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Princípios de Anestesia

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–
Sara Monteiro de Moura 
 
− Objetivo da anestesia: suprimir 3 funções 
orgânicas do nosso sistema 
✓ Consciência 
✓ Dor 
✓ Movimentos 
− Tipos de drogas: 
▪ Hipnóticas e amnésicas → produzem 
inconsciência total durante o ato operatório 
▪ Analgésicas → bloqueio total da percepção da dor 
e atenuação da resposta autonômica ao estimulo 
álgico 
▪ Bloqueador muscular → promovem relaxamento 
dos músculos 
 
− Dependendo da dose, o anestésico inalatório vai 
produzir inconsciência, analgesia e o relaxamento 
muscular 
▪ Em doses muito altas, os efeitos e reações 
adversas são mais exacerbados e podem estar 
mais presentes → repercussões hemodinâmicas e 
cardiovasculares 
− Mecanismo de ação: ativação da 
neurotransmissão GABAérgica (GABA-a) 
• 
− Prós: É a droga mais potente 
▪ Broncodilatador → ajuda na ventilação do 
paciente (asmático, DPOCítico) 
− Contras: Efeito cardiovascular grave 
▪ Aumenta o consumo de oxigênio do coração, 
fazendo depressão do miocárdio e sensibilização 
do miocárdio às catecolaminas, que estão 
elevadas devido à REMIT 
▪ Pode causar efeitos arritmogênicos 
▪ Provinha gosta de cobrar: Pode fazer hepatite 
fulminante no pós-operatório 
• 
− Criado a partir da modificação de moléculas do 
halotano 
− Prós: potente 
▪ Produz menos sensibilidade cardíaca às 
catecolaminas 
− Contras: pode levar à disfunção renal por acumulo 
de flúor → evitar usar em pacientes com disfunção 
renal, em dialise peritoneal ou hemodiálise e em 
diabéticos 
▪ Predispõe à convulsão → contra-indicado para 
pacientes com epilepsia 
• 
− É um dos mais usados 
− Prós: possui ainda menos efeitos cardíacos 
▪ Mais custo-efetiva 
− Contras: pode fazer taquicardia 
▪ Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral → pode 
aumentar a PIC (evitar usar em pacientes com 
TCE) 
▪ Odor desagradável → impede a indução inalatória 
pura 
• 
− Prós: possui indução e despertar rápidos → boa 
para se utilizar em situações de emergência 
▪ Produz menor sonolência e náuseas 
▪ Odor agradável para inalar → ótima droga 
utilizada para crianças na indução anestésica 
▪ Broncodilatadora → Usada em asma e pacientes 
com via aérea difícil 
▪ Possui raro risco de toxicidade renal 
• 
− Ação rápida e curta 
− É o mais volátil dos anestésicos inalatórios 
− Tem odor irritante 
− Aumenta consumo cardíaco por taquicardia e pode 
causar hipertensão 
− Quando exposto à cal sodada ou baritada 
(absorvente seco de CO2) são parcialmente 
convertidos em monóxido de carbono, produzindo 
mais CO2 que halotano e sevoflurano 
 Via aérea difícil: ao utilizar a droga, o paciente tem uma 
indução rápida e também acorda mais rápido 
 Se não consegui intubar o paciente, ele poderá ser 
oxigenado até que alguém consiga intubá-lo 
ANESTÉSICO PRÓS CONTRAS 
Halotano Potente 
Broncodilatador 
Efeito cardiovascular 
grave 
Hepatite fulminante no 
pós-operatório 
Enflurano Potente 
Menos efeitos 
cardíacos 
Pode levar à disfunção 
renal 
Predispõe à convulsão 
Isoflurano* Produz ainda menos 
efeitos cardíacos 
Mais custo-efetiva 
Pode fazer taquicardia 
Pode aumentar a pic 
Odor desagradável 
Sevoflurano* Iniciação e despertar 
rápidos 
Produz menor 
sonolência e náuseas 
Odor agradável 
Broncodilatadora 
Alto risco de toxicidade 
renal 
Desflurano Ação rápida e curta 
 
Odor irritante 
Aumenta consumo 
cardíaco e pode causar 
hipertensão 
− Isoflurano e Sevoflurano são os mais utilizados na 
prática diária 
 
− O anestésico venoso, quando associado ao 
anestésico inalatório oferece uma analgesia geral 
de baixo risco 
− Na pratica, utiliza-se o anestésico inalatório em 
doses baixas, associados a anestésicos venosos em 
doses baixas, com o objetivo de diminuir os efeitos 
adversos de cada um 
• 
− Medicamento da classe dos barbitúricos, não 
muito usado mais hoje em dia 
− Potente efeito HIPNÓTICO e SEDATIVO 
− Provoca depressão do miocárdio, do pulmão e 
pode levar à hipotensão 
▪ Evitar usar em: coronariopatas, pacientes com 
insuficiência cardíaca, DPOCítco e asmático (pode 
piorar a troca gasosa, levar a broncoespasmo), 
hipotensos e choque hipovolêmico hemorrágico 
(pode piorar a hemodinâmica do paciente) 
• *
− Dose: 1 a 2mg/kg 
− Único com função HIPNÓTICA e ANALGESICA 
▪ Muito utilizado na pediatria, CTI de criança, 
grande queimado → diminui o limiar de dor do 
paciente 
− Pode ser feita tanto venosa como intramuscular e 
possui efeito rápido (30s a 1min) 
▪ Por isso, é muito utilizada para surtos psicóticos 
(melhor opção que haldol, fernegam e midazolam) 
− Única droga indutora da anestesia que eleva 
pressão arterial e frequência cardíaca 
▪ Boa para intubação de pacientes 
hemodinamicamente instáveis (hemorragia que o 
paciente evolui para insuficiência respiratória por 
hipovolemia, paciente DPOCítico infectado, 
choque séptico → pacientes em HIPOTENSÃO) 
− EVITAR em pacientes com coronariopatias → HAS 
e aumento da FC (pode levar a IAM) 
− Broncodilatadora → bom uso em asmáticos 
− Pode ocorrer delirium na recuperação anestésica 
• 
− Dose: 1 a 2mg/kg 
− Composto por alquifenólico 
− Estimula os receptores GABA-A 
− Possui efeito HIPNÓTICO-AMNÉSICO e 
ANTIEMÉTICO 
− Indução anestésica possuindo inicio e termino de 
ação muito rápidos 
▪ Boa para procedimentos curtos 
− Broncodilatador → bem tolerado por asmáticos e 
DPOCíticos e reduz resistência da via aérea em 
fumantes 
− Pode fazer depressão miocárdica, hipotensão e 
hipertrigliceridemia 
▪ Provinha gosta de cobrar: pancreatite por 
hipertrigliceridemia como efeito do propofol 
• *
− Dose: 0,1 a 0,3mg/kg 
− Mecanismo de ação: ativação dos receptores 
GABA-A 
− Possui efeito HIPNÓTICO 
− Anestésico de ação rápida 
− Ótima droga para pacientes com doenças 
cardiovasculares → produz poucas alterações 
hemodinâmicas 
− Não provoca depressão respiratória 
− Provoca dor na infusão → na maioria dos pacientes 
que vai fazer a via aérea avançada, boa parte vai 
estar inconsciente (a dor passa despercebida) 
− Provinha gosta de cobrar: existem alguns efeitos 
adversos de insuficiência de suprarrenal 
• *
− Dose: 0,15 a 0,3mg/kg 
− É da classe dos nemzodiazepínicos 
− Usado como pré-anestésico em pacientes ansiosos 
e na própria indução da anestesia 
− Possui efeito ANSIOLÍTICO e AMNÉSICO (provoca 
amnésia retrógrada) 
− Ação rápida → utilizado em cirurgias curtas 
(sedação para retirar cateter duplo J, endoscopia 
digestiva, colonoscopia) 
− Possui efeitos cardiovasculares → tende a fazer um 
pouco de hipotensão 
▪ Pode ser utilizada em pacientes instáveis 
hemodinamicamente 
• 
*
− O fentanil é o opioide mais utilizado 
− É muito utilizado para sedação na intubação 
▪ Na emergência utiliza-se muito o fentanil 
associado ao midazolam para manutenção da 
sedação continua 
− Mecanismo de ação: os opioides estimulam os 
receptores Mi na medula, no tronco encefálico e 
cérebro 
− Seu efeito é ANALGÉSICO 
▪ Não há efeito hipnótico-sedativo e causa 
depressão mínima do miocárdio nas doses 
analgésicas 
− Em doses muito altas (10 a 20x a dose analgésica), 
podem funcionar como anestésicos completos 
▪ Por isso, em certas situações pode ser utilizado 
como único anestésico → cirurgias cardíacas 
(devido a depressão mínima do miocárdio) 
− O fentanil e os opioides atenuam a resposta 
adrenérgica (hipertensão e taquicardia na IOT e 
incisão) 
− Fentanil é 100 a 150 vezes mais potente que a 
morfina como analgésico, e é utilizada na 
manutenção da anestesia 
− Usado em associação com anestésico inalatório 
para reduzir a dose 
− Usado em associação a anestésicos locais em 
bloqueios espinhais 
− Desvantagem: pode fazer depressão respiratória 
▪ Quando utilizada para via aérea avançada não há 
maiores problemas 
• *
− São fundamentais na anestesia geral pois levam ao 
relaxamento muscular profundo 
▪ Relaxam a musculaturada laringe para intubação 
orotraqueal (IOT) 
− Mecanismo de ação: atuam na junção 
neuromuscular 
− Existem duas categorias: 
✓ Agentes despolarizantes (succinilcolina/quelicim) 
✓ Agentes polarizantes (pancurônio, vecurônio, 
atacúrio) 
− Agentes despolarizantes (não competitivo): 
▪ Succinilcolina (quelicim)* 
▪ Dose: 1 a 1,5mg/kg 
 Geralmente no adulto sempre se usa a dose 
máxima → quanto mais relaxado estiver o 
paciente, melhor 
▪ Mecanismo de ação: se ligam nos receptores pós-
sinápticos da acetilcolina, exercendo efeito 
agonista dos receptores colinérgicos da placa 
motora 
▪ Ocorre miofasciculação seguida de relaxamento 
profundo 
▪ Vantagem: inicio e término de ação são muito 
rápidos (em torno de 5min) 
 Muito utilizada na IOT → quando a via aérea não 
consegue ser acessada, o médico deve 
permanecer ventilando o paciente até ele voltar 
a respirar 
▪ Desvantagem: pode fazer hipercalemia, 
bradicardia e hipertermia maligna (provinha gosta 
de cobrar) 
 Por isso, geralmente é utilizado nos cenários de 
emergência, em outros cenários opta-se pelos 
agentes não despolarizantes 
 Para manutenção as doses de quelicim devem 
ser muito altas, e os efeitos adversos são muito 
grandes, por isso não se usa 
− Agentes não despolarizantes (competitivos): 
▪ Mecanismo de ação: atua como inibidor 
competitivo dos receptores de acetilcolina na 
placa motora 
▪ Possui maior tempo de ação 
 É o bloqueador neuromuscular considerado para 
MANUTENÇÃO de anestesia 
▪ Para reversão os efeitos desse bloqueador na 
extubação é usado um anticolinesterásico 
 Neostigmine ou piridostigmine associado à 
atropina 
▪ Dose: pancurônio (0,08 a 0,12mg/kg), vecurônio 
(0,1 a 0,2mg/dl) 
▪ É um bloqueador mais utilizado em cenário de 
cirurgias eletivas 
 Por ter um tempo de ação maior, é necessário 
suporte ventilatório até que o efeito esteja 
completo 
 Em situações de emergência pode ocorrer 
broncoaspiração durante a ventilação do 
paciente enquanto espera o efeito do 
bloqueador, se o paciente não estiver em jejum 
 
 
 
 
 
ANESTÉSICO DOSE EFEITO VANTAGENS USO ATENÇÃO 
Quetamina 1 a 2mg/kg Hipnotico e 
analgésico 
- Ação rápida 
- Eleva PA 
- Broncodilatadora 
 
- Muito usado na pediatria 
- Grande queimado 
- Surtos psicóticos 
- Pacientes hemodinâmica-
mente instáveis 
(hipotensos) 
- DPOCíticos e asmáticos 
- Evitar uso em 
coronariopatas e 
hipertensos – risco de 
IAM 
 
Etomidato 0,1 a 0,3mg/kg Hipnótico - Poucas alterações 
hemodinâmicas 
- Não provoca 
depressão 
respiratória 
- Boa droga para pacientes 
com doenças cardiovascu-
lares 
- Pode provocas efeitos 
adversos na suprarrenal 
Midazolam 0,15 a 0,3mg/kg Ansiolítico e 
amnésico 
- Ação rápida 
- Poucos efeitos 
cardiovasculares 
- Pode ser usado para 
procedimentos rápidos 
- Pode fazer um pouco de 
hipotensão 
Fentanil 1 a 3mcg/kg Analgésico - Depressão mínima 
do miocárdio 
- Atenuação da 
resposta 
adrenérgica 
- Intubação orotraqueal 
- Otimização da pré-
intubação 
- Manutenção da sedação + 
midazolam 
- Pode causar hipotensão 
- Pode fazer depressão 
respiratória 
Quelicim 1 a 1,5mg/kg Bloqueio 
neuromuscular 
- Início e término de 
ação muito rápidos 
- Muito utilizado na IOT de 
emergência 
- Pode fazer hipercale-
mia, bradicardia e 
hipertermia maligna 
 
 
− Induzem a perda de função sensorial, motora e 
autonômica 
− Mecanismo de ação: inativação dos canais de 
sódio da membrana neuronal 
− São divididos em duas classes: 
✓ Aminoamidas – lidocaína*, prilocaína, 
bupivacaína* e ropivacaína* 
✓ Aminoestéres – clorprocaína, procaína e 
tetracaína 
− Bubivacaína e Ropivacaína possuem tempo de 
ação maior que a lidocaína, e a lidocaína começa 
mais rápido 
− Utilização: a lidocaína é usada na maioria dos 
pequenos procedimentos ambulatoriais 
▪ Bloqueios de nervos periféricos ou plexos 
nervosos 
▪ Bloqueios para peridural e raquianestesia 
− Adrenalina + anestésico local: alguns fármacos 
fazem a associação da adrenalina com dois 
objetivos: 
✓ Reduzir a irrigação sanguínea do local 
✓ Prolongar o bloqueio neural 
▪ A adrenalina vai produzir vasoconstrição nos vasos 
locais, diminuindo a irrigação → promove uma 
irrigação mais lenta, prolongando o bloqueio 
▪ Contraindicação da adrenalina: suturas em locais 
de circulação terminal 
 Pode causar necrose de extremidades (orelha, 
nariz, dedos, pênis) 
− Doses: 
− Intoxicação: ocorre por injeção inadvertida de um 
anestésico dentro de um vaso sanguíneo 
▪ Antes de fazer a anestesia, sempre devemos 
aspirar o local onde está injetando → se vier 
sangue, mudar o local da aplicação 
▪ Se o anestésico for aplicado diretamente dentro 
do vasovai ocorrer uma reação sistêmica muito 
rápido e o paciente pode se intoxicar 
▪ Pode gerar sintomas neurológios, 
cardiovasculares e respiratórios 
✓ Neurológicos – parestesia de língua/lábios 
 Gosto metálico 
 Cefaleia 
 Tinido 
 Turvação visual 
 Sonolência 
 Convulsão tonicodônica 
✓ Cardiovasculares – hipotensão 
 Taquicardia ventricular/Fibrilação atrial 
 Bloqueio AV 
 Parada cardíaca 
✓ Respiratórios – apneia 
 
− Qualquer paciente que está evoluindo para 
insuficiência respiratória precisa ser intubado 
▪ Paciente em traumas, DPOC infectado, choque 
séptico, asma grave, edema agudo de pulmão, 
hipoxemia, etc. 
− Para isso é necessário usar drogas qye possuem 
características de efeito de ação rápido para 
acessar a via o mais rápido possível em situação de 
emergência 
▪ Na emergência, a ventilação pode causar 
broncoaspiração no paciente, levando a uma 
pneumonia aspirativa 
− Na intubação assistida por drogas, é necessário 
utilizar um analgésico, um hipnótico e um 
bloqueador neuromuscular 
✓ Analgésico: fentanil 
✓ Hipnóticos: quetamina, etomidato e midazolam 
✓ BNM: quelicim 
▪ A escolha de cada um vai de acordo com paciente 
e seu estado 
Ex.: paciente em choque (hipotenso) – fentanil, 
quetamina (aumenta PA) e quelicim 
− Manutenção da sedação → geralmente se faz na 
bomba de infusão continua com fentanil e 
midazolam 
 
− O bloqueio de neuroeixo é o uso de anestésico 
local (com ou sem adição de algum opioide – 
morfina, fentanil) em espaços anatômicos da 
coluna vertebral 
− Raquianestesia → anestésico no espaço 
subaracnóide 
− Anestesia peridural → anestésico no espaço 
epidural 
• 
− Indicada para cirurgias no andar inferior do 
abdômen 
Ex.: hérnia, hidrocele, histerectomia, cirurgias 
ortopédicas de MMII, etc. 
− O anestésico é injetado no espaço subaracnoide 
pela punção lombar, normalmente na altura L3/L4 
ou L4/L5 
− Essa anestesia vai promover a perda sensitiva e 
motora abaixo do bloqueio 
− Contraindicações: coagulopatia – se furar o espaço 
subaracnoide do paciente e ele tiver uma 
coagulopatia, pode fazer uma compressão 
medular ou hemorragia subaracnoide 
▪ Elevação da PIC (hidrocefalia, TCE) 
▪ Infecção do sitio de punção 
▪ Hipovolemia grave – quando faz o bloqueio do 
neuroeixo há uma vasodilatação periférica do 
paciente, podendo fazer hipotensão 
▪ Sepse e anticoagulação terapêutica – riscos de 
coagulopatia 
− Vantagens: evita a manipulação das vias aéreas e 
consequentes complicações da intubação 
▪ Mantém a consciência do paciente 
▪ Apresenta menor incidência de delirium e 
confusão mental 
− Complicações: hipotensão 
▪ Bradicardia 
▪ Cefaleia pós punção 
▪ Dor lombar 
▪ Retenção urinaria 
▪ Parada cardiorrespiratória por extensão cefálica 
do anestésico local 
− A raquianestesia deve ser feita de uma vez só, com 
a quantidade de anestésico necessária para 
analgesia durante todo o procedimento 
• 
− A injeção do anestésico é no espaço epidural, 
através de um cateter 
▪ O anestesista pode utilizar os medicamentos 
através desse cateter de forma mais controlada e 
repetida, permitindo bloqueios prolongados 
−Permite analgesia no pós-operatório 
▪ O anestesista, 12h após a cirurgia, em caso de 
desconforto álgico do paciente, pode aplicar 
injetar através do cateter feito na anestesia 
peridural mais um pouco de anestésico, para o 
controle dessa dor 
▪ Esse controle da dor permite a deambulação 
precoce do paciente 
▪ O ideal é que 12h após o ato cirurgico o paciente 
esteja deambulando, a fim de evitar a TVP e outras 
complicações 
− As contraindicações são as mesmas da 
raquianestesia 
− A peridural pode ser replicada duramte a cirurgia 
devido a presença do cateter 
• 
− São realizados em cirurgias ortopédicas das 
extremidades 
− A injeção do anestésico é realizada nos nervos ou 
plexos que nutrem a região a ser operada 
− Melhor resposta metabólica ao estresse cirúrgico 
− Permitem implantes de cateteres para controle 
analgésico no pós operatório 
 
− A visita pré anestésica é indicada em toda cirurgia 
para exame clinico e esclarecimentos 
▪ É importante saber quais os remédios que o 
paciente usa, quais doenças ele tem, qual a 
melhor estratégia anestésica a ser usada, etc. 
− Tem como objetivo identificar condições que 
dificultam ventilação sob mascara facial e 
intubação orotraqueal 
− O anestesista deve avaliar: abertura da boca 
✓ Distancia entre o esterno e o mento 
✓ Mobilidade do pescoço 
✓ Tamanho da língua 
− Pacientes com estigma de via aérea difícil: 
✓ Homens com barba 
✓ Pescoço curto 
✓ Paciente obeso 
✓ Língua muito larga 
✓ Paciente com artrose na coluna (dificuldade de 
fazer flexão e extensão da coluna cervical 
✓ Paciente que por si só não consegue fazer bem 
uma abertura da boca 
✓ Prognatas e retrognatas 
✓ Paciente com colar cervical, sangue ou corpo 
estranho na via aérea, edema de pescoço 
− O objetivo dessa entrevista é prever problemas e 
tentar amenizá-los 
− São feitas a classificação de Mallampati e 
classificação de ASA 
• 
− O anestesista coloca o paciente sentado e o 
pescoço em posição neutra e pede para abrir a 
boca o máximo e executar protusao da língua 
− Avalia-se as estruturas da boca e da faringe que são 
evidentes 
− Quanto maior a classificação do Mallampati, pior é 
a possibilidade de intubação de via aérea (via aérea 
difícil) 
− Mallampati 1: estão visíveis as fauces, os pilares 
amigdalianos, base e ápice da úvula, palato mole e 
palato duro 
− Mallampati 2: não se vê as fauces, os pilares 
amigdalianos e o ápice da úvula. 
▪ Vemos a base da úvula, palato mole e palato duro 
− Mallampati 3: só se vê o início da base da úvula, 
palato mole e palato duro 
− Mallampati 4: só se vê o palato duro 
• 
− Objetivo: evitar broncoaspiração durante a 
anestesia 
− Recomendação: mínimo de 2h para líquidos claros 
(são aqueles que conseguimos enxergar através 
deles e não possuem materal particulado – suco 
sem polpa, bebidas isotônicas, agua, chá) 
▪ 6 a 8 horas para líquidos não claros e sólidos 
▪ 4h para leite materno 
▪ 6h para formulas pediátricas para lactentes 
− Hoje em dia, quanto menos deixar o paciente de 
jejum, melhor para ele 
▪ Fast track surgery → antes da cirurgia faz-se 
infusão de glicose 
▪ Quanto menos tempo de jejum, menor é a 
resposta metabólica ao trauma (REMIT) do 
paciente 
• 
− Parâmetros obrigatórios a serem avaliados em 
qualquer ato cirurgico: 
✓ Ventilação 
✓ Oxigenação 
✓ Circulação 
✓ Temperatura 
− Pressão arterial: Na maioria das vezes utiliza-se 
métodos não invasivos 
▪ O esfigmo acoplado a um monitor multiparametro 
▪ Algumas vezes é necessário medida invasiva da PA 
por punção de alguma artéria 
− Eletrocardiografia contínua: avaliar as 
possibilidades de arritmias no intraoperatório 
▪ IAM, arritmias podem alterar evolução pós-
operatória 
− Ventilação: checar a expansibilidade torácica e 
ausculta respiratória 
▪ Checar nível de CO2 ao termino da respiração 
− Oxigenação: inclui o valor de fração de oxigênio 
inspirada (FiO2) 
▪ Saturação de hemoglobina (SpO2) 
▪ Gasometria arterial 
− Temperatura: a o ideal é sempre a temperatura 
central (esôfago, membrana timpânica, bexiga, 
reto) 
▪ Tríade letal: hipotermia, coagulopatia e acidose 
 Se o paciente ficar hipotérmico, pode fazer 
acidose e coagulopatia, gerando grnades 
complicações na cirurgia 
 
− HIPERTERMIA MALIGNA (prova ama): é 
considerada uma síndrome farmacogenética, 
autossômica dominante que ocorre durante a 
anestesia ou na sala de recuperação anestésica 
▪ É deflagrada pelo uso de bloqueadores 
neuromusculares despolarizantes (ex.: quelicim) e 
alguns agentes inalatórios 
▪ Ocorre uma saíde excessiva de clacio do reticulo 
sarcoplasmático para o citoplasma do musculo 
▪ Resulta em uma contração muscular incessante 
aumentando o metabolismo muscular gerando 
calor e uma serie de distúrbios metabólicos 
▪ Pode gerar acidose metabólica, alguns pacientes 
podem chegar até fazer rabdomiólise e levar à 
insuficiência renal 
▪ As manifestações clinicas tem inicio nos primeiros 
30min de cirurgia e podem ocorrer em até 24h d 
pós operatório 
▪ Quadro clínico: taquicardia, febre alta, acidose 
 Rigidez muscular intensa 
 Incapacidade de abrir a boca (sinal 
patognomônico) 
 Taquipneia, flush cutâneo 
▪ Gasometria: acidose metabólica 
 Hipoxemia 
 Hipercapnia 
▪ Tratamento: Suporte Avançado de Vida 
 Interromper o agente anestésico deflagrador 
 Hiperventilar o paciente, para evitar a 
hipoxemia, com O2 a 100% 
 Administrar anestesia alternativa 
 Interromper a cirurgia assim que possível 
 Administrar Dantrolene → antagonista de cálcio 
 Uso de cobertores térmicos e compressas com 
gelo e líquidos frios → evitar o aumento do 
metabolismo pela alta temperatura e evitar 
rabdomiólise 
 Tratar acidose com bicarbonato 
 Controlar as arritmias com beta-bloqueadores e 
lidocaína 
 Promover debito urinário elevado (utilizar 
furosemida ou manitol) na prevenção de 
necrose tubular aguda por mioglobinúria 
 Infusão de insulina e de glicose para controlar a 
hipercalemia que o paciente pode ter devido às 
lises musculares 
 Monitorizar o eletrólitos em função de outros 
gases arteriais

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