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Importância dos Conservantes: “O processo de conservação dos alimentos é bem antigo. Já desde o início da história, essa conservação era feita através do sal e fumo. Com o passar do tempo, foram descobertas outras formas de manter os alimentos em bom estado de consumo como a desidratação, conservas, congelamento, embalagens e aditivos alimentares como conservantes e antioxidantes Os conservantes são de especial importância em países tropicais, onde a deterioração de alguns alimentos é acentuada pelo grau de umidade e temperaturas próximas ao ótimo do desenvolvimento microbiano, e a falta de instalações adequadas de armazenamento e o transporte do produto podem acentuar isso. Logo a escolha adequada de um conservante deve ser feita com base em alguns fatores, tais como o tipo de microrganismo a ser inibido, a facilidade de manuseio, o impacto no paladar, o custo e a sua eficácia. Suas funções: Inibir ou eliminar microorganismos deterioradores ou patogênicos, controlando o crescimento das bactérias e fungos, o que, por sua vez, retarda a criação de bolor, mau odor e aumenta a validade dos produtos. Evitam alterações químicas indesejáveis de oxidação e escurecimento Inibir reações enzimáticas O uso de conservantes nos alimentos é primordial pois estes ajudam: prolongam o sabor, a consistência, a cor e a aparência do alimento - de alimentos que perdem muito de suas características originais durante o processamento industrial mantendo a qualidade dos produtos e aumentando seu tempo de vida útil. logo → Essencial para viabilidade de venda do produto final e o armazenamento dos alimentos, uma vez que aumentam o prazo de validade e evitam a deterioração natural deste. Logo, seu uso possibilita o aumento da escala de produção da empresa e também promove a redução de gastos com produtos estragados, já que estes geram prejuízos. Além disso, atualmente um tópico que tem se discutido é referente aos conservantes, é que muitos consumidores associam presença destes como algo nocivos à saúde. No entanto, como já comentado, há séculos que se pratica a conservação dos alimentos, começou a usar o sal (salga) e o fumo (fumados). Apesar de todas as desconfianças que causam, os conservantes tornaram-se um componente indispensável dos alimentos. Isto deve-se, por aumento da procura, por parte dos consumidores, de gamas de produtos alimentícios cada vez mais práticos e fáceis de cozinhar, das às rigorosas regras de segurança alimentar estabelecidas, com um shelf life razoavelmente longo exigido pelas cadeias de distribuição. Sendo que é importante ressaltar que a quantidade permitida de conservante nos produtos depende do alimento, tipo de conservante utilizado e forma de conservação. Então os conservantes e os agentes antimicrobianos têm um papel importante no abastecimento de alimentos quimicamente estáveis e seguros. http://blog.multjr.com.br/5-formas-de-melhorar-a-producao-de-alimentos-de-sua-fabrica/ Ácido Sórbico: O Sorbato é um ácido graxo insaturado monocarboxílico, um açúcar-ácido encontrado naturalmente em diversas frutas e vegetais, pode ser obtido dos frutos da sorveira (Sorbus aucuparia; Rosaceae) ou por processos de síntese química. Não mostra nenhum sinal de toxicidade aguda, subaguda e crônica, assim não trazem risco à saude humana pois participam do metabolismo normal da gordura no corpo humano. Eles são metabolizados e degradados pelo organismo em dióxido de carbono e água, que são substâncias que são eliminadas do corpo. (não se acumulam no corpo humano) O ácido sórbico é metabolizado de forma idêntica à dos ácidos graxos de cadeia longa. ácido sórbico possui pouca ou nenhuma efetividade na inibição de bactérias (no caso do ácido sórbico). Poderá ter efeitos irritantes sobre a pele. Os ácido sórbico, o sorbato de potássio e o sorbato de cálcio podem ser usados como substitutos do ácido benzóico como conservante tradicional. O emprego de ácido sórbico como conservante é seguro e efetivo no controle de leveduras e fungos, que causam mofos e bolores responsáveis pela degradação dos alimentos, sendo utilizados em níveis de até 0,2%. Aplicação: Indústria de Alimentos → Tanto o ácido quanto o sorbato de potássio utilizam-se em alimentos com pH inferior a 6,5 e de grande valor nutricional, tais como os queijos, laticínios, carnes (preserva a cor vermelha), sucos de fruta, marmelada, produtos à base de peixe, pão e produtos de confeitaria, etc. Exemplo, quando o ácido sórbico é pulverizado no exterior de um presunto, não haverá crescimento de fungos por 30 dias. Maiores níveis de sorbatos são necessários em produtos de shelf life muito longo que possuem um certo teor de umidade ou condições de refrigeração precárias. Os sorbatos, passaram a ser utilizados em conservas de carnes como inibidores do Clostridium botulinum, para reduzir a necessidade do uso de nitritos que podem dar origem às carcinogênicas nitrosaminas. O limite máximo esteja na faixa de 0,01% a 0,2%, dependendo do alimento (mostrar a tabela) Vantagens: como conservantes, os sorbatos são únicos, tanto em termo de versatilidade, quanto ao largo espectro de microorganismos cujo crescimento eles inibem, a variedade de produtos alimentícios cujo frescor eles protegem, e o efeito quase nulo sobre o sabor de alimentos de pouco gosto ou sabor bastante suave. uma outra vantagem do seu uso é a seletividade da ação antimicrobiana exercida pelos sorbatos, assim eles podem ser usados para prevenir a formação de leveduras e mofos em alimentos tais como os alimentos citados e na maioria dos produtos curados derivados do leite sem intervir na ação da bactéria desejada. Indústria farmacêutica → produção de diversos medicamentos, principalmente de antifúngicos, cosméticos e cremes dentais. Indústria química → o ácido sórbico é aplicado à produção de tabaco, látex, papel, fungicidas agrícolas e rações animais. Métodos de aplicação Os cinco métodos mais comuns de aplicação são: adição ou incorporação direta ou produto, imersão, vaporização, polvilhamento incorporação na embalagem. Mais de um método poder ser usado para garantir uma perfeita aplicação do conservante ao produto. Condições de uso: A ação inibitória do ácido e dos seus sais dependem muito do pH do substrato (substância que é conservada), assim, quanto maior o nível de acidez, maior a capacidade de inibir o ação de microrganismos. Temperatura: Por ser altamente estável, apresenta ótimos resultados mesmo a altas temperaturas. Acima de 60ºC, o ácido sórbico começa a sublimar. Ele é volátil com o vapor, sem decompor- se. Esta volatilidade deve ser considerada quando o sorbato é aplicado antes de uma fase de aquecimento no processo existente. Armazenamento de sorbatos: O ácido sórbico e os sorbatos devem ser protegidos da luz e da exposição prolongada ao calor, devendo ser armazenados em lugar seco. É extremamente importante conservar o sorbato de potássio em pó longe da umidade, pois ele é altamente higroscópico. Ao contrário de seu sal, o sorbato de potássio, o ácido sórbico é dificilmente solúvel em água. Assim os derivados sódio potássio e cálcio são mais utilizados em razão da alta solubilidade em água. Mesmo nos produtos refrigerados, ainda é aconselhável usar um conservante do tipo sorbato para inibir uma potencial contaminação bacteriana. PH: Quando usado em produtos cujo pH é ligeiramente ácido (pH 5,5-6,0) os sorbatos são os agentes conservantes mais eficazes contra um amplo espectro de deteriorações por microorganismo, eles funcionam até pH 6,5 mas são relativamente ineficientes a partir de pH 7,0 e superiores. Acima de pH 4,0 os sorbatos são mais efetivos do que o benzoato de sódio ou o propionato de sódio ou de cálcio. pH 2,5 até 3,0 os sorbatos são ainda mais efetivosdo que o benzoato de sódio como inibidor de leveduras e mofos, e duas vezes mais potente do que os propionatos. O acido sórbico apresenta atividade antimicrobiana na forma não dissociada. O pKa do ácido sórbico é 4,80 e, em pH 4,0, 86% do composto está não dissociado, enquanto que em pH 6,0 somente 6% encontra-se nessa forma. A forma ácida é mais solúvel em lipídios que em água (0,16 g/ 100ml). Assim, eficiência desse ácido e de seus sais aumenta com o aumento da acidez, predominando as formas não dissociadas. Modo de ação: Para ácidos mais hidrofóbicos, com cadeias maiores, como o caso do ac sórbico, a ação inibitória pode estar associada à presença de ácidos graxos livres dissolvidos na membrana, o que tbm compromete a sua fluidez. Então a fração não dissociada de certos ácidos orgânicos lipofílicos, como o ácido sórbico, afeta o microorganismo por ser prontamente solúvel na membrana celular, que é um fluido lipoprotéico. Difundidos através da membrana, eles ionizam no interior da célula, acidificando o meio intracelular. Tecnicamente, o ácido sórbico encontra nas células dos microorganismos diversos pontos de ataque, como por exemplo, as enzimas do metabolismo dos carboidratos e do ciclo dos citratos. O sorbato de potássio incorpora-se aos produtos diretamente ou através do tratamento das superfícies, por pulverização ou submersão. Usa-se geralmente uma grama de sorbato de potássio por quilo de produto. A dosagem padrão é de 0,05 a 0,2%. Reações envolvidas: 1. Adição de sorbato de potássio ou sorbato de cálcio no alimento 2. Equilíbrio da reação ácido-base:conversão dos sais em ácido sórbico 3. Penetração da forma não dissociada do ácido sórbico na célula do microorganismo Sendo que é essa forma não dissociada da molécula é que confere a característica antimicrobiológica dos conservantes Os sorbatos são fundamentalmente efetivos contra leveduras e fungos filamentosos. Os sorbatos eliminam a germinação de esporos das bactérias: Staphylococcus aureus, Salmonella spp., Vibrio parahaemolyticus, coliformes e bactérias psicrotróficas deteriorantes, como Pseudonomas spp. O sorbato também pode agir sinergisticamente com outros conservantes, como em combinação com o nitrito de sódio, retardando a produção da toxina botulínica.
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