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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 
 GESTÃO DE FARMÁCIAS ....................................................................... 4 
 GESTÃO DE COMPRAS .........................................................................11 
 GESTÃO DE ESTOQUES .......................................................................20 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA ...........................................29 
 HABILIDADES EM ATENDER AS NECESSIDADES ..............................33 
 MARKETING EM FARMÁCIAS E DROGARIAS ......................................35 
 LEGISLAÇÃO APLICADA A FARMÁCIAS E DROGARIAS .....................38 
8.1 Dispensação de medicamentos ......................................................... 58 
8.2 Normas relativas à constituição ......................................................... 70 
8.3 Normas técnicas – responsabilidades ............................................... 74 
8.4 Normas ANVISA ................................................................................ 76 
8.5 Normas de divulgação de produtos/promoção de medicamentos ..... 80 
8.6 Aspectos fiscais: tributação ............................................................... 81 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................89 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana 
e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 GESTÃO DE FARMÁCIAS 
 
Fonte: triersistemas.com.br 
Para acompanhar as transformações diárias que vem ocorrendo na economia 
mundial, à gestão de estoques dentro das organizações se torna fator primordial, uma 
vez que, um bom gerenciamento de estoques ajuda na redução dos valores 
monetários envolvidos, de forma a mantê-los os mais baixos possíveis, mas dentro 
dos níveis de segurança e dos volumes para o atendimento da demanda (PÊGO; 
MUQUIUTTI, 2018). 
As perguntas-chave que a gestão de estoque se propõe a responder, 
normalmente sujeitas a uma variedade de circunstâncias, são: quando pedir, quanto 
pedir e quanto manter em estoques de segurança (PÊGO; MUQUIUTTI. 2018). 
Uma gestão eficiente de estoques traz a possibilidade de a empresa obter 
avanços expressivos na sua administração, refletindo em uma melhora na 
eficiência da realização da produção planejada, gera maior segurança nas 
tomadas de decisões, além de antecipar prováveis demoras na entrega de 
pedidos (MONTANHEIRO; FERNANDES, 2008 apud BRITO, 2010). 
Por ter inúmeras funções e recursos essenciais, a gestão de estoques está se 
tornando cada vez mais importante dentro das organizações, já que uma empresa 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
que não possui uma gestão de estoques eficiente, pode ser uma empresa deficitária 
na entrega de seus serviços aos clientes. No caso de farmácias e drogarias, se seus 
estoques não forem administrados corretamente pode-se por exemplo, ter uma 
grande quantidade de determinado medicamento disponível, enquanto outro está em 
falta, o que acaba prejudicando a qualidade do serviço prestado. 
A gestão de estoques se constitui em uma série de ações que permitem ao 
administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, se estão bem 
localizados em relação aos setores que deles utilizam, assim como se estão sendo 
bem operacionalizados. Dessa forma, Dias (2010 apud Dantas, 2015, p.20) afirma 
que “conhecer o estoque de uma empresa é um grande desafio”. 
Esse desafio, pode estar relacionado a dificuldade em obter a quantidade 
correta de mercadoria estocada para atender as prioridades gerenciais de modo 
eficaz. Nesse sentido, Drucker (1999) contribui dizendo que a gestão na área da 
saúde é mais complexa do que em qualquer outra organização. Ou seja, gerenciar 
uma unidade hospitalar por exemplo, se torna mais complicado, devido a diversidade 
de procedimentos e recursos utilizados (PÊGO; MUQUIUTTI, 2018). 
Os objetivos de uma unidade de gerenciamento de materiais em hospitais e 
outras unidades de saúde visam garantir: a) a continuidade da oferta dos 
serviços de saúde; b) baixos custos de aquisição, de realização do pedido e 
de manutenção dos estoques; c) alta rotatividade dos estoques; d) qualidade 
no atendimento; e) qualidade dos materiais; f) bom relacionamento com os 
fornecedores; g) controles cadastrais e conhecimento do mercado e dos 
fornecedores; h) obter o máximo retorno; i) centralizar controles mesmo com 
descentralização de atividades; j) padronizar o uso de materiais (JÚNIOR, 
2005 apud ANDREOLI, 2015, p. 6). 
Entende-se assim, que o setor de gerenciamento de mercadorias tem uma 
grande responsabilidade, devendo manter um controle continuo das ações para não 
prejudicar o bom funcionamento das instituições. Para uma melhor organização do 
setor de gestão de estoque, torna-se necessário estabelecer alguns critérios, os quais 
são apresentados por Dias (1995, p. 25) como princípios básicos para o controle de 
estoques: 
1. Determinar o que, quando e quanto será necessário para o estoque; 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
2. Identificar e retirar do estoque os itens fora de uso e danificados; 
3. Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as 
necessidades; 
4. Controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer 
informações sobre a reposição do estoque e; 
5. Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos 
materiais estocados. 
Além de ser ater a esses princípios é fundamental na gestão de estoque, que 
se mantenha um planejamento e controle continuo de ações, promovendo a 
organização da estocagem e evitando assim a falta e o desperdício de mercadorias. 
O Planejamento é a função inicial da administração e deve ser vista como a 
locomotiva que puxa o trem das ações de organizar, liderar e controlar (PÊGO; 
MUQUIUTTI, 2018). 
Planejar é essencial para o bom andamento das ações que devem ser 
executadas no dia a dia da empresa. Sem o planejamento, fica difícil para o 
administrador saber como organizar os recursos da empresa. Para Slack (2002) uma 
das finalidades do planejamento e controle é garantir que os processos de produção 
ocorram de forma eficaz e eficientemente, acarretando na entrega de produtos e 
serviços conforme solicitação dos consumidores. O autor ainda comenta, que um 
plano pode ser definido como um conjunto de intenções e o controle como um 
conjunto de ações que visam ao direcionamento do plano. 
Sendo assim, “um dos principais motivos para um bom planejamento e controle 
de estoque é o grande impacto financeiro que pode ser alcançado aumentando a 
eficácia e eficiência das operações da organização” (BORGES et al., 2010, p. 25 apud 
MARTTELLI, 2015, p. 15). Dessa forma, o planejamento de estoque se torna um 
elemento essencial, (OLIVEIRA; MELO, 2015), existindo de acordo com os autores,alguns critérios para que essa atividade se desenvolva, entre os quais estão: 
1. Atualizar constantemente o custo de cada produto; 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
2. Determinar os períodos de compra e os tamanhos dos lotes de cada produto 
para cada fornecedor; 
3. Estabelecer o estoque de segurança, mínimo e máximo para cada produto; 
4. Planejar constantemente as quantidades de estoque, baseadas em previsões 
de vendas; 
5. Controlar a disponibilidade do estoque para eventuais faltas repentinas; 
6. Comparar o custo de cada produto com o custo de colocar em estoque; 
7. Controlar o estoque físico diariamente; 
8. Realizar inventários periódicos com a finalidade de se compararem com os 
dados de controle de estoque; 
9. Colocar o estoque num local estratégico; 
10. Identificar, ordenar e etiquetar os produtos; 
11. Codificar os produtos para uma consulta mais rápida; Estoques Competência 
12. Atualizar os sistemas de informação para obter acessos e consultas rápidas 
de quantidades disponíveis de cada produto em estoque. 
De acordo com a Portaria nº4.283, de 30 de dezembro de 2010 o controle faz 
parte do processo de gestão, o qual permite o uso racional dos medicamentos, como 
também assegura o cumprimento dos procedimentos, além de balizar os prejuízos 
materiais e financeiros (BRASIL, 2010). Para um eficaz planejamento e controle dos 
medicamentos utilizados nos hospitais e unidades de saúde, são fundamentais as 
técnicas de normalização, as quais compreendem as etapas de seleção, 
especificação, classificação e codificação de produtos (SFORSIN et al., 2012). 
Dentro das farmácias é preciso estabelecer a seleção e padronização dos 
medicamentos, o que se trata de um processo dinâmico, contínuo, multidisciplinar e 
participativo (SFORSIN et al., 2012, p.4). A escolha de medicamentos tem como 
finalidade, eleger dentre todos os itens fornecidos pelo mercado, adotando critérios 
de eficácia, segurança, qualidade e custo, proporcionando condições para o uso 
seguro e racional de medicamentos, àqueles que são necessários para a utilização 
na Instituição. Assim, a etapa de escolha de medicamentos é entendida como um dos 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
procedimentos básicos em hospitais, o seu progresso integra as principais funções 
dos serviços da farmácia hospitalar (PÊGO; MUQUIUTTI, 2018). 
Para Sforsin et al. (2012) a seleção de medicamentos deve ser continuamente 
reavaliada, verificando os itens que não estão mais em uso e que devem ser 
eliminados ou trocados. Ademais, deve-se verificar também se é preciso introduzir 
itens com altos níveis de eficácia clínica, como também avaliar a utilização dos itens 
dispostos por meio do estabelecimento de protocolos e/ou procedimentos 
operacionais padrão. Já a padronização serve para facilitar os processos de compra, 
armazenagem, classificação e gerência dos estoques, pois o mesmo racionaliza a 
quantidade de itens (SFORSIN, et al., 2012). 
 A padronização de medicamentos pode trazer algumas vantagens tais 
como: a confiança do uso do medicamento correto; a confiança de que os 
medicamentos disponíveis na farmácia hospitalar são apropriados aos 
tratamentos prescritos e melhor controle dos produtos abrigados em 
estoques (PATERNO, 1990 apud NOVAES et al., 2006 p .78). 
Selecionar medicamentos tem como objetivo, escolher dentre todos os itens 
fornecidos pelo mercado, adotando critérios de eficácia, segurança, qualidade e 
custo, propiciando condições para o uso seguro e racional de medicamentos, àqueles 
que são necessários para a utilização na Instituição (SFORSIN et al., 2012, p.5). 
Segundo Vecina Neto e Reinhardt Filho (1998, p. 24) os itens devem ser 
classificados de maneira simples e objetiva para facilitar a padronização, o 
armazenamento, à distribuição e o processamento eletrônico dos dados, que é 
obrigatório atualmente. É essencial para qualquer setor de materiais um sistema de 
classificação, uma vez que sem ele não pode haver um controle correto dos estoques, 
métodos de armazenagem apropriados e uma utilização adequada do almoxarifado 
(LIRA et al., 2013). 
Já a Codificação para Sforsin et al. (2012 p.5), significa simbolizar todo o 
conteúdo de informações necessárias, por meio de números e/ou letras com base na 
classificação obtida do medicamento de forma clara e concisa, evitando 
interpretações duvidosas ou confusas. 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
Além de classificar e codificar os medicamentos, cabe ao gestor da farmácia 
atentar-se para a necessidade de reposição do estoque, pois só assim evita-se a 
falta de produtos para atender às demandas. Para Oliveira a reposição de estoques 
tem como finalidade tornar mínimos os custos de conservação de estoques, 
contudo, sem por em risco o atendimento da demanda. Ou seja, encontrar o 
nível adequado de estoques para cada produto sem comprometer os 
serviços. “Quando os níveis de estoque atingem o mínimo, a empresa deve 
continuar comprando novos itens. Se você respeitar este nível é possível 
iniciar o processo de aquisição do item sem faltar (2015, p. 53 apud PÊGO; 
MUQUIUTTI, 2018 p.37). 
Assim como o controle de estoque é importante para evitar a falta de 
medicamentos, o controle de recebimento e armazenamento dos mesmos de forma 
correta, também merece atenção. São apresentadas por Valery (1989, p.11 apud 
PÊGO; MUQUIUTTI, 2018, p. 68) algumas instruções para a forma correta de 
recebimento dos medicamentos: 
1. Devem existir instruções por escrito, descrevendo com detalhes o 
recebimento, a identificação e o manuseio dos medicamentos. 
2. Elas devem indicar adequadamente os métodos de estocagem e definir os 
procedimentos burocráticos para com as outras áreas de organização. 
3. No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto a sua 
documentação e fisicamente inspecionada para se verificar suas condições, 
rotulagem, tipo e quantidade. 
4. Se for o caso de recebimento de um produto com mais de um lote de 
fabricação, ele deve ser subdividido em quantos lotes forem necessários e 
estocados dessa forma. 
5. Os lotes que forem submetidos a amostragem ou os julgados passíveis de 
análise, devem ser conservados em quarentena até decisão do Controle de 
Qualidade. 
A armazenagem refere-se ao gerenciamento do espaço necessário para 
manter o estoque. Isso envolve aspectos como a localização, as dimensões do local, 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
o arranjo espacial, a recuperação de estoques, o desenho das docas ou baias e a 
configuração do armazém (BALLOU, 1993, p. 40). Quando os medicamentos são 
armazenados de forma correta, facilita-se a distribuição, a qual consiste no 
suprimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade, qualidade e 
tempo oportuno, para posterior dispensação à população usuária. 
De acordo com o autor, alguns requisitos devem ser observados quanto a 
distribuição de medicamentos, pois a mesma deve garantir rapidez e segurança na 
entrega, assim como eficiência no sistema de informação e controle. São também 
sugeridas pelo Ministério da Saúde (2002) algumas recomendações para Distribuição 
de Medicamentos: 
1. Contemplar no planejamento da distribuição o cronograma de entrega, 
normas e procedimentos, instrumentos (formulários) para acompanhamento 
e controle. 
2. Separar os medicamentos por ordem cronológica de prazo de validade. 
3. Realizar inspeção física do medicamnto para identificar alterações no produto 
ou nas embalagens antes da distribuição. 
4. Reconferir sempre o pedido antes da entrega. 
5. Registrar a saída no sistema de controle, após a entrega do pedido. 
6. Arquivar a segunda via do documento. 
7. Elaborar relatórios mensais, informando aos gestores, as quantidades e 
recursos distribuídos, percentuais de cobertura etc. 
8. Registrar em formulário próprio (em duas vias) os pedidos não atendidos na 
totalidade (nome da unidade, especificação do produto, quantidade total a 
receber,quantidade entregue, total do crédito e a data). 
Dessa forma, para a distribuição de medicamentos também é necessário um 
planejamento e controle das ações, considerando as normas e procedimentos para 
que se garanta assim, a disponibilidade do produto para os clientes no local e na 
quantidade correta, devendo a equipe responsável pela distribuição, ter dedicação e 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
zelo para que os medicamentos não sofram alterações e sejam entregues de acordo 
com o pedido. 
A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a 
um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um profissional autorizado 
(ARIAS, 1999 apud GALATO et al., 2008, p.3). De acordo com o Ministério da Saúde 
(2002) são objetivos da dispensação: 
1. Educar para o uso correto do medicamento; 
2. Contribuir para o cumprimento da prescrição médica; 
3. Proporcionar uma atenção farmacêutica de qualidade; 
4. Garantir o fornecimento do medicamento correto e na quantidade adequada. 
A dispensação, é entendida então, como uma forma de controlar a distribuição 
dos medicamentos prescritos pelos médicos, garantindo que os mesmos sejam 
utilizados de forma correta, evitando assim, o desperdício e o uso inadequado. 
 GESTÃO DE COMPRAS 
 
Fonte:img.olx.com.br 
http://www.img.olx.com.br/
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
O processo de compras no âmbito da saúde deve ser sempre bem planejado 
e programado. Ferramentas e procedimentos podem auxiliar o farmacêutico e os 
demais envolvidos nas atividades da farmácia hospitalar no momento de selecionar 
os medicamentos e produtos de saúde ofertados aos pacientes de dada instituição 
(LEITE, 2021). 
A fim de manter o controle do estoque, a aquisição desses produtos deve 
seguir uma periodicidade e uma lista padronizada de itens que facilitem a compra de 
uma quantidade suficiente para abastecer o estabelecimento ou instituição, sem que 
haja comprometimento de recursos financeiros de forma exagerada. Neste capítulo, 
você vai estudar fluxos e procedimentos aplicados ao ciclo da assistência 
farmacêutica no que concerne aos temas de seleção e aquisição de medicamentos 
e produtos para saúde. O processo de aquisição deve ser bem planejado em 
previsões e estimativas de consumo que não gerem faltas nem excessos de produtos 
nos estoques. 
O processo de compras, dentre outros processos do varejo, torna-se aquele 
onde as atividades a serem gerenciadas são as mais críticas. O adequado 
balanceamento do ritmo de vendas e o abastecimento de produtos é vital para os 
negócios do varejo. Para manter o caixa equilibrado, o volume de compras para um 
período deverá ser rigorosamente seguido, considerando inclusive a elaboração 
orçamentária do negócio. 
Segundo Ballou (2001) a boa coordenação entre operação, marketing, compras 
e todas as outras atividades dentro do canal de suprimentos, não podem ser 
gerenciadas de maneiras distintas. O inter-relacionamento entre estas atividades 
existe frequentemente, até um ponto em que uma atividade pode estar em detrimento 
a uma ou mais atividades. Falhar em compreender essas compensações pode afetar 
negativamente as operações. 
Para Martins e Campos (2009), a gestão de compras é uma atividade 
fundamental no gerenciamento de uma empresa. Suas decisões impactam 
diretamente em uma política de estoques eficiente e quando abordada de maneira 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
correta, auxilia na redução de custos e na otimização dos lucros, estando também 
relacionada, com a competitividade e o sucesso da organização. 
As compras ocupam uma posição estratégica na organização. As peças, os 
componentes e os suprimentos comprados representam entre 40 a 60% do valor das 
vendas de seus produtos finais. Por esse motivo, Slack (2002) destaca a 
necessidade de comprar “bem”, ou mesmo, comprar na quantidade correta e 
principalmente com o preço correto. 
 
Aplicação de critérios de aquisição 
 
Para iniciar o processo de aquisição de produtos na área de saúde, é preciso 
estabelecer uma normalização para a identificação de produtos. Esse processo é 
dividido em quatro etapas, como mostra a Figura 1. 
 
Figura 1. Fluxograma para aplicação do processo de normalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: LEITE, 2021. 
 
Em paralelo a esse processo, podemos nos perguntar: Qual quantidade 
comprar? Qual montante de recursos financeiros pode ser empregado numa 
compra? De quanto em quanto tempo deve ser feita uma compra? Todas essas 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
perguntas fazem parte do planejamento, e mediante o estabelecimento de critérios e 
mensuração de demandas anteriores é preparado um fluxo a ser seguido. 
A determinação da quantidade tem como base a avaliação retrospectiva do 
consumo e a estimativa ou projeção de consumo por um determinado tempo. As 
programações costumam acontecer anualmente, mas podem ser revistas a cada 
trimestre ou semestre. O certo é que, quanto mais de perto for feito o 
acompanhamento dessa programação, menos faltas ocorrerão na unidade e 
excessos de produtos serão evitados. 
As taxas de consumo nas unidades hospitalares por exemplo, podem ocorrer 
de forma horizontal, ou seja, de forma constante para o período avaliado, o que gera 
poucas flutuações de consumo. Nesse cenário, fica mais simples o planejamento, 
mas essa não é a situação da maior parte das instituições. Outros padrões envolvem 
consumo crescente, decrescente, aleatório ou irregular. Uma situação muito 
específica é o consumo sazonal, em que a variação pode ser positiva ou negativa, 
com flutuação de consumo de no mínimo 25%, tendo como causas externas 
epidemias, surtos, estação do ano, entre outras (CAVALLINI, 2010). 
Diante de um cenário em que o consumo pode variar bastante, uma estimativa 
de consumo deve ser investigada e calculada pelo farmacêutico responsável junto 
com o setor de compras. A demanda para um determinado período deve ser 
projetada por meio de fórmulas matemáticas que auxiliam na programação. O 
primeiro passo é atualizar o consumo do ano anterior, acrescendo o crescimento 
vegetativo da população ou estabelecendo a média móvel de cada produto. Vejamos 
a aplicação da fórmula para o cálculo da média móvel. 
Para o cálculo de projeção de consumo futuro, a fórmula aplicada é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 Onde CM é o consumo médio, C é o consumo de cada período (mensal ou 
quinzenal) e n é o número de períodos utilizados para a determinação do consumo 
(de 3 a 12 períodos). Como exemplo, aplicamos a fórmula no cálculo de consumo de 
Dipirona 500mg em comprimido para os próximos seis meses, com base nos últimos 
seis meses: 
 
Assim, espera-se um valor de consumo na faixa aproximada de 152 comprimidos 
de Dipirona 500mg, facilitando a projeção da demanda em torno dessa média. Para 
a definição de quanto tempo será necessário para fazer reposição no estoque, vamos 
explicar alguns conceitos que estão interligados. Esses conceitos indicam em que 
ponto do estoque deverá ser acionada uma nova compra. 
1. Estoque real (ER): representa a quantidade de produto existente no 
hospital no momento atual. 
2. Estoque virtual (EV): representa o estoque atual somado à quantidade 
solicitada para aquisição. 
3. Tempo de ressuprimento (TR): é a soma de todos os tempos internos e 
externos desde a cotação do produto até a chegada na Central de 
Abastecimento Farmacêutico (CAF), permitindo prever em quanto tempo 
chegará uma nova solicitação. 
4. Estoque mínimo (Emín): quantidade mínima capaz de aguardar aumento 
no TR ou aumento de consumo. 
O Emín é calculado pela seguinte fórmula: 
 
 
Onde: 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
ΔD é a diferença entre o maior consumo do período analisado e a média; 
ΔTR é a diferença entre o maior tempo de ressuprimento do período analisado 
e a média. 
Estoque máximo (Emáx): quantidade máxima que deverá ser mantidaem 
estoque. Para sua determinação, soma-se ao Emín a quantidade necessária para um 
período determinado de ressuprimento, de acordo com a fórmula: 
 
Onde PR é o período entre dois pedidos ou avaliação de estoque. Ponto de 
pedido (PP): quantidade existente no estoque que aciona a emissão de um novo 
pedido de compra. Quando o estoque atinge esse valor, a quantidade no saldo de 
estoque ainda suporta o consumo durante o TR. Veja a fórmula aplicada nesse 
cálculo: 
 
 
Com a normalização implantada e os parâmetros que definirão as quantidades 
solicitadas atualizadas, pode-se dar prosseguimento ao processo de aquisição com 
a compra propriamente dita. Muitos fornecedores estão disponíveis no mercado, 
sendo fundamental para um processo seguro e eficaz contar com fornecedores que 
sejam coerentes com as políticas de compras. 
De modo geral, compradores e fornecedores não estão em disputa, e sim em 
busca de uma condição em que ambos possam usufruir de vantagens e de 
estabilidade nas relações. Por isso, manter um cadastro de fornecedores é 
importante, pois facilita o acompanhamento da evolução do mercado de fornecedores 
e dá apoio ao comprador na manutenção dos seus dados cadastrais. 
Assim, uma das formas de realizar essa atividade é manter as informações 
sobre fornecedores e mercadorias atualizadas, retirando e acrescentando 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
informações continuamente, monitorando suas respostas e realizando um trabalho 
de comparação das consultas efetuadas com as propostas obtidas, além de avaliar 
os custos dos produtos, os prazos de fornecimento e a qualidade dos produtos 
oferecidos. Nas instituições públicas, esse processo leva tempo para ser 
padronizado. 
De todo modo, de acordo com Moraes, Decco e Flexa (2017), três itens podem 
ser imprescindíveis para uma pré-qualificação de fornecedores: 
1. análise documental, tanto do ponto vista da regularidade fiscal quanto do 
ponto de vista da regularidade sanitária do produto; 
2. análise técnica de amostras; 
3. formalização dos setores responsáveis pelas compras do hospital. 
A depender do tipo de hospital, se público ou privado, o processo de seleção 
do fornecedor pode se dar de diferentes formas, mas deve seguir segundo Viana 
(2012) um roteiro de etapas do processo de aquisição, conforme disposto na Figura 
2. 
Figura 2. Etapas do processo de aquisição. 
 
Fonte: LEITE, 2021. 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
A seleção dos fornecedores nas instituições privadas se dá por cotação e 
compra direta. O setor de cotação contata três ou mais fornecedores da lista de 
fornecedores cadastrados, pesquisa o melhor preço e as melhores condições e 
solicita a quantidade para atender a um determinado período. Normalmente, este é 
um processo rápido, principalmente quando comparado à escolha de fornecedor por 
parte de hospitais públicos. 
Essa etapa nas unidades públicas deve ser a mais imparcial e aberta possível, 
seguindo os princípios da administração pública. Assim, é elaborado um edital com 
todos os itens, especificando suas características o mais detalhadamente possível. 
Em seguida, efetua-se pesquisa de preço no mercado, para estimar o valor provável 
da compra e posterior comparação com os preços cotados na licitação. 
A pesquisa de preços não deve se limitar à consulta junto aos fornecedores, 
devendo ser consultados também os sites de Secretarias de Saúde que 
disponibilizam os preços pagos, o Banco de Preços em Saúde (BPS) do Ministério da 
Saúde, o Comprasnet, entre outros, a fim de verificar os preços pagos em outras 
compras públicas. Todo esse processo recai na etapa de licitação, que abrange a 
habilitação e qualificação de fornecedores, a abertura de propostas (na maioria das 
vezes em formato digital), o julgamento das propostas/classificação que atenda às 
exigências do edital e, por fim, a formalização do contrato. 
A licitação engloba um conjunto de procedimentos formais que devem ser 
registrados em processo próprio, observando os princípios da legalidade, igualdade, 
publicidade, probidade administrativa, vinculação ao Edital, julgamento objetivo, entre 
outros. Essa etapa visa garantir a observância do princípio constitucional da isonomia 
e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração. Veja no Quadro 1 as 
modalidades de licitação segundo a Lei nº 8666, de 1993, conhecida como Lei das 
Licitações. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1. Descrição das modalidades de licitação e suas características 
 
Fonte: LEITE, 2021 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 GESTÃO DE ESTOQUES 
 
Fonte: jordans.com 
O estoque é criado, com intuito de compensar as diferenças de tempo entre 
oferta e demanda. Assim, o gerenciamento do estoque é fundamental para na 
rentabilidade da empresa, não correspondendo somente ao armazenamento dos 
produtos, mas sendo responsável também, por cuidar desse capital estacionado. 
Para Ballou (2006), os estoques são amontoados de componentes primários, 
materiais em processos e produtos finais, que surgem em diversos pontos da 
produção dos mesmos nas empresas. 
Segundo Ching (2008), os estoques são capitais inativos que poderiam estar 
sendo investidos de outras formas, assim redirecionam fundos que poderiam ser 
usados em outros serviços e tem o mesmo custo que qualquer outro investimento da 
empresa. Porém o mesmo ressalta, que sem estoque é impossível trabalhar em uma 
empresa, pois ele funciona como amortecedor entre as etapas de produção até a 
chegada ao consumidor. 
Dias (2012) afirma que as empresas têm como objetivo minimizar os capitais 
investidos em estoques, otimizando a administração geral e procurando assim, 
maximizar o lucro. De acordo com Pozo (2002, p 34) “a correta administração de 
materiais pode ser facilmente percebida quando os bens necessários não estão 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
disponíveis no momento exato e correto para atender a demanda e as necessidades 
do mercado”. 
Os custos para manter os estoques, segundo Ballou (2006), variam entre 20% 
e 40% do valor do mesmo, o que comprova o quão importante é ter uma 
administração de estoques adequada em uma empresa. De acordo com Paoleschi 
(2009), o controle de estoque é aplicado para monitorar os processos reais, por isso 
é imprescindível o conhecimento das atividades para um controle eficaz. Entre as 
principais atividades de controle de estoque estão: 
1. Conhecer o saldo existente de materiais (diário, mensal, anual), como também, 
o que se pretende estocar para dimensionar a área a ser utilizada; 
2. Organizar o almoxarifado da melhor forma, seja por rua, armazém, prateleira, 
gaveta; 
3. Verificar se o ambiente necessita de climatização, entre outras. 
Além disso, alguns aspectos devem estar claros antes de se criar um sistema 
de controle de estoques, entre os quais estão a definição de quais tipos de estoques 
há na empresa, qual o nível adequado em que o estoque deve permanecer para suprir 
as demandas e qual a relação entre o nível de estoque e o capital necessário 
envolvido (DIAS, 2012). 
Tipos de estoque 
Como se sabe, a quantidade de produtos em estoque, deve ser planejada e 
controlada, pois como afirma Chiavenato (2005) isso evita que a produção seja 
interrompida, bem como previne excessos, os quais causam custos para a empresa. 
Alguns autores (BALLOU, 2006; DIAS, 2012) tem afirmado que os estoques são 
divididos de acordo com suas funções, para que ocorra um melhor gerenciamento do 
estoque existente na empresa. 
No Quadro 02 abaixo, são apresentados alguns tipos de estoques que podem 
ser encontrados nas organizações, bem como suas definições. 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
Quadro 02.Tipos de estoque 
 
Fonte: DIAS (2012) 
Dessa forma, os gestores devem analisar o tipo de estoque que melhor se 
encaixa em suas organizações, se atentando desde o momento da compra de 
matéria-prima até a chegada do produto ao cliente,afim de evitar futuros problemas. 
Gestão e Controle de estoque 
Para minimizar os custos, as empresas adotam uma política de tamanho 
mínimo de pedidos para tentar obter algumas economias de escala em transporte e 
serviço, uma vez que, pois, essa ação, auxilia na redução o número de pedidos 
necessários para um determinado volume de negócios. 
Por meio de uma gestão eficiente de estoque, Veríssimo e Musetti (2003 p. 54) 
consideram possíveis a “redução de estoque, otimização da movimentação e 
utilização do armazém, agilidade no atendimento ao cliente e na linha de produção, 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
redução do índice de material obsoleto, precisão e exatidão das indicações”. Com 
isso, pode-se conseguir a redução de custos, melhoria da integração do processo de 
almoxarifado com os demais processos da organização e a melhoria do atendimento 
ao cliente. 
Entretanto, as empresas precisam manter estoques, pois é fundamental que 
as mesmas sejam capazes de se proteger de mudanças inesperadas e incertezas na 
demanda e no lead time e contra o aumento de preços, bem como para possibilitar 
economias de escala em compras e transportes e ter segurança contra 
eventualidades. Assim, considera-se dois aspectos importantes da gestão de 
estoques, a previsão de demanda e o cálculo de quantidades de pedidos de 
reabastecimento. 
No gerenciamento do sistema de estoques, os gerentes estão envolvidos em 
três principais tipos de decisões, sendo eles: 
1) quanto pedir: cada vez que um pedido de abastecimento é colocado, 
de que tamanho ele deve ser?; 
2) quando pedir: em que momento ou nível de estoque, o pedido de 
reabastecimento deve ser colocado?; 
3) como controlar o sistema? Que procedimentos e rotinas devem ser 
implantados para ajudar a tomar estas decisões? 
As decisões de estoque são baseadas nos temas que ajudam os gerentes a 
tomar decisões do dia-a-dia. Este processo inclui atividades desde a chegada do 
produto, armazenamento, colocação de pedidos, embarque de mercadorias e 
controle de movimento. 
Acredita-se que o nível mínimo de estoque seja importante para que a empresa 
possa atender a todas as solicitações dos clientes e consequentemente, manter o 
seu percentual de vendas, uma vez que o cliente certamente se dirigirá a outro 
estabelecimento, caso solicite um produto e receba a informação de que o mesmo 
está indisponível no estoque. 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
A quantidade a comprar também é influenciada pela demanda, que pode ser 
permanente, sazonal, irregular, decrescente e derivada. Já a decisão de qual arranjo 
específico escolher, será influenciada por uma compreensão adequada das 
vantagens e desvantagens de cada tipo. O arranjo físico pode ser estruturado da 
seguinte forma: 
1) Posicional: no que diz respeito à localização física dos recursos 
transformativos, conhecidos como centros de recursos; 
2) Por processo: desenhado por uma combinação de processos de intuição, bom 
senso, tentativa e erro aplicados sistematicamente; 
3) Celular: representa um compromisso entre flexibilidade de layout físico por 
processo e simplicidade de layout físico por produto; e 
4) Por produto: pedindo recursos incorporando os requisitos de processamento 
do produto ou serviço produzido. 
Uma ferramenta interessante para auxiliar nesse processo é a curva ABC, que 
pode ser usada para determinar quando fazer o pedido, levando em consideração o 
lead time de reposição e a quantidade média de produto vendido em um determinado 
período. 
 
Curva ABC 
Existem diferentes técnicas de controle de estoques, as quais podem ser 
aplicadas a qualquer item e cada item, será controlado com base na mesma 
disponibilidade desejada, podendo ser acompanhado de forma periódica ou 
constante. Entretanto é essencial que as organizações compreendam que nem 
todos os itens estocados, necessitam ser mantidos e gerenciados na mesma 
intensidade, uma vez que alguns itens são mais relevantes que outros, assim como 
podem haver clientes que exijam um melhor nível de serviço. 
O método da curva ABC pode tanto ser utilizado para gerenciar os estoques, 
quanto para elaborar uma política de venda visando o estabelecimento de 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
prioridades. Assim, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a 
necessidade de aquisição de itens essenciais para o controle do estoque, os quais 
podem variar de acordo com a demanda do consumidor (PINTO, 2002). 
Dessa forma, a curva ABC apresenta-se como uma importante ferramenta 
utilizada na aplicação de uma política de controle de estoque, auxiliando na 
determinação da ordem de prioridade dos produtos estocados e mostrando ao 
gestor quais itens devem receber maior atenção. 
Sendo assim, torna-se importante que os produtos não sejam tratados com 
igualdade, visto que eles se diferem em demandas, lucros e competitividade no 
mercado (BALLOU, 2006), além de que em alguns casos, determinados produtos 
têm custos de manutenção maiores que outros, o que de acordo com Corrêa e 
Corrêa (2012), enfatiza a necessidade de definir os itens que devem ter maior 
atenção na empresa. Dessa forma, para Slack, Chambers e, Johnston (2009, p. 377) 
“os itens com movimentação de valor particularmente alto demandam controle 
cuidadoso, enquanto aqueles com baixas movimentações de valor não precisam ser 
controlados tão rigorosamente”. 
A estrutura da curva ABC, conforme Krajewski, Ritzman e Malhotra, (2009) 
incide na divisão dos produtos em três classes, diferenciadas de acordo com seu 
custo financeiro, afim de sinalizar aos administradores quais os itens possuem 
maiores valores. Ching (2008) relembra que este método já é aplicado em muitas 
indústrias há anos e que se baseia no diagrama de Pareto, que pode também ser 
conhecido como regra 80/20. Aplicando esses percentuais à Curva ABC, acredita 
que, frequentemente, 20% dos itens estocados representam 80% do valor total em 
estoque (MOREIRA, 2014). 
É importante ressaltar, que embora diferentes autores (BALLOU, 2006; DIAS, 
2012) tenham afirmado que os produtos podem ser classificados como A, B e C, 
não existe, porém, uma forma estrita para agrupar os itens nas classes citadas, 
podendo assim, variar a cada situação. As três classes são caracterizadas da 
seguinte forma: 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 Classe A: representa os produtos mais importantes para a administração, ou 
seja, necessitam de maior atenção, chegando no máximo a 20% dos itens e 
não devendo ultrapassar 50% dos custos totais de investimento. 
 Classe B: são os itens com saídas menores quando comparados com a 
classe A, por isso, são considerados intermediários na distribuição, 
representando 30% dos itens e não devendo ultrapassar 30% dos custos 
totais. Representam um custo médio podendo calcular uma quantidade que 
minimize o custo total (Lote Econômico de Compras), como também o ponto 
de pedido afim de cobrir os gastos com estoques de segurança. 
 Classe C: corresponde aos produtos que a atenção não precisa ser tão 
rigorosa, já que representam o menor custo, sendo de fácil obtenção. 
Representam 50% dos itens e não devem exceder 20% dos custos totais. 
 
Para a aplicação da curva ABC, Corrêa e Corrêa (2012), apontam que existem 
alguns passos a serem seguidos. Primeiramente, deve-se determinar a quantidade 
total utilizada no ano anterior, o custo médio e anual de cada item. Em seguida, deve-
se colocar todos os itens em valor decrescente do custo total de investimento 
encontrado anteriormente e calcular os valores acumulados de toda lista na ordem 
definida. Por fim, deve-se colocar em termos percentuais os valores encontrados, 
plotar em um num gráfico e assim, definir as classes A, B e C pela inclinação da curva 
(Figura 3). 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Apresenta um modelo da curva ABC.
 
Fonte: LEITE, 2021. 
Para Ching (2008) ao se estabelecer uma política de estoquetendo como base 
a curva ABC, torna-se essencial a definição dos níveis de serviços que serão 
oferecidos pelos três distintos grupos, por exemplo, 99% para itens A, 95% para itens 
B e 85% para itens C, pois isso reduzirá o capital empatado em estoque. 
Para se calcular a representatividade de cada item em estoque, é necessário 
multiplicar o consumo anual de cada item, por seu respectivo custo. Em seguida, deve-
se listar em ordem decrescente de valor e calcular o percentual relativo de cada item 
em relação ao custo total do estoque (100%). Na avaliação dos resultados da curva 
ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de 
representação no faturamento da organização. 
 
Cobertura e giro de estoque 
Alguns autores (CHING, 2008; PAZO, 2002) consideram fundamental, para o 
eficiente gerenciamento de estoque, equilibrar os custos de manter e realizar pedidos, 
assim como o custo da falta de estoque, que somados, denomina-se custo total. É 
perfeitamente compreensível que esses custos sejam conflitantes, pois quanto maior 
as quantidades estocadas, maior será os custos de manutenção e consequentemente 
maior será o estoque médio e mais alto será o custo de mantê-lo. 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
Existem dois importantes procedimentos que auxiliam no controle do estoque: 
a cobertura e o giro de estoques. Enquanto a cobertura calcula o tempo de 
durabilidade do estoque, caso não seja reabastecido, o giro de estoque se 
responsabiliza por calcular a frequência com que o estoque é completamente usado 
em um período de tempo. 
Para Martins e Campos (2009) a análise da cobertura de estoque se faz 
essencial por indicar as quantidades em unidades de tempo, ou seja, em dias ou 
semanas, que o estoque adquirido será suficiente para cobrir a demanda média. 
Abaixo se tem a fórmula para calcular a cobertura de estoque: 
 
 
 
 
 
 
A gestão de estoques por meio dos giros ou rotatividade, é responsável pela 
avaliação do capital investido em estoque, comparado com os custos das vendas ou 
quantidade média de materiais estocados, dividido pelo custo anual das vendas. 
Quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a administração da logística 
de suprimento da empresa, menores serão seus custos e maior será sua 
competitividade. 
Em uma análise mais objetiva, Ballou (2001) classifica os giros de estoques 
como o quociente de vendas anuais sobre o investimento médio em estoque para 
o mesmo período de tempo, no qual as vendas e o investimento em estoque 
são valorizados no segmento do canal logístico, no qual os itens são mantidos em 
estoque. Isto é: 
 
 
 
 Cobertura de estoque = Valor de estoque 
 _________________ 
 Valor do consumo 
 Giro de estoque = Valor consumo no período 
 _________________________ 
 Valor do estoque no período 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
A maneira como os estoques são gerenciados determinará o equilíbrio entre os 
objetivos de custos e de serviço ao cliente. Os estoques fornecem um nível de 
disponibilidade de produto e serviço, os quais quando localizados próximo dos 
clientes, podem satisfazer uma exigência elevada de nível de serviço ao cliente. A 
presença desses estoques ao cliente pode não apenas manter as vendas, mas 
realmente aumentá-las. 
 CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA 
 
 
Fonte: niversob2b.com 
Nos últimos anos, devido ao processo de globalização, as organizações 
precisaram procurar sistemas estratégicos para gerir de uma forma mais adequada 
e com mais eficiência, os novos conceitos do mercado, o qual valorizam a qualidade, 
o tempo, o lugar e as informações do produto. 
Para Ballou (2006), a cadeia de suprimentos refere-se a um conjunto de 
atividades, repetidas durante o processo de transformação da matéria-prima em 
produto acabado, as quais são ditas como atividades funcionais e agregam valor ao 
consumidor. Segundo Christopher (2011), a cadeia de suprimentos é uma rede de 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
organizações envolvidas pelo montante e a jusante, nos diferentes processos e 
atividades que agregam valor ao consumidor final em produtos e serviços. 
De acordo com Chopra e Meindl (2011) direta ou indiretamente, as etapas 
envolvidas no atendimento de um pedido, são parte da gestão da cadeia de 
suprimentos. Essa gestão não inclui apenas fornecedores e fabricantes, mas conta 
com tudo o que faz parte desse processo, até que chegue as mãos do cliente, como 
o armazenamento em depósitos, transportadores e os varejistas. 
Nesse sentido, Ching (2008) ressalta que a empresa só terá vantagens 
competitivas no mercado, por meio do aumento da produtividade, pelo 
desenvolvimento de produtos diferenciados e pelo alto nível de serviço voltado ao 
cliente e para alcançar o objetivo pretendido, essas atividades devem abranger todas 
as partes relacionadas a empresa, tanto dentro, quanto fora. Assim, a cadeira de 
suprimentos torna-se o campo de batalha onde é determinado o sucesso ou o 
fracasso final da empresa (MARTINS; CAMPOS, 2009). 
A literatura da área, aponta dois objetivos-chaves na cadeia de suprimentos: 
1. Satisfazer efetivamente o cliente, criando um diferencial em relação ao 
concorrente; 
2. Minimizar os custos financeiros, pelo uso de menos capital de giro, e os 
custos operacionais, diminuindo desperdícios e evitando ao máximo, 
atividades que não agregam valor ao produto, tais como: espera, 
armazenamentos, transportes e controles. 
Uma importante decisão a ser tomara pela gerência, refere-se ao quanto deve-
se abastecer cada produto ou serviço, por meio de um fornecedor único ou por mais 
de um. A vantagem de se trabalhar com um fornecedor único está na maior 
confiabilidade, na melhor qualidade da prestação de serviço, na melhor comunicação, 
bem como na durabilidade das relações. Porém, a falha no fornecimento acarretará 
maiores riscos e os efeitos de flutuações no volume de demanda poderão ser mais 
relevantes. É importante considerar também, que quando se trabalha com fornecedor 
único, o poder de negociação preço fica comprometido (MARTINS; CAMPOS, 2009). 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
Ao adotar uma abordagem holística na cadeia de suprimentos, torna-se 
possível uma análise mais completa, que acarreta em melhorias efetivas, 
viabilizando por exemplo, que o gerente consiga identificar qual procedimento da 
cadeia de suprimentos, está causando a maior parte dos atrasos e assim buscar 
estratégias para solucionar a problemática, para que o tempo de processamento seja 
otimizado. Geralmente, recomenda-se analisar toda a cadeia de suprimento para 
aumentar a eficiência, o que permite a manutenção de estoques somente onde seja 
necessário, identificando falhas, balanceando capacidade e coordenando um fluxo 
suave de materiais. 
Não é coincidência que a logística de suprimentos tem se destacado, 
tornando-se fator determinante ao administrar a cadeia de suprimentos. Assim, a 
relação entre fornecedor e consumidor quando bem-sucedida, garante diferencial 
competitivo e a sobrevivência da empresa. Por isso, as empresas devem cada vez 
mais, ter uma logística de suprimentos projetada para a flexibilidade e eficiência de 
resposta (MARTINS; CAMPOS, 2009). 
O conceito de logística possui relações com as estratégias utilizadas pelas 
forças militares, onde realizava-se ao longo do processo de combate, o 
abastecimento e movimentação de armamentos e munições, para os locais certos. 
Assim, entende-se que as atividades logísticas são utilizadas há muitos anos, 
embora a logística empresarial seja uma área relativamente nova, a qual inclui as 
áreas de produção, financeira e marketing, afim de melhorar a administração atravésdo planejamento de bens e serviços. 
A logística empresarial tem como objetivo mostrar como a administração pode 
ser eficaz nos serviços de distribuição aos consumidores, utilizando o planejamento, 
a organização e a gestão efetiva, para ações de movimentação e armazenagem de 
forma que favoreça o fluxo de produtos (GARCIA; GARCIA; STRASSBURG, 2003). 
Ela é considerada como uma extensão do controle da gestão física, que começa 
pelo canal de distribuição e se prolonga até o final da cadeia produtiva da empresa. 
Christopher (2011, p. 2) define a logística como: 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 O processo de gestão estratégica da aquisição, movimentação e 
armazenagem de materiais, peças e estoques finais (e os fluxos de 
informação relacionados) por meio da organização e seus canais de 
comercialização, de tal forma que as rentabilidades atual e futura sejam 
maximizadas através da execução de pedidos, visando custo benefício. 
A logística é considerada perfeita, quando existe uma relação entre os 
materiais e as informações, começando pela administração dos materiais e chegando 
a distribuição física dos produtos e serviços oferecidos pela empresa, de forma que 
ao final, o cliente sinta-se satisfeito. O conceito de logística, de acordo com Ching 
(2008), foi evoluindo com o aumento competitivo do mercado, o qual passou a exigir 
das empresas, um diferencial em sua produtividade e qualidade dos produtos e/ou 
serviços oferecidos aos consumidores, assumindo a logística então, um papel 
fundamental na integração das áreas da produção. 
Para Dias (2012) quando a logística é bem planejada e executada, tem-se a 
garantia de reduzir os custos do estoque, transporte e distribuição, além de otimizar 
o tempo das operações e diminuir a ocorrência de produtos defeituosos, bem como 
perdas por falhas na produção. Para a logística exercer sua devida função tanto no 
ambiente interno, quanto externo da organização, existem atividades primárias e 
secundárias a serem seguidas. 
As atividades primárias são fundamentais, pois contribuem com a maior parte 
do custo total que a função da logística exerce. Já as atividades secundárias, são 
contribuintes das primárias e simulam a menor parte dos custos. No quadro 03 
abaixo, são apresentadas as atividades primárias e secundárias, seguidas de suas 
respectivas definições: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
Quadro 03: Atividades primárias e secundárias 
 
Fonte: DIAS, 2012. 
 HABILIDADES EM ATENDER AS NECESSIDADES 
 
Fonte: santaluciadrogarias.com 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
É de fundamental importância que as empresas tomem conhecimento das 
necessidades e desejos do consumidor, pois através disso a mesma poderá 
desenvolver uma vantagem competitiva, que através de estratégias venham a 
atender as necessidades do mercado (RODRIGUES, 2017). 
As empresas estão cada vez mais preocupadas com as necessidades e 
opiniões dos consumidores para tomar decisões acerca de um produto e 
buscam através de pesquisa e análises entender o que influencia seu 
comportamento. E com esse conhecimento sobre o cliente também possam 
ter vantagens sobre seus concorrentes (COBRA, 1998, p.85 apud 
RODRIGUES, 2017). 
O atendimento está diretamente relacionado às ações que uma organização 
pode ou não realizar, de acordo com suas normas e regras. A qualidade no 
atendimento é a porta de entrada de uma empresa, considerando que a primeira 
impressão é a que fica e que a base da filosofia da qualidade total na atualidade é a 
premissa do cliente em primeiro lugar (RODRIGUES, 2017). 
Quando a empresa oferece um bom atendimento, o cliente fica sempre 
satisfeito, mesmo quando a empresa não dispõe do que ele procura. Assim, manter 
o foco no cliente torna-se um objetivo da organização, que deseja captar novos 
clientes, além de estabelecer uma relação de confiança e credibilidade com seus 
clientes antigos. Para alcançar a valorização dos clientes, é importante que a 
empresa leve em consideração as sugestões e reclamações dos mesmos, a fim de 
corrigir possíveis erros que no futuro, poderão causar consequências para a empresa, 
como por exemplo, o desenvolvimento de uma imagem negativa que poderá afastar 
potenciais clientes (RODRIGUES, 2017). 
Existem alguns requisitos básicos para um bom atendimento ao cliente, tais 
como: 
1. Conhecer – suas funções, a empresa, as normas e procedimentos; 
2. Ouvir – para compreender o cliente e saber o que ele deseja sem desgastes 
e sem adivinhações; 
3. Falar – utilizar um vocabulário simples, claro e objetivo, evitando termos 
técnicos, gírias; 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
4. Perceber – o cliente na sua totalidade, os gestos, as expressões faciais e 
a postura do cliente. 
 MARKETING EM FARMÁCIAS E DROGARIAS 
 
Fonte: interplayers.com 
A administração eficiente das farmácias, assim como em outras empresas, é 
fator determinante para a sobrevivência e o futuro da organização, cabendo aos 
gestores assim, as funções típicas dos administradores, em especial as de planejar, 
organizar, dirigir e controlar (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA - CFF, 2008). 
Segundo o CFF (2008), para nortear decisões e ações, deve-se considerar o 
consumidor como o centro de todo o processo, além de compreender o papel 
estratégico das farmácias, na disponibilização integrada de produtos e serviços de 
promoção, prevenção, cura e reabilitação de saúde. Porém, para que sejam possíveis 
níveis de lucratividade e retorno sobre o investimento, é necessário, por parte dos 
profissionais, o desenvolvimento de novas competências e habilidades. 
Assim, o planejamento de marketing se apresenta como importante ferramenta 
para se estabelecer decisões administrativas e gerenciais de curto, médio e longo 
prazos, visando à busca da fidelização dos clientes, bem como a conquista de novos, 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
através do cumprimento da missão da prática farmacêutica na cadeia de distribuição 
de medicamentos. 
Gestão de marketing 
Definido pelo Conselho Federal de Farmácia como “processo social e gerencial, 
através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, 
criando e trocando produtos e valores uns com os outros” (CFF, 2008), o marketing 
pressupõe que clientes com necessidades e poder aquisitivo diferentes tendem a 
realizar compras, levando em consideração o bom atendimento, o benefício, o preço 
e a logística que a empresa fornece. 
A questão central da gestão de marketing é identificar ou desenvolver as 
melhores ferramentas aos seus diferentes mercados. Assim, segundo o CFF (2008), 
pode‑se pensar em termos de um processo de marketing com três objetivos: 
1. Criar ou identificar valor, 
2. Desenvolver e entregar valor, 
3. Alinhar pessoas ao valor. 
Porém, não é fácil atender a esses objetivos, pois a sociedade e o ambiente 
de negócios estão em constantes mudanças, o que se justifica pela rapidez dos 
avanços tecnológicos, pelo processo de globalização, pela ordem econômica vigente 
e pelo novo comportamento do comprador. 
Ao gestor dessa área, compete identificar as oportunidades que se 
apresentam para o estabelecimento farmacêutico, bem como as ameaças que 
serão enfrentadas na tentativa de cumprir os objetivos estabelecidos. 
Em um ambiente de negócios tão mutável e competitivo é essencial que a 
empresa defina claramente as suas políticas de marketing. Nos últimos anos, muitas 
organizações adotaram a política de marketing de massa, conseguindo assim, 
aumentar significativamente sua participação no mercado. O que se busca 
atualmente no mercado, são políticas de marketing que priorizem a qualidade do 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
relacionamento, optando por resultados de médio e longo prazos, 
consequentemente, mais sustentáveis e previsíveis. 
Ou seja, o pensamento estratégico de marketing, como forma de condução 
dos negócios, pressupõe a compreensão do ambiente de atuação da empresa e deseu público‑alvo, como pré‑requisitos para o direcionamento harmônico das 
atividades, controles, determinação de orçamentos, projeção de vendas e lucros, 
visando à criação deste valor superior ao consumidor (CFF, 2008). 
Plano de marketing 
Para elaborar um plano de marketing, é necessário formular algumas 
questões, entre as quais estão (CFF, 2008): 
1. Qual situação econômica (inflação, poder aquisitivo) ambiente está 
enfrentando? 
2. Quais oportunidades e problemas se apresentam? 
3. Quais resultados espera alcançar? 
4. O que exatamente se vende? 
5. Quem são meus concorrentes? 
6. Quem são meus clientes? 
7. Por que eles devem comprar o meu produto ou serviço, em vez 
daqueles oferecidos por meus concorrentes? 
8. Como divulgar meu produto ou serviço aos clientes? 
9. Quem fará o que? Quando? 
10. Quanto custará? Qual é o retorno? 
11. Como medir o progresso, de forma a possibilitar ajustes? 
Além disso, o processo de gestão de marketing está diretamente relacionado 
a três pontos principais: 
1. Capacidade de estoque de produtos, diversidade de serviços, tendo 
um mix (em quantidades e variedades) que atenda às necessidades 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
e/ou desejos do cliente; 
2. Capacidade de distribuição, velocidade de entregar produtos ou 
serviços; 
3. Capacidade de atendimento com pessoas em quantidade e com 
competências suficientes para um atendimento diferenciado. 
 LEGISLAÇÃO APLICADA A FARMÁCIAS E DROGARIAS 
 
Fonte: neilpatel.com 
Antes de iniciar a discussão sobre a legislação aplicada a farmácias e 
drogarias, é importante ressaltar que existe uma diferença entre as mesmas. A 
drogaria não possui um objeto social tão abrangente quanto a farmácia, portanto, 
conforme o Decreto nº 74.170/1974, são empresas que dispensam e vendem 
medicamentos, insumos farmacêuticos e afins em suas embalagens originais. Já as 
farmácias, podem realizar atividades mais extensas, como a manipulação de 
fórmulas oficiais, o comércio de medicamentos, de insumos farmacêuticos e produtos 
afins, incluindo o fornecimento destes ao consumidor, a título oneroso ou gratuito, e 
ao serviço privado de unidade hospitalar ou qualquer outra assistência médica 
equivalente (BRASIL, 1974). 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 A farmácia, enquanto uma unidade de prestação de serviços, pode ser 
categorizada em dois tipos, de acordo com a Lei nº 13.021/2014 (BRASIL, 2014): 
1. Farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento destinado à 
dispensação e venda de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e 
afins em suas embalagens originais; 
2. Farmácia com Manipulação: Estabelecimento destinado à manipulação de 
fórmulas oficiais e magistrais, venda de medicamentos, insumos 
farmacêuticos e afins, inclusive dispensação e atendimento particular em 
enfermaria ou outro atendimento médico equivalente. 
A farmácia também pode manter um laboratório de análises clínicas, desde 
que esteja em uma instalação separada e sob a responsabilidade profissional do 
farmacêutico bioquímico. Além disso, as mesmas normativas citadas anteriormente, 
regulamentam as atividades das farmácias de medicamentos prescritos e das 
farmácias homeopáticas, cada uma com sua peculiaridade (SEBRAE, 2015). 
A partir disso, serão apresentadas a seguir, as legislações que orientam a 
abertura e o funcionamento de farmácias e drogarias, bem como a atuação 
profissional dos farmacêuticos. 
CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS – CNAE 
A Classificação Nacional das Atividades Econômicas – CNAE, refere-se a uma 
classificação, utilizada com o objetivo de homogeneizar os códigos de identificação 
das unidades produtivas do país, nos cadastros e registros da administração pública 
nas três esferas de governo, principalmente na área tributária, e contribuir para a 
melhoria da qualidade dos sistemas de informação, que apoiam as decisões e ações 
do Estado e também permitem uma maior articulação inter sistemas (SEBRAE, 2015). 
De acordo com a CNAE, versão 2.2, as atividades de farmácia estão inseridas 
na seção G, divisão 47, grupo Grupo 477, que trata do comércio varejista de produtos 
farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos. 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
Dentro do grupo selecionado, as CNAE´s que deverão ser utilizados na 
constituição de uma atividade de farmácia são as seguintes: 
1. 4771-7/01: COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS 
FARMACÊUTICOS, SEM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS. 
2. 4771-7/02: COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS 
FARMACÊUTICOS, COM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS. 
3. 4771-7/03: COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS 
FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS. 
As regulamentações e considerações desse grupo na CNAE incluem o 
comércio varejista de medicamentos e produtos farmacêuticos de uso humano e 
veterinário, assim como a venda a retalho de plantas medicinais (fitoterápicos) e de 
produtos homeopáticos, a venda de medicamentos fabricados internamente por meio 
de fórmulas (farmácias manipuladoras) e a venda ao público de medicamentos 
fabricados em centros de manipulação. As farmácias também podem vender 
cosméticos, produtos de higiene pessoal e produtos de perfumaria. Nesse caso, 
deve-se complementar as atividades com o seguinte: 
 CNAE: 4772-5/00: COMÉRCIO VAREJISTA DE COSMÉTICOS, 
PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL 
Os varejistas especializados em fraldas descartáveis e absorventes higiênicos, 
também pertencem a essa classificação. Não há restrições à utilização de duas ou 
mais CNAE's e a empresa a ser criada deve determinar sua atividade principal 
(SEBRAE, 2015). 
Etapas da abertura de farmácias e drogarias 
Abrir farmácias e drogarias não é um processo simples. Existem várias etapas 
e documentos a serem obtidos em diferentes órgãos para que o estabelecimento 
esteja apto a iniciar suas atividades de forma legal. No início do processo de abertura, 
 
 
 
41 
 
 
 
 
 
 
o ideal é consultar a prefeitura, a Vigilância Sanitária (VISA) local e o Conselho 
Regional de Farmácia (CRF) da respectiva jurisdição, a fim de obter informações 
sobre as exigências para regularização do estabelecimento. Esses requisitos podem 
variar nos diferentes territórios, principalmente em relação ao preenchimento de 
formulários e protocolos. 
De forma geral, após definir o local e o imóvel, a fase inicial consiste em 
concluir trâmites contábeis e administrativos, como (BOTELHO JUNIOR, 2021; 
SALES, 2021): 
1. Obtenção do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) na Secretaria 
da Receita Federal; 
2. Registro do Contrato Social na Junta Comercial do estado; 
3. Registro na Secretaria Estadual da Fazenda, para obter a inscrição 
estadual; 
4. Registro na prefeitura, para obter a inscrição municipal e o alvará de 
funcionamento (para essa fase, recomenda-se o auxílio de um contador). 
Com a estrutura já organizada e adequada, é preciso obter o auto de vistoria 
com o corpo de bombeiros, que após uma visita técnica, avalia se o estabelecimento 
cumpre as exigências mínimas de segurança e proteção contra incêndio. Além disso, 
para garantir a qualidade e segurança dos produtos dispensados e comercializados 
nas farmácias e drogarias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por 
meio da RDC nº 44/2009, dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas para o controle 
sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e para 
a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias (ANVISA, 2009). 
De acordo com a RDC nº 44/2009, as farmácias e drogarias devem apresentar 
os seguintes documentos para funcionamento: 
1. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), expedida pela Anvisa; 
2. Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, expedida 
pela Anvisa (quando aplicável); 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
3. Licença ou alvará sanitário expedido pelo órgão estadual ou municipal de 
vigilância sanitária; 
4. Certidãode Regularidade Técnica emitida pelo Conselho Regional de 
Farmácia (CRF) da respectiva jurisdição; 
5. Manual de boas práticas farmacêuticas. 
A AFE é o ato legal expedido pela Anvisa que permite o funcionamento de 
empresas, estabelecimentos, instituições e órgãos sujeitos à vigilância sanitária. É 
por meio desse documento, que as farmácias e drogarias são autorizadas a 
comercializar medicamentos. Quanto aos estabelecimentos que devem apresentar a 
AE, o CRF-RJ (2015) declara que: 
A AE é exigida para as atividades de armazenamento, distribuição, 
embalagem, expedição, exportação, extração, fabricação, fracionamento, 
importação, produção, purificação, reembalagem, síntese, transformação e 
transporte, ou qualquer outra, para qualquer fim, com substâncias sujeitas a 
controle especial ou com os medicamentos que as contenham, segundo o 
disposto na Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio 1998, e na Portaria 
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999. A AE também é obrigatória para as 
atividades de plantio, cultivo e colheita de plantas das quais possam ser 
extraídas substâncias sujeitas a controle especial. 
Dessa forma, se o estabelecimento for uma farmácia que desenvolva 
atividades relativas à manipulação de substâncias sujeitas a controle especial 
constante, nas listas anexas à Portaria nº 344/1998 (BRASIL, 1998), será necessário 
solicitar à Anvisa a autorização especial (AE) (ANVISA, 2019). 
As farmácias e drogarias também devem atender à RDC nº 275/2019 
(ANVISA, 2019), que dispõe sobre procedimentos para a concessão, alteração e 
cancelamento das autorizações AFE e AE. De acordo com CRF-SP (2019), a AFE e 
a AE não são documentos sujeitos à renovação anual desde 2014, quando foi 
sancionada a Lei nº 13.043/2014 (BRASIL, 2014), que extinguiu a obrigação de 
renovação de tais documentos para empresas e estabelecimentos. Sendo assim, as 
farmácias e drogarias devem ter apenas as autorizações iniciais de funcionamento, 
sendo obrigadas de peticionamento, somente em casos de alteração de dados, como 
mudança de endereço, de responsável legal, entre outros. 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
O alvará sanitário, chamado muitas vezes de Licença de Funcionamento (LF), 
é um documento emitido pela vigilância sanitária competente, seja a nível municipal, 
regional ou estadual, sendo obrigatório para todos os estabelecimentos que realizam 
atividades de interesse da saúde, o que inclui as farmácias e drogarias. A validade 
da LF para farmácias e drogarias, pode variar de acordo com a jurisdição. 
Geralmente, a validade dessa licença é anual, mas em alguns municípios, como em 
São Paulo, o documento chega a ter validade de 3 anos, sendo necessário solicitar 
sua renovação após esse prazo (CRF-SP, 2019). 
A Certidão de Regularidade (CR) refere-se a um documento expedido pelo 
Conselho Regional de Farmácia (CRF), com validade anual, que tem o intuito de 
comprovar que as atividades farmacêuticas desenvolvidas naquele estabelecimento, 
são exercidas por profissional habilitado e registrado adequadamente junto ao CRF. 
Para solicitações de renovação de CR, o responsável deve entrar em contato com o 
CRF da respectiva jurisdição. Em muitos estados, esse serviço pode ser realizado de 
forma on-line (CRF-SP, 2019). 
Já o manual de boas práticas farmacêuticas, é um documento que deve ser 
elaborado pelo próprio estabelecimento, contemplando as atividades a serem 
realizadas e as normas dispostas na RDC nº 44/2009 (ANVISA, 2009). Essa RDC 
também exige que o estabelecimento deve ter procedimentos operacionais padrão 
(POPs) e registros, assim como toda a documentação deve ser mantida no 
estabelecimento por no mínimo cinco anos, pois ela pode ser requisitada pelo órgão 
de vigilância sanitária responsável pela fiscalização (MACHADO, 2021). 
O requerimento desses documentos e a preparação da farmácia de qualquer 
natureza quanto a aspectos técnicos, podem ser realizados com o auxílio do 
farmacêutico. Além disso, para que sejam concedidos alguns dos documentos 
citados, a existência de um farmacêutico RT é obrigatória (FERREIRA, 2021). 
Ademais, os documentos sanitários, que consistem em licença ou alvará sanitário, 
AFE e AE, devem ser mantidos no estabelecimento para consulta. No entanto, 
somente o alvará sanitário, assim como a Certidão de Regularidade Técnica, deve 
ser fixado em local visível ao público (ANVISA, 2009). 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
Informações em bases sanitárias nacionais e locais 
As normas sobre a parte empresarial e os serviços farmacêuticos em farmácias 
e drogarias obedecem a regulamentações federais, enquanto o licenciamento e a 
fiscalização sanitária, variam de acordo com o estado e o município (CORRER; 
OTUKI, 2013). No âmbito federal, existem alguns atos normativos que dispõem de 
forma geral sobre a avaliação sanitária. Contudo, é no âmbito estadual e/ou municipal 
que são desenvolvidas as legislações específicas, sobre as quais também é 
importante ter conhecimento. No quadro 04 a seguir, encontram-se os principais atos 
normativos, necessários para a abertura de farmácias e drogarias (FERREIRA, 
2021): 
Quadro 04. Legislação de âmbito nacional que regulamenta a avaliação sanitária para a abertura de 
farmácias e drogarias. 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FERREIRA, 2021. 
O profissional pode pesquisar por número do ato, ano e assunto. Pode ainda, 
selecionar filtros, como tipo de ato (Portaria, Resolução, Lei), assuntos 
(medicamentos, insumos farmacêuticos) e status da legislação (vigente, vigente com 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
alteração, revogada). Se o ato normativo for de âmbito local (estadual ou municipal), 
o profissional deve pesquisar nos sites do estado e/ou da prefeitura. 
Portanto, as informações sobre os documentos necessários para o 
requerimento e os requisitos avaliados, assim como qualquer outra dúvida sobre o 
assunto, geralmente são encontradas em sítios eletrônicos da prefeitura, em abas 
específicas. Outro local de pesquisa pode ser o site da Secretaria Estadual de Saúde 
do estado em questão. Nos dois tipos de site, é preciso procurar pela seção de VISA. 
Contudo, pode ser que a VISA tenha um site próprio. Existem VISA locais que 
disponibilizam roteiros de auto inspeção. É possível consultá-los em sites de 
prefeituras, na seção de vigilância sanitária. Esses instrumentos podem ser 
norteadores na organização do estabelecimento. As dúvidas acerca do processo de 
obtenção de AFE e AE podem ser sanadas no site da Anvisa. Existe também um site 
(figura 04) de consultas desse órgão, onde é possível verificar os documentos 
necessários à concessão das autorizações. 
Figura 04. Leiaute do site de consultas vinculado à Anvisa. 
 
Fonte: ANVISA, 2021. 
Outra fonte de informação são os sites dos CRF. É possível entrar em contato 
com a assessoria técnica para sanar dúvidas ou verificar se existem publicações que 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
orientem o processo de abertura de farmácias e drogarias. Todos os sites citados 
também têm um espaço “Fale conosco” on-line ou por telefone, aos quais o 
profissional pode recorrer em caso de dúvidas. 
Após consultar a legislação, se adequar quanto aos requisitos para a 
concessão de documentos sanitários e obtê-los, as farmácias e drogarias vão estar 
aptas a finalizar o processo. Assim, se o Certificado de Regularidade Técnica estiver 
emitido e a AFE e a AE, quando for o caso, forem publicadas no DOU, o 
estabelecimento estará com todos os trâmites finalizados para iniciar suas atividades 
(FERREIRA, 2021). 
Documentação sanitária para abertura de farmácias e drogarias 
Segundo a Lei nº 13.021/2014 (BRASIL, 2014), artigo 6º, “[...] para o 
funcionamento das farmácias de qualquer natureza, exigem-se a autorização e o 
licenciamento da autoridade competente”. É importante destacar também que, 
segundo o Código de Ética da Profissão Farmacêutica, “[...] é proibido ao 
farmacêutico exercera profissão em estabelecimento não registrado, cadastrado e 
licenciado nos órgãos de fiscalização sanitária” (CFF, 2014). Assim, é uma 
responsabilidade desse profissional, colaborar ativamente no processo de 
regularização sanitária de farmácias e drogarias. Dessa forma, a RDC nº 67/2007 
(ANVISA, 2007), que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações 
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, considera que a 
documentação é parte essencial do sistema de garantia da qualidade. 
A legislação sanitária pertence ao contexto do sistema jurídico brasileiro e é 
constituída por normas, sejam elas leis, portarias e decretos que estabelecem 
critérios quanto às condições, assim como a relação de produtos e serviços de 
interesse da saúde. Como o funcionamento desses estabelecimentos envolve risco 
sanitário, eles estão sujeitos a autorização e controle pelos órgãos de vigilância 
sanitária e são regulamentados por legislações específicas. Assim, para legalizar o 
início das atividades de farmácias e drogarias, a documentação gerada após 
avaliação e inspeção sanitária é essencial. 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
As ações da VISA têm como princípio o grau de risco sanitário do 
estabelecimento, referente a suas atividades e produtos. Farmácias e drogarias são 
classificadas como risco alto e, por isso, de acordo com a legislação vigente, a 
concessão de licença ou alvará sanitário é de responsabilidade dos estados, Distrito 
Federal e municípios (ANVISA, 2009, 2018). O alvará sanitário é um documento 
definido nos termos da lei como “[...] ato legal que permite o funcionamento de 
estabelecimentos, constatada sua conformidade com requisitos legais e 
regulamentares” (ANVISA, 2018, documento on-line). Ele está condicionado ao 
cumprimento de exigências técnicas, à inspeção da VISA local e ao pagamento da 
taxa de inspeção (FERREIRA, 2021). 
A regulamentação sanitária inicia-se, na maioria dos entes federativos, pela 
avaliação do projeto arquitetônico. Geralmente, há um setor na VISA local, 
relacionado a arquitetura e engenharia, responsável por isso. Para que o alvará 
sanitário seja concedido, além da avaliação de documentação e aprovação do projeto 
arquitetônico, durante o processo de registro é feita uma inspeção prévia no 
estabelecimento pela VISA local (ANVISA, 2009). 
Os principais aspectos inspecionados na visita inicial para concessão do alvará 
são infraestrutura, ambientes internos e externos do estabelecimento, fluxos, 
dimensões, produtos, instalações, equipamentos, normas e rotinas (BOTELHO 
JUNIOR, 2021; SALES, 2021). O Quadro 05 traz mais detalhes sobre os requisitos 
básicos avaliados na concessão. Vale ressaltar que, dependendo da legislação local, 
eles podem variar (FERREIRA, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
Quadro 05. Aspectos avaliados na inspeção para concessão do alvará sanitário 
 
Fonte: FERREIRA (2021). 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
A VISA de alguns locais também pode exigir a relação ou o organograma dos 
profissionais do estabelecimento, com descrição de cargos e funções, e a lista de 
equipamentos que a farmácia dispõe. 
O roteiro de inspeção sanitária geralmente não é aplicado de forma minuciosa 
na inspeção inicial. A utilização sistemática do mesmo, costuma acontecer nas 
inspeções de rotina (BASTOS; COSTA; CASTRO, 2011). Ao final da inspeção, o 
fiscal elabora um relatório com a descrição das características e condições sanitárias 
do estabelecimento (BASTOS; COSTA; CASTRO, 2011). 
O alvará poderá ou não ser liberado, a depender da conformidade dos 
aspectos observados. Quando constatadas irregularidades, o fiscal sinaliza as 
providências que devem ser adotadas e a farmácia ou drogaria tem um prazo para 
se readequar. Após sanadas todas as exigências, o alvará pode ser liberado. A 
duração do processo é variável e depende do órgão local e da aprovação em cada 
etapa. A Figura 05 mostra um exemplo de fluxo até a concessão do alvará 
(FERREIRA, 2021). 
 
Figura 05. Exemplo de fluxo de etapas até a concessão do alvará sanitário. 
 
Fonte: FERREIRA, 2021. 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
Após a obtenção do relatório satisfatório, relacionado à inspeção sanitária, a 
farmácia ou drogaria pode dar entrada no requerimento da AFE. Além disso é 
importante ressaltar, que o funcionamento de farmácias e drogarias sem o alvará é 
considerado infração sanitária, cuja consequência pode ser advertência, interdição, 
cancelamento de autorização e de licença e/ou multa (FERREIRA, 2021). 
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial de Funcionamento 
(AE). 
Como se sabe, a AFE é uma permissão para que farmácias e drogarias 
possam funcionar, mediante a solicitação de cadastramento da sua atividade. AFE e 
AE são solicitadas por petição eletrônica, no início das atividades dos 
estabelecimentos. Existem manuais disponíveis na internet que auxiliam a utilizá-lo. 
Não há necessidade de enviar documentos físicos e, portanto, todo o processo é feito 
on-line. 
A contar da data de recebimento, a Anvisa aprecia a petição de concessão em 
um prazo de 30 dias corridos. Quando a Anvisa não se manifesta nesse período, há 
concessão automática (ANVISA, 2019). Para a concessão das autorizações, são 
necessários os documentos: comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização de 
Vigilância Sanitária (TFVS), formulários de petição corretamente preenchidos e 
disponíveis no site da Anvisa e declarações preenchidas constantes nos anexos da 
RDC nº 275/2019 (ANVISA, 2019). 
A emissão de AFE e AE é condicionada à liberação das atividades do 
estabelecimento, incluídas na licença de funcionamento emitida pelo competente 
órgão sanitário local. Após análise da documentação e conclusão de todos os 
trâmites, se o pedido for deferido, há publicação no Diário Oficial da União (DOU) com 
o número da autorização (ANVISA, 2019). Desde a publicação da Lei nº 13.043/2014 
(BRASIL, 2014b), não há obrigatoriedade de renovação anual de AFE e AE. Essa 
renovação passou a ser automática (FERREIRA, 2021). 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
 
 
Renovação de alvará sanitário 
Como se sabe, o alvará sanitário ou LF, é emitido pelo órgão estadual ou 
municipal de vigilância sanitária e cada estado tem sua própria legislação sobre os 
procedimentos para licenciamento e renovação do mesmo. No estado de São Paulo, 
a Portaria CVS nº 01/2019 é a que dispõe sobre o licenciamento dos 
estabelecimentos de interesse da saúde (SÃO PAULO, 2019). 
A LF de estabelecimentos de interesse da saúde é emitida em nome da razão 
social ou do responsável legal, quando se tratar de pessoa jurídica ou de pessoa 
física, respectivamente. De acordo com o art. 11 dessa Portaria, a LF entra em vigor 
na data do deferimento da solicitação e tem validade de um ano, podendo ser 
revalidada, mediante solicitação, por períodos iguais e sucessivos (SÃO PAULO, 
2019). 
No entanto, se a LF for emitida pela vigilância sanitária do município, a sua 
validade é fixada em regulamentação específica. De acordo com o art. 13 da Portaria 
CVS nº 01/2019, a não renovação da LF de estabelecimentos de interesse da saúde 
resulta em seu cancelamento pela vigilância sanitária competente (SÃO PAULO, 
2019). Para a renovação da licença de funcionamento no estado de São Paulo, o 
estabelecimento deve apresentar, junto com a solicitação de renovação (Quadro 06), 
o comprovante de pagamento da taxa de fiscalização (MACHADO, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
Quadro 06. Exemplo de solicitação de atos de vigilância sanitária do estado de São Paulo. 
 
 
 
 
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Fonte: MACHADO (2021). 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
O requerimento de renovação do alvará sanitário em outros estados, 
geralmente é mais simples. No Rio Grande do Sul, o alvará sanitário tambémapresenta validade de um ano e a renovação deve ser requerida, no mínimo, 120 dias 
antes do término de sua vigência. 
Veja a seguir os documentos necessários para a renovação de licença 
sanitária de drogarias no Rio Grande do Sul, conforme Machado (2021): 
1. Requerimento assinado pelo representante legal e responsável técnico do 
estabelecimento e encaminhado ao órgão estadual de vigilância sanitária 
apresentando os dados da empresa, como CNPJ, razão social, ramo de 
atividade, endereço, telefone, entre outros. 
2. Cópia da Licença sanitária do exercício anterior. 
3. Cópia do Certificado de regularidade expedido pelo CRF do ano em 
exercício. 
4. Cópia da publicação da concessão da AFE no Diário Oficial da União 
(DOU) ou cópia da resolução obtida no portal da Anvisa. 
5. Comprovante original de pagamento da taxa de serviços de saúde pública, 
com valor atualizado para o ano em exercício. 
6. Guia para verificação das boas práticas farmacêuticas em drogarias 
adequadamente preenchido. Todas as folhas devem ser rubricadas e 
assinadas pelo representante legal e pelo responsável técnico do 
estabelecimento. 
7. Cópia do Certificado de Escrituração Digital, obtido no Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), e comprovante de 
movimentação de estoque de medicamentos controlados, para drogarias 
que comercializam substâncias que constam nas listas da Portaria MS 
344/98 (BRASIL, 1998). 
No estado de Goiás, a lista de documentos é bem semelhante à do Rio Grande 
do Sul, destacando-se a exigência do certificado do corpo de bombeiros para a 
renovação de licença sanitária de farmácias e drogarias (GOIÁS, 2021). 
 
 
 
58 
 
 
 
 
 
 
8.1 Dispensação de medicamentos 
 
Fonte:boaspraticasfarmaceuticas.com 
A dispensação de medicamentos é um serviço privado do farmacêutico e uma 
das principais atividades desta profissão. Ela permite estabelecer uma relação de 
proximidade e confiança com o paciente pois, durante a dispensação, o farmacêutico 
analisa a prescrição, orienta sobre o uso adequado dos medicamentos, os seus 
possíveis riscos, a sua conservação e o seu descarte. 
Assim, o fluxo da informação que inicia durante a consulta médica tem 
continuidade na farmácia, dessa forma, a orientação farmacêutica garante ao 
paciente a entrega adequada e racional dos medicamentos. A RDC nº. 20, de 5 de 
maio de 2011, dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias 
classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em 
associação. A referida RDC traz as seguintes definições (BRASIL, 2011): 
1. Dispensação — ato do profissional farmacêutico de proporcionar um ou 
mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta à 
apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. 
Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta ao paciente sobre o uso 
 
 
 
59 
 
 
 
 
 
 
adequado desse medicamento. São elementos importantes dessa 
orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento do regime posológico, a 
influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o 
reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de 
conservação do produto. 
2. Receita - documento de natureza sanitária, padronizado e obrigatório, pelo 
qual profissionais autorizados por lei, dentro dos limites de sua 
competência, prescrevem medicamentos a pacientes para dispensação por 
farmacêutico ou sob sua supervisão em farmácias e drogarias ou em outras 
instituições de saúde devidamente autorizadas a dispensar medicamentos. 
A RDC nº. 44/2009 determina que o farmacêutico deve avaliar as receitas 
observando os seguintes itens (BRASIL, 2009): 
1. Legibilidade e ausência de rasuras e emendas; 
2. Identificação do usuário; 
3. Identificação de medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica 
e quantidade; 
4. Modo de usar ou posologia; 
5. Duração do tratamento; 
6. Local e data da emissão; 
7. Assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no 
respectivo conselho profissional. 
Sobre o prescritor, é importante ressaltar que o mesmo deve ser contatado 
para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da 
avaliação da receita. Dessa forma, considerando as determinações da referida RDC, 
não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que 
possam induzir a erro ou confusão. Além disso, ao dispensar medicamentos, deve-
se realizar uma inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do 
medicamento, o prazo de validade e a integridade da embalagem, sendo fundamental 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
que o usuário seja avisado, quando um produto com prazo de validade próximo ao 
vencimento, estiver sendo dispensado. 
A Anvisa publicou Nota Técnica sobre a RDC nº 20/2011, que estipula que 
para antimicrobianos solicitados remotamente, a prescrição deve ser retirada no 
domicílio do paciente e conferida pelo farmacêutico na farmácia ou drogaria. Se a 
prescrição for preenchida corretamente, o medicamento poderá ser dispensado 
(BRASIL, 2011). 
O Boletim Técnico da RDC nº 20/2011 determina ainda que seja fornecido um 
cartão ou material impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e 
endereço do estabelecimento, com recomendações junto ao medicamento solicitado, 
para que em caso de dúvida, o usuário entre em contato ou mesmo para receber 
orientações sobre o uso do medicamento (BRASIL, 2011). 
Esta Resolução determina que não há modelo específico para a prescrição 
desses medicamentos, entretanto, deve ocorrer de forma legível, sem rasuras, em 
duas vias e conter os seguintes dados obrigatórios (BRASIL, 2011): 
1. Identificação do paciente: nome completo, idade e Gênero; 
2. Nome do medicamento ou substância prescrito na forma do Nome Comum 
Brasileiro (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, dosagem e 
quantidade (em algarismos arábicos); 
3. Identificação do emissor: nome do profissional com registro no COREN ou 
nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marca gráfica 
(selo); 
4. Data de emissão. 
A dispensação de medicamentos à base de substâncias sujeitas a controle 
especial é regulamentada pela Portaria nº. 344/1998 (BRASIL, 1998). A normativa 
mais recente, denominada RDC nº. 18, de 13 de maio de 2015, traz a última 
atualização do Anexo I, referente às listas de substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial. Segundo a Portaria nº. 
344/1998, também se enquadram na classificação de medicamentos controlados: 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
1. Substâncias anabolizantes; 
2. Substâncias abortivas ou que causam má-formação fetal; 
3. Substâncias que podem originar psicotrópicos; 
4. Insumos utilizados na fabricação de entorpecentes e psicotrópicos; 
5. Plantas utilizadas na fabricação de entorpecentes; 
6. Entorpecentes; 
7. Substâncias químicas de uso das forças armadas; 
8. Substâncias de uso proibido no Brasil. 
Modelos de receitas e notificações de receitas 
A notificação de receita é um documento padronizado destinado à notificação da 
prescrição de medicamentos. Em outras palavras, é um documento padrão que, 
acompanhado da receita, autoriza a dispensação de medicamentos das seguintes 
listas: 
1. A1 e A2 (entorpecentes); 
2. A3 e B1 (psicotrópicos); 
3. B2 (psicotrópicos anorexígenos); 
4. C2 (retinoides para uso sistêmico); 
5. C3 (imunossupressores). 
 
Entre os tipos de notificações estão: 
 
1. Entorpecentes (cor amarela); 
2. Psicotrópicos (cor azul); 
3. Retinoides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca). 
A notificação relacionada a entorpecentes e psicotrópicos deverá ser firmada 
por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM), no 
Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) ou no Conselho Regional de 
 
 
 
62Odontologia (CRO). A notificação relacionada a retinoides de uso sistêmico e 
imunossupressores, deverá ser firmada exclusivamente por profissional devidamente 
inscrito no CRM. 
A notificação de receita deve ser preenchida de forma legível, sendo a 
quantidade em algarismos arábicos por extenso, sem emenda ou rasura. Deve conter 
somente uma substância e ficará retida pela farmácia ou drogaria no momento da 
compra do medicamento. A receita deve ser devolvida ao paciente devidamente 
carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação. 
A notificação de receita tipo A (cor amarela) é destinada aos medicamentos 
presentes nas listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). A prescrição é 
válida por 30 dias, sendo a quantidade máxima da receita equivale a 30 dias de 
tratamento (Figura 06). 
Figura 06: Notificação de receita tipo A 
 
Fonte: ANVISA (2021). 
A notificação da receita tipo B1 (cor azul) é destinada aos medicamentos que 
compõem a lista B1 (psicotrópicos). A prescrição também é válida por 30 dias, sendo 
a quantidade máxima de medicamentos prescritos, equivalente a 60 dias de 
tratamento (Figura 07). 
 
 
 
63 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 07. Notificação de receita tipo B1. 
 
Fonte: ANVISA (2021). 
A notificação de receita tipo B2 (cor azul) é destinada aos medicamentos 
presentes na lista B2 (psicotrópicos anorexígenos). A prescrição é válida por 30 dias 
e a quantidade máxima de medicamentos prescritos na receita, equivale a 30 dias de 
tratamento (Figura 08). 
 
Figura 08. Notificação de receita tipo B2. 
 
Fonte: ANVISA (2021). 
 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
A notificação de receita especial para retinoides sistêmicos é destinada aos 
medicamentos descritos na lista C2 (retinoides para uso sistêmico). A prescrição é 
válida por 30 dias e a quantidade máxima de medicamentos prescritos, também 
equivale a 30 dias de tratamento. É limitada a cinco ampolas por medicamento 
injetável e deve vir acompanhada do termo de consentimento de risco e 
consentimento pós-informação (Figura 09). 
Figura 09. Notificação de receita especial para retinoides de uso sistêmico 
 
Fonte: ANVISA (2021). 
A receita de controle especial é utilizada para a prescrição de medicamentos à base 
de substâncias constantes nas listas C1 (outras substâncias sujeitas a controle 
especial), C2 (retinoicas para uso tópico) e C5 (anabolizantes). Assim como nas 
anteriores, a prescrição é válida por 30 dias (Figura 10), devendo também ser 
preenchida em duas vias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: receita de controle especial é utilizada para a prescrição de medicamentos à base de 
substâncias constantes nas listas C. 
 
Fonte: ANVISA (2021). 
É importante mencionar, que a Lei nº. 5.991/1973 (BRASIL, 1973), determina 
que somente será aviada a receita que: 
1. Estiver escrita à tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, 
observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; 
2. Contiver o nome e o endereço residencial do paciente; 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 
 
3. Apresentar, expressamente, o modo de usar a medicação; 
4. Contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou 
residência e o número de inscrição no respectivo conselho profissional. 
Responsabilidades do farmacêutico no ato da dispensação 
O farmacêutico é o responsável pela dispensação de medicamentos nas 
farmácias e drogarias, para isso, deve possuir conhecimento científico e estar 
capacitado para a atividade. O catálogo de atribuições do farmacêutico na 
dispensação é extenso e justifica a sua presença durante todo o horário de 
funcionamento das farmácias e drogarias. A Resolução nº 585, de 29 de agosto de 
2013 (BRASIL, 2013) regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e tem as 
seguintes definições: 
1. Prescrição de Medicamentos: processo em que o prescritor seleciona, inicia, 
adiciona, substitui, ajusta, repete ou interrompe a farmacoterapia do paciente 
e documenta as ações que visam promover, proteger e restaurar a saúde e 
prevenir doenças e outros problemas de saúde direcionados. 
2. Uso racional de medicamentos: processo pelo qual os pacientes recebem 
medicamentos que atendem às suas necessidades clínicas, em dosagens 
adequadas às suas características individuais, por um tempo razoável e com 
o menor custo possível para si e para a sociedade. 
3. Manuseio seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou 
evitável durante o uso dos medicamentos. O uso seguro engloba atividades de 
prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos, que 
resultam do processo de uso dos medicamentos. 
Dispensação de medicamentos com retenção de receita ou medicamentos 
sujeitos a regime especial de controle 
A dispensação de medicamentos com retenção de receita ou medicamentos 
sujeitos a regime especial de controle, envolve: 
 
 
 
67 
 
 
 
 
 
 
1. Medicamentos controlados — regulamentados pela Portaria nº. 344/1998, 
devem ser guardados sob sistema segregado (armário com chave, sala ou 
outro dispositivo que ofereça segurança), sob a responsabilidade do 
farmacêutico. 
2. Medicamentos antimicrobianos — devem ser dispensados pelo farmacêutico, 
conforme a RDC nº. 20/2011 e a Resolução nº. 542, de 19 de janeiro de 2011. 
A RDC nº. 44, de 26 de outubro de 2010, determina que a dispensação de 
medicamentos à base de antimicrobianos de venda sob prescrição somente 
poderá ser efetuada mediante receita de controle especial, sendo a primeira 
via retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda via é devolvida ao 
paciente, atestada, como comprovante do atendimento, que deve ser feita sob 
supervisão do farmacêutico. Além disso, a RDC nº. 20/2011 determinou que o 
farmacêutico não poderá aceitar receitas posteriores ao prazo de validade 
estabelecido (10 dias). 
3. Dispensação de medicamentos por meio remoto — são imprescindíveis a 
apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação 
de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio remoto, segundo 
a RDC nº. 44/2010. 
Fracionamento de medicamentos 
As embalagens que podem ser fracionadas, chamadas de embalagens 
primárias fracionáveis, são aprovadas pela Anvisa para essa finalidade. Elas vêm 
acondicionadas em uma embalagem externa, chamada de embalagem original para 
fracionáveis, facilmente identificada pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”. 
O fracionamento deve ser realizado sob a supervisão e responsabilidade do 
farmacêutico, segundo as boas práticas para fracionamento, estabelecidas pela RDC 
nº. 80, de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006), somente em embalagens 
especificamente desenvolvidas para esse fim. Essa prática promove o uso racional 
de medicamentos, pois permite a dispensação da quantidade exata para o tratamento 
 
 
 
68 
 
 
 
 
 
 
prescrito. A avaliação da prescrição e a dispensação dos medicamentos fracionados 
são atos que só o farmacêutico pode realizar. 
Movimentação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos 
Controlados 
A escrituração das receitas com medicamentos contendo as substâncias 
listadas no Anexo da RDC nº. 44/2010, isoladas ou em associação, é obrigatória e 
deverá atender ao disposto no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos 
Controlados (SNGPC). 
De acordo com a RDC nº. 22, de 29 de abril de 2014 (BRASIL, 2014a), o 
sistema informatizado do estabelecimento, para envio ao SNGPC, deve ser de 
acesso restrito ao farmacêutico responsável técnico ou seu substituto legal, 
devidamente cadastrado e associado no SNGPC. O SNGPC monitora a entrada 
(compras e transferências) e a saída (vendas, conversões, transferências e perdas) 
de medicamentos vendidos em farmácias e drogarias particulares do país. Os 
medicamentos sujeitos à Portaria nº. 344/1998 são os entorpecentes, 
antipsicotrópicos e antimicrobianos. 
Cabe ao farmacêutico responsável técnicoacessar ao sistema, dar entrada do 
inventário e realizar as movimentações no SNGPC, com acesso por meio de senha 
pessoal e intransferível. O monitoramento dos hábitos de prescrição e o consumo 
desses medicamentos, possibilitam contribuir com decisões regulatórias e ações 
educativas a serem promovidas pelos entes que compõem o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária. 
Efetuar procedimentos de intercambialidade 
O farmacêutico poderá executar a intercambialidade terapêutica, conforme a 
Lei nº. 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 (BRASIL, 1999). A Lei dos Genéricos 
permitiu a intercambialidade do medicamento de referência, para a sua versão 
genérica, apenas na presença do profissional farmacêutico. Essa normativa também 
 
 
 
69 
 
 
 
 
 
 
estabelece que é dever do profissional farmacêutico explicar detalhadamente, a 
dispensação realizada ao paciente ou usuário, bem como fornece toda a orientação 
necessária ao consumo racional do medicamento genérico. 
A Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº. 349, de 20 de janeiro de 
2000 (CFF, 2000), estabeleceu a competência do farmacêutico em proceder a 
intercambialidade ou substituição genérica de medicamentos. A dispensação dos 
medicamentos similares intercambiáveis, regulamentada pela RDC nº. 58, de 10 de 
outubro de 2014 (BRASIL, 2014), também é parte da atribuição do farmacêutico. 
Execução de serviços farmacêuticos previstos na RDC nº. 44/2009 
A execução de serviços farmacêuticos previstos na RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 
2009) envolve atenção farmacêutica (aferição de parâmetros fisiológicos e 
bioquímicos e administração de medicamentos) e perfuração de lóbulo para a 
colocação de brincos. O procedimento de aplicação de medicamentos injetáveis nas 
drogarias e farmácias, pode ser realizado por outro profissional habilitado, mas são 
necessários o acompanhamento e a autorização expressa do farmacêutico 
responsável, conforme Resolução CFF nº. 499, de 17 de dezembro de 2008 
(CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2008). 
A prestação de serviço farmacêutico não consiste apenas em um 
procedimento realizado no contexto de acompanhamento farmacoterapêutico. Assim, 
torna-se necessário que o profissional preencha e assine a Declaração de Serviços 
Farmacêuticos, seguindo o preconizado na RDC nº. 44/2009. 
Os técnicos auxiliares, devem realizar as atividades não privativas de 
farmacêutico, respeitando os procedimentos operacionais padrão (POPs) do 
estabelecimento e o limite de atribuições e competências estabelecidos pela 
legislação vigente, sob supervisão do farmacêutico responsável técnico ou do 
farmacêutico substituto, conforme RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009). 
A referida RDC, também determina que o farmacêutico técnico responsável 
deve aprovar, assinar e datar o POPs conforme especificado pela mesma, sendo 
outra responsabilidade desse profissional, orientar o usuário a buscar assistência de 
 
 
 
70 
 
 
 
 
 
 
outros profissionais de saúde, quando julgar necessário, considerando as 
informações ou os resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica 
(BRASIL, 2009). 
Ademais, também é de responsabilidade do farmacêutico entrar em contato 
com o médico prescritor, para esclarecer quaisquer problemas ou dúvidas 
identificadas no momento da avaliação da prescrição. O farmacêutico deve contribuir 
para a farmacovigilância, comunicando a ocorrência ou suspeita de um evento 
adverso ou reclamação técnica às autoridades de saúde (MEZZOMO, 2018). 
8.2 Normas relativas à constituição 
Ao decidir abrir uma farmácia, o empreendedor de acordo com o SEBRAE 
(2015) pode escolher, entre diferentes tipos de sociedade, entre as quais estão o 
empresário e a sociedade empresária. 
Empresário: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços (artigo 966 do Código Civil). Nesse tipo de constituição, as responsabilidades 
e obrigações contraídas pelo empreendedor são ilimitadas, por isso ela não é usual. 
Entende-se por responsabilidade ilimitada quando o titular da empresa, nesse caso o 
empresário, responde com seus bens particulares em relação a uma dívida contraída 
e não resolvida, mesmo que tenha agido com cautela e boa fé na condução dos 
negócios de sua empresa. 
Sociedade Empresária: É a forma mais comum de constituição. Requer duas ou 
mais pessoas para a sua criação. A sociedade empresária para exercício da atividade 
de farmácia, poderá ser constituída sob a forma de sociedade simples ou sociedade 
empresária limitada. As sociedades simples são aquelas que os sócios exercem as 
suas profissões, ou seja, a prestação de serviço tem natureza estritamente pessoal. 
Um exemplo é uma sociedade de médicos, em que os próprios profissionais realizam 
a atividade fim da sociedade. Em razão desse conceito, sua utilização para atividades 
de farmácia não é aconselhada. Já a sociedade empresária tem por objeto o 
 
 
 
71 
 
 
 
 
 
 
exercício, de forma profissional, de atividade econômica organizada para a produção 
e/ou circulação de bens ou de serviços. É o modelo mais adequado para uma 
farmácia, até porque os sócios respondem até o limite de sua participação no capital 
social da empresa. O registro das sociedades simples e empresárias também é 
diferente. Enquanto a sociedade empresária deve ser registrada na Junta Comercial, 
a sociedade simples é registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
A atividade de farmácia ainda pode optar por outros tipos societários, como a 
sociedade anônima, a sociedade em nome coletivo, a sociedade em comandita 
simples e a sociedade em comandita por ações. Contudo, não é habitual a adoção 
desses tipos, mas não há vedações para essas opções. Ressalta-se que, em 
qualquer dos tipos societários que se pretende escolher, além do registro na Junta 
Comercial do Estado em que a empresa será aberta, em função da natureza das 
atividades constantes do objeto social, há a necessidade de inscrições em outros 
órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição 
estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal visando a concessão do alvará de 
funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, 
meio ambiente e outros, conforme a natureza da atividade. 
Estatuto da microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Geral das MPE) 
 O Estatuto Nacional das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, 
denominada de Lei Geral das MPE, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 
de dezembro de 2006, veio estabelecer normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às Microempresas (ME), às Empresas de 
Pequeno Porte (EPP) e ao Microempreendedor Individual (MEI) no âmbito dos 
poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, nos termos dos 
artigos 146, 170 e 179 da Constituição Federal. 
Os principais benefícios previstos na Lei Geral são: 
1. Simples Nacional, inclusive com simplificação das obrigações fiscais 
acessórias; 
 
 
 
72 
 
 
 
 
 
 
2. De A logística é considerada perfeita, quando existe uma relação entre 
os materiais e as informações, começando pela administração dos 
materiais e chegando a distribuição física dos produtos e serviços 
oferecidos pela empresa, de forma que final, o cliente sinta-se satisfeito. 
3. Sonegação tributária das receitas de exportação e substituição 
tributária; 
4. Dispensa do cumprimento de certas obrigações trabalhistas e 
previdenciárias; 
5. Simplificação do processo de abertura, alteração e encerramento das 
MPEs; 
6. Facilitação do acesso ao crédito e ao mercado; 
7. Preferência nas compras públicas; 
8. Estímulo à inovação tecnológica; 
9. Incentivo ao associativismo na formação de consórcios para 
fomentação de negócios; 
10. Incentivo à formação de consórcios para acesso a serviços de 
segurança e medicina dotrabalho; 
11. Regulamentação da figura do pequeno empresário, criando condições 
para sua formalização; 
12. Parcelamento de dívidas tributárias para adesão ao Simples Nacional. 
Nos quadros 07 e 08, a seguir, serão apresentadas as leis e decretos federais 
relativas ao funcionamento de farmácias e drogarias: 
Quadro 07: Leis Federais relativas ao funcionamento 
LEI Nº 5.991, de 17/12/1973 Dispõe sobre o controle sanitário do 
comércio de drogas, 
medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos. 
LEI Nº 6.360, de 23/09/1976 Dispõe sobre a Vigilância Sanitária 
a que ficam sujeitos os 
Medicamentos, as Drogas, os 
 
 
 
73 
 
 
 
 
 
 
Insumos Farmacêuticos e 
Correlatos, Cosméticos, Saneantes 
e outros Produtos, e dá outras 
Providências 
LEI Nº 8.078, de 11/09/1990. Dispõe sobre a proteção do 
consumidor e dá outras 
providências 
LEI Nº 9.787, de 10/02/1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de 
setembro de 1976, que dispõe 
sobre a vigilância sanitária, 
estabelece o medicamento 
genérico, dispõe sobre a utilização 
de nomes genéricos em produtos 
farmacêuticos e dá outras 
providências 
LEI N°9.965, de 27/04/2000. Restringe a venda de esteróides ou 
peptídeos anabolizantes e dá 
outras providências. 
LEI Nº 11.951, de 24/06/2009. Altera o art. 36 da Lei no 5.991, de 
17 de dezembro de 1973, que 
dispõe sobre o controle sanitário do 
comércio de drogas, 
medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos, para 
proibir a captação de receitas 
contendo prescrições magistrais e 
oficinais por outros 
estabelecimentos de comércio de 
medicamentos que não as 
farmácias e vedar a intermediação 
de outros estabelecimentos 
LEI Nº 13.732, de 08/11/2018 Altera a Lei nº 5.991, de 17 de 
dezembro de 1973, que dispõe 
sobre o Controle Sanitário do 
Comércio de Drogas, 
Medicamentos, Insumos 
Farmacêuticos e Correlatos, para 
definir que a receita tem validade 
em todo o território nacional, 
 
 
 
74 
 
 
 
 
 
 
independentemente da unidade 
federada em que tenha sido emitida 
Fonte: Própria autoria 
Quadro 08: Decretos Federais 
DECRETO Nº 57.477 DE 
20/12/1965. 
Dispõe sobre manipulação, 
receituário, industrialização e 
venda de produtos utilizados em 
homeopatia e dá outras 
providências 
DECRETO Nº74.170, DE 
10/06/1974. 
Regulamenta a Lei número 5.991, 
de 17 de dezembro de 1973, que 
dispõe sobre o controle sanitário do 
comércio de drogas, 
medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos 
DECRETO Nº 5.775, DE 
10/05/2006. 
Dispõe sobre o fracionamento de 
medicamentos, dá nova redação 
aos arts. 2° e 9° do Decreto no 
74.170, de 10 de junho de 1974, e 
dá outras providências 
DECRETO Nº 8.077, DE 
14/08/2013. 
Regulamenta as condições para o 
funcionamento de empresas 
sujeitas ao licenciamento sanitário, 
e o registro, controle e 
monitoramento, no âmbito da 
vigilância sanitária, dos produtos 
de que trata a Lei no 6.360, de 23 
de setembro de 1976, e dá outras 
providências 
Fonte: Própria autoria. 
8.3 Normas técnicas – responsabilidades 
No quadro 09 são apresentadas as principais leis, decretos e resoluções que 
regulamentam a atividade farmacêutica no Brasil. 
 
 
 
75 
 
 
 
 
 
 
Quadro 09: Principais leis, decretos e resoluções que regulamentam a atividade farmacêutica 
LEI Nº 3.820, DE 11 DE NOVEMBRO 
DE 1960 
Cria o Conselho Federal e os Conselhos 
Regionais de Farmácia, e dá outras 
Providências. 
DECRETO Nº 85.878, DE 7 DE ABRIL 
DE 1981 
Estabelece normas para execução da 
Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 
1960, sobre o exercício da profissão de 
farmacêutico, e dá outras providências. 
LEI Nº 5.991, DE 17 DE DEZEMBRO 
DE 1973 
Dispõe sobre o controle sanitário do 
comércio de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos, e 
dá outras providências 
LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 
2014 
Dispõe sobre o exercício e a 
fiscalização das atividades 
farmacêuticas. 
PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 
1998 
Aprova o Regulamento Técnico sobre 
substâncias e medicamentos sujeitos a 
controle especial. 
RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 
2009. 
Dispõe sobre Boas Práticas 
Farmacêuticas para o controle sanitário 
do funcionamento, da dispensação e da 
comercialização de produtos e da 
prestação de serviços farmacêuticos em 
farmácias e drogarias e dá outras 
providências. 
RESOLUÇÃO Nº 521, DE 16 DE 
DEZEMBRO DE 2009 
Dispõe sobre a inscrição, o registro, o 
cancelamento de inscrição e a 
averbação nos Conselhos Regionais de 
Farmácia, e dá outras providências. 
RESOLUÇÃO Nº 577, de 25 de julho de 
2013 
Dispõe sobre a direção técnica ou 
responsabilidade técnica de empresas 
ou estabelecimentos que dispensam, 
comercializam, fornecem e distribuem 
produtos farmacêuticos, cosméticos e 
produtos para a saúde. 
RESOLUÇÃO Nº 585, DE 29 DE 
AGOSTO DE 2013 
Ementa: Regulamenta as atribuições 
clínicas do farmacêutico e dá outras 
providências. 
RESOLUÇÃO Nº 586, DE 29 DE 
AGOSTO DE 2013 
Regula a prescrição farmacêutica e dá 
outras providências. 
RESOLUÇÃO Nº 596, DE 21 DE 
FEVEREIRO DE 2014 
Dispõe sobre o Código de Ética 
Farmacêutica, o Código de Processo 
Ético e estabelece as infrações e as 
 
 
 
76 
 
 
 
 
 
 
regras de aplicação das sanções 
disciplinares 
RESOLUÇÃO Nº 721, DE 24 DE 
FEVEREIRO DE 2022 
Dispõe sobre a anotação e o registro da 
direção ou responsabilidade técnica 
farmacêutica 
RESOLUÇÃO Nº 724, DE 29 DE ABRIL 
DE 2022 
Dispõe sobre o Código de Ética, o 
Código de Processo Ético e estabelece 
as infrações e as regras de aplicação 
das sanções ético disciplinares. 
Fonte: Própria autoria 
8.4 Normas ANVISA 
Os regulamentos técnicos, portarias e resoluções elaboradas pela ANVISA 
tem como objetivo aprimorar a qualidade da regulação sanitária desenvolvida no país, 
com estabelecimento de processos e procedimentos internos mais adequados, 
aperfeiçoamento dos canais de participação social e implementação de ferramentas 
que proporcionem mais transparência e melhoria na gestão da regulação (SEBRAE, 
2015). 
As atividades de farmácias, compreendendo as drogarias, e as farmácias de 
manipulação devem observar os normativos técnicos desse órgão, sob pena de 
perder suas autorizações AFE e AE, bem como incorrer em penalidades. De forma 
geral, nacionalmente, devem-se seguir as Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 
n° 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de 
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, a RDC n° 17, de 
16 de abril de 2010, que dispõe sobre Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos 
e a RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002, que trata do o Regulamento Técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde (com as alterações da RDC nº 307, de 14 
de novembro de 2002). Os principais normativos técnicos da ANVISA encontram-se 
a seguir no quadro 10: 
 
 
 
 
77 
 
 
 
 
 
 
Quadro 10: Principais normativos técnicos da ANVISA 
Resolução Nº 658, DE 27/09/2018. Regulamenta a publicidade, a 
propaganda ou o anúncio das 
atividades profissionais do 
farmacêutico 
Resolução Nº 654, DE 22/02/2018. Dispõe sobre os requisitos 
necessários à prestação do serviço 
de vacinação pelo farmacêutico e 
dá outras. 288 providências. 
Resolução Nº 635, DE14/12/2016. Ementa: Dispõe sobre as 
atribuições do farmacêutico no 
âmbito da homeopatia e dá outras 
providências 
Resolução RDC nº 22, de 29 de 
abril de 2014 
Dispõe sobre o Sistema Nacional 
de Gerenciamento de Produtos 
Controlados - SNGPC, revoga a 
Resolução de Diretoria Colegiada 
nº 27, de 30 de março de 2007, e 
dá outras providências 
Resolução RDC nº 16, de 1º de 
abril de 2014 
Dispõe sobre os critérios para 
Peticionamento de Autorização de 
Funcionamento (AFE) e 
Autorização Especial (AE) de 
Empresas 
Resolução RDC nº 48, de 25 de 
outubro de 2013 
Aprova o Regulamento Técnico de 
Boas Práticas de Fabricação para 
Produtos de HigienePessoal, 
Cosméticos e Perfumes, e dá 
outras providências 
Resolução RDC nº 47, de 25 de 
outubro de 2013 
Aprova o Regulamento Técnico de 
Boas Práticas de Fabricação para 
Produtos Saneantes, e dá outras 
providências 
Resolução RDC nº 39, de 14 de 
agosto de 2013 
Dispõe sobre os procedimentos 
administrativos para concessão da 
Certificação de Boas Práticas de 
Distribuição e/ou Armazenagem 
 
 
 
78 
 
 
 
 
 
 
Resolução RDC nº 39, de 02 de 
setembro de 2011 
Aprova a Farmacopeia 
Homeopática Brasileira, terceira 
edição e dá outras providências 
Resolução RDC nº 17, de 16 de 
abril de 2010 
Dispõe sobre as Boas Práticas de 
Fabricação de Medicamentos 
Resolução RDC nº 71, de 22 de 
dezembro de 2009 
Estabelece regras para a 
rotulagem de medicamentos 
Resolução RDC nº 63, de 18 de 
dezembro de 2009 
Dispõe sobre as Boas Práticas de 
Fabricação de Radiofármacos 
Resolução RDC nº 60, de 26 de 
novembro de 2009 
Dispõe sobre a produção, 
dispensação e controle de 
amostras grátis de medicamentos 
e dá outras providências 
Resolução RDC nº 57, de 18 de 
novembro de 2009 
Dispõe sobre o registro de insumos 
farmacêuticos ativos (IFA) e dá 
outras providências 
Resolução RDC nº 47, de 08 de 
setembro de 2009 
Estabelece regras para 
elaboração, harmonização, 
atualização, publicação e 
disponibilização de bulas de 
medicamentos para pacientes e 
para profissionais de saúde 
Resolução RDC nº 44, de 17 de 
agosto de 2009 
Dispõe sobre Boas Práticas 
Farmacêuticas para o controle 
sanitário do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização 
de produtos e da prestação de 
serviços farmacêuticos em 
farmácias e drogarias e dá outras 
providências 
Instrução Normativa nº 09, de 17 
de agosto de 2009 
Dispõe sobre relação de produtos 
permitidos para dispensação e 
comercialização em farmácias e 
drogarias 
Resolução RDC nº 04, de 10 de 
fevereiro de 2009 
Dispõe sobre as normas de 
farmacovigilância para os 
 
 
 
79 
 
 
 
 
 
 
detentores de registro de 
medicamentos de uso humano 
Resolução RDC nº 96, de 17 de 
dezembro de 2008 
Dispõe sobre a propaganda, 
publicidade, informação e outras 
práticas cujo objetivo seja a 
divulgação ou promoção comercial 
de medicamentos (alterada pela 
RDC nº 23, de 21/05/09) 
Resolução RDC nº 67, de 08 de 
outubro de 2007 
Dispõe sobre Boas Práticas de 
Manipulação de Preparações 
Magistrais e Oficinais para Uso 
Humano em farmácias 
Resolução RDC nº 199, de 26 de 
outubro de 2006 
Dispõe sobre os Medicamentos De 
Notificação Simplificada 
Resolução RDC nº 80, de 11 de 
maio de 2006 
As farmácias e drogarias poderão 
fracionar medicamentos a partir de 
embalagens especialmente 
desenvolvidas para essa finalidade 
de modo que possam ser 
dispensados em quantidades 
individualizadas para atender às 
necessidades terapêuticas dos 
consumidores e usuários desses 
produtos, desde que garantidas as 
características asseguradas no 
produto original registrado e 
observadas as condições técnicas 
e operacionais estabelecidas nesta 
resolução 
Resolução RDC nº 173, de 29 de 
maio de 2003 
Altera o item 5 do Anexo da 
Resolução - RDC n.º 328, de 22 de 
julho de 1999, que trata do 
Regulamento Técnico que institui 
as Boas Práticas de Dispensação 
em Farmácias e Drogarias 
Resolução RDC nº 138, de 29 de 
maio de 2003 
Dispõe sobre o enquadramento na 
categoria de venda de 
medicamentos 
 
 
 
80 
 
 
 
 
 
 
Resolução RDC nº 135, de 29 de 
maio de 2003 
Aprova Regulamento Técnico para 
Medicamentos Genéricos 
Resolução RDC nº 320, de 22 de 
novembro de 2002 
Dispõe sobre deveres das 
empresas distribuidoras de 
produtos farmacêuticos 
Portaria ANVISA nº 344, de 12 de 
maio de 1998 
Aprova o Regulamento Técnico 
sobre substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial 
Fonte: Própria autoria. 
8.5 Normas de divulgação de produtos/promoção de medicamentos 
Há uma série de normativas aplicadas à propaganda de medicamentos. O 
artigo 58 da Lei nº 6.360/76 dispões que propaganda, sob qualquer forma de 
divulgação e meio de comunicação, dos medicamentos, drogas, insumos 
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, somente 
poderá ser promovida após autorização do Ministério da Saúde, conforme se dispuser 
em regulamento. 
Quando se tratar de droga, medicamento ou qualquer outro produto com a 
exigência de venda sujeita a prescrição médica ou odontológica, a propaganda ficará 
restrita a publicações que se destinem exclusivamente à distribuição a médicos, 
cirurgiões-dentistas e farmacêuticos (SEBRAE, 2015). 
O mesmo diploma legal acima, determina que não poderão constar de 
rotulagem ou de propaganda dos produtos, nomes geográficos, símbolos, figuras, 
desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou 
confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, que 
atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente 
possuam. Também existem vedações quanto à venda de produtos farmacêuticos 
sem o seu prévio registro no Ministério da Saúde, bem como a necessidade em 
 
 
 
81 
 
 
 
 
 
 
rótulos, bulas e demais impressos de informações sobre advertências e cuidados 
necessários (SEBRAE, 2015). 
Por fim, a propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo 
seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos, são reguladas pela 
Resolução da Diretoria Colegiada ANVISA – RDC nº 96, 17 de dezembro de 2008. 
No caso das farmácias, drogarias e farmácias de manipulação, as principais 
precauções quanto às questões de propaganda e publicidade, conforme a referida 
RDC, recaem nas questões de apresentação dos medicamentos em “displays”, 
critérios de programas de fidelização, promoção dos produtos vendidos por 
celebridades, regras para apresentação de catálogos pelas distribuidoras de 
medicamentos, proibição de propaganda para produtos manipulados e detalhes 
sobre a veiculação de divulgação da empresa por meio de propaganda institucional 
(SEBRAE, 2015). 
A Lei 8.078/1990, conhecida como Código de Defesa do Consumidor, trata-se 
de uma lei de ordem pública e de aplicação obrigatória, que teve sua criação 
determinada pela Constituição Federal de 1988. Ela é composta de normas que 
regulamentam as relações de consumo no país, estabelecendo direitos e obrigações 
para os consumidores e fornecedores. 
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) somente se aplica às operações 
comerciais em que estiver presente a relação de consumo, isto é, nos casos em que 
uma pessoa física ou jurídica, adquire produtos ou serviços como destinatário final. 
O CDC, por disposição legal, deve ser mantido por todos os estabelecimentos 
comerciais e de serviços, em local de fácil acesso ao público (SEBRAE, 2015). 
8.6 Aspectos fiscais: tributação 
As empresas poderão optar, dentro das restrições e condições permitidas na 
legislação brasileira, por um dos seguintes regimes tributários: 
1. Simples Nacional (incluído aqui o Microempreendedor Individual), 
 
 
 
82 
 
 
 
 
 
 
2. Lucro Presumido, Lucro Arbitrado ou Lucro Real. 
 
Desde já, é recomendado o acompanhamento de um especialista no 
tema, geralmente um contador ou um advogado, que poderá ajudar na 
elaboração de simulações para escolha do melhor regime tributário. Vamos 
comentar um pouco sobre quais são as opções geralmente adotadas pelas 
farmácias: 
1. Simples Nacional, 
2. Lucro Presumido 
3. Lucro Real. 
Simples Nacional 
O Simples Nacional é o regime mais utilizado pelas farmácias, drogarias e 
farmácias de manipulação. É um sistema que permite as microempresas e empresas 
de pequeno porte, o pagamento de determinados tributos e contribuições de forma 
simplificada e em uma única guia de recolhimento. Está previsto nos artigos 13 a 41 
da Lei Complementar nº 123/2006. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal 
unificado dos seguintes tributos:1. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
3. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
4. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 
5. Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição para a Seguridade 
Social (CPP - cota patronal); 
6. Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); 
7. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
 
 
 
83 
 
 
 
 
 
 
As alíquotas do Simples Nacional constam nos Anexos I a VI da Lei 
Complementar nº 123/2006 e no caso das farmácias e drogarias (exceto as farmácias 
de manipulação), o anexo a ser aplicado é o anexo I (comércio). A alíquota 
encontrada será aplicada sobre a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses 
anteriores ao do período de apuração. Ressalta-se que o recolhimento na forma do 
Simples Nacional não exclui a incidência de outros tributos não listados acima. 
Mesmo para os tributos listados acima, há situações em que o recolhimento deve ser 
realizado à parte do Simples Nacional. 
No caso das farmácias e drogarias, muitos dos produtos vendidos, como 
medicamentos e produtos de higiene, estão sujeitas à substituição tributária do ICMS 
e ao regime monofásico das contribuições do PIS e da COFINS. Nesta situação as 
farmácias, quando revendem os medicamentos com tributação monofásica ou 
sujeitas à substituição tributária, não pagam PIS, COFINS e ICMS, entretanto, isso 
não quer dizer que a carga tributária foi reduzida. 
O regime monofásico e a substituição tributária são mecanismos semelhantes, 
pois atribuem a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido 
em toda cadeia de um produto ou serviço. Dessa forma, o valor dos tributos e 
contribuições recolhidos (geralmente pelas indústrias e distribuidoras) decorrentes 
desses mecanismos, é repassado às farmácias no custo dos produtos. Nos casos em 
que o produto não estiver sujeito ao regime monofásico ou à substituição tributária, a 
farmácia deve recolher todos os tributos e contribuições calculados sobre essas 
receitas. 
Com a nova redação da Lei, a receita de comercialização de medicamentos e 
produtos magistrais produzidos por manipulação de fórmulas sob encomenda para 
entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de 
profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio 
estabelecimento após o atendimento inicial, passam a ser enquadrados no anexo III 
da Lei Complementar nº 123/2006 (aplicável ao setor de serviços). 
Nos casos em que a receita não seja relacionada à hipótese acima, permanece 
a tributação pelo Anexo I da Lei Geral, a qual é aplicável ao comércio, com incidência 
 
 
 
84 
 
 
 
 
 
 
do ICMS. Essa nova disposição põe fim à guerra fiscal entre Estados e Municípios, 
que envolvia a incidência do ICMS (Estadual) ou ISS (Municipal) nas atividades de 
manipulação de fórmulas e fornecimento de medicamentos acabados (SEBRAE, 
2015). 
Lucro Presumido 
Poderá optar pelo lucro presumido a pessoa jurídica cuja receita bruta total no 
ano anterior, tenha sido inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) 
ou R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicados pelo número 
de meses de atividade. 
Em relação aos tributos e contribuições federais, o cálculo do lucro presumido 
é realizado da seguinte forma: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): é fixado por lei um percentual de 
presunção de lucro sobre a receita bruta (artigo 15 da Lei nº 9.249/1995) de vendas 
de mercadorias e/ou prestação de serviços. No caso das farmácias e drogarias a 
base de cálculo corresponde a 8% (IRPJ) e 12% (CSLL) da receita bruta conforme a 
atividade desenvolvida pela pessoa jurídica. No caso das farmácias de manipulação, 
pelo atual status conferido pela Lei n° 13.021/2014 como prestadores de serviços, o 
percentual de presunção é de 32%, tanto para o IRPJ como para a CSLL. 
Após a determinação do percentual da receita bruta e formação da base de 
cálculo, aplica-se uma alíquota de 15% para o IRPJ e 9% CSLL. No caso do IRPJ 
ainda haverá um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 
20.000,00 multiplicado pelo número de meses do período. A apuração do IRPJ e da 
CSLL é feita trimestralmente. 
Quanto a Contribuição para o PIS/Pasep (PIS) e Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), aplica-se um percentual de 0,65% 
(PIS) e 3% (COFINS) sobre a receita bruta da atividade. O recolhimento é mensal, 
sendo importante lembrar do regime monofásico dos medicamentos. 
Os medicamentos, em relação ao PIS e a COFINS, foram divididos em três 
listas: positiva, negativa ou neutra. Na Lista Positiva, os medicamentos são 
 
 
 
85 
 
 
 
 
 
 
identificados por tarja vermelha ou preta e só podem ser vendidos mediante 
prescrição médica. São produtos que não recolhem PIS e COFINS nas atividades de 
farmácia. Na Lista Negativa, o PIS e a COFINS são recolhidos pela indústria ou 
importador, sendo que as revendas posteriores realizadas por distribuidoras, 
farmácias ou varejistas, utilizarão alíquota zero. Na Lista Neutra, há recolhimento do 
PIS e da COFINS pela farmácia, pois os medicamentos dessa lista não estão sujeitos 
a regimes tributários diferenciados, conforme Lei nº 10.147, de 21 de dezembro de 
2000. 
Em relação aos impostos sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), aplica-se um percentual, sendo a regra 
geral entre 17% e 19%, sobre o valor de venda da mercadoria, sendo permitido a 
apropriação de crédito sobre as aquisições. 
Os medicamentos e a maioria dos demais produtos vendidos em farmácias, 
possuem alíquotas reduzidas ou diferenciadas, bem como alguns produtos 
comercializados, podem sujeitar-se ao regime tributário da substituição tributária. 
Como o ICMS é um imposto estadual, há sempre alterações nas alíquotas. 
O imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), devido pelas farmácias 
de manipulação, variam conforme o Município em que a empresa está estabelecida, 
sendo a alíquota máxima aplicável é de 5%. Já os recolhimentos de caráter 
previdenciário, geram uma alíquota aproximada de 27% sobre a folha de salário da 
empresa. Assim, a empresa também deverá descontar e reter na fonte, 11% da 
remuneração paga devida ou creditada, a qualquer título, no decorrer do mês, ao 
autônomo e empresário (sócio ou titular), observado o limite máximo do salário de 
contribuição. O recolhimento do INSS será feito através da Guia de Previdência Social 
- GPS. Já em relação ao FGTS, é aplicada uma alíquota de 8% sobre o total das 
remunerações devida a cada trabalhador no mês anterior ao depósito. 
 
 
 
 
 
86 
 
 
 
 
 
 
Lucro Real 
Lucro real de acordo com artigo 247 do Decreto nº 3.000/99, é o lucro líquido 
do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações, 
prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal (BRASIL, 1999). Essa opção, exige 
um nível de organização e controle mais complexo. Para o cálculo do IRPJ e da CSLL 
a empresa deve somar as receitas e subtrair as despesas para chegar à base de 
cálculo, sendo necessária ainda a verificação de eventuais ajustes na referida base 
(SEBRAE, 2015). 
A alíquota é a mesma do lucro presumido (IRPJ = 15% + 10% adicional, e 
CSLL = 9%). Para fins de apuração do PIS e da COFINS, a alíquota aplicável é de 
1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS). A farmácia, contudo, poderá compensar do total a 
recolher os créditos incidentes na aquisição de mercadorias para revenda e demais 
insumos considerados em Lei (sistemática da não-cumulatividade). A base legalpara 
esse regime são as Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003. As informações 
relacionadas ao regime monofásico e listas (positiva, neutra e negativa) também são 
válidas para o PIS/COFINS não-cumulativos. 
No caso do ICMS a apuração e recolhimento seguem a mesma regra do lucro 
presumido, e os tópicos já comentados sobre substituição tributária, também são 
aplicáveis. O ISS também segue a mesma forma de cálculo e recolhimento que no 
lucro presumido, assim como as questões relativas aos tributos previdenciários e 
trabalhistas (INSS e FGTS). A contribuição sindical está prevista nos artigos 578 a 
591 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Possui natureza tributária e é 
recolhida compulsoriamente pelos empregadores no mês de janeiro e pelos 
trabalhadores no mês de abril de cada ano. 
O artigo 8º do capítulo IV, da Constituição Federal prescreve o recolhimento 
anual por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou 
profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não 
associados a um sindicato (BRASIL, 1988). A contribuição sindical patronal é devida 
em favor do sindicato representativo da categoria. O valor da contribuição sindical 
 
 
 
87 
 
 
 
 
 
 
patronal, geralmente corresponde a uma importância proporcional ao capital social 
da empresa. Ressalta-se que há entendimentos da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil e do Ministério do Trabalho e Emprego de que as empresas optantes pelo 
Simples Nacional não são obrigadas a recolher esta contribuição, entretanto os 
sindicatos questionam esses posicionamentos e realizam a cobrança (SEBRAE, 
2015). 
Microempreendedor Individual 
O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta 
própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor 
individual, é necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 por ano e não ter 
participação em outra empresa como sócio ou titular. 
O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário 
mínimo ou o piso da categoria. Nesse caso, os tributos e contribuições de natureza 
previdenciária (INSS) e trabalhista (FGTS) devem ser recolhidos à parte desse 
regime. 
Entre as vantagens oferecidas para o MEI, está o registro no Cadastro 
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o 
pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o MEI será 
enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais, como Imposto 
de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL. Além disso, o MEI será enquadrado no Simples 
Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e 
CSLL). 
Assim, pagará mensalmente 5% sobre o salário mínimo (INSS), acrescido de 
R$ 5,00 (Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Comércio e Indústria) por meio de 
carnê emitido através do Portal gov.br. Esses valores serão atualizados anualmente, 
de acordo com o salário mínimo. Com essas contribuições, o Microempreendedor 
Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, 
aposentadoria, entre outros. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de 
 
 
 
88 
 
 
 
 
 
 
acordo com o salário mínimo. Com essas contribuições, o MEI tem acesso a 
benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. 
Por falta de previsão legal na Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 
2011, Anexo XIII (Atividades permitidas ao MEI), não poderá optar pelo MEI as 
atividades definidas no CNAE 4771- 7/02: Comércio varejista de produtos 
farmacêuticos, com manipulação de fórmulas (SEBRAE, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
 
 
 
 
 
 
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sanitária, exercidas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativas à 
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90 
 
 
 
 
 
 
Práticas, Fiscalização, Inspeção e Normatização, no âmbito do Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária – SNVS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. 
 
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de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de 
 
 
 
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drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Brasília, DF: Presidência 
da República, 1974. 
 
BRASIL. Decreto n. 8.077, de 14 de agosto de 2013. Regulamenta as condições 
para o funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro, 
controle e monitoramento, no âmbito da vigilância sanitária, dos produtos de que trata 
a Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2013. 
 
BRASIL. Lei n. 13.043, de 13 de novembro de 2014. Dispõe sobre os fundos de 
renda fixa, sobre a responsabilidade tributária na integralização de cotas de fundos 
ou clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros... Brasília, DF: 
Presidência da República, 2014b. 
 
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renda fixa, sobre a responsabilidade tributária na integralização de cotas de fundos 
ou clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros... Brasília, DF: 
Presidência da República, 2014b. 
 
BRASIL. Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário 
do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá 
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1973. 
 
BRASIL. Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a Vigilância 
Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos 
e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, 1976. 
 
BRASIL. Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle 
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1973. 
 
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nº. 20, de 5 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de 
substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou 
em associação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 mai. 2011. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 
de Diretoria Colegiada nº. 58, de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre as medidas a 
serem adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a 
intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. 
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sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília, DF: 
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