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‘ FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS CURSO DE DIREITO ACADÊMICOS : LÍVIA RAMIRES PEREIRA DOS SANTOS,JULIA PINHEIRO DOS SANTOS,LAISA KELLY SILVA SOUZA,IASMYN EMILLY NERY ROCHA ALMEIDA,CAMILLA EVELIN FERREIRA PALMA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER FEIRA DE SANTANA 2022 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER Artigo científico apresentado ao curso de Direito da Faculdade Tecnologia e Ciências,como requisito parcial para a obtenção de aprovação,sob a orientação do Prof: Lindomar José Matos Ferreira . Data da aprovação:16/05/2022 Professor orientador:Lindomar José Matos Ferreira FEIRA DE SANTANA 2022 Violência contra Mulher Livia Ramires Pereira dos santos,Julia Pinheiro dos santos, Laisa Kelly Silva Souza,Iasmyn Emily Nery Rocha Ferreira, Camilla Evelin Ferreira Palma Resumo:Esta pesquisa tem como objeto de Estudo da violência contra mulher, à luz das Fontes Jurídicas que se manifestam dentro do sistema Jurídico Brasileiro, iniciamos partindo de um conceito doutrinário e seus caracterizadores.Essas leis visam proteger e garantir os direitos das mulheres.Isto começa a ocorrer com a aprovação da Constituição Federal de 1988,a Lei n. 11.340/2006 que reconheceu qualquer ação ou omissão baseada no gênero como violência,dando proteção ao Estado. Palavras-chave: Violência.Proteção.Constituição.Mulher Sumário:Introdução. 1.Violência contra mulher;1.1Tentativa de conceitos;1.2 Elementos caracterizadores da Violência contra mulher. 2.Violência contra Mulher no código penal de 2006.3.Relatos da Violência Antigamente.4.Aplicabilidade da Lei Maria da Penha.5.Considerações finais Introdução A violência contra mulher é qualquer tipo de ação ou conduta baseada no gênero que possa causar morte,danos,sofrimento físico ,sexual ou psicológico.Essas violências podem fazer com que a mulher enfrente diversos traumas e doenças durante a vida. A pesquisa utilizará de uma metodologia que terá finalidade desenvolver ligação com o tema abordado de forma a entender como as coisas funcionam dentro deste assunto.Logo trata-se de uma pesquisa exploratória e explicativa,em todo o trabalho utilizaremos fontes essenciais para desenvolver uma pesquisa científica. Faremos uma tentativa conceitual acerca da Lei 11.340,que é popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, baseada em doutrinas Citaremos elementos peculiares caracterizadores dos tipos de violência contra a mulher ainda que estas sejam frutos esta seja fruto da constatação,ao longo do tempo da existência de alguns elementos,que somados ,a caracterizam. Incluiremos também fontes jurídicas que asseveram a violência contra mulher com fundamentação legal,partindo da Constituição Federal de 1988,um marco histórico na evolução do Direito das Mulheres,uma vez considera que há feminicídio quando o crime é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.Deste modo traremos informações sobre o tema à luz das normas jurídicas contidas no Código Penal Brasileiro de 1940,novo código e Lei Maria da Penha ,uma vez que este necessitou ser detalhadamente tipificado e como ocorre a repreensão. 1 .Violência contra Mulher 1.1 Tentativas conceituais Violência é o uso da força,que pode resultar em algum dano e a violência contra a mulher,é baseada em toda e qualquer conduta que pode causar dano a mulher. De uma maneira mais complexa,a violência contra as mulheres nem sempre foi compreendida como violência, no passado,o Código Criminal de 1830 extinguiu a "autorização" concedida aos maridos para matar suas mulheres,em caso de adultério ou da mera suposição de sua ocorrência, ou seja, antes mesmo de começar a rolar os boatos.Os advogados justificaram como defesa dos maridos assassinos que tal tinha cometido o “crime de paixão” ou crimes passionais e da legítima defesa da honra, mas em 1991 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu um passo importante,afastar definitivamente, essa figura jurídica largamente utilizada pela defesa dos acusados de matar as mulheres, em geral, esposas, companheiras, namoradas,nas relações afetivas atuais ou passadas.Disse o STJ,que a “honra” é atributo pessoal e, no caso, a honra ferida é a da mulher,quem cometeu a conduta tida por reprovável (traição),e não a do marido ou companheiro que poderia ter recorrido à esfera civil da separação ou divórcio.Em síntese, decidiu que a tese da “legítima defesa da honra” é inconstitucional,por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.Até então, os maus-tratos e castigos infligidos às mulheres, especialmente no âmbito doméstico e familiar, não eram entendidos como forma de violência.Esses atos passam a ser nomeados de violência no final da década de 1970, a partir da indignação do movimento de mulheres e feministas contra a absolvição dos maridos ou companheiros que assassinavam as mulheres, sob a justificativa da legítima defesa da honra. O conceito foi definido na Convenção de Belém do Pará (1994),definindo violência contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte,dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,tanto no âmbito público como no privado” (Art. 1°). Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica,moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art.7, incisos I, II, III, IV e V.Essas formas de agressão são complexas,perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. ser núcleo econômico e de reprodução para ser espaço de afeto e de amor .Este novo conceito de Família acabou consagrado pela lei Maria da Penha (L 11.340/06) que identifica a família como qualquer relação íntima de afeto. VIOLÊNCIA FÍSICA Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. • Espancamento •Atingir objeto, Sacudir e apertar os braços • Estrangulamento ou Sufocamento • Lesões com objetos cortantes ou perfurantes • Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo • Tortura VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA É considerada qualquer conduta que cause: dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher;ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. • Ameaças • Constrangimentos • Humilhações • Manipulações • Isolamentos (Proibir de estudar,Viajar ,ou se comunicar com amigos e parentes ) • Vigilância Constante • Insultos • Exploração • Impedir a liberdade de crença • Distorcer e omitir fatos deixando a mulher com dúvidas sobre sua memória e sanidade mental (Gaslighting) VIOLÊNCIA SEXUAL Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação,ameaça,coação ou uso da força. • Estupro • Obrigar a vítima ter relações sexuais que repulsam • Impedir que a mulher faça uso de algum método contraceptivo ou forçar o aborto • Forçar Matrimônio , Gravidez ou Prostituição por meio de coação,chantagem, suborno ou manipulação VIOLÊNCIA PATRIMONIAL Entendida comoqualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos,incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. • Controlar o dinheiro • Deixar de pagar pensão alimentícia • Destruição de documentos pessoais • Furto, Extorsão ou dano • Estelionato • Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste • Privar de bens , Valores ou Recursos econômicos VIOLÊNCIA MORAL É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. • Acusar de traição • Emitir juízos morais sobre a conduta • Fazer críticas mentirosas • Expor vida íntima • Rebaixar a mulher com xingamentos que incidem a sua honra • Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir 1.1Elementos caracterizadores da Violência contra mulher O modelo social de conduta imposto é um dos culpados pelo homem ser tão violento com as mulheres. Desde o nascimento, as meninas são enfeitadas com laços, brincos e “roupas cor de rosa”.Elas têm para diversão panelinhas e bebês de brinquedo, quase como uma preparação para cuidar do lar e dos filhos no futuro.Há imposição para que sejam bonitas e delicadas.Apesar de já existir tendência a uma infância mais igualitária,os meninos,em geral, usam roupas azuis,jogam futebol e brincam com carros e com bonecos de ação. Presencia-se na sociedade um círculo vicioso de violência que tem início com os castigos físicos sofridos pelas crianças como método pedagógico,o que é comum e disseminado em nossa cultura. Segundo o Ministério da Saúde,a cada quatro minutos uma mulher é agredida por um homem no Brasil,fica ainda mais absurdo quando os agressores atribuem a vítima a culpa pela violência, uma universidade no estado do Paraná fez um estudo,onde os homens acusados de violência contra as mulheres,sentem-se injustiçados e vítimas das ex-companheiras,do sistema e da lei,mesmo assumindo suas atitudes. 2. Violência contra mulher no código Penal de 2006 A Lei 11.340 do código penal veio a tona no ano de 2006,época em que a organização da sociedade primitiva,com pequenos agrupamentos dos homens da caverna, os mais fortes se destacaram e houve surgimento da submissão dos mais fracos,criando, assim, uma hierarquia baseada na força física que permitiu angariar mais recurso ou seja prevalência da “lei do mais forte”.A mesma é marcada pelos impactos positivos na vida de muitas mulheres vítimas de violência. Na sociedade antiga,a mulher tinha pouca expressão, era vista como um reflexo do homem e tida como objeto a serviço do senhor,uma vez que fora bastante influenciado pela doutrina da Igreja Cristã ,pelas tendências culturais da época,como por exemplo:gravíssimas violações em seus direitos mais elementares, como direito à vida, à liberdade e a disposição de seu corpo. A liberdade feminina naquela época era restringida de um jeito extremamente autoritário pelos patriarcas que viam as mulheres como propriedades.Dito isso, é possível perceber como a situação da humanidade era monstruosa .Embora se ouça falar de sociedades que eram lideradas por mulheres,a ampla maioria das civilizações foi caracterizada por modelos de poder e liderança masculinos.Contudo, na literatura feminista e mesmo na literatura das ciências sociais,esse fenômeno é definido nas inúmeras abordagens do conceito de patriarcado. Carole Pateman, por exemplo, apontou que o patriarcado é um sistema de poder parecido com o escravismo.Vale ressaltar, como exemplo de práticas do modelo patriarcal, a obrigatoriedade que a mulher tinha de manter relações sexuais com seu marido a despeito da sua própria vontade,a “legítima defesa da honra masculina”, que por muito tempo foi legal e socialmente aceita. 3. Relatos da Violência Antigamente A limitação na qual a mulher não podia nem ao menos sair de casa,deixava claro que a rua em si era um local masculino e acabou se tornando um motivo no qual as mulheres sofrem diversas violências de toda as formas em locais no qual não é o seu "habitat natural", fazendo a serem vistas como pessoas que tem que aceitar todo tipo de assédio. A agressão contra mulher é praticada desde o início da civilização, sendo a idade média considerada como uma das épocas mais violentas.Os tribunais civis e religiosos legitimam os castigos físicos,a flagelação e as torturas como algo normal, aceitável. Até a idade média quase não havia questionamento sobre o direito que os homens tinham de agredir mulheres.Com a evolução cultural da sociedade,e suas regras e costumes sofreram alterações, e a violência contra mulher deixou de ser aceita como antigamente no século XIX.Houve uma mudança,passando as leis e os tribunais e castigarem os homens/maridos que espancaram suas mulheres deixando de reconhecer a legitimidade sobre tais agressões.No Brasil,o Código Penal, datado de 1940 e ainda em vigor até pouco tempo atrás, ainda refletia o modo como a mulher era vista pela sociedade,sendo considerada “decente” com mulher “honesta”, e não havia legislação específica para crimes contra violência doméstica. Trazemos algumas datas marcantes para as mulheres : •1932 O direito do voto. •1962 Deixando de ser considerada civilmente incapaz. •1967 Discriminação contra mulher foi considerada incompatível com a dignidade humana. •1988 CF consagra a igualdade entre homens e mulheres. •2002 O termo “pátrio poder foi substituído por poder” foi substituído por “poder familiar”. •2006 Publicada a Lei Maria da Penha bisneta mesmos da proteção contra violência doméstica. •2015 Feminino Sidil como circunstância qualificadora do crime de homicídio. •2018 Importunação sexual passou a ser crime. A violência em muitos casos acontece dentro de casa e vem das mãos de quem deveria dar amor.A Lei Maria da Penha, que é um marco no combate à violência contra a mulher,chega ao seu 16° aniversário em agosto de 2022.Assim como Maria da Penha, outras mulheres sofrem diariamente em silêncio em casa, lugar onde deveria ser o mais seguro para elas, violências essas que muitas das vezes acarretam até ao feminicídio.Alguns dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que desde o início da pandemia da Covid-19,teve um aumento de 22,2% na taxa de feminicídios no Brasil em comparação aos meses de março e abril de 2019. Na Cidade de Feira de Santana (BA),as mulheres de faixas etárias mais jovens, casadas ou em união informal e com baixos níveis de escolaridade foram as mais acometidas por atos de violência, divergindo dos resultados encontrados no durante o estudo. No início deste ano foi registrado um aumento de 45% no atendimento às mulheres vítimas de violência. Os dados são da Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres, vinculada à prefeitura. 4. Aplicabilidade da Lei Maria da Penha Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei n° 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A lei recebeu esse nome devido à luta de Maria da Penha para reparação e justiça, o caso em questão só foi solucionado em 2002 quando o estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desta maneira o Brasil teve que se comprometer em reformular suas leis e políticas em relação à violência doméstica. Para situar o objetivo da Lei Maria da Penha podemos encontrar a definição do seu conceito no artigo 5° "Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Contudo é importante salientar que os efeitos da Lei Maria da Penha não se restringem apenas ao ambiente doméstico e familiar, assim como caso de agressão contra mulher são enquadrados, dentro da Lei 11.340/06 mesmo que o casal não more ou nunca tenha morado junto. Citando as principais mudanças que ocorreram na Lei Maria da Penha podemos pontuar: Ano 2017 : Lei 13.505 Mulheres em situação de violência doméstica e familiar devem ser atendidas preferencialmente por policiais e peritos do sexo feminino. Proibição de contato entre a vítima,seus familiares e testemunhas e agressores ou pessoas relacionadas. Lei 13.641: Descumprimento de medidas protetivas de urgência qualifica crime que pode ser punido com detenção de três meses a dois anos. Ano 2018: Lei 13.772 Criminaliza o registro não autorizado com conteúdo de caráter sexual ou que apresente cena de nudez instituindo a pena de seis meses a um ano de detenção e multa para os infratores. Lei 13.827:Instituição de medidas protetivas de urgência, podendo ser aplicada por Delegado de Polícia ou por policiais,com chancela a posteriori do Poder Judiciário. Lei 13.836:Obrigatória a informação sobre condição de pessoa com deficiência sobre a vítima nos boletins. Ano 2019: Lei 13.880 Instituiu a apreensão por ordem judicial de qualquer arma de fogo em posse do agressor Lei 13.882:Instituiu como prioridade para mulheres vítimas de violência o ato de matrícula de seus filhos ou dependentes em uma instituição de educação básica mais próxima da sua residência. Lei 13.871:Criada a obrigação de ressarcimento ao Estado pelos gastos do atendimento da vítima através do SUS pelo agressor.Em caso de perigo iminente, também possibilita a utilização de dispositivos de segurança para monitorar o agressor e a vítima (de maneiras distintas). Ano 2020 :Lei 13.984 Instituídas duas novas medidas protetivas contra a violência doméstica/familiar.Caso o agressor não frequente o centro de educação e reabilitação,estará incorrendo em novo crime. também deverá ser obrigatório acompanhamento psicossocial Ano 2021:Lei nº 14.132/21, que inclui artigo no Código Penal (CP) para tipificar os crimes de perseguição (stalking),e a Lei nº 14.149/21,que institui o Formulário Nacional de Avaliação de Risco,com o intuito de prevenir feminicídios. A Lei n°:14.164/21 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir conteúdo sobre a prevenção à violência contra a mulher nos currículos da educação básica, além de instituir a Semana Escolar de Combate à violência contra a Mulher, a ser celebrada todos os anos no mês de março. Atualmente foi publicado no Diário Oficial da União a Lei 14.310/2022 as alterações à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) onde agora o parágrafo único do ART.38 da Lei passa a ter a seguinte redação: Art. 38-A (...) Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão, após sua concessão, imediatamente registradas em bancos de dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso instantâneo do Ministério Público da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com vistas a fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. Esta lei entra em vigor após 90 (noventa) dias decorridos de sua publicação oficial. Essa alteração é importante para a efetividade das medidas protetivas para evitar demora de registro de sua concessão,com isso registro e comunicação são atos imediatos e instantâneos com a finalidade de buscar agilizar a proteção da mulher em situação de violência doméstica e familiar. Fatos importantes: 1: No dia 05/04/2022 Por unanimidade, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que a Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência doméstica ou familiar contra mulheres transexuais.O colegiado considerou que a Lei trata de violência baseada em gênero, e não no sexo biológico. 2: Mulheres que mantenham uma relação homoafetiva e agridam sua companheira também poderão responder por atos de violência doméstica e familiar punidos por essa lei 3: A lei Maria da Penha não se abrange só a violência física,mas também psicológica com uma conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima por meio de ações que visam degradar a pessoa ou controlar comportamentos,crenças e decisões e também em casos de violência sexual, patrimônial e moral. 5 Considerações Finais A violação dos direitos contra as mulheres passou por muitas barreiras e dificuldades para ser reconhecida,finalmente,como crime.Isso se deve ao fato de nossos legisladores terem cuidado de adequar calmamente a legislação a esta nova onda de valores. Não só avanços tecnológicos,mas também os avanços nas relações entre as pessoas humanas,o reconhecimento constitucional da conduta,baseada no gênero, como,confirmando a competência das varas da mulher,para apreciar as ações a ela relacionadas significou um grande progresso para um assunto que sempre foi marcado por tabus e discriminação. Não há lei,nem de Deus nem dos homens,que proíba o ser humano de buscar a liberdade . Os Juizados ou Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher são competentes,portanto,para o processo, julgamento e execução das medidas protetivas e das ações criminais, além das ações cíveis propostas pela vítima ou pelo Ministério Público mostrando preocupação com as garantias destes enquanto sujeitos relacionais, quebrando paradigmas proporcionando segurança jurídica e, principalmente,provendo maior liberdade para estipular seus relacionamentos. Indiscutivelmente,os avanços foram muito significativos e espera-se que, jurídica e socialmente, jamais retroagem. Referências Dos tipos de Violências . Disponível em: https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html Elementos caracterizadores da violência Disponível em : https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de- violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero- institucionalizada Violência contra Mulher no Código Penal em 2006 Disponível em : http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br Relatos da Violência Antigamente Disponível em : https://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/14/capacitacaoemgen ero_11.pdf Aplicatividade da Lei Maria da Penha Disponível em : https://www.google.com/amp/s/blog.grancursosonline.com.br/lei-maria-da-penha- principais-pontos-e-mudancas/amp/ https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2021/08/lei-maria-da-penha-confira-o- que-mudou-nos-ultimos-tres-anos https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/05042022-Lei-Maria- da-Penha-e-aplicavel-a-violencia-contra-mulher-trans--decide-Sexta-Turma.aspx https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/ http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/ 5 fatos importantes sobre a Lei Maria da Penha Disponível em : https://rbispo77.jusbrasil.com.br › 5... http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/ http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/
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