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Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC EXAME FÍSICO DO SISTEMA NERVOSO ➢ NERVOS CRANIANOS o NERVO OLFATÓRIO (I) ➜No exame da olfação, usa-se substâncias com odores conhecidos – café, canela, cravo, tabaco e álcool – enquanto o paciente, de olhos fechados, deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina. ALTERAÇÕES DEFICITÁRIAS POR DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS (sífilis nervosa, fratura do andar anterior da base do crânio e neoplasia da goteira olfatória): ↪ Hiperosmia: aumento da capacidade olfatória. ↪ Hiposmia: perda parcial do olfato. ↪ Anosmia: perda total do olfato. ALTERAÇÕES DA OLFAÇÃO POR LESÕES CORTICAIS: ↪ Parosmia: distorção de um cheiro. Ex.: cheiro de comida estragada em uma comida nova. ↪ Alucinações olfatórias: o indivíduo sente um cheiro inexistente. ↪ Cacosmia: o indivíduo sente um odor desagradável no ambiente mesmo quando não há odor algum. ➜ Perda olfatória unilateral: primeiro, verifica-se se não há um corpo estranho dentro da narina que esteja bloqueando a entrada do cheiro. Se não houver corpo estranho ou bloqueio anatômico, e se o paciente apresentar alguma alteração do comportamento, pode-se suspeitar que o paciente tenha alguma lesão na base do lobo frontal. Ex.: meningioma. ➜ Perda olfatória bilateral: normalmente são decorrentes de patologias do nariz. Ex.: rinite alérgica. o NERVO ÓPTICO (II) ➜ Acuidade visual: leitura da tabela de Snelen (6 metros de distância) com um olho fechado, fazer com os dois olhos um de cada vez. Ou utilizar os cartões de Rosenbaw com a distância de um braço (35cm), fazer com os dois olhos, um de cada vez aberto. ↪ Ambliopia: diminuição da acuidade. Pode ser uni ou bilateral. ↪ Amaurose: acuidade abolida. Pode ser uni ou bilateral. ➜ Campo visual (campimetria): o examinador deve se posicionar de frente para o paciente e tapar o olho direito, e o paciente deve tapar o olho esquerdo. Com o olho aberto, o paciente deve olhar para o olho do examinador, enquanto este movimenta sua mão em 4 quadrantes Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC (supero medial e lateral, e ínfero medial e lateral) mexendo os dedos e perguntando para o paciente se os dedos estão parados ou mexendo. ➜ Fundoscopia: o paciente deve estar em um ambiente escuro e olhando para longe, se o paciente olhar para perto do oftalmoscópio ocorre a convergência, onde a pupila contrai e dificulta a visualização do nervo óptico. O examinador deve se posicionar a 45º entre a orelha e o nariz do paciente, ficar a um braço de distância para poder observar o reflexo vermelho do olho no paciente pelo oftalmoscópio, que indica que o cristalino está livre de opacidade. Ao encontrar o reflexo vermelho, o examinador deve se aproximar do olho do paciente (olho esquerdo do paciente, se posicionar do lado esquerdo, segurar o oftalmoscópio com a mão esquerda e usar o nosso olho esquerdo) e será possível observar o disco óptico, caso não observe o examinador deve seguir os vasos e encontrar sua confluência. ↪ Lesão: papiledema – aumento da pressão intracraniana que empurra os axônios do nervo óptico para dentro do encéfalo para dentro do globo ocular. Os vasos ficam ingurgitados e o disco óptico hiperemiado e edemaciado, e há presença de hemorragias ao redor do disco. o NERVO OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) ➜ Esses 3 pares cranianos inervam os músculos que tem a função de motilidade dos globos oculares. ➜ NC III: inerva os músculos reto medial, reto superior, reto inferior e oblíquo inferior, e inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. ➜ NC IV: inerva o músculo oblíquo superior. ➜ NC VI: inerva o músculo reto lateral. MOTILIDADE EXTRÍNSECA ↪ A posição do globo ocular é definida pela ação harmônica dos músculos. Caso haja predomínio de um deles (paresia ou paralisia do seu antagonista) ocorre estrabismo, que pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (superior ou inferior). Na fase inicial, paciente relata visão dupla (diplopia). ↪ Lesão nos oculomotores: traumatismos, aneurisma intracraniano e diabetes. ↪ Lesão no abducente (VI): lesão em lado direito que compromete o reto lateral, o paciente vai olhar para o lado direito, o olho esquerdo consegue e o direito fica parado olhando para frente. ↪ Lesão no troclear (IV): compromete o músculo oblíquo superior, o paciente tem dificuldade de fazer a rotação inferomedial. ↪ Lesão no oculomotor (III): o músculo reto lateral predomina em relação ao oblíquo superior, e a pupila fica desviada inferolateralmente e dilatada, pois o oculomotor também é responsável pela constrição da pupila, e a pálpebra ficará caída (ptose palpebral). ↪ EXAME: bandeira inglesa – o examinador deve pedir ao paciente que acompanhe um objeto apenas com os olhos, com a cabeça imóvel. O examinador deve traçar as linhas brancas Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC da bandeira inglesa sempre voltando para o centro antes de ir para outra posição. Após o exame, realizar a prova da convergência ocular, aproximando o objeto dos olhos do paciente. MOTILIDADE INTRÍNSECA ↪ Pupila normal: circular, bem centrada, diâmetro de 2 a 4mm. ↪ Exame da pupila (reflexo fotomotor): o paciente deve estar em um ambiente mais escuro e ficar olhando para um ponto distante. O examinador incide um feixe de luz (lanterna) em uma pupila e observa a resposta em ambas as pupilas. Reflexo motor direto é quando ocorre a contração da pupila onde o feixe foi incidido. Reflexo motor indireto ou consensual é a contração da pupila oposta. Em seguida, o examinador aproxima um objeto dos olhos do paciente, e as pupilas irão se contrair – reflexo da acomodação. o NERVO TRIGÊMEO (V) ➜ Nervo misto com várias raízes. ➜ RAIZ MOTORA: nervo mastigador. ↪ Inerva os músculos da mastigação (temporal, masseter e pterigoideos). ↪ Lesão unilateral: a abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão, dificuldade para lateralizar a mandíbula, e atrofia das regiões temporais e masseterinas. ➜ RAÍZES SENSORIAIS: nervos oftálmico, maxilar e mandibular. ↪ Sensibilidade geral da metade anterior da cabeça (dor, temperatura, tato...) ↪ Reflexo córneo-palpebral: avalia o ramo oftálmico. Sensibilidade corneana – o examinador deve tocar suavemente entre a esclerótica e a córnea do paciente com um pedaço de algodão. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto. Resposta normal – contração orbicular das pálpebras. ↪ A esclera não tem uma sensibilidade dolorosa importante, então o que dói é a córnea, pois é uma estrutura nobre sem poder de regeneração. ↪ Exame para sensibilidade dos ramos do trigêmeo: o paciente deve fechar os olhos enquanto o examinador toca com um algodão as 3 regiões específicas de cada ramo (uma de cada vez e em ambas hemifaces). Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC o NERVO FACIAL (VII) ➜ Paladar dos 2/3 anteriores da língua. ➜ Ramos temporofacial e cervicofacial que inervam a musculatura da mímica facial. ➜ EXAME: o paciente deve: ↪ Enrugar a testa. ↪ Franzir os supercílios. ↪ Fechar as pálpebras. ↪ Mostrar os dentes (sorrir). ↪ Abrir a boca. ↪ Assobiar (fazer boca de beijo). ↪ Inflar a boca. PARALISIA UNILATERAL: ↪ Lagoftalmia: o olho permanece sempre aberto. ↪ Ausência do ato de piscar. ↪ Epífora (lacrimejamento). ↪ Desvio da boca para o lado normal. o NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII) ➜ RAIZ COCLEAR: audição. ↪ Avalia-se atritando suavemente as polpas digitais próximas ao ouvido do paciente. ↪ Se houver assimetria na audição: ↪ RINNI: o examinador deve aplicar o diapasão na região mastoide do paciente. Quando este deixar de ouvir a vibração, coloca-se o diapasão próximo ao conduto auditivo. Se Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC o paciente perceber o somé Rinni positivo (normal). Caso ele não perceba, Rinni negativo – a condução óssea é mais prolongada que a aérea = deficiência auditiva de condução. ↪ WEBER: o examinador deve colocar o diapasão no vértice da abóbada craniana; a vibração deve ser percebida igualmente por ambos os ouvidos (weber negativo). Se há surdez unilateral – weber lateralizado para esquerda ou direita. ➜ RAIZ VESTIBULAR: equilíbrio. ↪ Avalia-se pela anamnese do paciente, que se queixa de estado vertiginoso, náuseas, vômitos e desequilíbrio. ↪ Sinal de Romberg: se o paciente estiver de pé ou sentado com os olhos fechados e os membros superiores estendidos para frente e elevados em ângulo reto com o corpo, os braços vão se desviar para o lado do labirinto lesado, e o corpo tenderá a cair para esse lado (Romberg positivo). o NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) E VAGO (X) ➜ Glossofaríngeo: gustação do 1/3 posterior da língua e sensibilidade das tonsilas e paredes faríngeas. ➜ Trabalham em conjunto para estimular o reflexo do vômito. ➜ EXAME: O paciente deve pronunciar as vogais a ou e para verificarmos a elevação do palato e se há alguma assimetria. Em seguida, deve-se testar o reflexo do vômito com um abaixador de língua, estimulando o 1/3 posterior da língua na orofaringe. ↪ SINAL DA CORTINA: desvio da parede posterior da faringe para o lado normal. o NERVO ACESSÓRIO (XI) ➜ EXAME: O paciente deve girar a cabeça para ambos os lados, enquanto o examinador faz resistência com a mão na direção contrária para onde o paciente está girando a cabeça. Depois, elevar os ombros enquanto o examinador faz força para abaixar o NERVO HIPOGLOSSO (XII) ➜ EXAME: inspeção da língua. ↪ O paciente deve movimentar a língua para todos os lados (externamente), e depois empurrá-la contra a bochecha. ↪ Lesões unilaterais trazem atrofia da língua, então quando o paciente colocar a língua para fora, ela vai desviar para o lado atrofiado. ➢ SISTEMA MOTOR o TROFISMO / TÔNUS MUSCULAR ➜ O tônus muscular é o estado de tensão constante dos músculos, tanto em repouso (tônus de postura) quanto em movimento (tônus de ação). Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC ➜ O exame deve ser feito com o paciente em decúbito dorsal e com os músculos completamente relaxados. INSPEÇÃO ↪ Observa-se se há presença de achatamento das massas musculares, atrofias e hipertrofias. PALPAÇÃO ↪ Avalia-se o grau de consistência muscular. MOVIMENTOS PASSIVOS ↪ O examinador deve realizar a movimentação passiva dos membros do paciente, movimentar os membros moles em toda a sua amplitude. Fazer os dois lados. ↪ Avalia-se: ↪Passividade: se há resistência ou não. ↪Extensibilidade: se há ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular. BALANÇO PASSIVO ↪ O examinador deve sacudir o membro do paciente para ver se ele sacode com a mesma velocidade e se oferecem a mesma resistência. ➜ Hipotonia: diminuição do tônus muscular. Observa-se, achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída, passividade aumentada e extensibilidade aumentada. ➜Hipertonia: aumento do tônus muscular. Observa-se consistência muscular aumentada, passividade diminuída e extensibilidade aumentada. o MOTRICIDADE ESPONTÂNEA ↪ O paciente deve executar uma série de movimentos: abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. O examinador deverá avaliar a amplitude dos movimentos e o grau da sua limitação (se houver). o FORÇA EXAME DE CONTRA-RESISTÊNCIA ↪ O examinador deve fazer resistência contra os movimentos do paciente, enquanto este faz força contra a resistência. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC 1) Abdução dos braços. 2) Adução dos braços. 3) Flexão dos braços. 4) Empurrar a mão do examinador. 5) Dobrar o punho para cima. 6) Dobrar o punho para baixo. 7) Abrir os dedos. 8) Apertar dois dedos do examinador. 9) Empurrar o joelho. 10) Puxar a mão para baixo com o joelho. 11) Empurrar a perna para frente. 12) Puxar a perna para trás. 13) Dobrar o pé para cima. 14) Dobrar o pé para baixo. 15) Abdução das pernas. 16) Adução das pernas. MANOBRAS DEFICITÁRIAS ↪ Prova de Barré: o paciente, em decúbito dorsal, deve manter as pernas fletidas em 45º. ↪ Prova de Mingazzini: o paciente, em decúbito dorsal, deve manter as pernas fletidas em 90º sem encostar um joelho no outro durante 30 segundos. ↪ Prova dos braços estendidos: o paciente, em pé ou sentado, deve fechar os olhos e manter os braços estendidos por um minuto. As mãos devem estar com a palma para cima e os dedos bem abertos. ➜ Paresia: redução da força. ➜ Plegia: abolição da força. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC o COORDENAÇÃO ➜ Uma coordenação adequada significa o bom funcionamento de 2 partes do sistema nervoso – cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva). ➜ Ataxia: perda de coordenação. Pode ser cerebelar, sensorial e mista. ➜ PROVA DEDO-NARIZ: ↪ O paciente deve estar com o membro superior estendido lateralmente e é solicitado que toque a ponta do nariz com o indicador. Deve ser repetida algumas vezes, primeiro de olhos abertos e depois fechados. Pode ser feito com o paciente de pé ou sentado. ➜ PROVA CALCANHAR-JOELHO: ↪ O paciente em decúbito dorsal deve tocar o joelho oposto com o calcanhar do membro que será examinado. Deve ser realizada várias vezes, primeiro com os olhos abertos e depois fechados. ↪ Dismetria: quando o paciente não consegue alcançar o alvo com precisão. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC ➜ PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS: ↪ O paciente deve realizar movimentos rápidos e alternados – abrir e fechar a mão, supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. ↪ Diadococinesia: como se chamam os movimentos. ↪ Eudiadococinesia: capacidade de realizar os movimentos. ↪ Disdiadococinesia: dificuldade em realizar os movimentos. ↪ Adiadococinesia: incapacidade de realizar os movimentos. o REFLEXOS REFLEXOS SUPERFICIAIS ↪ Reflexo cutâneo-plantar: o paciente deve estar em decúbito dorsal e com os membros inferiores estendidos. O examinador deve estimular superficialmente a região plantar, próximo da borda lateral no sentido posteroanterior, fazendo um quase semicírculo na parte mais anterior do pé. ↪ Resposta normal: flexão dos dedos. A inversão dessa resposta (extensão do hálux) é o sinal de Babinski – lesão da via piramidal. ↪ Reflexo cutâneo-abdominal: o paciente deve estar em decúbito dorsal em completo relaxamento. O examinador deve estimular o abdome do paciente no sentido de linha mediada nos níveis superior, médio e inferior. ↪ Resposta normal: contração dos músculos abdominais que fazem um leve deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado. REFLEXOS PROFUNDOS OU MIOTÁTICOS ↪ Reflexos miotáticos fásicos / clônicos: o examinador deve estimular com o martelo de reflexos o tendão a ser examinado. Os tendões são: do calcâneo (flexão do pé), patelar (extensão Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC da perna), supinador (flexão do antebraço), bicipital (flexão do antebraço) e tricipital (extensão do antebraço). ↪ Podem estar normais, abolidos, vivos ou exaltados. As alterações podem ser simétricas ou não. ↪ Manobra facilitadora: o paciente deve juntar as mãos em concha e fazer força para os dois lados e se concentrar nesse movimento. Isso vai distrair o paciente da tensão para com o exame e facilitar a manobra no reflexo. ➢ SENSIBILIDADE o SUBJETIVA ➜ São as queixas sensoriais do paciente durante a anamnese – dor e parestesias (dormência, formigamento...) o OBJETIVA SUPERFICIAL ↪ Sensibilidade tátil: o examinador deve roçar um pedaço de algodão em várias partes do corpo do paciente. ↪ Hipoestesia:diminuição da sensibilidade tátil. ↪ Anestesia: abolição da sensibilidade tátil. ↪ Hiperestesia: aumento da sensibilidade tátil Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC ↪ Sensibilidade térmica: o examinador deve usar dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente. ↪ Sensibilidade dolorosa: o examinador deve usar algum objeto pontudo que seja capaz de conferir dor, mas sem ferir o paciente. PROFUNDA ↪ Sensibilidade vibratória (palestesia): o examinador deve usar um diapasão e colocar nas saliências ósseas. ↪ Sensibilidade à pressão (barestesia): o examinador deve comprimir qualquer parte do corpo, principalmente massas musculares. ↪ Sensibilidade cinético-postural (batiestesia): o examinador deve deslocar suavemente qualquer segmento do corpo do paciente em várias direções (flexão, extensão). Ex.: o examinador movimenta o hálux do paciente para cima e par abaixo várias vezes e para em uma posição. O paciente de olhos fechados terá de dizer em qual posição o hálux está. – Propriocepção. o ESTEREOGNOSIA ➜ É a capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão. ➜ O examinador deve colocar um objeto comum (chave, lápis, moeda) na mão do paciente que, de olhos fechados, deverá reconhecer o objeto apenas com a palpação. ↪ Astereognosia / agnosia tátil: perda dessa capacidade de reconhecimento. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC ➢ MARCHA o CEIFANTE ➜ O paciente mantém o membro superior fletido em 90º no cotovelo e em adução e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. A perna se arrasta no chão fazendo um semicírculo quando o paciente toca o passo. Lembra o movimento de uma foice. o ANSERINA / PATO ➜ O paciente acentua a lordose lombar e inclina o tronca para a direita ou para a esquerda. Lembra o andar de um pato. o PARKINSONIANA ➜ O paciente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça fica inclinada para frente e os passos são curtos e rápidos. o CEREBELAR ➜ O paciente ziguezagueia como uma pessoa embriagada. Lesão no cerebelo. o TABÉTICA ➜ O paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados o chão, os calcanhares tocam o chão de modo intenso. Possui comprometimento da sensibilidade profunda dos pés, então ele bate com os pés no chão. o VESTIBULAR ➜ O paciente com lesão vestibular apresenta lateropulsão quando anda – como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta. o PEQUENOS PASSOS ➜ O paciente dá passos muito curtos, e ao caminhar arrasta os pés, como se estivesse caminhando. o ESCARVANTE ➜ O paciente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, e ao caminhar toca o chão com a ponta do pé e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC o CLAUDICANTE ➜ O paciente manca para um dos lados. o EM TESOURA ➜ Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente da outra. ➢ EQUILIBRIO o PROVA DE ROMBERG ➜ O paciente deve estar em pé, com braços e pernas juntos ao corpo e próximo a um canto da parede (se ele ficar tonto será mais fácil de segurá-lo). Ele deve ficar imóvel olhando para frente durante alguns segundos de olhos abertos, e depois de olhos fechados. ➜ Normal: nenhuma ou ligeiras oscilações do corpo – Romberg negativo. ➜ Se o paciente apresentar oscilações e forte tendência à queda – Romberg positivo. ➢ EXAMES ADICIONAIS o PROVA DE BRUDZINSKI ➜ O paciente deve estar em decúbito dorsal e membros estendidos, o examinador força flexão do pescoço do paciente e ele traz espontaneamente as pernas contra o tronco – IRRITAÇÃO MENÍNGEA. Nicolas B. S. González – ATM 27/1 MEDICINA UNISC o PROVA DE LASÉGUE ➜ O paciente deve estar em decúbito dorsal e o examinador eleva a perna estendida. Quando passar dos 30º o paciente sente dor em agulhada na lombar até o calcanhar – LESÃO DAS RAÍZES LOMBOSSACRAIS. o PROVA DE KERNIG ➜ O examinador deve estender a perna do paciente quando a coxa estiver fletida. Positivo quando o paciente sentir dor ao longo do nervo isquiático e tentar impedir o movimento, as vezes trazendo a cabeça contra o corpo – IRRITAÇÃO MENÍNGEA.
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