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artigo -Violencia contra mulher 2

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‘ 
 FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS 
 CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
ACADÊMICOS : LÍVIA RAMIRES PEREIRA DOS SANTOS,JULIA PINHEIRO DOS 
SANTOS,LAISA KELLY SILVA SOUZA,IASMYN EMILLY NERY ROCHA 
ALMEIDA,CAMILLA EVELIN FERREIRA PALMA 
 
 
 
 
 
 
 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
 FEIRA DE SANTANA 
2022 
 
 
 
 
 
 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
 
 
 
Artigo científico apresentado ao curso de Direito da 
Faculdade Tecnologia e Ciências,como requisito 
parcial para a obtenção de aprovação,sob a 
orientação do Prof: Lindomar José Matos Ferreira . 
 
Data da aprovação:16/05/2022 
Professor orientador:Lindomar José Matos Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FEIRA DE SANTANA 
 2022
 
 
Violência contra Mulher 
 
 
 
 Livia Ramires Pereira dos santos,Julia Pinheiro dos santos, 
 Laisa Kelly Silva Souza,Iasmyn Emily Nery Rocha Ferreira, 
 Camilla Evelin Ferreira Palma 
 
 
 
Resumo:Esta pesquisa tem como objeto de Estudo da violência contra mulher, à luz 
das Fontes Jurídicas que se manifestam dentro do sistema Jurídico Brasileiro, 
iniciamos partindo de um conceito doutrinário e seus caracterizadores.Essas leis 
visam proteger e garantir os direitos das mulheres.Isto começa a ocorrer com a 
aprovação da Constituição Federal de 1988,a Lei n. 11.340/2006 que reconheceu 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero como violência,dando proteção ao 
Estado. 
Palavras-chave: Violência.Proteção.Constituição.Mulher 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário:Introdução. 1.Violência contra mulher;1.1Tentativa de conceitos;1.2 
Elementos caracterizadores da Violência contra mulher. 2.Violência contra Mulher no 
código penal de 2006.3.Relatos da Violência Antigamente.4.Aplicabilidade da Lei 
Maria da Penha.5.Considerações finais 
 
 
 
Introdução 
 
 A violência contra mulher é qualquer tipo de ação ou conduta baseada no gênero 
que possa causar morte,danos,sofrimento físico ,sexual ou psicológico.Essas 
violências podem fazer com que a mulher enfrente diversos traumas e doenças 
durante a vida. 
 
 A pesquisa utilizará de uma metodologia que terá finalidade desenvolver ligação 
com o tema abordado de forma a entender como as coisas funcionam dentro deste 
assunto.Logo trata-se de uma pesquisa exploratória e explicativa,em todo o trabalho 
utilizaremos fontes essenciais para desenvolver uma pesquisa científica. 
 
 Faremos uma tentativa conceitual acerca da Lei 11.340,que é popularmente 
conhecida como Lei Maria da Penha, baseada em doutrinas Citaremos elementos 
peculiares caracterizadores dos tipos de violência contra a mulher ainda que estas 
sejam frutos esta seja fruto da constatação,ao longo do tempo da existência de alguns 
elementos,que somados ,a caracterizam. 
 
 Incluiremos também fontes jurídicas que asseveram a violência contra mulher 
com fundamentação legal,partindo da Constituição Federal de 1988,um marco 
histórico na evolução do Direito das Mulheres,uma vez considera que há feminicídio 
quando o crime é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo 
feminino.Deste modo traremos informações sobre o tema à luz das normas jurídicas 
contidas no Código Penal Brasileiro de 1940,novo código e Lei Maria da Penha ,uma 
vez que este necessitou ser detalhadamente tipificado e como ocorre a repreensão. 
 
1 .Violência contra Mulher 
 
 1.1 Tentativas conceituais 
 
 Violência é o uso da força,que pode resultar em algum dano e a violência contra 
a mulher,é baseada em toda e qualquer conduta que pode causar dano a mulher. 
 
 
 De uma maneira mais complexa,a violência contra as mulheres nem sempre foi 
compreendida como violência, no passado,o Código Criminal de 1830 extinguiu a 
"autorização" concedida aos maridos para matar suas mulheres,em caso de adultério 
ou da mera suposição de sua ocorrência, ou seja, antes mesmo de começar a rolar 
os boatos.Os advogados justificaram como defesa dos maridos assassinos que tal 
tinha cometido o “crime de paixão” ou crimes passionais e da legítima defesa da 
honra, mas em 1991 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu um passo 
importante,afastar definitivamente, essa figura jurídica largamente utilizada pela 
defesa dos acusados de matar as mulheres, em geral, esposas, companheiras, 
namoradas,nas relações afetivas atuais ou passadas.Disse o STJ,que a “honra” é 
atributo pessoal e, no caso, a honra ferida é a da mulher,quem cometeu a conduta 
tida por reprovável (traição),e não a do marido ou companheiro que poderia ter 
recorrido à esfera civil da separação ou divórcio.Em síntese, decidiu que a tese da 
“legítima defesa da honra” é inconstitucional,por contrariar os princípios 
constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade 
de gênero.Até então, os maus-tratos e castigos infligidos às mulheres, especialmente 
no âmbito doméstico e familiar, não eram entendidos como forma de violência.Esses 
atos passam a ser nomeados de violência no final da década de 1970, a partir da 
indignação do movimento de mulheres e feministas contra a absolvição dos maridos 
ou companheiros que assassinavam as mulheres, sob a justificativa da legítima 
defesa da honra. 
 O conceito foi definido na Convenção de Belém do Pará (1994),definindo violência 
contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause 
morte,dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,tanto no âmbito 
público como no privado” (Art. 1°). 
 Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na 
Lei Maria da Penha: física, psicológica,moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art.7, 
incisos I, II, III, IV e V.Essas formas de agressão são complexas,perversas, não 
ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. ser 
núcleo econômico e de reprodução para ser espaço de afeto e de amor .Este novo 
conceito de Família acabou consagrado pela lei Maria da Penha (L 11.340/06) que 
identifica a família como qualquer relação íntima de afeto. 
 
 
VIOLÊNCIA FÍSICA 
Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da 
mulher. 
• Espancamento 
•Atingir objeto, Sacudir e apertar os braços 
• Estrangulamento ou Sufocamento 
• Lesões com objetos cortantes ou perfurantes 
• Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo 
• Tortura 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 
É considerada qualquer conduta que cause: dano emocional e diminuição da 
autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher;ou vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. 
• Ameaças 
• Constrangimentos 
• Humilhações 
• Manipulações 
• Isolamentos (Proibir de estudar,Viajar ,ou se comunicar com amigos e parentes ) 
• Vigilância Constante 
• Insultos 
• Exploração 
• Impedir a liberdade de crença 
• Distorcer e omitir fatos deixando a mulher com dúvidas sobre sua memória e 
sanidade mental (Gaslighting) 
 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL 
 
 
Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar 
de relação sexual não desejada mediante intimidação,ameaça,coação ou uso da 
força. 
• Estupro 
• Obrigar a vítima ter relações sexuais que repulsam 
• Impedir que a mulher faça uso de algum método contraceptivo ou forçar o aborto 
• Forçar Matrimônio , Gravidez ou Prostituição por meio de coação,chantagem, 
suborno ou manipulação 
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL 
Entendida comoqualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos,incluindo os destinados a satisfazer suas 
necessidades. 
• Controlar o dinheiro 
• Deixar de pagar pensão alimentícia 
• Destruição de documentos pessoais 
• Furto, Extorsão ou dano 
• Estelionato 
• Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste 
• Privar de bens , Valores ou Recursos econômicos 
VIOLÊNCIA MORAL 
É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
• Acusar de traição 
• Emitir juízos morais sobre a conduta 
• Fazer críticas mentirosas 
• Expor vida íntima 
• Rebaixar a mulher com xingamentos que incidem a sua honra 
• Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir 
 
 
 
 1.1Elementos caracterizadores da Violência contra mulher 
 O modelo social de conduta imposto é um dos culpados pelo homem ser tão 
violento com as mulheres. 
Desde o nascimento, as meninas são enfeitadas com laços, brincos e “roupas 
cor de rosa”.Elas têm para diversão panelinhas e bebês de brinquedo, quase como 
uma preparação para cuidar do lar e dos filhos no futuro.Há imposição para que sejam 
bonitas e delicadas.Apesar de já existir tendência a uma infância mais igualitária,os 
meninos,em geral, usam roupas azuis,jogam futebol e brincam com carros e com 
bonecos de ação. 
Presencia-se na sociedade um círculo vicioso de violência que tem início com 
os castigos físicos sofridos pelas crianças como método pedagógico,o que é comum 
e disseminado em nossa cultura. 
Segundo o Ministério da Saúde,a cada quatro minutos uma mulher é agredida 
por um homem no Brasil,fica ainda mais absurdo quando os agressores atribuem a 
vítima a culpa pela violência, uma universidade no estado do Paraná fez um 
estudo,onde os homens acusados de violência contra as mulheres,sentem-se 
injustiçados e vítimas das ex-companheiras,do sistema e da lei,mesmo assumindo 
suas atitudes. 
 2. Violência contra mulher no código Penal de 2006 
 
 A Lei 11.340 do código penal veio a tona no ano de 2006,época em que a 
organização da sociedade primitiva,com pequenos agrupamentos dos homens da 
caverna, os mais fortes se destacaram e houve surgimento da submissão dos mais 
fracos,criando, assim, uma hierarquia baseada na força física que permitiu angariar 
mais recurso ou seja prevalência da “lei do mais forte”.A mesma é marcada pelos 
impactos positivos na vida de muitas mulheres vítimas de violência. 
 
 Na sociedade antiga,a mulher tinha pouca expressão, era vista como um reflexo 
do homem e tida como objeto a serviço do senhor,uma vez que fora bastante 
influenciado pela doutrina da Igreja Cristã ,pelas tendências culturais da época,como 
por exemplo:gravíssimas violações em seus direitos mais elementares, como direito 
à vida, à liberdade e a disposição de seu corpo. 
 
 
 
 A liberdade feminina naquela época era restringida de um jeito extremamente 
autoritário pelos patriarcas que viam as mulheres como propriedades.Dito isso, é 
possível perceber como a situação da humanidade era monstruosa .Embora se ouça 
falar de sociedades que eram lideradas por mulheres,a ampla maioria das civilizações 
foi caracterizada por modelos de poder e liderança masculinos.Contudo, na literatura 
feminista e mesmo na literatura das ciências sociais,esse fenômeno é definido nas 
inúmeras abordagens do conceito de patriarcado. 
 
 Carole Pateman, por exemplo, apontou que o patriarcado é um sistema de poder 
parecido com o escravismo.Vale ressaltar, como exemplo de práticas do modelo 
patriarcal, a obrigatoriedade que a mulher tinha de manter relações sexuais com seu 
marido a despeito da sua própria vontade,a “legítima defesa da honra masculina”, que 
por muito tempo foi legal e socialmente aceita. 
 
 3. Relatos da Violência Antigamente 
 
 A limitação na qual a mulher não podia nem ao menos sair de casa,deixava claro 
que a rua em si era um local masculino e acabou se tornando um motivo no qual as 
mulheres sofrem diversas violências de toda as formas em locais no qual não é o seu 
"habitat natural", fazendo a serem vistas como pessoas que tem que aceitar todo tipo 
de assédio. 
 
 A agressão contra mulher é praticada desde o início da civilização, sendo a idade 
média considerada como uma das épocas mais violentas.Os tribunais civis e 
religiosos legitimam os castigos físicos,a flagelação e as torturas como algo normal, 
aceitável. Até a idade média quase não havia questionamento sobre o direito que os 
homens tinham de agredir mulheres.Com a evolução cultural da sociedade,e suas 
regras e costumes sofreram alterações, e a violência contra mulher deixou de ser 
aceita como antigamente no século XIX.Houve uma mudança,passando as leis e os 
tribunais e castigarem os homens/maridos que espancaram suas mulheres deixando 
de reconhecer a legitimidade sobre tais agressões.No Brasil,o Código Penal, datado 
de 1940 e ainda em vigor até pouco tempo atrás, ainda refletia o modo como a mulher 
era vista pela sociedade,sendo considerada “decente” com mulher “honesta”, e não 
havia legislação específica para crimes contra violência doméstica. 
 
 
 
Trazemos algumas datas marcantes para as mulheres : 
 
•1932 O direito do voto. 
•1962 Deixando de ser considerada civilmente incapaz. 
•1967 Discriminação contra mulher foi considerada incompatível com a dignidade 
humana. 
•1988 CF consagra a igualdade entre homens e mulheres. 
•2002 O termo “pátrio poder foi substituído por poder” foi substituído por “poder 
familiar”. 
•2006 Publicada a Lei Maria da Penha bisneta mesmos da proteção contra violência 
doméstica. 
•2015 Feminino Sidil como circunstância qualificadora do crime de homicídio. 
•2018 Importunação sexual passou a ser crime. 
 A violência em muitos casos acontece dentro de casa e vem das mãos de quem 
deveria dar amor.A Lei Maria da Penha, que é um marco no combate à violência 
contra a mulher,chega ao seu 16° aniversário em agosto de 2022.Assim como Maria 
da Penha, outras mulheres sofrem diariamente em silêncio em casa, lugar onde 
deveria ser o mais seguro para elas, violências essas que muitas das vezes acarretam 
até ao feminicídio.Alguns dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram 
que desde o início da pandemia da Covid-19,teve um aumento de 22,2% na taxa de 
feminicídios no Brasil em comparação aos meses de março e abril de 2019. 
 Na Cidade de Feira de Santana (BA),as mulheres de faixas etárias mais jovens, 
casadas ou em união informal e com baixos níveis de escolaridade foram as mais 
acometidas por atos de violência, divergindo dos resultados encontrados no durante 
o estudo. No início deste ano foi registrado um aumento de 45% no atendimento às 
mulheres vítimas de violência. Os dados são da Secretaria Extraordinária de Políticas 
para as Mulheres, vinculada à prefeitura. 
 
 4. Aplicabilidade da Lei Maria da Penha 
 
 Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei n° 11.340, conhecida como Lei Maria 
da Penha, objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A lei recebeu 
esse nome devido à luta de Maria da Penha para reparação e justiça, o caso em 
questão só foi solucionado em 2002 quando o estado brasileiro foi condenado por 
 
 
omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desta maneira 
o Brasil teve que se comprometer em reformular suas leis e políticas em relação à 
violência doméstica. 
 Para situar o objetivo da Lei Maria da Penha podemos encontrar a definição do 
seu conceito no artigo 5° "Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico,sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
Contudo é importante salientar que os efeitos da Lei Maria da Penha não se 
restringem apenas ao ambiente doméstico e familiar, assim como caso de agressão 
contra mulher são enquadrados, dentro da Lei 11.340/06 mesmo que o casal não 
more ou nunca tenha morado junto. 
Citando as principais mudanças que ocorreram na Lei Maria da Penha podemos 
pontuar: 
Ano 2017 : Lei 13.505 Mulheres em situação de violência doméstica e familiar 
devem ser atendidas preferencialmente por policiais e peritos do sexo feminino. 
Proibição de contato entre a vítima,seus familiares e testemunhas e agressores ou 
pessoas relacionadas. 
Lei 13.641: Descumprimento de medidas protetivas de urgência qualifica crime que 
pode ser punido com detenção de três meses a dois anos. 
Ano 2018: Lei 13.772 Criminaliza o registro não autorizado com conteúdo de caráter 
sexual ou que apresente cena de nudez instituindo a pena de seis meses a um ano 
de detenção e multa para os infratores. 
Lei 13.827:Instituição de medidas protetivas de urgência, podendo ser aplicada por 
Delegado de Polícia ou por policiais,com chancela a posteriori do Poder Judiciário. 
Lei 13.836:Obrigatória a informação sobre condição de pessoa com deficiência sobre 
a vítima nos boletins. 
Ano 2019: Lei 13.880 Instituiu a apreensão por ordem judicial de qualquer arma de 
fogo em posse do agressor 
Lei 13.882:Instituiu como prioridade para mulheres vítimas de violência o ato de 
matrícula de seus filhos ou dependentes em uma instituição de educação básica mais 
próxima da sua residência. 
 
 
Lei 13.871:Criada a obrigação de ressarcimento ao Estado pelos gastos do 
atendimento da vítima através do SUS pelo agressor.Em caso de perigo iminente, 
também possibilita a utilização de dispositivos de segurança para monitorar o 
agressor e a vítima (de maneiras distintas). 
Ano 2020 :Lei 13.984 Instituídas duas novas medidas protetivas contra a violência 
doméstica/familiar.Caso o agressor não frequente o centro de educação e 
reabilitação,estará incorrendo em novo crime. também deverá ser obrigatório 
acompanhamento psicossocial 
Ano 2021:Lei nº 14.132/21, que inclui artigo no Código Penal (CP) para tipificar os 
crimes de perseguição (stalking),e a Lei nº 14.149/21,que institui o Formulário 
Nacional de Avaliação de Risco,com o intuito de prevenir feminicídios. 
A Lei n°:14.164/21 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir 
conteúdo sobre a prevenção à violência contra a mulher nos currículos da educação 
básica, além de instituir a Semana Escolar de Combate à violência contra a Mulher, a 
ser celebrada todos os anos no mês de março. 
Atualmente foi publicado no Diário Oficial da União a Lei 14.310/2022 as alterações à 
Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) onde agora o parágrafo único do ART.38 da Lei 
passa a ter a seguinte redação: 
Art. 38-A (...) Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão, após sua 
concessão, imediatamente registradas em bancos de dados mantido e regulamentado 
pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso instantâneo do Ministério 
Público da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência 
social, com vistas a fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. Esta lei entra 
em vigor após 90 (noventa) dias decorridos de sua publicação oficial. 
Essa alteração é importante para a efetividade das medidas protetivas para evitar 
demora de registro de sua concessão,com isso registro e comunicação são atos 
imediatos e instantâneos com a finalidade de buscar agilizar a proteção da mulher em 
situação de violência doméstica e familiar. 
 
Fatos importantes: 
1: No dia 05/04/2022 Por unanimidade, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) estabeleceu que a Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência 
 
 
doméstica ou familiar contra mulheres transexuais.O colegiado considerou que a Lei 
trata de violência baseada em gênero, e não no sexo biológico. 
2: Mulheres que mantenham uma relação homoafetiva e agridam sua companheira 
também poderão responder por atos de violência doméstica e familiar punidos por 
essa lei 
3: A lei Maria da Penha não se abrange só a violência física,mas também psicológica 
com uma conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima por meio de 
ações que visam degradar a pessoa ou controlar comportamentos,crenças e decisões 
e também em casos de violência sexual, patrimônial e moral. 
 
 5 Considerações Finais 
 
 A violação dos direitos contra as mulheres passou por muitas barreiras e 
dificuldades para ser reconhecida,finalmente,como crime.Isso se deve ao fato de 
nossos legisladores terem cuidado de adequar calmamente a legislação a esta nova 
onda de valores. 
 
 Não só avanços tecnológicos,mas também os avanços nas relações entre as 
pessoas humanas,o reconhecimento constitucional da conduta,baseada no gênero, 
como,confirmando a competência das varas da mulher,para apreciar as ações a ela 
relacionadas significou um grande progresso para um assunto que sempre foi 
marcado por tabus e discriminação. 
 
 Não há lei,nem de Deus nem dos homens,que proíba o ser humano de buscar 
a liberdade . 
 
 Os Juizados ou Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher são 
competentes,portanto,para o processo, julgamento e execução das medidas 
protetivas e das ações criminais, além das ações cíveis propostas pela vítima ou pelo 
Ministério Público mostrando preocupação com as garantias destes enquanto sujeitos 
relacionais, quebrando paradigmas proporcionando segurança jurídica e, 
principalmente,provendo maior liberdade para estipular seus relacionamentos. 
Indiscutivelmente,os avanços foram muito significativos e espera-se que, jurídica e 
socialmente, jamais retroagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
Dos tipos de Violências . 
 
Disponível em: 
 https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html 
 
Elementos caracterizadores da violência 
 
Disponível em : 
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html 
 
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-
violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-
institucionalizada 
 
 Violência contra Mulher no Código Penal em 2006 
 
Disponível em : 
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br 
 
 Relatos da Violência Antigamente 
 
Disponível em : 
https://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/14/capacitacaoemgen
ero_11.pdf 
 
Aplicatividade da Lei Maria da Penha 
 
Disponível em : 
https://www.google.com/amp/s/blog.grancursosonline.com.br/lei-maria-da-penha-
principais-pontos-e-mudancas/amp/ 
 
https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2021/08/lei-maria-da-penha-confira-o-
que-mudou-nos-ultimos-tres-anos 
 
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/05042022-Lei-Maria-
da-Penha-e-aplicavel-a-violencia-contra-mulher-trans--decide-Sexta-Turma.aspx 
 
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52654/para-compreender-o-ciclo-de-violencia-contra-a-mulher-fenomeno-proveniente-de-uma-violencia-de-genero-institucionalizada
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/
 
 
5 fatos importantes sobre a Lei Maria da Penha 
 
Disponível em : 
https://rbispo77.jusbrasil.com.br › 5... 
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia03/

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