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Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital Autor: Fábio Dutra Aula 12 29 de Março de 2021 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 1 122 AULA: GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Sumário OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA ......................................................................................................................... 3 1 – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................... 4 1.1 – Garantias do crédito tributário ............................................................................................................. 4 1.2 – Universalidade da cobrança do crédito tributário ................................................................................ 6 1.3 – Presunção de fraude à execução fiscal................................................................................................. 7 1.4 – Indisponibilidade de Bens na Execução Fiscal ....................................................................................... 9 1.5 – Prova de quitação dos tributos ........................................................................................................... 12 1.6 – Os privilégios ou preferências do crédito tributário ........................................................................... 13 1.6.1 – Regras relativas aos processos de falência .................................................................................. 14 1.6.2 – Autonomia da execução fiscal ...................................................................................................... 18 1.6.3 – O crédito tributário nos processos de inventário e arrolamento e na liquidação judicial ou voluntária .................................................................................................................................................. 19 1.6.4 – Concurso de preferência entre as Fazendas Públicas .................................................................. 20 2 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................................................................................... 25 2.1 - Fiscalização .......................................................................................................................................... 25 2.1.1 – Poderes das autoridades administrativas..................................................................................... 25 2.1.2 – Deveres das autoridades administrativas ..................................................................................... 30 2.1.2.1 – Termo de Início de Fiscalização ................................................................................................. 30 2.1.2.2 – O dever de sigilo por parte da autoridade administrativa ...................................................... 31 2.2 – Dívida Ativa ......................................................................................................................................... 37 2.3 – Certidões Negativas ............................................................................................................................ 41 2.3.1 – Dispensa da apresentação de certidão negativa ........................................................................ 43 2.3.2 – Responsabilidade por expedição de certidão com erro .............................................................. 44 3 – CTN - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .......................................................................................... 50 4 - QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS ......................................................................................... 52 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário ............................................................................................... 52 Administração Tributária ............................................................................................................................... 68 Disposições Finais e Transitórias .................................................................................................................... 92 5 – LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES ............................................................................................... 93 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário ............................................................................................... 93 Administração Tributária ............................................................................................................................. 101 Disposições Finais e Transitórias .................................................................................................................. 114 6 - GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES ..................................................................................... 115 7 – RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES ..................................................................................... 116 Garantias do Crédito Tributário ................................................................................................................. 116 Privilégios ou Preferências do Crédito Tributário ....................................................................................... 118 Administração Tributária ............................................................................................................................. 120 Fiscalização ............................................................................................................................................. 120 Dívida Ativa ............................................................................................................................................ 121 Certidões Negativas ............................................................................................................................... 122 Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 2 122 Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 3 122 OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA Olá, amigas e amigos concurseiros! Tudo bem? Estamos novamente aqui, trazendo o melhor conteúdo de Direito Tributário, pois o nosso maior objetivo é a sua aprovação! Na aula de hoje, vamos estudar as garantias e os privilégios do crédito tributário e, mais à frente, estudaremos o tema “Administração Tributária”. Também incluí, ao final da aula, uma breve abordagem sobre os dispositivos finais do CTN! O que acha de um minuto de reflexão antes de darmos mais um passo rumo à sua aprovação? Segue a frase de hoje: "Nunca é tarde para ser o que você poderia ter sido" George Eliot, Escritora Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 4 122 1 – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A partir do art. 183, o CTN cuida das garantias e dos privilégios relativos ao crédito tributário. Mas o que vem a ser garantia e privilégio, em se tratando de crédito tributário? As garantias dizem respeito aos mecanismos criados pelo legislador para facilitar a cobrança do crédito tributário. Os privilégios ou preferências têm como objetivo conferir ao crédito tributário prioridade de pagamento em relação às demais dívida que o devedor possa ter. De acordo com o ilustre professor Paulo de Barros Carvalho, Por garantias devemos entender os meios jurídicos assecuratórios que cercam o direitosubjetivo do Estado de receber a prestação do tributo. E por privilégios, a posição de superioridade de que desfruta o crédito tributário, com relação aos demais (...)” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 25ª Edição. 2013. Pág. 511) Observação: Há créditos que preferem ao crédito tributário. Isso será visto em tópico específico desta aula. Garantias → facilitação da cobrança Privilégios → prioridade de pagamento em relação aos demais créditos 1.1 – Garantias do crédito tributário O CTN previu, em seu art. 183, que as garantias do crédito tributário não são taxativas. Ou seja, leis ordinárias podem vir a prever expressamente outras garantias ao crédito tributário, conforme dispõe o dispositivo: Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 5 122 Para sua prova, guarde o seguinte: Taxativo = Exaustivo = Numerus Clausus Exemplificativo = Numeros Apertus Assim, embora o CTN já tenha previsto algumas garantias ao crédito tributário, nada impede que outras leis venham prever outras. Isso pode ocorrer em função das características de cada tributo. Há tributos cujas características intrínsecas oferecem maior risco de não recebimento ao ente tributante. Sendo assim, cada ente federativo pode criar leis com o objetivo de assegurar o recebimento do tributo devido pelo sujeito passivo. Por exemplo, quando determinados bens entram em regime de admissão temporária (ingresso temporário de bens no território nacional, que retornarão ao país de origem) pode ser exigido do contribuinte uma garantia de que, se o bem não retornar ao país de origem, haverá o pagamento do imposto de importação. Portanto, o importador pode ter que realizar depósito em dinheiro, entre outras garantias previstas na legislação aduaneira, para garantir o pagamento do tributo. Trata-se, pois, de uma garantia prevista expressamente em lei para assegurar o recebimento do crédito tributário. Observação: Tome cuidado com a palavra “expressamente”. O examinador pode armar uma pegadinha, afirmando que outras garantias podem ser implicitamente previstas em lei, o que não é verdade. Contudo, as garantias atribuídas ao crédito tributário não têm o condão de alterar a natureza do crédito tributário, muito menos da obrigação tributária a ele relativa. É isso o que dispõe o par. único do art. 183, do CTN. A título de exemplo, a União pode exigir o oferecimento de uma garantia real, como condição para fruição de determinado benefício fiscal. Assim, se o contribuinte agir em desacordo com a legislação que regula o benefício, podem lhe ser exigidos os tributos devidos, que foram garantidos pela constituição de uma hipoteca. Observação: Garantias reais são aquelas que asseguram o cumprimento de uma obrigação por meio de bens móveis e imóveis. No caso da hipoteca, trata-se de uma garantia real de bem imóvel. Ou seja, o devedor continua tendo a posse e propriedade do bem imóvel, mas, Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 6 122 em caso de inadimplência, o credor pode executar a hipoteca do imóvel como pagamento da dívida. Pois bem, a hipoteca, por óbvio, não é um crédito tributário, mas sim um crédito hipotecário. Isso não significa que, se o crédito tributário tiver sido garantido por uma hipoteca, se transformará em crédito hipotecário. O mesmo se pode dizer em relação à obrigação tributária correspondente. 1.2 – Universalidade da cobrança do crédito tributário O art. 184 do CTN estabelece o seguinte: Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. O dispositivo em análise teve por objetivo favorecer o Fisco, em relação aos bens e rendas sujeitos à penhora, em caso de inadimplemento. Assim, respondem pelo pagamento do crédito tributário todos os bens e rendas do sujeito passivo, espólio ou massa falida. Nessa linha, se o sujeito passivo possui um imóvel urbano, com dívidas de IPTU que superem o valor do respectivo imóvel (embora seja de difícil aplicação prática, serve-nos como exemplo), pode ter de cumprir a obrigação com outros bens que possua. Por isso é que se diz que a responsabilidade é pessoal, respondendo pela dívida a totalidade dos bens do devedor. Portanto, ainda que os bens tenham sido gravados por ônus real (hipoteca, por exemplo), ou tenham sido declarados impenhoráveis ou inalienáveis, por ato de vontade do particular, respondem pelo crédito tributário. Ou seja, até mesmo aqueles bens que não podem ser objeto de cobrança de créditos de outra natureza, ficam submetidos à cobrança do crédito tributário. A exceção diz respeito aos bens e rendas declarados pela lei como absolutamente impenhoráveis. Sendo assim, os bens voluntariamente declarados como impenhoráveis continuam sujeitos ao crédito tributário. Em outros termos, o que restringe o acesso do fisco a determinados bens é a disposição legal no sentido da impenhorabilidade. Observação: Os bens impenhoráveis foram previstos no art. 833, do NCPC. Cabe destacar que até mesmo o bem de família é penhorável para a cobrança de tributos, desde que relativos ao próprio bem imóvel familiar (Lei 8.009/1990, art. 3º, IV). Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 7 122 Bens e rendas absolutamente impenhoráveis por disposição legal → Não respondem pelo crédito tributário. Bens e rendas declarados impenhoráveis por ato voluntário → Respondem pelo crédito tributário. Além dos bens e rendas declarados pela lei como absolutamente impenhoráveis, o art. 184, na sua parte inicial, afirma também que a lei pode determinar privilégios especiais sobre determinados bens. Dessa forma, com o advento da LC 118/05, foi incluído o art. 186, par. único, I, o qual estabelece que o crédito tributário não prefere (não tem preferência) sobre os créditos com garantia real, nos processos de falência. Isso será entendido por completo, quando estudarmos os privilégios do crédito tributário. Por ora, o que deve ser entendido é que, em processo de falência, os créditos gravados por garantia real gozam de prioridade em relação ao crédito tributário. Portanto, por serem utilizados como meio de pagamento aos com prioridade, os imóveis hipotecados (garantia real), por exemplo, nem sempre respondem pelas dívidas tributárias, pois podem ser entregues aos respectivos credores antes que se proceda ao pagamento do crédito tributário. 1.3 – Presunção de fraude à execução fiscal Com o intuito de fornecer maior proteção e garantia ao crédito tributário, o legislador do CTN estabeleceu um momento a partir do qual se considera fraude à execução fiscal a alienação de bens pelo devedor, quando este não mantiver outros bens suficientes para a quitação da obrigação tributária. Vejamos o que diz o art. 185 do CTN: Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivoem débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Não respondem pelo pagamento do crédito tributário Bens e rendas absolutamente impenhoráveis pela lei Bens gravados por garantia real, nos processos de falência Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 8 122 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Observação: Para o ajuizamento de uma ação de execução fiscal, é necessário que o crédito tributário tenha sido inscrito em dívida ativa. Trata-se de tema que ainda será estudado nesta aula. Com base no que foi visto no art. 185, o momento estabelecido pelo legislador como marco para a presunção de fraude à execução é o da inscrição do crédito tributário em dívida ativa. A inscrição em dívida ativa ocorre quando não há pagamento do crédito tributário dentro do prazo de vencimento. Portanto, ocorre em momento posterior ao do lançamento e, consequentemente, do fato gerador. Destaque-se que a presunção prevista no caput do art. 185 é puramente objetiva, ou seja, não se considera a intenção do devedor, mas unicamente a sua atuação no sentido de alienar seus bens sem deixar saldo suficiente para pagamento de crédito inscrito em dívida ativa. Em decorrência do exposto, também não se admite prova em contrário pelo sujeito passivo. Ou seja, constatada a situação prevista em lei, há presunção absoluta de alienação fraudulenta. Assim entende a doutrina dominante. Entenda-se como momento de inscrição em dívida ativa aquele em que o sujeito passivo tiver sido comunicado formalmente a respeito da inscrição. Sendo assim, podemos afirmar que, antes da inscrição do crédito em dívida ativa, o devedor pode dispor de seus bens, sem que fique configurado qualquer ato lesivo ao Fisco. Aliás, conforme mencionado acima, ainda que tenha alienado os bens após a inscrição em dívida ativa, se o devedor tiver reservado bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita, não há que se falar em alienação fraudulenta (CTN, art. 185, par. único). Em síntese, pode-se dizer que, para que fique presumida a alienação fraudulenta, é necessário que ocorram cumulativamente as seguintes situações: • Crédito tributário inscrito em dívida ativa (após comunicação oficial); • Alienação de bens ou seu começo; • Não houver reserva de bens ou rendas para quitar o crédito inscrito. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 9 122 Observação: Tudo o que foi explicado neste tópico também se aplica à “oneração de bens”. Ou seja, quando o devedor oferece bens como garantia de outro crédito (constitui uma hipoteca, por exemplo), após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, e não reserva bens e rendas suficientes para quitação do crédito inscrito, a oneração também é considerada fraudulenta! 1.4 – Indisponibilidade de Bens na Execução Fiscal No tópico anterior, nós falamos da alienação fraudulenta, que é aquela realizada após a inscrição do crédito em dívida ativa. Veja que, para ser considerada fraudulenta, não é necessário que o devedor já tenha sido executado, bastando a inscrição em dívida ativa. Correto? Neste momento, porém, analisaremos o art. 185-A, uma garantia do crédito tributário incluída na redação do CTN pela LC 118/05 e referente ao crédito já em execução fiscal, isto é, já encerrada a fase de inscrição em dívida ativa e já em curso de cobrança judicial. Para entendermos com clareza o que será exposto a seguir, faremos, antes, uma breve exposição sobre o processo de execução fiscal. O processo de execução fiscal nunca se inicia de ofício, sendo sempre desencadeado por uma petição inicial, formulada pelo autor da ação que, no nosso caso específico, é a Fazenda Pública. Esta petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa. Presunção de fraude à execução fiscal Alienação ou oneração de bens ou rendas Crédito tributário inscrito em dívida ativa Não se aplica: Devedor reservou recursos para pagamento TOTAL da dívida inscrita Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 10 122 Admitida a ação proposta pela Fazenda Pública, o despacho do juiz ordenará a citação do executado (sujeito passivo) para que este, no prazo de 05 dias, pague a dívida ou garanta a execução (efetuar depósito em dinheiro, oferecer fiança bancária, nomear bens à penhora, etc.) Assim, veja que o devedor tem a opção de ele mesmo indicar os bens que ele prefere que sejam penhorados. Contudo, se não ocorrer o pagamento da dívida nem a garantia da execução, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Ocorrendo essa situação (omissão do executado), a Fazenda Pública poderia realizar diligências na busca de bens a serem penhorados, que seriam demonstradas diante do seguinte: I - pedido de acionamento do Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado e II - expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN. Observação: Acionamento do Bacen Jud → Trata-se da denominada penhora on-line, medida prevista no art. 854, do NCPC: “para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.” Expedição de ofícios (registros públicos e DENATRAN ou DETRAN) → Trata-se de um meio para verificar se existem bens móveis ou automóveis em nome do devedor, para que sejam indicados à penhora. Diante de todo o exposto, mostrando-se infrutíferas tais medidas, isto é, não tendo sido localizados os bens penhoráveis, o juiz poderá determinar a indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo, medida prevista no art. 185-A, do CTN: Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Veja que, para que o juiz determine a indisponibilidade dos bens e direitos do executado, são necessários três requisitos: Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 11 122 1) devedor (executado) devidamente citado; 2) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora; 3) exaurimento de diligências na busca pelos bens penhoráveis; Requisitos para indisponibilidade dos bens e direitos do executado: -Não pagou; -Não apresentou bens à penhora no prazo legal;-Não foram encontrados bens penhoráveis. Essas diligências na busca pelos bens penhorados, a que me refiro neste momento, são exatamente aquelas já citadas acima, e encontram amparo na jurisprudência do STJ, sumulada nos seguintes termos: Súmula STJ 560 - A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran. Veja que se trata de uma medida extrema, havendo certos requisitos a serem cumpridos, para que se torne cabível. Exatamente por esse motivo, o legislador traçou algumas limitações ao juiz da execução: • a indisponibilidade limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite; (CTN, art. 185-A, § 1º) • os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (CTN, art. 185-A, § 2º) Uma observação importante é que, como o juiz determina a indisponibilidade dos bens ou direitos no valor da dívida ou até o esgotamento dos recursos e, considerando que são vários órgãos que recebem a ordem judicial, a medida pode resultar no bloqueio de valores muito superiores ao da dívida, cabendo ao juiz, então, proceder ao desbloqueio do valor excedente. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 12 122 1.5 – Prova de quitação dos tributos O legislador determinou que, para a prática de certos atos jurídicos, é necessário haver a prova de quitação dos tributos. Isso é feito por meio da certidão negativa, tema a ser visto adiante, mas que, por ora, é bom saber que se trata de documento capaz de comprovar a inexistência de débitos em nome do sujeito passivo. A prova de quitação dos tributos não deixa de ser uma garantia do crédito tributário, tendo em vista que se impõe o pagamento dos tributos como condição para os atos que serão descritos a seguir. Parte da doutrina considera que, ao exigir a prova de quitação dos tributos, concede-se ao crédito tributário um sistema adicional de garantias, pois são meios de assegurar indiretamente o recebimento dos tributos. Em primeiro lugar, o art. 191 do CTN determinou que, para se obter a declaração judicial da extinção das obrigações do falido, ao final do processo de falência deve ser comprovada a quitação de todos os tributos devidos. A redação do art. 191 antes da LC 118/05 exigia apenas prova da quitação de todos os tributos relativos à atividade mercantil do falido. Cuidado! Atualmente, exige-se a quitação se todos os tributos devidos! Além disso, de acordo com o art. 191-A, a concessão da recuperação judicial também está condicionada à comprovação da quitação de todos os tributos, observados os arts. 151, 205 e 206 do CTN. O art. 151, como já estudamos, refere-se à suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Estudaremos mais à frente que, quando um crédito tributário está com sua exigibilidade suspensa, é possível a emissão da certidão positiva com efeitos de negativa (art. 206). Ou seja, embora exista a dívida, os efeitos da certidão positiva são os mesmos da certidão negativa, podendo ser utilizada para a concessão da recuperação judicial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 13 122 Já o art. 192 do CTN, ao tratar dos processos de inventário ou arrolamento, estabelece que nenhuma sentença de partilha (vários herdeiros) ou adjudicação (único herdeiro) será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. Por último, o art. 193 do CTN proíbe que os departamentos da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ou suas autarquias, celebrem contrato ou aceitem proposta em licitação pública, sem que o contratante ou proponente faça prova de quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. O que se pode interpretar da redação do dispositivo? Ora, o contratante ou proponente só precisa demonstrar quitação dos tributos relativos ao ente federativo com o qual está celebrando o contrato. Vamos ver um exemplo? Se determinada pessoa deseja celebrar um contrato de prestação de serviços de guincho com o Município de São Paulo, deve comprovar apenas a quitação de ISS, relativo ao Município de São Paulo. Não é necessário comprovar, pois, a quitação de tributos estaduais. Observação: Esse raciocínio é o que deve ser levado para a prova de Direito Tributário. Contudo, devemos deixar claro que existem outras restrições mais severas, que fazem com que o contribuinte tenha que acabar comprovando a quitação de todos os tributos devidos. É o caso da Lei 8.666/93 (Lei das Licitações). Em suma, são as seguintes situações que exigem do sujeito passivo a apresentação de certidão negativa, comprovando a quitação de tributos: • Declaração judicial da extinção das obrigações do devedor falido (CTN, art. 191); • Concessão de recuperação judicial (CTN, art. 191-A); • Prolação de sentença judicial de partilha ou adjudicação (CTN, art. 192)*; • Participação em contrato ou licitação da Administração Pública (CTN, art. 193)**; Observação: * - Todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. ** - Todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. 1.6 – Os privilégios ou preferências do crédito tributário Os privilégios ou preferências dos créditos se aplicam diante da pluralidade de credores como nos processos de falência, recuperação judicial ou inventário, por exemplo. O objetivo é estabelecer uma relação hierárquica entre as classes de créditos que serão pagas em primeiro lugar, em segundo e assim sucessivamente. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 14 122 Observação: Somente se passa para a segunda classe de créditos após se esgotarem aqueles créditos que pertencem à primeira classe, conforme estabelecido pela lei. No que se refere aos privilégios do crédito tributário, o caput art. 186 do CTN estabelece o seguinte: Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Veja, então, que o crédito tributário tem preferência quase que absoluta sobre os demais, não prevalecendo apenas sobre os créditos decorrentes da legislação do trabalho e de acidente de trabalho. Nesse sentido, primeiramente são pagos os créditos trabalhistas e acidentários. Logo em seguida, procede- se ao pagamento dos créditos tributários. Posteriormente, se ainda houver saldo remanescente, as demais classes legais são pagas. Deve-se ter em mente que o caput art. 186 se refere aos privilégios do crédito tributário nos processos em geral. No parágrafo único, o legislador estipulou regras especiais para o crédito tributário nos processos de falência. Vamos ver quais são elas? 1.6.1 – Regras relativas aos processos de falência De início, faz-se necessário transcrever as palavras do par. único do art. 186, do CTN: Art. 186 - (...):Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Em primeiro lugar, saiba que, mesmo nos processos de falência, os créditos trabalhistas e acidentários precedem ao crédito tributário. Além dessa prioridade, outras foram incluídas pelo par. único do art. 186. Assim, pode-se dizer que o crédito tributário perdeu espaço na preferência entre os demais nos processos de falência. Ou seja, além da preferência dos créditos trabalhistas e acidentários, precedem ao crédito tributário os créditos extraconcursais, as importâncias passíveis de restituição e os créditos com garantia real (exemplo: penhor e hipoteca). Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 15 122 Quando não se tratar de processo de falência, os créditos com garantia real não possuem prioridade sobre o crédito tributário. De acordo com o art. 188, do CTN, são créditos extraconcursais aqueles cujos fatos geradores ocorrem após a decretação da falência, como fruto da administração da massa falida. Podem ser de várias espécies, inclusive tributária (quando os fatos geradores ocorrerem após a decretação falência), ou trabalhista (quando os serviços tiverem sido prestados após a decretação da falência). Senão, vejamos: Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Portanto, podemos dizer que os créditos tributários extraconcursais preferem aos créditos tributários não extraconcursais, cujos fatos geradores tenham ocorrido antes da falência. Quanto a este ponto, porém, é importante destacarmos que a Lei das Falências (Lei 11.101/2005) definiu em seu art. 84 outros créditos também como extraconcursais. Vamos verificar quais são eles? I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; II – quantias fornecidas à massa pelos credores; III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência; IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida; V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência. Veja que o art. 188 do CTN se refere aos créditos tributários extraconcursais, os quais também foram referenciados na Lei das Falências (inciso V, do art. 84). Contudo, como observamos, os créditos extraconcursais não se resumem a créditos tributários, podendo haver outros, como as remunerações devidas ao administrador judicial, por exemplo. No que concerne às importâncias passíveis de restituição, são aqueles bens ou valores que pertencem a terceiros, mas foram arrecadados no processo falimentar, ou que, na data da decretação da falência, Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 16 122 estavam em poder do devedor falido. Nesse rumo, é passível de restituição os bens vendidos a crédito e entregues ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada, conforme estabelece o art. 85, par. único, da Lei 11.101/2005. O objetivo dessa prioridade é proteger aqueles que, de boa-fé, vendem a prazo para os devedores, desconhecendo a crítica situação financeira destes. Nessa mesma linha, o STJ considerou como importância passível de restituição, os valores adiantados pelos clientes da empresa falida para realização de contrato de câmbio (esta súmula é anterior às alterações promovidas no CTN pela LC 118/2005): Súmula STJ 307 - A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito. Também existe jurisprudência do STJ acerca da contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados pela massa falida e não recolhidas, as quais devem ser restituídas à Previdência: As contribuições previdenciárias descontadas pela massa falida, dos salários dos empregados, e não repassadas aos cofres previdenciários, devem ser restituídas antes do pagamento de qualquer crédito, ainda que trabalhista, porque se trata de bens que não integram o patrimônio do falido. Incidência da Súmula nº 417 do STF. (STJ, REsp 1.183.383/RS, Primeira Turma, Rel. Min Luiz Fux, Julgamento em 05/10/2010) A decisão do Superior Tribunal de Justiça toma como base a Súmula nº 417 do STF, cuja redação é a seguinte: "Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em poder do falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a disponibilidade." As contribuições previdenciárias descontadas não pertencem à empresa falida, atuando esta apenas como mera depositária. Relativamente aos créditos com garantia real, há que se destacar que preferem ao crédito tributário até o limite de valor do bem, gravado com garantia real. Na prática, isso se refere, por exemplo, aos casos em que uma empresa toma um empréstimo bancário e oferece imóveis como garantia. O “valor do bem” é aquele efetivamente arrecadado com a sua venda. Assim, caso a empresa não pague a dívida, o banco pode vender o imóvel e receber esse valor com prioridade sobre o crédito tributário. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 17 122 Lembre-se de que a oneração de bens (garantia real, por exemplo), após a inscrição do crédito tributário, desde que não tenham sido reservados bens suficientes para a quitação do crédito inscrito, é considerada fraudulenta (CTN, art. 185), não gozando da preferência estabelecida no CTN. Outro aspecto a ser destacado é o art. 186, II, do CTN, o qual afirma que a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Foi nesse rumo que a Lei 11.101/2005 estipulou como limite o valor de 150 salários-mínimos por credor. Destaque-se que esse limite não se aplica aos créditos decorrentes de acidentes de trabalho. Ademais, prescreve o art. 186, III, do CTN, que, na falência, a multa tributária não tem a mesma preferência do crédito tributário, preferindo apenas aos créditos subordinados. O objetivo é que, se as multas tivessem maior prioridade, muitos credores deixariam de receber seus créditos, havendo verdadeira punição aos credores, pela infração cometida pelos devedores (afinal, quem fez surgir a penalidade foram estes). Vamos resumir a ordem de pagamento dos créditos na falência: ORDEM CRÉDITOS OBSERVAÇÕES 1º Créditos Extraconcursais Podem ser tributários ou não (até mesmo trabalhistas) 2º Créditos derivados da legislação do trabalho e decorrentes de acidente de trabalho Limite p/ créd. Leg. Trab.: 150 salários-mínimos 3º Créditos com garantia real Até o limite do bem gravado 4º Créditos tributários, sejaqual for sua natureza ou tempo de constituição 1ª Obs.: Não são extraconcursais. 2ª Obs.: As multas não se incluem nesta classe 5º Créditos com privilégio especial - 6º Créditos com privilégio geral - 7º Créditos quirografários - 8º Multas contratuais, penas pecuniárias por infração penal ou administrativa, inclusive as multas tributárias - 9º Créditos subordinados - Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 18 122 Observação: 1) Para as provas de Direito Tributário, não é necessário estudar as características de cada classe. O tema é detalhadamente estudado no Direito Empresarial. 2) Não incluímos as importâncias passíveis de restituição na tabela acima, pois, como regra, são valores restituídos aos próprios credores, não integrando, como regra, o acervo que será usado para pagamento dos demais credores, e por não constar da relação dos arts. 83 e 84, da Lei 11.101/2005. Na prova, é importante saber apenas o seu conceito e que possuem prioridade sobre o crédito tributário. DICA DE PROVA: Se a questão cobrar privilégios do crédito tributário, a primeira atitude a ser tomada é verificar se a questão menciona “processo de falência”, situação em que você deverá utilizar as regras específicas do par. único, do art. 186, do CTN. Caso contrário, utilize o que foi estabelecido no caput do referido artigo. 1.6.2 – Autonomia da execução fiscal Este tópico, na realidade, trata especificamente de processo tributário, ou seja, a maneira como deve ser feita a cobrança do crédito tributário. Quando se instaura processo de cobrança coletiva, como na falência, concordata ou inventário, os credores devem se habilitar no respectivo juízo para receberem seus créditos. Não é possível, portanto, ajuizar ação individual em tais casos. Essa é a regra para todos, com exceção do Fisco. Veja o que diz o caput do art. 187, do CTN: Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Portanto, a execução fiscal não é obrigatoriamente habilitada no juízo universal (onde estão os demais credores). No entanto, nada impede que a cobrança do crédito tributário seja feita juntamente aos demais credores. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 19 122 A ação de execução fiscal não está sujeita ao concurso de credores. Neste ponto, pode suscitar algumas dúvidas, como a seguinte: se o crédito tributário não possui prioridade absoluta (sobre todos os demais), será respeitada a preferência dos demais créditos (como os trabalhistas, por exemplo), se a ação é ajuizada individualmente? Sim, será! Se houver, por exemplo, penhora de bem na ação de execução fiscal, o montante arrecadado com a alienação do referido bem deve ser remetido ao juízo falimentar (onde estão os demais credores), para que seja distribuído conforme a ordem. Destaque-se que, se a cobrança do crédito tributário fosse feita no juízo universal, se houvesse contestação do devedor acerca da legitimidade do crédito tributário, não competiria ao juiz da falência decidir sobre o assunto. Neste caso, a controvérsia deverá ser remetida ao juízo competente: Art. 188 - (...): § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. Por fim, destaque-se que as mesmas regras previstas no art. 188 são aplicáveis aos processos de concordada, conforme preceitua o § 2º, do art. 188, do CTN. Embora não tenha aplicação prática, o dispositivo deve estar sempre na memória dos candidatos que se preparam para provas de Direito Tributário. 1.6.3 – O crédito tributário nos processos de inventário e arrolamento e na liquidação judicial ou voluntária No que se refere aos processos de inventário ou arrolamento, o art. 189 do CTN estabelece o seguinte: Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. Dessa forma, os créditos tributários exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento são pagos preferencialmente a qualquer encargo do monte. Observação: Encargo do monte são as dívidas deixadas pelo de cujus. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 20 122 Da mesma forma como ocorre no juízo falimentar, no processo de inventário ou arrolamento, se for contestado o crédito tributário, o juiz deve remeter as partes ao processo competente, adotando os mesmos procedimentos previstos no § 1º do art. 188 (CTN, art. 189, par. único). Semelhantemente, nos processos de liquidação judicial ou voluntária, os créditos tributários vencidos ou vincendos são pagos preferencialmente a quaisquer outros créditos. Vejamos o que diz o art. 190 do CTN: Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. Observação: A liquidação consiste no levantamento do patrimônio da sociedade, realizando (venda) o ativo, e pagando o passivo. Trata-se de procedimento com a finalidade de extinguir a sociedade, após decisão societária. DICA DE PROVA: Se a questão cobrar privilégios ou preferências do crédito tributário, em processo de inventário ou arrolamento, ou mesmo em processo de liquidação, lembre-se que o crédito tributário prefere a quaisquer outros. 1.6.4 – Concurso de preferência entre as Fazendas Públicas Vimos que o crédito tributário não se sujeita ao concurso de credores, ou seja, é possível que a ação de execução fiscal tramite individualmente. Contudo, o CTN prevê o concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, quando mais de uma for credora: Art. 187 - (...): Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. Isso significa que, ao realizar o pagamento dos créditos, segue-se a ordem que aprendemos, partindo-se da primeira classe, em direção às demais, assim que for esgotado o crédito daquela. Ao chegar a vez do crédito tributário, deve-se analisar o concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público. Primeiramente, procede-se ao pagamento dos créditos da União. Somente são pagos os Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 21 122 créditos tributários dos Estados e DF, se for possível quitar todos os de competência da União. O mesmo raciocínio se aplica aos créditos tributários dos Municípios. Se, porventura, o montante a ser distribuído não for suficiente para quitar os créditos dos vários Estados interessados (ou Municípios), deve-se fazer o rateio proporcionalmente ao valor total dos créditos de cada ente federativo.Vamos exemplificar? Imagine que em um processo de falência todos os credores com preferência sobre o crédito tributário já tenham sido pagos, cabendo ao Fisco o recebimento de seus créditos de natureza tributária. O montante a ser distribuído é de R$ 200.000,00. O valor dos créditos tributários de cada ente federativo são os seguintes: • União: R$ 100.000,00 • Estado de Minas Gerais: R$ 400.000,00 • Estado de São Paulo: R$ 600.000,00 • Município de Belo Horizonte: R$ 100,000,00 Fazendo os cálculos, conforme explicado acima: ENTE FEDERATIVO CRÉDITO TRIBUT. VALOR PAGO PROPORÇÃO União R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 - Minas Gerais R$ 400.000,00 R$ 40.000,00 40% São Paulo R$ 600.000,00 R$ 60.000,00 60% Belo Horizonte R$ 100,000,00 - - Veja que a União recebeu os seus créditos tributários integralmente, o que não ocorreu com os Estados, pois o valor dos créditos superou o montante a ser distribuído. Sendo assim, foi feito rateio proporcionalmente ao valor total de cada Estado, quando comparado à soma total dos créditos tributários estaduais. Com relação ao Município de Belo Horizonte, nada foi pago, já que o montante se esgotou. O mesmo se poderia dizer em relação aos demais créditos que deveriam ser pagos após o crédito tributário, como os créditos com privilégio especial, por exemplo. Cumpre destacar, para finalizar o assunto, que a Lei 6.830/1980 equiparou aos entes federados suas respectivas autarquias, conforme se demonstra na redação do art. 29: Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União e suas autarquias; Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 22 122 II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata; III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata. Observe que, no inciso I, não se fala em rateio. O que isso significa? Em todos os casos em que houver créditos do ente e da respectiva autarquia, primeiramente se procede ao pagamento do ente federativo, para posteriormente realizar o pagamento da autarquia. (SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) Um contribuinte está em débito para com a fazenda pública em razão de um crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Com relação a essa situação hipotética, é correto afirmar que, em regra, presume-se lícita a conduta do contribuinte mesmo que ele promova a) a alienação de seus bens. b) a alienação de suas rendas. c) a oneração de seus bens, desde que reserve rendas suficientes para o pagamento total da dívida. d) a oneração de suas rendas, desde que reserve bens suficientes para o pagamento de mais de 80% do total da dívida. e) a oneração de rendas em um procedimento com esse objetivo ainda em estágio inicial. Comentário: O art. 185, do CTN, prevê que se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Assim, descartamos as Letras A, B e E. Porém, se o contribuinte onera seus bens ou os aliena, mas ainda assim reserva recursos suficientes para o pagamento total da dívida inscrita, não se presume a fraude à execução fiscal. Dessa forma, descartamos a Letra D, e ficamos com a Letra C, gabarito da questão. Gabarito: Letra C (ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019) A cobrança judicial do crédito tributário a) tem as garantias previstas no Código Tributário Nacional de forma taxativa. b) pode estender-se à totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, excluídos apenas os gravados com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade. c) pode acarretar a indisponibilidade da totalidade dos bens e rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou massa falida, inclusive os de seus sucessores legais. d) do município, em regra, impede que o devedor celebre contrato ou participe de processo de licitação com a União ou Estados e Distrito Federal, independentemente de o crédito tributário referir-se à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 23 122 e) sujeita-se a concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público, sucessivamente, União, Estados e Distrito Federal, e Municípios, conjuntamente e pró-rata. Comentário: Alternativa A: As garantias do crédito tributário não foram taxativamente previstas no CTN. Alternativa errada. Alternativa B: Podem responder pelo crédito tributário até mesmo os bens gravados com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade. Alternativa C: A indisponibilidade dos bens e direitos alcança o contribuinte executado. Alternativa errada. Alternativa D: O art. 193, do CTN, especifica que salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Alternativa errada. Alternativa E: É o que consta no par. único, do art. 187, do CTN. Alternativa correta. Gabarito: Letra E (SEF-SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018) Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional (CNT) dispõe que a) o crédito tributário tem preferência sobre os créditos extraconcursais, concursais e as importâncias passíveis de restituição, inclusive no caso de garantia real desses créditos na hipótese de falência do devedor. b) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, em decorrência da primazia do interesse público sobre o privado. c) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. d) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores na seguinte ordem: União; e em seguida, Estados, Distrito Federal e Municípios conjuntamente e pró rata. e) os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência são sujeitos a concurso de credores e concursais. Comentário: Alternativa A: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado (art. 186, §único, I do CTN). Alternativa errada. Alternativa B: O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho (art. 186 do CTN). Alternativa errada. Alternativa C: A alternativa traz a literalidade do art. 187 do CTN. Alternativa correta. Alternativa D: A alternativa misturou o art. 187 caput com seu §único. Não há concurso de credores, mas sim concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público. Alternativa errada. Alternativa E: Os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência são extraconcursais e são pagos preferencialmente(art. 188 e art. 190 do CTN). Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 24 122 Gabarito: Letra C (AL-MS-Consultor de Processo Legislativo/2016) Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe que a) o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: Municípios, Estados, Distrito Federal e União. b) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e da obrigação tributária a que corresponda. c) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, sem exceção. e) se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do momento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário. Comentário: Alternativa A: O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: União, Estados, Distrito Federal e Territórios e Municípios. Alternativa errada. Alternativa B: Na realidade, o art. 183, par. único, do CTN, a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e da obrigação tributária a que corresponda. Alternativa errada. Alternativa C: De acordo com o art. 188, do CTN, são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Alternativa correta. Alternativa D: O caput do art. 186, do CTN, prevê que o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Alternativa errada. Alternativa E: De acordo com o art. 185, do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Alternativa errada. Gabarito: Letra C Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 25 122 2 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA A partir do art. 194, o CTN cuidou do tema “Administração Tributária”. Foram estabelecidas algumas regras para nortear os procedimentos a serem adotados pelos órgãos e agentes fazendários. Conforme foi visto no início do nosso curso, os tributos são a principal fonte de receita do Estado. É por isso que a administração tributária é, em termos simples, a sustentação do Estado, conforme está previsto no art. 37, XXII, da CF/88: XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Destaque-se que, em compatibilidade com a previsão acima, no sentido de que as administrações tributárias terão recursos prioritários, o art. 167, IV, da própria CF/88, permitiu a excepcional vinculação da receita dos impostos para realização das atividades da administração tributária. Em suma, o que nos importa nesse momento é saber que o CTN dividiu o tema em três capítulos, quais sejam: Fiscalização, Dívida Ativa e Certidões Negativas. Vamos estudar cada um deles a partir de agora! 2.1 - Fiscalização O capítulo que trata da fiscalização diz respeito aos poderes e deveres das autoridades administrativas. Também trata das restrições quanto à divulgação de informações relativas à situação econômica dos contribuintes. 2.1.1 – Poderes das autoridades administrativas Em primeiro lugar, cabe relembrar que o CTN é uma norma geral em matéria tributária. Por conseguinte, há outras regras atinentes à fiscalização tributária, previstas em leis ordinárias de cada ente federativo. Sendo assim, em cada esfera, podem ser criadas normas regulamentando as prerrogativas das autoridades fiscais a ela vinculadas. Tais normas podem ser tanto em caráter geral, aplicando-se à fiscalização de todos os tributos de competência do ente, ou em caráter especial, aplicando-se a um tributo especificamente. Vejamos o que estabelece o art. 194 do CTN: Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 26 122 Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Neste ponto, é muito importante que o aluno perceba que, ainda que o contribuinte esteja imune ou isento, deve ser fiscalizado. Isso ocorre porque a imunidade e a isenção exoneram o contribuinte da obrigação de pagar, mas não da possibilidade de vir a ser fiscalizado. Ademais, há casos de imunidade ou isenção em que o contribuinte fica sujeito a alguns requisitos, e só há um meio de verificar se estão sendo realmente cumpridos: fiscalização. Nesse rumo, o art. 195 dispõe sobre os poderes das autoridades fiscais: Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Sendo assim, as autoridades fiscais têm o direito de examinar os livros, arquivos e documentos do sujeito passivo, e este tem o dever de exibi-los, ainda que haja lei excluindo ou limitando essa prerrogativa fiscal. É claro que a fiscalização deve se limitar ao objeto da investigação, conforme se extrai do entendimento sumulado do STF: Súmula STF 439 - Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. Repare que o STF deixa claro que quaisquer livros comerciais estão submetidos à fiscalização tributária ou previdenciária. O que isso quer dizer? Ora, até mesmo aqueles livros que não são de escrituração obrigatória (não constituem obrigações acessórias) submetem-se ao exame do Fisco. Relativamente aos livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e aos comprovantes dos lançamentos neles efetuados, o par. único do art. 195, do CTN, assevera que devem ser conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Tenha muito cuidado em relação a esse dispositivo. O legislador não previu um prazo fixo (5 anos, por exemplo), até porque o prazo prescricional, como foi visto no nosso curso, está submetido à interrupção, hipótese em que é reiniciado. Sendo assim, o prazo para ocorrer a prescrição do crédito tributário pode ser bastante superior aos 5 anos. Conservação de livros obrigatórios e comprovantes de lançamentos = até ocorrer prescrição. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Editalwww.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 27 122 De qualquer modo, é sempre importante ter em mente que os poderes das autoridades administrativas não são ilimitados. No caso do exame dos livros comerciais, vimos que o STF entende que o exame fica limitado ao ponto objeto da investigação. Seguindo raciocínio semelhante, a autoridade fiscal também não pode apreender as mercadorias do sujeito passivo como meio coercitivo para pagamento dos tributos. Vejamos a redação da Súmula 323 do STF: Súmula STF 323 - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Retornando nossa análise sobre o Código Tributário Nacional, o art. 197 prevê que a autoridade fiscal tem a prerrogativa de requisitar informações a terceiros, no interesse da fiscalização, conforme se expõe a seguir: Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Deve ficar claro que não são apenas as pessoas listadas no art. 197 do CTN que estão obrigadas a prestar informações ao Fisco. Veja que o inciso VII abrange quaisquer outras pessoas ou entidades que a lei designe. O objetivo é abranger todas as pessoas que, de alguma forma, possam ter conhecimento de informações necessárias à atividade de fiscalização. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 28 122 A lista, prevista no CTN, de pessoas obrigadas a prestar informações sobre bens, negócios ou atividades de terceiros não é taxativa. Lei ordinária pode estendê-la. As pessoas já citadas nos incisos I a VI do art. 197, do CTN, não dependem de lei ordinária para estarem obrigadas a prestar informações, por já se encontrar expresso no próprio CTN. Fica ressalvado, no entanto, os casos em que a lei reguladora da profissão determine o dever de sigilo. Por exemplo, o advogado, impedido de prestar informações relativas aos seus clientes, em decorrência da lei regulamentadora da sua profissão, não fica obrigado a fornecê-las diante da intimação recebida. No que concerne à possibilidade de a autoridade fiscal requisitar informações protegidas por sigilo bancário (art. 197, II), com o advento da LC 105/2001, foi previsto o seguinte: Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. O tema foi recorrentemente submetido ao STF, questionando-se a constitucionalidade do dispositivo da LC 105/2001, que garante o acesso do Fisco aos dados bancários, independentemente de autorização judicial. A alegação era a de que o referido dispositivo contrariava o art. 5º, incisos X (princípio da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas) e XII (princípio da inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas), da CF/88. Tal tema é objeto de forte controvérsia jurisprudencial ao longo de anos. O STF já chegou a decidir que não se coaduna com os preceitos da CF/88 norma legal que atribua à autoridade administrativa, que constitui uma das partes na relação jurídico-tributária (sujeito ativo), o afastamento do sigilo dos dados referentes ao sujeito passivo. Somente em fevereiro de 2016, o STF pôs fim às controvérsias. A Suprema Corte concluiu o julgamento de um conjunto de cinco processos (RE 601.314 e ADIs 2859, 2390, 2386 e 2397) que questionavam dispositivos da LC 105/01. Por maioria de votos, prevaleceu o entendimento de que a previsão da referida lei complementar não resulta em quebra de sigilo bancário, mas, sim, na transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Constituição Federal. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 29 122 De acordo com a jurisprudência do STF, as autoridades fiscais podem requisitar aos bancos as informações financeiras dos contribuintes, sem prévia autorização judicial. Prezado aluno(a), repare que não estamos falando de divulgação das informações protegidas pelo sigilo bancário, mas, sim, do acesso às informações pertinentes ao processo administrativo fiscal instaurado contra o sujeito passivo, sem ordem judicial para tanto. Destaque-se que, a autoridade administrativa também possui o poder de requisitar (e não apenas solicitar) o auxílio da força pública, ou seja, das autoridades policiais, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação aduaneira (CTN, art. 200). Isso se aplica, mesmo que o obstáculo imposto pelo sujeito passivo não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Outro detalhe previsto no art. 200 do CTN é o fato de a autoridade fiscal poder requisitar a força pública vinculada a outro ente federado. Por exemplo, o Auditor-Fiscal da Receita Federal, embora esteja vinculado à União, pode requisitar a Polícia Militar, órgão vinculado a determinado estado-membro. Observação: Lembre-se de que a administração fazendária e seus servidores fiscais têm, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei (CF/88, art. 37, XVIII). Entretanto, cabe destacar que o acesso ao estabelecimento do contribuinte nem sempre é possível, já que devem ser levadas em consideração as garantias individuais, previstas no art. 5º, XI, da CF/88 (inviolabilidade domiciliar). Citamos, abaixo, as palavras do ilustre Leandro Paulsen a respeito desse assunto (grifamos): O STF tem entendido que, inobstante a prerrogativa do Fisco de solicitar e analisar documentos, os agentes fiscais só podem ingressar em escritório de empresa quando autorizados (pelo proprietário, gerente ou preposto). Em caso de recusa, não podem os agentes simplesmente requerer auxílio de força policial, eis que, forte na garantia de inviolabilidade do domicílio, oponível também ao Fisco, a medida dependerá de autorização judicial. (PAULSEN, Leandro. Direito tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 16 Ed. Pág. 1391) A autoridade responsável pela fiscalização é sempre a fiscal, e não a policial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos202130 122 2.1.2 – Deveres das autoridades administrativas 2.1.2.1 – Termo de Início de Fiscalização No que se refere à atividade de fiscalização, o CTN não só previu prerrogativas à autoridade administrativa, como também estabeleceu alguns deveres. O primeiro deles é o dever de lavrar o Termo de Início de Fiscalização. Vamos ver o que está previsto no art. 196 do CTN: Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. Basicamente, o Termo de Início de Fiscalização possui três efeitos relevantes: determina a data inicial para contagem do prazo máximo para conclusão das diligências, antecipa a contagem do prazo decadencial e afasta a espontaneidade do sujeito passivo. O Termo de Início de Fiscalização estabelece a data em que a atividade fiscalizatória teve início. Com isso, é possível fixar o prazo máximo para a conclusão das diligências de fiscalização. Ademais, nós aprendemos que a regra geral de contagem do prazo decadencial ocorre no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, correto? Vimos também que, se entre a data do fato gerador e o primeiro dia do exercício seguinte, houver a notificação do sujeito passivo de qualquer procedimento de fiscalização, antecipa-se o início da contagem do prazo decadencial para este dia (data do Termo de Início de Fiscalização). Este é, portanto, o segundo efeito da lavratura do referido termo. Responda-me, então: sempre há antecipação do prazo de contagem do prazo decadencial? Não! Se o procedimento de fiscalização for iniciado após o primeiro dia do exercício seguinte à data do fato gerador, o prazo decadencial já teria iniciado o seu curso, não havendo qualquer impacto na sua contagem. Se a notificação do início de procedimento fiscal ocorrer após o “primeiro dia do exercício seguinte”, não haverá impacto sobre o curso do prazo decadencial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 31 122 O terceiro efeito está relacionado ao estudo da responsabilidade tributária. Você se lembra de quando estudamos a denúncia espontânea? Naquele momento, foi dito que o sujeito passivo só fica livre das penalidades se agir espontaneamente, antes de qualquer procedimento de fiscalização. Sendo assim, lavrado o Termo de Início de Fiscalização, o sujeito passivo perde o direito à denúncia espontânea, tornando-se responsável pelos tributos devidos bem como pelas penalidades cabíveis. Em relação às formalidades do termo ora estudado, o par. único do art. 196 estabelece que, sempre que possível, deve ser lavrado em algum dos livros obrigatórios da pessoa fiscalizada. Se tal medida não se fizer possível, lavra-se o termo em papel separado, entregando cópia autenticada ao sujeito passivo. 2.1.2.2 – O dever de sigilo por parte da autoridade administrativa No exercício da atividade de fiscalização, a autoridade administrativa obtém as informações necessárias para efetuar o lançamento tributário. A maioria dessas informações está relacionada à situação econômica do sujeito passivo, motivo pelo qual a autoridade fiscal tem o dever de mantê-las em sigilo. Trata-se do sigilo fiscal. Se não houvesse tal sigilo, uma empresa em crise financeira, por exemplo, teria sua situação ainda mais agravada à medida que os seus fornecedores e clientes tomassem conhecimento das suas condições financeiras. Vejamos o que diz o caput do art. 198 do CTN: Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO Fixa data inicial para contagem de prazo máximo Antecipa a contagem do prazo decadencial Afasta espontaneidade do sujeito passivo Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 32 122 Observação: Pela redação do art. 198, não se proíbe a divulgação de informações cadastrais, mas, sim, daquelas que retratem a situação econômica ou financeira e a natureza e o estado de seus negócios. Destaque-se que o CTN previu duas possibilidades em que, embora seja mantido o sigilo das informações, é possível transferi-las a outros órgãos, do Poder Judiciário ou da própria administração pública: Art. 198 - (...): § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Desse modo, o juiz pode requisitar as informações de que o Fisco dispõe para instruir processos judiciais, sejam eles de natureza civil ou penal. A requisição é feita no interesse da justiça. Destaque-se que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) também podem solicitar informações ao Fisco, já que a CF/88 conferiu àquelas poderes de investigação próprios das autoridades judiciais (CF/88, art. 58, § 3º). No que se refere às solicitações administrativas, a transferência das informações é mais restrita, já que se exige, no momento da solicitação, processo administrativo regularmente instaurado no âmbito do órgão ou entidade solicitante, com o objetivo de investigar sujeito passivo por prática de infração administrativa. Vale ressaltar que sempre devem ser considerados os procedimentos previstos no § 2º, do art. 198: Art. 198 - (...): § 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Pela redação do dispositivo, percebe-se que o objetivo é sempre preservar o sigilo fiscal. Por isso, lembre-se de que as requisições promovidas pelo Judiciário e as solicitações administrativas não autorizam a divulgação de informações, mas apenas o seu uso no interesse da justiça ou da Administração Pública, respectivamente. “Professor, existe alguma exceção em que se permite a divulgação de informações?” Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 33 122 Sim! Vamos ver o que prevê o § 3º do art. 198: Art. 198 - (...): § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) III – parcelamento ou moratória. (Incluídopela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Observação: Vamos gravar essas três hipóteses? Representações fiscais para fins penais (RE), parcelamento ou moratória (PAR) e inscrições em dívida ativa (IN) = REPARIN Em primeiro lugar, você deve estar se perguntando: o que vem a ser a representação fiscal para fins penais? Se um sujeito passivo pratica ilícito administrativo, fica sujeito ao lançamento da respectiva multa, ou da aplicação de outra penalidade, como a pena de perdimento de mercadorias, por exemplo. Em se tratando de atos que configurem ilícito penal, cabe ao Poder Judiciário a aplicação da penalidade cabível. Sendo assim, a autoridade fiscal deve representar à autoridade competente para propor a ação penal, ou seja, o representante do Ministério Público. Não é vedada a divulgação de REpresentações fiscais para fins penais PARrcelamento ou moratória INscrições na dívida ativa da fazenda pública Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 34 122 Observação: O representante do Ministério Público é o titular exclusivo para propor a ação penal pública. Portanto, a representação fiscal, para fins penais, se trata de uma representação elaborada pela autoridade fiscal, com intuito de responsabilizar o infrator penalmente, isto é, com fins penais. Cabe ressaltar que, nos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/1990, arts. 1º e 2º), crime de apropriação indébita previdenciária (Código Penal, art. 168-A) e crime de sonegação de contribuição previdenciária (Código Penal, art. 337-A), a configuração do crime está condicionada à existência do crédito tributário. Logo, se não há crédito tributário, não há crime. O grande problema é que, com o lançamento, o crédito tributário está constituído, mas não definitivamente constituído, pois pode ser impugnado pelo sujeito passivo. E se pode ser impugnado, pode, por conseguinte, ser alterado. Está lembrado? Sendo assim, só temos certeza da existência do crédito tributário, quando este estiver definitivamente constituído, isto é, depois de proferida a decisão final na esfera administrativa. Portanto, é, somente a partir de então, que pode ser formulada a representação fiscal para fins penais (RFFP), a ser encaminhada ao Ministério Público. Nessa linha, é válido citar o art. 83 da Lei 9.430/1996: Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010) Demonstrando entendimento nessa mesma linha, o STF editou a seguinte súmula vinculante: Súmula Vinculante 24 – Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1.º, incisos I a IV, da Lei n.º 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. Saiba que, após a constituição definitiva do crédito tributário, o MP pode oferecer a denúncia (propor a ação penal), independentemente do recebimento da RFFP. Assim, tomando conhecimento do crime, o MP pode oferecer a denúncia, mesmo que não tenha sido realizada qualquer representação fiscal. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 35 122 Somente com a constituição definitiva do crédito tributário é que se configuram os crimes acima estudados. O MP não depende de RFFP para oferecer a denúncia. Deve-se destacar também que, em casos excepcionais, o STF (HC 95.443/SC) permite a instauração de inquérito policial antes do encerramento do processo administrativo fiscal, quando for imprescindível para viabilizar a fiscalização. Vejamos um pouco mais sobre o caso concreto: HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL ANTES DO ENCERRAMENTO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO-FISCAL. POSSIBILIDADE QUANDO SE MOSTRAR IMPRESCINDÍVEL PARA VIABILIZAR A FISCALIZAÇÃO. ORDEM DENEGADA. 1. A questão posta no presente writ diz respeito à possibilidade de instauração de inquérito policial para apuração de crime contra a ordem tributária, antes do encerramento do procedimento administrativo-fiscal. 2. O tema relacionado à necessidade do prévio encerramento do procedimento administrativo-fiscal para configuração dos crimes contra a ordem tributária, previstos no art. 1°, da Lei n° 8.137/90, já foi objeto de aceso debate perante esta Corte, sendo o precedente mais conhecido o HC n° 81.611 (Min. Sepúlveda Pertence, Pleno, julg. 10.12.2003). (...) 4. Entretanto, o caso concreto apresenta uma particularidade que afasta a aplicação dos precedentes mencionados. 5. Diante da recusa da empresa em fornecer documentos indispensáveis à fiscalização da Fazenda estadual, tornou-se necessária a instauração de inquérito policial para formalizar e instrumentalizar o pedido de quebra do sigilo bancário, diligência imprescindível para a conclusão da fiscalização e, conseqüentemente, para a apuração de eventual débito tributário. 6. Deste modo, entendo possível a instauração de inquérito policial para apuração de crime contra a ordem tributária, antes do encerramento do processo administrativo-fiscal, quando for imprescindível para viabilizar a fiscalização. 7. Ante o exposto, denego a ordem de habeas corpus. (STF, Segunda Turma, HC 95.443/SC, Rel. Min. Ellen Gracie, Julgamento 02/02/2010) Embora essa jurisprudência possa cair em prova, é preciso se lembrar de algo que já foi comentado nesta aula: não é necessária autorização judicial para que a autoridade fiscal tenha acesso aos dados protegidos por sigilo bancário, conforme previsão na LC 105/01. Além da RFFP, a Fazenda Pública também não está proibida de divulgar as informações relativas às inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, bem como em relação ao deferimento do parcelamento e da moratória. Observação: Não se esqueça de que o marco para a caracterização da alienação fraudulenta (CTN, art. 185) é a regular inscrição do crédito tributário em dívida ativa. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 36 122 Antes de finalizarmos o estudo dos deveres das autoridades administrativas, não podemos nos esquecer do importante art. 199 do CTN, cuja redação é a seguinte: Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) O fato de cada ente federativo dispor de um banco de dados próprio, em função das características peculiares dos tributos de sua competência, torna-se muito proveitoso o compartilhamento de tais informações com os demais entes, no sentido de promover uma fiscalização mais efetiva. Observação: Trata-se de mais um caso de transferência de informações sigilosas. Novamente, vamos destacar o que foi estabelecido no próprio texto constitucional, ao tratar das administrações tributárias: XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Veja que existe previsão na CF/88 para o compartilhamento de cadastros e informações fiscais, como também há previsão no CTN nesse sentido. Contudo, o compartilhamento de fato só ocorre mediante a edição de lei ou convênio. Ou seja, não é autoaplicável. A possibilidade de permuta de informações prevista no art. 199 do CTN é norma de eficácia limitada. Do mesmo modo, a Fazenda Pública da União também está autorizada a firmar tratados, acordos ou convênios, com o intuito de permutar informações com Estados estrangeiros, sempre no interesse da arrecadação e da fiscalização dos tributos. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 37 122 2.2 – Dívida Ativa Para entender com clareza o que será visto neste tópico, é importante relembrarmos como ocorre a constituição definitiva do crédito tributário. Vamos lá: ao ser notificado do lançamento, o sujeito passivo tem um prazo fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento. Caso o sujeito passivo cumpra com a obrigação tributária, pagando o tributo contra ele lançado, o crédito tributário é extinto pelo próprio pagamento (CTN, art. 156, I). Se, por outro lado, o sujeito passivo impugnar o lançamento, instaura-se um litígio entre a Fazenda Pública e o contribuinte ou responsável, em que se discute o crédito tributário. Ao final, caso a decisão seja desfavorável ao sujeito passivo, mantendo o crédito lançado, ocorre a constituição definitiva do crédito tributário. No curso do processo administrativo instaurado a partir da impugnação do contribuinte, a Administração Tributária exerce controle interno de legalidade. Imaginemos, ainda que, o sujeito passivo, notificado do lançamento, não toma qualquer medida para efetuar o pagamento ou impugnar o lançamento. Nesse caso, também haverá a constituição definitiva do crédito tributário. Nesse sentido, estabelece o art. 201 do CTN o seguinte: Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Veja, então, que, após a constituição definitiva do crédito tributário, e não havendo pagamento por parte do sujeito passivo ou qualquer medida, judicial ou administrativa, que suspenda a exigibilidade do crédito tributário, cabe à Fazenda Pública proceder à inscrição do crédito tributário em dívida ativa. Em se tratando de tributos de competência da União, a inscrição compete à Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN). É de se destacar que, embora já possa ter havido controle de legalidade pela Fazenda Pública (no curso do processo administrativo) em face do julgamento em processo administrativo, a inscrição em dívida ativa é o último controle de legalidade do crédito tributário constituído. Podemos dizer, ainda, que é o único controle de legalidade realizado pela apreciação crítica de profissionais legalmente competentes1: os Procuradores da Fazenda Nacional, relativamente aos tributos federais. Destacamos que se trata apenas de exemplo, citando o que ocorre na esfera federal. 1 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013 Pág. 534. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 38 122 Observação: É evidente que o Poder Judiciário, quando provocado, pode efetuar o controle da legalidade do lançamento, devendo anular o ato praticado pela autoridade administrativa, quando estiver em desacordo com a lei. Contudo, nossa abordagem se restringe ao controle administrativo da legalidade. Nesse sentido, acrescentamos as lições de Geraldo Ataliba e Cleber Giardino2: “A inscrição evita a propositura pela Fazenda de execuções indevidas, resguarda os direitos individuais, protege o cidadão; faz valer o princípio da reserva legal e da propriedade privada. Instituída a inscrição como controle de legalidade, fundamentalmente com essas qualidades, apresenta ainda várias vantagens marginais, tais como desonerar o judiciário de causas temerárias e livrar a administração de condenações moral e patrimonialmente lesivas”. Mas, afinal de contas, em que consiste a inscrição em dívida ativa? Trata-se de inclusão do nome do sujeito passivo no cadastro de devedores inadimplentes, mediante a lavratura de termo no livro da dívida ativa do respectivo ente federado. Atualmente, tal procedimento é realizado de forma eletrônica. O objetivo da inscrição do crédito tributário em dívida ativa é extrair a Certidão de Dívida Ativa (CDA), título executivo extrajudicial, que viabiliza a posterior propositura da ação de execução fiscal. Estando a dívida regularmente inscrita, goza de presunção relativa de certeza e liquidez, admitindo, obviamente, prova em contrário por parte do sujeito passivo: Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Como exemplo, se o contribuinte realizar o pagamento de determinado tributo, como o IR, por exemplo, e o sistema da RFB não detectá-lo, certamente o contribuinte terá o seu débito inscrito em dívida ativa. Tomando ciência do fato, pode imediatamente apresentar suas provas inequívocas de que houve o correto pagamento. Destaque-se que o par. único do art. 201, do CTN, estabelece que a fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Portanto, ainda que os juros de mora sejam acrescentados ao valor total da dívida, a liquidez (o valor exato) do crédito tributário não deixa de existir, pois sempre será possível calcular o montante devido, a título de tributo. O CTN também previu os requisitos do termo de inscrição da dívida ativa: Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: 2 ATALIBA, Geraldo. GIARDINO, Cleber. Inscrição de dívida ativa – Função Privativa dos Advogados Públicos. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Jul/Set. de 1982, p. 340. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 39 122 I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. Observação: Já vi questões cobrando tais requisitos. Portanto, nesse caso, é muito importante que você memorize todo o conteúdo do art. 202, do CTN. Não é difícil de decorar tais requisitos. Em primeiro lugar, deve-se lembrar de que, é mais do que básico, que o termo de inscrição contenha a quantidade devida, o nome do devedor e o fundamento legal (natureza e origem do crédito tributário). Isso é básico, para que o contribuintetenha condições de apresentar provas em contrário. Lembre-se também de que, sendo o caso (nem sempre, portanto), deve haver o número do processo administrativo. Em qualquer caso, a certidão deverá conter a indicação do livro e da folha de inscrição. Cumpre-nos ressaltar que a omissão ou erro relativamente aos requisitos previstos no art. 202 do CTN são causas de nulidade da inscrição em dívida ativa, bem como do respectivo processo de cobrança dela decorrente, conforme se expõe abaixo: Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior (202), ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Contudo, o STF (AI-AgR 81.681/MG) entende que “há de atentar-se para a substância e não para os defeitos formais que não comprometem o essencial do documento tributário”. Havendo erros ou omissão dos requisitos estabelecidos, será nula a inscrição e o processo de cobrança dela decorrente. No entanto, a nulidade pode ser sanada até a decisão de primeira instância, substituindo-se a certidão nula e devolvendo ao sujeito passivo o prazo para defesa, que somente versará sobre a parte modificada. A fim de que seja possível entender o que viria a ser a “decisão de primeira instância”, vamos estudar em termos simples a ação de execução fiscal. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 40 122 Após a inscrição em dívida ativa, a Fazenda Pública pode ajuizar a ação de execução fiscal. Admitida a ação, o juiz realiza o despacho que ordena a citação do devedor para pagar o valor devido (tributo, juros e multa de mora e os encargos indicados na CDA) ou garantir a execução, mediante depósito em dinheiro, fiança bancária ou indicação de bens à penhora. Observação: Lembre-se de que o despacho do juiz que ordenar citação em execução fiscal faz interromper o curso do prazo prescricional. Se o sujeito passivo reconhece a dívida, ele realiza o pagamento integral. Caso contrário, pode garantir a execução, podendo-se defender mediante interposição de embargos à execução. Até que o juiz julgue em primeira instância os embargos interpostos, a Fazenda pode substituir a CDA nula. Opa! A inscrição em dívida ativa é o último controle de legalidade sobre o crédito tributário, no âmbito administrativo. Contudo, é possível alterar a CDA até a decisão de primeira instância. Na linha do que acabamos de explicar, segue o entendimento do STJ: Súmula STJ 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. O que o STJ deixou claro, e que tem sido demonstrado pela jurisprudência deste Tribunal, é que só se admite substituição de CDA para corrigir erro material ou formal relativos à inscrição e à certidão, mas não se estendendo ao lançamento propriamente dito. Portanto, não é possível substituir a CDA como meio de alterar o próprio lançamento anteriormente realizado. Se o vício diz respeito à constituição do crédito tributário, deve-se realizar outro lançamento, e não a simples substituição de CDA. Nesse mesmo sentido, o STJ (REsp 87.768/SP) já determinou que é inadmissível substituição de CDA para alteração do valor do débito de IPTU, já que se constitui modificação do próprio lançamento. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 41 122 2.3 – Certidões Negativas As certidões negativas de débitos (CND) são os documentos capazes de comprovar a inexistência de débito de determinado contribuinte, de determinado tributo ou relativo a determinado período. Trata-se, então, do documento que comprova a quitação dos tributos devidos. De acordo com o art. 5º, XXXIV, b, da CF/88, é a todos assegurado, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Trata-se de imunidade aplicável às taxas. Observe o que diz o art. 205 do CTN: Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. Pela redação do par. único do art. 205, a Fazenda tem o prazo de 10 dias para expedir a certidão negativa requerida pelo sujeito passivo. Normalmente, a emissão da certidão é imediata. O prazo é de 10 dias, e não 10 dias úteis! Grave isso! Devemos nos atentar para o fato de que é possível que o sujeito passivo tenha débitos, mas esteja em situação regular perante o Fisco. É o caso, por exemplo, dos créditos tributários cuja exigibilidade tenha sido suspensa (CTN, art. 151). Em casos como esse, expede-se, em vez de certidão negativa, a certidão positiva com efeitos de negativa. Ou seja, a certidão é positiva, pois o sujeito passivo possui débito. No entanto, a certidão possui efeitos de negativa, já que é como se fosse esta, ou seja, o sujeito passivo está em situação regular. Nessa esteira, vejamos quais as situações que ensejam a expedição de certidão positiva com efeitos de negativa: Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 42 122 Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Quando os créditos tributários não estão vencidos → Se há créditos tributários já constituídos contra o sujeito passivo, mas não se esgotou o prazo para o adimplemento da obrigação tributária (créditos vincendos), este encontra-se em situação regular. Quando os créditos estejam garantidos por penhora → No curso da ação de execução fiscal, se tiverem sido penhorados bens suficientes para extinção total dos créditos, o sujeito passivo encontra-se em situação regular, já que o recebimento daqueles está garantido pelos bens penhorados. Quando os créditos estejam com a exigibilidade suspensa → Suspender a exigibilidade significa impedir que o Fisco promova os atos de cobrança do crédito tributário. Sendo assim, o sujeito passivo não deixa de estar em situação regular. Observação: Para responder questões que cobrem esse assunto, é bom você estar com as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário na “ponta da língua”. Lembre- se: MORDER e LIMPAR. Neste ponto, é importante relembrarmos da redação da Súmula 436, do STJ, que define que “a entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providência por parte do Fisco”. Por conseguinte, se o contribuinte realizou a confissão de dívida e o crédito tributário foi constituído, caso este não seja pago, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa: Súmula STJ 446 - Declarado enão pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 43 122 2.3.1 – Dispensa da apresentação de certidão negativa Em alguns casos, o sujeito passivo está dispensado de apresentar a certidão negativa, ou seja, não será necessário fazer prova da quitação dos tributos. Acompanhe o art. 207 do CTN: Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. Imagine que determinada empresa, participante de processo licitatório, tenha que apresentar com urgência os comprovantes de quitação de tributos. Considere, ainda, que os servidores responsáveis pela emissão da CND estejam em greve. Como o sujeito passivo deve proceder para não ser desabilitado? Certidão positiva com efeitos de negativa Créditos Vincendos Créditos garantidos por penhora Créditos com exigibilidade suspensa Certidão negativa Inexistência de débitos Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 44 122 O art. 207 do CTN prevê que, independentemente da existência de lei permissiva, o sujeito passivo fica dispensado da prova da quitação dos tributos, quando se tratar de ato indispensável para evitar a perda do direito. É errado afirmar que: -Nunca se dispensa a apresentação de CND; -A dispensa de apresentação de CND depende de lei autorizativa de cada ente. Destaque-se que todos os participantes respondem pelo tributo porventura devido, bem como os juros de mora e as penalidades cabíveis, com exceção daquelas cuja responsabilidade seja pessoal do infrator. Observação: Os contratantes são a pessoa jurídica e as pessoas físicas que atuaram em nome daquela. Não se incluem entre os contratantes, para fins de responsabilidade, as testemunhas e os membros da comissão de licitação. 2.3.2 – Responsabilidade por expedição de certidão com erro Se o servidor público expede certidão negativa, quando na verdade deveria expedir certidão positiva, a certidão contém erro contra a Fazenda Pública. É o caso, por exemplo, daquele servidor que deseja ajudar um amigo, alterando as informações, para que a certidão negativa seja expedida. Com o objetivo de punir os servidores públicos, responsáveis pela expedição de certidões negativas, por atuação dolosa ou fraudulenta, o art. 208 do CTN estabeleceu a seguinte regra: Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. Repare que o dispositivo prevê que o servidor público será pessoalmente responsável pelo crédito tributário (aquele que deixou de constar na certidão “negativa” expedida) e pelos juros de mora acrescidos. Ademais, fica o servidor sujeito às sanções penais e administrativas cabíveis. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 45 122 Além de responder pessoal pelo crédito tributário e pelos juros de mora, o servidor pode sofrer responsabilização criminal e funcional. Quando estudamos para concurso público, não devemos “brigar” com a lei, já que ela é muitas vezes cobrada literalmente. Contudo, muitos autores questionam a responsabilização pessoal do servidor pelo crédito tributário, haja vista que, dessa forma, o contribuinte, que se beneficiou da fraude, fica dispensado do pagamento dos tributos. Imagine, agora, que o crédito tributário tenha sido de R$ 1.000.000,00, e que a empresa beneficiada seja uma multinacional. Como o servidor iria arcar com tudo isso sozinho? Seria justo? Vamos deixar a discussão para outro momento, correto? O que nos importa é saber como está previsto no CTN! (SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) Independentemente da inscrição em dívida ativa, pode-se presumir como fraudulenta a alienação de bens realizada pelo sujeito passivo que esteja em débito com a fazenda pública, desde que exista o crédito tributário. Comentário: De acordo com o art. 185, do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Gabarito: Errada (SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) À administração tributária, no exercício da fiscalização, não será oponível norma estadual que limite o direito de examinar livros e documentos comerciais ou fiscais dos comerciantes. Comentário: De acordo com o art. 195, do CTN, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Portanto, a norma estadual não será oponível no caso. Gabarito: Correta (SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) É facultativo constar no termo de inscrição da dívida ativa a maneira de calcular os juros de mora acrescidos à quantia devida. Comentário: De acordo com o art. 202, II, do CTN, a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos são elementos obrigatórios no termo de inscrição em dívida ativa. Gabarito: Errada (SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) Auditor fiscal que, com o intuito de beneficiar terceiro devedor de tributos, expedir certidão negativa ignorando os débitos fiscais devidos será responsabilizado pessoalmente pelo crédito tributário e pelos juros de mora acrescidos. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 46 122 Comentário: É o que prevê o art. 208, do CTN: A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Gabarito: Correta (TRF4-Analista Judiciário/2019) No que se refere à Administração Tributária, o Código Tributário Nacional (CTN) prevê que: A) a Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros, Organizações Internacionais e Agencias de avaliação de risco, no interesse da arrecadação, da fiscalização de tributos e da melhoria do ambiente econômico. B) é vedada a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros, exceto ao que se refere ao estado de seus negócios ou atividades, e as dívidas existentes perante a Fazenda Pública, escritas ou a inscrever na Dívida Pública. C) mediante ordem judicial, emitida pelo Juiz de Vara Civil ou Criminal da respectiva comarca, os bancos e demais instituições financeiras, são obrigados a prestar todas as informações de que disponhamcom relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, sendo vedado prestar tais informações mediante solicitação ou intimação escrita da autoridade administrativa tributária. D) os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados, pelo Estado, em arquivo público, até que ocorra a caducidade das informações, a suspensão da exigência ou a extinção dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. E) para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Comentário: Alternativa A: A previsão para permuta de informação neste caso existe apenas entre a União e Estados estrangeiros, conforme art. 199, par. único, do CTN: a Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Alternativa errada. Alternativa B: O sigilo fiscal abrange a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros, bem como o estado de seus negócios ou atividades, exceto as débitos inscritos em dívida ativa, ou objeto de parcelamento ou moratória. Alternativa errada. Alternativa C: O art. 197, II, estabelece a obrigatoriedade dos bancos e demais instituições financeiras a prestar informações de que disponham em relação aos bens negócios ou atividades de terceiros, independentemente de ordem judicial. Alternativa errada. Alternativa D: O CTN determina que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados sejam conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Alternativa errada. Alternativa E: É o que estabelece o caput do art. 195, do CTN: para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 47 122 livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Alternativa correta. Gabarito: Letra E (SEFAZ-RS-Auditor-Fiscal/2019) A atuação da administração tributária deve garantir a fiscalização, o lançamento e a cobrança dos tributos, de forma a preservar a igualdade entre os administrados, sem prejuízo da responsabilidade fiscal do sujeito ativo. Considerando-se a legislação pertinente a esse assunto, é correto afirmar que a) as autoridades fiscais devem restringir-se à avaliação do acervo material e documental disponibilizado espontaneamente pelo administrado. b) o procedimento de fiscalização tributária deve ser documentado mediante termo específico que lavre o início do procedimento e que fixe prazo máximo de conclusão. c) os tabeliães, escrivães e serventuários de ofício são obrigados a prestar informações exigidas pela autoridade administrativa, salvo quando se tratar de bens, negócios ou atividades de terceiros. d) informações obtidas em razão do ofício pelo fisco e que antes eram protegidas por sigilo bancário deixam de ser confidenciais e passam a ser públicas. e) é vedada a troca de informações entre administrações tributárias de diferentes entes federados. Comentário: Alternativa A: Na realidade, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi- los. Alternativa errada. Alternativa B: O art. 196, do CTN, prevê que a autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Alternativa correta. Alternativa C: A prestação de informações abrange especialmente as informações relativas a bens, negócios ou atividades de terceiros. Alternativa errada. Alternativa D: As informações financeiras e econômicas do sujeito passivo continuam ao abrigo do sigilo fiscal. Alternativa errada. Alternativa E: O CTN previu a troca de informações entre administrações tributárias de diferentes entes federados, situação em que o sigilo é mantido, havendo apenas a sua transferência. Alternativa errada. Gabarito: Letra B (ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019) O auditor fiscal municipal X está sendo investigado pela corregedoria do Município por possível prática de infração administrativa gravíssima. A investigação começou após denúncia anônima que mencionou o crescimento exponencial do patrimônio pessoal do auditor e de sua família, assim como o seu consumo supostamente incompatível com a sua renda. Para esclarecimento das denúncias, a corregedoria solicitou à administração tributária deste Município, mediante processo administrativo, cópia de notas fiscais de serviços emitidas em favor do auditor fiscal, assim como relação dos imóveis em nome do referido auditor constantes do cadastro imobiliário para fins de IPTU. Diante dessa situação, com base na legislação nacional, é correto afirmar que Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 48 122 a) as informações solicitadas apenas poderiam ser compartilhadas mediante decisão judicial, no interesse de investigação criminal, não sendo possível a sua transmissão para fins de apuração de infração administrativa. b) a autoridade administrativa poderá compartilhar apenas as informações relativas ao cadastro imobiliário, por se tratar de informação que já consta publicamente nos cartórios de registro imobiliário. c) a autoridade administrativa deve guardar sigilo completo das informações solicitadas, por se tratar de informações relativas à situação econômica ou financeira de sujeito passivo, detidas em razão do ofício fazendário. d) desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo no órgão correicional, é possível o compartilhamento das informações solicitadas mediante recibo que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. e) a autoridade administrativa poderá compartilhar apenas as notas fiscais de serviços, por se tratar de informação parcial relativa a outros sujeitos passivos que não ao auditor fiscal, sem a possibilidade de revelação da situação econômica desses sujeitos. Comentário: O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. Gabarito: Letra D (SEFAZ-RS-Técnico Tributário/2018) A prestação de informações tributárias relativas a bens, negócios ou atividades de terceiros, quando de intimação por escrito pela autoridade administrativa, independentemente de arguição do dever de sigilo, é obrigação de a) psicólogos. b) advogados. c) médicos. d) empresas de administração de bens. e) microempresas optantes pelo Simples Nacional. Comentário: Como existe sigilo para médicos, advogados e psicólogos, e considerando que tais profissões podem, a depender da situação, ser exercidas por meio de empresas optantes pelo Simples Nacional,resta- nos a empresa de administração de bens como gabarito da questão. Dessa forma, das opções relacionadas acima, a única que não tem obrigação legal de guardar sigilo seria a empresa de administração de bens. Gabarito: Letra D (ISS-São Luís-Auditor Fiscal/2018) Relativamente às diligências de fiscalização, a autoridade que as realizar ou as presidir deverá, segundo o Código Tributário Nacional, lavrar os termos fiscais necessários para documentá-las. Estes termos, de acordo com este mesmo Código, deverão I. ser lavrados, necessariamente, em um dos livros contábeis exibidos, se exibidos. II. documentar o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, sendo que esse termo fixará prazo máximo para a conclusão das referidas diligências. III. quando lavrados em separado, ser entregues, por cópia autenticada, pela autoridade que proceder ou presidir as referidas diligências, à pessoa sujeita a fiscalização. IV. ser firmados por, no mínimo, três autoridades, de diferentes níveis hierárquicos. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 49 122 Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) III. (C) I e IV. (D) I, II e IV. (E) III e IV. Comentário: Item I: Tais termos serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade competente. Item errado. Item II: De acordo com o art. 196, do CTN, a autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Item correto. Item III: Conforme comentamos, quando os termos forem lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade competente. Item correto. Item IV: Não há qualquer regra nesse sentido no texto do CTN. Item errado. Gabarito: Letra A (SEFAZ-GO-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018) Relativamente à fiscalização tributária, notadamente no que diz respeito aos impostos de competência das diversas pessoas jurídicas de direito público interno, o Código Tributário Nacional estabelece que às Fazendas Públicas é permitida a prestação de assistência mútua a) entre todas elas, para a fiscalização dos tributos respectivos e para a permuta de informações, na forma estabelecida por lei ou convênio, em caráter geral ou específico. b) apenas para a permuta de informações, desde que restrita ao âmbito dos Estados e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência comum, e ao âmbito dos Municípios e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de competência comum destes. c) entre todas elas, para a permuta de informações e para a fiscalização de tributos, na forma estabelecida, por lei ou convênio, vedada a prestação de informações pela Fazenda Pública da União, que, no entanto, poderá recebê-las das Fazendas Públicas estaduais e municipais. d) para a permuta de informações de caráter tributário, mas vedada para fiscalização dos tributos respectivos, pois a fiscalização é atividade indelegável. e) apenas para a fiscalização de tributos respectivos, desde que restrita ao âmbito dos Estados e do Distrito Federal, relativamente aos impostos de sua competência comum, e ao âmbito dos Municípios, relativamente aos impostos de competência comum destes. Comentário: De acordo com art. 199 do CTN, a Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. A única resposta correta é, portanto, a alternativa A. Gabarito: Letra A Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 50 122 3 – CTN - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Como se sabe, o CTN é uma norma bastante antiga (1966), sendo vários de seus dispositivos inaplicáveis no atual ordenamento jurídico. Portanto, considerando o que costuma ser cobrado em provas, dos arts. 209 a 218, apenas são relevantes e merecem comentários os arts. 209 e 210. O art. 209 apenas esclarece que a expressão “Fazenda Pública”, quando empregada no CTN sem qualificação, abrange a Fazenda Pública de todos os entes, ou seja, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Senão, vejamos: Art. 209. A expressão "Fazenda Pública", quando empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O art. 210 refere-se à contagem dos prazos fixados tanto no CTN como na legislação tributária, a qual, como vimos no art. 96, abrange os mais diversos atos normativos que disponham sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. A regra dispõe que o início do prazo é contado no dia útil seguinte ao do início do prazo e termina no dia de expediente normal na repartição em que o processo corra ou o ato deva ser praticado. Sendo o caso de dia não útil, o vencimento deve ser no dia útil seguinte. Por fim, a contagem do referido prazo é contínua, ou seja, não se suspende em finais de semana e feriados. Vejamos a sua redação: Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Vamos verificar um caso prático sobre isso! Sr. Tributino recebe em 13/04/2017 (quinta-feira, véspera de feriado) pela via postal um auto de infração, no qual consta o prazo de 30 dias para pagar ou impugnar o crédito tributário contra ele lançado. Quando se dará o termo inicial e final do referido prazo? Resposta: Neste caso, o prazo inicial seria o dia 17/04/2017 (segunda-feira), e o vencimento se daria em 17/05/2017 (excluindo o dia de início da contagem e incluindo o dia de vencimento). Como neste caso, o vencimento se dá em uma quarta-feira, será esta o termo final para pagamento ou impugnação. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 51 122 Caso o dia de vencimento caísse em outro feriado ou sábado ou domingo, o termo final se daria no próximo dia útil, seguindo o mesmo raciocínio utilizado para cálculo do termo inicial. Você encontrará inúmeras questões comentadas em áudio para treinar, e a abordagem de alguns temas específicos que você estudou neste material na minha Comunidade do Telegram: Comunidade no Telegram: https://t.me/ProfFabioDutraConcursos Instagram: @ProfFabioDutra Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 52 122 4 - QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 1. FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal/2019 Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe: a) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bem, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário ainda não inscrito na Dívida Ativa, mas constituído pela autoridade competente, através de lançamento tributário.b) Para garantir o pagamento do crédito tributário, o juiz determinará a indisponibilidade de todos os bens e direitos do devedor, mesmo quando o devedor apresentar ao respectivo Juízo, no prazo legal, bens à penhora. c) O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. d) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. e) No caso de decretação de falência do devedor, o pagamento de crédito tributário será realizado na seguinte ordem: em primeiro lugar, pagam-se os créditos da União; em segundo lugar, os créditos dos Municípios, conjuntamente e pró rata; e, em último lugar, os créditos dos Estados e Distrito Federal, conjuntamente e pró rata. Comentário: Alternativa A: De acordo com o art. 185 do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Alternativa errada. Alternativa B: O art. 185-A, §1º do CTN prevê a indisponibilidade dos bens do devedor até o valor total exigível, e não de todos os bens. Alternativa errada. Alternativa C: O item traz a literalidade do art. 186 do CTN. Alternativa correta. Alternativa D: De acordo com o art. 187 do CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa errada. Alternativa E: A alternativa inverteu a ordem, pois conforme art. 187, §único do CTN em primeiro lugar, pagam-se os créditos da União; em segundo lugar, os créditos dos Estados e DF, conjuntamente e pró rata; e, em último lugar, os créditos dos Municípios, conjuntamente e pró rata. Alternativa errada. Gabarito: Letra C Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 53 122 2.FCC/PGE-AM- Procurador/2018 Relativamente às “Garantias e Privilégios do Crédito Tributário”, o Código Tributário Nacional estabelece algumas regras de preferência, inclusive para o caso de empresas em processo falimentar. De acordo com este Código, a) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o 60º dia que antecedeu o início do processo de falência, e no curso de processo de recuperação judicial. b) os créditos extraconcursais não poderão ser pagos, no curso de processo de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial. c) são extraconcursais os créditos tributários referentes a impostos cujos fatos geradores tiverem ocorrido no curso do processo de falência. d) somente os créditos extraconcursais poderão ser pagos, no curso de processo de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial. e) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o 30o dia que antecedeu o início do processo de falência. Comentário: O art. 188 do CTN estabelece que são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. À luz deste artigo, veja as alternativas: Alternativa A: Não há esse prazo de 60 dias antes. O marco temporal é a decretação da falência. Alternativa errada. Alternativa B: Também não existe esta previsão, ao contrário, o pagamento dos créditos extraconcursais precede o dos demais. Alternativa errada. Alternativa C: Em conformidade com o art. 188. Alternativa correta. Alternativa D: Também não existe no CTN esta previsão. A alternativa tentou confundir o candidato com o art. 133, §3º do CTN. Alternativa errada. Alternativa E: Conforme vimos na alternativa A, o marco temporal é a decretação da falência. Alternativa errada. Gabarito: Letra C 3. FCC/TCM-RJ-Procurador/2015 Existe presunção iure et iure de fraude à execução a alienação de bens após a citação do devedor no processo de execução fiscal. Comentário: Ao dizer que a presunção de fraude à execução é iure et iure, a banca quis dizer que a presunção é absoluta, e realmente é, já que, se os bens foram alienados, não há como haver contestação em sentido contrário. Contudo, a presunção de fraude à execução ocorre pela alienação de bens após pelo devedor após a inscrição do crédito em dívida ativa, e não após a citação do devedor no processo de execução fiscal. É o que estabelece o art. 185, do CTN. Gabarito: Errada Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 ==194db6== 54 122 4.FCC/TCM-RJ-Procurador/2015 O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais, mas se decorrente de fato gerador ocorrido no curso do processo de falência são considerados extraconcursais. Comentário: Realmente, na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais. Ademais, devemos nos lembrar de que são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Gabarito: Correta 5.FCC/Pref. Cuiabá-Procurador/2014 Manoel Truco, conhecido jogador profissional do município de Cuiabá, é dono de diversos imóveis residenciais e estabelecimentos prestadores de serviços da região. Em débito de IPTU e de ISSQN com a Fazenda Pública municipal, ao ter contra si lavrados diversos autos de infração e verificando que seriam precários seus argumentos em eventual impugnação administrativa, apressou-se em alienar todos os seus imóveis e estabelecimentos, antes do crédito tributário constituído ser regularmente inscrito em dívida ativa. Em relação à atitude de Manoel Truco em face do disposto no Código Tributário Nacional, é correto afirmar: a) Se o crédito tributário já tivesse sido regularmente inscrito em dívida ativa, haveria a presunção de fraude em qualquer circunstância. b) A fraude cometida pelo contribuinte é patente, tendo em vista que uma vez lavrado auto de infração não se pode alienar qualquer bem, tendo em vista a garantia do crédito tributário regularmente constituído. c) Não há a presunção de fraude, tendo em vista que o crédito tributário não fora regularmente inscrito em dívida ativa. d) Não há a presunção de fraude, tendo em vista que o crédito tributário não fora regularmente inscrito em dívida ativa, contanto que tenha rendas suficientes para pagar integralmente a dívida administrativamente constituída. e) Deve haver apenas a presunção de fraude, tendo em vista a alienação de seus bens quando já constituído regularmente o crédito tributário. Comentário: O art. 185 do CTN estabelece que se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. À luz deste artigo, veja as alternativas: Alternativa A: O §único do artigo em tela excetua da presunção de fraude a hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. Alternativa errada. Alternativa B: No caso da questão ainda não houve inscrição em dívida ativa, portanto não há presunção de fraude. Alternativa errada. Alternativa C: Em conformidade com o art. 185. Alternativa correta. Alternativa D: A necessidade de rendas suficientes para pagar a dívida é exigida quando já há inscrição em dívida ativa. Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos202155 122 Alternativa E: No caso da questão ainda não houve inscrição em dívida ativa, portanto não há presunção de fraude. Alternativa errada. Gabarito: Letra C 6.FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014 Considere as afirmações abaixo. I. O juiz só pode decretar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor tributário se o mesmo tiver um débito superior a dois milhões de reais. II. A indisponibilidade é absoluta e recai sobre todos os bens imóveis do devedor tributário, ainda que o valor do patrimônio supere o valor da dívida tributária. III. Não há de se falar em alienação em fraude à execução se o sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública tiver reservado bens ou rendas suficientes ao pagamento total da dívida tributária. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II e III. c) I. d) II. e) III. Comentário: Item I: O art. 185-A do CTN prevê a indisponibilidade dos bens do devedor, mas não há o limite mínimo. Item errado. Item II: De acordo com o art. 185-A, §1º do CTN, a indisponibilidade limitar-se-á ao valor total exigível. Item errado. Item III: Em conformidade com o art. 185, §único. Item correto. Gabarito: Letra E 7.FCC/SABESP-Advogado/2014 Na falência, o crédito tributário a) decorrente de impostos prefere o pagamento daqueles decorrentes de taxas e contribuições de melhoria, devidos pelo mesmo sujeito passivo, caso seja necessária a imputação de pagamento. b) não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, mas admite concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: União; Estados e Distrito Federal, pro rata e Municípios, pro rata. c) é considerado extraconcursal quando o fato gerador ocorreu antes do processo de falência, hipótese em que prefere qualquer outro crédito, exceto os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 56 122 d) prefere às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem assim aos créditos com garantia real. e) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. Comentário: Alternativa A: A alternativa tentou confundir o candidato com a regra de imputação do pagamento do art. 163, II do CTN (1º - contribuições de melhoria, 2º - taxas; 3º impostos). Além de trocar a ordem, este dispositivo não se aplica aos casos de falência. Alternativa errada. Alternativa B: Em conformidade com o art. 187, §único do CTN. Alternativa correta. Alternativa C: O art. 188 do CTN dispõe que são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Alternativa errada Alternativa D: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado (art. 186, §único do CTN). Alternativa errada. Alternativa E: A alternativa trouxe o caput do art. 186, mas ele não se aplica à falência. Alternativa errada. Gabarito: Letra B 8.FCC/TCE-AP-Analista de Controle Externo/2012 Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário é correto afirmar: a) Os créditos tributários preferem os créditos trabalhistas e os créditos decorrentes de acidente do trabalho. b) A alienação de bens que reduza o devedor à insolvência a partir da regular inscrição do crédito tributário em dívida ativa já caracteriza fraude à execução. c) A cláusula de inalienabilidade, seja qual for a forma e a data de constituição, é oponível ao Fisco, desde que registrada no Cartório de Registro de Imóveis. d) A ordem de preferência dos créditos tributários é a mesma em caso de falência ou fora de hipótese de falência. e) A cobrança de créditos tributários é sujeita a concurso de credores e habilitação em falência, recuperação judicial, inventário e arrolamento. Comentário: Alternativa A: De acordo com o art. 186, caput, do CTN, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Alternativa errada. Alternativa B: De fato, a partir da inscrição do crédito tributário em dívida ativa, a alienação ou oneração de bens ou rendas que reduza o devedor à insolvência presume fraude à execução fiscal. Alternativa correta. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 57 122 Alternativa C: De acordo com o art. 184, do CTN, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula. Alternativa errada. Alternativa D: Na falência, existem regras especiais em relação aos privilégios do crédito tributário. Alternativa errada. Alternativa E: De acordo com o art. 187, caput, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa errada. Gabarito: Letra B 9.FCC/Pref. João Pessoa-Procurador/2012 Sobre as preferências do crédito tributário, é INCORRETO afirmar que a) não se sujeita a habilitação em inventário ou arrolamento. b) prefere a qualquer outro, exceto os créditos decorrentes de legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. c) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento ou a outros encargos do monte, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. d) admite concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público credoras de créditos tributários apresentados no processo de inventário ou arrolamento. e) a existência de débitos tributários relativos aos bens do espólio ou às suas rendas não impede sentença homologatória de partilha ou adjudicação. Comentário: Alternativa A: O art. 187 do CTN dispõe que A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa correta. Alternativa B: O art. 186 do CTN dispõe que crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Alternativa correta. Alternativa C: O art. 189 do CTN dispõe que são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. Alternativa correta. Alternativa D: Em conformidade com art. 187, §único do CTN. Alternativa correta. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 58 122 Alternativa E: Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas (art. 192 do CTN). Alternativa errada. Gabarito: Letra E 10. CESPE/STJ-Analista Judiciário/2018 As garantias do crédito tributário estãotaxativamente previstas no CTN. Comentário: O art. 183, do CTN, estabelece que as garantias enumeradas no texto do CTN não excluem outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Gabarito: Errada 11.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 Suponha que Franco, após ter recebido notificação de lançamento para pagamento voluntário, antes da inscrição do débito em dívida ativa, tenha alienado, pela metade do valor de mercado, barco de sua propriedade a Alemão. Nesse caso, está configurada fraude à execução fiscal. Comentário: De acordo com o art. 185, caput, do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Como o crédito ainda não havia sido inscrito em dívida ativa, não há que se falar em fraude à execução fiscal. Gabarito: Errada 12.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 O crédito trabalhista prefere ao crédito tributário quando aquele for inferior a duzentos e cinquenta salários mínimos. Comentário: De acordo com o CTN, na falência, a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Com base nisso, a Lei 11.101/2005 estipulou como limite o valor de 150 salários-mínimos por credor. Gabarito: Errada 13.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 Para a extinção das obrigações do falido e a concessão de recuperação judicial, exige-se prévia quitação dos tributos devidos, sendo possível, nesse último caso, a concessão da recuperação se o devedor obtiver a suspensão da exigibilidade do crédito devido. Comentário: De acordo com o art. 191-A, do CTN, a concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos. Vale lembrar que, quando um crédito tributário está com sua exigibilidade suspensa, é possível a emissão da certidão positiva com efeitos de negativa (CTN, art. 206). Ou seja, embora exista a dívida, os efeitos da certidão positiva são os mesmos da certidão negativa, podendo ser utilizada para a concessão da recuperação judicial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 59 122 Gabarito: Correta 14. FGV/SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018 Sobre as preferências do crédito tributário, assinale a afirmativa correta. (A) A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de regularidade fiscal. (B) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real. (C) Os créditos devidos aos sócios e administradores sem vínculo empregatício são considerados créditos extraconcursais. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou à habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, ao inventário ou arrolamento. (E) Na falência, a multa tributária prefere aos créditos decorrentes de serviços prestados à massa falida. Comentário: Alternativa A: De acordo com o art. 191-A, do CTN, a concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, isto é, da regularidade fiscal do contribuinte. Alternativa correta. Alternativa B: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa C: Os créditos devidos aos sócios e administradores sem vínculo empregatício são considerados créditos subordinados. Alternativa errada. Alternativa D: De acordo com o art. 187, caput, do CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa errada. Alternativa E: De acordo com o art. 186, par. único, III, do CTN, na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Gabarito: Letra A 15. FGV/ISS-Cuiabá/2016 Sobre as garantias e os privilégios do crédito tributário, assinale a afirmativa correta. (A) Na falência, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados apenas, os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, e os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (B) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa. (C) O juiz pode determinar a indisponibilidade de bens e direitos do executado antes da sua citação, como forma de assegurar a garantia do juízo na execução fiscal. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita à habilitação em falência e recuperação judicial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 60 122 (E) Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados e quirografários. Comentário: Alternativa A: Na verdade, o crédito tributário, na falência, não prefere também aos créditos trabalhistas e acidentários. Alternativa errada. Alternativa B: Acertadamente, a banca transcreveu a literalidade do art. 185, do CTN, com a redação dada pela Lei 118/05. A alienação ou oneração somente será considerada fraudulenta a partir do momento da inscrição do crédito tributário em dívida ativa. Alternativa correta. Alternativa C: Não se admite que o juiz determine a indisponibilidade de bens e direitos do executado antes da sua citação, conforme se depreende da redação do art. 185-A: Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. Alternativa errada. Alternativa D: De acordo com o caput, do art. 187, do CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa errada. Alternativa E: Conforme determina o art. 186, par. único, III, do CTN, a multa tributária, na falência, prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Gabarito: Letra B 16. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015 Nos termos previstos no Código Tributário Nacional, em relação aos créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência, é correto afirmar que: a) o art. 188 do CTN, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, passou a prever que os créditos tributários vencidos ou vincendos serão pagos preferencialmente a quaisquer outros, como encargos da massa falida; b) pela nova redação do art. 188 do CTN os créditos tributários que surgirem de fatos geradores no curso do processo falimentar não devem ser satisfeitos diretamente pela massa falida; c) os créditos tributários oriundos de fatos geradores ocorridos no curso do processo falimentar, nos termos do art. 188 do CTN, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, preferem apenas os créditos quirografários; d) o art. 188 do CTN passou, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, a considerar extraconcursais os créditos tributáriosdecorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo falimentar; e) contestado o crédito tributário, deverá o juízo falimentar decidir sobre o incidente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia de Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 61 122 instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. Comentário: Alternativa A: Na realidade, os créditos tributários não gozam de prioridade absoluta, não preferindo aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nem aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa B: São os denominados créditos extraconcursais, que devem ser satisfeitos diretamente pela massa falida, não havendo que se falar em participação em concurso. Alternativa errada. Alternativa C: Na verdade, tais créditos preferem gozam de prioridade em relação aos demais créditos tributários, entre outros. Alternativa errada. Alternativa D: Após a entrada em vigor da LC 118/05, o art. 188 do CTN passou a considerar extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo falimentar. Alternativa correta. Alternativa E: Na realidade, o § 1°, do art. 188, do CTN, prevê que contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. Alternativa errada. Gabarito: Letra D 17. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015 Determinado contribuinte do IPTU não pagou o tributo relativo ao seu único imóvel residencial nos últimos quatro anos e vem a sofrer a execução fiscal para cobrança do imposto. Nesse caso: a) o imóvel residencial não pode responder pela dívida do IPTU por ser bem de família; b) todos os bens e rendas do contribuinte, sem comportar exceções, respondem pelo pagamento de todo crédito de natureza tributária; c) o único imóvel residencial poderá ser penhorado para satisfação do crédito tributário de IPTU; d) bens gravados por ônus real ou por cláusulas de inalienabilidade não podem ser alcançados para satisfação do crédito tributário; e) todos os bens móveis do contribuinte, sem comportar exceções, respondem pelo pagamento de todo crédito de natureza tributária. Comentário: Na execução fiscal, o imóvel residencial pode vir a responder pela dívida tributária, ainda que se trate de bem de família. Na realidade, o art. 184, do CTN, dispõe que, sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 62 122 Gabarito: Letra C 18. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Um contribuinte do ISS foi autuado em 15/09/2012 pelo não recolhimento do imposto relativo ao mês de abril de 2011. Não foi feito o pagamento e nem foi apresentada impugnação ao auto de infração, tendo o crédito tributário sido inscrito em dívida ativa em 20/05/2013. A execução fiscal foi ajuizada em 15/10/2014 e o juiz despachou determinando a citação em 20/01/2015. Considerando a situação hipotética acima e as disposições do CTN, é correto afirmar que, se o contribuinte alienou um bem: a) em 20/04/2015, mesmo possuindo outros bens de valor superior ao crédito tributário, essa operação é presumida como fraudulenta; b) em 15/10/2012, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; c) em 20/01/2014, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; d) em 25/08/2011, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; e) em 15/11/2014, mesmo possuindo outros bens de valor superior ao crédito tributário, essa operação é presumida como fraudulenta. Comentário: De acordo com o art. 185, caput, do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Por outro lado, não há que se falar nessa presunção caso tenham sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. Logo, para resolver a questão, temos que analisar as alternativas que mencionem alienação em data posterior a 20/05/2013 (data de inscrição do crédito em dívida ativa), e que mencione ainda que não foram reservados bens ou rendas suficientes ao pagamento da dívida inscrita. Assim sendo, a única alternativa que se enquadra no nosso entendimento é a Letra C. Gabarito: Letra C 19. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014 A empresa Alpha, para obter um empréstimo, hipotecou ao Banco Delta S/A um terreno de sua propriedade. Meses depois, a Fazenda Municipal autuou a empresa Alpha por falta de recolhimento do IPTU relativo ao terreno, que estava em débito havia dois exercícios passados. Nesse caso, a) a Fazenda Municipal pode penhorar o terreno, já que, no caso vertente, o crédito tributário se sobrepõe ao crédito com garantia real. b) a Fazenda Municipal não pode penhorar o terreno, uma vez que a hipoteca foi constituída antes do lançamento realizado pela Fazenda, de ofício. c) prevalece a garantia real concedida ao Banco Delta S/A, o que não exclui a possibilidade de o Fisco Municipal ficar com o saldo da alienação forçada. d) a Fazenda Municipal pode penhorar o terreno, desde que intime antes o Banco Delta S/A e este não se manifeste. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 63 122 e) a Fazenda Municipal só poderá penhorar o terreno se o fato gerador da obrigação tributária for anterior à data da constituição da hipoteca. Comentário: De acordo com o art. 184, do CTN, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. No caso em questão, não se trata de empresa em processo de falência. Por consequência o crédito tributário se sobrepõe ao crédito com garantia real. Gabarito: Letra A 20.ESAF/PGFN/2012 A lei estabelecerá limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho em relação aos demais créditos, inclusive aos tributários. Comentário: De acordo com o art. 186, par. único, II, do CTN, a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Portanto, trata-se de uma regra facultativa e não obrigatória. Gabarito: Errada 21.ESAF/PGFN/2012 Com as alterações havidas em relação ao regime falimentar, a alteração do Código Tributário Nacionaldeixa claro o propósito de preservar as empresas em dificuldades e consequentemente a oferta de empregos, pelo que se permite afirmar que o crédito tributário ganhou posições em relação à sistemática até então vigente. Comentário: Na realidade, o crédito tributário perdeu posição na ordem de preferência, não preferindo, atualmente, aos créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado. Gabarito: Errada 22.ESAF/PGFN/2012 Na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e às importâncias passíveis de restituição. Todavia, não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Comentário: Está correto dizer que, na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Contudo, o crédito tributário também não prefere aos créditos extraconcursais e às importâncias passíveis de restituição. Gabarito: Errada 23. VUNESP/ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019 Quanto aos privilégios e às garantias do crédito tributário na falência, é correto afirmar que Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 64 122 a) a cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a habilitação em falência. b) os créditos decorrentes da legislação do trabalho preferirão sempre aos créditos tributários, independentemente de seu valor. c) a multa tributária não prefere aos créditos subordinados. d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, sem exceções. e) o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar. Comentário: Alternativa A: A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Alternativa errada. Alternativa B: Na falência, a lei pode impor um limite para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho sobre os créditos tributários. Alternativa errada. Alternativa C: Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Alternativa D: Na falência, além dos créditos trabalhistas e créditos de acidente de trabalho, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa E: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, conforme art. 186, par. único, do CTN. Alternativa correta. Gabarito: Letra E 24.VUNESP/Câmara de Mogi das Cruzes-SP-Procurador/2017 Em relação às preferências do crédito tributário, estabelecidas pelo Código Tributário Nacional, a) o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. b) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. c) a multa tributária prefere apenas aos créditos com garantia real. d) são pagos preferencialmente a quaisquer outros, os créditos tributários vencidos, a cargo de pessoas jurídicas de direito público ou privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação, sendo vedada a cobrança dos créditos vincendos. e) é inconstitucional a lei que estabeleça limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Comentário: Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 65 122 Alternativa A: Na realidade, o art. 186, par. único, I, do CTN, prevê que o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa B: De acordo com o caput do art. 188, do CTN, são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Alternativa correta. Alternativa C: De acordo com o art. 186, par. único, III, do CTN, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Alternativa D: Na verdade, nesse caso, são pagos preferencialmente a quaisquer outros não só os créditos tributários vencidos mas também os créditos vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. Alternativa errada. Alternativa E: De acordo com o art. 186, par. único, II, do CTN, a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Alternativa errada. Gabarito: Letra B 25.VUNESP/Pref. Andradina-SP-Procurador Jurídico/2017 Acerca das preferências do crédito tributário na falência, é correto afirmar que a) prefere aos créditos extraconcursais. b) prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. c) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho. d) é considerado extraconcursal quando decorrente de fato gerador ocorrido durante o processo de falência. e) a multa tributária tem preferência com relação a qualquer outro crédito, seja qual for sua natureza ou classificação nos termos da lei falimentar. Comentário: Alternativa A: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais. Alternativa errada. Alternativa B: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa C: Esta regra não se aplica na falência. Alternativa errada. Alternativa D: Conforme estabelece o caput do art. 188, do CTN, são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Alternativa correta. Alternativa E: Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Gabarito: Letra D Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 66 122 26.VUNESP/IPSMI-Procurador/2016 De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário a) regularmente inscrito como dívida ativa. b) devidamente constituído, mesmo que não inscrito na dívida ativa. c) em fase de constituição, mesmo que não inscrito na dívida ativa. d) regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução. e) não pago na data do seu vencimento. Comentário: Trata-se de uma questão com resposta bastante direta, sendo necessário conhecer o art. 185, do CTN: presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Gabarito: Letra A 27.VUNESP/TJ-RJ-Juiz Substituto/2016 No tocante às garantias e privilégios do crédito tributário, é correto afirmar que a) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e a da obrigação tributária a que corresponda.b) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e aos créditos com garantia real. c) a multa tributária, no processo falimentar, prefere apenas aos créditos quirografários. d) responde pelo crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, excetuados os gravados com cláusula de impenhorabilidade. e) a extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. Comentário: Alternativa A: Na verdade, a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. Alternativa errada. Alternativa B: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais nem aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa C: Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Alternativa D: O que prevê o art. 184, do CTN, é que responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 67 122 Alternativa E: Nos termos do art. 191, do CTN, a extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. Alternativa correta. Gabarito: Letra E 28.VUNESP/Pref. São José do Rio Preto-SP-Procurador/2014 Assinale a alternativa correta acerca da preferência e cobrança do crédito tributário na falência. a) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais. b) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. c) A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. d) A multa tributária prefere aos créditos quirografários. e) São considerados concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Comentário: Alternativa A: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais. Alternativa errada. Alternativa B: Na falência, o crédito tributário não prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. Alternativa errada. Alternativa C: Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Alternativa correta. Alternativa D: Conforme estudamos em aula, a multa tributária não prefere aos créditos quirografários, mas apenas aos créditos subordinados. Alternativa errada. Alternativa E: São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Alternativa errada. Gabarito: Letra C 29.VUNESP/Pref. São José dos Campos-SP-Procurador/2017 Nos termos da lei, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. Nesse sentido, é correto afirmar que na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos a) com garantia real. b) com privilégio especial. c) com privilégio geral. d) quirografários. e) subordinados. Comentário: De acordo com o art. 186, par. único, III, do CTN, na falência, a multra tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 68 122 Gabarito: Letra E 30.VUNESP/TJ-SP-Juiz Substituto/2017 A alienação ou oneração de bens imóveis presume-se em fraude à execução em relação à Fazenda Pública a partir a) do protesto da Certidão da Dívida Ativa. b) da inscrição do débito tributário na Dívida Ativa. c) do ajuizamento da ação de execução fiscal. d) do despacho que ordenou a citação do executado. Comentário: De acordo com o art. 185, do CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Gabarito: Letra B Administração Tributária 31.FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal/2019 A respeito de dívida ativa e certidão negativa, o Código Tributário Nacional prevê: a) Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. b) A certidão que constar a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, não tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa. c) A omissão ou indicação errônea de algum requisito previsto em lei para lavratura do termo de inscrição da dívida ativa será causa de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, não podendo tal nulidade ser sanada pela Fazenda Pública, após a citação judicial do contribuinte executado. d) Somente após a decisão judicial transitada em julgado, a dívida regularmente inscrita gozará da presunção de certeza e liquidez e terá o efeito de prova pré-constituída. e) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, sendo que a fluência de juros de mora exclui a liquidez do crédito tributário citado. Comentário: Alternativa A: Alternativa traz a literalidade da primeira parte do art. 207 do CTN. Alternativa correta. Alternativa B: A alternativa trata da certidão negativa com efeitos de positiva, que tem os mesmos efeitos da certidão negativa (art. 206 do CTN). Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 69 122 Alternativa C: De acordo com o art. 203 do CTN, em caso de omissão, a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Alternativa errada. Alternativa D: O art. 204 do CTN preceitua que a dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Portanto, não há necessidade de decisão judicial transitada em julgado. Alternativa errada. Alternativa E: Conforme disposto no §único do art. 201 do CTN, a fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Alternativa errada. Gabarito: Letra A 32.FCC/TCE-RS-Auditor Público Externo/2018 A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção de liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Tal presunção a) não admite prova em contrário em hipótese alguma. b) pode ser ilidida apenas com a concordância do Procurador da Fazenda. c) pode ser ilidida apenas em sede de Recurso Extraordinário e Recurso Especial. d) pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro que o aproveite. e) pode ser ilidida apenas no caso de alegação de ausência de solidariedade. Comentário: O art. 204, §único do CTN dispõe que a presunção de certeza e liquidez de que goza a dívida regularmente inscrita é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Portanto, alternativa D correta. Gabarito: letraD 33.FCC/ISS-São Luís-Auditor Fiscal/2018 O Código Tributário Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a disciplina nele estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De acordo com o citado Código, a legislação tributária mencionada (A) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços, se elas forem contribuintes do imposto. (B) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, revistam a condição de responsável tributário. (C) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. (D) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços. (E) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de caráter pessoal. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 70 122 Comentário: A legislação tributária a que se refere o enunciado da questão aplica-se, nos termos do art. 194, par. único, do CTN, às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Gabarito: Letra C 34.FCC/Pref. Teresina-Auditor Fiscal/2016 A atividade de fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal relevância que o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais regras a esse respeito. De acordo com esse Código, a) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de contribuinte, desde que não envolva crime financeiro por ele cometido. b) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da força pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. c) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de informações específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do contribuinte em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública. d) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários para que se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão daquela, vedada a lavratura desses termos em separado. e) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão obrigados, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar o ICMS, a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que disponham com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, preservado o dever de segredo, quando previsto em lei. Comentário: Alternativa A: De acordo com o caput, do art. 198, do CTN, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades, sem prejuízo do disposto na legislação criminal. Alternativa errada. Alternativa B: O art. 200, do CTN, prevê a possibilidade de as autoridades administrativas federais requisitarem o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e também reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária. Contudo, o dispositivo estabelece que essa requisição pode ocorrer ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção, ao contrário do que foi afirmado na assertiva. Alternativa errada. Alternativa C: Conforme prevê o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. Alternativa errada. Alternativa D: De fato, foi previsto no caput do art. 196, do CTN, que a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 71 122 necessários para que se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão daquela. Entretanto, o par. único, do art. 196, admite a lavratura dos termos em separado, hipótese em que será entregue, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade administrativa. Alternativa errada. Alternativa E: Tal dever foi previsto no art. 197, IV, do CTN, ficando ressalvada no par. único deste artigo a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de sua atividade. Alternativa correta. Gabarito: Letra E 35.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 O CTN, em Capítulo próprio do Título referente à Administração Tributária, contém algumas regras atinentes à Dívida Ativa das pessoas jurídicas de direito público. De acordo com esse Código, a dívida a) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, a partir da decisão judicial de primeira instância favorável à Fazenda Pública. b) ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pública, que não foi pago no prazo legal. c) regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, desde o momento de sua inscrição, e tem o efeito de prova pré-constituída. d) regularmente inscrita na repartição administrativa competente está sujeita à incidência de juros de mora, que não excluirão, todavia, a liquidez do crédito. e) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção de certeza e liquidez, presunção essa que pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito ativo. Comentário: Alternativa A: A dívida ativa goza de presunção relativa de liquidez e certeza, e não precisa esperar decisão judicial de primeira instância favorável à Fazenda Pública (art. 204 do CTN). Alternativa errada. Alternativa B: Multa e juros também fazem parte da dívida ativa tributária. Alternativa errada. Alternativa C: O art. 204, §único do CTN dispõe que a presunção de certeza e liquidez de que goza a dívida regularmente inscrita é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca. Alternativa errada. Alternativa D: Conforme disposto no §único do art. 201 do CTN, a fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Alternativa correta. Alternativa E: O art. 204, §único do CTN dispõe que a presunção de certeza e liquidez de que goza a dívida regularmente inscrita é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Alternativa errada. Gabarito: letra D Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 72 122 36.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 O termo de inscrição da dívida ativa, além de ter de ser autenticado pela autoridade competente, ainda deve conter, obrigatoriamente, várias outras informações relacionadas com o devedor e com o crédito tributário.De acordo com o CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos, cuja presença seja obrigatória no referido termo, é causa de nulidade a) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tal nulidade poderá ser sanada até a prolação de decisão irrecorrível, observados os requisitos para tanto. b) do processo de cobrança decorrente da inscrição, mas não da própria inscrição. c) da inscrição, mas não do processo de cobrança dela decorrente. d) insanável da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. e) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tais nulidades poderão ser sanadas até a prolação de decisão de primeira instância, observados os requisitos para tanto e os direitos do sujeito passivo. Comentário: O art. 203 do CTN dispõe que a omissão de quaisquer dos requisitos, cuja presença seja obrigatória no termo de inscrição em dívida ativa, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Portanto, alternativa E correta. Gabarito: Letra E 37.FCC/SEMPLAN Teresina-Analista de Orçamento e Finanças Públicas/2016 A respeito da inscrição da dívida ativa tributária, considere: I. A dívida regularmente inscrita goza de absoluta presunção de certeza e liquidez. II. A dívida regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída. III. A inscrição da dívida ativa é o ato de constituição do crédito tributário. Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) II. c) I e III. d) II e III. e) I. Comentário: A questão exige conhecimento do art. 199 do CTN. Item I: A presunção é relativa (art. 204, §único do CTN). Item errado. Item II: Em conformidade com o art. 204 do CTN. Item correto. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 73 122 Item III: O ato de constituição do crédito tributário é o lançamento (art. 142 do CTN). Item errado. Gabarito: Letra B 38.FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016 Relativamente à comprovação da quitação de tributos, o CTN determina que a) essa comprovação, por meio de certidão negativa, deverá se restringir aos impostos e às contribuições em geral, pois, em relação às taxas, a comprovação será feita no momento da utilização do serviço público oferecido. b) a certidão que aponte apenas a existência de créditos tributários por vencer, possa ser aceita como prova de quitação de tributos. c) ela seja feita mediante a expedição de declaração interna, emitida por repartição fiscal, mediante requerimento da autoridade administrativa, com anuência do interessado. d) somente poderá ser feita por meio de certidão negativa. e) essa prova poderá deixar de ser feita por meio de certidão negativa, mas não poderá deixar de ser feita por outros meios, a critério da Administração Tributária. Comentário: Alternativa A: Não há qualquer determinação nesse sentido no texto do CTN. Alternativa errada. Alternativa B: De acordo com o art. 206, do CTN, tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos. Alternativa correta. Alternativa C: Conforme prevê o art. 205, do CTN, a prova de quitação de tributos é realizada por meio de certidão negativa, expedida por meio de requerimento do interessado, e não da autoridade administrativa. Alternativa errada. Alternativa D: A certidão positiva com efeitos de negativa também faz prova de quitação dos tributos. Alternativa errada. Alternativa E: Ressalvado o caso de dispensa da prova de quitação dos tributos, deve ser feita por meio de certidão negativa, ou, nos casos previstos no art. 206, do CTN, por meio de certidão positiva que tenha os mesmos efeitos de negativa. Alternativa errada. Gabarito: Letra B 39.FCC/PGE-MT-Procurador/2016 A pessoa jurídica DAMALINDA, dedicada ao varejo de vestuários, é composta por dois sócios, um dos quais assumiu a administração da empresa conforme previsto em seus atos constitutivos. Em razão de dificuldades financeiras, essa empresa passou a interromper os recolhimentos do ICMS, visando a obter recursos para o pagamento de seus empregados e fornecedores. Não obstante a inadimplência, a empresa continuou a declarar o valor mensalmente devido. Após certo período de tempo, a atividade se revelou efetivamente inviável, e o administrador optou por encerrar suas atividades e fechou todas as lojas, leiloando em um site de internet todo o saldo de estoques. A decisão deste administrador Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 74 122 I. foi acertada, pois se a empresa estava em dificuldades não haveria motivo para continuar com as atividades e incrementar a inda mais seu passivo tributário. II. foi incorreta, pois ao simplesmente fechar as portas das lojas ficou caracterizada a dissolução irregular, o que poderá justificar o futuro redirecionamento de execuções fiscais à pessoa física dos sócios. III. foi incorreta, pois o administrador poderia ter recorrido a remédios legais para a proteção de empresas em dificuldade, tais como a recuperação de empresas e a falência, ao invés de simplesmente encerrar suas atividades sem a comunicação aos órgãos administrativos competentes. IV. não alterou a situação legal do outro sócio no tocante à respectiva responsabilidade pelo crédito tributário, uma vez que todos os sócios respondem pelos débitos fiscais da sociedade. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e IV. b) II e III. c) II. d) III. e) IV. Comentário: Item I: Este item é muito absurdo, a começar pela própria definição de tributo como prestação compulsória. Item errado. Item II: O direcionamento da execução poderá ser feito somente ao sócio gerente e não a todos os sócios. Relembrando, presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente (Súmula 435 do STJ). Item errado. Item III: O administrador deveria ter recorrido ao instituto da falência, regulado pela Lei 11.101/2005. Item correto. Item IV: Conforme visto no item II, só haveria responsabilidade do sócio-gerente. Item errado. Gabarito: Letra D 40.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 De acordo com o CTN, a obrigação acessória de prestar à autoridade administrativa as informações de que disponham relativamente aos bens, negócios ou atividades de terceiros tem como sujeito passivo, dentre outros, a) as empresas de administração de bens, desde que o referido bem, sendo imóvel, esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação. b) os sacerdotes, exclusivamente em relação a crimes de sonegação fiscal, ou contra a ordem tributária, cujos relatos tenham sido ouvidos em confissão. c) qualquer pessoa que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 75 122 d) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o cartório de notas esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação. e) os síndicos de edifícios comerciais e residenciais e os comissários de bordo de aeronaves que fazem voos apenas no território nacional. Comentário: A questão exige conhecimento do art. 197 do CTN. Veja cada alternativa:Alternativa A: Não há restrição quanto ao local do imóvel (art. 197, III). Alternativa errada. Alternativa B: Os sacerdotes não estão no rol do art. 197. Alternativa errada. Alternativa C: Em conformidade com o inciso VII. Alternativa correta. Alternativa D: Não há restrição quanto à localização do cartório (art. 197, I). Alternativa errada. Alternativa E: Não há qualquer previsão quanto a comissário de bordo. Alternativa errada. Gabarito: Letra C 41.FCC/ARSETE-Advogado/2016 O Código Tributário Nacional autoriza permutas de informações entre as Fazendas Públicas das pessoas jurídicas de direito público interno, e também autoriza que permutas de informações sejam feitas com Estados estrangeiros. De acordo com esse Código, essas permutas, I. no plano interno, serão feitas na forma estabelecida, apenas em caráter geral, por lei, decreto federal ou convênio. II. quando feitas entre as Fazendas Públicas dos Estados federados, deverão ser autorizadas pelo Senado Federal e renovadas, quando for o caso, bienalmente. III. quando feitas entre a Fazenda Pública da União e os Estados estrangeiros, deverão sê-lo na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios internacionais, e necessariamente no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) II. c) I. d) I e II. e) II e III. Comentário: A questão exige conhecimento do art. 199 do CTN. Item I: De acordo com o caput, a permuta pode ser em caráter geral ou específico. Ainda não há previsão que permita permuta de informações por decreto federal Item errado. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 76 122 Item II: Não há exigência de autorização do senado. A cooperação pode ser estabelecida por lei, ou convênio. Item errado. Item III: Em conformidade com o §único deste artigo. Item correto. Gabarito: Letra A 42.FCC/ALMS-Assistente Jurídico/2016 Acerca das regras sobre a Administração Tributária, constantes no Código Tributário Nacional − CTN, é correto afirmar: a) As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, salvo quando se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. b) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. c) A autoridade administrativa que proceder ou presidir quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma do CTN, que, expressamente, fixa prazo máximo de quinze dias para a conclusão daquelas. d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que a autoridade fiscal, em diligência no estabelecimento, autorize a destruição dos referidos documentos. e) As regras do CTN sobre Administração Tributária e fiscalização não se aplicam às pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Comentário: Alternativa A: As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. (art. 200 do CTN). Alternativa errada. Alternativa B: Alternativa traz a literalidade do art. 195 do CTN. Alternativa correta. Alternativa C: A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas (art. 196 do CTN). Alternativa errada. Alternativa D: Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram (art. 195, §único). Alternativa errada. Alternativa E: A legislação tributária aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (art. 194, §único). Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 77 122 Gabarito: Letra B 43. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor-Fiscal/2019 Conforme o CTN, com o objetivo de aprimorar a fiscalização tributária, a permuta de informações entre a fazenda pública da União e determinada secretaria de fazenda estadual é permitida a) se houver previsão em lei ou convênio e desde que não inclua informações sigilosas. b) independentemente da existência de lei, convênio ou processo administrativo, e pode incluir qualquer tipo de informação. c) se houver previsão legal e desde que inclua apenas informações não sigilosas. d) se houver previsão em lei ou convênio e pode incluir informações sigilosas. e) se houver previsão legal e deve restringir-se a informações estritamente sigilosas. Comentário: Trata-se do disposto no art. 199, do CTN, que permite a permuta de informações sigilosas entre os Fiscos, desde que haja previsão em lei ou convênio: a Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. Gabarito: Letra D 44. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018 O estado de Minas Gerais poderá expedir certidão positiva de débito com efeitos de negativa no caso de a) haver moratória revogada e créditos não vencidos. b) estar em curso execução fiscal em que tenha sido efetivada a penhora e haver remissão. c) haver anistia e isenção. d) haver créditos não vencidos e parcelamento. e) haver créditos vencidos e estar em curso execução fiscal em que tenha sido efetivada a penhora. Comentário: De acordo com o art. 206, do CTN, tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Alternativa A: No caso de moratória revogada, não há que se falar na emissão de CPEN, já que não há mais suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Alternativa errada. Alternativa B: No caso de remissão, a certidão é negativa, e não positiva. Alternativa errada. Alternativa C: No caso de anistia ou isenção, a certidão é negativa, e não positiva. Alternativa errada. Alternativa D: Em se tratando de créditos não vencidos ou objeto de medida que suspensa sua exigibilidade, como o parcelamento, haverá expedição de CPEN. Alternativa correta. Alternativa E: No caso de créditos vencidos, não há que se falar na expedição de CPEN. Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 78 122 Gabarito: Letra D 45. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018 Determinado estadoda Federação, ao inscrever crédito em dívida ativa tributária, indicou o valor de tributo estadual sem apresentar a forma de calcular os juros de mora. Nos termos do CTN, essa certidão de dívida ativa a) será válida, por não ser requisito obrigatório. b) terá presunção absoluta, e eventual erro deverá ser impugnado por ação judicial. c) será válida, uma vez que a forma de cálculo tem previsão em lei estadual. d) será nula, mas poderá ser substituída até a decisão judicial de primeira instância. e) será ilíquida, caso os juros de mora decorrentes do crédito tributário não estejam fluindo. Comentário: O art. 202, II, do CTN, estabelece que o termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. O art. 203, do CTN, prevê, ainda, que a omissão desse requisito obrigatório (bem como os demais elencados no art. 202), ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula. Logo, a certidão em questão será nula, mas poderá ser substituída até a decisão judicial de primeira instância. Gabarito: Letra D 46. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018 Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional: A certidão positiva que indique a existência de um crédito tributário já vencido, mas submetido a parcelamento, tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa. Comentário: De fato, o art. 206, do CTN, prevê que A certidão positiva que indique a existência de um crédito tributário já vencido, mas submetido a parcelamento (suspensão da exigibilidade do crédito tributário), tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa. Gabarito: Correta 47. CESPE/CAGE-RS-Auditor/2018 Autoridade fazendária lavrou termo de inscrição de dívida ativa contendo apenas os seguintes dados: nome do devedor, quantia devida, data da inscrição e número do processo administrativo do qual se originou. De acordo com o CTN, o termo deveria conter, ainda, obrigatoriamente, a) os responsáveis tributários. b) o endereço do devedor. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 79 122 c) o CPF e o RG do devedor. d) a previsão legal do crédito. e) a memória de cálculo detalhada dos juros de mora. Comentário: De acordo com o art. 202, do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Gabarito: Letra D 48. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018 Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional: As informações relativas às representações fiscais para fim penal são sigilosas, sendo vedada a sua divulgação ou publicização. Comentário: As informações relativas às representações fiscais para fins penais são uma das exceções previstas no CTN, em que se admite a divulgação. Gabarito: Errada 49. CESPE/DPU-Defensor Público/2017 A respeito das normas gerais de direito tributário, julgue o seguinte item: A fluência de juros de mora de dívida ativa regularmente inscrita exclui a liquidez do crédito. Comentário: O CTN previu que a fluência de juros de mora de dívida ativa regularmente inscrita, na verdade, não exclui a liquidez do crédito. Gabarito: Errada 50. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017 Caso o contribuinte tenha créditos inscritos em dívida ativa integralmente garantidos por penhora ou créditos com a exigibilidade suspensa, é admitido que lhe seja expedida certidão de regularidade fiscal. Comentário: De fato, havendo a efetivação da penhora na execução fiscal, ou a existência de créditos com a exigibilidade suspensa ou mesmo créditos ainda não vencidos, é admitido que lhe seja expedida certidão de regularidade fiscal (positiva com efeitos de negativa). Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 80 122 Gabarito: Correta 51. CESPE/PGE-SE-Procurador/2017 Uma certidão positiva com efeitos de negativa consiste em a) documento administrativo que indica a existência de créditos inexigíveis ou que já estão garantidos, embora não sirva para a comprovação de regularidade do pagamento de tributos. b) certidão judicial que indica a existência de créditos exigíveis e não garantidos, apesar de não servir para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo. c) certidão judicial usada para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo, ainda que indique a existência de créditos vencidos e exigíveis. d) documento administrativo utilizado para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo, ainda que indique a existência de créditos garantidos ou inexigíveis. e) certidão administrativa ou judicial que serve para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo e que certifica a existência de créditos exigíveis e não adimplidos, mesmo sem garantia. Comentário: A certidão positiva com efeitos de negativa foi definida no art. 206, do CTN, sendo um documento administrativo hábil para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo, ainda que indique a existência de créditos garantidos ou inexigíveis (por ainda não estarem vencidos ou por estarem amparados por medida que suspenda a sua exigibilidade). Gabarito: Letra D 52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017 Caso o contribuinte tenha créditos inscritos em dívida ativa integralmente garantidos por penhora ou créditos com a exigibilidade suspensa, é admitido que lhe seja expedida certidão de regularidade fiscal. Comentário: De fato, tem os mesmos efeitos de certidão negativa (regularidade fiscal) a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Gabarito: Correta 53.CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016 A administração tributária poderá fornecer certidão positiva com os mesmos efeitos da certidão negativa na hipótese de créditos tributários com exigibilidade suspensa ou de créditos objeto de execução fiscal garantidos por penhora. Comentário: É o que estabelece o art. 206, do CTN: tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Portanto, nas hipóteses citadas na questão, é possível a emissão de certidão positiva com os mesmos efeitos da certidão negativa. Gabarito: Correta Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 81 122 54.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 Um contribuinte deixou de recolher determinado tributo no prazo previsto em lei e, por isso, foi alvo de ação do fisco, que procedeu à lavratura de auto de infração cobrando o valor original do referido tributo com juros, correção monetária e multa pecuniária. No referido auto de infração, ficou concedido o prazo de vinte dias para que o contribuinteefetuasse o pagamento ou o impugnasse. Nessa situação hipotética, a) o valor cobrado pelo auto de infração constitui dívida ativa não tributária até a inscrição da referida dívida, na forma da lei. b) o valor cobrado pelo fisco constitui dívida ativa não tributária, visto que admite prova em contrário. c) o débito constituído por meio de auto de infração corresponde a crédito público, no sentido que o direito financeiro dá a essa expressão, podendo, por isso, ser cobrado judicialmente. d) durante o referido prazo de vinte dias, a inscrição de dívida ativa tributária estaria impossibilitada, haja vista que o prazo para pagamento ou impugnação não se teria esgotado. e) o débito apurado contra o contribuinte consolidou-se com a lavratura do auto de infração em dívida ativa tributária. Comentário: A inscrição em dívida ativa só pode ocorrer após o decurso do prazo para pagamento ou impugnação do auto de infração. Portanto, na situação apresentada, durante o referido prazo de vinte dias, a inscrição de dívida ativa tributária estaria impossibilitada, haja vista que o prazo para pagamento ou impugnação não se teria esgotado. Gabarito: Letra D 55.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 De acordo com o Código Tributário Nacional, admite-se a transferência de dados fiscais sigilosos obtidos em razão do exercício dos poderes de fiscalização, se solicitada por outros entes da administração pública. Nessa hipótese, a entrega dos dados, ainda que constitua exceção à regra de preservação do sigilo, deverá ser feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo. Comentário: Não se trata, neste caso, de exceção à regra de preservação do sigilo, pois o art. 198, § 2º, do CTN, dispõe que o intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. Gabarito: Errada 56.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 A apreensão de mercadorias até o pagamento do tributo devido inclui-se entre os poderes de fiscalização tributária do fisco. Comentário: De acordo com a Súmula 323 do STF, é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Gabarito: Errada Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 82 122 57. FGV/Câmara Municipal de Salvador-BA-Advogado Legislativo/2018 Um contribuinte questiona judicialmente, através de uma ação ordinária, três créditos tributários. Caso esse contribuinte venha a requerer certidão sobre sua situação fiscal, ela será: (A) negativa, em qualquer caso; (B) positiva, em qualquer caso; (C) positiva com efeitos de negativa, em qualquer caso; (D) negativa, caso o contribuinte tenha confessado os débitos em juízo; (E) positiva com efeitos de negativa, caso tenha sido concedida a antecipação dos efeitos da tutela. Comentário: A certidão a ser expedida poderá ser positiva ou positiva com efeitos de negativa, sendo que neste caso o contribuinte deve se enquadrar em alguma dos casos previstos no art. 206, do CTN: créditos não vencidos, créditos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou créditos cuja exigibilidade esteja suspensa. Vale lembrar que as medidas que ensejam a suspensão da exigibilidade do crédito tributário estão previstas no art. 151, do CTN, dentre as quais está a concessão de antecipação de tutela. Assim, não se pode dizer que é positiva, positiva com efeitos de negativa ou negativa, em qualquer caso. Ademais, também não há relação com o fato de o contribuinte ter ou não confessado os débitos em juízo. Gabarito: Letra E 58. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018 Analise as hipóteses a seguir, e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) Constitui dívida ativa tributária todo crédito da Fazenda Pública que tiver sido inscrito em repartição administrativa competente, esgotado o prazo em lei para pagamento. ( ) Certidão da Dívida Ativa é o título que habilita o Fisco a ingressar com a execução fiscal, contemplando valor líquido e certo, incabível sua alteração após iniciado o processo executivo. ( ) A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa até a decisão de 1ª instância, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente, a) F – F – V. b) V – V – F. c) F – V – F. d) V – F – V. e) V – F – F. Comentário: Item I: De acordo com o art. 201, do CTN, constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 83 122 para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Logo, não se pode afirmar que é todo crédito da Fazenda Pública, mas apenas créditos tributários. Item errado. Item II: O art. 203, do CTN, prevê que a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Item errado. Item III: Além do que já foi afirmado no item anterior, em relação ao art. 203, do CTN, para responder o Item III, seria necessário conhecer a Súmula 392, do STJ, segundo a qual a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Item correto. Gabarito: Letra A 59. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018 A empresa Delta possuía um débito tributário junto ao Estado Beta relativo à determinada exação lançada por homologação. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o tributo que é objeto da dívida de Delta. Esta precisa obter uma certidão negativa, para poder concorrer a um procedimento licitatório. Nessas circunstâncias, a) a empresa não tem direito à certidão negativa, visto que a decisão do STF não retroage, e a dívida é anterior à declaração da inconstitucionalidade. b) tendo havido regular apuração do crédito fazendário, prevalece a presunção de liquidez e certeza em favor do Fisco. c) a empresa tem direito apenas à certidão positiva com efeito de negativa, havendo a suspensão da exigibilidade do tributo. d) a empresa tem direito à certidão negativa, porém deve fazer o depósito cautelar do tributo que foi lançado por homologação, até que a Fazenda interessada se manifeste. e) a empresa tem direito à certidão negativa até a fiscalização da regularidade do procedimento de lançamento pelo Fisco, apurando-se eventual débito tributário ainda remanescente. Comentário: Alternativa A: De acordo com a jurisprudência do STJ, não se pode negar a expedição de Certidão Negativa de Débito ante a presença de débito referente ao não pagamento de exação declarada inconstitucional pelo Colendo Supremo Tribunal Federal. Alternativa errada. Alternativa B: A presunção de certeza e liquidez é relativa, cabendo prova em contrário. Alternativa errada. Alternativa C: Não há que se falar em certidão positiva com efeito de negativa, por não se enquadrar nas situações descritas no art. 206, do CTN. Alternativa errada.Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 84 122 Alternativa D: Já comentamos que não se pode negar a expedição de Certidão Negativa de Débito ante a presença de débito referente ao não pagamento de exação declarada inconstitucional pelo Colendo Supremo Tribunal Federal. Alternativa errada. Alternativa E: Cabe aqui o mesmo comentário da alternativa anterior (Letra D). Alternativa errada. Gabarito: Letra E 60. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Nos termos do Código Tributário Nacional, “a legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. Assim, a legislação mencionada será aplicada: a) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, mesmo que isentas ou as que não sejam tributadas por força de norma infraconstitucional; b) a pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal; c) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou representantes legais; d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira; e) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que alude a norma respectiva. Comentário: O comando da questão consiste na transcrição do caput do art. 194, do CTN. Foi solicitado do candidato o que consta no seu par. único: a legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Gabarito: Letra B 61. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, NÃO é essencial: a) a data da inscrição; b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; c) a autenticação da autoridade competente; d) o domicílio ou residência do devedor; e) a indicação do livro e da folha da inscrição. Comentário: São requisitos essenciais à validade da Certidão de Dívida Ativa (CDA), conforme disposto no art. 202, do CTN: • Autenticação pela autoridade competente; • o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis; • a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 85 122 • a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; • a data em que foi inscrita; • sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito; indicação do livro e da folha da inscrição. De acordo com o art. 202, I, do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa indicará, sempre que possível, o domicílio ou a residência do devedor e de seus corresponsáveis. Gabarito: Letra D 62. FGV/CONDER-Advogado/2013 Em determinado procedimento de fiscalização os agentes fazendários, sem mandado judicial, apreenderam livros contábeis e arquivos que continham registros de notas fiscais emitidas pela empresa fiscalizada. Os documentos fiscais e contábeis referidos subsidiaram a denúncia do MP em face dos gestores da empresa, por crime de sonegação fiscal. A denúncia, na hipótese, A) padece de vício de nulidade, já que houve quebra do sigilo de dados não autorizada pelo Poder Judiciário. B) não é cabível denúncia com base em quebra não autorizada do sigilo de dados, embora sejam documentos de apresentação obrigatória pelo contribuinte. C) a prova obtida através de meio ilícito conspurca a denúncia, conforme registrado na tese dos frutos da árvore envenenada. D) pode ser regularmente admitida, já que embora tenha havido a quebra do sigilo de dados, durante o processo o contribuinte poderá opor defesa. E) deve ser regularmente recebida, já que não há qualquer vício no procedimento adotado pela fiscalização, uma vez que os documentos apreendidos são públicos. Comentário: De acordo com o art. 195, do CTN, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Portanto, a denúncia do Ministério Público por crime de sonegação fiscal deve ser recebida pelo Poder Judiciário, já que não houve vício no procedimento adotado pela fiscalização. Gabarito: Letra E 63.ESAF/PGFN-Procurador da Fazenda Nacional/2015 Estão submetidas a sigilo fiscal as informações relativas a: a) representações fiscais para fins penais. b) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. c) parcelamento ou moratória. d) bens, negócios ou atividades do contribuinte ou de terceiros. e) dados cadastrais do contribuinte. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 86 122 Comentário: Alternativa A: Trata-se de exceção ao sigilo fiscal, conforme art. 198, § 3º, I, do CTN. Alternativa errada. Alternativa B: Trata-se de exceção ao sigilo fiscal, conforme art. 198, § 3º, II, do CTN. Alternativa errada. Alternativa C: Trata-se de exceção ao sigilo fiscal, conforme art. 198, § 3º, III, do CTN. Alternativa errada. Alternativa D: De acordo com o caput, do art. 198, do CTN, sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Alternativa E: O sigilo fiscal está relacionado a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades, e não meramente aos dados cadastrais. Assim, por exemplo, você pode fazer uma consulta no Site da Receita Federal sobre os dados cadastrais de uma empresa, por meio de seu CNPJ, mas não pode ter acesso às informações fiscais dessa mesma empresa. Alternativa errada. Gabarito: Letra D 64.ESAF/AFRFB/2014 Sobre a inscrição em dívida ativa tributária, assinale a opção incorreta. a) A inscrição em dívida ativa, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita, no caso dos tributos de competência da União, pela Procuradoria da Fazenda Nacional. b) Trata-se do único ato de controle de legalidade, efetuado sobre o crédito tributário já constituído, que se realiza pela apreciação crítica dos profissionais legalmente competentes. c) O exame prévio efetuado para a inscrição em dívida ativa constitui uma garantia ao cidadão de que aquele crédito, originário de uma obrigação não adimplida em tempo e forma devidos, foi devidamente apurado e teve sua existência confirmada por meio do controle administrativo de sua legalidade e legitimidade. d) Exige-se a notificação do sujeito passivo da lavratura da notificação do débito, da inscrição em dívida ativa e da extração da respectiva certidão, sob pena de nulidade. e) A Fazenda Nacional pode, graças à autorização contida em Portaria Ministerial do Ministro de Estado da Fazenda, deixar de inscrever em Dívida Ativa da União débitos consolidados de um mesmo sujeito passivo inferiores a determinado valor. Comentário: Alternativa A: De fato, a inscrição em dívida ativa é um ato de controle de legalidade e, em se tratando de tributos de competência da União, é realizadopela PFN. Item correto. Alternativa B: De fato, é o único ato de controle de legalidade em que o crédito tributário lançado é submetido a profissionais bacharéis em Direito. Item correto. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 87 122 Alternativa C: De fato, o exame prévio efetuado pela PFN, antes de inscrever o crédito em dívida ativa, constitui um meio de proteção ao cidadão contra lançamentos improcedentes. Item correto. Alternativa D: Não se exige a notificação da inscrição do crédito em dívida ativa, bem como a extração da CDA. Exige-se apenas a notificação do lançamento do crédito tributário. Item errado. Alternativa E: De fato, a Portaria MF 75/2012 determina que não sejam inscritos em dívida ativa os débitos inferiores ao que foi nela estipulado. Item correto. Gabarito: Letra D 65.ESAF/ATRFB/2012 A certidão com efeito de negativa pode ser expedida em favor de contribuinte que tenha efetuado o depósito do montante integral do crédito tributário, pois, em tal caso, este estará com sua exigibilidade suspensa? Comentário: Conforme prevê o art. 206, do CTN, pode ser expedida certidão positiva com efeitos de negativa, quando o crédito tributário esteja com sua exigibilidade suspensa, como é o caso do depósito do montante integral. Gabarito: Correta 66.ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010 O termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente. Comentário: Deveras, a função precípua da CDA é materializar a dívida ativa tributária, viabilizando a propositura da ação de execução fiscal. Gabarito: Correta 67. VUNESP/ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019 A divulgação ou o compartilhamento, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades a) é vedada se solicitada para instruir processo em trâmite no órgão ou entidade solicitante, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de ilícito administrativo. b) é vedada em caso de parcelamento ou moratória. c) é permitida se requisitada por autoridade judiciária, no interesse da justiça. d) é permitida, a todos os entes federados, na forma como estabelecido em tratado, acordo ou convênio com Estados estrangeiros, com o objetivo de investigar o sujeito passivo por prática de crime. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 88 122 e) é permitida entre as Fazendas Públicas de forma mútua, para fiscalização dos respectivos tributos e permuta de informações, independentemente da celebração de convênio ou outro instrumento de cooperação. Comentário: Alternativa A: Não é vedado o compartilhamento de informações protegidas por sigilo se solicitada para instruir processo em trâmite no órgão ou entidade solicitante, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de ilícito administrativo. Alternativa errada. Alternativa B: Não é vedada a divulgação relativa a parcelamento ou moratória. Alternativa errada. Alternativa C: Realmente, é permitido o compartilhamento de informações protegidas pelo sigilo fiscal em caso de requisição por autoridade judiciária, no interesse da justiça. Alternativa correta. Alternativa D: Somente a União pode compartilhar as informações com Estados estrangeiros. Alternativa errada. Alternativa E: O compartilhamento de informações entre os entes federativos depende de lei ou convênio por eles celebrados. Alternativa errada. Gabarito: Letra C 68.VUNESP/TJ-RS-Juiz Substituto/2018 Um cidadão protocola pedido administrativo junto à Secretaria da Fazenda do Município X, pleiteando acesso à lista dos 50 maiores devedores do Município, considerando apenas os débitos inscritos em dívida ativa. A autoridade competente da Secretaria da Fazenda, com base na legislação tributária vigente, deve a) deferir o pedido, porque não há vedação legal à divulgação de informações relativas às inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. b) indeferir o pedido, porque a divulgação desses dados somente é permitida quando houver solicitação de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que comprovada a instauração regular de processo administrativo com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. c) indeferir o pedido, porque essas informações foram obtidas pela Fazenda Pública em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. d) deferir o pedido, desde que a entrega das informações seja realizada pessoalmente ao solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência dos dados solicitados e assegure a preservação do seu sigilo. e) indeferir o pedido, porque a divulgação de informações sobre inscrição de débito em dívida ativa da Fazenda Pública somente pode ser realizada ante a requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 89 122 Comentário: De acordo com o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. Logo, a autoridade competente deve deferir o pedido no caso em questão. Gabarito: Letra A 69.VUNESP/PauliPrev-SP-Procurador/2018 Há grandes críticas na imprensa à suposta ineficiência dos órgãos jurídicos de cobrança dos créditos de entes públicos inscritos na chamada Dívida Ativa. Essa crítica ocorre a partir da avaliação dos grandes saldos acumulados a esse título nos balanços dos mais diversos entes públicos. Afirma-se que um dos motivos para a dificuldade de cobrança desses créditos resida na desatualização dos cadastros de contribuintes, fazendo com que os devedores não sejam facilmente encontrados para cobrança. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição judicial competente, depois de esgotado o prazo fixado para recurso pela lei. b) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. c) A fluência de juros de mora sobre a dívida exclui a liquidez do crédito inscrito em dívida ativa e demanda a realização de nova inscrição, sendo esse um dos motivos para a ineficiência destacada no enunciado. d) O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros. e) A omissão, no termo de inscrição da dívida ativa, de quaisquer dos requisitos previstos em lei, ou o erro a eles relativo, são causas de ineficácia da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. Comentário: Alternativa A: O erro da assertiva está em dizer que a dívida ativa é inscrita em repartição judicial, quando, na realidade, é inscrita em repartição administrativa, nos termos do art. 201, do CTN: constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado,para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Alternativa errada. Alternativa B: A presunção da dívida regularmente inscrita é relativa, e não absoluta. Alternativa errada. Alternativa C: A fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Alternativa errada. Alternativa D: Esta assertiva está correta, conforme prevê o art. 202, I, do CTN. Alternativa correta. Alternativa E: O art. 203, do CTN, dispõe que a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. Porém, a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Alternativa errada. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 90 122 Gabarito: Letra D 70.VUNESP/Pref. Andradina-SP-Assistente e Procurador/2017 Tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos a) em curso de cobrança executiva, independentemente de ter sido efetuada a penhora. b) vencidos, mas já inscritos na dívida ativa. c) vencidos, independentemente de terem sido inscritos ou não na dívida ativa. d) que estejam em moratória. e) inscritos na dívida ativa, desde que ainda não promovida sua execução judicial. Comentário: Alternativa A: Para ter os mesmos efeitos da certidão negativa os créditos em curso de cobrança executiva devem estar com a penhora efetuada. Alternativa errada. Alternativa B: Para ter os mesmos efeitos da certidão negativa os créditos devem estar vincendos, e não vencidos. Alternativa errada. Alternativa C: Para ter os mesmos efeitos da certidão negativa os créditos devem estar vincendos, e não vencidos. Alternativa errada. Alternativa D: Como a moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário, a certidão de que conste créditos em moratória tem os mesmos efeitos da certidão negativa. Alternativa correta. Alternativa E: Para ter os mesmos efeitos da certidão negativa os créditos inscritos em dívida ativa devem estar em curso de cobrança executiva com a penhora efetuada ou amparados por medida que suspenda a sua exigibilidade. Alternativa errada. Gabarito: Letra D 71.VUNESP/Câmara Marília-SP-Procurador/2016 No que se refere à Dívida Ativa, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos em lei, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada a) a qualquer tempo ou grau de jurisdição, mediante correção da certidão anulável, visto que referida nulidade não é alcançada pela preclusão consumativa. b) até decisão de segunda instância, mediante correção da certidão anulável, mas antes da interposição de recurso especial ou extraordinário. c) até decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula. d) a qualquer tempo ou grau de jurisdição, mediante substituição da certidão nula. e) antes da sentença de julgamento a ser proferida em sede de ação anulatória de lançamento tributário. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 91 122 Comentário: De acordo com o art. 203, do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Gabarito: Letra C 72.VUNESP/Pref. Caieiras-SP-Procurador/2015 Assinale a alternativa correta no que respeita à Dívida Ativa Tributária. a) Constitui Dívida Ativa tributária a proveniente de crédito público de qualquer natureza, depois de esgotado o prazo fixado por decisão proferida em processo regular. b) A fluência de juros de mora, relativamente à Dívida Ativa, exclui a liquidez do crédito. c) A omissão de quaisquer dos requisitos exigidos para o termo de inscrição da Dívida Ativa, ou o erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada, mediante correção da certidão nula, até decisão de segunda instância. d) A dívida regularmente inscrita goza de presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. e) A presunção de certeza e liquidez da dívida regularmente inscrita é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Comentário: Alternativa A: Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Alternativa errada. Alternativa B: A fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Alternativa errada. Alternativa C: Vimos durante a aula que a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula. Alternativa errada. Alternativa D: A dívida regularmente inscrita goza da presunção relativa de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Alternativa errada. Alternativa E: De fato, consoante o disposto no art. 204, par. único, do CTN, a presunção de certeza e liquidez da dívida ativa é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Alternativa correta. Gabarito: Letra E Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 92 122 Disposições Finais e Transitórias 73.FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016 Um determinado fato gerador do ICMS, tributo lançado por homologação, ocorreu no dia 24 de março de 2016, última quinta-feira que antecedeu a Páscoa deste ano, e véspera de feriado nacional. Tendo em conta que o contribuinte desse imposto não agiu com dolo, fraude ou simulação e considerando, ainda, que as repartições públicas desse Estado não funcionam nos fins de semana, de acordo com as normas do CTN, o primeiro dia de fluência do prazo a) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 24 de março de 2016. b) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 25 de março de 2016. c) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 26 de março de 2016. d) decadencial terá sido 1o de janeiro de 2016. e) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 28 de março de 2016. Comentário: Esta questão cobra o conhecimento da regra de contagem dos prazos previstos no CTN, prevista em seu art. 210: os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Além disso, prevê o seu par. único o seguinte: os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. No caso concreto, ao excluir o dia de início (quinta-feira, véspera de feriado), o próximo dia de expediente normal seria segunda-feira, isto é, 28 de março de 2016.Este é o termo inicial da fluência do prazo para homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, haja vista que, no caso do lançamento por homologação, o termo inicial seria a data do fato gerador (respeitando as regras acima para contagem do prazo), já que a banca deixou claro que não se trata de caso envolvendo dolo, fraude ou simulação. Gabarito: Letra E Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 93 122 5 – LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 1. FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal/2019 Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe: a) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bem, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário ainda não inscrito na Dívida Ativa, mas constituído pela autoridade competente, através de lançamento tributário. b) Para garantir o pagamento do crédito tributário, o juiz determinará a indisponibilidade de todos os bens e direitos do devedor, mesmo quando o devedor apresentar ao respectivo Juízo, no prazo legal, bens à penhora. c) O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. d) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. e) No caso de decretação de falência do devedor, o pagamento de crédito tributário será realizado na seguinte ordem: em primeiro lugar, pagam-se os créditos da União; em segundo lugar, os créditos dos Municípios, conjuntamente e pró rata; e, em último lugar, os créditos dos Estados e Distrito Federal, conjuntamente e pró rata. 2.FCC/PGE-AM- Procurador/2018 Relativamente às “Garantias e Privilégios do Crédito Tributário”, o Código Tributário Nacional estabelece algumas regras de preferência, inclusive para o caso de empresas em processo falimentar. De acordo com este Código, a) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o 60º dia que antecedeu o início do processo de falência, e no curso de processo de recuperação judicial. b) os créditos extraconcursais não poderão ser pagos, no curso de processo de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial. c) são extraconcursais os créditos tributários referentes a impostos cujos fatos geradores tiverem ocorrido no curso do processo de falência. d) somente os créditos extraconcursais poderão ser pagos, no curso de processo de falência da empresa, com recursos oriundos da sua alienação judicial. e) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até o 30o dia que antecedeu o início do processo de falência. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 94 122 3.FCC/TCM-RJ-Procurador/2015 Existe presunção iure et iure de fraude à execução a alienação de bens após a citação do devedor no processo de execução fiscal. 4.FCC/TCM-RJ-Procurador/2015 O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais, mas se decorrente de fato gerador ocorrido no curso do processo de falência são considerados extraconcursais. 5.FCC/Pref. Cuiabá-Procurador/2014 Manoel Truco, conhecido jogador profissional do município de Cuiabá, é dono de diversos imóveis residenciais e estabelecimentos prestadores de serviços da região. Em débito de IPTU e de ISSQN com a Fazenda Pública municipal, ao ter contra si lavrados diversos autos de infração e verificando que seriam precários seus argumentos em eventual impugnação administrativa, apressou-se em alienar todos os seus imóveis e estabelecimentos, antes do crédito tributário constituído ser regularmente inscrito em dívida ativa. Em relação à atitude de Manoel Truco em face do disposto no Código Tributário Nacional, é correto afirmar: a) Se o crédito tributário já tivesse sido regularmente inscrito em dívida ativa, haveria a presunção de fraude em qualquer circunstância. b) A fraude cometida pelo contribuinte é patente, tendo em vista que uma vez lavrado auto de infração não se pode alienar qualquer bem, tendo em vista a garantia do crédito tributário regularmente constituído. c) Não há a presunção de fraude, tendo em vista que o crédito tributário não fora regularmente inscrito em dívida ativa. d) Não há a presunção de fraude, tendo em vista que o crédito tributário não fora regularmente inscrito em dívida ativa, contanto que tenha rendas suficientes para pagar integralmente a dívida administrativamente constituída. e) Deve haver apenas a presunção de fraude, tendo em vista a alienação de seus bens quando já constituído regularmente o crédito tributário. 6.FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014 Considere as afirmações abaixo. I. O juiz só pode decretar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor tributário se o mesmo tiver um débito superior a dois milhões de reais. II. A indisponibilidade é absoluta e recai sobre todos os bens imóveis do devedor tributário, ainda que o valor do patrimônio supere o valor da dívida tributária. III. Não há de se falar em alienação em fraude à execução se o sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública tiver reservado bens ou rendas suficientes ao pagamento total da dívida tributária. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II e III. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 95 122 c) I. d) II. e) III. 7.FCC/SABESP-Advogado/2014 Na falência, o crédito tributário a) decorrente de impostos prefere o pagamento daqueles decorrentes de taxas e contribuições de melhoria, devidos pelo mesmo sujeito passivo, caso seja necessária a imputação de pagamento. b) não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, mas admite concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: União; Estados e Distrito Federal, pro rata e Municípios, pro rata. c) é considerado extraconcursal quando o fato gerador ocorreu antes do processo de falência, hipótese em que prefere qualquer outro crédito, exceto os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. d) prefere às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem assim aos créditos com garantia real. e) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. 8.FCC/TCE-AP-Analista de Controle Externo/2012 Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário é correto afirmar: a) Os créditos tributários preferem os créditos trabalhistas e os créditos decorrentes de acidente do trabalho. b) A alienação de bens que reduza o devedor à insolvência a partir da regular inscrição do crédito tributário em dívida ativa já caracteriza fraude à execução. c) A cláusula de inalienabilidade, seja qual for a forma e a data de constituição, é oponível ao Fisco, desde que registrada no Cartório de Registro de Imóveis. d) A ordem de preferência dos créditos tributários é a mesma em caso de falência ou fora de hipótese de falência. e) A cobrança de créditos tributários é sujeita a concurso de credores e habilitação em falência, recuperação judicial, inventário e arrolamento. 9.FCC/Pref. João Pessoa-Procurador/2012 Sobreas preferências do crédito tributário, é INCORRETO afirmar que a) não se sujeita a habilitação em inventário ou arrolamento. b) prefere a qualquer outro, exceto os créditos decorrentes de legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. c) são pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento ou a outros encargos do monte, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 96 122 d) admite concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público credoras de créditos tributários apresentados no processo de inventário ou arrolamento. e) a existência de débitos tributários relativos aos bens do espólio ou às suas rendas não impede sentença homologatória de partilha ou adjudicação. 10. CESPE/STJ-Analista Judiciário/2018 As garantias do crédito tributário estão taxativamente previstas no CTN. 11.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 Suponha que Franco, após ter recebido notificação de lançamento para pagamento voluntário, antes da inscrição do débito em dívida ativa, tenha alienado, pela metade do valor de mercado, barco de sua propriedade a Alemão. Nesse caso, está configurada fraude à execução fiscal. 12.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 O crédito trabalhista prefere ao crédito tributário quando aquele for inferior a duzentos e cinquenta salários mínimos. 13.CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 Para a extinção das obrigações do falido e a concessão de recuperação judicial, exige-se prévia quitação dos tributos devidos, sendo possível, nesse último caso, a concessão da recuperação se o devedor obtiver a suspensão da exigibilidade do crédito devido. 14. FGV/SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018 Sobre as preferências do crédito tributário, assinale a afirmativa correta. (A) A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de regularidade fiscal. (B) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real. (C) Os créditos devidos aos sócios e administradores sem vínculo empregatício são considerados créditos extraconcursais. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores ou à habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, ao inventário ou arrolamento. (E) Na falência, a multa tributária prefere aos créditos decorrentes de serviços prestados à massa falida. 15. FGV/ISS-Cuiabá/2016 Sobre as garantias e os privilégios do crédito tributário, assinale a afirmativa correta. (A) Na falência, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados apenas, os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, e os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 97 122 (B) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa. (C) O juiz pode determinar a indisponibilidade de bens e direitos do executado antes da sua citação, como forma de assegurar a garantia do juízo na execução fiscal. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita à habilitação em falência e recuperação judicial. (E) Na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados e quirografários. 16. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015 Nos termos previstos no Código Tributário Nacional, em relação aos créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência, é correto afirmar que: a) o art. 188 do CTN, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, passou a prever que os créditos tributários vencidos ou vincendos serão pagos preferencialmente a quaisquer outros, como encargos da massa falida; b) pela nova redação do art. 188 do CTN os créditos tributários que surgirem de fatos geradores no curso do processo falimentar não devem ser satisfeitos diretamente pela massa falida; c) os créditos tributários oriundos de fatos geradores ocorridos no curso do processo falimentar, nos termos do art. 188 do CTN, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, preferem apenas os créditos quirografários; d) o art. 188 do CTN passou, após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, a considerar extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo falimentar; e) contestado o crédito tributário, deverá o juízo falimentar decidir sobre o incidente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia de instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. 17. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015 Determinado contribuinte do IPTU não pagou o tributo relativo ao seu único imóvel residencial nos últimos quatro anos e vem a sofrer a execução fiscal para cobrança do imposto. Nesse caso: a) o imóvel residencial não pode responder pela dívida do IPTU por ser bem de família; b) todos os bens e rendas do contribuinte, sem comportar exceções, respondem pelo pagamento de todo crédito de natureza tributária; c) o único imóvel residencial poderá ser penhorado para satisfação do crédito tributário de IPTU; d) bens gravados por ônus real ou por cláusulas de inalienabilidade não podem ser alcançados para satisfação do crédito tributário; e) todos os bens móveis do contribuinte, sem comportar exceções, respondem pelo pagamento de todo crédito de natureza tributária. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 98 122 18. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Um contribuinte do ISS foi autuado em 15/09/2012 pelo não recolhimento do imposto relativo ao mês de abril de 2011. Não foi feito o pagamento e nem foi apresentada impugnação ao auto de infração, tendo o crédito tributário sido inscrito em dívida ativa em 20/05/2013. A execução fiscal foi ajuizada em 15/10/2014 e o juiz despachou determinando a citação em 20/01/2015. Considerando a situação hipotética acima e as disposições do CTN, é correto afirmar que, se o contribuinte alienou um bem: a) em 20/04/2015, mesmo possuindo outros bens de valor superior ao crédito tributário, essa operação é presumida como fraudulenta; b) em 15/10/2012, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; c) em 20/01/2014, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; d) em 25/08/2011, e não possuía outros bens, essa operação é presumida como fraudulenta; e) em 15/11/2014, mesmo possuindo outros bens de valor superior ao crédito tributário, essa operação é presumida como fraudulenta. 19. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014 A empresa Alpha, para obter um empréstimo, hipotecou ao Banco Delta S/A um terreno de sua propriedade. Meses depois, a Fazenda Municipal autuou a empresa Alpha por falta de recolhimento do IPTU relativo ao terreno, que estava em débito havia dois exercícios passados. Nesse caso, a) a Fazenda Municipal pode penhorar o terreno, já que, no caso vertente, o crédito tributário se sobrepõe ao crédito com garantia real. b) a Fazenda Municipal não pode penhorar o terreno, uma vez que a hipoteca foi constituída antes do lançamento realizado pela Fazenda,de ofício. c) prevalece a garantia real concedida ao Banco Delta S/A, o que não exclui a possibilidade de o Fisco Municipal ficar com o saldo da alienação forçada. d) a Fazenda Municipal pode penhorar o terreno, desde que intime antes o Banco Delta S/A e este não se manifeste. e) a Fazenda Municipal só poderá penhorar o terreno se o fato gerador da obrigação tributária for anterior à data da constituição da hipoteca. 20.ESAF/PGFN/2012 A lei estabelecerá limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho em relação aos demais créditos, inclusive aos tributários. 21.ESAF/PGFN/2012 Com as alterações havidas em relação ao regime falimentar, a alteração do Código Tributário Nacional deixa claro o propósito de preservar as empresas em dificuldades e consequentemente a oferta de empregos, pelo que se permite afirmar que o crédito tributário ganhou posições em relação à sistemática até então vigente. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 99 122 22.ESAF/PGFN/2012 Na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e às importâncias passíveis de restituição. Todavia, não prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. 23. VUNESP/ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019 Quanto aos privilégios e às garantias do crédito tributário na falência, é correto afirmar que a) a cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a habilitação em falência. b) os créditos decorrentes da legislação do trabalho preferirão sempre aos créditos tributários, independentemente de seu valor. c) a multa tributária não prefere aos créditos subordinados. d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, sem exceções. e) o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar. 24.VUNESP/Câmara de Mogi das Cruzes-SP-Procurador/2017 Em relação às preferências do crédito tributário, estabelecidas pelo Código Tributário Nacional, a) o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, bem como aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. b) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. c) a multa tributária prefere apenas aos créditos com garantia real. d) são pagos preferencialmente a quaisquer outros, os créditos tributários vencidos, a cargo de pessoas jurídicas de direito público ou privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação, sendo vedada a cobrança dos créditos vincendos. e) é inconstitucional a lei que estabeleça limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. 25.VUNESP/Pref. Andradina-SP-Procurador Jurídico/2017 Acerca das preferências do crédito tributário na falência, é correto afirmar que a) prefere aos créditos extraconcursais. b) prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. c) prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho. d) é considerado extraconcursal quando decorrente de fato gerador ocorrido durante o processo de falência. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 100 122 e) a multa tributária tem preferência com relação a qualquer outro crédito, seja qual for sua natureza ou classificação nos termos da lei falimentar. 26.VUNESP/IPSMI-Procurador/2016 De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário a) regularmente inscrito como dívida ativa. b) devidamente constituído, mesmo que não inscrito na dívida ativa. c) em fase de constituição, mesmo que não inscrito na dívida ativa. d) regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução. e) não pago na data do seu vencimento. 27.VUNESP/TJ-RJ-Juiz Substituto/2016 No tocante às garantias e privilégios do crédito tributário, é correto afirmar que a) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e a da obrigação tributária a que corresponda. b) na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e aos créditos com garantia real. c) a multa tributária, no processo falimentar, prefere apenas aos créditos quirografários. d) responde pelo crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, excetuados os gravados com cláusula de impenhorabilidade. e) a extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. 28.VUNESP/Pref. São José do Rio Preto-SP-Procurador/2014 Assinale a alternativa correta acerca da preferência e cobrança do crédito tributário na falência. a) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais. b) O crédito tributário prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. c) A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. d) A multa tributária prefere aos créditos quirografários. e) São considerados concursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. 29.VUNESP/Pref. São José dos Campos-SP-Procurador/2017 Nos termos da lei, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho. Nesse sentido, é correto afirmar que na falência, a multa tributária prefere apenas aos créditos a) com garantia real. b) com privilégio especial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 101 122 c) com privilégio geral. d) quirografários. e) subordinados. 30.VUNESP/TJ-SP-Juiz Substituto/2017 A alienação ou oneração de bens imóveis presume-se em fraude à execução em relação à Fazenda Pública a partir a) do protesto da Certidão da Dívida Ativa. b) da inscrição do débito tributário na Dívida Ativa. c) do ajuizamento da ação de execução fiscal. d) do despacho que ordenou a citação do executado. Administração Tributária 31.FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal/2019 A respeito de dívida ativa e certidão negativa, o Código Tributário Nacional prevê: a) Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. b) A certidão que constar a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, não tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa. c) A omissão ou indicação errônea de algum requisito previsto em lei para lavratura do termo de inscrição da dívida ativa será causa de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, não podendo tal nulidade ser sanada pela Fazenda Pública, após a citação judicial do contribuinte executado. d) Somente após a decisão judicial transitada em julgado, a dívida regularmente inscrita gozará da presunção de certeza e liquidez e terá o efeito de prova pré-constituída. e) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de créditodessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, sendo que a fluência de juros de mora exclui a liquidez do crédito tributário citado. 32.FCC/TCE-RS-Auditor Público Externo/2018 A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção de liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Tal presunção a) não admite prova em contrário em hipótese alguma. b) pode ser ilidida apenas com a concordância do Procurador da Fazenda. c) pode ser ilidida apenas em sede de Recurso Extraordinário e Recurso Especial. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 102 122 d) pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro que o aproveite. e) pode ser ilidida apenas no caso de alegação de ausência de solidariedade. 33.FCC/ISS-São Luís-Auditor Fiscal/2018 O Código Tributário Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a disciplina nele estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De acordo com o citado Código, a legislação tributária mencionada (A) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços, se elas forem contribuintes do imposto. (B) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, revistam a condição de responsável tributário. (C) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. (D) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços. (E) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de caráter pessoal. 34.FCC/Pref. Teresina-Auditor Fiscal/2016 A atividade de fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal relevância que o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais regras a esse respeito. De acordo com esse Código, a) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de contribuinte, desde que não envolva crime financeiro por ele cometido. b) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da força pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. c) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de informações específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do contribuinte em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública. d) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários para que se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão daquela, vedada a lavratura desses termos em separado. e) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão obrigados, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar o ICMS, a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que disponham com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, preservado o dever de segredo, quando previsto em lei. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 103 122 35.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 O CTN, em Capítulo próprio do Título referente à Administração Tributária, contém algumas regras atinentes à Dívida Ativa das pessoas jurídicas de direito público. De acordo com esse Código, a dívida a) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, a partir da decisão judicial de primeira instância favorável à Fazenda Pública. b) ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pública, que não foi pago no prazo legal. c) regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, desde o momento de sua inscrição, e tem o efeito de prova pré-constituída. d) regularmente inscrita na repartição administrativa competente está sujeita à incidência de juros de mora, que não excluirão, todavia, a liquidez do crédito. e) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção de certeza e liquidez, presunção essa que pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito ativo. 36.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 O termo de inscrição da dívida ativa, além de ter de ser autenticado pela autoridade competente, ainda deve conter, obrigatoriamente, várias outras informações relacionadas com o devedor e com o crédito tributário. De acordo com o CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos, cuja presença seja obrigatória no referido termo, é causa de nulidade a) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tal nulidade poderá ser sanada até a prolação de decisão irrecorrível, observados os requisitos para tanto. b) do processo de cobrança decorrente da inscrição, mas não da própria inscrição. c) da inscrição, mas não do processo de cobrança dela decorrente. d) insanável da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. e) da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas tais nulidades poderão ser sanadas até a prolação de decisão de primeira instância, observados os requisitos para tanto e os direitos do sujeito passivo. 37.FCC/SEMPLAN Teresina-Analista de Orçamento e Finanças Públicas/2016 A respeito da inscrição da dívida ativa tributária, considere: I. A dívida regularmente inscrita goza de absoluta presunção de certeza e liquidez. II. A dívida regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída. III. A inscrição da dívida ativa é o ato de constituição do crédito tributário. Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) II. c) I e III. d) II e III. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 104 122 e) I. 38.FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016 Relativamente à comprovação da quitação de tributos, o CTN determina que a) essa comprovação, por meio de certidão negativa, deverá se restringir aos impostos e às contribuições em geral, pois, em relação às taxas, a comprovação será feita no momento da utilização do serviço público oferecido. b) a certidão que aponte apenas a existência de créditos tributários por vencer, possa ser aceita como prova de quitação de tributos. c) ela seja feita mediante a expedição de declaração interna, emitida por repartição fiscal, mediante requerimento da autoridade administrativa, com anuência do interessado. d) somente poderá ser feita por meio de certidão negativa. e) essa prova poderá deixar de ser feita por meio de certidão negativa, mas não poderá deixar de ser feita por outros meios, a critério da Administração Tributária. 39.FCC/PGE-MT-Procurador/2016 A pessoa jurídica DAMALINDA, dedicada ao varejo de vestuários, é composta por dois sócios, um dos quais assumiu a administração da empresa conforme previsto em seus atos constitutivos. Em razão de dificuldades financeiras, essa empresa passou a interromper os recolhimentos do ICMS, visando a obter recursos para o pagamento de seus empregadose fornecedores. Não obstante a inadimplência, a empresa continuou a declarar o valor mensalmente devido. Após certo período de tempo, a atividade se revelou efetivamente inviável, e o administrador optou por encerrar suas atividades e fechou todas as lojas, leiloando em um site de internet todo o saldo de estoques. A decisão deste administrador I. foi acertada, pois se a empresa estava em dificuldades não haveria motivo para continuar com as atividades e incrementar a inda mais seu passivo tributário. II. foi incorreta, pois ao simplesmente fechar as portas das lojas ficou caracterizada a dissolução irregular, o que poderá justificar o futuro redirecionamento de execuções fiscais à pessoa física dos sócios. III. foi incorreta, pois o administrador poderia ter recorrido a remédios legais para a proteção de empresas em dificuldade, tais como a recuperação de empresas e a falência, ao invés de simplesmente encerrar suas atividades sem a comunicação aos órgãos administrativos competentes. IV. não alterou a situação legal do outro sócio no tocante à respectiva responsabilidade pelo crédito tributário, uma vez que todos os sócios respondem pelos débitos fiscais da sociedade. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e IV. b) II e III. c) II. d) III. e) IV. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 105 122 40.FCC/SEFAZ-MA-Técnico da Receita Estadual/2016 De acordo com o CTN, a obrigação acessória de prestar à autoridade administrativa as informações de que disponham relativamente aos bens, negócios ou atividades de terceiros tem como sujeito passivo, dentre outros, a) as empresas de administração de bens, desde que o referido bem, sendo imóvel, esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação. b) os sacerdotes, exclusivamente em relação a crimes de sonegação fiscal, ou contra a ordem tributária, cujos relatos tenham sido ouvidos em confissão. c) qualquer pessoa que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. d) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o cartório de notas esteja localizado no território do sujeito ativo dessa obrigação. e) os síndicos de edifícios comerciais e residenciais e os comissários de bordo de aeronaves que fazem voos apenas no território nacional. 41.FCC/ARSETE-Advogado/2016 O Código Tributário Nacional autoriza permutas de informações entre as Fazendas Públicas das pessoas jurídicas de direito público interno, e também autoriza que permutas de informações sejam feitas com Estados estrangeiros. De acordo com esse Código, essas permutas, I. no plano interno, serão feitas na forma estabelecida, apenas em caráter geral, por lei, decreto federal ou convênio. II. quando feitas entre as Fazendas Públicas dos Estados federados, deverão ser autorizadas pelo Senado Federal e renovadas, quando for o caso, bienalmente. III. quando feitas entre a Fazenda Pública da União e os Estados estrangeiros, deverão sê-lo na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios internacionais, e necessariamente no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) II. c) I. d) I e II. e) II e III. 42.FCC/ALMS-Assistente Jurídico/2016 Acerca das regras sobre a Administração Tributária, constantes no Código Tributário Nacional − CTN, é correto afirmar: a) As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 106 122 quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, salvo quando se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. b) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. c) A autoridade administrativa que proceder ou presidir quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma do CTN, que, expressamente, fixa prazo máximo de quinze dias para a conclusão daquelas. d) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que a autoridade fiscal, em diligência no estabelecimento, autorize a destruição dos referidos documentos. e) As regras do CTN sobre Administração Tributária e fiscalização não se aplicam às pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. 43. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor-Fiscal/2019 Conforme o CTN, com o objetivo de aprimorar a fiscalização tributária, a permuta de informações entre a fazenda pública da União e determinada secretaria de fazenda estadual é permitida a) se houver previsão em lei ou convênio e desde que não inclua informações sigilosas. b) independentemente da existência de lei, convênio ou processo administrativo, e pode incluir qualquer tipo de informação. c) se houver previsão legal e desde que inclua apenas informações não sigilosas. d) se houver previsão em lei ou convênio e pode incluir informações sigilosas. e) se houver previsão legal e deve restringir-se a informações estritamente sigilosas. 44. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018 O estado de Minas Gerais poderá expedir certidão positiva de débito com efeitos de negativa no caso de a) haver moratória revogada e créditos não vencidos. b) estar em curso execução fiscal em que tenha sido efetivada a penhora e haver remissão. c) haver anistia e isenção. d) haver créditos não vencidos e parcelamento. e) haver créditos vencidos e estar em curso execução fiscal em que tenha sido efetivada a penhora. 45. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018 Determinado estado da Federação, ao inscrever crédito em dívida ativa tributária, indicou o valor de tributo estadual sem apresentar a forma de calcular os juros de mora. Nos termos do CTN, essa certidão de dívida ativa a) será válida, por não ser requisito obrigatório. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 107 122 b) terá presunção absoluta, e eventual erro deverá ser impugnado por ação judicial. c) será válida, uma vez que a forma de cálculo tem previsão em lei estadual. d) será nula, mas poderá ser substituída até a decisão judicial de primeira instância. e) será ilíquida, caso os juros de mora decorrentes do crédito tributário não estejam fluindo. 46. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018 Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional: A certidão positiva que indique a existência de um crédito tributário já vencido, mas submetido a parcelamento, tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa. 47. CESPE/CAGE-RS-Auditor/2018 Autoridade fazendária lavrou termo de inscrição de dívida ativa contendo apenas os seguintes dados: nome do devedor, quantia devida, data da inscrição e número do processo administrativo do qual se originou. De acordo com o CTN, o termo deveria conter, ainda, obrigatoriamente, a) os responsáveis tributários. b) o endereço do devedor. c) o CPF e o RG do devedor. d) a previsão legal do crédito. e) a memória de cálculo detalhadados juros de mora. 48. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018 Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional: As informações relativas às representações fiscais para fim penal são sigilosas, sendo vedada a sua divulgação ou publicização. 49. CESPE/DPU-Defensor Público/2017 A respeito das normas gerais de direito tributário, julgue o seguinte item: A fluência de juros de mora de dívida ativa regularmente inscrita exclui a liquidez do crédito. 50. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017 Caso o contribuinte tenha créditos inscritos em dívida ativa integralmente garantidos por penhora ou créditos com a exigibilidade suspensa, é admitido que lhe seja expedida certidão de regularidade fiscal. 51. CESPE/PGE-SE-Procurador/2017 Uma certidão positiva com efeitos de negativa consiste em a) documento administrativo que indica a existência de créditos inexigíveis ou que já estão garantidos, embora não sirva para a comprovação de regularidade do pagamento de tributos. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 108 122 b) certidão judicial que indica a existência de créditos exigíveis e não garantidos, apesar de não servir para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo. c) certidão judicial usada para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo, ainda que indique a existência de créditos vencidos e exigíveis. d) documento administrativo utilizado para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo, ainda que indique a existência de créditos garantidos ou inexigíveis. e) certidão administrativa ou judicial que serve para a comprovação de regularidade do pagamento de determinado tributo e que certifica a existência de créditos exigíveis e não adimplidos, mesmo sem garantia. 52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017 Caso o contribuinte tenha créditos inscritos em dívida ativa integralmente garantidos por penhora ou créditos com a exigibilidade suspensa, é admitido que lhe seja expedida certidão de regularidade fiscal. 53.CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016 A administração tributária poderá fornecer certidão positiva com os mesmos efeitos da certidão negativa na hipótese de créditos tributários com exigibilidade suspensa ou de créditos objeto de execução fiscal garantidos por penhora. 54.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 Um contribuinte deixou de recolher determinado tributo no prazo previsto em lei e, por isso, foi alvo de ação do fisco, que procedeu à lavratura de auto de infração cobrando o valor original do referido tributo com juros, correção monetária e multa pecuniária. No referido auto de infração, ficou concedido o prazo de vinte dias para que o contribuinte efetuasse o pagamento ou o impugnasse. Nessa situação hipotética, a) o valor cobrado pelo auto de infração constitui dívida ativa não tributária até a inscrição da referida dívida, na forma da lei. b) o valor cobrado pelo fisco constitui dívida ativa não tributária, visto que admite prova em contrário. c) o débito constituído por meio de auto de infração corresponde a crédito público, no sentido que o direito financeiro dá a essa expressão, podendo, por isso, ser cobrado judicialmente. d) durante o referido prazo de vinte dias, a inscrição de dívida ativa tributária estaria impossibilitada, haja vista que o prazo para pagamento ou impugnação não se teria esgotado. e) o débito apurado contra o contribuinte consolidou-se com a lavratura do auto de infração em dívida ativa tributária. 55.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 De acordo com o Código Tributário Nacional, admite-se a transferência de dados fiscais sigilosos obtidos em razão do exercício dos poderes de fiscalização, se solicitada por outros entes da administração pública. Nessa hipótese, a entrega dos dados, ainda que constitua exceção à regra de preservação do sigilo, deverá ser feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 109 122 56.CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 A apreensão de mercadorias até o pagamento do tributo devido inclui-se entre os poderes de fiscalização tributária do fisco. 57. FGV/Câmara Municipal de Salvador-BA-Advogado Legislativo/2018 Um contribuinte questiona judicialmente, através de uma ação ordinária, três créditos tributários. Caso esse contribuinte venha a requerer certidão sobre sua situação fiscal, ela será: (A) negativa, em qualquer caso; (B) positiva, em qualquer caso; (C) positiva com efeitos de negativa, em qualquer caso; (D) negativa, caso o contribuinte tenha confessado os débitos em juízo; (E) positiva com efeitos de negativa, caso tenha sido concedida a antecipação dos efeitos da tutela. 58. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018 Analise as hipóteses a seguir, e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) Constitui dívida ativa tributária todo crédito da Fazenda Pública que tiver sido inscrito em repartição administrativa competente, esgotado o prazo em lei para pagamento. ( ) Certidão da Dívida Ativa é o título que habilita o Fisco a ingressar com a execução fiscal, contemplando valor líquido e certo, incabível sua alteração após iniciado o processo executivo. ( ) A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa até a decisão de 1ª instância, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente, a) F – F – V. b) V – V – F. c) F – V – F. d) V – F – V. e) V – F – F. 59. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018 A empresa Delta possuía um débito tributário junto ao Estado Beta relativo à determinada exação lançada por homologação. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o tributo que é objeto da dívida de Delta. Esta precisa obter uma certidão negativa, para poder concorrer a um procedimento licitatório. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 110 122 Nessas circunstâncias, a) a empresa não tem direito à certidão negativa, visto que a decisão do STF não retroage, e a dívida é anterior à declaração da inconstitucionalidade. b) tendo havido regular apuração do crédito fazendário, prevalece a presunção de liquidez e certeza em favor do Fisco. c) a empresa tem direito apenas à certidão positiva com efeito de negativa, havendo a suspensão da exigibilidade do tributo. d) a empresa tem direito à certidão negativa, porém deve fazer o depósito cautelar do tributo que foi lançado por homologação, até que a Fazenda interessada se manifeste. e) a empresa tem direito à certidão negativa até a fiscalização da regularidade do procedimento de lançamento pelo Fisco, apurando-se eventual débito tributário ainda remanescente. 60. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Nos termos do Código Tributário Nacional, “a legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. Assim, a legislação mencionada será aplicada: a) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, mesmo que isentas ou as que não sejam tributadas por força de norma infraconstitucional; b) a pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal;c) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou representantes legais; d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira; e) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que alude a norma respectiva. 61. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015 Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, NÃO é essencial: a) a data da inscrição; b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; c) a autenticação da autoridade competente; d) o domicílio ou residência do devedor; e) a indicação do livro e da folha da inscrição. 62. FGV/CONDER-Advogado/2013 Em determinado procedimento de fiscalização os agentes fazendários, sem mandado judicial, apreenderam livros contábeis e arquivos que continham registros de notas fiscais emitidas pela empresa fiscalizada. Os documentos fiscais e contábeis referidos subsidiaram a denúncia do MP em face dos gestores da empresa, por crime de sonegação fiscal. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 111 122 A denúncia, na hipótese, A) padece de vício de nulidade, já que houve quebra do sigilo de dados não autorizada pelo Poder Judiciário. B) não é cabível denúncia com base em quebra não autorizada do sigilo de dados, embora sejam documentos de apresentação obrigatória pelo contribuinte. C) a prova obtida através de meio ilícito conspurca a denúncia, conforme registrado na tese dos frutos da árvore envenenada. D) pode ser regularmente admitida, já que embora tenha havido a quebra do sigilo de dados, durante o processo o contribuinte poderá opor defesa. E) deve ser regularmente recebida, já que não há qualquer vício no procedimento adotado pela fiscalização, uma vez que os documentos apreendidos são públicos. 63.ESAF/PGFN-Procurador da Fazenda Nacional/2015 Estão submetidas a sigilo fiscal as informações relativas a: a) representações fiscais para fins penais. b) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. c) parcelamento ou moratória. d) bens, negócios ou atividades do contribuinte ou de terceiros. e) dados cadastrais do contribuinte. 64.ESAF/AFRFB/2014 Sobre a inscrição em dívida ativa tributária, assinale a opção incorreta. a) A inscrição em dívida ativa, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita, no caso dos tributos de competência da União, pela Procuradoria da Fazenda Nacional. b) Trata-se do único ato de controle de legalidade, efetuado sobre o crédito tributário já constituído, que se realiza pela apreciação crítica dos profissionais legalmente competentes. c) O exame prévio efetuado para a inscrição em dívida ativa constitui uma garantia ao cidadão de que aquele crédito, originário de uma obrigação não adimplida em tempo e forma devidos, foi devidamente apurado e teve sua existência confirmada por meio do controle administrativo de sua legalidade e legitimidade. d) Exige-se a notificação do sujeito passivo da lavratura da notificação do débito, da inscrição em dívida ativa e da extração da respectiva certidão, sob pena de nulidade. e) A Fazenda Nacional pode, graças à autorização contida em Portaria Ministerial do Ministro de Estado da Fazenda, deixar de inscrever em Dívida Ativa da União débitos consolidados de um mesmo sujeito passivo inferiores a determinado valor. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 112 122 65.ESAF/ATRFB/2012 A certidão com efeito de negativa pode ser expedida em favor de contribuinte que tenha efetuado o depósito do montante integral do crédito tributário, pois, em tal caso, este estará com sua exigibilidade suspensa? 66.ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010 O termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente. 67. VUNESP/ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019 A divulgação ou o compartilhamento, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades a) é vedada se solicitada para instruir processo em trâmite no órgão ou entidade solicitante, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de ilícito administrativo. b) é vedada em caso de parcelamento ou moratória. c) é permitida se requisitada por autoridade judiciária, no interesse da justiça. d) é permitida, a todos os entes federados, na forma como estabelecido em tratado, acordo ou convênio com Estados estrangeiros, com o objetivo de investigar o sujeito passivo por prática de crime. e) é permitida entre as Fazendas Públicas de forma mútua, para fiscalização dos respectivos tributos e permuta de informações, independentemente da celebração de convênio ou outro instrumento de cooperação. 68.VUNESP/TJ-RS-Juiz Substituto/2018 Um cidadão protocola pedido administrativo junto à Secretaria da Fazenda do Município X, pleiteando acesso à lista dos 50 maiores devedores do Município, considerando apenas os débitos inscritos em dívida ativa. A autoridade competente da Secretaria da Fazenda, com base na legislação tributária vigente, deve a) deferir o pedido, porque não há vedação legal à divulgação de informações relativas às inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. b) indeferir o pedido, porque a divulgação desses dados somente é permitida quando houver solicitação de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que comprovada a instauração regular de processo administrativo com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. c) indeferir o pedido, porque essas informações foram obtidas pela Fazenda Pública em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. d) deferir o pedido, desde que a entrega das informações seja realizada pessoalmente ao solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência dos dados solicitados e assegure a preservação do seu sigilo. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 113 122 e) indeferir o pedido, porque a divulgação de informações sobre inscrição de débito em dívida ativa da Fazenda Pública somente pode ser realizada ante a requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça. 69.VUNESP/PauliPrev-SP-Procurador/2018 Há grandes críticas na imprensa à suposta ineficiência dos órgãos jurídicos de cobrança dos créditos de entes públicos inscritos na chamada Dívida Ativa. Essa crítica ocorre a partir da avaliação dos grandes saldos acumulados a esse título nos balanços dos mais diversos entes públicos. Afirma-se que um dos motivos para a dificuldade de cobrança desses créditos resida na desatualização dos cadastros de contribuintes, fazendo com que os devedores não sejam facilmente encontrados para cobrança. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição judicial competente, depois de esgotado o prazo fixado para recurso pela lei. b) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.c) A fluência de juros de mora sobre a dívida exclui a liquidez do crédito inscrito em dívida ativa e demanda a realização de nova inscrição, sendo esse um dos motivos para a ineficiência destacada no enunciado. d) O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros. e) A omissão, no termo de inscrição da dívida ativa, de quaisquer dos requisitos previstos em lei, ou o erro a eles relativo, são causas de ineficácia da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. 70.VUNESP/Pref. Andradina-SP-Assistente e Procurador/2017 Tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos a) em curso de cobrança executiva, independentemente de ter sido efetuada a penhora. b) vencidos, mas já inscritos na dívida ativa. c) vencidos, independentemente de terem sido inscritos ou não na dívida ativa. d) que estejam em moratória. e) inscritos na dívida ativa, desde que ainda não promovida sua execução judicial. 71.VUNESP/Câmara Marília-SP-Procurador/2016 No que se refere à Dívida Ativa, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos em lei, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada a) a qualquer tempo ou grau de jurisdição, mediante correção da certidão anulável, visto que referida nulidade não é alcançada pela preclusão consumativa. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 114 122 b) até decisão de segunda instância, mediante correção da certidão anulável, mas antes da interposição de recurso especial ou extraordinário. c) até decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula. d) a qualquer tempo ou grau de jurisdição, mediante substituição da certidão nula. e) antes da sentença de julgamento a ser proferida em sede de ação anulatória de lançamento tributário. 72.VUNESP/Pref. Caieiras-SP-Procurador/2015 Assinale a alternativa correta no que respeita à Dívida Ativa Tributária. a) Constitui Dívida Ativa tributária a proveniente de crédito público de qualquer natureza, depois de esgotado o prazo fixado por decisão proferida em processo regular. b) A fluência de juros de mora, relativamente à Dívida Ativa, exclui a liquidez do crédito. c) A omissão de quaisquer dos requisitos exigidos para o termo de inscrição da Dívida Ativa, ou o erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada, mediante correção da certidão nula, até decisão de segunda instância. d) A dívida regularmente inscrita goza de presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. e) A presunção de certeza e liquidez da dívida regularmente inscrita é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Disposições Finais e Transitórias 73.FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016 Um determinado fato gerador do ICMS, tributo lançado por homologação, ocorreu no dia 24 de março de 2016, última quinta-feira que antecedeu a Páscoa deste ano, e véspera de feriado nacional. Tendo em conta que o contribuinte desse imposto não agiu com dolo, fraude ou simulação e considerando, ainda, que as repartições públicas desse Estado não funcionam nos fins de semana, de acordo com as normas do CTN, o primeiro dia de fluência do prazo a) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 24 de março de 2016. b) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 25 de março de 2016. c) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 26 de março de 2016. d) decadencial terá sido 1o de janeiro de 2016. e) de homologação tácita do lançamento, por decurso de prazo, terá sido 28 de março de 2016. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 115 122 6 - GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES 1. C 2. C 3. E 4. C 5. C 6. E 7. B 8. B 9. E 10. E 11. E 12. E 13. C 14. A 15. B 16. D 17. C 18. C 19. A 20. E 21. E 22. E 23. E 24. B 25. D 26. A 27. E 28. C 29. E 30. B 31. A 32. D 33. C 34. E 35. D 36. E 37. B 38. B 39. D 40. C 41. A 42. B 43. D 44. D 45. D 46. C 47. D 48. E 49. E 50. C 51. D 52. C 53. C 54. D 55. E 56. E 57. E 58. A 59. E 60. B 61. D 62. E 63. D 64. D 65. C 66. C 67. C 68. A 69. D 70. D 71. C 72. E 73. E Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 116 122 7 – RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES Garantias do Crédito Tributário • As garantias do crédito tributário previstas no CTN não são exaustivas, ou seja, não excluem outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. • A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. • Responde pelo crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas do sujeito passivo, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. • Também não respondem pelo crédito tributário, em processo de falência, os bens gravados por garantia real, por serem entregues aos seus respectivos credores antes de responderem pelo crédito tributário. • Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa, salvo se tiverem sido reservados , pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita: Não respondem pelo pagamento do crédito tributário Bens e rendas absolutamente impenhoráveis pela lei Bens gravados por garantia real, nos processos de falência Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 117 122 • As seguintes situações exigem do sujeito passivo a apresentação de certidão negativa, comprovando a quitação de tributos: • Declaração judicial da extinção das obrigações do devedor falido (CTN, art. 191); • Concessão de recuperação judicial (CTN, art. 191-A); • Prolação de sentença judicial de partilha ou adjudicação (CTN, art. 192)*; • Participação em contrato ou licitação da Administração Pública (CTN, art. 193)**; Observação: * - Todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. ** - Todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Presunção de fraude à execução fiscal Alienação ou oneração de bens ou rendas Crédito tributário inscrito em dívida ativa Não se aplica: Devedor reservou recursos para pagamento TOTAL da dívida inscrita Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 118 122 Privilégios ou Preferências do Crédito Tributário • O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação dotrabalho ou do acidente de trabalho. • Nos processos de falência, podemos resumir a ordem de prioridade do pagamento dos créditos da seguinte forma: ORDEM CRÉDITOS OBSERVAÇÕES 1º Créditos Extraconcursais Podem ser tributários ou não (até mesmo trabalhistas) 2º Créditos derivados da legislação do trabalho e decorrentes de acidente de trabalho Limite p/ créd. Leg. Trab.: 150 salários-mínimos 3º Créditos com garantia real Até o limite do bem gravado 4º Créditos tributários, seja qual for sua natureza ou tempo de constituição 1ª Obs.: Não são extraconcursais. 2ª Obs.: As multas não se incluem nesta classe 5º Créditos com privilégio especial - 6º Créditos com privilégio geral - 7º Créditos quirografários - 8º Multas contratuais, penas pecuniárias por infração penal ou administrativa, inclusive as multas tributárias - 9º Créditos subordinados - Observação: 1) Para as provas de Direito Tributário, não é necessário estudar as características de cada classe. O tema é detalhadamente estudado no Direito Empresarial. 2) Não incluímos as importâncias passíveis de restituição na tabela acima, pois, como regra, são valores restituídos aos próprios credores, não integrando, como regra, o acervo que será usado para pagamento dos demais credores, e por não constar da relação dos arts. 83 Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 119 122 e 84, da Lei 11.101/2005. Na prova, é importante saber apenas o seu conceito e que possuem prioridade sobre o crédito tributário. • A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. • Existe concurso de preferência entre as pessoas jurídicas de direito público, quanto ao recebimento de seus créditos, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. • São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. • São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 120 122 Administração Tributária Fiscalização • Todas as pessoas submetem-se à fiscalização tributária, inclusive aquelas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. • Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. • A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, que tem as seguintes funções: • Mediante intimação escrita, os tabeliães, bancos, corretores, etc. são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, • A obrigação acima não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. • Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. • São exceções à regra do sigilo prevista acima: TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO Fixa data inicial para contagem de prazo máximo Antecipa a contagem do prazo decadencial Afasta espontaneidade do sujeito passivo Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 121 122 • As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Dívida Ativa • A dívida ativa tributária é aquela proveniente de crédito dessa natureza, inscrita após esgotamento do prazo para pagamento ou após o término de medida que tenha suspendido a exigibilidade do crédito tributário. • A fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. • A certidão de dívida ativa constitui título executivo extrajudicial, capaz de viabilizar o ajuizamento da ação de execução fiscal para cobrança judicial do crédito tributário. • A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Tal presunção é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Não é vedada a divulgação de REpresentações fiscais para fins penais PARrcelamento ou moratória INscrições na dívida ativa da fazenda pública Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021 122 122 Certidões Negativas • A certidão negativa faz prova de quitação dos tributos, e será expedida à vista de requerimento do interessado dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na repartição. • Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa: • Será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. • A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Certidão positiva com efeitos de negativa Créditos Vincendos Créditos garantidos por penhora Créditos com exigibilidade suspensa Certidão negativa Inexistência de débitos Fábio Dutra Aula 12 Direito Tributário p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1658294 Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021