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Leishmaniose tegumentar americana Definição Etiologia Diagnóstico clínico geral Primariamente, é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual pode ser envolvido secundariamente. Grande problema de saúde pública. Doença de notificação compulsória. É uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete a pele e mucosas. Flagelada ou promastigota: encontrada no tubo digestivo do vetor. Aflagelada ou amastigota: encontrada nos tecidos dos hospedeiros. Protozoário parasito intracelular obrigatório com duas formas principais: São reconhecidas 12 espécies causadoras de doença humana e 8 espécies somente de animais. Transmissão Pela picada do inseto infectado. NÃO há transmissão de pessoa-pessoa. Período de incubação: em média, de 2-3 meses, podendo variar de 2 semanas a 2 anos. Reservatórios → espécies de animais que garantem a circulação de leishmânias na natureza: Roedores; Marsupial (gambá); Tamanduá; Preguiça. Hospedeiro → acidentais: Animais domésticos; Homem. Insetos flebotomíneos, gênero Lutzomyia → nomes populares: mosquito-palha, tatuquira, birigui Picada → Mácula → Pápula → Úlcera. Arredondado ou ovalado, de milímetros até centímetros. Base eritematosa, infiltrada e de consistência firme. Bordas bem delimitadas e elevadas com fundo avermelhado e granulações. Cura espontânea em período de alguns meses a poucos anos. Deixam cicatrizes atróficas, deprimidas, com superfície lisa, áreas de hipo ou de hiperpigmentação e traves fibrosas OU: Mantêm-se ativas por vários anos e coexistem com lesões mucosas de surgimento posterior Evolução: Pode surgir linfoadenomegalia satélite (antes, durante ou após a lesão). Lesão típica: Úlcera indolor e em áreas expostas da pele **A infecção bacteriana secundária pode causar dor local e sangramento. Outras apresentações menos frequentes: Lesões vegetantes e verrucosas: podem ser primários ou evoluir a partir de úlceras. Caso não tratadas: Forma cutânea localizada Clínica Tratamento Única ou múltipla (<20 lesões em um mesmo segmento corporal). A lesão é geralmente do tipo úlcera (clássica) Tendência à cura espontânea e boa resposta ao tratamento Antimoniato de meglumina EV ou IM: para pacientes de todas as regiões brasileiras, exceto aqueles com comorbidade renal, hepática ou cardíaca, gestantes e com idade maior ou igual a 50 anos. Anfotericina B lipossomal para pacientes com idade a partir de 50 anos; com insuficiência renal, cardíaca ou hepática de qualquer Idade; transplantados renals, cardíacos ou hepáticos; gestantes de qualquer idade. 1. 2. Diagnóstico Teste intradérmico (IDRM - Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania) positiva. Forma cutânea disseminada Clínica Tratamento Múltiplas lesões papulares e acneiforme principalmente em face e tronco >6 lesões em >2 segmentos Ocorre por disseminação via hematogênica ou linfática. Acometimento mucoso em até 30% Podem ocorrer manifestações sistêmicas: febre, mal-estar geral, dores musculares, emagrecimento, anorexia Antimoniato de meglumina (EV ou IM): para pacientes de todas as regiões brasileiras com Idade menor que 12 anos, exceto aqueles com comorbidade renal, hepática ou cardíaca, gestantes e com idade maior ou igual a 50 anos Anfotericina B lipossomal: idade a partir de 50 anos; Insuficiência renal, cardíaca e hepática; transplantados renais, cardiacos e hepáticos; gestantes. Diagnóstico Teste intradérmico (IDRM - Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania) + ou - AC + em altos títulos Forma recidiva cútis Clínica Tratamento Ativação da lesão nas bordas, após cicatrização. Mantém o fundo com aspecto cicatricial. A resposta terapêutica costuma ser inferior à da lesão primária. Antimoniato de meglumina EV ou IM: para pacientes de todas as regiões brasileiras, exceto aqueles com comorbidade renal, hepática ou cardíaca, gestantes e com idade maior ou igual a 50 anos. Anfotericina B lipossomal para pacientes com idade a partir de 50 anos; com insuficiência renal, cardíaca ou hepática de qualquer Idade; transplantados renals, cardíacos ou hepáticos; gestantes de qualquer idade. Diagnóstico Teste intradérmico (IDRM - Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania) positiva. Forma cutânea difusa Clínica Tratamento Forma clínica rara e grave. Ocorre em pacientes com deficiência na resposta imune celular. Inicia de maneira insidiosa, com lesão única e tem má resposta ao tratamento. Evolui de forma lenta: formação de placas e múltiplas nodulações não ulceradas em grandes extensões cutâneas. Diagnóstico diferencial: lobomicose Isetionato de pentamidina: para todos os pacientes, exceto os com comorbidade renal hepática ou cardíaca, diabéticos, gestantes, lactantes, Primeira escolha Diagnóstico Teste intradérmico (IDRM - Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania) negativa. Leishmaniose mucosa Clínica Tratamento Sexo masculino e pacientes mais velhos. Lesões destrutivas localizadas nas mucosas. Grupo de risco: Pacientes com lesões cutâneas múltiplas, lesões extensas, mais de um ano de evolução e localizadas acima da cintura. A forma clássica de LM é secundária à lesão cutânea. Ou identificadas lesões cicatriciais (LC anterior) ou lesões ativas. Dos pacientes com LC que evoluem para LM, 90% ocorrem dentro de dez anos (50% nos primeiros 2 anos após a cicatrização). 15% têm lesões mucosas primárias. Teste intradérmico (IDRM - Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania) positivo. Diagnóstico Inspeção: eritema, infiltração, crostas, pontos sangrantes, erosão e ulceração com fundo granuloso. Pode ocorrer perfuração do septo nasal ou do palato mole e até perda parcial ou total do nariz. Costumam necessitar de doses maiores de drogas e recidivam com mais frequência (7,5%). Septo nasal anterior, próxima ao intróito nasal (fácil visualização). Também pode ocorrer em orofaringe, palato, lábios, língua, laringe, traquéia, árvore respiratória superior, olhos e mucosas de órgãos genitais e ânus. Quadro clínico: obstrução nasal, eliminação de crostas, epistaxe, disfagia, odinofagia, rouquidão, dispneia e tosse. Raramente há queixa de prurido nasal e dor. Pode ocorrer infecção secundária: sinusite (cefaleia e dor local). A mucosa nasal é a mais acometida Diagnóstico laboratorial Antimoniato de meglumina (EV ou IM): para pacientes de todas as regiões brasileiras com Idade menor que 12 anos, exceto aqueles com comorbidade renal, hepática ou cardíaca, gestantes e com idade maior ou igual a 50 anos Anfotericina B lipossomal: idade a partir de 50 anos; Insuficiência renal, cardíaca e hepática; transplantados renais, cardiacos e hepáticos; gestantes. Antimoniato de meglumina (EV ou IM) associado à pentoxiflina: para pacientes de todas as regiões brasileiras com idade maiores que 12 anos, exceto aqueles com comorbidade renal, hepática ou cardiaca, com história de hemorragia recente, hipersensibilidade à pentoxifilina ou outras xantinas, coinfectados pelo HIV, Imunosuprimidos, gestantes, nutrizes e com idade maior ou igual a 50 anos.
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