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Ética e Cidadania
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Questão 1
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Texto da questão
Leia o trecho abaixo e depois responda o que se pede:
Para parte da opinião pública, a negociação entre governo e Congresso é, ela própria, uma forma de corrupção. Ela parte de uma divisão maniqueísta entre um governo virtuoso e puro e um Congresso maligno. (…)
Na raiz da revolta está um anseio por ética que foi longamente desprezado pela classe política. Chegamos a um nível tal de desvalorização que é tido como natural que um deputado vote em um projeto única e exclusivamente se seu partido receber um benefício em troca.
Em reação a isso, ganha a popularidade de que os deputados deveriam votar num projeto única e exclusivamente porque concordam com ele. Tudo o que passa disso é imoral. (FONSECA, Joel Pinheiro da. Negociacão não é crime. Folha de São Paulo, 26/03/19.)
Considerando o que foi estudado sobre ética e política, quem vota num projeto com o qual não concorda integralmente:
Escolha uma opção:
De acordo com as teorias, em todas elas, é imoral porque na política, da mesma forma que na vida cotidiana, só se deve apoiar o que estiver plenamente de acordo com as nossas convicções
De acordo com as teorias, em todas elas, não é imoral, uma vez que a política  não comporta a dimensão ética
De acordo com as teorias, para algumas delas, é moral, porque  a atividade política deve ser orientada pelo auto-interesse
De acordo com as teorias, para algumas delas, é moral, porque a atividade política deve ser orientada por vezes pela responsabilidade mais do que pela convicção
Questão 2
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Texto da questão
Leia o trecho abaixo, uma síntese apresentada pelo autor  Michael Sandel sobre  a prática da virtude em Aristóteles  e depois responda ao que se pede:
Nesse sentido, tornar-se virtuoso é como aprender a tocar flauta. Ninguém aprende a tocar um instrumento lendo um livro ou assistindo aulas. É preciso praticar. Também ajuda ouvir músicos competentes e observar como eles tocam. Ninguém se torna um violinista sem tocar violino. O mesmo acontece com relação à virtude moral:”Tornamo-nos justos ao praticar ações justas, comedidos ao praticar ações comedidas, corajosos ao praticar ações corajosas.”
(SANDEL, Michael. Justiça – o que é fazer a coisa certa . 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 244).
Interpretando o trecho à luz do que foi estudado podemos concluir que em Aristóteles:
Escolha uma opção:
A virtude depende sempre de qualidades inatas
A virtude está na estrita obediência aos códigos formais e informais
Virtudes devem ser desenvolvidas apenas para uma maior realização individual
Virtudes podem ser adquiridas através do esforço do próprio indivíduo
Questão 3
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Texto da questão
Leia a reportagem abaixo e depois responda a que se pede:
Funcionários brasileiros relutam a delatar companheiros de trabalho flagrados em violações éticas. Uma pesquisa da consultoria de RH VitalSmarts indica que 78% dos profissionais ficam calados ao ver infrações graves como desvio de dinheiro, punições injustas e assédio sexual.
O levantamento foi feito pela internet com 926 pessoas. Segundo Rodrigo Lolato, diretor da VitalSmarts, a chave da questão está na cultura empresarial. A empresa precisa estimular o comportamento ético e fazer com que os profissionais se responsabilizem uns pelos outros.
"Com isso, o fato de reportar uma violação deixa de ser uma denúncia para se transformar em uma preocupação [com a companhia]", diz.
Para Renato Santos, gerente-executivo da consultoria de negócios ICTS, as pessoas se omitem nesses casos ou por encarar o ato de denunciar como antiético ou porque a empresa não dá as ferramentas adequadas para isso.
Segundo a pesquisa, 44% dos profissionais dizem não ser socialmente apoiados por colegas, chefes ou RH para denunciar falhas graves.
O levantamento mostra que violações éticas acontecem com muita frequência nas companhias: um terço dos entrevistados afirmou ter visto pequenas infrações, como tomar crédito pelo trabalho dos outros, na semana anterior ao questionamento.
Existe também um certo "efeito manada" entre as pessoas. Em um levantamento da ICTS feito em 2012, 69% dos funcionários se enquadraram em um quadro de "ética flexível". "Eles dançam conforme a música. Se todo mundo comete infrações, eles também", explica Santos.
Para ele, é possível mudar esse comportamento. "Ética não se aprende no berço. As organizações têm influência nisso, não são só vítimas." (PROFISSIONAIS se calam ao ver infrações éticas graves. Folha de São Paulo, 30/03/14. Disponível em: http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/2014/03/1432826-profissionais-se-calam-ao-ver-infracoes-eticas-graves-aponta-estudo.shtml. Acesso em: 29/05/14.
Considerando os dados acima, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
As pessoas, na sua grande maioria, tendem a não considerar o julgamento dos seus pares.
As pessoas, na sua grande maioria, tendem a se comportar de acordo com as normas pré estabelecidas.
As pessoas, na sua grande maioria, tendem a agir de acordo com a máxima kantiana, “fazer a coisa certa porque ee oc erto a fazer.”
As pessoas, nas sua grande maioria, tendem a se deixar influenciar pelo ambiente externo.
Questão 4
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Texto da questão
Leia com atenção o enunciado abaixo e depois responda ao que se pede:
Ao longo do tempo, filósofos têm identificado várias formas de encarar o comportamento ético nas organizações. Entre elas, a visão utilitarista considera o comportamento ético como aquele que traz o maior bem para o maior número possível de pessoas.
Sob a lógica da visão utilitarista, considere os itens a seguir:
I. fechamento de uma fábrica em uma cidade, para que a matriz da corporação continue sendo lucrativa e operacional em outras cidades;
II. deslocamento dos habitantes de um vilarejo à beira-mar, para a construção de um condomínio de alto luxo, pequeno e reservado;
III. suspensão do bônus da alta administração, apesar de seu ótimo desempenho, para preservar a sobrevivência da empresa.
(ENADE, 2009. Disponível em: http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf Acesso em: 18/09/13)
São éticas sob a visão utilitarista as ações:
Escolha uma opção:
II e III
I e  III
I, II e III
I e II
Questão 5
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Texto da questão
Leia o trecho abaixo e depois responda ao que se pede:
Se a existência de regras de convivência é tão importante para a vida em sociedade e para o bom funcionamento da economia, por que todos, livre e espontaneamente, não as obedecem? Sendo boas para todos, poder-se-ia esperar que todos prazerosamente respeitassem essas normas. (MONTORO FILHO, André Franco.  O valor econômico do comportamento ético. In: CARDOSO, Fernando Henrique; MOREIRA, Marcílio Marques (coord.) Cultura das transgressões no Brasil: lições de história. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
Assinale a alternativa que melhor responde à questão sublinhada no trecho acima a partir do que foi estudado:
Escolha uma opção:
As pessoas não obedecem às regras livre e espontaneamente porque há pouca vigilância
As pessoas não obedecem às regras livre e espontaneamente porque, na sua maioria, têm má índole.
As pessoas não obedecem às regras livre e espontaneamente porque as regras são pouco divulgadas.
As pessoas não obedecem às regras livre e espontaneamente porque a parcialidade moral faz parte da condição humana.
Questão 6
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Texto da questão
O teólogo e professor de filosofia, Mário Sérgio Cortella, em um de seus livros, faz a seguinte afirmação: “Conhecimento tem de ser ferramenta de liberdade coletiva. Isso, ferramenta para um mundo melhor.” (CORTELLA, Mário S. ; LA TAILLE, Yves. Nos labirintos da moral. Campinas-SP: Papirus, 2005, p. 110.)
Interpetando o techo acima é correto concluir que:
Escolha uma opção:
O conhecimento só trazfelicidade se for ético
O conhecimento  representa o alcance da felicidade individual
O conhecimento é meio para o alcance de uma maior felicidade coletiva
O conhecimento é o objetivo final da existênca
Questão 7
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Texto da questão
Leia com atenção o que escreveu, em Stuart Mill, este último filósofo e economista inglês do século XIX, expoente da perspectiva utilitarista, e depois responda ao que se pede:
     A mesma superioridade da inteligência, conjugada à capacidade de solidarizar-se com os seres humanos em geral, permite-lhe ligar-se à idéia  coletiva da sua tribo, seu país, ou da humanidade de tal maneira que qualquer ato lesivo a eles desperta seu instinto de solidariedade e o impele à resistência.”
(MILL, Jhon Stuart. Apud SOLOMON, Robert. Ética e excelência : cooperação e integridade nos negócios. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 153.)
Interpretando as afirmações acima à luz do que foi estudado é:
Escolha uma opção:
Notar que o que interessa aos homens é somente o auto-interesse
Perceber que Mill ecoa os princípios da “Ética da convicção” de Kant
Estabelcer relações entere Mill e o sentido da Política em Aristóteles
Possível estabelecer correspondências entre as idéias de Mill e pressupostos que encontramos em Smith
Questão 8
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Texto da questão
Sobre o século   XIX, escreveu o historiador francês, Alain Corbin:
Ocorre que por toda parte, em diferentes gradações conforme o meio e o lugar, opera-se um forte aflorar do indivíduo nas ideias e nos costumes. O direito se atrasa em relação aos fatos. Nas práticas, as pessoas insurgem-se cada vez mais contra as disciplinas da coletividade e as servidões familiares, expondo sua necessidade de um tempo e um espaço para si. Dormir sozinho, ler tranquilamente seu livro ou seu jornal, vestir-se como bem entender, ir e vir à vontade, consumir livremente, frequentar e amar quem se deseja...exprimem a busca de um direito à felicidade que pressupõe a escolha do próprio destino. A democracia a legitima, o mercado a atiça, as migrações a favorecem. A cidade, nova fronteira, rompe os constrangimentos familiares ou locais, estimula as ambições, atenua as convicções. Criadora da liberdade, propiciadora de novos prazeres, a cidade, com tanta frequência uma cruel madrasta, fascina a despeito das diatribes dos moralistas. Paradoxal, engendra por sua vez multidões de indivíduos solitários. É a mãe de rupturas e acontecimentos. (CORBIN, Alain. Bastidores. In: PERROT, Michelle.(org.)  História da Vida Privada, vol 4: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Cia das Letras, 1991, p. 416.)
Considerando o que foi estudado, é correto concluir que:
Escolha uma opção:
A modernidade com o florescimento do indivíduo, tal como descrito, implicou numa nova ideia de felicidade e, portanto, de ética.
A modernidade com o florescimento do indivíduo, tal como descrito, trouxe como consequência uma maior participação daquele na vida política da cidade.
A modernidade com o florescimento do indivíduo, tal como descrito, representou uma continuidade da ideia de felicidade e, portanto, de ética da antiguidade.
A modernidade com o florescimento do indivíduo, tal como descrito, reforçou parâmetros éticos baseados na religião.
Questão 9
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Texto da questão
Leia o trecho abaixo de autoria de São Tomás de Aquino, teólogo e “doutor da Igreja”, que viveu no século XIII, e depois responda ao que se pede:
… o homem possui o livre-arbítrio, caso contrário seriam vãos os conselhos, as exortações, as ordens, as proibições, as recompensas, as punições. Como evidência disso deve-se considerar que algumas coisas agem sem juízo. Por exemplo, a pedra que se move para baixo e todas as outras coisas que carecem de conhecimento. Outras agem com juízo, mas este não é livre, como no caso dos animais. Por exemplo, a ovelha quando vê o lobo julga que deve fugir, mas tal decisão não é livre, pois ela julga não por comparação, mas por instinto natural.
(AQUINO, São Tomás apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética – de Platão a Foucault. 3. 3d. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 62.)
Interpretando  trecho acima à luz do que foi estudado é correto:
Escolha uma opção:
Concluir que para o teólogo os homens devem apenas obedecer
Perceber também em São Tomás a preocupaçõa com as virtudes cívicas
Considerar que o trecho de São Tomás remete ao conceito de “sujeito moral”
Concluir que para São Tomás a natureza humana é perfeita, sendo os homes naturalmente bons
Questão 10
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Texto da questão
Leia a afirmação abaixo e depois responda ao que se pede:
A moral é uma questão de avaliar vidas quantitativamente e pesar custos e benefícios? Ou certos deveres morais e direitos humanos são tão fundamentais que estão acima de cálculos dessa natureza? Se certos direitos são assim fundamentais – sejam eles naturais, sagrados, inalienáveis ou categóricos -, como podemos identificá-los? E o que os torna fundamentais?
(SANDEL,  Michael. Justiça- O que é fazer a coisa certa. 6. Ed. Rio de Janeiro: Civilização, Brasileira, 21012, p. 47.)
A partir do que foi estudado e do material para consulta responda: Existe alguma teoria a respeito da ética que considere a decisão moral ou ética como uma questão de cálculo?
Escolha uma opção:
Sim, a proposta por Smith
Não, uma perspectiva assim não é considerada ética
Sim, a proposta pelos utiliitaristas
Sim, a kantiana
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