Buscar

Parada Cardiorrespiratória

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Júlia Figueirêdo – EMERGÊNCIAS 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: 
Num contexto de parada 
cardiorrespiratória (PCR), a sequência 
inicial de avaliação apresenta importância 
imensurável, seja no suporte básico (SBV) 
ou avançado (SAV). 
 
 
 
 
Assim, é possível descrever a “via comum” 
de resposta à PCR por meio das seguintes 
etapas: 
 Avaliação da segurança do local: o 
socorrista deve considerar quaisquer 
promotores de risco a si mesmo ou ao 
paciente; 
 Checar a responsividade: deve ser 
realizada de forma tátil e verbal; 
 Chamar por ajuda: contempla o 
acionamento da equipe de parada 
(num hospital) ou dos serviços de 
emergência (ambientes externos), 
solicitando, nesse último caso, o envio do 
desfibrilador externo automático 
(DEA); 
 Checar pulso e respiração: realizada 
em 5 a 10 segundos, com análise 
simultânea de pulsos centrais 
(carotídeo, femoral, braquial) e de 
movimentos respiratórios; 
 Iniciar a sequência C-A-B: em quase 
todas as situações, o manejo da 
disfunção circulatória deve ser feito 
com prioridade em relação à 
estabilização ventilatória, EXCETO em 
casos de hipóxia evidente. 
 
Elos para o manejo da PCR dentro e fora de 
hospitais 
É ideal que as compressões sejam 
realizadas na metade inferior do esterno, 
com frequência de 100 a 120 bpm, 
atendendo profundidade média de 5 a 6 cm 
e permitindo o retorno completo do tórax, 
com o menor número de interrupções. 
Atualmente, a recomendação é que os 
socorristas alternem a cada 2 
minutos (1 ciclo de 
compressão/ventilação), de forma a 
evitar o cansaço e minimizar erros de 
execução. 
 
Posicionamento adequado na realização de 
compressões 
No que se refere à manutenção de vias 
aéreas, as principais manobras 
desempenhadas são a chin lift, com 
elevação do queixo, e a jaw thrust, mais 
indicada em caso de suspeita de trauma 
medular, na qual há apenas tração 
mandibular. 
Destaca-se que a principal diferença entre o 
SBV e o SAV é a disponibilidade de 
desfibrilador e de drogas, aumentando o 
leque de intervenções possíveis durante a 
PCR. 
 
Júlia Figueirêdo – EMERGÊNCIAS 
 
 
Estratégias para abertura de vias aéreas 
As ventilações devem ser feitas em 
esquema 30:2, evitando ao máximo a 
hiperventilação (aumenta risco de 
broncoaspiração e reduz o retorno venoso). 
Na parada respiratória (presença de 
pulso, sem respiração), a frequência 
deve ser de 1 ventilação a cada 6 
segundos. 
 
 
 
 
Quanto às características dos ritmos de 
parada chocáveis (mais comuns em 
ambiente extra-hospitalar), podem ser 
elencadas: 
 Taquicardia ventricular (TV): apresenta 
complexo QRS alargado, com 
identificação possível em suas 
manifestações mono ou polimórficas. 
Deve ser abordada com cardioversão 
(sincronização do choque ao complexo 
QRS), com carga de 120 a 200J. 
 Fibrilação ventricular (FV): mais letal e 
comum no meio intra-hospitalar, é um 
ritmo desorganizado, não sendo 
possível identificar pontos de referência 
ao ECG (ausência de QRS). 
Assim, o tratamento se dá com o uso de 
desfibrilação, em dose de 306 J. 
 
Traçado eletrocardiográfico dos ritmos chocáveis 
Como principais classes medicamentosas 
utilizadas no manejo da PCR, destacam-se: 
 Fármacos vasopressores: 
exemplificados pela adrenalina (1 mg IV 
a cada 3 a 5 minutos), atuam por meio da 
vasoconstricção periférica, que 
estimula o desvio de fluxo para áreas 
vitais; 
 
 
 
 Fármacos antiarrítmicos: apresentam a 
amiodarona (300 mg IV) e a lidocaína 
(1ª dose de 1-1,5 mg/kg seguida por 0,75 
mg/kg depois de 5-10 min) como 
representantes, visando aumentar o 
retorno da circulação espontânea. 
Podem ser iniciadas após o 3º choque. 
Ressalta-se que a amiodarona só 
pode ser repetida uma vez, em dose 
de 150 mg com intervalo de 3 a 5 min. 
 
 
 
 
 
O socorrista pode, caso não tenha algum 
dispositivo de barreira, realizar apenas 
compressões torácicas, evitando 
contaminação por doenças 
infectocontagiosas 
Uma contraindicação ao uso da 
amiodarona é a presença de Torsades de 
Pointes ao ECG, que deve ser manejada 
com sulfato de magnésío 
Na abordagem a ritmos chocáveis, a 
adrenalina é iniciada apenas após o 2º 
choque 
Júlia Figueirêdo – EMERGÊNCIAS 
 
Recomendações para o uso de drogas 
vasopressoras e antiarrítmicas no SAV 
As drogas utilizadas no SAV devem ser 
administradas preferencialmente por 
acesso venoso periférico. Após a 
administração do medicamento, deve ser 
realizada infusão de 20 ml de solução 
salina e elevação do braço, para acelerar a 
chegada à circulação central. 
 
 
 
 
No que se refere aos ritmos não chocáveis 
(presentes principalmente na PCR intra-
hospitalar), destacam-se os seguintes 
pontos: 
 Atividade elétrica sem pulso (AESP): é 
a representação de qualquer 
movimentação ao ECG, porém que não 
impacta em contrações cardíacas 
efetivas (ausência de pulso central); 
 Assistolia: deve ser definida apenas 
depois de checar cabos, ganho e 
derivações da máquina, comprovando a 
total inexistência de contrações. 
 
Representação dos ritmos não chocáveis numa PCR 
Para essas duas apresentações de parada, 
o único medicamento utilizado é a 
adrenalina (mesma dose já mencionada), a 
ser iniciada o mais rápido possível. 
CAUSAS PARA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: 
Mesmo com a reversão da parada 
cardiorrespiratória, a identificação de sua 
etiologia é fundamental, visto que o 
tratamento adequado pode evitar outros 
episódios. 
Assim, as principais origens da PCR, 
descritas como “5 Hs e 5 Ts”, e suas 
respectivas intervenções são descritas por: 
 Hipóxia: deve ser abordada com 
intubação endotraqueal, monitorada 
por ausculta ou análise do capnógrafo; 
 Hipovolemia: conduta baseada em 
reposição volêmica; 
 H+ (acidose): manejo com bicarbonato 
de sódio; 
 Hipo ou hipercalemia: fazer infusão 
lenta de KCl ou de bicarbonato de 
sódio/gluconato de cálcio, 
respectivamente; 
 Hipotermia: necessário elevar a 
temperatura do paciente por meio da 
infusão de fluidos aquecidos; 
 Tensão no tórax (pneumotórax): 
realização de punção de alívio (linha 
axilar anterior, no 5º EIC); 
 Tamponamento: necessita de uma 
punção pericárdica de alívio, 
idealmente guiada por USG ou ECO; 
 Trombose coronária ou pulmonar: 
caso haja suspeita forte ou 
confirmação prévia, promover 
trombólise; 
 Tóxicos: realizar a infusão do antídoto, 
sempre que houver. 
 
Na impossibilidade de puncionar acessos, 
alguns fármacos podem ser administrados 
pelo tubo endotraqueal, como atropina, 
naloxona, epinefrina e lidocaína, porém sua 
absorção é errática 
Júlia Figueirêdo – EMERGÊNCIAS 
 
Algoritmo para o suporte avançado de vida, com base no tipo de ritmo de aparada 
 
 
 
Júlia Figueirêdo – EMERGÊNCIAS 
 
CUIDADOS PÓS-PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: 
A injúria de reperfusão é uma complicação 
bastante frequente em pacientes que 
sofreram uma PCR, na qual há aumento de 
radicais livres devido ao súbito aumento no 
suprimento de O2. 
Esse quadro induz o surgimento de 
lesões teciduais, mas também pode 
implicar em instabilidade 
hemodinâmica progressiva, 
justificando a manutenção dos 
pacientes em UTI. 
Dessa forma, os cuidados fundamentais 
que devem ser implementados no período de 
recuperação são: 
 Arteriografia coronária: é indicada, em 
caráter emergencial, para todos os 
pacientes que tenham PCR associada a 
etiologias cardíacas, choque 
cardiogênico ou supra de ST; 
 Controle direcionado de temperatura: 
aplicado a pacientes comatosos, visa 
manter a temperatura corporal entre 32 
e 36ºC por pelo menos 24 horas; 
 Correção da hipotensão: a pressão 
sistólica deve ser mantida > 90 mmHg, 
esperando-se PAM > 65 mmHg; 
Evitar hiperóxia e hiperventilação: 
a saturação-alvo é > 92%, e a 
PaCO2 esperada, de 35 a 45 mmHg. 
 
Fluxograma de cuidados implementados após a PCR

Continue navegando