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4 1 - Segundo princípio da termodinâmica- parte 1

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Segundo princípio da termodinâmica- 
parte 1 
Apresentação
O Segundo Princípio da termodinâmica tem por base a entropia, uma propriedade de estado e 
extensiva. Embora a entropia não seja mensurável diretamente, ela está presente na matéria, sem 
importar se no estado inicial ou final: é parte constitutiva desta. Qualquer transformação química, 
física ou biológica que ocorra espontaneamente acarretará em um aumento da entropia de 
universo, daí o aforismo entropia é a seta do tempo e o axioma de Clausius, "a energia do universo 
tende a zero enquanto a entropia tende ao máximo". Para a maioria das pessoas, entropia é um 
conceito pouco inteligível, quase que abstrato. Entretanto, podemos entendê-la como a 
propriedade que expressa a dispersão da massa ou da energia, energia degradada incapaz de gerar 
qualquer tipo de trabalho ou como uma medida da desordem, que aumenta em decorrência das 
transformações espontâneas. A aplicação do Segundo Princípio e da própria entropia se estende às 
áreas sociais e da comunicação e, ainda hoje, é motivo de agitadas controvérsias. Contudo, a 
validade dos conceitos envolvidos no Segundo Princípio permanecem incólumes, apesar dessas 
polêmicas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o que entende por entropia de um sistema.•
Compreender a entropia a partir de ciclos termodinâmicos.•
Estabelecer relações entre entropia e a dispersão da matéria-energia, degradação de energia 
útil e desordem.
•
Desafio
Costumeiramente, o enunciado da entropia é feito a partir do ciclo termodinâmico ideal proposto 
por Sadi Carnot (1824). Entretanto, o conceito de ciclo termodinâmico é bem mais abrangente e 
inclui os ciclos de funcionamento de outras máquinas. Alguns ciclos conhecidos incluem aqueles 
que servem de fundamento para o funcionamento de motores Diesel, Brayton e Otto (motor por 
combustão externa, motor a gasolina) e Lenoir (motor a jato). O ciclo de Stirling é o modelo da 
máquina movida a vapor, com eficiência real de até 40%, e é parecido, em alguns aspectos, com o 
ciclo de Carnot. Este ciclo consiste de quatro etapas, a saber: 
 
a) Expansão isotérmica mediante fornecimento de calor, de modo que a expansão anula o aumento 
da temperatura. 
b) Resfriamento isocórico (isométrico) provocado pela retirada da fonte de aquecimento. 
c) Compressão isotérmica, quando o vapor de água é resfriado e condensado, de modo que o 
volume diminui, compensando, assim, a variação da temperatura. 
d) Aquecimento isocórico, quando o vapor de água é aquecido até a temperatura inicial. 
 
 
O desafio é expressar cada uma das etapas deste ciclo na forma de equações de calor, trabalho e 
energia interna, representando-as mediante um gráfico de pressão versus volume.
Infográfico
A entropia permeia praticamente todos os fenômenos, tangíveis ou não. As equações fundamentais 
contidas nesta unidade se fundamentam no estudo do ciclo de Carnot e a sua relação com a 
máquina de vapor ideal. Este ciclo serve como ponto de partida e os conceitos desses derivados 
podem ser aplicados na compreensão da relação entre entropia, eficiência, temperatura e calor. Ao 
mesmo tempo é a base para entendermos como os modernos motores funcionam, mas também 
entendermos a entropia como propriedade existente em todos os fenômenos deste universo. A 
presente unidade aborda esses tópicos, entendendo que a compreensão do tópico deve preceder a 
fase de cálculo.
Conteúdo do livro
Conceitos introdutórios ao tema podem ser estudados nas obras Fundamentos de Físico-química, 
de P.A. Netz e G.G. Ortega, Porto Alegre: Artmed, 2002, pág. 64-67 e R. Chang, Físico-Química para 
as ciências químicas e biológicas. São Paulo: McGraw Hill. 2009. 1 vol. pág. 127-138.
Boa leitura.
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N472f Netz, Paulo A.
Fundamentos de físico-química [recurso eletrônico] : uma
abordagem conceitual para as ciências farmacêuticas / Paulo A.
Netz, George Gonzáles Ortega. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2014.
Editado também como livro impresso em 2002.
ISBN 978-85-363-1546-1
1. Farmácia – Físico-química – Fundamentos. I. Ortega,
George Gonzáles. II. Título.
CDU 615.011
Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023
00768_NETZ_Fundamentos de Fisico-Quimica_01 Eletronico.pmd 03/09/2014, 17:112
64 Netz e González Ortega
integralmente em energia sob forma de trabalho. Este fato tem profundas implica-
ções no metabolismo e no balanço energético.
Entropia
A partir das considerações dos calores trocados em máquinas térmicas cíclicas ope-
rando em processos reversíveis (em equilíbrio) ou irreversíveis (espontâneos) rece-
bendo e cedendo calor a fontes térmicas a diferentes temperaturas, chega-se à con-
clusão que, em processos reversíveis, a soma, sobre todo um ciclo, dos calores troca-
dos em cada etapa, dividida pela temperatura na qual esta troca se processa é igual a zero:
Para processos irreversíveis, esta soma é menor que zero:
Estas considerações levam à definição de uma propriedade, a entropia, S. A
entropia é uma função de estado e, como tal, sua variação depende apenas do estado
inicial e do final e não da natureza do processo. Em processos reversíveis isotérmicos15
sua variação pode ser identificada como o calor trocado reversivelmente dividido
pela temperatura.
Para processos irreversíveis, Δ S não é medido pelo calor envolvido no processo
dividido pela temperatura. De fato, para um processo irreversível, vale:
Neste caso, como S é uma função de estado, ΔS pode ser calculado por
outros métodos, como, por exemplo, através do cálculo de um processo reversí-
vel cujos estados inicial e final coincidam com o processo irreversível que se quer
calcular.
Apesar de definida em relação ao calor trocado, a entropia possui um signi-
ficado mais profundo, podendo ser ressaltados três aspectos: a degradação da
energia, a dispersão da energia e a desordem. Quanto à degradação da energia, o
segundo princípio, conforme já visto, mostra que é possível, sem restrições, con-
verter trabalho em calor, mas não calor em trabalho. Calor é, então, uma forma
mais degradada de energia, pois não está disponível para a realização de trabalho.
15 A discussão da definição e propriedades da entropia sem o uso de ferramentas do cálculo diferencial
e integral limita a abordagem a processos isotérmicos. De um modo genérico, porém, podemos de-
compor um processo reversível em uma soma de (infinitos) processos (infinitesimais, isto é, arbitrari-
amente pequenos), de modo que a entropia será dada pela soma (a integral) de todas estas trocas de
calor divididas pelas respectivas temperaturas nas quais estas trocas ocorrem: Δ S = ∫ dq/T. Somente a
partir desta abordagem é possível considerar, como veremos mais adiante, o cálculo envolvido na
entropia de aquecimento.
02-fisico-035-093.pmd 06/08/2014, 07:4464
Fundamentos de físico-química 65
A entropia mede o quanto a energia está “degradada”, ou seja, não-disponível
para realização de trabalho. A entropia mede também a dispersão de energia: se a
energia térmica estiver “concentrada” em determinados pontos do sistema, tais
pontos terão uma temperatura mais elevada. A tendência espontânea, medida
pelo aumento da entropia, porém, é que a energia se disperse, ou seja, se “espa-
lhe” de modo uniforme, o que corresponde a uma homogeneização de tempera-
tura. Finalmente, a entropia está ligada à desordem, que nada mais é do que a
dispersão de matéria. A tendência natural de dois gases que estão separados e são
postos em contato é que se misturem, de modo que a matéria esteja o mais dis-
persa e homogênea possível no espaço.
Para um sistema isolado, não há trocas de calor, de modo que q = 0 e as
relações envolvendo a entropia podem ser condensadas na desigualdade de Clau-
sius:
Δ S ≥ 0 (2.29).
Esta equação pode ser lida do seguinte modo: a igualdade (Δ S = 0) vale para
processos reversíveis, e a desigualdade(Δ S > 0), para processos irreversíveis. Um
sistema isolado é, porém, de pouca utilidade prática e o importante é definir critérios
de espontaneidade e equilíbrio em sistemas fechados ou abertos. Se considerarmos o
sistema e o meio externo, bem como as trocas térmicas entre estes, podemos conside-
rar a soma:
Universo = Sistema + Meio Externo
como um sistema isolado, de forma que sendo a variação de entropia do meio exter-
no, considerado isotérmico
Esta relação para o cálculo da entropia do meio externo vale tanto para processos
reversíveis quanto para irreversíveis. Segue-se que a segunda lei pode ser escrita como:
Δ SUNIV = Δ SSIS + Δ SME ≥ 0 (2.31).
Este é, portanto, o critério fundamental de espontaneidade de processos: “Em
processos reversíveis, a entropia do universo, isto é, a soma das entropias do sistema e do
meio externo, permanece constante. Em processos irreversíveis (espontâneos) a entropia do
universo aumenta”.
Clausius resumiu sinteticamente a primeira e a segunda leis da seguinte forma:
“A energia do universo é constante e a entropia tende a atingir um máximo”.
A derivação da entropia a partir dos enunciados de Kelvin-Planck e Clausius requer um
pouco mais de detalhe na consideração das máquinas térmicas. Consideremos uma má-
quina térmica operando entre duas temperaturas. A máquina recebe um calor q1 da fonte
quente, uma temperatura T1, e converte apenas parcialmente este calor em trabalho w, pois
precisa ceder um calor q2 para a fonte fria a uma temperatura T2. A figura a seguir mostra o
esquema geral desta máquina térmica.
EM
DETALHE
02-fisico-035-093.pmd 06/08/2014, 07:4465
66 Netz e González Ortega
T1
q1
q2
W
T
2
O rendimento (η) de uma máquina térmica é definido como o trabalho sobre o calor
recebido da fonte quente (lembre-se que rendimento é o que “ganhamos”, dividido pelo que
“investimos”).
Considerando que a energia total deve ser conservada,
A última relação deve-se ao fato de que consideramos o calor recebido da fonte quente
como positivo (endotérmico) e o calor cedido à fonte fria como negativo (exotérmico).
O rendimento máximo de uma máquina térmica (ηmax), obtido nas condições de per-
feita reversibilidade, é uma função apenas das temperaturas da fonte quente e da fonte fria e
independe do tipo de máquina ou de substância que constitui o sistema. Uma vez que não
depende da substância, podemos escolher um processo fácil e uma substância de proprieda-
des facilmente calculáveis. Este rendimento pode, portanto, ser calculado usando um proces-
so cíclico, envolvendo um gás ideal, constituído de uma expansão isotérmica, seguida de uma
expansão adiabática, uma compressão isotérmica e uma compressão adiabática (ciclo de Car-
not) chegando-se a uma expressão do rendimento em função das temperaturas T1 e T2:
Esta igualdade permite deduzir a seguinte relação entre temperatura e calor em uma
máquina térmica reversível:
Se considerarmos um processo reversível cíclico qualquer como sendo composto (teo-
ricamente) de um grande número destes ciclos de Carnot, cada um operando entre duas
temperaturas, podemos generalizar para um somatório de várias trocas térmicas ou ainda,
mais adiante, para um somatório de infinitas trocas térmicas num ciclo (uma integral cíclica):
02-fisico-035-093.pmd 06/08/2014, 07:4466
Fundamentos de físico-química 67
Uma forma diferencial cuja integral cíclica é zero define uma diferencial exata, ou seja,
uma função de estado. Esta é a definição da entropia, isto é, o quociente entre uma troca
infinitesimal de calor e a temperatura na qual esta troca é realizada.
Se o processo for irreversível, o rendimento é inferior ao rendimento máximo:
O que leva, mediante raciocínio análogo ao caso anterior, a
Para processos irreversíveis a expressão do quociente entre o calor infinitesimal troca-
do, e a temperatura não corresponde à entropia. No lugar de uma igualdade, teremos uma
desigualdade:
Resumindo os casos reversível e irreversível em uma só fórmula, teremos:
As relações citadas simplificam-se, em processos a T constante, como acabamos de ver:
Variações de entropia em processos físicos
Mudanças de fase
A variação de entropia de uma mudança de fase reversível pode ser calculada dividindo-se
o calor trocado na transição, que corresponde à variação de entalpia, uma vez que as
transições de fase ocorrem a pressão constante, pela temperatura na qual esta ocorre:
02-fisico-035-093.pmd 06/08/2014, 07:4467
00768_NETZ_Fundamentos de Fisico-Quimica_01.pmd 29/08/2014, 13:526
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra. 
Dica do professor
Nesta unidade é introduzido o conceito de entropia mediante duas formas de abordagem 
diferentes. A primeira pela derivação matemática e a segunda, não independente da primeira, 
mediante a análise do denominado ciclo de Carnot (princípio de funcionamento de uma máquina a 
vapor ideal). De forma complementar são introduzidos outros ciclos que auxiliam para o melhor 
entendimento da entropia, nesse caso, porém, trazendo à tona ciclos encontrados em máquinas 
modernas movidas a vapor, diesel e gasolina.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/6699f25afd8056d3fb19265e0079d597
Exercícios
1) Uma máquina térmica, operando pelo Ciclo de Carnot, recebe o equivalente a 250 kcal, a 
uma temperatura de 560,15 K. A temperatura na saída do sistema (entorno) foi de 298,15 K. 
Qual foi a eficiência do processo (ε), quanto de trabalho realizou o sistema, quanto de calor 
foi cedido ao entorno e qual foi a variação de entropia? 
A) ε = 2,13; w= 116,9 kcal; qentorno = -133,1 kcal; dS = 0,24 kcal.
B) ε = 0,47; w= 116,9 kcal; qentorno = -133,1 kcal; dS = 0,24 kcal.
C) ε = 0,47; w= 116,9 kcal; qentorno = -133,1 kcal; dS = 0,45 kcal.
D) ε = 0,47; w= 116,9 kcal; qentorno = -133,1 kcal; dS = 0,21 kcal.
E) Nenhuma das alternativas anteriores
 
 
O motor a combustão interna utilizando gasolina e ar (G+A), tão comum no nosso meio de 
transporte, constitui um exemplo típico do ciclo de Otto. Esse, de modo similar ao ciclo de 
Carnot, se processa em quatro etapas, a saber: 
 
Etapa 1: a mistura de G+A, injetada no cilindro (admissão na câmara de combustão), é 
submetida a uma compressão adiabática pelo deslocamento para cima do pistão (segmento 
1-2); 
Etapa 2: No ponto 2 ocorre a ignição de G+A pela vela do motor, verificando-se um aumento 
rápido da pressão, contudo, sem variação no volume da câmara (segmento 2-3); 
Etapa 3: A seguir, os gases da combustão impelem o pistão para baixo, verificando-se um 
aumento adiabático do volume (segmento 3-4); 
Etapa 4: O resfriamento dos gases da combustão é acelerado (função do radiador), ao 
mesmo tempo que são eliminados do motor, entretanto, sem que ocorra variação de volume 
2) 
http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/layout/2015102020/2020-06-18-00-58-05-exercicio2.jpg?v=1509287666
na câmara de combustão (segmento 4-1). Pergunta-se: 
 
a) Qual a variação em termos de energia interna, trabalho e calor, para cada uma das etapas? 
b) Qual a variação da entropia em cada uma das etapas? 
A) Etapa 1: dU = -đw; dS = 0; Etapa 2: dU = đq; dS> 0; Etapa 3: dU = -đw; dS = 0; Etapa 4: dU = 
đq; dS<0.
B) dU = -đw; dS> 0; Etapa 2: dU = đq; dS> 0; Etapa 3: dU = -đw; dS> 0; Etapa 4: dU = đq; dS<0.
C) dU = đq-đw; dS> 0; Etapa 2: dU = đq; dS> 0; Etapa 3: dU = đq--đw; dS> 0; Etapa 4: dU = đq; 
dS<0.
D) Etapa 1: dU = -đw; dS< 0; Etapa 2: dU = đq; dS< 0; Etapa 3: dU = -đw; dS = 0; Etapa 4: dU = 
đq; dS<0.
E) Etapa 1: dU = -đw; dS = 0; Etapa 2: dU = đq; dS = 0; Etapa 3: dU = -đw; dS = 0; Etapa 4: dU = 
đq; dS =0.
3) Automóveis modernos, com motor 1.0, têm potência de até 80 cavalos-força (80 hp, 1 hp = 
746,6 w; 1 w/s= 1 J). Na câmara de ignição (fonte quente) a temperatura interna chega 
atingir 700 ºC. Para uma quantidadede calor fornecido de 1000 kJ, calcular: ( a energia 
produzida pelo motor durante 1 hora de funcionamento a 0ºC (inverno) e 30ºC (verão), ( 
assim como a eficiência do processo; o trabalho produzido, a quantidade de calor despejado 
no entorno (fonte fria) e a variação de entropia do sistema, a ambas temperaturas. Para isso, 
desconsidere outras variáveis de consumo de energia. 
A) 1= 2,15 * 105 kJ, para as duas temperaturas; para 0°C vale e = 0,72; w = 719,5 kJ, qfrio = 
280,5 kJ; dS = 1,03 kJ; para 30°C vale e = 0,69; w = 688,6 kJ, qfrio = 311,4 kJ; dS = 1,03 kJ
B) 3584 kJ, para as duas temperaturas; para 0ºC vale ε = -2,56; w = -2564,7 kJ, qfrio = 27,1 kJ; 
dS = 1,03 kJ; para 30ºC vale ε = -2,21; w = -2211,1 kJ, qfrio = 58,0 kJ; dS = 1,03 kJ.
C) 2,15 * 105 kJ, para as duas temperaturas; para 0ºC vale ε = 0,72; w = 719,5 kJ, qfrio = 280,5 
kJ; dS = 1,03 kJ; para 30ºC vale ε = 0,69; w = 688,6 kJ, qfrio = 311,4 kJ; dS = 1,03 kJ
D) 2,15 * 105 kJ, para as duas temperaturas; para 0ºC vale ε = 0,72; w = 719,5 kJ, qfrio = 280,5 
kJ; dS = 0,77 kJ; para 30ºC vale ε = 0,69; w = 58,8 kJ, qfrio = 311,4 kJ; dS = 0,77 kJ
E) Nenhuma das alternativas anteriores
4) 
Na tabela abaixo são representados três sistemas operando como ciclos termodinâmicos 
reversíveis. Cada um deles recebe a mesma quantidade de calor (1000 kJ) a partir de uma 
forma quente, mais energética, realizando trabalho de acordo com a eficiência de cada um 
deles e cedendo calor (energia) para o entorno (fonte mais fria ou mais pobre em energia). 
Entretanto, a diferença entre as temperaturas fonte quente e fonte fria é igual em todos os 
casos. Calcule e preencha os espaços reservados para eficiência (e), trabalho (w), calor 
cedido ao entorno (qentorno) e variação de entropia (dS). 
 
 
A) Para M1: ε = -2,50; w = -2500,0 kJ, qfrio = 3500,0 kJ; dS = 1,43 kJ 
Para M2: ε = -1,67; w = -1666,7 kJ, qfrio = 2666,7 kJ; dS = 1,25 kJ 
Para M3: ε = -1,25; w = -1250,0 kJ, qfrio = 2250,0 kJ; dS = 1,11 kJ
B) Para M1: ε = 0,29; w = 285,7 kJ, qfrio = 714,3 kJ; dS = 1,43 kJ 
Para M2: ε = 0,38; w = 375,0 kJ, qfrio = 625,0 kJ; dS = 1,25 kJ 
Para M3: ε = 0,44; w = 444,4 kJ, qfrio = 555,6 kJ; dS = 1,11 kJ
C) Para M1: ε = 0,71; w = 714,3 kJ, qfrio = 285,7 kJ; dS = 5,00 kJ 
Para M2: ε = 0,63; w = 625,0 kJ, qfrio= 375,0 kJ; dS = 3,33 kJ 
Para M3: ε = 0,56; w = 555,6 kJ, qfrio = 444,4 kJ; dS = 2,50 kJ
D) Para M1: ε = 0,71; w = 714,3 kJ, qfrio = 285,7 kJ; dS = 1,43 kJ 
Para M2: ε = 0,63; w = 625,0 kJ, qfrio= 375,0 kJ; dS = 1,25 kJ 
Para M3: ε = 0,56; w = 555,6 kJ, qfrio = 444,4 kJ; dS = 1,11 kJ
E) Nenhuma das alternativas anteriores
A análise da vida à luz da segunda lei da termodinâmica tem sido motivo de debates 
acalorados desde que E. Schrödinger (físico austríaco) questionou se a dinâmica da vida não 
violava o Segundo Princípio da termodinâmica. Tomemos como exemplo o desenvolvimento 
de um ser humano a partir de um óvulo fecundado. Conforme o individuo vai tomando 
forma, moléculas e células em desordem passam, espontaneamente, a se organizar em 
estruturas cada vez mais complexas - mais ainda, diríamos complexamente organizadas-. De 
forma simples e direta, isso implicaria em uma diminuição da entropia, contradizendo o 
5) 
http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/layout/235955985/2019-08-04-23-01-31-exercicio4.png?v=1691694766
http://publica.sagah.com.br/publicador/objects/layout/235955985/2019-08-04-23-01-31-exercicio4.png?v=1691694766
princípio de Clausius e, por conseguinte, o próprio Segundo Princípio da termodinâmica. 
Contudo, nem a dinâmica da vida nem o exemplo acima colocado violam esse princípio da 
termodinâmica pelo seguinte motivo: 
A) Porque o desenvolvimento do indivíduo a partir de um elemento unitário é espontâneo, não-
reversível, e o feto representaria um sistema fechado e adiabático.
B) Porque o aumento da complexidade do indivíduo implica em maior desordem e porque esse 
processo seria adiabático e sem permuta de calor com o entorno.
C) Porque o desenvolvimento do indivíduo a partir de um elemento unitário é espontâneo, não-
reversível e é perfeitamente viável e coerente com o Segundo Princípio, desde que o sistema 
(o feto) não troque calor nem matéria com o entorno.
D) Porque o processo é naturalmente irreversível e porque a entropia aumenta ou permanece 
constante somente quando o sistema é fechado, adiabático e sem permuta de calor com o 
entorno.
E) Nenhuma das alternativas
Na prática
Uma das conclusões mais incisivas que emana do Segundo Princípio da termodinâmica é que a 
entropia é a seta do tempo. Ainda que sistemas e entornos possam apresentar variações positivas 
ou negativas de entropia, a máxima se refere à entropia do universo, entendido esse como a soma 
do sistema e entorno. Entretanto, apesar da abrangência das aplicações e das consequências da 
entropia em nosso dia-a-dia, surpreende ao aluno a não existência de aparelhos capazes de medir 
qualquer variação de entropia, digamos, "entropiômetros". O motivo é simples: podemos inferir 
sobre a entropia unicamente por meio de recursos matemáticos. A entropia não é mensurável 
diretamente, apenas inferida de modo indireto. Mas isso não nega a sua vital importância na 
abordagem termodinâmica dos mais diversos fenômenos físicos, químicos, físico-químicos e 
biológicos. Se as possibilidades de aplicação prática não lhe são evidentes em um primeiro 
momento, sirva de conforto a ponderação de dois fatos: primeiro, sem o conceito de entropia não 
há como dimensionar a variação da energia livre de qualquer processo ou transformação; segundo, 
diferentemente das demais propriedades termodinâmicas, a entropia continua, até nos dias de hoje, 
sendo objeto de polêmicos debates, sobretudo em áreas alheias à física, química é físico-química. 
Ou seja, não é tão simples, assim, de entendermos a entropia em toda as suas possíveis 
ramificações. 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Fundamentos de Físico-Química - Uma Abordagem Conceitual 
para as Ciências Farmacêuticas
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Ciclo Rankine.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Ciclo Diesel.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_Rankine
https://www.youtube.com/embed/gv7laepTzfg

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