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Ana Laura Coradi TXXII Bases técnicas da cirurgia video assistida de intestino delgado e estômago Laparotomia As cirurgias video assistidas são melhores do ponto de vista metabólico. Porém do ponto de vista de substituição as laparotomias são melhores. Nas laparotomias o acesso para acavidade peritonial e suas estruturas é feito através da parede anterior do abdome. Levar em conta os músculos: Músculos reto abdominais, se unem na linha alba, na aponeurose. A aponeurose do músculo transverso e oblíquo externo e interno é a linha semi lunar – linha de Spiegel. Ao remover o músculo reto abdominal, temos a linha arqueada ou de Douglas. AS HÉRNIAS INCISIONAIS SÃO MAIS COMUNS ABAIXO DA LINHA ARQUEADA, POIS NÃO TEMOS APONEUROSE POSTERIOR, APENAS A FÁSCIA DO MÚSCULO TRANSVERSO. Laparotomias medianas: incisões longitudinais na direção cranio-caudal, a incisão é feita pela linha alba. podEm ser supra ou infra umbilicais. Vantagens: abre pele, subcutâneo e aponeurose de uma vez só, muito rápido. Desvantagens: ao realizar a sutura todas ficam no mesmo plano, e se ocorrer aumento da pressão intrabdominal, ocorre rompimento dos pontos. Laparotomia paramediana: incisões que incidem sobre as linhas semilunares, feitas em sentido crânio-caudal, podendo ser supra umbilical direita ou esquerda, ou infraumbilical direita ou esquerda. Vantagem: por abrir 3 camadas em locais diferentes, em caso de aumento de pressão intrabdominal, não rompe os 3 ponto de sutura, assim diminui a complicação pós cirurgica. Desvantagem: é uma técnica lenta de ser realizada, pois necessita do descolamento do músculo abdominal. Laparotomias transversas e oblíquoas: incisão de Phannestiel, incisão da cesária e incisão de Mc Burney – incisão para apendicites. Incisão de Kocker: para fígado e vesícula biliar Em crianças: o diâmetro latero-lateral é maior que o crânio caudal, por isso se utiliza incisão transversa. Intestino delgado Vávulas coniventes + vilosidades + microvilosidades = aumentam em 600X a área de absorção intestinal. Aspectos morfológicos e estruturais: Irrigação pela artéria mesentérica superior e arcos – quanto mais distal no intestino, mais arcos terá. Ainda participam da drenagem a veia porta que é a junção da veia esplênica e com a mesentérica superior. Os intestinos apresentam uma borda mesenterial e uma contra mesenterial. A contra mesenterial é menos irrigada que a borda mesenquimal, é uma área crítica para a realização de uma anastomose. Vantagens: excelente mobilidade, irrigação farta e serosa propcia sutura em dois planos. Desvantagens: irrigação troncular, trombose maciça, porção retro peritonial não tem serosa e irrigação terminal da borda contra mesenterial. Cirurgias do intestino delgado Enterotomias: cortar a parede intestinal, a mais comum é em casos de estenose de luz intestinalpode ser transversa ou longitudinal. Enterorrafias: costurar a parede são sempre transversais. Jejunostomias: feitas na alça fixa do duodeno. Usa-se a Ténica de Wietzel, com sutura em bolsa. Depois ocorre a introdução do cateter e para retirar faz-se uma sutura sero-muscular. Devido a pressão intralumial ser maior ela se fecha sozinha, não precisa abrir novamente o paciente. Heostomias: ressecções e anastomoses intestinais. Faz uma ligadura dos vasos dessa Ana Laura Coradi TXXII região que vai ressecar, assim realiza-se uma anastomose término-terminal em plano único. O intestino é o ÚNICO LUGAR em que se pode realizar a COBERTURA entre as SEROSAS É UMA SUTURA EM DOIS PLANOS, chamada serosa-muscular. Estômago Úlcera gástrica ou duodenal perfurada é uma importante causa de abdome agudo perfurativo. A rafia da úlcera duodenal através de pontos que englobam o epiplon – também podem ser feitas nas ulceras gástricas perfuradas Para realização de gastrectomia, é necessário sempre lembrar as arcadas da pequena e da grande curvatura do estômago, pois elas serão ligadas durante a cirurgia. Gastrectomias proximais: removo o corpo Gastrectomias distais: removo o antro gástrico As reconstruções do trânsito após a remoção de seguimentos do estômago: 1. Reconstrução a Billroth I – após a remoção do antro gástrico, a reconstituição do trânsito é feita através da sutura direta entre o coto gástrico e o duodeno. 2. Reconstrução a Billroth II se faz através de uma anastomose do estomago remanescente e uma porção do jejuno, agora o alimento não passará mais pelo duodeno, vai em direção caudal no intestino. O suco bilo-pancreático vai banhar a região da anastomose. 3. Também é possível a reconstrução por “Y” de Roux – gastrectomia total.
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