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Roteiro de estudos para V1

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE 
Estudo Dirigido 
Prezado(a) estudante, 
 
Este estudo, que compreende os tópicos referentes à avaliação V1, tem por 
proposta ajudá-lo(a) a organizar as ideias, conceitos, definições e práticas 
acerca da primeira parte dos conteúdos da disciplina. 
 
Esperamos que, por meio dele, você reflita sobre os temas explorados nas 
seções e, a partir dessa reflexão, verifique a existência de dúvidas. 
 
As seções de 1 a 10 e o resumo e a resenha crítica sobre o livro do Laraia 
serão temas das questões da R1. As perguntas abaixo não representam 
diretamente perguntas que estarão na R1, mas sim chaves de aprendizagem 
que o(a) auxiliarão na leitura e no estudo dos conteúdos. 
 
Vamos lá? 
 
Seção 1: A antropologia cultura aplicada ao estudo das sociedades 
complexas. 
1- O que é antropologia? 
Antropologia é o ramo das ciências sociais que estuda o homem em suas 
origens, evolução, desenvolvimento físico, material e cultural, além de sua 
psicologia, fisiologia, raças, costumes, crenças, etc. 
 2- Como o estudo da antropologia pode ser dividido? 
Conforme divisão norte-americana esta pode ser dividida em: Arqueológica, 
linguística, física e cultural. 
 
3- O que estuda a Antropologia Cultural? Qual a importância desse estudo para 
a sociedade contemporânea? 
Estuda a diversidade cultural humana, tanto de grupos contemporâneos como 
extintos. A antropologia cultural ajuda compreender melhor o ser humano 
enquanto criador de culturas, buscando com isso compreender os 
relacionamentos humanos e comportamentos instintivos e também de 
aprendizagem sem, com isso, deixar de analisar os aspectos biológicos que 
contribuem para o desenvolvimento de capacidades culturais. 
 
4- Qual a importância dos estudos de Lévi-Straus? 
Seus estudos sobre as comunidades não-civilizadas, baseados no campo da 
linguagem e da linguística, possibilitaram novas perspectivas também para a 
psicologia, ajudando a entender como a mente humana trabalha. Foi ele quem 
rompeu com a ideia de que índios são somente índios por não concordar com a 
divisão entre civilizados e selvagens, entre superiores e inferiores, além de 
possuir uma visão ambientalista bem mais radical que a de sua época. 
 
Seção 2: A construção das identidades sociais e da memória coletiva. 
1- O que é identidade? 
Conjunto de características próprias e exclusivas com os quais podemos 
diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, 
quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes. 
 
2- Como a antropologia entende a identidade? 
Entende como a soma nunca concluída de um aglomerado de signos, 
referências e influências que definem o entendimento relacional de 
determinada entidade, humana ou não humana, percebida por contraste, ou 
seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem. 
 
3- O que é identidade cultural? Dê exemplos. 
É um conceito da antropologia que indica a cultura em que o indivíduo está 
inserido. Por exemplo, se uma pessoa, de uma determinada época, não disser 
de onde ela veio ficará fácil descobrir sua origem através de seus hábitos, 
língua, crenças, etnia e raça. 
 
4- O que é memória coletiva? Qual a sua importância social? Dê exemplo. 
É a memória de um grupo de pessoas, tipicamente passadas de uma geração 
para a seguinte, ou ainda a memória compartilhada de um grupo, família, grupo 
religioso, étnico, classe social ou nação. Tem papel fundamental para o 
aprendizado já que o indivíduo pode reaproveitar experiências do passado e do 
presente garantindo assim a continuidade do aprendizado. Um exemplo disso 
está na confecção de automóveis, nos quais foram utilizados conhecimentos 
sobre combustão, geometria, mecânica, elétrica, etc. que vieram de 
antepassados seculares. 
 
Seção 3: A sociedade capitalista contemporânea. 
1- Quais os estágios de desenvolvimento do Capitalismo? Descreva-os. (utilize, 
também, o texto Verbete que está na seção Objetos de Aprendizagem, na 
página da disciplina). 
No primeiro estágio se tem o que se chama de Capitalismo Comercial, do qual 
se tem duas subdivisões. A primeira, chamada de extensivo, do qual se tem a 
eliminação das terras comunais por assalariamento das forças de trabalho para 
produção de bens de consumo e a segunda que é chamada de intensivo, que é 
quando não havendo mais espaço para a extensão da produção de 
mercadorias passou-se para o aumento da carga de trabalho bem como de 
técnicas mais complexas de produção. 
 
No segundo estágio se tem o Capitalismo Industrial, caracterizado pela 
Revolução Industrial e pela redefinição sobre o que seja trabalhador, já que 
este deixa de ser um operário com nome e identidade importante para o setor e 
passa a ser meramente um produtor do processo industrial. 
 
Por fim, no terceiro e último estágio se tem o chamado Capitalismo Financeiro, 
que é o atual, onde se tem como características o controle financeiro pelos 
bancos e grandes corporações, o monopólio, o oligopólio e mercado financeiro. 
 
2- Como o trabalho é entendido a partir da perspectiva do capitalismo 
contemporâneo? 
O Capitalismo Contemporâneo consagra-se por apresentar um novo modelo de 
acumulação. É centrado, sobretudo, nos movimentos do capital financeiro, na 
circulação de bens e serviços, na informação, na satisfação e na eficiência, do 
que somente na unidade de produção. Com a globalização do mercado o que 
se teve foi um aporte de produção que se dá de forma articulada através de 
redes constituídas em torno de centros de interesses que unem forças 
específicas de mercado. Ao longo do desenvolvimento do processo de trabalho 
o que se teve foi o aumento de desemprego, perdas de direitos trabalhistas, 
maior atividade do trabalhador sem compensação por isto, causando assim 
uma precarização do trabalho. 
 
3- Qual o argumento de Marx para superação do modo de produção 
capitalista? 
Marx argumentava que os trabalhadores sofriam a progressiva exclusão dos 
benefícios da enorme riqueza material que era produzida por eles mesmos, 
mas que ficava concentrada nas mãos de uma minoria. A superação deste 
modelo desumano seria o proletariado ser ver como classe revolucionária que 
deveria desempenhar uma supressão da classe burguesa e a construção de 
uma ordem social igualitária, baseada no comunismo, isto é, uma sociedade 
em que inexista a propriedade privada e onde cada indivíduo trabalhe segundo 
suas capacidades e receba segundo suas necessidades. 
 
4- Para Marx, quais as consequências do desenvolvimento extremo das forças 
produtivas capitalistas? 
Marx ressaltava que o desenvolvimento cada vez maior das forças produtivas 
capitalistas geraria infindáveis crises econômicas e, consequentemente, 
conflitos sociais cada vez mais intensos, que levariam à derrocada da ordem 
social burguesa. 
 
Seção 4: A antropologia cultural e a mudança de paradigma. 
1- Qual o ponto de vista de Edward Tylor sobre a cultura? 
Edward Tylor demonstrou que cultura pode ser objeto de um estudo 
sistemático, pois trata-se de um fenômeno natural que possui causas e 
regularidades, o que permite um estudo objetivo e uma análise capaz de 
proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução. 
 
2- Quais tarefas Boas atribuiu à Antropologia? 
atribuiu a antropologia a execução de duas tarefas: (1) a reconstrução da 
história de povos ou regiões particulares; (2) a comparação da vida social de 
diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis. 
 
3- Qual o ponto de vista de Felix Kessing sobre a cultura? 
Kessing dizia que não existe correlação significativa entre a distribuição das 
características genéticas e a distribuição dos comportamentos culturais. O 
autor aponta que qualquer criança humana pode ser educada em qualquer 
cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de 
aprendizado. 
 
4- Qual o ponto de vista de Alfred Kroeber sobre a cultura? 
Kroeber enfatizava que é por meioda cultura a humanidade se distância do 
mundo animal, considerando o homem como um ser que está acima de suas 
limitações orgânicas. Kroeber é um dos grandes contribuintes para a ampliação 
do conceito de cultura, pois ressaltava que a cultura é mais do que a herança 
genética, é ela que determina o comportamento do homem e justifica as suas 
realizações. Assim, foi por meio da cultura, que o homem passou a depender 
muito mais do aprendizado do que a agir através de atitudes apenas 
geneticamente determinadas. 
 
5- Quais elementos constituem o domínio mais adaptativo da cultura? 
Os antropólogos concordam que a tecnologia, a economia de subsistência e os 
elementos da organização social diretamente ligada à produção constituem o 
domínio mais adaptativo da cultura. 
 
6- Como Lévi-Strauss define cultura? Dê exemplo. 
Lévi-Strauss define cultura como um sistema simbólico que é uma criação 
acumulativa da mente humana. 
 
7- Qual o ponto de vista de David Schneider sobre a cultura? 
Schneider define que a cultura é um sistema de símbolos e significados, em 
que compreende categorias ou unidades e regras sobre relações e modos de 
comportamento. O status epistemológico das unidades ou coisas culturais não 
depende da observação, uma vez que mesmo imaginação, ―fantasmas‖ ou 
pessoas que já faleceram podem ser categorias culturais. 
 
Seção 5: O processo de individualização e socialização. 
1- O trabalho deve ser necessariamente associado a sofrimento? 
Após muitos estudos o que se conclui é que o homem reclama do trabalho que 
desempenha na sociedade, porém, quando questionados com mais afindo 
percebe-se que a reclamação não é efetivamente o ato de trabalhar e sim das 
condições que o mesmo proporciona ou que está condicionado. A felicidade 
não está aqui ou ali, não e o ato de deixar de trabalhar que se alcança a 
felicidade e muito menos com o labor frenético. Diante disso, é possível 
entendermos que trabalho é objeto de múltipla e ambígua atribuição de 
significados e sentidos. 
 
2- Explique o dito popular: ―primeiro o trabalho, depois o prazer‖? 
Essa frase, ao mesmo tempo que exalta a importância do trabalho, tomando-o 
como uma prioridade de vida no processo de socialização, supõe-no oposto ao 
prazer. Assim, ressalta que o prazer só existe fora do âmbito laboral ou do 
ambiente de trabalho, o que é uma falácia. 
 
3- Explique como o trabalho pode ser um agente do processo de socialização. 
Existe uma linha de pesquisas no campo da psicologia estudando a variedade 
de significados e sentidos que as pessoas atribuem ao trabalho. Embora haja 
um dinamismo dessa área de estudo, porém, o caráter múltiplo e ambíguo das 
atribuições de significados tende a ser consensual. Assim é que o trabalho 
passa a ser um agente do processo de socialização. 
 
4- Qual definição de trabalho é adotada por Brief e Nord? O que ela diz? 
Destacam a sua opção em adotar a definição econômica do trabalho, que 
consiste em dizer que ele é o que se faz para ganhar a vida ou o que se é pago 
para fazer. Isso não significa reduzir o trabalho à sua dimensão econômica, 
mas que ele é objeto de seus estudos, se essa dimensão é incluída. 
 
5- Segundo Jahoda, qual a diferença entre trabalho e emprego? 
Jahoda afirma que emprego implica reduzir o significado do trabalho a um valor 
de troca, como sendo apenas uma mercadoria. Esta separação é importante, 
pois implicará de forma direta na metodologia de se analisar os problemas atuais 
do trabalho. 
 
 
Seção 6: Aspectos políticos na contemporaneidade. 
1- Explique o ponto de vista sobre o trabalho da Antiguidade. 
O cidadão, para Platão, deveria ser poupado do trabalho. Aristóteles valorizava 
a atividade política e referia-se ao trabalho como atividade inferior que impedia 
as pessoas de terem virtude. Todo cidadão deveria abster-se de profissões 
mecânicas e da especulação mercantil: a primeira limita intelectualmente, e a 
segunda degrada eticamente. 
 
2- Com o surgimento do capitalismo é que se constrói e se consolida uma 
mudança mais visível na reflexão sobre o trabalho. Para Marx, quais fatores 
principais demarcam o surgimento da produção capitalista? 
Para ele, dois fatos principais demarcaram o surgimento da produção 
capitalista: a ocupação pelo mesmo capital individual de um grande número de 
operários, estendendo seu campo de ação e fornecendo produtos em grande 
quantidade, e a eliminação (dentro de certos limites) das diferenças individuais, 
passando o capitalista a lidar com o operário médio ou abstrato. 
 
3- Como Marx interpreta a relação entre o dono do capital e o dono da força de 
trabalho? 
Quem detém os meios de produção é o capitalista. O indivíduo desprovido 
desses meios não tem como reproduzir sua existência. Essa situação, que põe 
de um lado o dono do capital e, de outro, os detentores da força de trabalho, 
não é um fato natural, mas resultado de um processo histórico. É essa 
condição ―livre‖ e desprovida dos meios de produção do trabalhador que 
proporciona a venda da força de trabalho como uma mercadoria – a única que 
o trabalhador detém. 
 
4- Explique: a força de trabalho vira mercadoria. 
Ser mercadoria significa representar um valor de uso e um valor de troca. Em 
outras palavras, a situação socioeconômica tornou necessário ao indivíduo, 
desprovido de tudo, vender seu trabalho, e, ao capitalista, adquiri-lo, como 
meio de dar prosseguimento à produção de outras mercadorias, o que, sendo 
valor de troca, permite crescer seu capital. Nessa realidade, fundou-se a noção 
de contrato de trabalho, recriando-o na forma de emprego assalariado. 
 
5- Quais aspectos da vida e da sociedade foram afetados pelo modo de 
produção capitalista? 
O novo modo de produção afetou vários aspectos da organização da vida e da 
sociedade, por exemplo: 
 separou os ambientes doméstico e de trabalho; 
 reuniu um número imenso de pessoas em um mesmo lugar ( fábricas) 
em torno de uma única atividade econômica; 
 intensificou o crescimento das cidades e sua separação do campo. 
 
 
6- O modelo cooperativo de execução do trabalho apresentou novas 
necessidades. Quais são? 
No contexto da fábrica, a ―cooperação‖ introduziu novidades no planejamento, 
na organização e na execução do próprio trabalho, como a necessidade de 
padronizar a qualidade dos produtos e dos procedimentos, bem como de 
adotar uma disciplina. Essas novidades justificaram o surgimento das funções 
de direção e supervisão (gerência), para fiscalizar e controlar o trabalho. A 
adaptação do trabalhador a tal realidade não ocorreu de forma simples, sendo 
um desafio submetê-lo a tais condições. 
 
Seção 7: Caracterização da sociedade humana. 
1- Explique o que é ―consciência de classe‖. 
Caracterizada por um indivíduo pertencer a uma classe social específica, 
agindo de forma solidária e normalmente organizada, com os restantes 
membros, na defesa dos seus interesses coletivos e que se reflete na 
organização e ação político-sociais. 
 
2- Quais consequências aparecem a partir da transição do modo de produção 
manufatureira para o modo de produção capitalista da cooperação? 
A transformação do modo de produção manufatureira para o modo de 
produção capitalista da ―cooperação‖ exige um parcelamento progressivo do 
trabalho em suas operações, simplificando a atuação de cada um. Um conjunto 
de trabalhadores atua lado a lado, sob um plano geral em um mesmo processo 
de produção. Tal tipo de organização do trabalho possibilita a massificação da 
produção. Introduz a noção de operário coletivo. O trabalhador não detém os 
meios de produção, não tem controle sobre o produto nem sobre o processo de 
trabalho, e, portanto, são suprimidos seu saber fazer e suas possibilidades de 
identificação com a tarefa e com o produto. 
 
3- Para Marx, o trabalho no modo de produção capitalista é humanizador? Por 
quê? 
Não, porque a exploração, antes de ser uma distorção do capitalismo, é uma 
característica inerente a ele. Em síntese, concluímos que, para Marx,o 
trabalho, que deveria ser humanizador, sob o capitalismo, é o contrário, pois na 
forma de mercadoria é: 
1. alienante, porque o trabalhador desconhece o próprio processo produtivo e o 
valor que agrega ao produto, além de não se identificar com os produtos de 
seu trabalho; 
2. explorador, devido aos objetivos de produção da mais-valia vinculada ao 
processo de acumulação do capital; 
3. humilhante, porque afeta negativamente a autoestima; 
4. monótono em sua organização e conteúdo da tarefa; 
5. discriminante, porque classifica os homens, na medida em que classifica os 
trabalhos; 
6. embrutecedor, porque, longe de desenvolver as potencialidades, inibe ou 
nega sua existência por meio do conteúdo pobre, repetitivo e mecânico das 
tarefas; 
7. submisso, pela aceitação ―passiva‖ das características do trabalho e do 
emprego, pela imposição da organização interna do processo de trabalho, 
pelas relações sociais mais amplas e, especialmente, pela força do exército 
industrial de reserva. 
 
Portanto, observamos que a obra marxiana não se constitui em uma mera 
crítica ao trabalho sob o capitalismo, mas cria valores e novas expectativas em 
torno do trabalho. 
 
Seção 8: Cultura de diversidade: uma temática antropológica e 
contemporânea. 
1- Por que não se pode falar em cultura universal? 
Jamais, pois se por um breve momento pensarmos nos diferentes estilos de 
roupas e diferentes alimentos (no almoço por exemplo) consumidos no mundo, 
já é possível ter uma dimensão do quão diversa a sociedade é. 
 
2- Por que as pesquisas sobre o tema ―trabalho‖ são importantes? 
Assim é que as pesquisas cada vez mais têm como elementos centrais a 
formulação de hipóteses ou suposições, em busca de explicar relações entre 
desempenhos das pessoas no trabalho (por ser uma característica fundamental 
da sociedade contemporânea) e atributos individuais, das equipes, da 
organização ou da sociedade. Além disso, também como elemento central é a 
identificação das variáveis de pesquisa, quer seja aquelas que se quer explicar 
(por exemplo, desempenho, bem-estar, satisfação no trabalho etc.), quer seja 
as que são as explicações plausíveis para as questões que queremos explicar. 
 
Seção 9: Identidade, temperamento, personalidade e caráter. 
1- Defina: identidade, temperamento, personalidade e caráter. 
Identidade: é um fenômeno relacional, e é possível afirmar que as identidades 
são continuamente reafirmadas e redefinidas ao longo da vida; 
Temperamento: acompanha a identidade (intensidade do ser). Está é de cunho 
biológico. Ligada pela relação endócrina dos hormônios. O temperamento é 
uma disposição inata e particular de cada ser que reage conforme relações 
com o ambiente formando um ser diferente do outro em suas ações e reações. 
O temperamento pode ser transmitido de pai para filho, porém não pode ser 
transmitido ou educado. 
 
Personalidade: A personalidade é formada na relação de elementos 
geneticamente herdados com os adquiridos do meio ambiente. 
Caráter: refere-se à marca/sinal; aspectos que foram gravados no ser durante 
seu desenvolvimento. Se demonstra na reação da pessoa diante de valores 
como economia, política, estética, social, religião, etc. 
 
2- Qual a diferença entre identidade pessoal e identidade social? 
Pessoal: Ligada às experiências subjetivas e autoconceito. 
Social: Ligada a grupos sociais e é construída com o tempo. 
 
 
Seção 10: Indivíduo e o seu autoconhecimento. 
1- Explique: o homem é um ser social. 
Com o processo de socialização (que ocorre logo após o nascimento), o ser 
humano absorve os elementos socioculturais que lhe permitem absorver, 
evoluindo na sua maneira de ser e de estar. Esse processo de socialização 
integra, portanto, padrões de cultura, ou seja, normas sociais que equivalem a 
modelos de comportamento socialmente aceitos ou/e preestabelecidos por um 
grupo específico de indivíduos, em que o indivíduo é incumbido de respeitar e 
obedecer. 
 
2- Quais os tipos de racionalidades e quais os aspectos de cada uma delas? 
Racionalidade Instrumental: Prioriza o alcance dos fins a partir da escolha 
dos melhores meios. Visa a eficiência do processo. Prioriza o alcance dos 
objetivos no menor tempo possível. 
Racionalidade Substantiva: Baseia-se nos valores para atingir os fins 
pretendidos. Visa eficácia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos 
levando em conta os valores pessoais e coletivos. 
 
3- Defina os modelos de gestão de pessoas. 
O Modelo de gestão de pessoas é a maneira mais eficaz de compreender 
processos da sociedade contemporânea. O modelo instrumental atribui uma 
maior ênfase no resultado e na dimensão técnica (Descrição de cargos, 
recrutamento, seleção, qualificação e avaliação de desempenho). O modelo 
político já evidencia a solução negociada de conflitos de interesses por meio da 
participação (Definição de políticas e práticas de gestão de pessoas 
contingenciais e mutáveis). Por fim, o modelo estratégico enfatiza no 
alinhamento entre objetivos organizacionais e políticas e práticas de gestão de 
pessoas (A atuação na área de gestão de pessoas é ampla, envolvendo todos 
os processos organizacionais). 
 
4- Qual a função da ergonomia? 
Se aplica à vivência do indivíduo de acordo com o seu autoconhecimento. 
Voltando a destacar que raras são as pessoas que vivem sozinhos e 
independente de quaisquer outras pessoas. Assim, já que vivemos em um 
mundo relacional, e que o trabalho é um dos principais fatores que 
caracterizam a sociedade contemporânea, a ergonomia está aí justamente 
para ampliar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas nesse lugar. Muitas 
vezes passamos a maior parte de nossas vidas no trabalho, seja ele interno ou 
externo ao ambiente que significamos como casa. 
Resumo e resenha critica do livro Cultura: um conceito antropológico, de 
R.B. Laraia. 
1- Como Laraia apresenta os determinismos geográfico e biológico? 
Determinismo Biológico: São velhas e persistentes as teorias que atribuem 
capacidades específicas inatas a "raças" ou a outros grupos humanos. 
Antropólogos estão convencidos que a biológica/genética não são 
determinantes das diferenças culturais. Não existe correlação significativa entre 
a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos 
culturais. 
Determinismo Geográfico: Considera que as diferenças do ambiente físico 
condicionam a diversidade cultural. São explicações existentes desde a 
Antigüidade, do tipo das formuladas por Pollio, Ibn Khaldun, Bodin e outros, 
como vimos anteriormente. Laraia contesta essa afirmação destacando que em 
ambiente geográfico comum a 2 povos podem existir diferenças culturais. 
Como exemplo ele cita os lapões e os esquimós. 
 
2- Conceitue: cultura. 
John Locke (1632-1704) afirmava que a mente humana não é mais do que uma 
caixa vazia por ocasião do nascimento, dotada apenas da capacidade ilimitada 
de obter conhecimento, através de um processo que hoje chamamos de 
endoculturação. Turgot, século XVIII dizia: ―Possuidor de um tesouro de signos 
que tem a faculdade de multiplicar infinitamente, o homem é capaz de 
assegurar a retenção de suas ideias eruditas, comunicá-las para outros 
homens e transmiti-las para os seus descendentes corno uma herança sempre 
crescente.‖ Em 1871, Tylor definiu cultura como sendo todo o comportamento 
aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão genética, como 
diríamos hoje. Na atualidade usa-se a definição de Tylor como sendo a melhor 
sobre cultura. 
 
3- Qual relação entre cultura e comunicação? 
A cultura é um processo acumulativo. Acompanhando o desenvolvimento de 
uma criança humana e de uma criança chimpanzé até o primeiro ano de vida, 
não se nota muita diferença: ambas são capazes de aprender, mais ou menos, 
as mesmas coisas. Mas quando a criança começa a aprender a falar, coisa que 
o chimpanzé não consegue, a distância torna-se imensa. Através da 
comunicação oral a criança vai recebendo informações sobre todo o 
conhecimento acumuladopela cultura em que vive. Tal fato, associado com a 
sua capacidade de observação e de invenção, faz com que ela se distancie 
cada vez mais de seu companheiro de infância. Nos animais não encontramos 
comunicação que desenvolva invenções e/ou cultura. Logo, a comunicação é 
um processo cultural e se o homem não possuísse uma linguagem humana 
que é produto da cultura não existira desenvolvimento cultural. 
 
4- Como a perspectiva evolucionista entende a cultura? 
De início os evolucionistas consideravam a cultura como um sistema 
adaptativo. Consideram a cultura como (1) padrões de comportamento 
socialmente transmitidos, (2) processo em constante adaptação evolutiva, (3) 
processo tecnológico e econômico e (4) processo inteligível para adaptar 
ecossistemas à cultura de subsistência. 
 
5- Como Keesing define cultura? 
Para Roger Keesing, cultura é um sistema adaptativo que envolve tecnologia, 
modos de organização econômica e política, e religião. Segundo essa 
concepção, a evolução cultural é um processo de adaptação correspondente à 
seleção natural. 
 
6- Como a perspectiva estruturalista entende a cultura (ver Lévi-Strauss)? 
Ele considera cultura como sistemas estruturais, ou seja, a perspectiva 
desenvolvida por Claude Lévi-Strauss, "que define cultura como um sistema 
simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana. O seu trabalho 
tem sido o de descobrir na estruturação dos domínios culturais — mito, arte, 
parentesco e linguagem — os princípios da mente que geram essas 
elaborações culturais." 
 
7- Como Geertz entende a cultura? 
Para ele a cultura é a própria condição de existência dos seres humanos, 
produto das ações por um processo contínuo, através do qual, os indivíduos 
dão sentido à suas ações. Ela ocorre na mediação das relações dos indivíduos 
entre si, na produção de sentidos e significados. 
 
8- Segundo Laraia, como opera a cultura? 
Para ele cultura se trata de um processo complexo, que nasce da interação 
entre os homens, sendo possível por meio do desenvolvimento da inteligência, 
domínio dos símbolos e dos meios de comunicação entre os indivíduos. 
 
9- Explique: a cultura é dinâmica. 
A cultura é dinâmica pelo fato de ser um mecanismo adaptativo e acumulativo, 
a cultura está sempre sofrendo mudanças. Existem dois tipos de 
mudança cultural: uma que é interna, resultante da dinâmica do próprio 
sistema cultural e uma segunda que é o resultado do contato de um 
sistema cultural com o outro. 
 
 
Bons estudos! 
Saúde e Sucesso Sempre!

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