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Sarcoma de Kaposi e Melanoma

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Sarcoma de Kaposi 
Sendo uma rara neoplasia do tipo 
vascular, sendo descrita em 1872 por 
Moritz Kaposi. No inicio de 1980 se tornou 
uma doença comum devido sua 
propensão em se desenvolver em 
indivíduos infectados pelo vírus da 
imunodeficiência humana. 
Os sarcomas são neoplasias que se 
desenvolvem a partir de tecidos moles 
como osso, cartilagem, tecido adiposo, 
vasos sanguíneos, tecidos fibrosos. 
Fatores de risco: 
 Infecções; 
 Historio Familiar; 
 Imunossupressão ou HIV; 
 Radiação; 
 Agentes químicos; 
O sarcoma de Kaposi e causado pela 
infecção do herpes-vírus humano 8, onde 
a lesão possui origem de células 
endoteliais, podendo ter expressão para 
diferenciação linfática quanto para vasos 
sanguíneos. 
Apresentações Clínicas: 
 Clássica; 
 Endêmica; 
 Iatrogênica; 
 Epidêmica; 
Anotações:__________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________ 
 
 
Sarcoma de Kaposi Clássico: 
Sendo uma doença de vida adulta, 
atingindo principalmente pacientes 
homens de descendência italiana, judia ou 
eslava. Possui como característica a 
presença de múltiplas máculas e pápulas 
azul-arroxeadas na pele em regiões de 
extremidades inferiores. 
Possui um crescimento lento, indolor, 
lesões orais acabam sendo raras e mais 
frequentes na região de palato, alguns 
estudos indicam que pacientes com essa 
lesão possuem uma elevada prevalência 
para malignidade linforreticulares, mas 
outros acabam derrubando essa 
associação. 
Dicionário: 
Linforreticular: sendo formado por 
células que acabam gerando 
reações de defesa frente a multiplas 
agressões. 
Mácula: mancha de coloração 
diferente, no seu conceito esta 
ligado a algo vergonhoso ou 
negativo. 
Pápula: lesões solidas que surgem 
na pele com menos de 1cm, tendo 
bordas bem definidas. 
Sarcoma de Kaposi Endêmico: 
Neoplasia considerada comum em 
pacientes adultos jovens e crianças que 
residem na África Subsaariana, no qual a 
formação da lesão em si pode ter grandes 
 
variações, podendo desenvolver lesões 
cutâneas indolentes, lesões agressivas 
que envolvem tecidos mais profundos, 
ossos e vísceras. 
Existe uma forma linfadenopática que 
acaba atingindo de forma mais agressiva, 
sendo reconhecida em crianças tendo um 
crescimento rápido na região de 
linfonodos. 
Sarcoma de Kaposi Iatrogênico: 
Ocorrendo em pacientes que receberam 
transplantes de algum órgão, afetando 
0,5% dos pacientes que realizaram 
transplante renal, podendo surgir meses 
ou até anos após o procedimento. 
Sendo associado a perda da imunidade 
celular devido a terapia imunossupressora 
para evitar a rejeição do órgão. 
Mais comuns em pacientes de 
descendência italiana, judia e eslava, 
podendo seguir em cursos mais 
agressivos. 
Sarcoma de Kaposi Epidêmica: 
Tem sido relatado em pacientes 
infectados pelo vírus do HIV, 
homossexuais. O tipo endêmico não está 
associado a predileção sexual, e consta 
com um grande número de crianças 
infectadas. 
Se manifestando como múltiplas lesões na 
pele ou mucosa oral, podendo ocorrer o 
envolvimento visceral e linfonodal, em 
pacientes com AIDS as manchas possuem 
predileções pela face e membros 
inferiores. Em cerca de 22% a cavidade oral 
e o local iniciador do desenvolvimento. 
Região de palato duro, gengiva e língua 
são os sítios mais afetados. Quando 
presente na gengiva pode invadir o osso e 
causar mobilidade dentaria. 
Com o passar do tempo a lesão vai 
evoluindo para os estágios apresentados. 
Histopatológico: 
Possuindo três estágios, sendo eles: 
 Macular; 
 Placa; 
 Nodular; 
Macular: sendo proliferação de minúsculos 
vasos sanguíneos, rede vascular irregular, 
denteada, surgimento de projeções 
dentro do folículo piloso ou vasos 
sanguíneos existentes. Células endoteliais 
com aparência branda, linfócitos e 
plasmócitos. 
Placa: proliferação de forma adicional dos 
canais vasculares e desenvolvimento de 
células fusiformes. 
Nodular: aumento de volume, aumento do 
número de células fusiformes, numerosos 
eritrócitos extravasados, espaços 
vasculares semelhantes a fendas. 
Extravasamento de hemácias e 
macrófagos, infiltrado inflamatório 
crônico, proliferação atípica de células 
fusiformes. 
Tratamento: 
O tratamento vai variar conforme o 
subtipo e o estágio da doença. Em lesões 
cutâneas do subtipo clássico pode ser 
feito o uso de radioterapia, em lesões 
 
orais também pode ser usada, mas com 
cautela. 
Pode ser realizada excisão cirúrgica para 
um controle de lesões de forma individual 
em pele e mucosa. A quimioterapia 
sistêmica também pode ser usada como 
forma de tratamento. 
Normalmente em alguns pacientes pode 
ser realizado o inicio ou modificação do 
tratamento retroviral, sendo suficiente 
para a regressão e controle da lesão. No 
qual vai melhorar a contagem de CD4, 
diminuição da carga viral. 
Melanoma: 
Sendo uma neoplasia maligna de origem 
melanocítica. Podendo correr em pele, 
mucosa. Como fator etiológico temos a 
radiação UV como importante, no qual os 
danos agudos provocados pelo sol podem 
ser de maior importância do que a sua 
exposição crônica. 
Lesões de mucosa oral não estão 
relacionadas com a exposição solar. 
Fatores de risco: 
 Pele clara; 
 Cabelos e olhos claros; 
 Tendencia a queimaduras solares; 
 Ocupação em ambiente interno; 
 Histórico familiar; 
 Histórico Pessoal; 
Existe uma associação potencial com o 
uso de materiais bronzeadores, terapia 
imunossupressora. 
O melanoma representa o 3° câncer mais 
comum de pele, está sendo notado um 
aumento de incidência conforme as 
décadas. O melanoma em mucosa acaba 
sendo muito mais agressivo do que o 
cutâneo. 
Características Clínicas: 
Se desenvolve mais frequentemente em 
adultos Leucoderma, ocorrendo em várias 
faixas etárias, porém, sua maioria surge 
em pacientes com 45 até 84 ano de idade. 
 Predileção por mulheres; 
 Homens mais velhos 
 Sitio mais comum nas mulheres são 
as extremidades inferiores e nos 
homens são as costas; 
Os melanomas possuem dois padrões de 
direcionamento, tendo um crescimento 
radial e um vertical. Ainda exibem alguns 
tipos de lesão, sendo elas: 
Disseminação Superficial: sendo a forma 
mais comum de melanoma, surgindo 
como uma macula com variedade de 
cores em potencial. Tipicamente é uma 
lesão menor que 3 cm em seu maior 
diâmetro, podendo ser maior do que isso. 
Sendo levemente elevadas, surgimento 
de nódulos indicam invasão. 
Nodular: um terço das lesões se 
desenvolvem na região de cabeça e 
pescoço, acreditando que se inicia na fase 
de crescimento vertical, sendo elevação 
nodular que invade o tecido conjuntivo de 
forma rápida. Sendo uma lesão exofítica 
intensamente pigmentada. 
Anotações:__________________________
___________________________________
___________________________________ 
 
Lentigo Maligno: se desenvolve a partir de 
uma lesão chamada de Lentigo maligno, 
ocorrendo quase de forma exclusiva pela 
exposição ao sol em pacientes adultos 
idosos com pele clara acometendo 
principalmente o terço médio da face. 
Surge como uma macula e vai se 
expandindo de forma lenta com bordas 
irregulares e variedades de cores. A 
formação de um nódulo dentro da lesão 
indica o inicio da sua fase invasiva ou de 
crescimento vertical, sendo uma transição 
para o melanoma. 
Lentiginoso: sendo a forma mais comum 
de melanoma, se desenvolvendo 
tipicamente nas palmas das mãos, solas 
dos pés, área subungueal e mucosas. Seu 
inicio e por uma mácula com margens 
irregulares, pigmentada, fase invasiva de 
crescimento nodular. 
Avaliação Clínica ABCDE: 
A: assimetria 
B: bordas irregulares; 
C: Coloração irregular; 
D: diâmetro maior que 6mm 
E: evolutivo 
Histopatológico: 
Observa-se uma união do tecido 
conjuntivo com o tecido epitelial, tendo 
um potencial para proliferaçãopor todo o 
epitélio, lateralmente ao longo da camada 
basal e em profundidade para o interior do 
tecido conjuntivo. 
Melanócitos atípicos são observados 
dispersos entre as células epiteliais basais, 
sendo eles maiores do que os melanócitos 
normais e possuindo alguns graus de 
pleomorfismo nuclear e hipercromatismo. 
A disseminação de células neoplásicas ao 
longo da camada basal acaba 
contribuindo para a fase de crescimento 
radial da neoplasia. 
No melanoma nodular ocorre o 
crescimento vertical de forma precoce ao 
caminho da lesão, as células invasivas são 
fusiformes ou epitelioides e infiltram o 
tecido conjuntivo como corões e feixes. 
Tratamento: 
Mensurar de forma microscópica a 
profundidade da invasão, sendo um 
componente de avaliação 
histopatológico. 
Sendo realizado ainda o estadiamento 
clinico da lesão, seguindo os padrões de 
TNM. 
A excisão cirúrgica e a base do 
tratamento, sempre deixando a margem 
para a lesão. 
Dissecção de linfonodos em pacientes 
com metástase regional clinicamente no 
qual não foi mensurada metástase a 
distância. 
Radioterapia mais imunoterapia pode ser 
usada em pacientes com alto grau de 
recorrência. 
 Referência: 
1. NEVILLE, Brad W.; DAMM, Douglas 
D.; ALLEN, Carl M.; AL, et. Patologia 
Oral e Maxilofacial.

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