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5. Carboidratos. importancia na nutricao animal

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Carboidratos: importância 
na nutrição animal
Disciplina: Nutrição Animal
Professora: Fernanda Giácomo Ragazzi
Carboidratos
1) São também conhecidos como hidratos de carbono; 
glicídios; glícides; glucídios ou então como açúcares.
2) São amplamente distribuídos nas plantas e nos animais, 
onde desempenham funções estruturais e metabólicas.
3) São formados por Carbono, Hidrogênio e Oxigênio.
Carboidratos
Os carboidratos desempenham 
diversos papéis importantes na 
bioquímica: 
Reconhecimento celular; 
Adesão celular; 
Estrutura celular : Peptídeosglicanos, 
Proteoglicanos, quitina e celulose; 
Reserva energética: glicose, amido, 
glicogênio; 
POLISSACARÍDEO FUNÇÃO E FONTE
Glicogênio Açúcar de reserva energética de animais e 
fungos
Amido Açúcar de reserva energética de vegetais 
e algas
Celulose Função estrutural. Compõe a parede 
celular das células vegetais e algas
Quitina Função estrutural. Compõe a parede 
celular de fungos e o exoesqueleto de 
artrópodes
Ácido hialurônico Função estrutural. Cimento celular em 
células animais
Carboidratos 
em forragens
• São os principais constituintes das plantas forrageiras,
correspondendo de 50 a 80% da MS das forrageiras e
cereais.
• As características nutritivas dos carboidratos das
forrageiras dependem dos açúcares que os compõem, das
ligações entre eles estabelecidas e de outros fatores de
natureza físico-química.
• Podem ser agrupados em duas grandes categorias
conforme a sua menor ou maior degradabilidade, em
estruturais e não estruturais, respectivamente (Van Soest,
1994).
Carboidratos 
em forragens
• Os carboidratos não estruturais, incluem os carboidratos
encontrados no conteúdo celular tais como os mais
simples, como glicose e frutose, e os carboidratos de
reserva das plantas, como o amido, a sacarose e as
frutosanas.
• Os carboidratos estruturais, incluem aqueles encontrados
normalmente constituindo a parede celular, representados
principalmente pela pectina, hemicelulose e celulose, que
são normalmente os mais importantes na determinação da
qualidade nutritiva das forragens (Van Soest, 1994).
CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS
• São compostos de açúcares, amido, ácidos orgânicos e outros carboidratos de reserva
como frutanas.
• Não são incluídos na matriz da parede celular e não são recuperados na fração de fibra
em detergente neutro (FDN).
• Podem também ser classificados como solúveis em água (incluindo monossacarídeos,
dissacarídeos, oligossacarídeos e algum polissacarídeo) e polissacarídeos maiores que
são insolúveis em água.
Carboidratos não estruturais
• Solúveis em água: monossacarídeos: glicose e frutose e
dissacarídeo: sacarose e lactose.
• Galactanas: carboidratos de armazenamento em
leguminosas.
• Glucanas: encontradas em farelos (trigo, cevada, aveia,
centeio) e na parede celular de gramíneas.
CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS
• Pectinas são carboidratos associados com a parede
celular mas não é covalentemente unida às porções
lignificadas e são digeridas completamente no rúmen
(90 a 100 %).
• As concentrações de pectina são altas em polpa cítrica,
polpa de beterraba, casca de soja, e em leguminosas,
mas geralmente é baixa em gramíneas (Allen e
Knowlton, 1995; citados por Hall, 2001).
Carboidrato não 
estrutural
Amido
Polímero de glicose (+ de 1400 moléculas de glicose).
Produzido nas folhas através da fotossíntese.
Armazenado em frutos, sementes, caules e raízes.
Constitui de 50% a 65% do peso das sementes de cereais
secos, e até 80% da substância seca dos tubérculos.
Reserva energética vegetal.
Carboidrato estrutural: Celulose
Carboidrato estrutural
✓Formada por 4.000 moléculas de glicose
✓Reforço esquelético de vegetais
✓Digerida por Metazoários que apresentam
microrganismos no trato digestório.
✓Não é digerida pelo organismo humano.
✓Constitui as fibras vegetais de nossa dieta.
• A natureza e concentração dos carboidratos estruturais da parede celular
são os principais determinantes da qualidade dos alimentos volumosos,
especialmente de forragens.
• A parede celular pode constituir de 30 a 80 % da MS da planta forrageira, onde
se concentram os carboidratos como a celulose, a hemicelulose e a pectina.
• Podem constituir a parede celular componentes químicos de natureza diversa
dos carboidratos, tais como tanino, nitrogênio, lignina, sílica e outros.
Excesso de FDN: 
limita o consumo
Excesso de FDA: 
reduz a 
digestibilidade
Valores de composição de alguns alimentos em frações de carboidratos não estruturais de análises
realizadas na Universidade da Flórida - Adaptado de (Hall, 2000)
Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade de corte
• Os níveis de carboidratos estruturais são bem
mais elevados em gramíneas do que em
leguminosas, e no caule em relação às
folhas.
• Com o avançar da maturidade, verificam-se
aumentos nos teores de carboidratos
estruturais e redução nos carboidratos de
reserva, o que depende, em grande parte,
das proporções de caule e folhas.
• Isso se reflete na digestibilidade da forragem,
que declina de maneira especialmente mais
drástica para as gramíneas do que para as
leguminosas (Reis e Rodrigues, 1993).
Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade de corte
Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade de corte
Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade de corte
Partição de carboidrato de alimento para ruminantes
A composição, degradação ruminal e digestão intestinal de frações de carboidrato divididas
pelo sistema de detergente está mostrada na tabela (Van Soest, 1994).
Efetividade e fibrosidade dos 
carboidratos
• Uma das principais características dos carboidratos, principalmente
relacionada aos de forragens é a efetividade em promover a atividade física
motora do trato gastrointestinal.
• Seletivamente, os ruminantes retêm fibra no rúmen por um tempo adequado
de digestão, ingerindo partículas grandes enquanto comem.
• Estas partículas grandes formam um material flutuante no rúmen e provêm o
"incentivo" de arranhão que estimula a atividade de ruminação.
• Depois de vários ciclos de ruminação ou de mastigação, as partículas
fibrosas são reduzidas a um tamanho tal que pode escapar do rúmen.
• Entretanto, quando os ruminantes são alimentadas com rações contendo um
mínimo de fibra, pode haver muito pouca fibra efetiva para promover ótima
fermentação ruminal e produção.
Carência de carboidrato
A falta de carboidratos no
organismo manifesta-se por
sintomas de fraqueza, tremores,
nervosismo e tonturas, o que
pode levar até ao desmaio.
A carência leva o organismo a
utilizar-se das gorduras e
reservas do tecido adiposo para
fornecimento de energia, o que
provoca emagrecimento.
Excesso de 
carboidrato
Os carboidratos, quando em excesso no
organismo, transformam-se em gordura e ficam
acumulados nos adipócitos, podendo causar
obesidade e arteriosclerose.
Aumento dos triglicerídeos sanguíneos.
Obrigada

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