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– Sara Monteiro de Moura − Homem, 44 anos, motorista de carro, sofreu colisão frontal contra um muro ▪ Informações importantes para correlacionar com a cinética do trauma ✓ Desaceleração abrupta → pela inercia, alguns órgãos podem continuar o movimento, sendo travados por seus ílios, causando lesão Região cervical também pode ser afetada nesse mecanismo → hiperextensão ou flexão do pescoço ▪ No trauma sempre inferir a possibilidade de lesão de acordo com a cinética do trauma e utilizar a anamnese e exames complementares para descartar essas possibilidades − Paciente inconsciente no local → Glasgow < ou = a 8 ▪ Pode inferir TCE grave − Levado ao hospital por socorristas de suporte básico com colar cervical, imobilização em prancha longa, ventilado com mascara e ambu 1. Identificar a sequencia correta de prioridades na avaliação do traumatizado com lesões múltiplas 2. Aplicar os princípios da avaliação primaria e secundária na avaliação do traumatizado com lesões múltiplas 3. Explicar como a historia medica do doente e o mecanismo de trauma contribuem para a identificação das lesões 4. Identificar as armadilhas associadas com a avaliação e atendimento inicial do traumatizado e descrever os passos para minimizar o seu impacto 5. Reconhecer os doentes que vão precisar de transferência para tratamento definitivo − Trauma: é uma lesão caracterizada por estruturais ou desequilíbrio fisiológico decorrente de exposição aguda a varias formas de energia − O paciente politraumatizado é considerado aquele que apresenta lesões em dois ou mais sistemas de órgãos (tórax, abdome, trauma cranioencefálico, fratura de ossos longos, etc) ▪ É necessário que pelo menos uma, ou uma combinação dessas lesões, represente um risco vital para o doente − Ao atender um paciente politraumatizado o tratamento deve ser imediato − No ATLS é feita uma abordagem sistematizada, que possa ser facilmente revista e aplicada – AVALIAÇÃO INICIAL 1. Preparação 2. Triagem 3. Exame primário ▪ Reanimação ▪ Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação 4. Exame secundário ▪ Medidas auxiliares ao exame secundário ▪ Reavaliação e monitorização continuas após reanimação 5. Cuidados definitivos − O exame primário e a reanimação das funções vitais são feitos simultaneamente − Atendimento seguimentalizado − No trauma, nem sempre o que mata mais rápido é o motivo de maior causa de mortes ▪ Sempre tratar primeiro o que mata mais rápido, seguindo a ordem do ABCDE do trauma • − Envolve dois cenários clínicos distintos: ambiente pré-hospitalar e o hospitalar − Pré-hospitalar ▪ É feita pela equipe que está atendendo a vitima no local do acidente ▪ Deve comunicar a transferência da mesma para o hospital de referencia → mobilização da equipe do trauma ▪ Sinalização da via publica para que os cuidados ocorram em ambiente seguro ▪ Na abordagem inicial pré-hospitalar deve ser feita: ✓ Manutenção das vias aéreas ✓ Estabilização da coluna cervical ✓ Controle da hemorragia externa ✓ Imobilização para o transporte (prancha longa) − Fase hospitalar ▪ Consiste no preparo da emergência ▪ Uma sala adequada de reanimação deve estar pronta com os equipamentos disponíveis ▪ As soluções para reanimação devem estar adequadamente aquecidas e disponíveis (ringer lactato) ▪ Os equipamentos para ventilação e monitorização, adequadamente testados e funcionantes ▪ Toda a equipe deve estar paramentada e protegida contra doenças transmissíveis • − Classificar os pacientes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis − Múltiplas vitimas: pacientes com risco de vida e lesões multissistemicas serão atendidos primeiro o − Desastre: o numero de vitimas e a gravidade das lesões apresentadas ultrapassam a capacidade de atendimento hospitalar ▪ As vitimas com maior probabilidade de sobreviver serão atendidas primeiro • − O exame primário tem como objetivo a identificação e o tratamento prioritário das lesões que implicam em risco de vida ▪ Sistematização do atendimento ▪ Independente da etiologia do trauma, as prioridades do atendimento são as mesmas, sempre seguindo o ABCDE do trauma − Avaliação rápida → como avaliar um doente em 10s? ▪ Perguntar o nome do paciente e o que aconteceu ▪ Uma resposta apropriada do paciente a essas perguntas confirma: ✓ A: via aérea pérvia ✓ B: reserva de ar suficiente para falar ✓ C: perfusão suficiente ✓ D: sensório normal – − Coluna cervical: primeiro passo no paciente do trauma é fazer a estabilização da coluna cervical → uso do colar cervical ▪ Em pacientes com fraturas, movimentações intempestivas do pescoço podem comprometer de forma fatal a medula espinhal alta ▪ A estabilização manual por um dos membros da equipe pode ser requerida durante a intubação orotraqueal ▪ Considerar a existência de potencial lesão à coluna cervical em vitimas de traumatismos multissistêmicos, especialmente nas que apresentam nível de consciência alterado ou em casos de traumatismos fechados acima da coluna cervical − Via aérea: identificar sinais de obstrução da via aérea ▪ Aspiração e inspeção para a presença de corpos estranhos e fraturas faciais, mandibulares ou traqueolaringeas, que podem resultar em obstrução das vias aéreas ▪ Pacientes sem prejuízo na fonação dificilmente apresentarão obstrução significativa das vias aéreas ▪ O ideal é ter uma via aérea pérvia sem obstruções ▪ Manifestação clinica: agitação (em casos de hipóxia) ou letargia (em casos de hipercapnia) ▪ Indicações para via aérea definitiva: apneia ✓ Proteção das vias aéreas inferiores contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico ✓ Comprometimentos iminente das vias aéreas (lesão por inalação, trauma facial) ✓ TCE necessitando de hiperventilação ✓ Incapacidade de manter oxigenação adequada com ventilação sob mascara ▪ Escala de Glasgow < 8 pontos → quando o paciente está inconsciente, ocorre queda posterior da mandíbula e queda da língua, o que causa a obstrução da via aérea do paciente Nas vitimas com rebaixamento de consciencia, a patencia da via aerea deve ser estabelecida rapidamente com algumas manobras manuais ✓ Chin-lift: elevação do queixo (atenção a hiperextnsao da cervical em caso de fraturas) ✓ Jaw-thrust: tração da manibula ▪ Não se deve usar o cateter nasal durante o trauma – − Uma boa ventilação exige funcionamento adequado dos pulmões, da parede torácica e do diafragma − Inspeção, palpação, percussão e ausculta da região torácica são elementos fundamentais ▪ Deve-se observar a distensão de veias jugulares, posição da traqueia e movimentação da parede torácica − Algumas lesões podem comprometer a ventilação de forma imediata: ✓ Pneumotórax hipertensivo ✓ Tórax instável com contusão pulmonar ✓ Hemotórax maciço ✓ Pneumotórax aberto − Fraturas de arcos costais, hemotórax, pneumotórax simples e contusão pulmonar podem comprometer a ventilação, mas em grau menor ▪ São identificados na avaliação secundária – − Avaliar perfusão orgânica do paciente − Os principais fatores circulatórios a considerar são: ✓ Volume sanguíneo ✓ Debito cardíaco ✓ Hemorragia − A hipovolemia é a principal causa de morte pós-traumática evitável − Avaliação Clínica: os elementos que oferecem informações importantes dentro de poucos segundos são o nível de consciência, cor da pele e pulso ✓ Nível de consciência → quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar prejudicada, resultando em rebaixamento do nível de consciência Contudo, um doente consciente também pode ter perdido quantidade significativa de sangue ✓ Cor dapele → a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada das extremidades são sinais evidentes de hipovolemia ✓ Pulso → avaliação da frequência e regularidade dos pulsos centrais Pulso rápido (FC elevada) e fino é habitualmente um sinal de hipovolemia ARMADILHAS!! ✓ Lesão oculta da via aérea (ex.: grande queimado, lesões cervicais) → em casos de lesões próximas a via aérea, mesmo que o paciente não esteja com obstrução da via, é importante fazer a intubação, devido a possibilidade de agravamento ✓ Falha do equipamento → importante sempre conferir os equipamentos da emergência, para que não ocorra falha durante os atendimentos ✓ Não conseguir intubar → avaliar necessidade de suporte em casos de estigma de via aérea difícil ARMADILHAS!! − A diferenciação entre problemas ventilatórios e obstrução da via aérea pode ser difícil: ▪ Quando o problema é devido a um pneumotórax simples ou hipertensivo, a intubação e a ventilação com pressão positiva podem levar ao agravamento das condições do doente ▪ No doente inconsciente, quando há necessidade de se proceder a intubação, o tórax deve ser reavaliado periodicamente, a fim de acompanhar o agravamento A ausência de pulsos centrais não relacionada a fatores locais, significa a necessidade de uma ação imediata de reanimação para restaurar o déficit sanguíneo − Hemorragia: deve-se identificar se a fonte de hemorragia é externa ou interna ▪ A hemorragia externa significativa deve ser resolvida no atendimento pré-hospitalar, com o controle da perda sanguínea através de compressão da ferida ▪ As principais áreas de hemorragia interna são tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos − Tratamento: controle de hemorragias externas e internas ✓ Restauração da volemia → o mais utilizado é o Ringer Lactato ✓ Reavaliação ▪ No trauma penetrante, a infusão de grandes volumes antes do controle do foco hemorrágico não é recomendado → pode ocorrer exacerbação da perda hemorrágica – − Avaliação neurológica rápida ✓ Escala de Coma de Glasgow ✓ Avaliação pupilar (tamanho e reatividade) ✓ Sinais de lateralização − O rebaixamento do nível de consciência pode representar diminuição da oxigenação e/ou perfusão cerebral ou ser resultado de um trauma direto ao cérebro − Hipoxemia, hipotensão e uso de álcool e/ou drogas podem levar a rabaixamento do nível de consciência ▪ Excluídas essas causas, alterações do exame neurológico devem ser atribuídas a traumatismo do sistema nervoso central − Escala do Coma de Glasgow: avalia três situações ✓ Abertura ocular 1. Ausente 2. A estimulo álgico 3. A estimulo verbal 4. Espontânea ✓ Resposta verbal 1. Ausente 2. Sons incompreensíveis 3. Palavras inapropriadas 4. Confuso 5. Orientado ✓ Resposta motora 1. Ausente 2. Extensão (decerebração) 3. Flexão anormal (decorticação) 4. Retirada do membro em flexão à dor 5. Localizar dor 6. Obedece a comandos ▪ O score varia de 3 (pontuação mínima) a 15 (pontuação máxima) – − O doente deve ser totalmente despido, usualmente cortando as roupas para facilitar o exame e a avaliação Acesso no trauma: preferencia pelo acesso periférico É mais prático de ser feito O dispositivo é curto e grosso, o que aumenta a velocidade e o volume da infusão → favorece o tratamento no trauma ARMADILHAS!! − Em algumas populações, a resposta ao trauma será diferente: ✓ Idosos: capacidade limitada do aumento da FC A utilização de anticoagulantes orais pode aumentar a perda sanguínea ✓ Crianças: possuem reserva fisiológica exuberante, por isso demonstram poucos sinais de hipovolemia ✓ Atleta: possui mecanismos de compensação semelhantes ao da criança Apresenta bradicardia relativa e não demonstra o nível habitual de taquicardia com a perda volêmica ✓ Medicamentos: pacientes em uso de betabloqueadores não demonstram taquicardia como a maioria ARMADILHAS!! ✓ Intervalo lucido: em alguns tipos de TCE, o paciente pode chegar sem alterações de consciência, porém pode ocorrer piora neurológica durante o atendimento, por isso, deve-se sempre fazer reavaliação e ficar atento aos sintomas de piora − Após esta avaliação, o doente deve ser coberto com cobertores térmicos e a temperatura da sala deve estar adequada, a fim de prevenir a hipotermia − Os fluidos intravenosos também devem ser aquecidos a 39º antes de administrados • − A reanimação também segue a sequencia ABC e ocorre simultaneamente com a avaliação − A via aérea deve ser protegida em todos os doentes e garantida quando existe a possibilidade de seu comprometimento − O controle definitivo é feito por intubação traqueal − Quando há contraindicação da intubação, é feita uma via aérea cirúrgica − Quando há suspeita de pneumotórax hipertensivo, deve ser feita imediatamente a descompressão do tórax − Todo doente traumatizado deve receber oxigenoterapia suplementar − O controle definitivo da hemorragia é essencial em conjunto com a reposição apropriada de volume intravascular • − As medidas auxiliares são feitas de forma dinâmica, concomitante com a avaliação primaria e a reanimação − Monitoração eletrocardiográfica: é recomendada em todas as vitimas de politrauma ▪ A presença de arritmias pode ser um indicio de contusão miocárdica ▪ A atividade elétrica sem pulso (AESP) pode indicar tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e/ou hipovolemia profunda ▪ Quando há bradicardia, condução aberrante ou extrassístoles deve-se suspeitar de hipóxia ou hipoperfusão A hipotermia extrema também provoca essas arritmias − Cateter urinário: o debito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão renal ▪ A monitoração do debito urinário é realizada de forma mais adequada pela inserção de uma sonda vesical ▪ É contraindicada em casos de suspeita de lesão uretral, que deve ser suspeitada quando há: ✓ Sangue no meato uretral ✓ Equimose perineal ✓ Deslocamento cranial da próstata ou ela não é palpável ao toque retal − Sondas gástricas: é indicada para reduzir distensão gástrica, diminuir riscos de aspiração e avaliar a presença de hemorragia do TGI alto ▪ Há contraindicação de sonda gástrica quando ocorre trauma de face e em base de crânio (principalmente lamina cribriforme), devido ao risco potencial de invasão do SNC pela sonda, causando meningite − Outras monitorações: a avaliação da reanimação é feita por meio dos parâmetros fisiológicos ✓ FR e gasometria arterial → monitorar o processo respiratório ✓ Oximetria de pulso ✓ Pressão arterial − Radiografias e procedimentos diagnósticos: a radiografia deve ser feita de maneira racional e de modo a não retardar a reanimação do doente ▪ As radiografias AP do tórax e da pelve podem fornecer informações uteis para guiar a reanimação nas vitimas de trauma fechado ▪ Essas imagens devem ser obtidas na própria sala de reanimação, com uso de aparelho portátil ▪ A LPD e o FAST são instrumentos uteis para detecção rápida de sangramento oculto intra-abdominal − Transferência do doente: durante a avaliação primaria, deve-se considerar as informações obtidas para estabelecer a necessidade de transferência para outra instituição ▪ Avaliação da necessidade de cirurgia imediata • − Só deve ser iniciada depois de completar a avaliação primaria (ABCDE) e após a reanimação, quando o doente demonstrar tendencia para normalização das funções vitais − É o exame do doente da cabeça aos pés, historia clinica e exame físico completo, incluindo reavaliação de todos os sinais vitais − Avaliação neurológica cuidadosa e completa está incluída, além das radiografias e exames complementaresde imagem que se tornem necessários ✓ Alergia ✓ Medicamentos de uso habitual ✓ Passado médico / Prenhez ✓ Liquidos e alimentos ingeridos recentemente ✓ Ambiente e eventos relacionados ao trauma − As condições do paciente são fortemente influenciadas pelo mecanismo do trauma − Trauma fechado: é resultante de colisões automobilísticas, quedas e outras lesões relacionadas a transporte, recreação ou trabalho ▪ Geralmente os padrões de lesão podem ser previstos de acordo com o mecanismo do trauma − Trauma penetrante: são traumas causados por ferimentos por arma de fogo, arma branca e empalamento − Lesões térmicas: queimaduras; podem apresentar-se isoladas ou acompanhado de trauma fechado ou penetrante. − Identificação de todas as lesões neurologicas relacionadas e significativas − Procurar lacerações, contusões ou evidencia de fraturas − Avaliação das pupilas e acuidade visual (escala de Snellen) − Sinal de guaxinim: equimose periorbitária, que indica possibilidade de fratura de base de crânio − Sinal de Battle: equimose periauricular, que também indica possibilidade de fratura de base de crânio − Os traumatismos maxilofaciais, quando não estão associados a obstrução da via aérea ou a hemorragia importante, só devem ser tratados após a completa estabilização do doente − Lembrar da possibilidade de fratura da lamina cribriforme (placa crivosa) − Doentes com trauma craniano e maxilofacial deve, ser considerados portadores de lesão instável de coluna cervical − O exame inclui inspeção, palpação e ausculta − A inspeção do tórax permite identificar lesões como pneumotórax aberto e grandes seguimentos instáveis − Contusões e hematomas da parede torácica devem alertar para a possibilidade de lesões ocultas − Lesões significativas podem manifestar-se por dor, dispneia e hipoxia − A avaliação inclui a palpação, percussão, ausculta e a radiografia do tórax − Um exame inicial normal do abdome não exclui lesões significativas − É importante a reavaliação constante do doente ARMADILHAS!! ✓ Edema local que acompanha lesões faciais graves ou o coma, podem impedir um exame completo dos olhos ARMADILHAS!! ✓ Sinais e sintomas tardios: uma lesão penetrante na via aérea pode causar um hematoma progressivo, que vai gerar sintomas clínicos tardios, podendo levar a obstrução da via aérea ARMADILHAS!! ✓ Lesões de viscera oca e retroperitoneais podem ser de difícil identificação − O períneo deve ser examinado a procura de contusões, hematomas, lacerações e sangramento uretral − Avaliar presença de sangue na luz intestinal, fraturas pélvicas e integridade da parede do reto e tonificidade do esfíncter − Sempre evitar manipulação excessiva da pelve, devido ao aumento do sangramento que pode ser causado − Os membros devem ser inspecionados para verificar a presença de contusões e deformidades − Palpação dos ossos pesquisando dor ou movimentos anormais, ajuda na identificação de fraturas ocultas − Fraturas pélvicas podem ser suspeitadas por equimoses sobre as asas do ilíaco, púbis, grandes lábios ou escroto − Lembrar que o sistema musculoesquelético tem um potencial grande de perda de sangue − Exame neurológico abrangente com avaliação sensorial e motora das extremidades, reavaliação do nível de consciência e avaliação pupilar − Em doentes com TCE é necessário parecer precoce do neurocirurgião − Monitorização frequente para avaliar deterioração no nível de consciência ou modificações no exame neurológico − Se um paciente piora do ponto de vista neurológico, a oxigenação e a perfusão do cérebro e a adequação da ventilação (ABCDE) devem ser reavaliadas − Deve ser feita avaliação da medula • − Pode-se solicitar exames diagnósticos especializados com o objetivo de identificar lesões especificas ✓ TC e radiografias da coluna cervical e extremidades ✓ Urografia excretora ✓ Ecocardiograma ✓ Broncoscopia • − O paciente politraumatizado deve ser reavaliado constantemente − A monitorização continuada dos sinais vitais e da diurese horaria é essencial • − A transferência deve ser considerada toda vez que as necessidades de tratamento do doente excederem a capacidade da instituição que o recebeu (equipamentos, recursos e equipe) − Definir a transferência sempre que conseguir a estabilização ✓ Via aerea e controle de ventilação ✓ Controle da hemorragia 1. Em relação a triagem na avaliação e atendimento inicial nos casos de múltiplas vitimas, analise os itens seguintes: I. O tratamento prestado deve ser baseado na prioridade ABC (via aérea com proteção da coluna cervical, respiração, circulação com controle da hemorragia) II. Consideram-se múltiplas vitimas quando não se excede a capacidade de atendimento no hospital III. Consideram-se vitimas em massa quando se excede a capacidade de atendimento da instituição e equipe Estão corretos: a) Apenas o item III b) Apenas os itens II e III c) Apenas o item I d) Apenas o item III e) Todos os itens Múltiplas vitimas → não excede capacidade do hospital. O atendimento é feito dos mais graves para os menos graves. Vitimas em massa → excede os recursos e capacidade do hospital. Os pacientes com maior chance de sobreviver são atendidos primeiro. 2. A tríade fatal no paciente politraumatizado que se submete a cirurgias extensas e complexas é: a) Alcalose, anemia e hipertermia b) Alcalose, discrasia e hipotermia c) Acidose, coagulopatia e hipertermia d) Acidose, discrasia e hipotermia Discrasia = coagulopatia 3. Durante a avaliação inicial do paciente politraumatizado, no item D (disability) do ATLS, deve-se avaliar: a) Resposta motora, perfusão sanguínea inadequada, resposta verbal e abertura ocular. b) Abertura ocular, resposta motora, reflexo pupilar e resposta verbal c) Permeabilidade das vias aéreas, reflexo pupilar, resposta motora e verbal d) Abertura ocular, nível de consciência, permeabilidade das vias aéreas e reflexo pupilar e) Nenhuma das anteriores 4. Em relação ao atendimento inicial ao politraumatizado, assinale a alternativa correta: a) Em pacientes com TCE grave é necessário um controle definitivo das vias aéreas e o melhor método é a realização de uma traqueostomia Apenas TCE grave não é indicação de traqueo. b) A contusão pulmonar pode levar à troca gasosa e a oxigenação inadequadas, com necessidade de ventilação mecânica c) A reposição volêmica deve ser feita preferencialmente por acesso venoso central A reposição volêmica deve ser feita preferencialmente por acesso periferico calibroso d) Quando há necessidade de estabelecer via aérea definitiva, a indução de sequência rápida deve ser feita com sedativos como benzodiazepínicos. No trauma, o mais utilizado é o etomidato. Benzodiazepínicos gera muita instabilidade no paciente e) A traqueostomia é o procedimento de escolha nos casos em que há indicação de via aérea cirúrgica de emergência A via aerea cirúrgica de emergência de recomendação é a cricotireoidostomia 5. A incorporação da ultrassonografia como elemento semiológico para o diagnóstico, principalmente no tratamento ao politraumatizado e nas UTI’s tem ganhado força em todo mundo. Com relação ao FAST (Focused Assessment for Sonography in Trauma), marque a alternativa incorreta: a) O FAST no atendimento primário ao politraumatizado é destinado a avaliar o acúmulo de líquido (presumido como sangue) no saco pericárdico e abdome b) Os quadrantes avaliados devem ser: área pericárdica, quadrante superior direito (QSD), quadrante superior esquerdo (QSE) e pelve c) O sangue nos pacientes com lesão de víscera maciça seacumula primeiramente no espaço esplenorrenal O sangue se acumula primeiro no espaço de Morrison (hepatorrenal) d) A melhor Avaliação na pelve é realizada com bexiga cheia. 6. Os politraumatizados de acidentes automobilísticos com uso de cinto de segurança de 2 pontos têm risco de lesões de que órgãos? a) Fígado b) Pâncreas c) Pulmões d) Intestino delgado e sigmoide e) Baço No trauma abdominal contuso, o órgão que mais lesiona é o baço, porém a quesao tem pegadinha: o uso de cinto de dois pontos favorece rompimento de delgado e sigmoide
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