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Afecções do sistema respiratorio bovino

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Afecções do 
sistema respiratório 
VIAS AÉREAS ANTERIORES 
Cavidade nasal / faringe / laringe / traqueia 
• Afecções: 
- tumores 
- corpo estranho 
- traumatismo – mais comum em pequenos 
ruminantes (brigas com os chifres) 
• Seios nasais: 
- sinusite 
- oestrose 
 
VIAS AÉREAS POSTERIORES 
• Afecções: 
- Broncopneumonias – CDRB 
- Pneumonias intersticiais 
- Parede e cavidade torácica 
 
Oestrose 
Mosca: Oestrus ovis 
Susceptíveis: ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos e 
cervídeos (mais comum em ovinos) 
• Ocorre mais em meses quentes: primavera a 
outono 
• Possui 3 estágios larvais, sendo que a mosca 
deposita a larva direto na cavidade nasal do 
animal 
• A larva possui estruturas como cerdas para se 
fixar bem a parede da mucosa nasal 
 
 
• CICLO EXÓGENO: larva adulta, pula (2 sem a 2 
meses) e suelo (1 a 5 dias) 
• CICLO ENDÓGENO: L1 (1 a 9 meses), L2 (10 a 15 
dias) e L3 
 
 
 
 
 
Imagem de necrópsia, com presença de larvas na cavidade 
nasal 
 
SINAIS CLÍNICOS 
• Agitação 
• Animal esconde a cabeça 
• Prurido no focinho 
• Espirros 
• Secreção nasal purulenta 
• Lacrimejamento 
• Sinusite 
• Dispneia 
• Transtornos nervosos locomotores 
• Emagrecimento progressivo devido anorexia 
• Morte 
 
DIAGNÓSTICO 
É feito de acordo com os sinais clínicos 
• Exame das cavidades nasais 
• Endoscopia (difícil de ser feita a campo e alto 
custo do exame) 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Ivermectina - 200µg/kg, VO ou SC 
• Uma dose controle pode ser feita no final do 
verão e outra dose no inverno 
 
Diagnóstico diferencial 
- corpo estranho 
- adenocarcinoma nasal 
- pneumonia 
- traumatismo 
- sinusite 
- língua azul 
 
Broncopneumonias 
Causada por inúmeras associações de agentes 
infecciosos, comprometendo as defesas do 
hospedeiro – complexo doença respiratória bovina 
• Imunossupressão do animal 
• Patogenicidade dos agentes 
• Desequilíbrios ambientais 
 
PNEUMONIA ENZOÓTICA DOS BEZERROS 
Mais comum em raças leiteiras 
• Desmame em 1 a 3 meses causa estresse nos 
bezerros, pois trata-se de um desmame 
superprecoce 
• Estresse aumenta os níveis de cortisol e 
predispõe uma imunossupressão (4 a 6 semanas 
de vida – janela de susceptibilidade) 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
• Asfixia neonatal 
• FTIP 
• Estresse 
• Má nutrição 
• Problemas de instalações 
• Altas concentrações de amônia 
 
 
FEBRE DO TRANSPORTE 
Susceptibilidade: bezerros de corte desmamados 
com 6 a 8 meses (época de cria e recria) 
- transporte para outras fazendas, pois algumas 
propriedades que fazem cria NÃO fazem recria 
- níveis de estresse 
- sintomas em média 3 semanas após o transporte 
 
ALGUNS AGENTES ETIOLÓGICOS – CDRB 
SINAIS CLÍNICOS 
• Apatia 
• Hiporexia ou anorexia 
• Corrimento nasal e ocular (bilateral) 
• Tosses e dispneia 
• Febre 
OBS: lembrar que bovinos não são animais que 
vomitam ou mordem 
 
DIAGNÓSTICO 
Histórico + anamnese do animal 
• Exame físico 
- inspeção, palpação, percussão, auscultação 
(sibilos, crepitações pela presença de muita 
secreção, roce* 
 
Roce – aderência necrótica da pleura, som 
grosseiro 
Sibilos – estreitamento de brônquios, som agudo 
 
 
Na percussão: 
Seios paranasais e tórax – 
bilateralmente 
- som claro ou maciço 
 
É possível demarcar 3 pontos: 11º espaço intercostal 
próximo à coluna, 9º espaço na altura da ponta da 
espádua, e altura de ponta de cotovelo 
 
• Observar os sinais clínicos 
• Histórico e anamnese 
• Hemograma 
• Swab nasal + citologia + cultura e antibiograma 
• Lavado traqueal 
• Broncoscopia + LBA + citologia 
• Ultrassonografia 
• Sorologia 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
Baseia-se em 4 pilares 
• Antibióticos: amoxicilina, ampicilina, ceftiofur, 
enrofloxacina 
- controle da infestação bacteriana 
 
• AINES: Flunexim meglumine 
- reduzir febre e inflamação pulmonar 
 
• Broncodilatadores e mucolíticos: cloridrato de 
bromexina – por via inalatória 
- manutenção do fluxo de ar 
- conservação das trocas gasosas 
 
• Terapia suporte: fluidoterapia, oxigenioterapia 
 
 
Pneumonias verminóticas 
Dictyocaulus viviparus – espécie parasita de 
nematóide, também chama verme pulmonar bovino 
 
• Ingestão de larvas L3 presentes no capim 
• Vão para os linfonodos mesentéricos, onde viram 
larvas de 4º estágio (L4) 
• Chegam ao pulmão via linfática e sanguínea (veia 
cava, coração e artérias pulmonares), onde 
ocorre a maturidade das larvas e ovipostura 
• Deglutição de ovos e defecação – larvas voltam 
para o capim a partir das fezes dos bovinos 
- animal tosse, engole os ovos novamente e 
defecam o estágio L1 dessas larvas 
 
 
Ocorre com mais frequência em invernos mais frios e 
não tão secos, e em regiões serranas: úmidas e frias, 
com pastos de baixada 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Coproparasitológico (método baermann) 
• Necrópsia 
 
 
TRATAMENTO 
• Antiparasitários: benzimidazóis, levamisol e 
ivermectinas 
 
• Antibióticos: amoxicilina, ampicilina, ceftiofur, 
enrofloxacina – para controle das infestações 
bacterianas 
 
• AINES (flunexim meglumine) 
- reduz febre e inflamação pulmonar 
 
• Broncodilatadores e mucolíticos (Cloridrato de 
bromexina) 
- para manutenção do fluxo de ar e conservação 
de trocas gasosas 
 
• Terapia suporte: fluidoterapia e oxigenioterapia

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