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CURSO DE NUTRIÇÃO GEORGE OLIVEIRA LAYANE MOURA MARCUS PAULO RYWALDO MENDES TACIANE DINIZ SANTANA ADITIVOS ALIMENTARES SANTARÉM-PA 2022 GEORGE OLIVEIRA LAYANE MOURA MARCUS PAULO RYWALDO MENDES TACIANE DINIZ SANTANA Trabalho da disciplina Tecnologia dos alimentos apresentado ao Prof Marcelo Baima, como avaliação parcial do curso de Nutrição. SANTARÉM-PA 2022 1. INTRODUÇÃO A ANVISA (2019) define os aditivos alimentares como qualquer ingrediente que seja adicionado intencionalmente aos alimentos, porém, sem o propósito de nutrir, mas com o objetivo de modificar as suas características biológicas, químicas e físicas, ou até mesmo sensoriais, isso durante o processo da fabricação, do tratamento, da sua embalagem, do acondicionamento e armazenamento, transporte e manipulação dos alimentos. Segundo Ifope (2020), os aditivos alimentares são utilizados com a finalidade de contribuir com a qualidade do produto oferecido, além de prolongar o tempo de prateleira, deixando as cores dos alimentos mais atraentes, entre outros benefícios. No Brasil, a busca por vida saudável, praticidade, bem-estar e sustentabilidade na alimentação, tem sido uma figura de aspectos importantes para os consumidores (FIESP/IBOPE, 2020). Em razão do ritmo acelerado do dia a dia, o consumidor preferir alimentos semiprontos ou prontos favorecendo assim a sua praticidade, com isso a utilização de alimentos industrializados ficou maior e como resultado houve a incidência de novos casos das doenças crônicas não transmissíveis (DE SOUZA et al., 2019). Os aditivos oferecem vantagens tecnológicas para os alimentos, considerando a sua eficiência e facilidade do processamento, sua aplicação oferece grandes benefícios para a conservação, segurança e prazo de validade dos produtos alimentícios, isso acontece, pois alguns aditivos neutralizam os agentes contaminantes combatendo a ação de microrganismos que prejudicam a qualidade do alimento. Além disso, os aditivos potencialização os valores nutricionais do produto por períodos prolongados (PROPEQ, 2021). Para a indústria alimentícia a utilização dos aditivos nos alimentos deve-se por razões nutricionais tecnológicas ou sensoriais, visando assim uma maior aceitação do produto pelos consumidores. A indústria busca cada vez mais aprimorar seus produtos para ter consumidores satisfeitos e, assim, gerar fins lucrativos (DE SOUZA et al., 2019). Porém a Resolução Nº 281, de 29 de Abril de 2019 preconiza uma quantidade máxima permitida de aditivos nos alimentos, em condições específicas para assim alcançar o efeito desejado em concentrações, e que sua ingestão não ultrapasse os valores de uma dosagem diária aceitável, a fim de evitar complicações à saúde humana (ANVISA., 2019). 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Os grupos de aditivos alimentares A PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997 dispõe a utilização de aditivos bem como justificativas razões nutricionais tecnológicas ou sensoriais, conforme tabela 1. A utilização dos aditivos é limitada a alimentos específicos, com condições específicas para que a ingestão do aditivo não supere os valores de Ingestão Diária Aceitável (IDA). Tabela 1 – Aditivos alimentares e suas funções AGENTE DE MASSA Proporciona o aumento de volume e/ou da massa dos alimentos, mas não contribui para o valor energético; ANTIESPUMANTE Previne ou reduz a formação de espuma; ANTIUMECTANTE Reduzir as características hidroscópicas dos alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas individuais; ANTIOXIDANTE Retarda o aparecimento de alteração oxidativa no alimento; CORANTE Confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento; CONSERVADOR Impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos ou enzimas; EDULCORANTE Substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento; ESPESSANTE Aumenta a viscosidade de um alimento; GELEIFICANTE Confere textura através da formação de um gel; ESTABILIZANTE Torna possível a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento; AROMATIZANTE Substância ou mistura de substâncias com propriedades aromáticas e/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos alimentos; UMECTANTE Protege os alimentos da perda de umidade em ambiente de baixa umidade relativa ou que facilita a dissolução de uma substância seca em meio aquoso; REGULADOR DE ACIDEZ Altera ou controla a acidez ou alcalinidade dos alimentos; ACIDULANTE Aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos alimentos; EMULSIONANTE/EMULSI FICANTE Substância que torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento; MELHORADOR DE FARINHA Substância que, agregada à farinha, melhora sua qualidade tecnológica para os fins a que se destina; REALÇADOR DE SABOR Ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento; FERMENTO QUÍMICO Substância ou mistura de substâncias que liberam gás e, desta maneira, aumentam o volume da massa; GLACEANTE Substância que, quando aplicada na superfície externa de um alimento, confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor; AGENTE DE FIRMEZA Torna ou mantém os tecidos de frutas ou hortaliças firmes ou crocantes, ou interage com agentes geleificantes para produzir ou fortalecer um gel; SEQUESTRANTE Forma complexos químicos com íons metálicos; ESTABILIZANTE DE COR Substância que estabiliza, mantém ou intensifica a cor de um alimento; ESPUMANTE Substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou sólido. Fonte: Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997 2.2 Os aditivos de cada grupo Os aditivos encontrados nos alimentos poderão ser classificados em substâncias que tem por objetivo estender o tempo de vida útil ou reduzir a deterioração de um determinado alimento, produtos que alteram as características de um alimento, melhorando seu sabor, cor e ate sua textura. Produtos que são adicionados com a finalidade de variar o valor nutritivo e substancia que ocorre em alimentos devido à contaminação acidental, conforme tabela 2. Tabela 2 - Grupos e seus respectivos aditivos GRUPOS ADITIVOS ACIDULANTES Ácido cítrico; Ácido lático; Ácido fumárico. ANTIOXIDANTES Ácido ascórbico; Tocoferóis; Ácido fosfórico. ANTIUMECTANTES Carbonato de cálcio; Dióxido de silício; Carbonato de magnésio. AROMATIZANTES E FLAVORIZANTES Essências artificiais; Extrato vegetal aromático; Flavorizantes quimicamente definidos. CONSERVANTES Ácido benzoico; Nitrato de potássio; Ácido sórbico. CORANTES ORGÂNICOS NATURAIS Cacau; Caramelo; Riboflavina. CORANTES ORGÂNICOS SINTÉTICOS ARTIFICIAIS Amarelo crepúsculo; Tartrazina; Eritrosina. CORANTES ORGÂNICOS ARTIFICIAIS IDÊNTICOS AOS NATURAIS ß-caroteno; Caramelo (processo amônia). ESPESSANTES Agar-agar; Goma guar; Goma arábica. ESTABILIZANTES Citrato de sódio; Celulose microcristalina; Fosfato dissódico. UMECTANTES Glicerol; Lactato de sódio; Propileno glicol. GELIFICANTES Pectina; Carragena; Gelatina. EDULCORANTES Sacarose. Sorbitol Xilitol Fonte: DE SOUZA et al., 2019 2.3 Aplicação A presença dos aditivos nos alimentos funciona como um indicativo de que este alimento é que são ultra processado. Vale ressaltar que a Anvisa regula o uso dos aditivos em alimentos além de estabelece os níveis máximos de consumo diário para uma pessoa. Tabela 3 – Aditivosutilizados em alimentos GRUPOS ADITIVOS ALIMENTOS ACIDULANTES Ácido lático Sorvetes, refrigerantes, maionese. ANTIOXIDANTES Ácido ascórbico Cervejas, refrescos artificiais, polpas de frutas. ANTIUMECTANTES Dióxido de silício Sais de cura, temperos em pó, aromatizantes em pó. AROMATIZANTES E FLAVORIZANTES Essências artificiais Pós para bolos artificiais, pós para sorvetes artificiais, pós para pudins artificiais. CONSERVANTES Ácido sórbico Chocolate, maioneses, queijos ralados. CORANTES ORGÂNICOS NATURAIS Caramelo Vinagre, biscoitos, sorvetes. CORANTES ORGÂNICOS SINTÉTICOS ARTIFICIAIS Tartrazina Doces de goiaba em pasta com edulcorante, pós para refrescos artificiais. CORANTES Caramelo Cervejas, refrigerantes, bebidas em ORGÂNICOS ARTIFICIAIS IDÊNTICOS AOS NATURAIS (processo amônia) geral. ESPESSANTES Goma guar Ketchup, molhos preparados, gomas de mascar. ESTABILIZANTES Celulose microcristalina Cobertura de sorvetes, pudins e pós para refrescos. UMECTANTES Lactato de sódio Balas e similares, alimentos dietéticos, bombons. GELIFICANTES Pectina Iogurtes de frutas, molhos para sobremesas, pastas de frutas. EDULCORANTES Sacarose Leite condensado, cana-de- -açúcar, carnes curadas. Fonte: DE SOUZA et al., 2019 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a inovação tecnológica das indústrias houve grandes modificações dos hábitos alimentares da população, onde trouxe consigo um maior consumo de alimentos industrializados, a ingestão de aditivos se dá com a quantidade e a frequência de alimentos que o individuo ingere, podendo se tornar um grande problema de saúde pública, pois essa substancia pode apresentar efeitos cumulativos no organismo ao longo do tempo. A anvisa tem informações a respeito dos riscos e perigos dos aditivos alimentares, além de fiscalizar as doses que estão acima da preconizada. Diante disso à população, necessita obter informações dos efeitos causados na saúde humana dessas substancias. Destacando-se a importância da continuidade de novos estudos. REFERENCIAS DE SOUZA, Betina Aguiar et al. Aditivos alimentares: aspectos tecnológicos e impactos na saúde humana. Revista Contexto & Saúde, v. 19, n. 36, p. 5-13, 11 jul. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.21527/2176-7114.2019.36.5-13. Acesso em: 26 maio 2022. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria 540. 27 out. 1997. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1997/prt0540_27_10_1997.html . Acesso em: 24 maio 2022. FIESP/IBOPE. Brasil food trends. São Paulo,. 2020. Disponível em: https://alimentosprocessados.com.br/arquivos/Consumo-tendencias-e- inovacoes/Brasil-Food-Trends-2020.pdf. Acesso em: 26 maio 2022. IFOPE. Aditivos alimentares: o que são, para que servem e suas vantagens e desvantagens. 6 nov. 2020. Disponível em: https://blog.ifope.com.br/aditivos- alimentares/. Acesso em: 26 maio 2022. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO - RDC Nº 281, DE 29 DE ABRIL DE 2019. 29 abr. 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resoluÇÃo-rdc-nº-281-de-29-de-abril-de-2019- 86234909. Acesso em: 24 maio 2022. PROPEQ, Pró-Reitoria de Pesquisa. Aditivos alimentares: o que são e quais suas aplicações? 19 ago. 2021. Disponível em: https://propeq.com/aditivos-alimentares/. Acesso em: 26 maio 2022. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2019.36.5-13 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1997/prt0540_27_10_1997.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1997/prt0540_27_10_1997.html https://alimentosprocessados.com.br/arquivos/Consumo-tendencias-e-inovacoes/Brasil-Food-Trends-2020.pdf https://alimentosprocessados.com.br/arquivos/Consumo-tendencias-e-inovacoes/Brasil-Food-Trends-2020.pdf https://blog.ifope.com.br/aditivos-alimentares/ https://blog.ifope.com.br/aditivos-alimentares/ https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolu%C3%87%C3%83o-rdc-n%C2%BA-281-de-29-de-abril-de-2019-86234909 https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolu%C3%87%C3%83o-rdc-n%C2%BA-281-de-29-de-abril-de-2019-86234909 https://propeq.com/aditivos-alimentares/
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