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PROVA ATLS II

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PROVA ATLS II 
 Fraturas ortopédicas 
- Fratura: perda da continuidade óssea 
- Luxação: perda da congruência articular (“vai e fica”) 
- Entorse: perda momentânea da congruência articular (“vai e volta”). 
→ Localização: diáfise/ metáfise/ epífise 
 
→ Lesão de partes moles: 
- Fratura fechada 
- Fratura aberta (ou exposta) 
→ Denominações especiais: 
- Galho verde (criança): não faz secção total | Incompleta: um lado se quebra e o outro amassa. 
 
- Fratura em tórus (criança): amassa ao invés de quebrar 
 
- Por estresse (ou fadiga): trauma crônico e repetitivo 
- Patológica: em osso frágil por doença prévia – osteoporose, osteopenia 
- Tratamento 
→ Redução – realinhar 
- Fechada/incruenta (por manipulação) 
 
 
- Aberta/cruenta (cirúrgica) 
→ Estabilização 
- Aparelho gessado 
- Cirurgia (fio, placa, parafuso, fixador externo, haste intramedular). 
- Complicações 
→ Da fratura 
- Lesão arterial (rara) 
- Síndrome compartimental – contratura de Volkmann – tratamento com fasciotomia 
- Embolia gordurosa / TEP – profilaxia: heparina baixo peso molecular 
- Osteomielite – principalmente fratura exposta 
→ Do tratamento 
- Consolidação viciosa – refazer 
- Pseudo-artrose (não consolidação) – 9 meses 
 Fraturas expostas 
- Fratura entra em contato com o meio externo. 
1. ATLS 
2. Curativo estéril + imagem 
3. Antibiótico (em até 3h) – profilaxia anti-tetânica 
4. Cirurgia (em até 6h) – desbridamento | limpeza mecânica (mínimo de 10L de solução salina) | estabilização 
da fratura. 
- Classificação de Gustillo-Anderson 
TIPO FERIDA (exposição) Contaminação / lesão de partes moles Antibiótico 
I < 1 cm PEQUENA Cefalosporina de 1ª geração 
(cefazolina) 
II 1-10 cm MODERADA 
+ Aminoglicosídeo (ou 
cefalosporina de 3ª geração) 
* Se área rural: + penincilina 
 
III 
 
> 10 cm 
GRANDE 
IIIA: cobertura cutânea possível 
IIIB: exige retalho 
IIIC: lesão arterial 
PAF de alta energia ou área rural: sempre grupo III, devido ao risco de contaminação. 
 
 
 
 
 
 
 
- Fraturas fisárias – fise de crescimento 
 
 Sinal de Thurston-Holland 
- A lesão na cartilagem de crescimento pode levar a uma falha no crescimento. 
Salter-Harris Descrição Tratamento 
I Fratura na própria fise 
(separa epífise da metáfise) 
 
 
Redução fechada + gesso 
II (+ comum) Fratura na fise e matáfise 
(Sinal de Thurson-Holland) 
III Fratura da fise e epífise 
Redução aberta + fixação interna 
IV Fratura atravessa epífise, fise e 
metáfise 
V Compressão da fise Cirurgia: diminuir deformidade 
 Trauma 
→ Avaliação primária 
- Colocado nessa ordem devido ao tempo de morte: o que mata mais vem primeiro 
Airway – Estabilizar cervical e vias aéreas 
- Colar cervical 
- Prancha rígida – retirar assim que o paciente chegar – úlcera de pressão | Tmáx: 2 horas. 
- Coxins laterais 
 
- Quando tirar colar cervical? 
 Alerta 
 Sem dor cervical 
 Exame neurológico normal – sem álcool ou drogas 
- Se tiver dúvida em algum desses ou algum dos critérios não for atendido: radiografia incidência lateral C1 a 
C7 e transição C7 a T1. 
- Vias áreas: chamar o paciente. 
 Respondeu? Via área pérvea – máscara de O2 – 10 a 12 Litros por minuto. 
 Alteração? Disfonia, esforço, cornagem, cianose => via aérea artificial. 
- Via área artificial: método ventilatório artificial de manutenção. 
 Temporária – guedel, máscara laríngea, AMBU, combitubo 
Definitiva – método ventilatório mediado por cânula endotraqueal + balonete – IOT, 
Cricotireoidostomia cirúrgica e traqueostomia. 
Indicações: apneia, proteção das VA (vômitos e sangramento), comprometimento iminente 
(convulsões, lesão inalação e fratura de face), TCE grave menor que 8, incapacidade de manter 
oxigenação com máscara. 
- Via aérea cirúrgica – não consigo entubar, tentou três vezes passar mascara laríngea ou comitubo. 
 Indicações: trauma maxilofacial extenso, distorção anatômica, incapacidade de visualizar cordas 
vocais, edema de glote e hemorragia profusa. 
- Via aérea cirúrgica 
 Cricotireoidostomia – membrana cricotireoidea; e traqueostomia – 2º ou 3º anel traqueal. 
 Preferir traqueo quando tem trauma de laringe e criança < 12 anos. 
 
Breathing – Respiração e oxímetro 
- Exame do aparelho respiratório – inspeção, palpação, percussão e ausculta. 
- Oxímetro - ≥ 95% 
- Se encontrou alteração → resolver 
- Encontrou pneumotórax → resolver 
Circulation – Circulação e interromper hemorragia 
 
- 2 Acessos venosos periféricos – veia central – dissecção de veia – punção intraóssea (criança prefere) 
- Reposição volêmica – cristaloide – 1 Litro aquecido a 28 graus +/- hemoderivados. 
 
- Monitorização – ECG, saturação, PA, FC, FR → capnógrafo 
- Gaso venosa, sonda por causa do débito urinário (>0,5 mL/kg/h). 
 Contraindicação a sondagem: hematoma, não palpação da próstata, sangue no meato uretral. 
 Fazer cistostomia → uretrocistografia retrógrada para ter certeza. 
- Controle da hemorragia – compressão, torniquete, curativo externo, posso fazer FAST. 
 Estabilizar pelve – lençol, fixador externo 
 Ficou estável? Origem venosa → Fixação externa 
- Não ficou estável? Origem arterial → arteriografia com embolização. 
 Alternativa: tamponamento pré-peritoneal. 
 Além disso, associar a fixação externa. 
Disability – Neurológica – Glasgow, pupila e extremidade. 
- Reflexo pupilar 
- Movimentos das extremidades – aperta minha mão 
- Escala de Glasgow – define se eu intubo ou não 
 
 Grave ≤ 8 
Exposition – Expor o paciente e evitar hipotermia 
- Despir a vítima 
- Evitar hipotermia 
→ Exames primários 
- Monitorização – ECG 
- Capnografia 
- Oxímetro de pulso 
- SNG – Cateter vesical 
- RX – FAST – Lavado 
 Trauma de pescoço e face 
→ Trauma de pescoço 
- Maioria dos traumas é por trauma penetrante 
- Explorar cirurgicamente: 
Sintomas graves: instabilidade hemodinâmica, sangramento ativo, hematoma cervical expansiva, lesão 
aerodigestiva. 
 Se não tiver sintomas graves: anestesia e explora a lesão 
 Penetrou o platisma? Operar também 
 Se não penetrou, fazer exames complementares. 
→ Trauma de face – Le Fort 
- Não é urgência 
- Correção tardia 
 
 
 Trauma torácico 
→ Toracotomia 
- Urgência: não tem pressa, fazer no bloco mesmo. 
 
- Emergência: tem pressa, nem dá tempo de levar pro bloco. 
 
→ Trauma pleuropulmonar 
- Tórax instável 
≥ 2 arcos consecutivos 
≥ 2 pontos em cada arco 
 
 
- Conduta: Fixação interna? Não é feita 
- Se o paciente tiver com insuficiência respiratória → pensar em contusão pulmonar. 
 Analgesia e suporte ventilatório 
- Pneumotórax hipertensivo 
- Achados: 
 ↓ MV + hipertimpanismo 
 Desvio traqueia + turgência jugular 
 Hipotensão 
- Diagnóstico: 
 Clínico! 
- Conduta imediata: toracocentese de alívio 
 4º e 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e média, borda superior da costela 
- Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água. 
 5º espaço intercostal 
- Não melhorou? 
 Segundo dreno ou IOT seletiva 
 Broncoscopia – toracotomia para resolver a lesão da via área. 
- Pneumotórax aberto 
- Conduta imediata: curativo de 3 pontas 
- Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água. 
- Não aproveita o local da facada. 
- Hemotórax 
- Achados: 
 ↓ MV + macicez percussão 
 Jugular colabada 
 Hipotensão 
 
- Diagnóstico: clínico 
- Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água 
- Avaliar necessidade de toracotomia 
→ Trauma cardíaco 
- Contusão miocárdica 
 Insuficiência de VD, arritmia, hipotensão 
- Diagnóstico: clínica + ECO 
- Conduta: monitorização +/- dobutamina. 
- Tamponamento cardíaco 
 Tríade de Beck: turgência jugular + hipofonese de bulhas + hipotensão 
 Pulso paradoxal e sinal de Kussmaul 
- Diagnóstico: clínica + FAST 
- Conduta: pericardiocentese → toracotomia 
→ Trauma de aorta 
- Achados:MMSS normal 
 ↓ pulso MMII 
- Diagnóstico: 
 Cinemática do trauma 
 RX/ tomografia 
 Aortografia 
 
- Conduta definitiva: cirurgia ou endovascular 
- Antes → tratar outras lesões 
 Estatísticas importantes pra prova 
- Trauma contuso (+ comum): baço e fígado (respectivamente) 
- Trauma penetrante (+ comum): PAF: intestino delgado | Arma branca: fígado 
- Trauma como principal causa de morte: 1 até 49 anos 
 
- Principal causa de choque: hemorragia – hipovolemia 
- Etiologia do sangramento: abdome, tórax, pelve. 
→ Trauma abdome (fechado)/contuso 
- Trauma contuso de abdome: primeira coisa → tem peritonite? Se sim, já vai pra cirurgia 
 Se não tem peritonite, tenho que ver: 
 Está instável? Não pode sair da sala de trauma – lavado peritoneal e FAST = cirurgia 
Está estável? Exame melhor: TC de abdome – procurar pneumoperitônio, retroperitônio, lesões 
especificas = cirurgia 
 
Se o paciente está estável hemodinamicamente, mas o FAST deu positivo, tenho que me perguntar se 
é sangue mesmo – fazer tomografia para ter certeza. 
- FAST 
 Pericárdio | Hepatorrenal | Esplenorrenal | Pelve 
 - Procurar líquido livre 
- Lavado peritoneal 
 Sangue ou vísceras ocas 
- Tomografia de abdome 
 Padrão ouro 
- Videolaparoscopia 
 Trauma na região da transição toracoabdominal 
→ Trauma abdome (aberto)/penetrante 
- PAAF: cirurgia – tem maior energia cinética 
- Arma branca: paciente estável – exploração manual da ferida para ver se atingiu a cavidade 
 Anestesia, lava a ferida e calça luva. 
 - Dúvida: internação hospitalar – procurar peritonite e choque 
 Exame físico seriado 
 Hemograma completo 8/8h – Hb < 3 g/dl ou leucocitose – fazer TC de abdome – cirurgia se lesão 
 
 
- Manobras: 
- Manobra de Pringle – trauma hepático 
 Clipar ligamento hepatoduodenal – veia porta, artéria hepática porta e via biliar 
 Não parou de sangrar: pensar na veia cava retro-hepática ou veias supra-hepáticas 
- Manobra d Kocher – liberação do duodeno 
- Manobra de Cattel – liberação do cólon D 
- Manobra de mattox – liberação do cólon E 
 Traumatismo cranioencefálico 
- Lesões específicas 
- Fraturas da base do crânio 
- Clínica: 
 Rinorreia 
 Otorreia 
 Hemotímpano 
 Sinal do guaxinim → bilateral – equimose orbital 
 Sinal de Battle → equimose retroauricular 
- Conduta: 
 Contraindicado: intubação nasotraqueal 
- Fratura na calota craniana, estável hemodinamicamente, não tem sinais clínicos: cirurgia quando a fratura 
tiver um diâmetro maior que a espessura da calota. 
- Concussão x LAD 
- Concussão: nocaute 
 Jogadores de futebol americano 
 Clínica: perda súbita da consciência de no máximo 6 horas de duração. 
 Conduta: observação 
Acesso retroperitoneal 
 
- LAD: lesão por cisalhamento – lesão dos axônios 
 Clínica: perda súbita de consciência – por mais de 6 horas. 
 Atenção: Glasgow baixo + TC inocente 
- Hematomas – epidural, subdural, intraparenquimatoso 
 HEMATOMA SUBDURAL HEMATOMA EPIDURAL 
Local Abaixo da dura mater Acima da dura mater 
Vaso lesado Veias ponte Artéria meníngea média 
Fatores de risco Atrofia cortical (idoso, alcoólatra), anticoagulantes Trauma, osso temporal 
Clínica Progressiva Intervalo lúcido, herniação 
Tomografia 
 Lua crescente – não tem pressão Biconvexa – pressão 
Cirurgia Cirurgia descompressiva: desvio da linha média ≥ 5 mm ou 0,5 cm. 
- Dúvidas comuns: 
- TC de crânio: 
Inconsciente > 5 min – amnésia 
 Cefaleia intensa – Glasgow < 15 – déficit focal 
- Neurocirurgia: 
 Alterações na TC de crânio 
- UTI e PIC: 
 ECG ≤ 12 | ECG ≤ 8 
- Anticonvulsivantes: 
 Prevenir convulsão precoce (15%) – fenitoína 
- Corticoide (HIC): 
 Não existe indicação. 
- Alguns termos: 
- Tríade de Cushing: HAS + bradicardia + bradipneia → hérnia transtentorial 
- Úlcera de Cushing: úlcera péptica no TCE 
- Úlcera de Curling: úlcera péptica na queimadura 
- Úlcera de Marjolin: neoplasia em úlcera crônica 
- Contusão cerebral: hemorragia + edema + lesão do parênquima 
 20% hematoma intraparenquimatoso 
 Trauma raquimedular 
- 5% dos pacientes com lesão cerebral terão lesão raquimedular 
- 25% dos pacientes com lesão raquimedular terão lesão cerebral 
 
- 55% das lesões são na coluna cervical 
- 10% de chance de ter fratura em outra vertebra 
- 5% piora dos sintomas após imobilização 
 - Processo inflamatório – edema, isquemia 
 - Erro na imobilização 
- < 1% lesão cervical pediátrica até 12 anos 
- Exame físico + imagem + imobilização 
- Anatomia 
- Mais superiormente: canal medular mais largo – efeito chicote – lesão parcial da coluna 
- Mais no meio: o canal é menos largo – qualquer lesão é suficiente para lesionar totalmente. 
- Dermátomos: 
 C5 – mais alto – deltoide 
 T4 - Mamilo 
 T8 - Apêndice xifoide 
 T10 – Umbigo 
 T12 – púbis 
 S4 e S5 – perianal – se tem contração: lesão parcial 
- Choque neurogênico e choque medular 
Choque neurogênico Choque medular 
Instabilidade hemodinâmica causada por secção de um nervo Lesão da medula espinhal 
Deficiência da via simpática descendente Flacidez e perda dos reflexos musculares 
Medula cervical ou torácica superior (Até T6) Após trauma com lesão medular 
Perda tônus simpático vasomotor e cardíaco Medula totalmente afuncional 
Hipotensão + bradicardia Duração variável 
Vasopressor + atropina Atraso no diagnóstico do grau da lesão 
- Classificação das lesões espinhais 
- Nível: segmento mais caudal com funções sensorial e motora normais bilateralmente 
- Gravidade: completo x incompleto | quadriplegia x paraplegia (limiar: vértebra T1) 
- Síndromes: 
 - Cordão central – acometimento mais evidente nos membros superiores 
 - Cordão anterior – acomete os cordões anteriores da medula, poupando os dorsais. 
- Brown-séquard – hemissecção medular – lesão em T4 => ipsilateralmente não tem mais função 
motora e nem sensitiva, e contralateral: perde vibração e temperatura. 
- Morfologia: fraturas, fraturas com deslocamento, sciwora, penetrantes. 
- Lesões específicas: 
- Luxação atlanto-occipital – shaken baby syndrome 
 
 Encefalopatia aguda + hemorragia subaracnoide + hemorragia retiniana 
- Fratura do Atlas (C1) – Fratura de Jefferson 
 Mergulhadores de piscina rasa 
 
- Subluxação rotatória de C1 
 Comum em crianças – torcicolo mantido 
 Não tentar retificar a coluna, imobilizar em rotação 
- Fratura do Axis (C2) 
 Fratura do odontoide – tipo II é o mais comum 
Hangman – paciente enforcado 
 Hiperextensão cervical 
- Vértebra mais fraturada: C5 
- Vértebra mais subluxadas: C5 – C6 
- Fraturas torácicas: 
Explosão – burst injury – associada a fratura de Jefferson 
Fratura de chance – chance fracture – lesão do irmão mais novo – vai no meio do carro, só tem cinto 
de segurança abdominal – associada à lesão do cinto de segurança – duodeno e pâncreas. 
- Fraturas toracolombares 
 Cuidado com o movimento de Logrolling 
- Fraturas lombares 
 Cauda equina a partir de L1 
- Lesões penetrantes 
 Esfaqueamento e PAF 
- Lesões vasculares – carótida e vertebral 
 Evitar AVC – angiotomografia de pescoço 
 
 
- Avaliação radiológica 
- Radiografia lateral – fraturas de processo espinhoso e corpo vertebral 
- Radiografia em AP – alinhamento da coluna 
- Radiografia transoral – fratura de C1, C2, C3 e odontoide. 
- Padrão ouro: tomografia computadorizada multislice com reconstrução sagital e coronal 
- Conduta 
1. Imobilização – colar cervical e coxins lateral e prancha rígida 
2. Fluidos intravenosos – controlados, vasopressor + atropina 
3. Medicamentos – não tem comprovação cientifica que esteroides tem ação 
4. Transferência para o especialista. 
 Trauma pélvico 
 
 
 
 
Plexo mais acometido: artéria ilíaca externa e veia ilíaca externa 
- Trauma de alta energia cinética 
- Lesão/fratura das estruturas do anel pélvico 
- Potencial de exsanguinar o paciente 
- Epidemiologia/etiologia- Principalmente após trauma contuso (8%) 
- Mortalidade geral 5-30% (1 em cada 6) 
- Mortalidade – secundária à hemorragia 
 Fratura fechada + hipotensão: 10-42% 
 Fraturas abertas: 50% - compressão anteroposterior e cisalhamento vertical 
- Lesões associadas 
- Lesões cerebrais traumáticas 51% 
- Fratura de ossos longos 48% 
- Lesões torácicas 20% 
- Lesão uretral em homens 15% 
- Trauma esplênico 10% 
- Trauma hepático e renal 7% cada 
- Mecanismo de trauma 
 
 
- Compressão AP: 10-15% 
- Moto/automóvel 
- Rotação externa da hemipelve 
- Separação da sínfise púbica 
- Ruptura do ligamento posterior 
- Anel pélvico se alarga – fratura em livro aberto 
- Lesão do plexo venoso posterior e ramos do sistema ilíaco interno 
- Compressão lateral: 60-70% 
- Moto/automóvel 
- Rotação interna da hemipelve 
- Redução do volume pélvico 
- Direcionamento do púbis para o sistema gênito-urinário 
 
- Cisalhamento vertical: 5-15% 
- Quedas > 3,6 metros 
- Grande instabilidade pélvica 
- Ruptura dos ligamentos: sacroespinhoso, sacrotuberoso 
 
 
 
- Exame clínico 
 
- Escroto (hematoma) – sinal de Destot 
- Meato uretral (sangue) 
- Reto (tônus, integridade da mucosa) 
- Palpação da próstata (não é confiável para excluir lesão uretral) 
- Evitar sondar este paciente 
- Uretrocistografia retrógrada – para excluir lesão uretral 
- Diagnóstico 
- Compressão lateral na crista ilíaca (suave) 
 Em direção à região média, em direção AP 
- Palpar a sínfise púbica 
- Interromper exame se alteração 
- RX AP – detecta 66-87% 
- Estáveis: TC de abdome (padrão ouro), RM: populações espaciais – gestantes e crianças 
- USG FAST – avaliar presença de líquido intraperitoneal 
 Se presente: indica laparotomia 
 Ausente: sangramento retroperitoneal 
- Contorno distorcido da bexiga indica presença de hematoma pélvico 
 
 
 
 
 
 
- Manejo do trauma pélvico 
- Geralmente trauma contuso com TCE associado 
 Evitar hipotensão permissiva 
- Paciente instável 
 Protocolo de transfusão maciça (1:1:1) 
- Ácido tranexâmico – desde que o trauma tenha ocorrido em menos de 3 horas. 
- Estabilização pélvica 
- Maior volume, menor pressão 
 Maior espaço para o extravasamento de sangue 
- Principalmente 
 Pacientes instáveis e fraturas em livro aberto 
 
- Fixação externa: 
- Crista ilíaca superior 
- 6-12 semanas 
- Redução do volume pélvico 
 
- Lesão em reto: realizar colostomia 
- Angiografia 
- Indicações precisas ainda são desconhecidas 
- Preditores de sangramento 
 Idade > 55 anos 
 Ausência de fraturas de ossos longos 
- Principais tipos associados a hemorragia 
 Diástase da sínfise púbica > 2,5 cm 
 Fratura em borboleta – ramos púbicos 
 Fraturas posteriores – cisalhamento vertical 
- Exame positivo em 94% dos pacientes > 60 anos 
 52% dos pacientes < 60 anos 
- Embolização temporária da A. ilíaca interna (controle de danos) 
 Paciente em vasoconstrição 
 Rede vascular extensa 
- Packing abdominal 
- Cirurgia de controle de danos 
 6 compressas no espaço de Retzius 
 Não violar a cavidade peritoneal – possibilidade de destamponamento 
- Geralmente após angiografia 
- Realizar primeiro se o paciente muito instável – realizar angiografia após 
- O packing + angiografia + fixação externa – são complementares e não concorrentes 
- Damage control – se necessidade de laparotomia 
- Fixação externa 
- Incisão para realização do packing – separada e distinta da incisão mediana 
 O paciente poderá ser encaminhado para arteriografia 
 
 
 Síndrome compartimental abdominal 
- O mais comum é no trauma abdominal contuso 
 Hemorragia 
 Excesso de volume 
 Múltiplas transfusões 
- Abdome agudo grave 
- Clínica: 
 Abdome tenso 
 Distensão abdominal 
 Evoluiu no pós-operatorio ou pós-trauma: oliguria, dificuldade de ventilação 
- Paciente com pressão intrabdominal elevada + disfunção orgânica 
- Pressão intracraniana elevada, pressão de perfusão diminuída 
- Isquemia de delgado, translocação de bacteriana 
- Diminuição do débito urinário, diminuição da taxa de filtração glomerular 
- Diagnóstico 
 Medida da pressão intravesical 
- Tratamento 
 Analgesia 
 Sedação 
 Sondas 
 Laparomia descompressiva 
 Trauma – lesão térmica 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo da hidratação: Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x % SCQ x peso (kg): • 2 a 4ml/kg/% SCQ para 
crianças e adultos. 
 
 
 
 
 
 Trauma pediátrico 
 
 
 Trauma na gestante 
 
 
 
 Choque no trauma 
- Definição: 
- Hipotensão, taquicardia, pele fria e úmida → não é a definição, é a clínica. 
- Baixa perfusão (oxigenação) a nível celular 
 Metabolismo anaeróbio 
 A oferta não supre a demanda 
- Etiologia: 
- Hemorrágico – todo choque no trauma é hemorrágico até que se prove o contrário. 
 
- Tríade letal do trauma: acidose, Coagulopatia, hipotermia. 
 
- Tempo de isquemia que os órgãos conseguem suportar: 
Coração, cérebro, pulmões = 4 a 6 minutos 
 Rins, fígado, trato gastrointestinal = 45 a 90 minutos 
 Músculos, ossos, pele = 4 a 6 horas 
 
- Qual é a causa de choque do paciente? 
 Até que se prove o contrário → hemorrágico 
- Qual é o tratamento definitivo para o choque? 
 Cessar a hemorragia e oferecer sangue e volume para o paciente. 
- CHOQUE HEMORRÁGICO 
- Mais comum no trauma 
- Perda aguda de sangue 
- 5-7% do PC é composto de sangue 
- 70 kg: 3,5-5L de sangue 
- Sintomas mínimos – Perda de 15% 
 FC, FR, PA – inalteradas 
 Não requer reposição – mecanismos regulatórios são suficientes 
 Focar em cessar a hemorragia 
- Classe II – Perda de 15 a 30% 
 Queda na PA, aumento discreto de FC e FR 
 Diminuição da pressão de pulso 
 Alterações sutis do SNC 
 Tratamento: geralmente apenas cristaloides. 
 Focar em cessar a hemorragia. 
- Classe III – Perda de 31-40% 
 Queda na PA, aumento importante de FC e FR. 
 Tratamento: requer sangue e derivados 
 
 Cessar hemorragia. 
- Classe IV – Perda > 40% 
 Queda PA importante – pressão de pulso estreita 
 Alterações importantes do SNC 
 Pele fria, pálida e úmida 
 Tratamento: cirurgia imediata, transfusão imediata 
 Cessar hemorragia. 
 
- Diagnóstico – clínico 
 Ht/Hb 
 Gasometria com lactato 
 CPK 
 Ureia e creatinina 
- Manejo inicial – A e B 
- Estabelecer vias aéreas 
- Oxigênio suplementar sempre que necessário – manter Sat O2 > 95% 
- Cânula nasal, máscara não reinalante (FiO2 > 95%) 
- Manejo inicial – C 
- Controle hemorrágico -prioridade 
 Sangramentos externos 
- Acesso venoso adequado 
 Calibroso – jelco 14 – min: 18 
 Periférico 
- Avaliação dos pulsos 
 Nível exato da PA é pouco importante 
 Pressão de pulso contém informações significativas 
 Ausência de pulso periférico 
 Pulso central fraco, rápido 
Mortalidade 15 x maior 
 
- ¼ - 1/3 de cristaloide permanece no sangue 
 Após 30-60 minutos de infusão 
- Evitar excesso de hidratação – edema tissular 
- Coloides – não tem indicação. 
- Ringer lactato melhor – aquecer a 39º 
- Manejo inicial – D e E 
- Realizar exame neurológico sumário 
- Repetir o exame após a reanimação volêmica 
- Procurar outras lesões 
- Prevenir hipotermia ao final do procedimento 
- Transfusão maciça 
- 100% da volemia ou >10 CH 
- 50% da volemia em 03 horas 
- 04 unidades em 01 hora 
 1:1:1 (1 concentrado de hemácias + 1 plasma fresco congelado + 1 plaquetas) 
- Oferecer cálcio apenas se deficiência. 
- Torniquete 
- Sangramento não controlado sob pressão 
 Pode ser usado um 2º torniquete 
 Manter o sítio descoberto 
 120-150 minutos 
 É preferível salvar a vida do paciente do que o membro. 
- Ácido tranexâmico 
- Análogo sintético da lisina 
- Adesão ao plasminogênio 
- Dose (até 3h do trauma) 
 Ataque: 1g EV 
 Manter 1g 8/8h 
4 ampolas em 250 mL 
- CHOQUE NEUROGÊNICO 
- Choque secundário a perda do tônus vasomotor 
- Perda do tônus simpático – aumento da capacitância vascular 
 Diminuição do retorno venosoDiminuição do débito cardíaco 
- Secundário a trauma cervical ou torácico alto 
 Fratura da cervical, hematoma epidural, trauma penetrante 
 
- Resultado: 
 Hipotensão 
 Bradicardia ou FC normal/basal 
 Extremidades quentes 
- Tratamento: 
 Maioria responde apenas à reposição da volemia 
 Considerar vasoconstritores 
 Após exclusão da hipovolemia 
 Ausência de melhora pós-expansão volêmica 
 Opções de vasoconstritores 
 Dopamina, fenilefrina, noradrenalina 
 Uso geralmente necessário até 24-48h 
 Atropina – 0,5mg-1,0mg – bradicardia 
 
- CHOQUE CARDIOGENICO intrínseco 
- Lesão muscular 
 
- Lesão valvar – sopro 
- CHOQUE CARDIOGENICO extrínseco 
- Pneumotórax hipertensivo 
- Hipertimpanismo e diminuição do murmúrio vesicular 
 
 
- Tamponamento cardíaco 
 - acumulo de sangue no pericárdio 
 Bulhas hipofoneticas, estase jugular, hipotensão – tríade de Beck

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