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Resumo Pediatria 1: Puericultura e Aleitamento

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Resumo para prova
Pediatria
1. Puericultura
A puericultura tem como objetivo acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança
avaliando sempre o peso, altura, estatura e habilidades psicomotoras, sendo sempre anotadas no
cartão da criança.
A recomendação da frequência de consultas é:
- Mensal até o 6° mês
- Trimestral do 6° ao 12° mês
- Semestral de 12 a 24 meses
- Anual a partir do 3° ano de vida
Os menores de 1 ano devem ser acompanhadas com maior frequência devido a essa faixa etária ser
mais susceptível a intercorrências
Na primeira consulta, deve ser avaliado
- Queixas e intercorrências referidas pela mãe
- Condições gestacionais e perinatais
- Presença de risco ao nascer e risco evolutivo
- Verificar exames de triagem neonatal (testes)
- Alimentação (dificuldade e necessidade de intervenção)
- Interrogar o uso de medicamentos
- Higiene física
- Diurese e hábitos intestinais
- Higiene mental: condições emocionais e ambientais
- Situação vacinal
No exame físico, é importante avaliar
- Estado geral e fácies
- Medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico;
- Dados vitais: FC, FR, temperatura, PA
- Cabeça e pescoço: palpação de fontanelas e suturas, olhos, implantação da orelhas, otoscopia,
exame da orofaringe, palpar pescoço;
- Avaliar aparelho respiratório e cardiovascular
- Examinar abdômen e palpar rins
- Extremidades: avaliar pulsos braquiais e femorais, se há gânglios, avaliar perfusão e simetria
de pregas anteriores e posteriores nos membros inferiores;
- Avaliar genitália
- Testas desenvolvimento neuropsicomotor
- Realizar testes para avaliar reflexos primitivos
- Realizar as manobras de Ortolani e barlow (avaliar displasia de desenvolvimento do quadril)
Obs.: A manobra Ortolani reduz o quadril luxado
Obs2.: A manobra Barlow luxa o quadril instável
Desenvolvimento do bebê:
- Até o final do 3° mês: bebê sorri, sustenta a cabeça, leva as mãos à boca, fixa e acompanha
com o olhar objetos que lhe interessa e vira a cabeça para o som.
- Dos 3 aos 6 meses: Busca objetos com as mãos e tenta segurá-los, leva-os à boca, passa-os de
uma mão para outra. Virar-se sozinho. Rola na cama, senta com apoio, descobre os pés,
brinca com eles e leva-os à boca, acompanha os objetos com os olhos e localiza o som.
- 9 aos 12 meses: Balbucia monossílabos e inibe-se com o “não”, levanta-se e consegue ficar de
pé com apoio, posteriormente, já fica em pé sozinho, pode engatinhar e tentar dar os
primeiros passos. Acompanha com os olhos os objetos em qualquer postura, localiza o som
em qualquer direção. Adquire desde os 9 meses a preensão tipo pinça: segura objetos com os
3 dedos, usando o polegar.
- Dos 12 aos 36 meses: As experiências sociais adquiridas, controle dos esfíncteres, andar e
falar proporcionam maior autonomia.
2. Aleitamento e alojamento conjunto
Classificação do aleitamento materno
- Aleitamento materno exclusivo: Somente leite humano (mama ou ordenhado) sem outros
líquidos ou sólidos
- Aleitamento materno predominante: Além do leite materno, recebe água, chás e sucos
- Aleitamento materno complementado: Qualquer alimento sólido ou semissólido para
complementar
- Aleitamento misto ou parcial: LM + outros tipos de leite
Deve-se fazer aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade, após os 6 meses, o leite materno
complementado até os dois anos ou mais.
Após o parto, o leite se chama colostro, que é o leite que a criança precisa no início da vida. O
colostro protege o bebê contra muitas doenças.
O leite do início da mamada defende o bebê contra infecções e mata a sede, já o do final, engorda o
bebê.
Propriedades imunológicas do leite materno:
- Células (macrófagos, neutrófilos, linfocitos T e B)
- IgA secretora
- IgM e IgG
- Fator bífido (acidifica as fezes, impedindo a produção de enteropatógenos) - microbiota
- Lactoferrina (proteína bacteriostática)
- Lisozima (bactericida e anti-inflamatória)
- Lactoperoxidase
- Citocinas e quimiocinas
- Lipase
Técnicas de amamentação:
- Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, massagear e espremer a região da
aréola para retirar um pouco de leite.
- Deixar que o próprio bebê pegue o peito
- A gengiva do bebê deve cobrir toda a aréola da mãe
Caso o bebê pegue apenas o mamilo pode ocasionar dor, lesão no mamilo, ingurgitamento mamário
e abscesso mamário.
- Mãe em posição confortável e relaxada
- Posicionamento mãe/criança
- Cabeça e tronco alinhados
- Corpo da criança próximo ao corpo da mãe
- Lactente de frente para a mama, com o nariz em oposição ao mamilo
- Nádegas apoiadas se criança pequena
- Mais aréola visível acima da boca
- Boca bem aberta
- Lábio inferior virado para fora
- Queixo tocando a mama
A amamentação deve ser iniciada o mais breve possível após o parto. a OMS recomenda o contato
pele a pele na primeira hora de vida. Os primeiros dias após o parto são cruciais para o sucesso da
amamentação.
Sinais para saber se a criança está mamando o suficiente:
- Sua urina é abundante diariamente
- As mamas ficam vazias após cada amamentação
- Ganho constante de peso (deve pelo menos recuperar o seu peso de nascimento até o final da
segunda semana - média de 10 dias)
Quase todos os recém-nascidos perdem peso durante os primeiros dias após o nascimento, e com o
passar dos dias ele volta e o bebê vai ganhando peso novamente.
Porque os bebês devem mamar imediatamente após o nascimento?
A amamentação na primeira hora pós parto assegura que o bebê entre em contato com o colostro,
rico em fatores protetores contra as principais doenças infecciosas. Além disso, o contato pele a
pele da mãe com o bebê ao nascimento favorece o início precoce da amamentação e aumenta a
chance do aleitamento materno exclusivo ser bem sucedido nos primeiros seis meses de vida.
Para a mãe é importante pois através da produção do hormônio ocitocina, contrai o útero da mãe e
ajuda a eliminar a placenta, diminuindo uma das principais causas de morte materna que é a
hemorragia uterina pós-parto.
Contraindicação absoluta ao aleitamento materno:
- Mães portadoras de HIV;
- Que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos;
- Criança com galactosemia.
Interrupção temporária:
- Infecção herpética com lesões na mama
- Varicela materna com lesões 5 dias antes e dois
dias após o parto (criança receberá Ig humana
antivaricela zoster)
- Fase aguda da doença de chagas
- Tuberculose bacilífera não tratada
- Consumo de drogas
Quando não é possível realizar o aleitamento materno, deve-se utilizar substitutos, especialmente
no primeiro ano de vida, fase de crescimento acelerado, que exige aporte adequado de proteínas de
alto valor biológico e cálcio.
Obs.: o leite de vaca integral não é recomendado para crianças menores de 1 ano de idade.
Quando a criança não é amamentada, deve-se oferecer a fórmula infantil, pois ela é um produto
mais adequado ao organismo ainda imaturo da criança do que o leite da vaca integral.
Alimentação saúdavel:
Passo 1. dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer
outros alimento
Passo 2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos,
mantendo o leite materno até os dois anos de idade
Passo 3. Após os 6 meses, dar alimentos complementares, como cereais, tubérculos, carnes,
leguminosas, frutas e legumes, três vezes ao dia, se a criança receber leite materno e cinco vezes ao
dia se ela estiver desmamada.
Passo 4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários,
respeitando-se sempre a vontade da criança
Passo 5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher;
começar com consistência pastosa (papas/pures) e, gradativamente aumentar a consistência até
chegar à alimentação da família
Passo 6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, tambem,
uma alimentação colorida
Passo 7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeiçõesPasso 8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas nos primeiros anos de vida
Passo 9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o seu
armazenamento e conservação adequados
Passo 10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua
alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Porque frutas ao invés de sucos?
- Ao mastigar uma fruta, a criança exercita a musculatura da boca e do rosto e pode
sentir a textura da fruta
- Se o suco for coado, há redução das fibras da fruta que previnem a constipação
intestinal
- Pelo fato de os sucos serem, geralmente, adicionados de açúcar, seu consumo está
relacionado com o desenvolvimento de cárie e excesso de peso, entre outros problemas
de saúde
- O suco perto das refeições pode deixar a criança satisfeita, diminuindo o consumo de
outros alimentos
- Quando a criança se acostuma com suco para acabar com a sede, ela pode ter
dificuldade de beber água pura, o que aumenta a chance de ela apresentar excesso de
peso.
Vitaminas
- Administrar vit. K a todas as crianças no momento do nascimento, na dose de 1,0 mg por via
intramuscular
- Administrar vit. D a todos os lactentes da 1° semana até os 12 meses, na dose de 400 UI/dia e
após os 12 meses até os 24 dar a dose de 600 UI/dia. Independente de estar em aleitamento
materno exclusivo, fórmulas infantis ou leite de vaca
- Para recém nascidos pré-termo, recomenda-se suplementação profilática oral de vitamina D
(400 UI/dia), que deve ser iniciada quando o peso for superior a 1.500g e houver tolerância
plena à nutrição enteral
- Administrar vitamina A, na forma de megadoses, apenas para as crianças nas regiões de alta
prevalência de hipovitaminose A que tenha diagnóstico de hipovitaminose, a cada 4 a 6
meses, após realizar investigação alimentar de deficiência
- Administrar ferro elementar para todo lactente nascido a termo, após o 3° mês de vida na
dose de 1mg/kg/dia, até os dois anos de idade. Independentemente de ser em aleitamento
materno exclusivo, fórmulas infantis ou leite de vaca.
3. Alojamento conjunto e triagem neonatal
Vantagens:
- Favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho
- Propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido
- Favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e
proteção, de acordo com as necessidades da mulher do recém-nascido, respeitando as
características individuais
- Propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém nascido,
possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade
- Fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de
educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional
- Diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde
- Propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da
avaliação da mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados
Destina-se a:
- Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu
bebê
- Recém-nascido clinicamente estáveis, com boa vitalidade de sucção e controle térmico; peso
maior ou igual a 1800g e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas
- Recém-nascido com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia,
necessitando de fototerapia, malformações menores, investigação de infecções congênitas
sem acometimento clínico, com ou sem microcefalia
- recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse
neonatal após estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal
Porque ficar 48h?
- Primeiro exame físico do recém-nascido
- Amamentação
- Eliminação fisiológica e controle térmico adequado
- Triagens neonatais (testes)
- Reconhecimento de sinais de alerta: perda de peso acima do esperado, icterícia e
hipoglicemia
Sinais e sintomas da hipoglicemia no período neonatal?
- Irritabilidade, tremores
- Reflexo de moro exagerado
- Choro estridente
- Convulsões mioclonias
- Letargia, apatia, fraqueza, hipotonia
- Coma
- Cianose
- Apneia, irregularidade respiratória
- Taquipnéia
- Hipotermia, temperatura instável
- Instabilidade vasomotora
- Sucção débil, recusa alimentar
Triagens:
I. Teste do olhinho
Exame de inspeção e teste do reflexo vermelho da retina que consiste na identificação de agravos
que levam à opacificação do cristalino, com diagnóstico presuntivo de retinoblastoma, à catarata
congênita e outros transtornos oculares congênitos e hereditários.
II. Teste da orelhinha
Testes fisiológicos e eletrofisiológicos da audição como: emissão otoacústica evocada e potencial
evocado auditivo do tronco encefálico em recém-nascido e lactentes, visando identificar deficiências
auditivas.
III. Teste do coraçãozinho
Realizado entre os primeiros 24 á 48 horas de vida, antes da alta hospitalar, visando a detecção
oportuna de malformações cardíacas graves. É avaliado a partir da oximetria de pulso no membro
superior direito, se abaixo de 95% avaliar novamente após 1 hora se persistir após 3 aferições,
realizar eletrocardiograma.
IV. Teste da linguinha
Serve para diagnosticar e indicar o tratamento precoce de problemas no freio da língua de
recém-nascidos, que podem prejudicar a amamentação ou comprometer o ato de engolir, mastigar e
falar.
V. Teste do pezinho
Coleta e análise de amostras biológicas que tem como objetivo rastrear distúrbios congênitos e
hereditários: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras
hemoglobinopatias, fibrose císticas, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Hipotireoidismo congênito -> incapacidade da glândula tireóide do recém nascido em produzir
quantidades adequadas de hormônios tireoideanos, que resulta numa redução generalizada dos
processos metabólicos:
- Hipotonia muscular
- Dificuldade respiratória
- Cianose
- Icterícia prolongada
- Constipação
- Bradicardia
- Anemia
- Sonolência excessiva
- Livedo reticularis
- Choro rouco
- Hérnia umbilical
- Alargamento de fontanelas
- Mixedema
- Dificuldade na alimentação
- Deficiente crescimento pôndero-estatural
- Atraso na dentição
- Retardo na maturação óssea
- Atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
- Retardo mental
Fenilcetonúria
- Atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor
- Deficiência mental
- Agitação neuropsicomotora
- Comportamento “autista-like”
- Convulsões
Deficiência da biotinidase
- Crises convulsivas
- Hipotonia
- Microcefalia
- Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
- Alopécia
- Dermatite eczematoide
4. Imunizações
I. BCG
- protege contra formas graves de tuberculose
- dose única ao nascer
II. Hepatite B
- Vacinar crianças menores de 1 ano
- 1 dose da vacina monovalente ao nascer e três doses da vacina pentavalente
- Três doses para aqueles acima de 1 ano nunca vacinados
- 1° na primeira visita
- 2° dois meses após
- 3° quatro a seis meses após
Em caso de recém-nascido com mãe AgHBs administrar a vacina Hepatite B e a imunoglobulina
humana específica nas primeiras 12 horas do nascimento.
III. DTP/DTPa
- Protege contra di�eria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza B e hepatite B
- 3 doses
- Esquema: 2, 4, 6 meses (menores de 6 meses não devem ser vacinados com a terceira dose)
- Reforço aos 15 meses e aos 4 anos (somente a tríplice)
- Não se utiliza a DTP celular ou acelular a partir dos 7 anos de idade, apenas a dT ou a dTp
adulto
Contraindicações da DTP:
- Doenças neurológicas em evolução
- Convulsão nas primeiras 72h após a vacinação
- Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48h “”
- Encefalopatia aguda grade após 7 dias “”
- Histórico de choque anafilático
IV. dT/dTpa
V. Hib
- Realiza a proteção contra meningite, pneumonias e epiglotites e pouco contra OMAS e
sinusites
- 3 doses - 2, 4 e6 meses
- Em pessoas HIV+ fazer a 4° dose de pentavalente
- Aplicar em maiores de 5 anos quando a criança apresentar asplenia anatômica ou funcional;
imunodeficiência secundária ao uso de drogas imunossupressoras, quimio e Tx e HIV, def
IgG
VI. VIP/VOP - Contra a poliomielite
- VOP -> 2 meses até menores de 5 anos
- VIP -> 2-4-6 meses (com intervalo mínimo de 30 anos)
VII. Pneumocócica conjugada
VIII. Meningocócica conjugada
IX. Meningocócica B recombinante
X. Rotavírus
- 1° dose: 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias
- 2° dose: 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias
XI. Influenza
XII. Tríplice/tetra vital e SCRV
- SCR -> 2 doses, sendo a segunda junto a varicela - protege contra sarampo, caxumba e
rubéola
- Tríplice -> 2 doses até os 29 anos de idade
Esquema vacinal
- aos 12 meses tomar o SCR; aos 15 meses a tetra viral
Bloqueio vacinal- sarampo e rubéola - contato a partir dos 6 meses de vida
- Dose zero entre 6-11 meses
- 12 meses em diante: calendário
- Caxumba: seguir o calendário nacional
XIII. Hepatite A
XIV. Febre Amarela
XV. HPV
XVI. Dengue
Anemia fisiológica
Anemia é a concentração de hemoglobina abaixo dos valores esperados
- Inferior a -2 desvio padrão
- Insuficiente para atender as necessidades fisiológicas
Anemia fisiológica é decorrente do reajuste hematológico do início da vida
Feto - tem uma baixa tensão de oxigênio no sangue fetal, que estimula a produção elevada de
eritropoietina, fazendo com que tenha altos níveis de hemoglobina e hematócrito. Sendo assim, logo
que o bebe nasce ele é policistêmico (muita célula vermelha), eritroblástico e hipervolêmico.
Assim que o bebe nasce e respira ocorre um aumento da pressão arterial de oxigênio ocorrendo a
inibição da produção de eritropoietina fazendo com que as hemácias fetais tenham uma menor meia
vida, ocorrendo uma redução progressiva de hemoglobina e hematócrito, causando a anemia
fisiológica.
Quando a necessidade de oxigênio tecidual é maior que a fornecida pela hemoglobina circulante,
ocorre o aumento da produção da eritropoietina e estímulo da eritropoiese corrigindo a anemia
fisiológica.
No bebê a termo
- Ocorre o início da anemia fisiológica aos 7 dias de vida
- O ponto mais baixo da hemoglobina (nadir) entre 6 a 12 semanas de vida
- Hb 9,5 - 11g/dL
- Anemia fisiológica sempre é normocrômica e normocítica
- Não há prejuízo funcional
- Não há necessidade de tratamento
Deve ser incentivado o aleitamento materno exclusivo por 6 meses, garantindo assim que o bebê
terá um aporte de ferro adequado.
Quando o aleitamento não pode ser feito, deve ser dado fórmula láctea para garantir esse
aporte de ferro.
Prematuro
- Anemia é mais precoce e acentuada
- O ponto mais baixo da Hb (nadir) ocorre entre 3 a 6 semanas de vida
- Hb 7-8 g/dL
- Sempre normocrômica e normocítica
O prematuro tem uma menor reserva de ferro e uma menor massa eritrocitária, isso ocorre pois a
massa é proporcional a volemia e a volemia proporcional ao peso. Desta forma, um prematuro nasce
com um menor peso, tendo assim uma menor reserva de ferro (principalmente dentro das hemácias).
Além disso, ocorre também o clampeamento precoce do cordão umbilical, sendo associado a
menores taxas de ferro no pós natal.
Outro fator que contribui para a anemia fisiológica precoce é a espoliação para exames laboratoriais
que às vezes o prematuro necessita.
- Não há necessidade de tratamento
- Deve ser realizado a suplementação mais precoce de ferro
Prematuro com comorbidade
ex. Sepse, displasia broncopulmonar ou ganho de peso insuficiente
Pode ser necessário:
- Realizar a transfusão de concentrado de hemácias
- Reposição da eritropoietina
Anemia Ferropriva
A anemia pode ter diversos fatores, como por exemplo doenças hemolíticas crônicas, perdas
sanguíneas e até processos infecciosos.
Grupos de risco para anemia ferropriva:
- Lactentes
- Gestantes
- Adolescentes
Isso porque nessas idades ocorre um aumento das recomendações diárias de ferro e ao mesmo
tempo uma baixa/insuficiente ingestão de ferro.
Metabolismo do ferro
O ferro está presente em três locais do nosso corpo
- Em proteínas funcionais, sendo hemoglobina e mioglobina
- Proteínas de depósito - ferritina
- Proteínas de transporte - transferrina
A maior parte do ferro no nosso organismo vem de um sistema de reciclagem quando a hemácia
morre, porém, uma parte desse ferro vem a partir da dieta em dois estados oxidativos, sendo o ferro
heme (ferroso) e o ferro não heme (férrico)
Ferro heme
- Carnes e vísceras
- Absorvido diretamente no duodeno
Ferro não heme
- Em produtos de origem vegetal
- Menor biodisponibilidade -> só 2 a 10% do ferro não heme é absorvido
Quando está na presença de facilitadores como o ácido ascórbico (vit C) ele é melhor absorvido,
porém, quando ele está junto a inibidores, como fitatos, taninos, cálcio e fosfatos há uma menor
absorção.
Fatores de risco
1. Lactentes
- Aleitamento materno exclusivo por menos de 6 meses
- Introdução precoce do leite de vaca em menores de 1 ano
- Dieta pobre em ferro
- Ausência de suplementação de ferro
Sintomas na deficiência de ferro
- Astenia
- Dor em MMII
- Unhas quebradiças e rugosas
- Estomatite angular
- Perversão do apetite (PICA)
- Redução de atenção
- Distúrbios de conduta e percepção
- Prejuízo de aprendizagem
Quadro clínico da anemia
- Apatia
- Irritabilidade
- Palidez palmar e de mucosas
- Sopro cardíaco
- Taquicardia
- Redução da tolerância aos exercícios
Para realizar o diagnóstico da anemia ferropriva é necessário exames complementares:
- Avaliar estoque de ferro: Dosagem de ferritina
- Avaliar deficiência de ferro: Ferro sérico, saturação de transferrina e capacidade total de
ligação de transferrina
- Avaliar anemia: Hemoglobina e hematócrito
Depleção dos estoques de ferro
- Ferritina abaixo de 12 em crianças abaixo de 5 anos, e abaixo de 15 em crianças entre 5 a 12
anos
Obs.: A ferritina também é uma proteína de fase aguda, podendo estar elevada em um processo
infeccioso
Deficiência de ferro
- Ferro sérico abaixo de 30 mg/dL
- Saturação de transferrina abaixo de 16%
- Capacidade total de ligação de transferrina acima de 250-390 (mostrando que ela está livre e
sem ferro)
Diagnóstico laboratorial da anemia:
Diagnóstico laboratorial da anemia ferropriva
- Microcítica: VCM reduzido
- Hipocrômica: HCM e CHCM reduzidos
- Anisocitose: RDW elevado
- Reticulopenia
- Leucopenia
- Trombocitose (não ocorre em 100% dos casos)
Tratamento da anemia ferropriva
- Orientações nutricionais
Comer mais ferro Heme e diminuir a ingesta de leite de vaca
- Reposição de ferro
Por via oral com doses de 3-5 mg/kg/dia por no mínimo 8 semanas
Pode ser utilizado sais de ferro 1h antes da refeição (efeitos adversos) ou então sais férricos e
aminoquelatos (menor interferência e efeitos adversos)
O monitoramento do tratamento deve ser realizado através dos reticulócitos e hemograma a cada 30
a 60 dias e o perfil de ferro e ferritina a cada 30 a 90 dias.
- A melhora dos reticulócitos já é observada entre os 3-4 primeiros dias de tratamento
- Hemoglobina melhora após cerca de 30 dias
- Ferritina melhora após 60 a 90 dias
Síndrome nefrítica e síndrome nefrótica
Filtração glomerular -> permeabilidade seletiva -> é uma barreira de filtração que determina a
composição do filtrado glomerular através da sua permeabilidade seletiva.
Para realizar a pesquisa da função renal:
- Anamnese dirigida: como está a urina (cor, quantidade, pH)
- Laboratoriais: Ureia, creatinina, sódio, urina I
Quando há infecção, a urina I apresenta leucócitos, hemácias, nível de proteína
(sedimentação/concentração) alteradas, albumina.

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