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Metabolismo de Carboidratos de Ruminantes

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VISÃO GERAL - CARBOIDRATOS
	Os carboidratos constituem 70 – 80% da composição da dieta dos ruminantes. Esses carboidratos são responsáveis pela produção dos AGV’s (responsáveis pelo ciclo da glicose) e pela síntese de proteína microbiana.
	São divididos em carboidratos estruturais e não estruturais. Os estruturais são as fibras (fração indigestível ou lenda dos alimentos), encontradas na parede celular dos vegetais que fornecem o suporte físico necessário para o crescimento das plantas. Já os não estruturais estão localizados no conteúdo celular e são encontrados em maior concentração nas sementes, folhas e hastes, são as reservas energéticas das plantas.
	Podemos ainda separar os carboidratos em fibrosos e não fibrosos. Os carboidratos fibrosos são a celulose e a hemicelulose (FDN) e são digeridos em pH neutro – pH ruminal de forma lenta. Já os carboidratos não fibrosos (FDA) são a pectina, o amido e os açucares.
CLASSIFICAÇÃO - BACTÉRIAS E FUNGOS
	Classificação associada à fração da fibra presente no rumen 
	Microrganismos celulolíticos: Ruminococcus flavefaciens, Ruminococcus albus, e Butyrivibrio fibrisolvens – digerem a celulose.
	Microrganismos hemicelulolíticos: Butyrivibrio fibrisolvens, butyrivibrio flavefaciens e Streptococcus bovis – digerem a hemicelulose e a pectina.
	Microrganismos Utilizadores de açúcares simples: Ruminococcus flavefaciens, Lactobacillus ruminus, Treponema bryanti e Lactobacillus vitulinus – digerem a glicose, celobiose, sacarose e maltose.
	Fungos Anaeróbios: Neocallimatrix frontalis, Sphaeromonas communis – digerem a celulose e xilanas.
FERMENTAÇÃO MICROBIANA DOS CARBOIDRATOS
	O amido e a celulose, ao sofrerem fermentação, irão dar origem a hexoses e pentoses. As hexoses, por sua vez irão ser convertidas em piruvatos que irão, ainda, ser convertidos em AGV’s, os quais irão nutrir o ruminante. É importante ter em mente que 3 pentoses irão dar origem a 2 hexoses e uma triose. As hexoses irão ser convertidas e a triose irá liberar 1,67 ATP.
	Piruvato: é o composto intermediário através do qual passam todos os carboidratos antes de serem transformados em AGV, CO2 e CH4.
CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS
São grupos de biomoléculas compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio, com propriedades químicas e funcionais que estão presentes no conteúdo celular.
Açúcares: São mono, di ou oligossacarídeos que possuem como característica a solubilidade em água.
Amido: É um polissacarídeo não estrutural de elevado peso molecular e sintetizado pelas plantas com função de reserva energética. As plantas armazenam o amido nas raízes, caules, tubérculos e grãos. Os grãos são a principal fonte de amido na alimentação humana e animal. O aquecimento dos grãos na presença de água promove a solubilização parcial do amido, nos quais os grânulos de amido perdem a cristalinidade. Esse evento é denominado de gelatinização e ocorre devido à quebra das pontes de hidrogênio entre as moléculas permitindo a entrada de água.
 	Amilose: É um polímero longo, relativamente linear, disposto em dupla hélice. Em torno de 99% dos resíduos de glicose estão unidos por ligações α- (1 – 4) e 1% por ligações α- (1 – 6). Amidos com mais de 40% de amilose são denominados “ricos em amilose”.
	Amilopectina: É uma molécula maior que a amilose e tem estrutura bastante ramificada, as cadeias lineares de glicose, unidas por ligações α- (1 – 4), tem pontos de ramificação α- (1 – 6) a cada 20 a 25 resíduos de glicose. Amidos de sorgo, cevada, milho, arroz e milheto são denominados cerosos (85% a 100% de amilopectina).
OBS: A porcentagem de amilose e amilopectina varia de acordo com a origem botânica do amido. 
OBS 2: A amilose e amilopectina encontram-se empacotadas nas plantas em forma de pequenos grânulos. Esses grânulos também são compostos por lipídeos, proteínas e minerais.
Pectina: É uma substância amorfa parcialmente solúvel em água e é completamente solúvel em detergente neutro. Está localizada na lamela média celular e funciona como substância de adesão entre as células, sendo, em partes, responsável pela rigidez dos tecidos celulares. Os principais componentes da pectina são o ácido galacturônico e o ácido poligalacturônico e a sua quantidade varia entre as espécies de plantas.

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