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Reclamação Trabalhista por Pejotização

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO TRABALHO DA 
MM. ......... ª VARA DO TRABALHO DE ........................ 
CHICO, Brasileiro, estado civil, profissão, portador da cédula de 
identidade RG no ...................., inscrito no CPF/MF sob nº ................, portador da 
CTPS nº ........... - série ..... a, residente e domiciliado à ................. (endereço 
completo: rua [av.], nº, complemento, bairro, cidade, CEP, UF), por seu Advogado 
e bastante procurador in fine assinado, constituído nos termos do incluso 
instrumento de mandato (doc. .....), vem, respeitosamente à honrosa presença de 
Vossa Excelência, propor a presente 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
em face de Silva S/A, inscrita no CNPJ sob nº .................., localizada na 
.............................., CEP XXXXX-XXX,, na cidade de xxxxxxxxxxxxx-xx pelos 
motivos de fato e de direito abaixo aduzidos: 
DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
 
O reclamante inicialmente contratou verbalmente e posteriormente 
expressamente com o reclamante para prestar serviços de manutenção por tempo 
indeterminado à rede elétrica interna de alta tensão da empresa, que forneceu todos 
os equipamentos necessários para atender Chico. 
Além disso, os reclamantes foram obrigados a constituir uma empresa 
comercial e emitir uma nota mensal de prestação de serviços, cujo objetivo principal 
era o recebimento de seus salários. Para tanto, a denominada empresa comercial 
do reclamante deverá elaborar e incluir no contrato de prestação de serviços uma 
renúncia a outros direitos trabalhistas. 
A relação entre o autor e o réu passa a ser uma relação de emprego, então 
os direitos de Chico devem ser respeitados, razão pela qual ele propõe essa relação 
de emprego. 
Conforme se comprova da situação fática, é mais do que possível afirmar que 
o reclamante tem relação de emprego com a empresa Silva S/A por estarem 
presentes todas as características que que a configurem como tal. 
I – DA JORNADA DE TRABALHO 
 
Sendo assim, percebia mensalmente, tendo para tanto, que realizar uma 
jornada de segunda à sábado das 10h00 às 18h00, sob orientação e supervisão 
direta de um gerente da empresa, sem horário de intervalo para repouso e 
alimentação. 
II – DA SUBORDINAÇÃO 
O reclamante possuía crachá para acesso, ou seja, era submetido ao controle 
de acesso, prestava serviços de manutenção da rede elétrica à reclamada e somente 
ele poderia fazê-lo. Ora Excelência, se a contratação fosse verdadeiramente de uma 
pessoa jurídica, qualquer um dos sócios poderia prestar o serviço sem o caráter 
personalíssimo. 
 III – DA HABITUALIDADE 
Chico prestava serviços de segunda à sábado das 10h às 18h, portanto, 
demonstra que o reclamante trabalhava para a reclamada de forma regular e não 
eventual 
IV – DA ONEROSIDADE 
O reclamante recebia seu salário mensal, ou seja, exercia atividades 
remuneradas, garantindo a reciprocidade das obrigações entre as partes. Recebeu 
a carga horária acordada cumprindo com os requisitos da ré quanto às regras pré-
estabelecidas sobre jornada de trabalho, prestação de serviços, etc. 
V – DA PESSOALIDADE 
Porque o sócio do reclamante, seu filho Rosalvo, não foi autorizado a entrar 
no prédio por não ter um crachá para entrar no prédio da empresa, ele não pode 
Realizar o serviço durante a mudança de Chico mostra que por não ser possível 
Substituída por outras, configura-se a personalidade do reclamante. 
VI – DA ALTERIDADA 
O reclamante prestou serviços sob a direção direta do gerente da empresa, 
Além disso, o arguido forneceu todo o equipamento necessário para a realização 
dos trabalhos Prova de que o réu exerce controle sobre o autor. 
Portanto, nos casos apresentados, o fenômeno da pejotização ainda é 
evidente, e segundo Existe relação de emprego entre os artigos 2º e 3º da Lei da 
Consolidação do Trabalho (CLT). As partes, claro que o réu tem a intenção de 
desvirtuar as regras da CLT, de acordo com o artigo 9.º do mesmo diploma de lei. 
Vale ressaltar que a jurisprudência em casos semelhantes aos dos autores 
tem sido: 
“I - PEJOTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE 
RECONHECIMENTO DE CONTRATO COM PESSOA 
JURÍDICA QUANDO SE CONSTATA QUE A 
RELAÇÃO DE TRABALHO ERA TODA VOLTADA 
PARA A PESSOA NATURAL DA OBREIRA. A defesa 
foi construída sobre a afirmação de que havia relação 
comercial entre empresas, das quais uma era 
representada pela reclamante. Ocorre, entrementes, 
que o que se viu nos autos é que a empresa da 
reclamante, em verdade, não existia, mas a 
constituição dela decorreu de mera exigência dos 
reclamados para que a prestação de serviços se 
iniciasse. Além disso, restou demonstrado que, ao 
deixar o trabalho, todos os clientes das pseudo 
empresas que atuavam em favor dos reclamados 
ficavam com estes últimos e não com as (pseudo) 
empresas dos trabalhadores, impondo-se a conclusão 
de que o trabalho era mesmo prestado direta e 
pessoalmente pelos obreiros, inexistindo qualquer 
mínima organização empresarial que pudesse receber 
a denominação -- verdadeira -- de empresa. 
Reformase, para reconhecer a relação de emprego 
entre a reclamante e o banco.” (TRT da 2ª Região; 
Processo: 1000845-50.2021.5.02.0502; Data: 05-07-
2022; Órgão Julgador: 4ª Turma - Cadeira 4 - 4ª Turma; 
Relator(a): PAULO SERGIO JAKUTIS) Fraude na 
contratação. "Pejotização" e intermediação. 
Reconhecimento do vínculo de emprego. Comprovada 
a fraude na contratação do trabalhador, por meio de 
pessoa jurídica e com a intermediação de outra 
empresa, para a prestação de serviços com 
pessoalidade e subordinação direta em favor da 
tomadora, é devido o reconhecimento do vínculo de 
emprego com esta. Aplicação dos artigos 3º e 9º da 
CLT. (TRT da 2ª Região; Processo: 0002602-
68.2015.5.02.0062; Data: 08-06-2022; Órgão Julgador: 
6ª Turma - Cadeira 4 - 6ª Turma; Relator(a): ANTERO 
ARANTES MARTINS) 
Conclui-se que na relação acima narrada, faz-se necessário o reconhecimento do 
vínculo de emprego entre o reclamante e a reclamada como medida de justiça, conforme os 
elementos narrados. Desta forma, merece que sejam observados os direitos do reclamante 
conforme narrados a seguir. 
DO DIREITO 
I – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
Conforme mencionado anteriormente, o reclamante prestou serviços de manutenção 
para a rede elétrica da empresa Alega que, nos termos do artigo 193 I CLT, é um dos 
pressupostos da atividade Perigoso, pois apresenta maior risco devido à exposição 
permanente dos trabalhadores, o que implica em um adicional de 30% (trinta por cento) 
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações 
nos lucros da empresa, sendo esta multa 
II – DAS HORAS EXTRAS 
Dos factos depreende-se que o autor tem jornada contratual de 10 a 18 horas 
ininterruptas de segunda a sábado, inclusive de 48 horas semanais, ou seja, 4 horas a mais 
do que as previstas no inciso XIII do art. da constituição Federal. O referido artigo estabelece 
que a jornada máxima semanal de trabalho será de 44 horas, portanto, conforme será 
demonstrado na instrução processual, o reclamante tem direito ao recebimento de horas 
extras, equivalentes a 4 horas extras semanais, referentes a todo o vínculo empregatício 
entre partes, acrescido de 50 % sobre o horário normal, de acordo com o § 1º do artigo 59 
da CLT. 
Por serem habituais, requer ainda os reflexos de insalubridade, saldo de salário, 
DRS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de 40%. 
III – DA SUPRESSÃO DO INTERVALO 
O Reclamante laborava, conforme mencionado acima, de segunda à sábado das 10h 
às 18h sem intervalo para repouso e alimentação, o que viola o artigo 71 da CLT, que dispõe 
ser obrigatória a concessão de no mínimo 01 (uma) hora de intervalo em jornadas que 
excederem 06h diárias. O parágrafo quarto do mesmo artigo dispõe que caso não seja 
concedido intervalo acima, implica-se o pagamento, de natureza indenizatória,apenas do 
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho 
III – DO ACIDENTE DE TRABALHO 
Em certo dia a caminho do trabalho, o reclamante quando estava indo para a 
empresa, veio a sofrer um acidente na estação do metrô e quebrou o pé. Em virtude do 
ocorrido Chico ficou afastado da prestação de serviço pelo período mínimo de 90 dias. 
Segundo a Lei 8.213/91, artigo 21, inciso IV, alínea “d”, equiparam-se ao acidente de 
trabalho aquele sofrido no percurso entre a casa do trabalhador e seu local de trabalho. 
Sendo assim, Chico tem o direito à suspensão do contrato de prestação de serviços 
e a empresa é responsável pelo recolhimento do seu Fundo de Garantia (FGTS), além disto, 
conforme dispõe o artigo 118 da referida Lei, o trabalhador tem garantido, pelo prazo mínimo 
de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, ou seja, tem direito 
à estabilidade, caso contrário, lhe caberá indenização. 
III – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se que seja reconhecido o vínculo de trabalho entre as 
partes e: a) notificação da reclamada, nos termos do Art. 841 da CLT e da Súmula 74 do 
TST; 
b) condenação da reclamada ao pagamento de horas extras, equivalente a 4 horas 
semanais durante todo período contratual (R$ XXX,XX), com reflexos em adicional de 
insalubridade (R$ XXX,XX), saldo de salário (R$ XXX,XX), DRS (R$ XXX,XX), férias 
acrescidas de 1/3 constitucional (R$ XXX,XX), 13º salários (R$ XXX,XX), FGTS (R$ 
XXX,XX) e multa de 40% (R$ XXX,XX) totalizando o montante de R$ XX.XXX,XX; 
c) requer a condenação da reclamada ao pagamento do horas de intervalo 
suprimidas durante todo o contrato laboral, com acréscimo de 50% sobre a hora normal (R$ 
XXX,XX); 
d) a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade em 
grau máximo (R$ XXX,XX), com reflexos em horas extras (R$ XXX,XX), saldo de salário (R$ 
XXX,XX), DRS (R$ XXX,XX), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$ XXX,XX), 13º 
salários (R$ XXX,XX), FGTS (R$ XXX,XX) e multa de 40% (R$ XXX,XX) perfazendo a 
quantia total de R$ XX.XXX,XX; e, 
e) a condenação da reclamada das verbas rescisórias devidas ao reclamante. Atribui 
à causa, aproximadamente, o valor de R$ XX.XXX,XX. 
Termos em que pede e espera deferimento. 
................, ......... de ................ de .......... 
(local e data). 
............................................ 
Advogado (nome) 
 OAB/.... nº.............

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