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RESUMO GINECOLOGIA GABRIELA RODRIGUES @GABRIELARODRIGSP DIP – DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA Quadro clínico: dor pélvica, corrimento, dispareunia, sangramento uterino, febre. Exames: HMG completo, VHS, proteína C reativa, exame bacteriosópico para vaginose bacteriana, cultura de material do endocérvice da uretra, de laparoscopia ou de punção do fundo de saco posterio, EAS e urocultura, hemocultura, BHCG. - USG transvaginal e pélvica (complicações). Tratamento: 1. Ambulatorial: - Ceftriaxona 1g, ½ ampola (500mg) IM dose única (gonorreia) + - Doxaciclina 100 mg, 1cp 12/12h por 14 dias (clamídia) + - Metronidazol 250mg, 2cp 12/12h por 14 dias (anaeróbios) - Ibuprofeno 600mg, 1cp 8/8h por 7 dias. SEMPRE TRATAR O PARCEIRO: Ceftriaxona 1g, ½ ampola (500mg) IM dose única (gonorreia) + Azitromicina 500mg, 2cp dose única. 2. Hospitalar: - Gestante: Ceftriaxona + Clindamicina OU Ampicilina + Sulbactam. - Ceftriaxona 1g, EV 1x/dia por 14 dias + Doxiciclina 100mg 1cp VO 2x/dia por 14 dias + Metronidazol 400mg EV de 12/12h. MS: 3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado. CDC: Apenas 1 critério mínimo. Febrasgo: ÚLCERAS UROGENITAIS: DOLOROSA NÃO DOLOROSA Herpes Sífilis Cancro mole Donovanose ----------------- Linfogranuloma venéreo AGENTES ETIOLÓGICOS SÍFILIS Treponema pallidum LGV C. trachomatis (L1, L2 e L3) DONOVANOSE Klesiella granulomatis HERPES GENITAL E PERIORAL HSV-1 e HSV-2 CANCROIDE Haemophilus ducreyi 1. NÃO DOLOROSAS: a) SÍFILIS: Incubação: 10 a 90 dias. Quadro clínico: “cancro duro” – primária é úlcera, única, indolor, base endurecida, fundo limpo (pode durar de 2 a 6 semanas e desaparecer espontaneamente). Secundária surge entre 6 semanas a 6 meses após a infecção com erupção cutânea máculas e/ou pápulas no tronco, eritematoescamosas palmo-plantares, placas eritematosas branco- acinzentadas nas mucosas. Diagnóstico: Testes não treponêmicos: VDRL (reagente cerca de 1 a 3 semanas após aparecimento do cancro duro) Testes treponêmicos: FTA-Abs e teste rápido. Tratamento: b) LIFAGRANULOMA VENÉREO: Quadro clínico: linfoadenopatia inguinal e/ou femoral, pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. Linfadenopatia inguinal desenvolve-se entre uma a seis semanas após a lesão inicial, sendo geralmente unilateral. c) DONOVANOSE: Quadro clínico: Ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. Lesões podem ser múltiplas e geralmente indolor. A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou ulcero vegetante. Regiões de dobras e região perianal. Não ocorre adenite (pode formar pseudobulbos (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase sempre unilaterais). 2. DOLOROSAS: a) CANCROIDE: Quadro Clínico: lesões múltiplas (podendo ser única) e habitualmente dolorosas, com borda irregular e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido. O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas. b) HERPES: Quadro Clínico: É uma manifestação mais severa caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato- papulosas, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosas, muito dolorosas e de localização variável na região genital. Após a infecção genital, o HSV entra em um estado de latência. Diagnóstico: Sorologia HSV IgM e IgG, Exame citológico de Tzanck e Isolamento do vírus em cultura de células. Tratamento: Gestante: tratar em qualquer trimestre como se fosse primeiro episódio. UROGINECOLOGIA – INCONTINÊNCIA: 1. IU DE ESFORÇO: Diagnóstico: Urina tipo 1, Urocultura, Avaliação resíduo pós miccional (US), Pad Test, Q- tip test, Estudo urodinâmico. OBS: Deficiência Esfincteriana intrínseca (DEI) – fazer estudo urodinâmico: < 60cmH2o DEI: enche pouco para perder urina; >90cmH2O: secundário a causa anatômica (hipermobilidade uretral); 60-90cmH2O combinação de defeitos anatômicos e DEI (trata sempre a DEI que é mais grave) Fatores de risco: Idade; Partos vaginais; atrofia urogenital; Dor pélvica crônica; Prolapso de órgão pélvico; Prisão de ventre e incontinência fecal; Episiotomia; Fórceps; Obesidade (pressão intra- abdominal aumentada). Tratamento: Sempre deve ser conservador inicialmente. - Tratamento fisioterápico. - Tratamento medicamentoso: • Estriol creme vagina 3x/semana. • Duloxetina (40 – 80 mg/ dia por pelo menos 12 semanas). - Tratamento cirúrgico: quando não tem sucesso no tratamento conservador. Fazer o estudo urodinâmico antes. • Burch: cirurgia aberta. • Sling retropúbico: indicado para quem tem pressão de perda <60cm. • Sling transobituratório: para casos menos graves, perdas sob pressões maiores. • Agentes de preenchimento: toxina botulínica (precisa ficar renovando). 2. IU DE URGÊNCIA (BEXIGA HIPERATIVA): Ocorre devido hiperatividade do detrusor com contração involuntária da musculatura. Quadro clínico: aumento da frequência urinária e de noctúria, na ausência de fatores infecciosos, metabólicos ou locais. Exames: Urina tipo 1 e urocultura, USG TV ou pelve, Citologia urinária, Cistoscopia, Estudo urodinâmico (após falha de terapia de prova). BEXIGA: RECEPTORES MUSCARÍNICOS M2, M3 E BETADRENÉRGICOS. Tratamento: Conservador: fisioterapia + comportamental (reduzir consumo de cafeína, frutas cítricas e bebidas alcoólicas em excesso) + medicamentos Anticolinérgicos: - Oxibutina (Retemic): receptores M1 e M3, xerostomia e xeroftalmia. Mais usado no SUS. - Tolterodina: M1, M2 e M3. - Solifenacina (Impere/vesicare): M3 e ação menor em glândulas salivares. - Darifenacina: M3. Bom para idosos pois é de liberação lenta. CONTRAINDICAÇÃO: GLAUCOMA DE ÂNGULO ESTREITO. Agonista beta-3-adrenérgico: - Mirabegona 50mg 1x/dia (muito caro, ação direta no detrusor). Estrogênio: - Estriol creme vaginal 3x/semana. Toxina botulínica. 3. IU MISTA: Combinação da IUE e IUU, ou seja, uma insuficiência de oclusão uretral associada à hiperatividade detrusora. HIPERPLASIA ENDOMETRIAL E CA DE ENDOMÉTRIO: HIPERPLASIA ENDOMETRIAL: SOP: Gera hiperinsulinemismo, aumento de andrógeno e ciclos anovulatórios (sem corpo lúteo e não tem progesterona → estrogênio tem efeito proliferativo, com hiperplasia (sem fator protetor da progesterona). Quadro clínico: sangramento uterino anormal. Se no pós-menopausa, investigar, pois pode ser por atrofia (principal causa de sangramento pós-menopausa) ou hiperplasia endometrial. Classificação: • Hiperplasia simples sem atipias (1% vai evoluir para CA); • Hiperplasia simples com atipias (3% vai evoluir para CA); • Hiperplasia complexa sem atipias (8% vai evoluir para CA); • Hiperplasia complexa com atipias (29% vai evoluir para CA). NIE (Neoplasia Intraeptelial Endometrial): proliferação de glândulas endometriais alteradas citologicamente e arquiteturalmente, propensa a progressão de CE. Diagnóstico: • Sangramento pós menopausa • TRH, quando sangramento não programado (paciente em TRH não deveria sangrar); • Avaliação de colo de útero e vagina; • US TV (exame complementar inicial); Sangramento pós-menopausa + Endométrio > 5mm: risco de CA de endométrio → indicado biópsia endometrial. Sangramento pós-menopausa + Endométrio <5mm possível atrofia endometrial. Espessamento na Pós menopausa sem sangramento: endométrio > 11mm (pode ser tolerado por não estar sangrando). Endométrio < 11mm dispensa a necessidade de biópsia com risco. Sem sangramento: biópsia se endométrio > 11mm. Com sangramento: biópsia se endométrio > 5mm. Se necessário biópsia endometrial, pode fazer curetagem uterina ou histeroscopia (padrão-ouro). Pólipos endometriaispodem ser observados em 10% a 40% das mulheres com sangramento pós menopausa. Tratamento: 1. Hiperplasias sem atipias: Progestágenos e mudança do controle de fatores de risco (obesidade, risco de resistência periférica a insulina, acúmulo de colesterol). No mínimo 6 meses (oral contínuo OU SIU – MIRENA 1ª escolha por tratar doenças). Se optar por uso oral, usar contínuo. 2. Hiperplasia simples: • Quer preservar a fertilidade? Sempre avaliar a opção da paciente antes de optar pelo TTO cirúrgico • Houve progressão? (HA / NIE); • Sem regressão após 12 meses de tratamento; • Recorrência de hiperplasia; • Sangramento uterino persistente, que não resolve uso de medicamento; • Recusa de seguimento ou tratamento medicamentoso. 3. HA/NIE: Desejo de preservar fertilidade: SIU ou progestágeno oral. Biópsia de endométrio deve ser realizada 3/3meses. 2 negativas consecutivas, 6-12 até possível HTA. CA DE ENDOMÉTRIO: Tipo 1 (estrógeno-dependente): carcinoma endometrióide de baixo grau – adenocarcinomaendometrióide (90%). Tipo 2 (independente de estrógeno): mais agressivo. Carcinoma seroso e de células claras. Endometrióide pouco diferenciado ou de alto grau (10- 19%), parece tipo 2. Carcinoma endometrióide, mucinoso, seroso, de células claras, tumores neuroendócrinos, adenocarcinoma misto, carcinoma indiferenciado e desdiferenciado. Fatores de Risco: Exposição prolongada ao estrogênio (obesidade, SOP); TRH sem oposição de progestágeno; Uso de tamoxifeno (inibe receptores que captam estrogênio na mama e estimulam os do endométrio); Queda do SHBG (hormônio carreador sexual – sobra menos testosterona e consequente estrona); DM (redução do SHBG – sobra mais testosterona → mais estrona e maior conversão para estradiol); HAS; Idade; Nuliparidade (endométrio nunca teve descanso); Infertilidade; Idade precoce de menarca; Idade tardia de menopausa; Síndrome de Lynch (herança genética – patologias que envolvem CA ginecológicos e intestinais). FATORES PROTETORES (IMPORTANTE): • Uso de ACO combinado ou isolado • Uso de contraceptivo injetável • Uso de SIU liberador de levonogestrel • Tabagismo (nicotina antagonista de estrogênio) *CAI EM PROVAS DE RESIDÊNCIA. • Multiparidade. O ESTADIAMENTO É CIRÚRGICO: < III-B: benefício com cirurgia. >III-B: quimio e radio (metástases), já não está só no útero. Tratamento adjuvante: • CE de baixo risco: terapia adjuvante não necessária; • CE de risco intermediário: braquiterapia adjuvante é indicada, mas não fazer nenhum tratamento também é opção para < 60 anos; • CE de risco intermediário alto: linfonodos negativos, braquiterapia adjuvante é recomendada para diminuir recorrência vaginal. CÂNCER DE OVÁRIO: Quadro clínico: dor pélvica, abaulamento – investigar. Não existe rastreio para CA de ovário. Fatores de risco: Histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, Mutação gene BRCA 1 e BRCA2, Síndrome de Lynch, Doença autossômica dominante, Relação direta com carcinomatose de colo-retal e endométrio, Relação com tumores secundários em ovários (metástase de tumores gastrointestinais em ovário - tumor de Krukenberg), Idade (6ª e 7ª década de vida) – Média 63 anos, Nuliparidade, Idade materna acima de 35 anos, TH em mulheres climatéricas, DIP. Fatores de proteção: Contraceptivos orais, Gravidez, Amamentação, Ligadura de trompas – principalmente salpingectomia, Partos em idade materna <25 anos. Classificação histológica: Tratamento: Câncer de tubo uterina em estágio inicial ou avançado é tratado da mesma forma que as neoplasias malignas de ovário. - QT adjuvante (risco de derramamento de células na cavidade abdominal) - Salpingectomia bilateral + Ooforectomia bilateral + Pan Histerecetomia (útero + colo) + Omentetectomia infracólica + linfadenectomia retroperitoneal + lavado peritoneal + biópsias peritoneais. Prevenção: • População geral: Exame pélvico, CA-125 ou outros marcadores e US de rotina não reduz a mortalidade de câncer de ovário. • Salpingooforectomia redutora de risco em mulheres com mutação BRCA 1 e/ou BRCA 2 (96%) – prole constituída • Estágios avançados: Alta letalidade. IOTA: (Internetional Ovarian tumour analysis): Massa anexial com componente sólido de qualquer aspecto é fator de risco para malignidade. Quando US não for capaz de fornecer diagnóstico preciso sobre a massa, solicitar RNM. Quando maior diâmetro tumoral <5 cm quase certamente benigno Quando >5 cm e <7cm necessário acompanhamento (EUA- exame de imagem anual) Quando cisto com maior diâmetro tumoral >7cm, avaliar realização de RNM ou cirurgia. Quando suspeitar de um cisto com características hemorrágicas, repetir o exame preferencialmente de 6 a 12 semanas entre 3º e 10º dia do ciclo. Se hemorrágico a tendência é desaparecer. The Original Simple Rules – Cálculo de risco de IOTA: Classificação pré-operatório para tumores ovarianos, consistindo em cinco características típicas de tumores benignos (características B) e cinco características típicas de tumores malignos (características M). Benigno: Apenas recursos Benignos se aplicam. Maligno: Somente características Malignas se aplicam. Inconclusivo: Nenhum recurso se aplica, ou ambos os recursos B e M se aplicam. ATENDIMENTO A VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL: - Notificação obrigatória. Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Quando do atendimento de crianças e adolescentes é obrigatória a comunicação ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais (Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente). Nos casos de violência contra pessoas idosas é obrigatório comunicar a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial, Ministério Público, Conselho Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso (Lei nº 10.741/2003). - Dispensa a apresentação do Boletim de Ocorrência (BO) para atendimento. A realização do BO pode ser postergada para quando a paciente estiver psicologicamente apta. - Estupro de vulnerável: vítima menor de 14 anos, ou que devido alguma enfermidade ou de ciência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. • O exame ginecológico compreende exame de mamas, vulva, períneo, região anal e, em especial, do hímen. São descritas as características do hímen, se íntegro ou roto, se elástico (complacente) ou inelástico. Contracepção de emergência: realizar em até 72h, excepcionalmente em até 120h. 1. DIAD: levonorgestrel 0,75 mg/comprimido, 2 cp, VO dose única ou 1cP, VO a cada 12 horas. 2. Yuzpe: ACO etinilestradiol 50 mg + levonorgestrel 250mg 2cp VO 12/12h OU 4cp VO dose única. OU Etinilestradiol 30mg + levonorgestrel 150mg 4cp VO a cada 12h OU 8cp VO dose única. Profilaxias: - pode atrasar APENAS tricomoníase se paciente estiver com intolerância gástrica. - HEPATITE B: • Imunoglobulina hiperimune para hepatite B (IGHAHB) 0,06 mL/kg, IM, dose única, até no máximo 14 dias após a violência sexual (embora se recomende o uso nas primeiras 48 horas). • O MS recomenda o uso de imunoglobulina em todas as pessoas em situação de violência sexual não imunizadas ou com esquema vacinal incompleto. NÃO deverão receber a imunoprofilaxia para hepatite B: casos de violência sexual em que o indivíduo apresente exposição crônica e repetida, situação frequente em casos de violência sexual intrafamiliar, indivíduos cujo agressor seja sabidamente vacinado, quando ocorrer uso de preservativo, masculino ou feminino, durante o crime sexual e paciente comprovadamente imune. - HIV: EM ATÉ 72H (após esse tempo, não existe benefício da profilaxia): Exames para seguimento: - Tétano: As pessoas que tenham sofrido mordeduras, lesõesou cortes devem ser avaliadas quanto a necessidade de imunização para tétano. • Dupla adulto (dT) (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos INFERTILIDADE: Incapacidade de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas, ou devido a uma diminuição da capacidade de uma pessoa em reproduzir, individualmente ou com parceiro(a). • Feminina primária • Feminina secundária CAUSAS FEMININAS: 1. FATOR OVARIANO: - SOP - Hiperprolactinemia - Disfunção hipotalâmica - Insuficiência ovariana prematura (IOP) Fatores de risco: • Idade maior que 35 anos; • História familiar de menopausa precoce; • Alterações genéticas: Síndrome de Turner e mosaicismos; • Mutações genéticas – FMR1, BRCA; • Condições que causam danos ovarianos: • Endometriose; • Infecção pélvica; • Cirurgia ovariana prévia: Endometrioma; • Ooforoplastia ou cistectomia; • Ooforectomia; • Quimioterapia ou radioterapia pélvica; • Tabagismo. 2. FATOR TUBOPERITONEAL: • DIP, • Endometriose moderada ou grave, • Cirurgia pélvica, • Apendicite rota, • Cirurgias (Crohn e colite ulcerativa) reduzem a fertilidade. 3. FATOR UTERINO: • Anormalidades uterinas, congênitas ou adquiridas. As alterações podem ser anatômicas ou de receptividade endometrial, • Miomas, • Pólipos, • Sinequias, • Malformações. 4. FATOR CERVICAL: A cérvice uterina é de extrema importância para a fertilidade: facilita a ascensão dos espermatozoides para as tubas uterinas e impede a ascensão de patógenos da vagina para o útero. O fator cervical pode ser causa de até 3% dos casos de infertilidade. CAUSAS MASCULINAS: • Estilo de vida • Fatores ambientais • Azoospermia INFERTILIDADE INEXPLICADA: Falta de diagnóstico etiológico para a infertilidade em um casal que tem investigação inicial completa normal – ovulação, análise seminal e patência tubária. Exames: • Espermograma • US transvaginal • Histerossalpingografaia • Função ovulatória • Aval pré-concepcional • FSH e estradiol no terceiro dia O ponto de corte situa-se entre 10 e 15 mUI/mL. As taxas de gravidez declinam significativamente com FSH acima de 15 mUI/mL. Poucas gestações são reportadas com níveis superiores a 25 mUI/mL. Quando a concentração de FSH é normal, mas o nível de estradiol está elevado (> 60 a 80 pg/mL) na fase folicular inicial, há evidência de associação com baixa resposta à estimulação com gonadotrofinas e menor taxa de gravidez. • Razão FSH/LH: Ponto de corte: FSH/LH > 3 = reserva ovariana diminuída. • Inibina B: Ponto de corte: < 45 pg/mL = menos reserva ovariana. • Volume ovariano: Ponto de corte: volume ovariano < 3cc = menor reserva ovariana. • Contagem de folículos antrais: soma dos folículos entre 2 e 10 mm de diâmetro médio detectado por ultrassom endovaginal na fase folicular inicial em ambos ovários. É considerada baixa a CFA entre três e seis folículos e associada à pobre resposta à estimulação ovariana, e acima de 16 folículos relaciona-se com uma chance de hiper- resposta ao uso de indutores e maior risco da ocorrência da síndrome do hiperestímulo ovariano (SHO). • Hormônio antimülleriano: Ponto de corte: < 1,0 ng/mL = reserva ovariana diminuída. Tratamento: • Clomifeno 50 a 150mg: melhor iniciar no 2º ao 6º dia (mas pode ser feito do 2º ao 9º dia – não deixar para iniciar apenas no 6º dia, deve-se iniciar antes). • Ácido fólico: pré-concepcional e manter até 12° semana de gestação (Ex: 0.4 mg/ dia). • Progesterona (usar na segunda fase) Progesterona micornizada 200mg do 14° ao 28° dia do ciclo - manter até 12° semana se necessário. • Metformina: se resistência à insulina (1.5g/dia) Metformina XR 500mg, usar 3x ao dia. Índice de HOMA (IR): Glicemia de jejum x insulina de jejum / 405 (Se > 3.2 = resistência à insulina → benefício em tratamento de infertilidade). LETROZOL: NÃO É LIBERADO NO BRASIL.
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