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Avaliação e Tratamento de Pacientes Traumatizados

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–
Sara Monteiro de Moura 
 
− Homem, 44 anos, motorista de carro, sofreu 
colisão frontal contra um muro 
▪ Informações importantes para correlacionar 
com a cinética do trauma 
✓ Desaceleração abrupta → pela inercia, 
alguns órgãos podem continuar o 
movimento, sendo travados por seus ílios, 
causando lesão 
 Região cervical também pode ser afetada 
nesse mecanismo → hiperextensão ou 
flexão do pescoço 
▪ No trauma sempre inferir a possibilidade de 
lesão de acordo com a cinética do trauma e 
utilizar a anamnese e exames 
complementares para descartar essas 
possibilidades 
− Paciente inconsciente no local → Glasgow < ou 
= a 8 
▪ Pode inferir TCE grave 
− Levado ao hospital por socorristas de suporte 
básico com colar cervical, imobilização em 
prancha longa, ventilado com mascara e ambu 
1. Identificar a sequencia correta de prioridades 
na avaliação do traumatizado com lesões 
múltiplas 
2. Aplicar os princípios da avaliação primaria e 
secundária na avaliação do traumatizado com 
lesões múltiplas 
3. Explicar como a historia medica do doente e o 
mecanismo de trauma contribuem para a 
identificação das lesões 
4. Identificar as armadilhas associadas com a 
avaliação e atendimento inicial do 
traumatizado e descrever os passos para 
minimizar o seu impacto 
5. Reconhecer os doentes que vão precisar de 
transferência para tratamento definitivo 
 
− Trauma: é uma lesão caracterizada por 
estruturais ou desequilíbrio fisiológico 
decorrente de exposição aguda a varias formas 
de energia 
− O paciente politraumatizado é considerado 
aquele que apresenta lesões em dois ou mais 
sistemas de órgãos (tórax, abdome, trauma 
cranioencefálico, fratura de ossos longos, etc) 
▪ É necessário que pelo menos uma, ou uma 
combinação dessas lesões, represente um 
risco vital para o doente 
 
− Ao atender um paciente politraumatizado o 
tratamento deve ser imediato 
− No ATLS é feita uma abordagem sistematizada, 
que possa ser facilmente revista e aplicada – 
AVALIAÇÃO INICIAL 
1. Preparação 
2. Triagem 
3. Exame primário 
▪ Reanimação 
▪ Medidas auxiliares ao exame primário e à 
reanimação 
4. Exame secundário 
▪ Medidas auxiliares ao exame secundário 
▪ Reavaliação e monitorização continuas após 
reanimação 
5. Cuidados definitivos 
− O exame primário e a reanimação das funções 
vitais são feitos simultaneamente 
− Atendimento seguimentalizado 
− No trauma, nem sempre o que mata mais 
rápido é o motivo de maior causa de mortes 
▪ Sempre tratar primeiro o que mata mais 
rápido, seguindo a ordem do ABCDE do 
trauma 
• 
− Envolve dois cenários clínicos distintos: 
ambiente pré-hospitalar e o hospitalar 
− Pré-hospitalar 
▪ É feita pela equipe que está atendendo a 
vitima no local do acidente 
▪ Deve comunicar a transferência da mesma 
para o hospital de referencia → mobilização 
da equipe do trauma 
▪ Sinalização da via publica para que os 
cuidados ocorram em ambiente seguro 
▪ Na abordagem inicial pré-hospitalar deve ser 
feita: 
✓ Manutenção das vias aéreas 
✓ Estabilização da coluna cervical 
✓ Controle da hemorragia externa 
✓ Imobilização para o transporte (prancha 
longa) 
− Fase hospitalar 
▪ Consiste no preparo da emergência 
▪ Uma sala adequada de reanimação deve 
estar pronta com os equipamentos 
disponíveis 
▪ As soluções para reanimação devem estar 
adequadamente aquecidas e disponíveis 
(ringer lactato) 
▪ Os equipamentos para ventilação e 
monitorização, adequadamente testados e 
funcionantes 
▪ Toda a equipe deve estar paramentada e 
protegida contra doenças transmissíveis 
• 
− Classificar os pacientes de acordo com o tipo 
de tratamento necessário e os recursos 
disponíveis 
− Múltiplas vitimas: pacientes com risco de vida 
e lesões multissistemicas serão atendidos 
primeiro o 
− Desastre: o numero de vitimas e a gravidade 
das lesões apresentadas ultrapassam a 
capacidade de atendimento hospitalar 
▪ As vitimas com maior probabilidade de 
sobreviver serão atendidas primeiro 
• 
− O exame primário tem como objetivo a 
identificação e o tratamento prioritário das 
lesões que implicam em risco de vida 
▪ Sistematização do atendimento 
▪ Independente da etiologia do trauma, as 
prioridades do atendimento são as mesmas, 
sempre seguindo o ABCDE do trauma 
− Avaliação rápida → como avaliar um doente 
em 10s? 
▪ Perguntar o nome do paciente e o que 
aconteceu 
▪ Uma resposta apropriada do paciente a essas 
perguntas confirma: 
✓ A: via aérea pérvia 
✓ B: reserva de ar suficiente para falar 
✓ C: perfusão suficiente 
✓ D: sensório normal 
 –
− Coluna cervical: primeiro passo no paciente do 
trauma é fazer a estabilização da coluna 
cervical → uso do colar cervical 
▪ Em pacientes com fraturas, movimentações 
intempestivas do pescoço podem 
comprometer de forma fatal a medula 
espinhal alta 
▪ A estabilização manual por um dos membros 
da equipe pode ser requerida durante a 
intubação orotraqueal 
▪ Considerar a existência de potencial lesão à 
coluna cervical em vitimas de traumatismos 
multissistêmicos, especialmente nas que 
apresentam nível de consciência alterado ou 
em casos de traumatismos fechados acima 
da coluna cervical 
− Via aérea: identificar sinais de obstrução da via 
aérea 
▪ Aspiração e inspeção para a presença de 
corpos estranhos e fraturas faciais, 
mandibulares ou traqueolaringeas, que 
podem resultar em obstrução das vias aéreas 
▪ Pacientes sem prejuízo na fonação 
dificilmente apresentarão obstrução 
significativa das vias aéreas 
▪ O ideal é ter uma via aérea pérvia sem 
obstruções 
▪ Manifestação clinica: agitação (em casos de 
hipóxia) ou letargia (em casos de 
hipercapnia) 
▪ Indicações para via aérea definitiva: apneia 
✓ Proteção das vias aéreas inferiores contra 
aspiração de sangue ou conteúdo gástrico 
✓ Comprometimentos iminente das vias 
aéreas (lesão por inalação, trauma facial) 
✓ TCE necessitando de hiperventilação 
✓ Incapacidade de manter oxigenação 
adequada com ventilação sob mascara 
▪ Escala de Glasgow < 8 pontos → quando o 
paciente está inconsciente, ocorre queda 
posterior da mandíbula e queda da língua, o 
que causa a obstrução da via aérea do 
paciente 
 Nas vitimas com rebaixamento de 
consciencia, a patencia da via aerea deve 
ser estabelecida rapidamente com algumas 
manobras manuais 
✓ Chin-lift: elevação do queixo (atenção a 
hiperextnsao da cervical em caso de 
fraturas) 
✓ Jaw-thrust: tração da manibula 
▪ Não se deve usar o cateter nasal durante o 
trauma 
 –
− Uma boa ventilação exige funcionamento 
adequado dos pulmões, da parede torácica e 
do diafragma 
− Inspeção, palpação, percussão e ausculta da 
região torácica são elementos fundamentais 
▪ Deve-se observar a distensão de veias 
jugulares, posição da traqueia e 
movimentação da parede torácica 
− Algumas lesões podem comprometer a 
ventilação de forma imediata: 
✓ Pneumotórax hipertensivo 
✓ Tórax instável com contusão pulmonar 
✓ Hemotórax maciço 
✓ Pneumotórax aberto 
− Fraturas de arcos costais, hemotórax, 
pneumotórax simples e contusão pulmonar 
podem comprometer a ventilação, mas em 
grau menor 
▪ São identificados na avaliação secundária 
 –
− Avaliar perfusão orgânica do paciente 
− Os principais fatores circulatórios a considerar 
são: 
✓ Volume sanguíneo 
✓ Debito cardíaco 
✓ Hemorragia 
− A hipovolemia é a principal causa de morte 
pós-traumática evitável 
− Avaliação Clínica: os elementos que oferecem 
informações importantes dentro de poucos 
segundos são o nível de consciência, cor da 
pele e pulso 
✓ Nível de consciência → quando o volume 
sanguíneo está diminuído, a perfusão 
cerebral pode estar prejudicada, resultando 
em rebaixamento do nível de consciência 
 Contudo, um doente consciente também 
pode ter perdido quantidade significativa 
de sangue 
✓ Cor dapele → a coloração acinzentada da 
face e a pele esbranquiçada das 
extremidades são sinais evidentes de 
hipovolemia 
✓ Pulso → avaliação da frequência e 
regularidade dos pulsos centrais 
 Pulso rápido (FC elevada) e fino é 
habitualmente um sinal de hipovolemia 
 ARMADILHAS!! 
✓ Lesão oculta da via aérea (ex.: grande queimado, 
lesões cervicais) → em casos de lesões próximas 
a via aérea, mesmo que o paciente não esteja 
com obstrução da via, é importante fazer a 
intubação, devido a possibilidade de 
agravamento 
✓ Falha do equipamento → importante sempre 
conferir os equipamentos da emergência, para 
que não ocorra falha durante os atendimentos 
✓ Não conseguir intubar → avaliar necessidade de 
suporte em casos de estigma de via aérea difícil 
 ARMADILHAS!! 
− A diferenciação entre problemas ventilatórios e 
obstrução da via aérea pode ser difícil: 
▪ Quando o problema é devido a um pneumotórax 
simples ou hipertensivo, a intubação e a ventilação 
com pressão positiva podem levar ao agravamento 
das condições do doente 
▪ No doente inconsciente, quando há necessidade de 
se proceder a intubação, o tórax deve ser reavaliado 
periodicamente, a fim de acompanhar o 
agravamento 
 A ausência de pulsos centrais não 
relacionada a fatores locais, significa a 
necessidade de uma ação imediata de 
reanimação para restaurar o déficit 
sanguíneo 
− Hemorragia: deve-se identificar se a fonte de 
hemorragia é externa ou interna 
▪ A hemorragia externa significativa deve ser 
resolvida no atendimento pré-hospitalar, 
com o controle da perda sanguínea através 
de compressão da ferida 
▪ As principais áreas de hemorragia interna são 
tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos 
longos 
− Tratamento: controle de hemorragias 
externas e internas 
✓ Restauração da volemia → o mais utilizado 
é o Ringer Lactato 
✓ Reavaliação 
▪ No trauma penetrante, a infusão de grandes 
volumes antes do controle do foco 
hemorrágico não é recomendado → pode 
ocorrer exacerbação da perda hemorrágica 
 
 
 –
− Avaliação neurológica rápida 
✓ Escala de Coma de Glasgow 
✓ Avaliação pupilar (tamanho e reatividade) 
✓ Sinais de lateralização 
− O rebaixamento do nível de consciência pode 
representar diminuição da oxigenação e/ou 
perfusão cerebral ou ser resultado de um 
trauma direto ao cérebro 
− Hipoxemia, hipotensão e uso de álcool e/ou 
drogas podem levar a rabaixamento do nível 
de consciência 
▪ Excluídas essas causas, alterações do exame 
neurológico devem ser atribuídas a 
traumatismo do sistema nervoso central 
− Escala do Coma de Glasgow: avalia três 
situações 
✓ Abertura ocular 
1. Ausente 
2. A estimulo álgico 
3. A estimulo verbal 
4. Espontânea 
✓ Resposta verbal 
1. Ausente 
2. Sons incompreensíveis 
3. Palavras inapropriadas 
4. Confuso 
5. Orientado 
✓ Resposta motora 
1. Ausente 
2. Extensão (decerebração) 
3. Flexão anormal (decorticação) 
4. Retirada do membro em flexão à dor 
5. Localizar dor 
6. Obedece a comandos 
▪ O score varia de 3 (pontuação mínima) a 15 
(pontuação máxima) 
 –
− O doente deve ser totalmente despido, 
usualmente cortando as roupas para facilitar o 
exame e a avaliação 
 Acesso no trauma: preferencia pelo acesso 
periférico 
 É mais prático de ser feito 
 O dispositivo é curto e grosso, o que aumenta a 
velocidade e o volume da infusão → favorece o 
tratamento no trauma 
 ARMADILHAS!! 
− Em algumas populações, a resposta ao trauma 
será diferente: 
✓ Idosos: capacidade limitada do aumento da FC 
 A utilização de anticoagulantes orais pode 
aumentar a perda sanguínea 
✓ Crianças: possuem reserva fisiológica 
exuberante, por isso demonstram poucos sinais 
de hipovolemia 
✓ Atleta: possui mecanismos de compensação 
semelhantes ao da criança 
 Apresenta bradicardia relativa e não demonstra 
o nível habitual de taquicardia com a perda 
volêmica 
✓ Medicamentos: pacientes em uso de 
betabloqueadores não demonstram taquicardia como 
a maioria 
 ARMADILHAS!! 
✓ Intervalo lucido: em alguns tipos de TCE, o paciente 
pode chegar sem alterações de consciência, porém 
pode ocorrer piora neurológica durante o 
atendimento, por isso, deve-se sempre fazer 
reavaliação e ficar atento aos sintomas de piora 
− Após esta avaliação, o doente deve ser coberto 
com cobertores térmicos e a temperatura da 
sala deve estar adequada, a fim de prevenir a 
hipotermia 
− Os fluidos intravenosos também devem ser 
aquecidos a 39º antes de administrados 
• 
− A reanimação também segue a sequencia ABC 
e ocorre simultaneamente com a avaliação 
 
− A via aérea deve ser protegida em todos os 
doentes e garantida quando existe a 
possibilidade de seu comprometimento 
− O controle definitivo é feito por intubação 
traqueal 
− Quando há contraindicação da intubação, é 
feita uma via aérea cirúrgica 
 
− Quando há suspeita de pneumotórax 
hipertensivo, deve ser feita imediatamente a 
descompressão do tórax 
− Todo doente traumatizado deve receber 
oxigenoterapia suplementar 
 
− O controle definitivo da hemorragia é essencial 
em conjunto com a reposição apropriada de 
volume intravascular 
• 
− As medidas auxiliares são feitas de forma 
dinâmica, concomitante com a avaliação 
primaria e a reanimação 
− Monitoração eletrocardiográfica: é 
recomendada em todas as vitimas de 
politrauma 
▪ A presença de arritmias pode ser um indicio 
de contusão miocárdica 
▪ A atividade elétrica sem pulso (AESP) pode 
indicar tamponamento cardíaco, 
pneumotórax hipertensivo e/ou hipovolemia 
profunda 
▪ Quando há bradicardia, condução aberrante 
ou extrassístoles deve-se suspeitar de hipóxia 
ou hipoperfusão 
 A hipotermia extrema também provoca 
essas arritmias 
− Cateter urinário: o debito urinário é um 
indicador sensível da volemia do doente e 
reflete a perfusão renal 
▪ A monitoração do debito urinário é realizada 
de forma mais adequada pela inserção de 
uma sonda vesical 
▪ É contraindicada em casos de suspeita de 
lesão uretral, que deve ser suspeitada 
quando há: 
✓ Sangue no meato uretral 
✓ Equimose perineal 
✓ Deslocamento cranial da próstata ou ela 
não é palpável ao toque retal 
− Sondas gástricas: é indicada para reduzir 
distensão gástrica, diminuir riscos de aspiração 
e avaliar a presença de hemorragia do TGI alto 
▪ Há contraindicação de sonda gástrica quando 
ocorre trauma de face e em base de crânio 
(principalmente lamina cribriforme), devido 
ao risco potencial de invasão do SNC pela 
sonda, causando meningite 
− Outras monitorações: a avaliação da 
reanimação é feita por meio dos parâmetros 
fisiológicos 
✓ FR e gasometria arterial → monitorar o 
processo respiratório 
✓ Oximetria de pulso 
✓ Pressão arterial 
− Radiografias e procedimentos diagnósticos: a 
radiografia deve ser feita de maneira racional 
e de modo a não retardar a reanimação do 
doente 
▪ As radiografias AP do tórax e da pelve podem 
fornecer informações uteis para guiar a 
reanimação nas vitimas de trauma fechado 
▪ Essas imagens devem ser obtidas na própria 
sala de reanimação, com uso de aparelho 
portátil 
▪ A LPD e o FAST são instrumentos uteis para 
detecção rápida de sangramento oculto 
intra-abdominal 
− Transferência do doente: durante a avaliação 
primaria, deve-se considerar as informações 
obtidas para estabelecer a necessidade de 
transferência para outra instituição 
▪ Avaliação da necessidade de cirurgia 
imediata 
• 
− Só deve ser iniciada depois de completar a 
avaliação primaria (ABCDE) e após a 
reanimação, quando o doente demonstrar 
tendencia para normalização das funções 
vitais 
− É o exame do doente da cabeça aos pés, 
historia clinica e exame físico completo, 
incluindo reavaliação de todos os sinais vitais 
− Avaliação neurológica cuidadosa e completa 
está incluída, além das radiografias e exames 
complementaresde imagem que se tornem 
necessários 
 
✓ Alergia 
✓ Medicamentos de uso habitual 
✓ Passado médico / Prenhez 
✓ Liquidos e alimentos ingeridos 
recentemente 
✓ Ambiente e eventos relacionados ao 
trauma 
− As condições do paciente são fortemente 
influenciadas pelo mecanismo do trauma 
− Trauma fechado: é resultante de colisões 
automobilísticas, quedas e outras lesões 
relacionadas a transporte, recreação ou 
trabalho 
▪ Geralmente os padrões de lesão podem ser 
previstos de acordo com o mecanismo do 
trauma 
− Trauma penetrante: são traumas causados 
por ferimentos por arma de fogo, arma branca 
e empalamento 
− Lesões térmicas: queimaduras; podem 
apresentar-se isoladas ou acompanhado de 
trauma fechado ou penetrante. 
 
− Identificação de todas as lesões neurologicas 
relacionadas e significativas 
− Procurar lacerações, contusões ou evidencia 
de fraturas 
− Avaliação das pupilas e acuidade visual (escala 
de Snellen) 
− Sinal de guaxinim: equimose periorbitária, 
que indica possibilidade de fratura de base de 
crânio 
− Sinal de Battle: equimose periauricular, que 
também indica possibilidade de fratura de 
base de crânio 
 
− Os traumatismos maxilofaciais, quando não 
estão associados a obstrução da via aérea ou a 
hemorragia importante, só devem ser tratados 
após a completa estabilização do doente 
− Lembrar da possibilidade de fratura da lamina 
cribriforme (placa crivosa) 
 
− Doentes com trauma craniano e maxilofacial 
deve, ser considerados portadores de lesão 
instável de coluna cervical 
− O exame inclui inspeção, palpação e ausculta 
 
− A inspeção do tórax permite identificar lesões 
como pneumotórax aberto e grandes 
seguimentos instáveis 
− Contusões e hematomas da parede torácica 
devem alertar para a possibilidade de lesões 
ocultas 
− Lesões significativas podem manifestar-se por 
dor, dispneia e hipoxia 
− A avaliação inclui a palpação, percussão, 
ausculta e a radiografia do tórax 
 
− Um exame inicial normal do abdome não 
exclui lesões significativas 
− É importante a reavaliação constante do 
doente 
 ARMADILHAS!! 
✓ Edema local que acompanha lesões faciais graves ou o 
coma, podem impedir um exame completo dos olhos 
 ARMADILHAS!! 
✓ Sinais e sintomas tardios: uma lesão penetrante na via 
aérea pode causar um hematoma progressivo, que vai 
gerar sintomas clínicos tardios, podendo levar a 
obstrução da via aérea 
 ARMADILHAS!! 
✓ Lesões de viscera oca e retroperitoneais podem ser de 
difícil identificação 
 
− O períneo deve ser examinado a procura de 
contusões, hematomas, lacerações e 
sangramento uretral 
− Avaliar presença de sangue na luz intestinal, 
fraturas pélvicas e integridade da parede do 
reto e tonificidade do esfíncter 
− Sempre evitar manipulação excessiva da pelve, 
devido ao aumento do sangramento que pode 
ser causado 
 
− Os membros devem ser inspecionados para 
verificar a presença de contusões e 
deformidades 
− Palpação dos ossos pesquisando dor ou 
movimentos anormais, ajuda na identificação 
de fraturas ocultas 
− Fraturas pélvicas podem ser suspeitadas por 
equimoses sobre as asas do ilíaco, púbis, 
grandes lábios ou escroto 
− Lembrar que o sistema musculoesquelético 
tem um potencial grande de perda de sangue 
 
− Exame neurológico abrangente com avaliação 
sensorial e motora das extremidades, 
reavaliação do nível de consciência e avaliação 
pupilar 
− Em doentes com TCE é necessário parecer 
precoce do neurocirurgião 
− Monitorização frequente para avaliar 
deterioração no nível de consciência ou 
modificações no exame neurológico 
− Se um paciente piora do ponto de vista 
neurológico, a oxigenação e a perfusão do 
cérebro e a adequação da ventilação (ABCDE) 
devem ser reavaliadas 
− Deve ser feita avaliação da medula 
• 
− Pode-se solicitar exames diagnósticos 
especializados com o objetivo de identificar 
lesões especificas 
✓ TC e radiografias da coluna cervical e 
extremidades 
✓ Urografia excretora 
✓ Ecocardiograma 
✓ Broncoscopia 
• 
− O paciente politraumatizado deve ser 
reavaliado constantemente 
− A monitorização continuada dos sinais vitais e 
da diurese horaria é essencial 
• 
− A transferência deve ser considerada toda vez 
que as necessidades de tratamento do doente 
excederem a capacidade da instituição que o 
recebeu (equipamentos, recursos e equipe) 
− Definir a transferência sempre que conseguir a 
estabilização 
✓ Via aerea e controle de ventilação 
✓ Controle da hemorragia 
 
1. Em relação a triagem na avaliação e 
atendimento inicial nos casos de múltiplas 
vitimas, analise os itens seguintes: 
I. O tratamento prestado deve ser baseado na 
prioridade ABC (via aérea com proteção da 
coluna cervical, respiração, circulação com 
controle da hemorragia) 
II. Consideram-se múltiplas vitimas quando 
não se excede a capacidade de 
atendimento no hospital 
III. Consideram-se vitimas em massa quando se 
excede a capacidade de atendimento da 
instituição e equipe 
 
Estão corretos: 
a) Apenas o item III 
b) Apenas os itens II e III 
c) Apenas o item I 
d) Apenas o item III 
e) Todos os itens 
 
Múltiplas vitimas → não excede capacidade do 
hospital. O atendimento é feito dos mais 
graves para os menos graves. 
Vitimas em massa → excede os recursos e 
capacidade do hospital. Os pacientes com 
maior chance de sobreviver são atendidos 
primeiro. 
 
 
2. A tríade fatal no paciente politraumatizado 
que se submete a cirurgias extensas e 
complexas é: 
a) Alcalose, anemia e hipertermia 
b) Alcalose, discrasia e hipotermia 
c) Acidose, coagulopatia e hipertermia 
d) Acidose, discrasia e hipotermia 
Discrasia = coagulopatia 
 
3. Durante a avaliação inicial do paciente 
politraumatizado, no item D (disability) do 
ATLS, deve-se avaliar: 
a) Resposta motora, perfusão sanguínea 
inadequada, resposta verbal e abertura ocular. 
b) Abertura ocular, resposta motora, reflexo 
pupilar e resposta verbal 
c) Permeabilidade das vias aéreas, reflexo 
pupilar, resposta motora e verbal 
d) Abertura ocular, nível de consciência, 
permeabilidade das vias aéreas e reflexo 
pupilar 
e) Nenhuma das anteriores 
 
4. Em relação ao atendimento inicial ao 
politraumatizado, assinale a alternativa 
correta: 
a) Em pacientes com TCE grave é necessário 
um controle definitivo das vias aéreas e o 
melhor método é a realização de uma 
traqueostomia 
Apenas TCE grave não é indicação de traqueo. 
b) A contusão pulmonar pode levar à troca 
gasosa e a oxigenação inadequadas, com 
necessidade de ventilação mecânica 
c) A reposição volêmica deve ser feita 
preferencialmente por acesso venoso central 
A reposição volêmica deve ser feita 
preferencialmente por acesso periferico 
calibroso 
d) Quando há necessidade de estabelecer via 
aérea definitiva, a indução de sequência rápida 
deve ser feita com sedativos como 
benzodiazepínicos. 
No trauma, o mais utilizado é o etomidato. 
Benzodiazepínicos gera muita instabilidade no 
paciente 
e) A traqueostomia é o procedimento de 
escolha nos casos em que há indicação de via 
aérea cirúrgica de emergência 
A via aerea cirúrgica de emergência de 
recomendação é a cricotireoidostomia 
 
5. A incorporação da ultrassonografia como 
elemento semiológico para o diagnóstico, 
principalmente no tratamento ao 
politraumatizado e nas UTI’s tem ganhado 
força em todo mundo. Com relação ao FAST 
(Focused Assessment for Sonography in 
Trauma), marque a alternativa incorreta: 
a) O FAST no atendimento primário ao 
politraumatizado é destinado a avaliar o 
acúmulo de líquido (presumido como sangue) 
no saco pericárdico e abdome 
b) Os quadrantes avaliados devem ser: área 
pericárdica, quadrante superior direito (QSD), 
quadrante superior esquerdo (QSE) e pelve 
c) O sangue nos pacientes com lesão de 
víscera maciça seacumula primeiramente no 
espaço esplenorrenal 
O sangue se acumula primeiro no espaço de 
Morrison (hepatorrenal) 
d) A melhor Avaliação na pelve é realizada 
com bexiga cheia. 
 
6. Os politraumatizados de acidentes 
automobilísticos com uso de cinto de 
segurança de 2 pontos têm risco de lesões de 
que órgãos? 
a) Fígado 
b) Pâncreas 
c) Pulmões 
d) Intestino delgado e sigmoide 
e) Baço 
No trauma abdominal contuso, o órgão que mais 
lesiona é o baço, porém a quesao tem 
pegadinha: o uso de cinto de dois pontos 
favorece rompimento de delgado e sigmoide

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