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Fármacos que atuam no TGI

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Classes 
 Inibir/neutralizar a secreção gástrica; 
 Tratamento da infecção por H. pylori; 
 Protetores da mucosa 
 Afetam a motilidade gastrointestinal; 
 Afetam o vômito; 
 Tratamento da doença intestinal inflamatória 
crônica; 
 Afetam o sistema biliar. 
Fisiologia da secreção gástrica 
 Células parietais produzem HCl (promove um 
ambiente que permite a ativação da pepsina) e 
fator intrínseco (promove a absorção da vit B12) - 
única célula produtora de ácido; 
 Célula principal produz o pepsinogênio que é o 
precursor da pepsina; 
 Células mucosas produzem muco; 
 Células superficiais que produzem bicarbonato 
que forma a camada de proteção da mucosa contra 
a acidez do HCl. 
 Em condições fisiológicas o HCl e a pepsina 
são responsáveis pela digestão das proteínas. 
Mecanismos de defesa intrínsecos: 
 Muco + bicarbonato: camada que protege a 
mucosa contra as secreções gástricas; 
 Prostaglandinas: aumenta a secreção de muco e 
bicarbonato. 
*Prostaglandinas são mediadores químicos 
produzidos a partir do ácido araquidônico. 
*COX1 responsável pela produção das prostaglandinas 
que protegem o estômago; COX2 responsável pela 
produção de mediadores relacionados com a 
inflamação. 
 
Doenças ácido-péptica – falhas nos mecanismos de 
defesa: 
 Refluxo; 
 Esofagite; 
 Gastrite; 
 Úlceras, etc. 
 
Os fármacos podem agir antes, durante ou depois. 
Inibir/neutralizar a secreção gástrica 
A redução de ácido é necessária: 
 Úlceras pépticas (duodenal/gástrica); 
 Esofagite de refluxo; 
 Síndrome de Zollinger-Ellison (tumor produtor de 
gastrina); 
 Infecção por H. pylori. 
Antagonista H2: 
Ex.: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina e Nizatidina. 
Mecanismo de ação: 
 O fármaco se liga ao receptor H2 impedindo 
que o ligante endógeno se ligue (antagonista H2), uma 
vez que a histamina não consegue se ligar ao receptor 
H2 ocorre a inibição da secreção de HCl e inibição da 
secreção de pepsina. 
*Receptor de histamina é do tipo metabotrópico 
acoplado a proteína GS. 
Uso clínico: 
 Úlcera péptica/duodenal; 
 Prevenção de úlcera de estresse; 
 Esofagite de refluxo. 
Interações: 
Fx N: 
 A absorção pode ser aumentada pela presença do 
alimento; 
 Maior biodisponibilidade de macronutrientes; 
 Menor biodisponibilidade de ácido fólico, cafeína, 
Fe, Mg, vit A, B1 e B12. 
FxF: 
 Antiácidos diminuem sua absorção; 
 
 
 Cimetidina inibe o cit. P450 – interações; 
 Aumentam a concentração do álcool; 
 Uso prolongado (altas doses): ginecomastia, 
redução da contagem de espermatozoides e 
impotência reversível. 
Farmacocinética: 
Administração: 
 V.O. (bem absorvidos); 
 I.M. ou I.V. (cimetidina/ranitidina). 
Posologia: 
 Cinetidina/ranitidina = 2x dia ou dose única; 
 Famotidina/nizatidina = 1x dia. 
Reações adversas (baixa incidência): 
 Diarreia, tontura, cefaleia, sonolência, dores 
musculares, prisão de ventre. 
Inibidores da bomba de prótons: 
Ex.: omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, rabeprazol, 
esomeprazol. 
Mecanismo de ação: 
- Atuam diretamente na bomba, inibindo-a. 
São pro-fármacos que exigem ativação em meio ácido, 
após a sua ativação, eles se ligam na bomba de 
prótons, inativando-a (irreversivelmente). Conforme a 
secreção de HCl volta ao normal ocorre a síntese novas 
moléculas da bomba. 
 
Uso clínico: 
 Úlcera péptica; 
 Esofagite de refluxo; 
 Componente do tratamento de H. pylori; 
 Síndrome de Zollinger-Elliison. 
Interações: 
FXN: 
 O alimento pode reduzir ligeiramente a absorção 
(deve ser administrada 30 min antes ou jejum); 
 Diminui a biodisponibilidade de Fe e B12. 
FXF: 
 Antagonistas H2 inibem a sua eficácia; 
 Fármacos que atuam via cit P450 interferem na 
sua eliminação (varfarina, Diazepam, etc). 
 
Farmacocinética: 
 Administração = V.O/ I.V; 
 Cápsulas de revestimento entérico; 
 Extensamente metabolizados pelo cit. P450; 
 A supressão máxima requer várias doses (as 
bombas não são inativas simultaneamente). 
Reações adversas (baixa incidência): 
 Náuseas, dores abdominais, prisão de ventre, 
diarreia, flatulência. 
Antiácido: 
Ex.: alumínio, magnésio, sódi, cálcio. 
Mecanismo de ação: 
Neutraliza o HCl, com isso, aumenta o pH gástrico e 
diminui a ação da pepsina. 
 
As preparações mais comuns usam: 
 Sais de magnésio: isolados levam a diarreia 
 Sais de alumínio isolados leva a constipação. 
A indicação é que sejam utilizados em conjunto para 
que seja preservada a função intestinal normal, alguns 
ainda são usados em conjunto com antigases como a 
simeticona. 
 Sais de sódio (ex. bicarbonato) – eno, estomazil – 
não devem ser utilizados por hipertensos; 
 O bicarbonato de sódio é muito associado ao ácido 
cítrico, por exemplo, porque na presença de ácido 
e em meio aquoso, o bicarbonato se transforma em 
citrato de sódio, que reage com o ácido clorídrico 
neutralizando-o; 
 Bicarbonato de sódio + ácido acetil salicílico 
(sonrisal) – antiácido e analgésico – não é 
indicado para pacientes com predisposição à 
úlceras gastroduodenais. 
Uso clínico: 
 
 
 Dispepsia (indigestão, azia, distensão); 
 Alívio sintomático: úlcera péptica, refluxo 
gastresofágico. 
Farmacocinética: 
 Administração: V.O. (pó para 
suspensão/comprimidos mastigáveis). 
Posologia: 
 1 a 3 h após as refeições; 
 Ao deitar. 
Reações adversas: 
 Acúmulo de Al, Ca, Mg (menos absorvidos que Na); 
 Na insuficiência renal: o Al absorvido pode 
contribuir para a osteoporose, encefalopatia e 
miopatia 
Interações: 
FxN: 
 Alteram a absorção de algumas vit e minerias, ex.: 
suplemento de ferro e ác. fólico, dar intervalo de 2h 
para ingerir antiácido. 
FxF: 
 Aumento do pH gástrico – afeta a desintegração, 
absorção; 
 Aumenta o pH urinário – afeta a excreção, 
aumentando ou diminuindo; 
 Formação de quelatos; 
 Intervalo de 2h. 
 
Tratamento da infecção por H. pylori 
 A Helicobacter pylori é o único organismo que 
consegue colonizar o estômago, ela tem um papel 
chave em vários distúrbios gastrointestinais, como 
gastrite crônica, úlcera gastroduodenais, câncer do 
aparelho digestório. A H. pylori pode colonizar o 
estomago devido a formação da urease que aumenta o 
pH ao redor da bactéria permitindo a sua 
sobrevivência. 
Tratamento: 
Combinação de inibidor de bomba (omeprazol, 
lasoprazol) + antibiótico (claritromicina, metronidazol) 
+ antibiótico (amoxilina). 
Fármacos protetores da mucosa 
Ações: 
 Potencializam os mecanismos de proteção da 
mucosa; 
 Proporcionam uma barreira física sobre a 
superfície da úlcera. 
Quelato de bismuto: 
 Uso clínico: combinado – infecção por H. pylori na 
úlcera péptica. 
Mecanismo de ação: 
 Efeitos tóxicos sobre H. pylori; 
 Impede sua aderência à mucosa; 
 Inibe suas enzimas proteolíticas. 
Outras ações protetoras da mucosa: 
 Reveste a úlcera; 
 Promove adbsorção da pepsina; 
 Aumenta a síntese de prostaglandinas; 
 Estimula a secreção de bicarbonato. 
Farmacocinética/reações adversas: 
 Pouca quantidade de bismuto é eliminada na urina; 
 Em pacientes com disfunção renal ocorre aumento 
da concentração de bismuto que pode causar 
encefalopatia; 
 Principais reações: náuseas, vômitos, 
escurecimento na língua e das fezes. 
Sucralfato: 
Uso clínico: 
 Síndrome de esofagite; 
 Profilaxia das úlceras de estresse; 
 Inflamação/ulceração da mucosa (que não 
respondem à supressão de ácido). 
Mecanismo de ação: 
 Na presença de lesão que foi induzida pelo ácido 
clorídrico, acontece a hidrólise das proteínas da 
mucosa (pepsina) o que contribui para erosão e as 
ulcerações da mucosa – o sucralfato inibe esse 
processo, impedindo que a pepsina entre em 
contato com as proteínas da mucosa, protegendo 
através da formação de um gel composto por 
hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada, o meio 
ácido ativa o hidróxido de alumínio e libera 
alumínio que em contato com proteínas e 
glicoproteínas forma um gel viscoso com um muco 
que adere as células epiteliais evitando a 
exposição da úlceraa ação da pepsina. 
Farmacocinética: 
 
 
 Administração: V.O, como atuam em meio ácido 
deve ser tomado de estômago vazio, 1h antes das 
refeições. 
Reações adversas: 
 Constipação, ressecamento da boca, náuseas, 
vômitos, cefaleia e exantema; 
 A insuficiência renal traz risco de sobrecarga de Al. 
Interações: 
FxF: 
 Diminui a absorção de teofilina, tetraciclina, 
digoxina, amitriptina; 
 Diminui a biodisponibilidade de vit A, D, E, K e B; 
 Antiácidos reduzem sua eficácia; 
 Deve dar intervalo de 2h. 
Misopostol: 
Uso clínico: 
 É um análogo sintético da PGE1; 
 Prevenção de lesões da mucosa induzidas por uso 
crônico de AINE; 
 Induz aborto. 
Mecanismo de ação das prostaglandinas E: 
 
Prostaglandinas ativam o receptor EP3 (Gi) o que 
diminui a secreção de HCl (protege a mucosa). 
Evita lesão gástrica: 
 Aumenta a secreção de muco e bicarbonato; 
 Aumenta o fluxo sanguíneo da mucosa. 
Farmacocinética/interações: 
 Administração: V.O. 
 Alimentos antiácidos diminuem a sua absorção. 
 Reações adversas: diarreia com ou sem dor, 
cólicas abdominais, contrações uterinas (receptor 
EP2 – acoplado a Gs - abortivo). 
Afetam a motilidade do trato gastrointestinal 
Diarreia: 
Causas: 
 Agentes infecciosas; 
 Toxinas; 
 Ansiedade; 
 Fármacos. 
Efeitos: 
 Aumento da motilidade do TGI; 
 Aumento da secreção; 
 Diminuição da absorção de líquidos; 
 Perda de água e eletrólitos (Na+). 
Antidiarréicos: 
Abordagem terapêutica: 
 Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico: 
reidratação oral (Na+ + glicose – aumenta a 
absorção de Na+); 
 Uso de agentes anti-infecciosos (geralmente não é 
necessário porque a maioria é viral, o uso é em 
disenteria amebiana e cólera); 
 Uso de antiarreicos não-antimicrobianos (são 
agentes anti-motilidade, levando a constipação, 
ex.: antagonistas muscarínicos (atropina) 
raramente usados como terapia primária; opiáceos 
(morfina, codeína, loperamida/imosec, elixir*, 
aumentam o tônus de esfíncteres, causando a 
constipação). 
 Probiótico: microrganismo vivo que traz benéfico a 
saúde, tem efeito antidiarreico por trazer um 
equilíbrio para a flora bacteriana intestinal. Uso: 
diarreia causada por antibioticoterapia ou 
quimioterapia. Não deve ser usado juntamente 
com antifúngico porque é probiótico é um fungo. 
Laxativos (purgativos): 
Laxativos formadores de bolo fecal: 
 Ex.: meticelulose, resinas vegetais, agar, etc; 
 São polímeros de polissacarídeos que não são 
degradados durante a digestão; 
 Apresentam a capacidade de reter água na luz 
intestinal por diminuir o peristaltismo; 
 Tem ação depois de vários dias; 
 Não apresentam reações indesejadas graves. 
Laxativos osmóticos: 
 Ex.: laxativos salinos, lactulose; 
 São solutos pouco absorvidos; 
 Atuam por osmose aumentando o volume de 
líquido na luz intestinal e provocando a distensão 
e diarreia; 
 Reações: cólicas abdominais, flatulência, 
distúrbios eletrolíticos. 
Emolientes fecais: 
 Ex.: docusato de sódio; 
 É um composto tensoativo; 
 
 
 Tem ação detergente produzindo fezes de 
consistência mais mole. 
Laxativos estimulantes: 
 Ex.; bisacodil (lacto-purga -> não tomar com 
alimentos alcalinos que desintegram as capsulas 
antes de chegarem ao intestino e tomar em jejum 
ou 1h antes ou 2h após a refeição), picossulfato de 
sódio, sene; 
 Administrados na forma de supositório ou 
comprimido; 
 Atuam estimulando os nervos entéricos; 
 Aumentam a secreção de H20 e eletrólitos pela 
mucosa; 
 Aumenta o peristaltismo. 
 
Fármacos que aumentam a motilidade: 
 Ex.: domperidona e metoclopramida; 
 Aumentam a motilidade, mas não causam diarreia; 
 São antagonistas dos receptores D2 (dopamina); 
 Aumentam a motilidade do TGI (por mecanismo 
desconhecido); 
 Aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior; 
 Utilizado para refluxo gastroesofágico, distúrbios 
do esvaziamento gástrico; 
 Atuam também como agente antiemético 
(influenciando no vômito). 
Antiespasmódicos: 
 Ex.: antagonistas muscarínicos: atropina 
(atroveran) , escopolamina (buscopan), etc; 
 Reduzem o espasmo no intestino; 
 Relaxa o músculo liso intestinal; 
 Inibem a atividade parassimpática. 
Afetam o vômito 
 
Controle do vômito: 
 
Fármacos eméticos: 
 Provocam o vômito em situações como deglutição 
de substância tóxica. Ex.: ipecacuanha e carvão 
ativado. 
 Não deve ser feito se o paciente não estiver 
totalmente consciente ou se a substância for 
corrosiva. 
Fármacos antieméticos: 
 Impedem o vômito, náuseas e cinetose em 
pacientes grávidas, com labirintite, pós tratamento 
radioterápico. 
 Os alvos são os neurotransmissores; histamina, 
acetilcolina, serotonina e dopamina – antagonista. 
Antagonistas histamínicos (H1): 
 Dimenidrinato – dramin, cujo uso concomitante 
com contraceptivos orais, pode aumentar a 
necessidade da vitamina B6); 
 Associado a vitamina B6 impede a formação de 
substâncias tóxicas no fígado; 
 Associado a glicose + sacarose funciona como 
repositor (fraqueza). 
Antagonistas muscarínicos (M1): 
 Escopolamina – profilaxia e tratamento de 
cinetose causados por irritantes presentes no 
estômago; 
 
 
 Pouco enfeito na zona de gatilho (CTZ). 
Antagonistas serotoninérgicos (5-HT3): 
 Ondansetrona, granisetrona, dolasetrona – 
profilaxia e tratamentos de vômitos na terapia do 
câncer. 
 Antagonistas dopaminérgicos (D2): 
 Metoclopramida, domperidona; 
 Atuam na zona de gatilho (CTZ); 
 Aumentam a motilidade gastrointestinal, 
contribuindo para seu efeito antiemético.

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