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PROCESSAMENTO DE QUEIJO PROVOLONE FRESCO DEFUMADO 1- Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) De acordo com o Art. 1º da Instrução Normativa Nº 73, de 24 de julho de 2020, queijo provolone é o queijo obtido por meio da coagulação do leite pasteurizado com coalho, com outras enzimas coagulantes apropriadas, ou com ambos, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas, com a obtenção de uma massa filada, não prensada, que pode ser fresco ou maturado, defumado ou não. No presente projeto optamos por realizar o queijo provolone fresco e defumado, que possui alta umidade e é considerado semi gordo ou gordo. Apresenta como ingredientes obrigatórios: cloreto de sódio, coalho, fermento láctico e leite. Além disso, poderá ser adicionado o cloreto de cálcio, além de outros ingredientes opcionais. Deve atender as seguintes características sensoriais: a) aroma lático, próprio ou defumado; b) consistência macia a semidura; c) cor uniforme e amarelada; d) crosta firme, lisa, amarela a amarronzada se defumada ou submetida ao banho líquido de fumaça; e) sabor láctico, pouco desenvolvido a ligeiramente picante; e, f) textura fibrosa, elástica e fechada. Oqueijo provolone fresco deve apresentar o seguinte processo de elaboração: I - obtenção de uma massa acidificada sem filar; II - filagem da massa em banho de água quente; III - salga; IV - estabilização mínima de 24 (vinte e quatro) horas. Além disto, pode apresentar formato cilíndrico, ovalado, esférico ou piriforme. Deve ser acondicionado em embalagens bromatologicamente apropriadas e deve ser acondicionado em temperatura superior a 12ºC. O queijo que no processo de fabricação não tenha sofrido maturação, mas tenha sido submetido ao processo de defumação designar-se-á: "queijo provolone fresco defumado", em caracteres uniformes em corpo e cor. 2- Matérias Primas e Equipamentos As matérias primas, a quantidade está especificada no processamento, utilizadas para o processamento do queijo tipo provolone são: ● Leite integral pasteurizado; ● Fermento lático; ● Cloreto de cálcio; ● Coalho líquido; ● Sal; ● Água. Os equipamentos utilizados para o processamento do produto já dito, são: ● Pá de aço inoxidável; ● Coador de tela fina; ● Formas plásticas cilíndricas; ● Fogão industrial; ● Bandeja de aço inoxidável; ● Termômetro de mercúrio; ● Defumador; ● Tanque de aço inoxidável; ● Liras vertical e horizontal. Para a limpeza e sanitização dos equipamentos será utilizado: ● Água; ● Hipoclorito de sódio; ● Sabão neutro; ● Esponja de limpeza. 3- Processamento 3.1- Matéria-prima Serão utilizados 50 litros de leite integral pasteurizado (ideal que tenha 3,5% de gordura), adicionado de 0,5% a 1% de fermento lático (acidificação do leite), 10 g de cloreto de cálcio (repor cálcio perdido na pasteurização do leite) e 35 ml de coalho líquido (coagular o leite) em a função de transformar o leite em coalhada. Posteriormente, na salga, serão utilizados 4 kg de sal para 16 litros de água (salmoura com 20% de concentração de sal). 3.2- Sanitização dos equipamentos e utensílios Após a limpeza dos equipamentos e utensílios com esponjas e detergente neutro, é feita a sanitização deles com uma solução de 5 mL (100 ppm) para 1L de água. Em seguida, é realizado o enxágue com água. 3.3- Coagulação do leite Após a adição dos ingredientes, o leite estará coagulado em cerca de 40 minutos, o que se conhece pressionando-se a coalhada com as costas das mãos, ela se desloca facilmente das paredes do vasilhame, sem deixar nenhum grumo, ou introduzindo-se a mão espalmada na coalhada, ao se dobrar os quatro dedos, a coalhada se fende em só sentido. 3.4-Corte da coalhada O corte da coalhada é efetuado com liras nos sentidos vertical e horizontal do vasilhame, até reduzir os grãos da massa a 1 cm³. 3.5- Repouso da massa Após o corte, a massa deve permanecer em repouso por três minutos. 1ª Mexedura: a) Agitar vagarosamente a massa com a pá ou colher de aço inoxidável ou agitador próprio, por três minutos e repousar a massa por igual tempo. b) Repetir três vezes a operação acima, com intervalos de três minutos. c) Sedimentar a massa por três minutos e retirar cerca de 30% do soro, em relação ao volume inicial de leite. 2ª Mexedura: a) Proceder à mexedura contínua e rápida, seguida de aquecimento com água quente, em temperatura entre 80-85 ºC. b) Em seguida, proceder ao aquecimento com água, à temperatura entre 80-85 °C, adicionando porções de água de modo que a temperatura se eleve em 1 ºC, a cada 5 minutos, até 43-44 ºC. c) O ponto final pode ser detectado quando os grãos da massa, anteriormente foscos, passam a brilhosos. 3.6- Repouso da massa e retirada do soro Deixar a massa em repouso por cinco minutos, fazer a retirada do soro e prensá-la, no próprio vasilhame, com placas perfuradas e peso relativo a duas vezes o peso da massa, durante 10 minutos. 3.7- Fermentação da massa Deixar a massa no próprio vasilhame, à temperatura ambiente, por 20 a 30 horas, a fim de permitir a fermentação ou acidificação. Após esse tempo, cortar um pedaço de massa, colocar em água quente, entre 80-85ºC. Uma boa flora láctea é responsável pela etapa de fermentação da massa, atingindo o grau ótimo para filagem no pH de 5,1 a 5,2. Se a massa esticar, formando filamentos, sem se arrebentar, estará no ponto ideal. 3.8- Filagem e moldagem Cortar a massa, em pedaços pequenos, e colocá-los em um tacho ou cuba de aço inoxidável, contendo água quente. Agitar a massa com a pá, até que se forme um bloco homogêneo e bastante elástico. Tomar nas mãos uma quantidade de massa desejada (por exemplo 1 kg), mantendo-a sempre quente para moldar o queijo e colocá-lo em formas plásticas apropriadas. 3.9- Salga dos queijos Logo após o resfriamento dos queijos, depositá-los em salmoura por: 20 horas, 8 horas e 3 horas, para queijos de 1 kg, 500 g e 200 g respectivamente. 3.10- Secagem dos queijos Após a salga, os queijos são deixados em geladeira ou em ambiente arejado, por três a cinco dias para a secagem. 3.11- Defumação Transferir para o defumador os queijos acondicionados em redes de nylon e mantê-los pendurados pelo período de oito a dez horas, utilizando um defumador contendo serragem e pedaços de madeira, sem cheiro desagradável. 3.12- Embalagem Sacos plásticos para seladora a vácuo, feitos de Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), encolhível ou simples. Quanto ao rótulo, deve conter de forma clara e legível, além de outras exigências previstas: I - nome do produto; II - nome empresarial e endereço do estabelecimento produtor; III - nome empresarial e endereço do importador, no caso de produto importado; IV - carimbo oficial do SIF; V - CNPJ ou CPF, nos casos em que couber; VI - marca comercial do produto, quando houver; VII - data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote; VIII - lista de ingredientes e aditivos; IX - indicação do número de registro do produto no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal; X - identificação do país de origem; XI - instruções sobre a conservação do produto; XII - indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competen 3.13- Conservação Conservar em geladeira em temperaturas acima de 12°C. Após aberto, consumir em até 15 dias. 3.14- Rendimento A partir dos 50 litros de leite será possível obter em média 5kg de queijo provolone. 4- Mão de obra Será necessária a mão de obra de 11 pessoas durante todo o processamento do queijo, que ocorrerá durante dois dias, onde os mesmos serão direcionados a realizar as etapas em grupos. Sendo assim, a mão de obra será composta por: três duplas e um trio que serão os responsáveis por supervisionar e direcionar todo o processamento. A parte inicial desde a separação da matéria prima, coagulação e corte do coalho será realizada pelo trio responsável pelo planejamento do queijo provolone. ● 1ª Mexedura: Responsabilidade de uma dupla, sob supervisão. ● 2ª Mexedura: Responsabilidadede uma dupla, sob supervisão. ● Prensa e corte da massa: Responsabilidade de uma dupla, sob supervisão. ● Salga, secagem e defumação: Responsabilidade do trio. 5- Cronograma 1º Dia 2º Dia 3º Dia 8º Dia Coagulação do leite Fim da fermentaçãoda massa Fim da salga dos queijos Fim da secagem dos queijos Corte da coalhada Filagem Defumação Repouso da massa e retirada do soro Moldagem Início da secagem dos queijos Embalagem Início da fermentação da massa Início da salga dos queijos Acondicionamento 5- Referências Brasil. Decreto nº 9.069, de 31 de maio de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal, Diário Oficial da União, 01 de junho de 2017. Seção 1, p. 1. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 73, de 24 de julho de 2020. Dispõe sobre a identidade e os requisitos de qualidade, que deve apresentar o produto denominado queijo provolone, DF, nº.144, 29 de julho de 2020. Seção 1, p. 9. RODRIGUES, Fernando. Queijo Provolone. Disponível em: https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/receitas/tudo-sobre-queijo/251-provolone#:~:text= Uma%20boa%20flora%20l%C3%A1ctea%20(bom,%2C1%20a%205%2C2. Acesso em: 04 nov 2022. BEZERRA, Valéria Saldanha. As Boas Práticas de Fabricação na Amassadeira de Açaí. Macapá: Embrapa Amapá, 2009, 10 p. (Embrapa Amapá, Comunicado técnico, 124). VIEIRA, L. C. e LOURENÇO JÚNIOR, J. de B. Tecnologia de Fabricação do Queijo Tipo Provolone. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2004, 3 p. (Embrapa Amazônia Oriental. Comunicado técnico, 112).
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