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– Sara Monteiro de Moura − Objetivo da anestesia: suprimir 3 funções orgânicas do nosso sistema ✓ Consciência ✓ Dor ✓ Movimentos − Tipos de drogas: ▪ Hipnóticas e amnésicas → produzem inconsciência total durante o ato operatório ▪ Analgésicas → bloqueio total da percepção da dor e atenuação da resposta autonômica ao estimulo álgico ▪ Bloqueador muscular → promovem relaxamento dos músculos − Dependendo da dose, o anestésico inalatório vai produzir inconsciência, analgesia e o relaxamento muscular ▪ Em doses muito altas, os efeitos e reações adversas são mais exacerbados e podem estar mais presentes → repercussões hemodinâmicas e cardiovasculares − Mecanismo de ação: ativação da neurotransmissão GABAérgica (GABA-a) • − Prós: É a droga mais potente ▪ Broncodilatador → ajuda na ventilação do paciente (asmático, DPOCítico) − Contras: Efeito cardiovascular grave ▪ Aumenta o consumo de oxigênio do coração, fazendo depressão do miocárdio e sensibilização do miocárdio às catecolaminas, que estão elevadas devido à REMIT ▪ Pode causar efeitos arritmogênicos ▪ Provinha gosta de cobrar: Pode fazer hepatite fulminante no pós-operatório • − Criado a partir da modificação de moléculas do halotano − Prós: potente ▪ Produz menos sensibilidade cardíaca às catecolaminas − Contras: pode levar à disfunção renal por acumulo de flúor → evitar usar em pacientes com disfunção renal, em dialise peritoneal ou hemodiálise e em diabéticos ▪ Predispõe à convulsão → contra-indicado para pacientes com epilepsia • − É um dos mais usados − Prós: possui ainda menos efeitos cardíacos ▪ Mais custo-efetiva − Contras: pode fazer taquicardia ▪ Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral → pode aumentar a PIC (evitar usar em pacientes com TCE) ▪ Odor desagradável → impede a indução inalatória pura • − Prós: possui indução e despertar rápidos → boa para se utilizar em situações de emergência ▪ Produz menor sonolência e náuseas ▪ Odor agradável para inalar → ótima droga utilizada para crianças na indução anestésica ▪ Broncodilatadora → Usada em asma e pacientes com via aérea difícil ▪ Possui raro risco de toxicidade renal • − Ação rápida e curta − É o mais volátil dos anestésicos inalatórios − Tem odor irritante − Aumenta consumo cardíaco por taquicardia e pode causar hipertensão − Quando exposto à cal sodada ou baritada (absorvente seco de CO2) são parcialmente convertidos em monóxido de carbono, produzindo mais CO2 que halotano e sevoflurano Via aérea difícil: ao utilizar a droga, o paciente tem uma indução rápida e também acorda mais rápido Se não consegui intubar o paciente, ele poderá ser oxigenado até que alguém consiga intubá-lo ANESTÉSICO PRÓS CONTRAS Halotano Potente Broncodilatador Efeito cardiovascular grave Hepatite fulminante no pós-operatório Enflurano Potente Menos efeitos cardíacos Pode levar à disfunção renal Predispõe à convulsão Isoflurano* Produz ainda menos efeitos cardíacos Mais custo-efetiva Pode fazer taquicardia Pode aumentar a pic Odor desagradável Sevoflurano* Iniciação e despertar rápidos Produz menor sonolência e náuseas Odor agradável Broncodilatadora Alto risco de toxicidade renal Desflurano Ação rápida e curta Odor irritante Aumenta consumo cardíaco e pode causar hipertensão − Isoflurano e Sevoflurano são os mais utilizados na prática diária − O anestésico venoso, quando associado ao anestésico inalatório oferece uma analgesia geral de baixo risco − Na pratica, utiliza-se o anestésico inalatório em doses baixas, associados a anestésicos venosos em doses baixas, com o objetivo de diminuir os efeitos adversos de cada um • − Medicamento da classe dos barbitúricos, não muito usado mais hoje em dia − Potente efeito HIPNÓTICO e SEDATIVO − Provoca depressão do miocárdio, do pulmão e pode levar à hipotensão ▪ Evitar usar em: coronariopatas, pacientes com insuficiência cardíaca, DPOCítco e asmático (pode piorar a troca gasosa, levar a broncoespasmo), hipotensos e choque hipovolêmico hemorrágico (pode piorar a hemodinâmica do paciente) • * − Dose: 1 a 2mg/kg − Único com função HIPNÓTICA e ANALGESICA ▪ Muito utilizado na pediatria, CTI de criança, grande queimado → diminui o limiar de dor do paciente − Pode ser feita tanto venosa como intramuscular e possui efeito rápido (30s a 1min) ▪ Por isso, é muito utilizada para surtos psicóticos (melhor opção que haldol, fernegam e midazolam) − Única droga indutora da anestesia que eleva pressão arterial e frequência cardíaca ▪ Boa para intubação de pacientes hemodinamicamente instáveis (hemorragia que o paciente evolui para insuficiência respiratória por hipovolemia, paciente DPOCítico infectado, choque séptico → pacientes em HIPOTENSÃO) − EVITAR em pacientes com coronariopatias → HAS e aumento da FC (pode levar a IAM) − Broncodilatadora → bom uso em asmáticos − Pode ocorrer delirium na recuperação anestésica • − Dose: 1 a 2mg/kg − Composto por alquifenólico − Estimula os receptores GABA-A − Possui efeito HIPNÓTICO-AMNÉSICO e ANTIEMÉTICO − Indução anestésica possuindo inicio e termino de ação muito rápidos ▪ Boa para procedimentos curtos − Broncodilatador → bem tolerado por asmáticos e DPOCíticos e reduz resistência da via aérea em fumantes − Pode fazer depressão miocárdica, hipotensão e hipertrigliceridemia ▪ Provinha gosta de cobrar: pancreatite por hipertrigliceridemia como efeito do propofol • * − Dose: 0,1 a 0,3mg/kg − Mecanismo de ação: ativação dos receptores GABA-A − Possui efeito HIPNÓTICO − Anestésico de ação rápida − Ótima droga para pacientes com doenças cardiovasculares → produz poucas alterações hemodinâmicas − Não provoca depressão respiratória − Provoca dor na infusão → na maioria dos pacientes que vai fazer a via aérea avançada, boa parte vai estar inconsciente (a dor passa despercebida) − Provinha gosta de cobrar: existem alguns efeitos adversos de insuficiência de suprarrenal • * − Dose: 0,15 a 0,3mg/kg − É da classe dos nemzodiazepínicos − Usado como pré-anestésico em pacientes ansiosos e na própria indução da anestesia − Possui efeito ANSIOLÍTICO e AMNÉSICO (provoca amnésia retrógrada) − Ação rápida → utilizado em cirurgias curtas (sedação para retirar cateter duplo J, endoscopia digestiva, colonoscopia) − Possui efeitos cardiovasculares → tende a fazer um pouco de hipotensão ▪ Pode ser utilizada em pacientes instáveis hemodinamicamente • * − O fentanil é o opioide mais utilizado − É muito utilizado para sedação na intubação ▪ Na emergência utiliza-se muito o fentanil associado ao midazolam para manutenção da sedação continua − Mecanismo de ação: os opioides estimulam os receptores Mi na medula, no tronco encefálico e cérebro − Seu efeito é ANALGÉSICO ▪ Não há efeito hipnótico-sedativo e causa depressão mínima do miocárdio nas doses analgésicas − Em doses muito altas (10 a 20x a dose analgésica), podem funcionar como anestésicos completos ▪ Por isso, em certas situações pode ser utilizado como único anestésico → cirurgias cardíacas (devido a depressão mínima do miocárdio) − O fentanil e os opioides atenuam a resposta adrenérgica (hipertensão e taquicardia na IOT e incisão) − Fentanil é 100 a 150 vezes mais potente que a morfina como analgésico, e é utilizada na manutenção da anestesia − Usado em associação com anestésico inalatório para reduzir a dose − Usado em associação a anestésicos locais em bloqueios espinhais − Desvantagem: pode fazer depressão respiratória ▪ Quando utilizada para via aérea avançada não há maiores problemas • * − São fundamentais na anestesia geral pois levam ao relaxamento muscular profundo ▪ Relaxam a musculaturada laringe para intubação orotraqueal (IOT) − Mecanismo de ação: atuam na junção neuromuscular − Existem duas categorias: ✓ Agentes despolarizantes (succinilcolina/quelicim) ✓ Agentes polarizantes (pancurônio, vecurônio, atacúrio) − Agentes despolarizantes (não competitivo): ▪ Succinilcolina (quelicim)* ▪ Dose: 1 a 1,5mg/kg Geralmente no adulto sempre se usa a dose máxima → quanto mais relaxado estiver o paciente, melhor ▪ Mecanismo de ação: se ligam nos receptores pós- sinápticos da acetilcolina, exercendo efeito agonista dos receptores colinérgicos da placa motora ▪ Ocorre miofasciculação seguida de relaxamento profundo ▪ Vantagem: inicio e término de ação são muito rápidos (em torno de 5min) Muito utilizada na IOT → quando a via aérea não consegue ser acessada, o médico deve permanecer ventilando o paciente até ele voltar a respirar ▪ Desvantagem: pode fazer hipercalemia, bradicardia e hipertermia maligna (provinha gosta de cobrar) Por isso, geralmente é utilizado nos cenários de emergência, em outros cenários opta-se pelos agentes não despolarizantes Para manutenção as doses de quelicim devem ser muito altas, e os efeitos adversos são muito grandes, por isso não se usa − Agentes não despolarizantes (competitivos): ▪ Mecanismo de ação: atua como inibidor competitivo dos receptores de acetilcolina na placa motora ▪ Possui maior tempo de ação É o bloqueador neuromuscular considerado para MANUTENÇÃO de anestesia ▪ Para reversão os efeitos desse bloqueador na extubação é usado um anticolinesterásico Neostigmine ou piridostigmine associado à atropina ▪ Dose: pancurônio (0,08 a 0,12mg/kg), vecurônio (0,1 a 0,2mg/dl) ▪ É um bloqueador mais utilizado em cenário de cirurgias eletivas Por ter um tempo de ação maior, é necessário suporte ventilatório até que o efeito esteja completo Em situações de emergência pode ocorrer broncoaspiração durante a ventilação do paciente enquanto espera o efeito do bloqueador, se o paciente não estiver em jejum ANESTÉSICO DOSE EFEITO VANTAGENS USO ATENÇÃO Quetamina 1 a 2mg/kg Hipnotico e analgésico - Ação rápida - Eleva PA - Broncodilatadora - Muito usado na pediatria - Grande queimado - Surtos psicóticos - Pacientes hemodinâmica- mente instáveis (hipotensos) - DPOCíticos e asmáticos - Evitar uso em coronariopatas e hipertensos – risco de IAM Etomidato 0,1 a 0,3mg/kg Hipnótico - Poucas alterações hemodinâmicas - Não provoca depressão respiratória - Boa droga para pacientes com doenças cardiovascu- lares - Pode provocas efeitos adversos na suprarrenal Midazolam 0,15 a 0,3mg/kg Ansiolítico e amnésico - Ação rápida - Poucos efeitos cardiovasculares - Pode ser usado para procedimentos rápidos - Pode fazer um pouco de hipotensão Fentanil 1 a 3mcg/kg Analgésico - Depressão mínima do miocárdio - Atenuação da resposta adrenérgica - Intubação orotraqueal - Otimização da pré- intubação - Manutenção da sedação + midazolam - Pode causar hipotensão - Pode fazer depressão respiratória Quelicim 1 a 1,5mg/kg Bloqueio neuromuscular - Início e término de ação muito rápidos - Muito utilizado na IOT de emergência - Pode fazer hipercale- mia, bradicardia e hipertermia maligna − Induzem a perda de função sensorial, motora e autonômica − Mecanismo de ação: inativação dos canais de sódio da membrana neuronal − São divididos em duas classes: ✓ Aminoamidas – lidocaína*, prilocaína, bupivacaína* e ropivacaína* ✓ Aminoestéres – clorprocaína, procaína e tetracaína − Bubivacaína e Ropivacaína possuem tempo de ação maior que a lidocaína, e a lidocaína começa mais rápido − Utilização: a lidocaína é usada na maioria dos pequenos procedimentos ambulatoriais ▪ Bloqueios de nervos periféricos ou plexos nervosos ▪ Bloqueios para peridural e raquianestesia − Adrenalina + anestésico local: alguns fármacos fazem a associação da adrenalina com dois objetivos: ✓ Reduzir a irrigação sanguínea do local ✓ Prolongar o bloqueio neural ▪ A adrenalina vai produzir vasoconstrição nos vasos locais, diminuindo a irrigação → promove uma irrigação mais lenta, prolongando o bloqueio ▪ Contraindicação da adrenalina: suturas em locais de circulação terminal Pode causar necrose de extremidades (orelha, nariz, dedos, pênis) − Doses: − Intoxicação: ocorre por injeção inadvertida de um anestésico dentro de um vaso sanguíneo ▪ Antes de fazer a anestesia, sempre devemos aspirar o local onde está injetando → se vier sangue, mudar o local da aplicação ▪ Se o anestésico for aplicado diretamente dentro do vasovai ocorrer uma reação sistêmica muito rápido e o paciente pode se intoxicar ▪ Pode gerar sintomas neurológios, cardiovasculares e respiratórios ✓ Neurológicos – parestesia de língua/lábios Gosto metálico Cefaleia Tinido Turvação visual Sonolência Convulsão tonicodônica ✓ Cardiovasculares – hipotensão Taquicardia ventricular/Fibrilação atrial Bloqueio AV Parada cardíaca ✓ Respiratórios – apneia − Qualquer paciente que está evoluindo para insuficiência respiratória precisa ser intubado ▪ Paciente em traumas, DPOC infectado, choque séptico, asma grave, edema agudo de pulmão, hipoxemia, etc. − Para isso é necessário usar drogas qye possuem características de efeito de ação rápido para acessar a via o mais rápido possível em situação de emergência ▪ Na emergência, a ventilação pode causar broncoaspiração no paciente, levando a uma pneumonia aspirativa − Na intubação assistida por drogas, é necessário utilizar um analgésico, um hipnótico e um bloqueador neuromuscular ✓ Analgésico: fentanil ✓ Hipnóticos: quetamina, etomidato e midazolam ✓ BNM: quelicim ▪ A escolha de cada um vai de acordo com paciente e seu estado Ex.: paciente em choque (hipotenso) – fentanil, quetamina (aumenta PA) e quelicim − Manutenção da sedação → geralmente se faz na bomba de infusão continua com fentanil e midazolam − O bloqueio de neuroeixo é o uso de anestésico local (com ou sem adição de algum opioide – morfina, fentanil) em espaços anatômicos da coluna vertebral − Raquianestesia → anestésico no espaço subaracnóide − Anestesia peridural → anestésico no espaço epidural • − Indicada para cirurgias no andar inferior do abdômen Ex.: hérnia, hidrocele, histerectomia, cirurgias ortopédicas de MMII, etc. − O anestésico é injetado no espaço subaracnoide pela punção lombar, normalmente na altura L3/L4 ou L4/L5 − Essa anestesia vai promover a perda sensitiva e motora abaixo do bloqueio − Contraindicações: coagulopatia – se furar o espaço subaracnoide do paciente e ele tiver uma coagulopatia, pode fazer uma compressão medular ou hemorragia subaracnoide ▪ Elevação da PIC (hidrocefalia, TCE) ▪ Infecção do sitio de punção ▪ Hipovolemia grave – quando faz o bloqueio do neuroeixo há uma vasodilatação periférica do paciente, podendo fazer hipotensão ▪ Sepse e anticoagulação terapêutica – riscos de coagulopatia − Vantagens: evita a manipulação das vias aéreas e consequentes complicações da intubação ▪ Mantém a consciência do paciente ▪ Apresenta menor incidência de delirium e confusão mental − Complicações: hipotensão ▪ Bradicardia ▪ Cefaleia pós punção ▪ Dor lombar ▪ Retenção urinaria ▪ Parada cardiorrespiratória por extensão cefálica do anestésico local − A raquianestesia deve ser feita de uma vez só, com a quantidade de anestésico necessária para analgesia durante todo o procedimento • − A injeção do anestésico é no espaço epidural, através de um cateter ▪ O anestesista pode utilizar os medicamentos através desse cateter de forma mais controlada e repetida, permitindo bloqueios prolongados −Permite analgesia no pós-operatório ▪ O anestesista, 12h após a cirurgia, em caso de desconforto álgico do paciente, pode aplicar injetar através do cateter feito na anestesia peridural mais um pouco de anestésico, para o controle dessa dor ▪ Esse controle da dor permite a deambulação precoce do paciente ▪ O ideal é que 12h após o ato cirurgico o paciente esteja deambulando, a fim de evitar a TVP e outras complicações − As contraindicações são as mesmas da raquianestesia − A peridural pode ser replicada duramte a cirurgia devido a presença do cateter • − São realizados em cirurgias ortopédicas das extremidades − A injeção do anestésico é realizada nos nervos ou plexos que nutrem a região a ser operada − Melhor resposta metabólica ao estresse cirúrgico − Permitem implantes de cateteres para controle analgésico no pós operatório − A visita pré anestésica é indicada em toda cirurgia para exame clinico e esclarecimentos ▪ É importante saber quais os remédios que o paciente usa, quais doenças ele tem, qual a melhor estratégia anestésica a ser usada, etc. − Tem como objetivo identificar condições que dificultam ventilação sob mascara facial e intubação orotraqueal − O anestesista deve avaliar: abertura da boca ✓ Distancia entre o esterno e o mento ✓ Mobilidade do pescoço ✓ Tamanho da língua − Pacientes com estigma de via aérea difícil: ✓ Homens com barba ✓ Pescoço curto ✓ Paciente obeso ✓ Língua muito larga ✓ Paciente com artrose na coluna (dificuldade de fazer flexão e extensão da coluna cervical ✓ Paciente que por si só não consegue fazer bem uma abertura da boca ✓ Prognatas e retrognatas ✓ Paciente com colar cervical, sangue ou corpo estranho na via aérea, edema de pescoço − O objetivo dessa entrevista é prever problemas e tentar amenizá-los − São feitas a classificação de Mallampati e classificação de ASA • − O anestesista coloca o paciente sentado e o pescoço em posição neutra e pede para abrir a boca o máximo e executar protusao da língua − Avalia-se as estruturas da boca e da faringe que são evidentes − Quanto maior a classificação do Mallampati, pior é a possibilidade de intubação de via aérea (via aérea difícil) − Mallampati 1: estão visíveis as fauces, os pilares amigdalianos, base e ápice da úvula, palato mole e palato duro − Mallampati 2: não se vê as fauces, os pilares amigdalianos e o ápice da úvula. ▪ Vemos a base da úvula, palato mole e palato duro − Mallampati 3: só se vê o início da base da úvula, palato mole e palato duro − Mallampati 4: só se vê o palato duro • − Objetivo: evitar broncoaspiração durante a anestesia − Recomendação: mínimo de 2h para líquidos claros (são aqueles que conseguimos enxergar através deles e não possuem materal particulado – suco sem polpa, bebidas isotônicas, agua, chá) ▪ 6 a 8 horas para líquidos não claros e sólidos ▪ 4h para leite materno ▪ 6h para formulas pediátricas para lactentes − Hoje em dia, quanto menos deixar o paciente de jejum, melhor para ele ▪ Fast track surgery → antes da cirurgia faz-se infusão de glicose ▪ Quanto menos tempo de jejum, menor é a resposta metabólica ao trauma (REMIT) do paciente • − Parâmetros obrigatórios a serem avaliados em qualquer ato cirurgico: ✓ Ventilação ✓ Oxigenação ✓ Circulação ✓ Temperatura − Pressão arterial: Na maioria das vezes utiliza-se métodos não invasivos ▪ O esfigmo acoplado a um monitor multiparametro ▪ Algumas vezes é necessário medida invasiva da PA por punção de alguma artéria − Eletrocardiografia contínua: avaliar as possibilidades de arritmias no intraoperatório ▪ IAM, arritmias podem alterar evolução pós- operatória − Ventilação: checar a expansibilidade torácica e ausculta respiratória ▪ Checar nível de CO2 ao termino da respiração − Oxigenação: inclui o valor de fração de oxigênio inspirada (FiO2) ▪ Saturação de hemoglobina (SpO2) ▪ Gasometria arterial − Temperatura: a o ideal é sempre a temperatura central (esôfago, membrana timpânica, bexiga, reto) ▪ Tríade letal: hipotermia, coagulopatia e acidose Se o paciente ficar hipotérmico, pode fazer acidose e coagulopatia, gerando grnades complicações na cirurgia − HIPERTERMIA MALIGNA (prova ama): é considerada uma síndrome farmacogenética, autossômica dominante que ocorre durante a anestesia ou na sala de recuperação anestésica ▪ É deflagrada pelo uso de bloqueadores neuromusculares despolarizantes (ex.: quelicim) e alguns agentes inalatórios ▪ Ocorre uma saíde excessiva de clacio do reticulo sarcoplasmático para o citoplasma do musculo ▪ Resulta em uma contração muscular incessante aumentando o metabolismo muscular gerando calor e uma serie de distúrbios metabólicos ▪ Pode gerar acidose metabólica, alguns pacientes podem chegar até fazer rabdomiólise e levar à insuficiência renal ▪ As manifestações clinicas tem inicio nos primeiros 30min de cirurgia e podem ocorrer em até 24h d pós operatório ▪ Quadro clínico: taquicardia, febre alta, acidose Rigidez muscular intensa Incapacidade de abrir a boca (sinal patognomônico) Taquipneia, flush cutâneo ▪ Gasometria: acidose metabólica Hipoxemia Hipercapnia ▪ Tratamento: Suporte Avançado de Vida Interromper o agente anestésico deflagrador Hiperventilar o paciente, para evitar a hipoxemia, com O2 a 100% Administrar anestesia alternativa Interromper a cirurgia assim que possível Administrar Dantrolene → antagonista de cálcio Uso de cobertores térmicos e compressas com gelo e líquidos frios → evitar o aumento do metabolismo pela alta temperatura e evitar rabdomiólise Tratar acidose com bicarbonato Controlar as arritmias com beta-bloqueadores e lidocaína Promover debito urinário elevado (utilizar furosemida ou manitol) na prevenção de necrose tubular aguda por mioglobinúria Infusão de insulina e de glicose para controlar a hipercalemia que o paciente pode ter devido às lises musculares Monitorizar o eletrólitos em função de outros gases arteriais
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