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Métodos Quantitativos
Temos sempre questões de investigação que nos 
direcionam para as nossas descobertas. 
Para conseguirmos encontrar algo que não sabemos 
onde esta temos de partir do geral para o particular, ou 
seja, ir testando as diferentes questões. A investigação 
surge de problemas/questões da prática. 
Paradigma de investigação: Existe um conjunto de 
valores, teorias e conhecimentos que estão aceites pela 
comunidade científica em determinado momento- 
Paradigma. 
Dilemas do conhecimento: O que a experiência nos diz 
vs o que a razão refere. 
Paradigmas na psicologia: Quantitativo (linha positivista) vs 
qualitativo (linha interpretativa) 
Paradigma quantitativo: Procura adaptar o modelo das 
ciências naturais- baseado na observação(…) 
ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO 
Começa-se sempre pela fundamentação teórica, de 
seguida a formulação das hipóteses, desenho da 
investigação, os processos/ tipos de 
amostragem/medidas/procedimentos que tem de estar 
bem detalhados e descritos e por fim observar os 
resultados 
O que procuramos na investigação são as relações 
entre as variáveis, (…) 
Temos de ser neutros nas nossas investigações, ter 
um papel objetivo x subjetivo 
O QUE É O MÉTODO CIENTÍFICO? 
O método científico consiste num sistema de regras e 
de processos na qual se baseia a investigação. 
A ciência suporta-a, e suporta-se na investigação. É 
esta que permite afirmar aquela. 
O objetivo do método científico é fazer afirmações 
sem erro. O que é afirmado é “verdade” dentro das 
regras que a ciência estipula, deixando de parte os 
aspetos irrelevantes. 
Sendo a investigação um processo delicado e 
complexo inclui várias fases e só é investigação se o 
relatório final for tão detalhado que permita a outro 
investigador, ou outra equipa de investigação, seguir, 
exatamente, os mesmos passos e chegar, ou não, aos 
mesmos resultados (Replicação). Trata-se, pois, de um 
exercício técnico detalhado e com regras precisas. 
Raciocínio dedutivo e indutivo 
O desenvolvimento do raciocínio dedutivo ou indutivo 
constituem uma parte importante do conhecimento e 
do pensamento científico. 
RACIOCÍNIO DEDUTIVO: 
Parte sempre da teoria e a partir da teoria formula 
hipóteses com base em ideias gerais, gerando dados e 
verificando, de seguida, as hipóteses. 
 
Métodos Quantitativos 
 
RACIOCÍNIO INDUTIVO: 
Partimos da observação para as questões mais 
teóricas/a teoria. Os dados são analisados de modo a 
clarificar a associação das variáveis em estudo, para, por 
fim, se produzirem enunciados gerais que depois 
constituir hipótese para outras investigações realizadas 
com outras condições. 
 
Métodos Qualitativos 
NOÇÃO DE CIÊNCIA, DE MÉTODO E DE 
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 
O QUE SÃO OS MÉTODOS DE PESQUISA? 
→ A pesquisa é uma tentativa de compreender o 
mundo em geral. 
→ A pesquisa psicológica, mais especificamente, é 
uma tentativa de compreender as experiências 
humanas de si e do mundo. 
o Desenvolvimento sistemático e teste 
de teoria sobre o comportamento 
humano e processos mentais. 
o Investigação sistemática dos 
sentimentos, comportamentos e 
pensamentos humanos. 
TEORIAS- ex. Baixa autoestima é uma predisposição 
para a depressão. 
HIPÓTESES- A explicação mais plausível para o 
problema ou uma possível solução para o problema na 
prática. A hipótese, se for clara e pertinente, decide o 
plano de investigação que se segue. A hipótese é uma 
afirmação que relaciona variáveis. Ex. Pessoas com baixa 
autoestima têm resultados mais elevados nas escalas de 
depressão. 
PESQUISA E OBSERVAÇÕES- Compreender se uma 
investigação baixa num questionário prevê uma 
pontuação alta noutro. Ex. Aplicar testes de autoestima 
e depressão. 
DESENHO DO PRÓPRIO ESTUDO: 
 Que tópicos gostaria de pesquisar? 
 Crie uma pergunta de pesquisa. 
- Exemplo: “Qual o efeito da meditação 
no stress?” 
 Que tipo de pesquisa envolveria? Descreva o 
estudo. 
PENSAMENTO CRÍTICO- Não aceitar cegamente 
argumentos e conclusões. 
 Examinar suposições; 
 Diferenciar valores ocultos; 
 Avaliar evidências. 
MÉTODOS QUANTITATIVOS 
A teoria fundamenta a investigação (pode ser o 
comprovar dessa teoria) 
Discurso da ciência vs tradição/senso comum 
OBJETIVO: Procura realizar medições e análises 
precisas dos conceitos-chave/ variáveis. Os dados são 
resumidos usando estatísticas descritivas, como 
contagens de frequências, médias e desvios-padrões. 
Exemplo: São utilizados para tal pesquisas, 
questionários, etc. 
OPERACIONALIZAÇÃO: Refere-se à forma como um 
construto psicológico complexo é realmente medido. 
- Por exemplo, o conceito de inteligência foi 
operacionalizado através de uma variedade de 
testes de QI. 
INVESTIGADOR: 
- Procura realizar medições e análises objetivas 
dos conceitos-chave/ variáveis. 
- Deve manter um Papel Neutro. 
Como garantir a “neutralidade” na investigação? 
Pontos-chave para reflexão: 
→ Objetivo x subjetivo 
→ Investigador e investigado 
→ Validade do conhecimento depende da medida 
– diferentes investigadores devem chegar ao 
mesmo resultado 
→ Necessidade do investigador manter uma 
posição crítica sobre os dados - múltiplas 
fontes de dados sobre um mesmo conceito-
chave/ fenómeno garante uma visão crítica. 
SÍNTESE: 
Análise Extensiva/ Quantitativa 
Número alargado de casos/ populações amplas 
Recolha de informação sobre um conjunto limitado e 
previamente definido de dimensões de análise. 
Utilização de instrumentos padronizados de recolha 
de informação (ex. inquérito por questionário) 
Recurso a técnicas de amostragem 
Análise quantitativa dos dados 
Análise de relações entre variáveis 
 
ETAPAS NO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 
 
 
 
Teoria: 
→ Questões 
de 
Pesquisa; 
→ Hipóteses
. 
Método: 
→ Amostragem 
→ Instrumentos 
→ Questões 
éticas. 
Dados: 
→ Recolha 
→ Correção 
→ Análise dos 
dados. 
Discussão: 
→ Conclusões
. 
USO DA TEORIA, À FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS E 
HIPÓTESES QUANTITATIVAS 
REVISÃO DE LITERATURA: 
Classificação e avaliação daquilo que existe escrito e 
publicado sobre o tópico em estudo, organizado de 
acordo com os conceitos e aspetos relacionados com o 
assunto, ou problema que se pretende investigar. 
- Necessidade de reconhecer qual é a 
informação relevante. 
- Sintetizar e avaliar a informação de acordo com 
o assunto ou conceito(s) de base. 
- Conhecer a literatura existente - os autores de 
referência para a temática, os estudos mais 
recentes, etc. 
- Avaliar a informação contida na literatura. 
O QUE SE DEVE TER EM CONSIDERAÇÃO? 
PROCURA DE INFORMAÇÃO - capacidade de identificar 
artigos ou livros relevantes para a investigação a 
realizar, através de pesquisa manual e/ou online (em 
bases de dados de referência). 
AVALIAÇÃO CRÍTICA – capacidade de análise para 
identificar estudos válidos e sem enviesamentos 
É mais do que uma lista de artigos ou referências, a 
informação deve estar organizada em secções e temas. 
A revisão de literatura não é apenas um sumário da 
informação, mas uma síntese da informação recolhida 
conceptualmente organizada! 
Devemos: 
→ Escolher um enquadramento teórico ou 
modelo. 
→ Tomar consciência das diferentes perspetivas 
existentes sobre o tema e qual a sua influência 
na forma como a investigação tem sido 
conduzida ou publicada. 
→ Organizar a informação e relacioná-la com a 
investigação ou a questão de investigação que 
se pretende desenvolver. 
→ Sintetizar os resultados, no que se refere àquilo 
que se conhece e o que não se conhece. 
→ Identificar resultados controversos. 
→ Desenvolver questões para futuras 
investigações. 
OUTLINE DAS FASES QUE LEVAM Á DEFINIÇÃO DOS 
OBJETIVOS DO ESTUDO. 
Questão de investigação provisória 
 
Identificação dos conceitos 
 
Revisão de literatura 
 
Reformulação da Questão de Investigação 
 
Definição dos conceitos e indicadores 
 
Outline/Contornos do estudo 
 
Definição dos objetivos do estudo 
 
Ideia provisória Questão de investigação/hipótese 
GÉNESE DE IDEIAS DE INVESTIGAÇÃO 
 
Desafio ao uso 
 
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
 
Área de estudo 
 Seleção do tópico de estudo 
- Interesse pessoal e científico do tema 
- Evitar temas demasiado ambiciosos: 
o 2 tipos de testes 
Testar teoria 
do bom-senso 
Baseadas em 
investigações 
anteriores 
o Base de conveniência e 
pragmatismo 
A investigação deve contribuir: 
 Exploração do tópico de estudo 
 Contribuição original 
FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO/ 
HIPÓTESES 
→ Definir exatamente o que se quer investigar 
→ Avaliar se a investigação se pode concretizar: 
considerar os aspetos éticos e práticos das 
questões a investigar 
→ Ser específico 
→ Assegurar que os dados que irão ser 
formulados são adequados para as questões 
formuladas e aos objetivos do estudo, e não o 
contrário. 
Estratégias para a formulação de questões de 
investigação 
Escrever as ideias principais: 
 Especificidade relativa a: 
 Condições e situações em que o 
estudo vai decorrer 
 Tipos de participantes 
Definir os conceitos que vão ser incluídos nas questões 
de investigação 
 Definição operacional: tipo de atividade ou 
operações necessárias para medir o conceito. 
MENSURAÇÃO DO MUNDO A PARTIR DE 
VARIÁVEIS 
VARIÁVEL DEPENDENTE VS VARIÁVEL INDEPENDENTE 
Variável dependente 
(VD) 
Variável Independente 
(VI) 
O fator pode mudar em 
resposta a manipulações 
da variável dependente 
O fator é manipulável 
Em psicologia, 
geralmente é um 
comportamento ou um 
processo mental. 
Variável cujo efeito é 
estudado 
Resultado da influência 
da(s) variáveis 
independentes 
Aquelas que 
(provavelmente) causam, 
influenciam ou afetam o 
resultado 
A VD vai ser medida em relação ao efeito da variável 
independente. 
Alterações na VD não afetam a VI VD e VI devem ser 
definidas cuidadosamente e de acordo com os objetivos 
do estudo e o tipo de análise. 
Resultado dependente do efeito ou ação da VI 
Exemplo: 
 
 
 
 
O consumo de álcool aumenta a probabilidade de 
acidentes, mas a probabilidade de um acidente não 
aumenta o consumo de álcool, logo, VI- consumo de 
álcool; VD- acidentes de viação. 
VARIÁVEL MEDIADORA E MODERADORA 
Variável Mediadora: Avalia o impacto que a variável 
independente ou preditora (X) tem na dependente (y) 
que diminui ou aumenta com o efeito, ocorrendo 
devido a uma variável mediadora. Para existir uma 
relação entre a variável X e Y é necessária existir a 
variável mediadora. 
Variável moderadora: Muda o impacto que a variável 
independente tem na dependente, ou seja, modera. 
 
TIPOS DE VARIÁVEIS 
NOMINAL / CATEGÓRICA 
 estritamente qualitativo 
 nível mais simples 
(ex. homem/mulher; sim/não; 0/1, etc.) 
O álcool está relacionado com o 
aumento de acidentes de viação 
Álcool e acidentes de viação- são 
duas variáveis e estão 
relacionadas entre si 
Maior consumo de 
álcool- maio risco 
Menor consumo- 
menor risco 
Requisitos essenciais: 
→ exclusividade mútua: cada sujeito apenas pode 
pertencer a uma categoria. 
→ exaustividade: o conjunto de opções de 
resposta deve ter categorias suficientes para 
todas as observações. 
ORDINAL 
 ordem, posição, rank ordering, os valores são 
ordenados em termos da posição relativa dos 
valores do grupo. 
 não significa que a diferença entre categorias 
ou valores seja a mesma. 
INTERVALAR 
 assume intervalos numericamente iguais entre 
os valores da escala - intervalos constantes 
 escala meramente quantitativa 
 zero da escala não é o zero absoluto 
RATIO / RAZÃO 
 escala numérica com zero absoluto intervalos 
numericamente iguais. 
Notas: 
✓ em psicologia os níveis intervalar e ratio são 
tratados da mesma forma 
✓ é comum em psicologia, as escalas ordinais (ex. 
escala de 5 pontos variando de (1) mau a (5) 
bom) serem tratadas como se fossem 
intervalares. 
AMOSTRA E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 
Uma amostra é um subgrupo/subconjunto (fração, 
parcela, parte) de indivíduos que selecionamos com o 
objetivo de representar a população do nosso estudo. 
Os investigadores procuram descrever a população 
mais vasta de onde a amostra foi extraída. 
A seleção cuidadosa da amostra permite aos 
investigadores generalizar os resultados dessa amostra 
à população. Assim, as características dos participantes 
da amostra devem ser semelhantes às da população. 
Ex: Qual é a amostra que representa uma população 
com 30% caloiros, 30% de alunos do 2º ano, 20% de 
alunos do 3º ano e 20% de alunos do 4º ano? 
 
Uma amostra é enviesada quando as suas 
características diferem sistematicamente das 
características da população alvo. 
Uma amostra pode sub-representar um segmento da 
população. Ou sobre representar um segmento da 
população. 
Ex: A maior parte das amostras na investigação 
em psicologia sobre-representam os estudantes 
universitários e sub-representam as pessoas 
que não frequentam as universidades. A maior 
parte da investigação sub-representa indivíduos 
de diversas culturas. 
DUAS CAUSAS DE ENVIESAMENTO DAS AMOSTRAS: 
VIESES DE SELEÇÃO: ocorrem quando os procedimentos 
do investigador relativamente à seleção da amostra, 
resultam na sub ou sobre-representação de um ou 
mais segmentos da população. 
- Exemplo: O investigador coloca anúncios sobre 
um trabalho de investigação num 
Departamento de Psicologia. Estudantes de 
Psicologia ficarão provavelmente sobre-
representados devido ao processo de seleção. 
VIESES DE RESPOSTA: ocorrem quando os indivíduos 
selecionados para a amostra inicial não completam e 
devolvem o inquérito. 
- Exemplo: As pessoas que recebem o inquérito 
não estão interessadas, preocupam-se com a 
privacidade, têm problemas de visão, não têm 
tempo, etc. A amostra final representará 
apenas a população de pessoas interessadas, 
não preocupadas, com boa visão, tempo, etc. 
 
 
 
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 
 
A amostragem refere-se aos procedimentos utilizados 
para obter uma amostra. 
 
 
 
 
 
AMOSTRAGEM NÃO-PROBABILÍSTICA 
Na amostra não-probabilística no se garante que cada 
membro da população tenha a mesma probabilidade de 
ser incluído na amostra. 
“AMOSTRAGEM DE CONVENIÊNCIA”: ocorre quando 
o investigador seleciona indivíduos acessíveis e 
dispostos a responder ao inquérito. Muitos trabalhos de 
investigação em psicologia utilizam amostras de 
conveniência (mas isso pode ser considerado razoável). 
Ex: Inquéritos de revistas, Internet. 
AMOSTRAS ACIDENTAIS: são amostras simples 
constituídas por indivíduos que acidentalmente 
participaram no estudo. 
AMOSTRAS HOMOGÉNEAS: constituídas por um leque 
relativamente estreito ou uniforme da variável em 
estudo. Podem ser de dois tipos: 
a) AMOSTRA DE CASOS EXTREMOS: é uma 
amostra homogénea em que só participam 
indivíduos que possuam características 
extremas de uma variável, como por exemplo 
estudar a procura de excitação em indivíduos 
que subiram ao Monte Everest, ou em 
indivíduos que mergulham em apneia mais de 
100 metros; 
b) AMOSTRAS DE CASOS RAROS: é uma amostra 
homogénea em que os indivíduos selecionados 
são pouco frequentes, como seria o caso de 
selecionar indivíduos que receberam transplante 
de um órgão. 
AMOSTRAS INTENCIONAIS HETEROGÉNEAS: 
constituídas por um leque de características da variável. 
Podem ser de dois tipos: 
a) AMOSTRAS REPRESENTATIVAS: são amostras 
intencionais heterogéneas em que um conjunto 
de elementos da variável são intencionalmente 
escolhidos para garantirem a amplitude da 
representação da variável. Em oposição ao 
exemplo dado acima acerca da busca de 
excitação, uma amostra deste tipo juntaria 
grupos de esquiadores, estudantes antes dos 
exames, praticantes de yoga, etc.; 
b) AMOSTRA POR QUOTAS: são amostras 
intencionais heterogéneas em que a variável 
representadaseria proporcional ao universo de 
trabalho. Por exemplo se se pretende estudar 
uma variável de estudantes do sexo masculino 
da cidade de Lisboa, se sabe que 10% dos 
estudantes são afro-portugueses, então a 
amostra teria 10% de afro-portugueses. 
AMOSTRAS DE INFORMANTES ESTRATÉGICOS: é uma 
variante das amostras estruturais e homogéneas. Para 
melhor estudar certos aspetos da organização social, 
comunitária e da sociedade em geral; assumindo que o 
conhecimento não está igualmente distribuído, por 
vezes o investigador pretende localizar pessoas que 
detenham informação pertinente acerca do sistema 
social ou de um dos seus componentes. Para tal 
procuram-se pessoas que ocupem posições de 
liderança na organização social. Este tipo de amostra 
pode subdividir-se em dois sub tipos: 
a) AMOSTRA DE BOLA DE NEVE: é um tipo de amostra 
em que o investigador constrói a amostra de população 
especial perguntando a um conjunto de informadores 
iniciais que forneça nomes de outros potenciais 
membros. É o caso, por exemplo, de uma amostra de 
mulheres que recorreram ao aborto. Como o aborto é 
ilegal e não há listas de pessoas que recorreram ao 
aborto, uma maneira de investigar esta população é 
perguntando a um grupo inicial se conhecem outras 
pessoas que recorreram ao aborto, repetindo a 
pergunta a este grupo, e assim sucessivamente; 
b) AMOSTRA ESCOLHIDA POR ESPECIALISTAS: é um tipo 
de amostra em que se pede a um especialista que 
Existem 2 tipos principais 
de amostragem 
Amostragem 
Não-probablística 
Amostragem 
Probabilística 
escolha os indivíduos típicos representativos das 
características em estudo. 
AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA 
Na amostragem probabilística todos os membros de 
uma população têm a mesma probabilidade de serem 
selecionados para o inquérito (isto designa-se por 
“amostra aleatória simples”). 
 É necessário ter uma lista dos membros da 
população; 
 Ou marcar números de telefone aleatoriamente 
– mas nem todos os membros da população 
podem ser incluídos. 
AMOSTRA ALEATÓRIA ESTRATIFICADA: A população 
é dividida em subpopulações designadas “extratos”. 
Amostras aleatória são então extraídas dos estratos. A 
amostragem estratificada aleatória aumenta a 
probabilidade da amostra representar a população. Ex. 
estratos de uma população universitária incluem 
potencialmente alunos de todos os anos dos diferentes 
ciclos (1º, 2º e 3º), corpo docente, funcionários e 
administração. 
Para garantir essa representação proporcional utilizamos 
a amostragem aleatória estratificada que consiste em: 
1) começar por identificar esses 
subgrupos significativos (estratos), 
2) calcular o peso relativo (%) de cada 
um dos estratos na população 
3) utilizar, em cada um dos estratos, um 
procedimento de amostragem aleatória 
simples para escolher (na mesma 
proporção em que estão 
representados na população) os 
sujeitos de cada estrato que irão 
integrar a amostra. 
Os estratos devem ser definidos em função da sua 
relação com o objetivo do estudo e devem ser 
mutuamente exclusivos (cada elemento da população 
apenas deve estar incluído num estrato) e exaustivos 
(nenhum elemento da população pode ficar fora de um 
estrato). 
AMOSTRA ALEATÓRIA POR CLUSTERS: Na 
amostragem por grupos ou clusters aquilo que é objeto 
de seleção aleatória são os grupos naturais 
previamente existentes (por exemplo: escolas, turmas, 
hospitais, cidades, freguesias, etc.), entrevistando-se 
posteriormente todos os elementos pertencentes aos 
grupos (clusters) selecionados. 
Este tipo de amostragem é utilizado quando a 
variabilidade existente se verifica essencialmente entre 
os elementos dentro de um grupo (cluster) e quando 
existe pouca variabilidade entre os grupos (clusters) 
existentes. 
Cada cluster deve ser uma representação em pequena 
escala da população que se quer estudar. Ex. se se 
pretender estudar o comportamento dos doentes 
hospitalizados e se houver estudos anteriores que 
permitam concluir que o comportamento desses 
doentes é essencialmente o mesmo em todos os 
hospitais (clusters), então poderá fazer sentido escolher 
aleatoriamente só alguns hospitais (clusters) e estudar 
todos os doentes que estão nos hospitais selecionados, 
em vez de selecionar aleatoriamente uma amostra de 
doentes de todos os hospitais. 
O objetivo principal da amostragem de clusters é 
reduzir os custos, aumentando a eficiência da 
amostragem 
. Síntese: 
DESENHOS DE INVESTIGAÇÃO: 
Desenho de investigação refere-se à estrutura geral ou 
plano de investigação de um estudo como seja se o 
estudo é experimental ou descritivo, e qual o tipo de 
população. - Definido o desenho torna-se necessário 
especificar o método do estudo e de recolha de dados. 
- Por método de investigação entende-se as técnicas e 
práticas utilizadas para recolher, processar e analisar os 
dados, com seja, por exemplo, investigação ou 
sondagem (Bowling, 1998). 
Curiosidades: Diferentes autores recorrem a termos 
diferentes para caracterizar estes aspetos. Aday (1989) 
propõe que se considerem os seguintes desenhos de 
investigação: Experimental ou observacional. 
PRINCIPAIS DESENHOS DE INVESTIGAÇÃO 
 
Existem 3 tipos principais de delineamento/desenhos: 
 
 
 
 
 
DESENHOS DESCRITIVOS E EXPLORATÓRIOS 
Descreve padrões de comportamento e ligações entre 
variáveis, mas não implica causalidade. 
Descreve um conjunto de factos. Por exemplo: medir a 
% de novos alunos da Lusíada desde 2000. 
DESENHOS OBSERVACIONAIS 
Observar e registar o comportamento em situações 
naturais sem tentar manipular e controlar a situação. 
Em campo obtém-se dados bastante ricos, no entanto: 
É um processo demorado; 
É difícil de generalizar os dados e resultados obtidos. 
Num estudo que adote um desenho observacional o 
investigador não intervém. Antes, desenvolve 
procedimentos para descrever os acontecimentos que 
ocorrem, naturalmente, sem a sua intervenção, e quais 
os efeitos nos sujeitos em estudo. 
Podem ser descritivos ou analíticos. 
→ DESCRITIVOS: os estudos observacionais-
descritivos, basicamente, fornecem informação 
acerca da população em estudo e podem ser: 
transversais; de comparação entre grupos; ou 
longitudinais. 
→ ANALÍTICOS: Os estudos observacionais 
analíticos permitem responder à questão de 
porque é que os sujeitos têm aquelas 
características. Estes estudos podem ser: 
transversais; controlo de caso; e prospetivos. 
 
DESENHOS EXPERIMENTAIS 
Num estudo que adote um desenho experimental, o 
investigador atua sobre a variável independente para 
identificar se esse tipo de intervenção produz 
alterações na variável dependente. 
Definem-se dois grupos, em que os sujeitos de 
investigação são distribuídos de modo aleatório por 
cada grupo, intervém-se sobre um, e não sobre o 
outro, e depois comparam-se as modificações que se 
verificaram após a intervenção. 
Num estudo deste tipo conclui-se por uma relação de 
causalidade, ou seja, as mudanças ocorridas na variável 
dependente são por causa das mudanças que o 
investigador introduziu na variável independente. 
O experimentador manipula as variáveis independentes 
e mede os resultados das variáveis dependentes. 
Desenhos 
descritivos e 
exploratórios 
Desenhos 
observacionais 
Desenhos 
experimentais 
TAREFA ALEATÓRIA: 
o Grupo de Controlo = tratar igual ao Grupo 
Experimental, expeto para a manipulação da 
variável independente. 
o Grupo Experimental = tratar igual ao Grupo 
de Controlo, expeto para a manipulação da 
variável independente. 
Conclui-se que as diferenças obtidas nos resultados 
advêm da manipulação da variável independente. 
CONDIÇÃO EXPERIMENTAL: Condição de um 
experimento que expõe os participantes ao tratamento, 
ou seja, a uma versão manipulada da variável 
independente. 
CONDIÇÃO DE CONTROLO: Condição de um 
experimento que contrasta com o tratamentoexperimental. Serve como comparação para avaliar o 
efeito do tratamento. 
Tendo em conta o grau de controlo das variáveis, 
podem-se considerar as investigações experimentais 
em: verdadeiramente experimentais (true experiments); 
quase experimentais; e experimental – naturais. 
ESTUDOS VERDADEIRAMENTE EXPERIMENTAIS: Os 
estudos verdadeiramente experimentais são aqueles 
em que o investigador tem o máximo controlo. O local 
onde é mais provável realizar investigação deste tipo é 
em laboratório. Ora, dado que, ou por razões éticas, ou 
porque não é possível distribuir os participantes pelos 
grupos de maneira aleatória, ou por outras razões, os 
estudos verdadeiramente experimentais são reduzidos; 
ESTUDOS QUASE EXPERIMENTAIS: Os estudos quase 
experimentais, são uma variação dos estudos 
verdadeiramente experimentais em que o controlo é 
menor. A variável independente é controlada, assim 
como muitos outros aspetos da investigação, mas os 
participantes não são distribuídos de modo aleatório 
pelos grupos. 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS – NATURAIS: Este tipo de 
investigações recorre a desenhos que alguns autores 
designam de Ex pos facto designs (Brannon & Feist, 
1992), dado que a variável independente não é 
manipulada mas, ao invés disso, ela é selecionada pelo 
investigador após o facto (a mudança nessa variável) ter 
ocorrido: o investigador controla-a mas não é 
responsável por essa manipulação. 
Por exemplo, uma investigação sobre o impacto do 
transplante renal na sua qualidade de vida das pessoas, 
num desenho em que há um grupo de comparação 
constituído por transplantados, o investigador não 
pratica o transplante. Limita-se a selecionar as pessoas 
que foram transplantadas. O controlo do investigador 
sobre a variável independente é reduzido, mas é a 
única forma de realizar estudos com variáveis 
independentes deste tipo. Uma das maiores limitações 
reside no grupo de comparação que não é, de facto, 
um grupo equivalente (num estudo experimental um 
grupo inicial deve ser aleatoriamente dividido em 
subgrupos e, à partida todos os participantes iniciais têm 
igual probabilidade de pertencer a qualquer dos 
subgrupos). Assim, as diferenças encontradas não 
podem, em segurança, ser atribuídas à manipulação da 
variável independente (o transplante). Por esta limitação 
do controlo, com frequência este tipo de desenho não 
é considerado um desenho experimental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE GRUPO 
Variáveis sociodemográficas- são variáveis 
independentes: aqueles que nos permitem fazer 
análises comparativas. 
Escala do trabalho: 
STAI:Avalia a ansiedade- traço e a ansiedade de estado 
Ansiedade-traço: Ligeiro e mais curto no tempo. 
Situacional. 
Ansiedade-estado: Mais prolongado no tempo. 
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO: 
• Sexo: Feminino/ Masculino 
• Idade 
• Escolaridade 
• Situação económica 
• Estado civil: Casado/solteiro/união de facto/ 
outro 
• Situação Profissional: 
• Grau de ansiedade 
• Toma alguma medicação 
• Diagnóstico prévio 
• Acompanhamentos atuais 
• Filhos (e idades) 
VARIÁVEIS DEPENDENTES E INDEPENDENTES. 
Variáveis dependentes: 
Variáveis independentes: 
PROBLEMA DA INVESTIGAÇÃO 
 
OBJETIVO DA INVESTIGAÇÃO 
 
Delineamento de investigação- é o desenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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