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Doenças periodontais na infância Aula 4- 03/11 Periodonto de proteção Papilas gengivais (formato piramidal)Gengiva inserida Gengiva marginal Gengiva papilar Papilas gengivais (formato trapezoidal) Quando estudamos de doenças periodontais na infância, podemos ter alguns questionamentos a respeito, como: A doença periodontal é uma afecção da fase adulta? As características do periodonto na criança são similares a do adulto? Quais os fatores etiológicos das doenças periodontais? Que doenças periodontais acometem as crianças? Quais tratamentos eleger? Vale ressaltar que a doença periodontal na criança geralmente não acontece de forma grave, sendo a mais comum a gengivite, porém existe a possibilidade de acontecer de forma grave e também quando a doença periodontal não é tratada de forma adequada na infância, ela evolui na vida adulta. Gengivite não tratada na infância Periodontite quando adulto O que é periodonto? Peri – ao redor, donto – dente, ou seja, são os tecidos que estão ao redor do dente, e todo seu processo. Temos dois tipos de periodonto, que são: Periodonto de sustentação e o de proteção. Periodonto de proteção: A gengiva representa a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes. Periodonto de sustentação: O periodonto de sustentação constitui o aparelho de inserção dos dentes. O seu papel reside em distribuir e absorver as forças geradas pela mastigação ou outros contatos dentários. Gengiva inserida Gengiva marginal É mais larga, mais espessa e arredondada durante a erupção dentária; O sulco gengival é mais profundo, principalmente na fase de erupção; - Ao sondar uma criança podemos observar um sulco gengival de 7mm, e apesar de parecer que se trata de uma alteração, para a criança esse mm é perfeitamente normal, pois a criança está passando por um processo de desenvolvimento, estando em um período de erupção e troca de dentes. Gengiva papilar Aspecto mais flácido e brilhante que no adulto; Possui coloração róseo-claro ou até mesmo vermelho intenso (normal); O aspecto casca de laranja (pontilhado) é menos evidente que no adulto. A gengiva papilar pode ser encontrada de duas formas, sendo elas: Em forma trapeizodal no caso do arco de Baume tipo I, e forma piramidal quando o arco é tipo II. Os dentes decíduos são mais curtos, e apresentam superfície de contato e não ponto de contato próximo a superfície oclusal, e por isso, as papilas são mais volumosas. Também encontramos nos dentes posteriores, nessa região de COL que é uma área de extrema importância por não ser queratinizado, e por não ser queratinizado acaba tornando-se porta de entrada para doenças periodontais. Periodonto de sustentação O periodonto de sustentação constitui o aparelho de inserção dos dentes. O seu papel reside em distribuir e absorver as forças geradas pela mastigação ou outros contatos dentários. É constituído por: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar. Características radiográficas: Apresenta lâmina dura mais fina em relação a do adulto; Espaço periodontal maior; Trabeculado ósseo menor. -Há mmais espaços medulares, sendo assim um osso mais esponjoso. Portanto, esse periodonto de proteção é mais resiliente, por isso em casos de trauma, é muito mais frequente a intrusão do que a fratura. Doenças periodontais em crianças: Fatores etiológicos: Eles podem ser: Determinantes: Biofilme Predisponentes: Facilitam o acúmulo de biofilme, ou dificultam sua remoção. Ex: Aparelho, cálculo, apinhamento, e fatores iatrogênicos (por exemplo, restauração com sobrecontorno proximal). Modificadores: fatores que pode agravar o progresso da doença. Ex: hábitos parafuncionais e contato prematuro---- gera processo inflamatório no periodonto. Sistêmicos: condições sistêmicas que alteram ou agravam a doença periodontal. Ex: Diabetes, leucemia e algumas síndromes. Vale ressaltar que assim como a diabetes influencia na piora da doença periodontal, a doença periodontal influencia na piora da diabetes. Diagnóstico das doenças periodontais: Para isso é necessário uma boa anamnese, buscando informações a respeito de antecedentes familiares, e fazendo um levantamento sobre alterações sistêmicas tanto familiar quanto do prório paciente. Além de uma anamnese de qualidade, é necessário fazer uma boa avaliação clínica, que pode ser feita com a sonda periodontal para avaliar profundidade e sangramento. Lembrando que para a criança a avaliação é feita por dentes sangrantes e não por sítios, após contar os dentes sangrandes, dividimos pela quantidade de dente que a criança tem em boca e multiplicamos o valor por 100, se o resultado for ate 25% o paciente não considerado de risco. Obs: Antes de fazer a sondagem deve-se adequar o meio, principalmente se o paceinete tem muita lesão cariosa. Classificação das doenças periodontais em crianças: Doenças gengivais Periodontite Doenças gengivais Gengivite: A avaliação radiográfica também é muito importante para o diagnóstico, pois atrvés dela conseguimos fazer a avaliação de como estão os tecidos de suporte. Gengivite induzida pelo biofilme: Associada somente ao biofilme dental; Mediada por fatores de risco sistêmicos ou locais; Associada a medicamentos para aumento do tecido gengival; Doenças gengivais não induzida por biofilme: Infecções específicas (viróticas, fungicas e bacterianas) Desordens genéticas de desenvolvimento -Gengivite associada a presença de placa -Gengivite modificada por fatores sistêmicos, medicamentosa e nutricional -Doenças gengivais não induzida por biofilme -Periodontite agressiva -Periodontite como manifestação de doenças sistêmicas -Doenças periodontais necrosantes É a doença periodontal mais comum nas crianças, ela é restrita apenas ao periodonto de proteção. Dentre seus sintomas temos sangramento espontâneo ou provocado, dor, gengiva avermelhada (inflamação gengival). É uma doença que está associada a uma higiene bucal precária, resultando em presença de placa e ausência do controle da presença dessa placa. Tratamento: Remoção do biofilme+ orientação de higiene bucal Doenças gengivais mediada por fatores locais: Doenças gengivais associada a medicamentos: Doenças gengivais não induzidas pelo biofilme Gengivoestomatite Herpética Aguda: Gengivite associada à respirador bucal: Se o paciente que é respirador bucal e não tem uma boa higienização, o biofilme fica exposto ao ar, ocorrendo uma evaporação do componente líquido do biofilme, dificultando ainda mais sua remoção. Isso gera uma gengivite que pode evoluir para casos mais graves. Clinicamente, irá apresentar uma gengiva muito avermelhada, facilmente sangrante, papilas aumentadas e ressecamento gengival. Tratamento: Procedimentos básicos RAR, controle de placa + associação com o tratamento para o problema respiratório. Hiperplasia das papilas: Essa hiperplasia atinge todas as faces dos dentes, e os medicamentos associados podem ser= Fenitoína, cicloporina A e Nifedipina Tratamento: Controle de placa e eliminação dos irritantes locais, sendo necessário dependendo do caso uma correção cirúrgica Acontece em crianças sem anticorpos neutralizantes (leite da mãe). Geralemnete acontece em crianças de 6 meses a 5 anos e é a manifestação primária causada por o vírus HSV-1, para acometer crianças precisa do contato por alguém infectado. A gengivoestomatite herpética aguda é o primeiro sinal dessa doença, porque uma vez infectado o vírus se aloja no trigêmeo e fica latente para em um outro momento surgir novamente, causando a herpes secundária (herpes é caracterizada pelas vesículas bolhosas/ulcerações na região do lábio). Nos primeiros dias de infecção, a criança apresenta febre e mal-estar, depois surge umas vesículas – mucosa julgal, língua, gengiva. Essas vesículas c se rompem, e se tornam úlceras, assim a criança não consegue se alimentar por causa da dor. Tratamento: higienização adequada, prescrição de anti-térmicos e para úlceras pode-se prescrever um medicamento manipulado. Periodontite: Classificaçãodas periodontites: Periodontite agressiva: É uma infecção bacteriana dos tecidos, ligamentos e ossos específicos que envolvem e sustentam seus dentes, coletivamente conhecidos como periodonto. É a segunda fase da doença da gengival e ainda mais grave. Nela podemos observar bolsas periodontais e até perda óssea. Periodontite agressiva Periodontite como manifestação de doenças sistêmicas Doenças periodontais necrosanes Atinge crianças saudáveis com inflamação gengival grave; Faz uma destruição rápida do osso alveolar; Provoca mobilidade; Pode levar a perda do dente; Perda rápida e grave do osso alveolar, especialmente em molares. Tratamento: Raspagens, controle de placa, remoção de dentes sem suporte e antibioticoterapia Doenças periodontais necrosantes: Como prevenir? Orientações gerais de saúde; Eliminação de hábitos nocivos; Orientação de higiene bucal; Desmistificar a relação da baixa renda x falta de higiene x dieta inadequada. O que precisamos para o controle? Rara de acontecer em crianças. Pode ser tanto gengivite necrosante (GN), quanto a periodontite necrosante (PN). GN e PN: envolvimento das papilas interproximais e presença de uma pseudomembrana necrótica cobrindo o tecido marginal, inflamação, dor e sangramento gengival, inapetência, febre, mal-estar e hálito fétido. Como diferencia da gengivoestomatite herpética aguda de GN? Nas duas vai haver processo inflamatório, membrana pseudo amarelada, mas na GN há a membrana necrótica, diferenciando-a da gengivoestomatite herpética aguda. Tratamento: Soluções oxidantes, antibioticoterapia e bochechos com clorexidina. Métodos comportamentais: motivação Métodos químicos: Agente antissépticos Métodos mecânicos: Escovação correta+fio dnetal+higiene da língua. Exame periodontal e registro; Ficha de controle de placa; Diário alimentar.
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