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Sistema Respiratório: Ventilação e Troca Gasosa

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⚪ 
-Prover oxigênio aos tecidos; 
-Remoção do dióxido de carbono 
•Para a respiração se efetivar ela possui 4 componentes principais: 
 
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-A inspiração é um processo ativo, então para que o ar entre, há gasto energético = contração muscular. 
A contração do diafragma e dos intercostais externos, levam ao aumento do volume da caixa torácica e 
do aumento da pressão negativa no interior do álveolo (ele é tracionado, o que faz aumentar seu volume) 
-A expiração é um processo passivo, no qual os músculos da caixa torácica relaxam e as paredes alveolares se 
comprimem, gerando uma Palveolar>Patm 
1.Ventilação pulmonar→ ocorre no alvéolo = 
entrada e saída de gás; 
2.Difusão de O2 e CO2 entre alvéolos e 
sangue→ ocorre na membrana álveolo-capilar 
(entra O2 no vaso e sai CO2 para o álveolo); 
3.Transporte de O2 e CO2 no sangue e 
líquidos corporais; 
4.Troca de gases a nível celular com todos os 
tecidos do corpo. 
 
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☝ Fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões ocorre em função da DIFERENÇA DE GRADIENTES DE 
PRESSÃO entre o alvéolo e o ar atmosférico. 
 
-A ventilação fisiológica se dá por pressão negativa, então o ar entra em direção a menor pressão. Já a 
ventilação mecânica invasiva, se dá por pressão positiva (empurra o ar para dentro do pulmão). 
⚪ 
 
-Volume corrente: volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo respiratório. 
• Inspiração forçada: volume de reserva inspiratório 
• Volume residual: não deixa o alvéolo colabar→ não sai na expiração forçada 
• Expiração forçada: volume de reserva expiratória 
-Capacidade pulmonar: soma dos volumes 
⚪ Ventilação-minuto (VM): “É a quantidade total de novo ar levado para o interior das vias áreas a cada 
minuto”→ quantidade de ar que entra e sai do pulmão. 
 
-VC normal x FR normal: 12→ VM média: 500 x 12 = 6l/min 
 
 
 
 
VM = volume corrente x FR 
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⚪ (hipóxia + acidose + hipercapnia) 
• Área quimiossensível no centro respiratório (localizada no 
bulbo): percebe a variação do pH (estimulada ↓ pH→ estimula 
inspiração) → NERVO FRÊNICO→ contração do diafragma→ 
pressão negativa→ influxo de ar para os pulmões. 
-Quanto mais CO2, mais H+ e menor pH→ ↑inspiração→ ↑ 
volume-minuto→ maior lavagem de CO2 
-Acidose→ ↑FR→ ↑volume-minuto 
∴ ↑pCO2 = ↑ volume-minuto 
•Corpo carotídeo (células glomosas): -Detecta ↓ de O2 arterial(HIPÓXIA)→ ↑Ca→ ↑neurotransmissor→ ativa 
fibras aferentes→ SNC→ ↑ inspiração 
⚪ 
-É um processo cíclico, responsável pela renovação do gás alveolar. 
-Resulta da ação integrada entre o centro respiratório (SNC), vias nervosas, caixa toráxica e pulmões→ 
problemas em qualquer parte dessa via irá alterar/prejudicar a ventilação. 
☝O principal problema da redução da ventilação é a lavagem do gás carbônico (principalmente afetado) 
∴ ↓ ventilação = ↑CO2 e ↓O2 
☝ LAVAR CO2: aumentar a ventilação-minuto, ↑ FR→ aumenta a excreção de CO2→ possível através do 
aumento do volume corrente ou da FR 
-Para que a troca gasosa ocorra são necessárias condições físico-químicas ideais, sendo uma delas a 
proporção entra a concentração gasosa e a velocidade de difusão. Quanto maior a quantidade de gás, maior a 
pressão e força de difusão→ por isso que é necessário renovar o ar, para gerar gradiente. 
⃞ Alterações da ventilação: 
-Alterações regionais ou difusas da elasticidade pulmonar, como ocorre no enfisema. 
-Obstruções regionais ou difusas, inclusive aquelas que envolvem as pequenas vias aéreas, como ocorre na 
DPOC e na asma. 
-Modificações da expansibilidade pulmonar, secundárias à presença de exsudatos, tumores ou fibrose nas 
paredes alveolares ou interstício pulmonar. 
-Hipoventilação por comprometimento do sistema nervoso (síndrome de Guillain-Barré/ AVC), dos músculos 
efetores ou por deformidades da caixa torácica. 
•Condições patológicas (diminuição da passagem de O2 para o capilar e/ou saída de CO2 p/ o álveolo): 
-Enfisema: destrói alvéolo→ 
diminui área de troca 
-Fibrose alveolar: ↑ 
espessura→ dificulta difusão 
-Edema pulmonar: aumenta 
distância de difusão 
-Asma: constrição dos 
bronquíolos→ ↓ ar no alvéolo 
 
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-Refere-se ao fluxo sanguíneo no pulmão disponível para troca gasosa, sendo que as suas pressões são 
relativamente mais baixas quando comparadas com as da circulação sistêmica. 
•Será alterada por: 
1.Obstrução intraluminal: doenças trombroembólicas, vasculites, acometimento vascular por colagenoses, 
etc. 
2.Redução do leito vascular: enfisema, ressecção do parênquima pulmonar, etc. 
3.Colabamento vascular por hipotensão e choque: compressão vascular por lesões tumorais ou aumento 
da pressão alveolar, como no caso do uso de ventiladores. 
☝ Relação ventilação/perfusão 
•Efeito espaço morto: quando existe prejuízo da perfusão e ventilação adequada (TEP/ vasoconstrição 
pulmonar) 
•Efeito Shunt: perfusão adequada e ventilação inadequada 
 
OBS.: No COVID pode haver incialmente uma alteração na ventilação e posteriormente ocorrer fenômenos 
tromboembólicos, que levaram também à redução da perfusão. 
⚪ 
-Sistema respiratório não consegue manter funcionalidade→ níveis de gases anormal no sangue. 
-Pode ser classificada de acordo com a queda da oxigenação ou aumento de CO2 
-Velocidade instalação: classificada em aguda ou crônica 
• Aguda (COVID/ pneumonia/ pneumotórax): alterações clínicas mais intensas e alterações 
gasométricas do equilíbrio ácido-base. 
• Crônica (DPOC/ enfisema):alterações clínicas mais sutis e AUSÊNCIA de alterações ácido-base 
(como a mudança gasométrica ocorre de forma lenta ao longo de meses/anos, o rim irá compensar e 
com isso não haverá alteração do pH). 
- O rim irá compensar aumentando a reabsorção de HCO3, porém, na gasometria a pCO2 estará 
aumentada. 
*OBS.: a crônica pode agudizar→ paciente DPOC com pneumonia grave→ Insuficiência respiratória crônica 
agudizada. 
⚪
❖ RESPIRANDO EM AR AMBIENTE (gasometria tem que ser arterial) 
•IRpA do tipo I ou hipoxêmica: PaO2< 60mmHg 
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•IRpA do tipo II ou hipercápnica: PaCO2> 50mmHg 
•PAF (oxigênio na artéria/concentração de O2 que o paciente recebe): relação PO2/FiO2 normal = 400 
-No ambiente a FiO2 = 21% (concentração de O2 no ar ambiente) 
-Se PAF menor que 300: indica que em ar ambiente a PO2 estaria <60mmHg = 
insuficiência respiratória Tipo I 
Paciente com pO2 de 90 mmHg com cateter nasal a 5L/min (FiO2 40%)→ PAF 
= 225 
*A quantidade de oxigênio fornecida, será que acordo com a resposta do paciente→ 
realizar gasometria e analisar saturação de O2 (SpO2)→ em torno de 90% 
∴ quanto mais oxigênio é fornecido, maior deveria ser a PaO2 no sangue arterial, se isto não 
está ocorrendo, o paciente estará em uma insuficiência respiratória hipoxêmica. 
-Normalmente a FiO2 é estimada, não é precisa, por exemplo no uso de máscara e 
cateter nasal, entretanto, no ventilador mecânico é possível ter uma FiO2 precisa. 
-Paciente de UTI: avalia a progressão da PAF e não só seu valor no momento. 
OBS.: não precisa retirar o O2 para fazer gasometria em pacientes que claramente necessitam desse O2→ usar 
oxímetro e comparar a saturação com a pO2 estimada (usar tabela). 
❒ Como saber se a Insuficiência respiratória é aguda ou crônica? 
− Agravamento dos sintomas; 
− Piora da hipoxemia (>10mmHg) 
− Piora da hipercapnia (elevação da pCO2 > 10 mmHg com pH< 7,35)

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