dos vários elementos que intervém no processo de ensino e aprendizagem.
Objetivos: 
1- Certificar as necessidades educativas de determinados alunos que apresentem dificuldades em seu desenvolvimento pessoal ou, desajustes quanto ao currículo escolar por causas diversas.
2- Fundamentar as decisões tomadas a respeito da proposta curricular e dos tipos de suportes necessários para avançar no desenvolvimento das várias capacidades do aluno e da instituição.
Concepção de aprendizagem e dificuldade de aprendizagem
- Durante muito tempo, os problemas de aprendizagem foram concebidos como aqueles que ocorriam somente por um componente biológico.
- Eram desprezados os componentes afetivos, sociais e culturais, que tanto interferem no ato de aprender.
- As crianças que não aprendiam eram comumente levadas ao médico, especialmente o neurologista, submetidas a diversos exames e medidas.
- Uma criança com dificuldade de aprendizagem pode sim ter necessidade do tratamento médico, no entanto, é necessário um diagnóstico e intervenção psicopedagógicos anteriores e daí identificada a necessidade do tratamento medicamentoso.
- Há ainda a tendência do localizar a causa do não aprender no aluno, mas é necessário refletir também sobre as práticas pedagógicas e todo o contexto compartilhado pela criança.
- As habilidades envolvidas no processo de aprendizagem dependem na natureza do objeto a ser apreendido e das condições do sujeito da aprendizagem. O psicopedagogo é alguém que está diante desse sujeito e da natureza do objeto do conhecimento. Ao se apropriar do objeto do conhecimento, o aluno constrói estruturas do pensamento.
- Sendo assim, na avaliação é preciso considerar o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, também a dimensão motora no ato de aprender.
- A aprendizagem se dá a partir das diferenças, dos erros, imitações. Ela se dá através do conflito, da divergência, do debate e das conexões que são realizadas a partir de cada situação.
- Nesse sentido, a avaliação deve ser vista como uma aproximação diagnóstica: requer criatividade e capacidade de estar aberto ao novo e ao imprevisível.
- Então, o que avaliar?
· Se a organização da escola oprime o aluno ou contribui para o pleno desenvolvimento de sua capacidade;
· As dificuldades apresentadas pelo aluno por meio de provas de raciocínio lógico, habilidade de leitura e escrita, como ele interage com outras crianças e adultos e como brinca;
· Como o conteúdo é trabalhado, quais as concepções do professor sobre o processo ensino-aprendizagem;
· As metodologias utilizadas pela escola: se de caráter mais comportamental ou construtivista;
· Qual a relação da criança com a escola e suas expectativas;
· Compreender as expectativas dos pais e/ou familiares em relação ao filho e como se dá sua atuação no processo de escolarização, fator esse de grande relevância para a avaliação.
Aula 5 – Processos de Intervenção
Alguns autores dizem que há a maior dificuldade na intervenção institucional quando comparada à clínica, considerando-a mais complexa por exigir o olhar para diversos aspectos envolvidos na aprendizagem. Entretanto, trata-se de uma atuação muito rica, nos resultados, na quantidade de pessoas envolvidas e pela possibilidade de formas diversas de intervenção.
A intervenção psicopedagógica na escola pode se dirigir ao aluno, nas relações estabelecidas, ao professor, de forma a verificar suas dificuldades de atuação, com o grupo, aos pais e também ao próprio psicopedagogo.
- Após realizada a aproximação diagnóstica, as intervenções podem se dar no âmbito do aluno, do professor, do projeto pedagógico, neste último caso em termos de atender ou não as demandas necessárias para o grupo de alunos com o qual atua.
- É importante que se privilegie o grupo como forma de atuação, evitando o foco em um aluno específico, de forma a evidenciar o coletivo, as relações.
- O grupo permite a diluição no poder existente na relação adulto-criança, professor-aluno.
- Todos ganham com a intervenção grupal.
- Considerando a dificuldade com o um desajuste em relação ao currículo escolar, é preciso compreender o que aquele aluno precisa desenvolver em termos de habilidades para alcançar a proposta curricular.
- É importante levar o aluno, ou o grupo de alunos, a construir estruturas de pensamento.
Atenção! 
A intervenção psicopedagógica não deve ser confundida com reforço escolar. Não se trata o conteúdo, mas atividades que promovam modificações na qualidade do pensamento.
· As intervenções podem ser realizadas através de oficinas, por exemplo, oficinas de raciocínio lógico, leitura, etc.
· As atividades que contribuem para o raciocínio lógico, para a estruturação de um pensamento mais categorial devem também ser trabalhadas.
· Tudo isso permeado de afetividade e acolhimento profissional, após a construção do vínculo, para que a criança se sinta mais segura e confiante de sua capacidade.
· Além disso, também é importante organizar grupos de pais, de forma a buscar compreender suas impressões e expectativas acerca do desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos e da escola, e ainda, a capacitação dos professores.

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