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PROVA ATLS II Fraturas ortopédicas - Fratura: perda da continuidade óssea - Luxação: perda da congruência articular (“vai e fica”) - Entorse: perda momentânea da congruência articular (“vai e volta”). → Localização: diáfise/ metáfise/ epífise → Lesão de partes moles: - Fratura fechada - Fratura aberta (ou exposta) → Denominações especiais: - Galho verde (criança): não faz secção total | Incompleta: um lado se quebra e o outro amassa. - Fratura em tórus (criança): amassa ao invés de quebrar - Por estresse (ou fadiga): trauma crônico e repetitivo - Patológica: em osso frágil por doença prévia – osteoporose, osteopenia - Tratamento → Redução – realinhar - Fechada/incruenta (por manipulação) - Aberta/cruenta (cirúrgica) → Estabilização - Aparelho gessado - Cirurgia (fio, placa, parafuso, fixador externo, haste intramedular). - Complicações → Da fratura - Lesão arterial (rara) - Síndrome compartimental – contratura de Volkmann – tratamento com fasciotomia - Embolia gordurosa / TEP – profilaxia: heparina baixo peso molecular - Osteomielite – principalmente fratura exposta → Do tratamento - Consolidação viciosa – refazer - Pseudo-artrose (não consolidação) – 9 meses Fraturas expostas - Fratura entra em contato com o meio externo. 1. ATLS 2. Curativo estéril + imagem 3. Antibiótico (em até 3h) – profilaxia anti-tetânica 4. Cirurgia (em até 6h) – desbridamento | limpeza mecânica (mínimo de 10L de solução salina) | estabilização da fratura. - Classificação de Gustillo-Anderson TIPO FERIDA (exposição) Contaminação / lesão de partes moles Antibiótico I < 1 cm PEQUENA Cefalosporina de 1ª geração (cefazolina) II 1-10 cm MODERADA + Aminoglicosídeo (ou cefalosporina de 3ª geração) * Se área rural: + penincilina III > 10 cm GRANDE IIIA: cobertura cutânea possível IIIB: exige retalho IIIC: lesão arterial PAF de alta energia ou área rural: sempre grupo III, devido ao risco de contaminação. - Fraturas fisárias – fise de crescimento Sinal de Thurston-Holland - A lesão na cartilagem de crescimento pode levar a uma falha no crescimento. Salter-Harris Descrição Tratamento I Fratura na própria fise (separa epífise da metáfise) Redução fechada + gesso II (+ comum) Fratura na fise e matáfise (Sinal de Thurson-Holland) III Fratura da fise e epífise Redução aberta + fixação interna IV Fratura atravessa epífise, fise e metáfise V Compressão da fise Cirurgia: diminuir deformidade Trauma → Avaliação primária - Colocado nessa ordem devido ao tempo de morte: o que mata mais vem primeiro Airway – Estabilizar cervical e vias aéreas - Colar cervical - Prancha rígida – retirar assim que o paciente chegar – úlcera de pressão | Tmáx: 2 horas. - Coxins laterais - Quando tirar colar cervical? Alerta Sem dor cervical Exame neurológico normal – sem álcool ou drogas - Se tiver dúvida em algum desses ou algum dos critérios não for atendido: radiografia incidência lateral C1 a C7 e transição C7 a T1. - Vias áreas: chamar o paciente. Respondeu? Via área pérvea – máscara de O2 – 10 a 12 Litros por minuto. Alteração? Disfonia, esforço, cornagem, cianose => via aérea artificial. - Via área artificial: método ventilatório artificial de manutenção. Temporária – guedel, máscara laríngea, AMBU, combitubo Definitiva – método ventilatório mediado por cânula endotraqueal + balonete – IOT, Cricotireoidostomia cirúrgica e traqueostomia. Indicações: apneia, proteção das VA (vômitos e sangramento), comprometimento iminente (convulsões, lesão inalação e fratura de face), TCE grave menor que 8, incapacidade de manter oxigenação com máscara. - Via aérea cirúrgica – não consigo entubar, tentou três vezes passar mascara laríngea ou comitubo. Indicações: trauma maxilofacial extenso, distorção anatômica, incapacidade de visualizar cordas vocais, edema de glote e hemorragia profusa. - Via aérea cirúrgica Cricotireoidostomia – membrana cricotireoidea; e traqueostomia – 2º ou 3º anel traqueal. Preferir traqueo quando tem trauma de laringe e criança < 12 anos. Breathing – Respiração e oxímetro - Exame do aparelho respiratório – inspeção, palpação, percussão e ausculta. - Oxímetro - ≥ 95% - Se encontrou alteração → resolver - Encontrou pneumotórax → resolver Circulation – Circulação e interromper hemorragia - 2 Acessos venosos periféricos – veia central – dissecção de veia – punção intraóssea (criança prefere) - Reposição volêmica – cristaloide – 1 Litro aquecido a 28 graus +/- hemoderivados. - Monitorização – ECG, saturação, PA, FC, FR → capnógrafo - Gaso venosa, sonda por causa do débito urinário (>0,5 mL/kg/h). Contraindicação a sondagem: hematoma, não palpação da próstata, sangue no meato uretral. Fazer cistostomia → uretrocistografia retrógrada para ter certeza. - Controle da hemorragia – compressão, torniquete, curativo externo, posso fazer FAST. Estabilizar pelve – lençol, fixador externo Ficou estável? Origem venosa → Fixação externa - Não ficou estável? Origem arterial → arteriografia com embolização. Alternativa: tamponamento pré-peritoneal. Além disso, associar a fixação externa. Disability – Neurológica – Glasgow, pupila e extremidade. - Reflexo pupilar - Movimentos das extremidades – aperta minha mão - Escala de Glasgow – define se eu intubo ou não Grave ≤ 8 Exposition – Expor o paciente e evitar hipotermia - Despir a vítima - Evitar hipotermia → Exames primários - Monitorização – ECG - Capnografia - Oxímetro de pulso - SNG – Cateter vesical - RX – FAST – Lavado Trauma de pescoço e face → Trauma de pescoço - Maioria dos traumas é por trauma penetrante - Explorar cirurgicamente: Sintomas graves: instabilidade hemodinâmica, sangramento ativo, hematoma cervical expansiva, lesão aerodigestiva. Se não tiver sintomas graves: anestesia e explora a lesão Penetrou o platisma? Operar também Se não penetrou, fazer exames complementares. → Trauma de face – Le Fort - Não é urgência - Correção tardia Trauma torácico → Toracotomia - Urgência: não tem pressa, fazer no bloco mesmo. - Emergência: tem pressa, nem dá tempo de levar pro bloco. → Trauma pleuropulmonar - Tórax instável ≥ 2 arcos consecutivos ≥ 2 pontos em cada arco - Conduta: Fixação interna? Não é feita - Se o paciente tiver com insuficiência respiratória → pensar em contusão pulmonar. Analgesia e suporte ventilatório - Pneumotórax hipertensivo - Achados: ↓ MV + hipertimpanismo Desvio traqueia + turgência jugular Hipotensão - Diagnóstico: Clínico! - Conduta imediata: toracocentese de alívio 4º e 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e média, borda superior da costela - Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água. 5º espaço intercostal - Não melhorou? Segundo dreno ou IOT seletiva Broncoscopia – toracotomia para resolver a lesão da via área. - Pneumotórax aberto - Conduta imediata: curativo de 3 pontas - Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água. - Não aproveita o local da facada. - Hemotórax - Achados: ↓ MV + macicez percussão Jugular colabada Hipotensão - Diagnóstico: clínico - Conduta definitiva: drenagem torácica em selo d’água - Avaliar necessidade de toracotomia → Trauma cardíaco - Contusão miocárdica Insuficiência de VD, arritmia, hipotensão - Diagnóstico: clínica + ECO - Conduta: monitorização +/- dobutamina. - Tamponamento cardíaco Tríade de Beck: turgência jugular + hipofonese de bulhas + hipotensão Pulso paradoxal e sinal de Kussmaul - Diagnóstico: clínica + FAST - Conduta: pericardiocentese → toracotomia → Trauma de aorta - Achados:MMSS normal ↓ pulso MMII - Diagnóstico: Cinemática do trauma RX/ tomografia Aortografia - Conduta definitiva: cirurgia ou endovascular - Antes → tratar outras lesões Estatísticas importantes pra prova - Trauma contuso (+ comum): baço e fígado (respectivamente) - Trauma penetrante (+ comum): PAF: intestino delgado | Arma branca: fígado - Trauma como principal causa de morte: 1 até 49 anos - Principal causa de choque: hemorragia – hipovolemia - Etiologia do sangramento: abdome, tórax, pelve. → Trauma abdome (fechado)/contuso - Trauma contuso de abdome: primeira coisa → tem peritonite? Se sim, já vai pra cirurgia Se não tem peritonite, tenho que ver: Está instável? Não pode sair da sala de trauma – lavado peritoneal e FAST = cirurgia Está estável? Exame melhor: TC de abdome – procurar pneumoperitônio, retroperitônio, lesões especificas = cirurgia Se o paciente está estável hemodinamicamente, mas o FAST deu positivo, tenho que me perguntar se é sangue mesmo – fazer tomografia para ter certeza. - FAST Pericárdio | Hepatorrenal | Esplenorrenal | Pelve - Procurar líquido livre - Lavado peritoneal Sangue ou vísceras ocas - Tomografia de abdome Padrão ouro - Videolaparoscopia Trauma na região da transição toracoabdominal → Trauma abdome (aberto)/penetrante - PAAF: cirurgia – tem maior energia cinética - Arma branca: paciente estável – exploração manual da ferida para ver se atingiu a cavidade Anestesia, lava a ferida e calça luva. - Dúvida: internação hospitalar – procurar peritonite e choque Exame físico seriado Hemograma completo 8/8h – Hb < 3 g/dl ou leucocitose – fazer TC de abdome – cirurgia se lesão - Manobras: - Manobra de Pringle – trauma hepático Clipar ligamento hepatoduodenal – veia porta, artéria hepática porta e via biliar Não parou de sangrar: pensar na veia cava retro-hepática ou veias supra-hepáticas - Manobra d Kocher – liberação do duodeno - Manobra de Cattel – liberação do cólon D - Manobra de mattox – liberação do cólon E Traumatismo cranioencefálico - Lesões específicas - Fraturas da base do crânio - Clínica: Rinorreia Otorreia Hemotímpano Sinal do guaxinim → bilateral – equimose orbital Sinal de Battle → equimose retroauricular - Conduta: Contraindicado: intubação nasotraqueal - Fratura na calota craniana, estável hemodinamicamente, não tem sinais clínicos: cirurgia quando a fratura tiver um diâmetro maior que a espessura da calota. - Concussão x LAD - Concussão: nocaute Jogadores de futebol americano Clínica: perda súbita da consciência de no máximo 6 horas de duração. Conduta: observação Acesso retroperitoneal - LAD: lesão por cisalhamento – lesão dos axônios Clínica: perda súbita de consciência – por mais de 6 horas. Atenção: Glasgow baixo + TC inocente - Hematomas – epidural, subdural, intraparenquimatoso HEMATOMA SUBDURAL HEMATOMA EPIDURAL Local Abaixo da dura mater Acima da dura mater Vaso lesado Veias ponte Artéria meníngea média Fatores de risco Atrofia cortical (idoso, alcoólatra), anticoagulantes Trauma, osso temporal Clínica Progressiva Intervalo lúcido, herniação Tomografia Lua crescente – não tem pressão Biconvexa – pressão Cirurgia Cirurgia descompressiva: desvio da linha média ≥ 5 mm ou 0,5 cm. - Dúvidas comuns: - TC de crânio: Inconsciente > 5 min – amnésia Cefaleia intensa – Glasgow < 15 – déficit focal - Neurocirurgia: Alterações na TC de crânio - UTI e PIC: ECG ≤ 12 | ECG ≤ 8 - Anticonvulsivantes: Prevenir convulsão precoce (15%) – fenitoína - Corticoide (HIC): Não existe indicação. - Alguns termos: - Tríade de Cushing: HAS + bradicardia + bradipneia → hérnia transtentorial - Úlcera de Cushing: úlcera péptica no TCE - Úlcera de Curling: úlcera péptica na queimadura - Úlcera de Marjolin: neoplasia em úlcera crônica - Contusão cerebral: hemorragia + edema + lesão do parênquima 20% hematoma intraparenquimatoso Trauma raquimedular - 5% dos pacientes com lesão cerebral terão lesão raquimedular - 25% dos pacientes com lesão raquimedular terão lesão cerebral - 55% das lesões são na coluna cervical - 10% de chance de ter fratura em outra vertebra - 5% piora dos sintomas após imobilização - Processo inflamatório – edema, isquemia - Erro na imobilização - < 1% lesão cervical pediátrica até 12 anos - Exame físico + imagem + imobilização - Anatomia - Mais superiormente: canal medular mais largo – efeito chicote – lesão parcial da coluna - Mais no meio: o canal é menos largo – qualquer lesão é suficiente para lesionar totalmente. - Dermátomos: C5 – mais alto – deltoide T4 - Mamilo T8 - Apêndice xifoide T10 – Umbigo T12 – púbis S4 e S5 – perianal – se tem contração: lesão parcial - Choque neurogênico e choque medular Choque neurogênico Choque medular Instabilidade hemodinâmica causada por secção de um nervo Lesão da medula espinhal Deficiência da via simpática descendente Flacidez e perda dos reflexos musculares Medula cervical ou torácica superior (Até T6) Após trauma com lesão medular Perda tônus simpático vasomotor e cardíaco Medula totalmente afuncional Hipotensão + bradicardia Duração variável Vasopressor + atropina Atraso no diagnóstico do grau da lesão - Classificação das lesões espinhais - Nível: segmento mais caudal com funções sensorial e motora normais bilateralmente - Gravidade: completo x incompleto | quadriplegia x paraplegia (limiar: vértebra T1) - Síndromes: - Cordão central – acometimento mais evidente nos membros superiores - Cordão anterior – acomete os cordões anteriores da medula, poupando os dorsais. - Brown-séquard – hemissecção medular – lesão em T4 => ipsilateralmente não tem mais função motora e nem sensitiva, e contralateral: perde vibração e temperatura. - Morfologia: fraturas, fraturas com deslocamento, sciwora, penetrantes. - Lesões específicas: - Luxação atlanto-occipital – shaken baby syndrome Encefalopatia aguda + hemorragia subaracnoide + hemorragia retiniana - Fratura do Atlas (C1) – Fratura de Jefferson Mergulhadores de piscina rasa - Subluxação rotatória de C1 Comum em crianças – torcicolo mantido Não tentar retificar a coluna, imobilizar em rotação - Fratura do Axis (C2) Fratura do odontoide – tipo II é o mais comum Hangman – paciente enforcado Hiperextensão cervical - Vértebra mais fraturada: C5 - Vértebra mais subluxadas: C5 – C6 - Fraturas torácicas: Explosão – burst injury – associada a fratura de Jefferson Fratura de chance – chance fracture – lesão do irmão mais novo – vai no meio do carro, só tem cinto de segurança abdominal – associada à lesão do cinto de segurança – duodeno e pâncreas. - Fraturas toracolombares Cuidado com o movimento de Logrolling - Fraturas lombares Cauda equina a partir de L1 - Lesões penetrantes Esfaqueamento e PAF - Lesões vasculares – carótida e vertebral Evitar AVC – angiotomografia de pescoço - Avaliação radiológica - Radiografia lateral – fraturas de processo espinhoso e corpo vertebral - Radiografia em AP – alinhamento da coluna - Radiografia transoral – fratura de C1, C2, C3 e odontoide. - Padrão ouro: tomografia computadorizada multislice com reconstrução sagital e coronal - Conduta 1. Imobilização – colar cervical e coxins lateral e prancha rígida 2. Fluidos intravenosos – controlados, vasopressor + atropina 3. Medicamentos – não tem comprovação cientifica que esteroides tem ação 4. Transferência para o especialista. Trauma pélvico Plexo mais acometido: artéria ilíaca externa e veia ilíaca externa - Trauma de alta energia cinética - Lesão/fratura das estruturas do anel pélvico - Potencial de exsanguinar o paciente - Epidemiologia/etiologia- Principalmente após trauma contuso (8%) - Mortalidade geral 5-30% (1 em cada 6) - Mortalidade – secundária à hemorragia Fratura fechada + hipotensão: 10-42% Fraturas abertas: 50% - compressão anteroposterior e cisalhamento vertical - Lesões associadas - Lesões cerebrais traumáticas 51% - Fratura de ossos longos 48% - Lesões torácicas 20% - Lesão uretral em homens 15% - Trauma esplênico 10% - Trauma hepático e renal 7% cada - Mecanismo de trauma - Compressão AP: 10-15% - Moto/automóvel - Rotação externa da hemipelve - Separação da sínfise púbica - Ruptura do ligamento posterior - Anel pélvico se alarga – fratura em livro aberto - Lesão do plexo venoso posterior e ramos do sistema ilíaco interno - Compressão lateral: 60-70% - Moto/automóvel - Rotação interna da hemipelve - Redução do volume pélvico - Direcionamento do púbis para o sistema gênito-urinário - Cisalhamento vertical: 5-15% - Quedas > 3,6 metros - Grande instabilidade pélvica - Ruptura dos ligamentos: sacroespinhoso, sacrotuberoso - Exame clínico - Escroto (hematoma) – sinal de Destot - Meato uretral (sangue) - Reto (tônus, integridade da mucosa) - Palpação da próstata (não é confiável para excluir lesão uretral) - Evitar sondar este paciente - Uretrocistografia retrógrada – para excluir lesão uretral - Diagnóstico - Compressão lateral na crista ilíaca (suave) Em direção à região média, em direção AP - Palpar a sínfise púbica - Interromper exame se alteração - RX AP – detecta 66-87% - Estáveis: TC de abdome (padrão ouro), RM: populações espaciais – gestantes e crianças - USG FAST – avaliar presença de líquido intraperitoneal Se presente: indica laparotomia Ausente: sangramento retroperitoneal - Contorno distorcido da bexiga indica presença de hematoma pélvico - Manejo do trauma pélvico - Geralmente trauma contuso com TCE associado Evitar hipotensão permissiva - Paciente instável Protocolo de transfusão maciça (1:1:1) - Ácido tranexâmico – desde que o trauma tenha ocorrido em menos de 3 horas. - Estabilização pélvica - Maior volume, menor pressão Maior espaço para o extravasamento de sangue - Principalmente Pacientes instáveis e fraturas em livro aberto - Fixação externa: - Crista ilíaca superior - 6-12 semanas - Redução do volume pélvico - Lesão em reto: realizar colostomia - Angiografia - Indicações precisas ainda são desconhecidas - Preditores de sangramento Idade > 55 anos Ausência de fraturas de ossos longos - Principais tipos associados a hemorragia Diástase da sínfise púbica > 2,5 cm Fratura em borboleta – ramos púbicos Fraturas posteriores – cisalhamento vertical - Exame positivo em 94% dos pacientes > 60 anos 52% dos pacientes < 60 anos - Embolização temporária da A. ilíaca interna (controle de danos) Paciente em vasoconstrição Rede vascular extensa - Packing abdominal - Cirurgia de controle de danos 6 compressas no espaço de Retzius Não violar a cavidade peritoneal – possibilidade de destamponamento - Geralmente após angiografia - Realizar primeiro se o paciente muito instável – realizar angiografia após - O packing + angiografia + fixação externa – são complementares e não concorrentes - Damage control – se necessidade de laparotomia - Fixação externa - Incisão para realização do packing – separada e distinta da incisão mediana O paciente poderá ser encaminhado para arteriografia Síndrome compartimental abdominal - O mais comum é no trauma abdominal contuso Hemorragia Excesso de volume Múltiplas transfusões - Abdome agudo grave - Clínica: Abdome tenso Distensão abdominal Evoluiu no pós-operatorio ou pós-trauma: oliguria, dificuldade de ventilação - Paciente com pressão intrabdominal elevada + disfunção orgânica - Pressão intracraniana elevada, pressão de perfusão diminuída - Isquemia de delgado, translocação de bacteriana - Diminuição do débito urinário, diminuição da taxa de filtração glomerular - Diagnóstico Medida da pressão intravesical - Tratamento Analgesia Sedação Sondas Laparomia descompressiva Trauma – lesão térmica Cálculo da hidratação: Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x % SCQ x peso (kg): • 2 a 4ml/kg/% SCQ para crianças e adultos. Trauma pediátrico Trauma na gestante Choque no trauma - Definição: - Hipotensão, taquicardia, pele fria e úmida → não é a definição, é a clínica. - Baixa perfusão (oxigenação) a nível celular Metabolismo anaeróbio A oferta não supre a demanda - Etiologia: - Hemorrágico – todo choque no trauma é hemorrágico até que se prove o contrário. - Tríade letal do trauma: acidose, Coagulopatia, hipotermia. - Tempo de isquemia que os órgãos conseguem suportar: Coração, cérebro, pulmões = 4 a 6 minutos Rins, fígado, trato gastrointestinal = 45 a 90 minutos Músculos, ossos, pele = 4 a 6 horas - Qual é a causa de choque do paciente? Até que se prove o contrário → hemorrágico - Qual é o tratamento definitivo para o choque? Cessar a hemorragia e oferecer sangue e volume para o paciente. - CHOQUE HEMORRÁGICO - Mais comum no trauma - Perda aguda de sangue - 5-7% do PC é composto de sangue - 70 kg: 3,5-5L de sangue - Sintomas mínimos – Perda de 15% FC, FR, PA – inalteradas Não requer reposição – mecanismos regulatórios são suficientes Focar em cessar a hemorragia - Classe II – Perda de 15 a 30% Queda na PA, aumento discreto de FC e FR Diminuição da pressão de pulso Alterações sutis do SNC Tratamento: geralmente apenas cristaloides. Focar em cessar a hemorragia. - Classe III – Perda de 31-40% Queda na PA, aumento importante de FC e FR. Tratamento: requer sangue e derivados Cessar hemorragia. - Classe IV – Perda > 40% Queda PA importante – pressão de pulso estreita Alterações importantes do SNC Pele fria, pálida e úmida Tratamento: cirurgia imediata, transfusão imediata Cessar hemorragia. - Diagnóstico – clínico Ht/Hb Gasometria com lactato CPK Ureia e creatinina - Manejo inicial – A e B - Estabelecer vias aéreas - Oxigênio suplementar sempre que necessário – manter Sat O2 > 95% - Cânula nasal, máscara não reinalante (FiO2 > 95%) - Manejo inicial – C - Controle hemorrágico -prioridade Sangramentos externos - Acesso venoso adequado Calibroso – jelco 14 – min: 18 Periférico - Avaliação dos pulsos Nível exato da PA é pouco importante Pressão de pulso contém informações significativas Ausência de pulso periférico Pulso central fraco, rápido Mortalidade 15 x maior - ¼ - 1/3 de cristaloide permanece no sangue Após 30-60 minutos de infusão - Evitar excesso de hidratação – edema tissular - Coloides – não tem indicação. - Ringer lactato melhor – aquecer a 39º - Manejo inicial – D e E - Realizar exame neurológico sumário - Repetir o exame após a reanimação volêmica - Procurar outras lesões - Prevenir hipotermia ao final do procedimento - Transfusão maciça - 100% da volemia ou >10 CH - 50% da volemia em 03 horas - 04 unidades em 01 hora 1:1:1 (1 concentrado de hemácias + 1 plasma fresco congelado + 1 plaquetas) - Oferecer cálcio apenas se deficiência. - Torniquete - Sangramento não controlado sob pressão Pode ser usado um 2º torniquete Manter o sítio descoberto 120-150 minutos É preferível salvar a vida do paciente do que o membro. - Ácido tranexâmico - Análogo sintético da lisina - Adesão ao plasminogênio - Dose (até 3h do trauma) Ataque: 1g EV Manter 1g 8/8h 4 ampolas em 250 mL - CHOQUE NEUROGÊNICO - Choque secundário a perda do tônus vasomotor - Perda do tônus simpático – aumento da capacitância vascular Diminuição do retorno venosoDiminuição do débito cardíaco - Secundário a trauma cervical ou torácico alto Fratura da cervical, hematoma epidural, trauma penetrante - Resultado: Hipotensão Bradicardia ou FC normal/basal Extremidades quentes - Tratamento: Maioria responde apenas à reposição da volemia Considerar vasoconstritores Após exclusão da hipovolemia Ausência de melhora pós-expansão volêmica Opções de vasoconstritores Dopamina, fenilefrina, noradrenalina Uso geralmente necessário até 24-48h Atropina – 0,5mg-1,0mg – bradicardia - CHOQUE CARDIOGENICO intrínseco - Lesão muscular - Lesão valvar – sopro - CHOQUE CARDIOGENICO extrínseco - Pneumotórax hipertensivo - Hipertimpanismo e diminuição do murmúrio vesicular - Tamponamento cardíaco - acumulo de sangue no pericárdio Bulhas hipofoneticas, estase jugular, hipotensão – tríade de Beck
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