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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV GESTÃO ESCOLAR BATURITÉ– CE 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 5 2.1 Os Fundamentos da Gestão Escolar.......................................................................... 5 2.2 Gestão Democrática nas escolas............................................................................... 7 3 OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR....................... 9 3.1 Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e gestão......................................................................................................................... 9 3.2 Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões pedagógicas com docentes e pais.............................................................................. 11 3.3 Análise crtica da gestão escolar na Escola (colocar o nome da escola e onde aconteceu o estágio).................................................................................................. 12 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 14 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 16 6 ANEXOS.................................................................................................................. 17 4 1. INTRODUÇÃO O exercício do Estágio supervisionado é qualificado como atividade indispensável na edificação de docentes nos cursos de licenciatura, é uma ampliação de aprendizagem essencial a um profissional que pretende realmente estar preparado para enfrentar as adversidades encontrados no desenvolvimento da sua profissão e deve acontecer no decorrer do curso de formação acadêmica. Acontece mediante um período de vivência em ambientes escolares, onde o profissional entra em contato com a realidade educacional nas instituições de ensino, proporcionando o mesmo solidificar os conhecimentos teóricos obtidos no decorrer do curso estabelecendo a relação entre teorias e práticas e culminando na práxis educativa. Nessa perspectiva, defende-se que os cursos em Pedagogia, mais precisamente o estágio em Gestão Escolar, necessita ter como finalidade uma formação que compreenda, pesquise, problematize e confronte o campo de atuação entre a realidade imposta e a realidade que se quer. Esta diástase pressupõe o rompimento de visões mecanicistas, fragmentadas e empiristas que compreendem o estágio somente como um campo operacional e desenvolvimento de habilidades. Os resultados dos trabalhos destacam que o estágio possibilita a produção de sínteses teórico-práticas, de transformação do processo existente e formação profissional no campo da gestão escolar. Assim, temos o desígnio de descrever nossas experiencias, conhecimentos e práticas adquiridos durante o Estágio Supervisionado IV, na modalidade de Gestão Escolar, do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade do Meciço de Baturité no estado do Ceará. Com o trágico acontecimento nesse ano de 2020 com o aparecimento da pandemia da COVID-19 pelo coronavírus (SARS-COV-2) todo processo educacional foi modificado, os desafios foram e ainda são enormes. Escolas fechadas, milhares de crianças, jovens e adultos foram sujeitos a suspensão das aulas com o objetivo de tentar amenizar a propagação do novo coronavírus estabelecendo entre outras demandas, a necessidade de atenção constante em relação a meios de garantir qualidade de vida e saúde de todos que compoem a comunidade escolar, assim, as aulas estão acontecendo de forma remota e o estágio supervisionado em gestão escolar aconteceu algumas vezes de forma presencial respeitando todos os critérios determinados pelo ministério da saúde, e outras de forma remota com o uso da tecnologia google meet. Porém, todo processo do estágio aconteceu na escola EMEIF Joaquim Ribeiro dos Santos, localizada na comunidade Encantos do Bom Jardim a 12 km do município de 5 Tamboril-Ce, que tem como diretora a senhora Erinete dos Santos Oliveira conhecida popularmente por Neta, graduada em letras e pós graduada em gestão, a mesma ocupa o cargo de diretora desde 2013, atua na educação desde 2005 sendo efetivada através de concurso público do município no cargo de professora desde 2006, residindo no município de Tamboril, e a coordenadora Luana Lopes de Souza que está na educação a 10 anos, na instituição a 4 anos sendo 2 anos na coordenação da escola, a mesma é formada em pedagogia e pós graduada em psicopedagogia e linguistica/língua portuguesa. O Estágio Supervisinado pode ser considerado como uma “[...] oportunidade de aprendizagem da profissão docente e da construção da identidade profissional” ( PIMENTA; LIMA, 2012, p.99-100). Sendo assim, não se trata da mera aquisição de habilidades técnicas ou do “saber fazer”, mas a prática do Estágio Supervisionado possibilitará ao acadêmico estagiário um espaço de ação-reflexão-ação sobre a realidade escolar concreta e, por consequência, sobre a construção e a afirmação de seu “ser” profissional da educação. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Os fundamentos da gestão escolar. Os instrumentos da gestão escolar apropriam-se de diferentes modalidades, adequado a idéia que se tenha das finalidades sociais e politícas da educação em relação à sociedadc e à formação dos alunos. Para Libaneo (2012), há duas concepções contínuas: científico racional e sociocrática. Na concepção científico racional, o importante é conceber a escola como um ambiente burocrático e técnico. A gestão é centralizadora, as decisões são sempre piramidais e a meta é cumprir os planos elaborados, sem a participação da comunidade escolar. A escola é vista como uma organização objetiva, neutra e técnica. Já na concepção sociocrática, a gestão escolar é conhecida como um sistema que congrega pessoas. A gestão escolar não é algo objetivo, neutro, mas uma construção social feita pelos sujeitos que estão em volta da escola, ou seja, a comunidade escolar. Para o autor Paro a concepção sociocrática é dividida em três concepções. A concepção autogestionada possui suas bases na construção coletiva, na descentralização da direção e na forte participação dos sujeitos da escola. A concepção interpretativa considera como elementos prioritários, na gestão escolar, as interpretações e a interação das pessoas, opondo-se à concepção técnico racional, pois vê as práticas como uma construção social. Por 6 fim, a concepção democrático participativa, baseando-se na relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe. Buscam-se objetivos comuns entre os envolvidos nas tomadas de decisões. É notório que as concepções da gestão escolar refletem as diferentes posições políticas assumidas pelas pessoas e pela sociedade. Assim, o modo com que uma escola assume sua gestão deve possuir, necessariamente, estruturas pedagógicas e com compromissos de mudanças e de transformações sociais. O que há de comum entre as concepções acima expostas é a contrariedade à dominação e à subordinação dos sujeitos envolvidos. Tais concepções colaboram na análise da estrutura e na ação da gestão de uma escola, mas possuem dificuldade em se apresentar de forma concreta. Assim a escola é uma instituição social que apresenta unidade em seus aobjetivos ( sociopolíticos e pedagógicos) e interdependência entre a necessária racionalidade no uso dos recursos materiais e conceituais e a coordenação dos esforços humanos. São propostos os seguintes princípios da concepção da gestão escolar: autonomia da escola e da comunidadeescolar; relação viva e recíproca entre direção e equipe escolar; participação da comunidades nas questões da escola; planejamento das ações; formação contínua para todos os envolvidos no espaço escolar; uso de informações vivas e concretas para a análise dos problemas; avaliação participativa e contínua e relações humanas em busca dos objetivos comuns. Assim faz necessário uma formação contínua para os gestores e equipe escolar de uma instituição de ensino e compreende-se que, sem capacitação necessária para dinamizar, gerenciar as atividades, recursos e projetos no âmbito educacional, é quase impossível que os mesmos consigam desempenhar suas funções dentro dos princípios de tais concepções. Sob o ponto de vista de Lück (2009): O trabalho de gestão escolar exige, pois, o exercício de múltiplas competências específicas e dos mais variados matizes. A sua diversidade é um desafio para os gestores. Dada, de um lado, essa multiplicidade de competências, e de outro, a dinâmica constante das situações, que impõe novos desdobramentos e novos desafios ao gestor, não se pode deixar de considerar como fundamental para a formação de gestores, um processo de formação continuada, em serviço, além de programas especiais e concentrados sobre temas específicos.(LÜCK, 2009, p. 25). A partir de tais reflexões e contribuições dos teóricos percebe-se a importância da gestão no contexto escolar e a necessidade de formação continuada para os membros da área. Entende-se que o mesmo precisa estar capacitado para gerir todo o conjunto de ensinamentos e experiência necessárias a fim de garantir a qualidade do ensino oferecido aos alunos e ainda 7 manter a organização e funcionamento da instituição em todos os aspectos: físico, sócio- político, relacional, material e financeiro. 2.2 Gestão democrática nas escolas. Atualmente no contexto educacional brasileiro, a temática gestão democrática tem sido alvo de grandes debates, principalmente, no seio das escolas públicas, A democratização e a participação são primordiais na relação política, na dinâmica do processo democrático de transformação da realidade educativa inserida no mundo capital. Somente tais pressupostos estimulam a discussão, compreendem a reflexão, geram criatividade e produzem o saber, elementos essenciais para o coletivismo no ambiente social. A gestão democrática da escola e dos sistemas de educação é um dos princípios constitucionais da educação pública brasileira, segundo o Art. 206, incisos de VI, da CF/88, a saber: Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade; VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos da lei federal. (BRASIL, 1988) Desse modo, a gestão democrática é uma base reconhecida pela referida Carta Magna, e que não só contem as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, mas proporciona a legitimidade das unidades escolares na prática da democratização da gestão ao mesmo tempo que oportuniza a melhoria do processo educativo. Para que a existência de uma gestão democrática na escola se torne realidade, é necessária a participação efetiva de todos, é preciso promover a união da comunidade escolar. Segundo Paro (2001), a gestão da escola pública só vai mudar e se tornar democrática, de fato, se a comunidade escolar estiver consciente da força de ação de sua união; a gestão democrática da escola exige uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar, é necessário que os pais, alunos e professores se reconheçam como 8 dirigentes e gestores e não meros fiscalizadores e receptores de serviços educacionais, pois em uma gestão democrática pais, alunos, professores e demais funcionários assumem cada qual a sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDBEN), a gestão democrática aparece entre os princípios e fins da educação nacional no Art. 3º, inciso VIII – gestão democrática do ensino público, na forma da lei e na legislação dos sistemas de ensino. A comunidade (pais, alunos, trabalhos da educação), pode contribuir na avaliação do trabalho da escola, de sua proposta pedagógica para a efetivação da gestão democrática, sendo exposta essa possibilidade da LDBEN/96 em seu Art.12, sobre os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão a incumbência assim como consta no inciso VI – articula-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola. Em decorrência dessas normas, o Plano Nacional de Educação de 2014 (Lei 13.005/14), propõe organizar e operacionalizar a educação nacional, definindo ações e metas a serem atingidas em um prazo de dez anos, ao estabelecer a gestão democrática como uma das diretrizes a serem implantadas, o mesmo propõe organizar e operacionalizar a educação nacional, e estabelece entre os seus objetivos principais, saber: Democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 2014) Em suma, conforme visto nas legislações federais pode afirmar-se que a gestão democrática da escola pública pode contribuir para a consciência e participação dos seus sujeitos sociais no interior da mesma, ao fomentar uma gestão participativa, coletiva e democrática, aos quais habilitam professores, alunos, pais e gestores ao constituírem uma gestão de qualidade. A participação, o envolvimento de toda a comunidade escolar nas discussões relacionadas à escola, é de fundamental importância para o processo de identificação e concretude da qualidade educacional. Várias iniciativas voltadas para o fortalecimento da democratização e da autonomia da administração da escola pública no Brasil têm ocorrido. Teoricamente, elas compartilham da possibilidade de efetivar maior poder na escola, construindo um caminho para a progressiva autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola entre e com os que fazem a educação acontecer cotidianamente. Schneckenberg (1999, p. 13) afirma que 9 “qualquer proposta inovadora referente a políticas educacionais somente terá êxito se o gestor e os membros internos da escola estiverem efetivamente envolvidos no processo”. Podemos citar o PPP (Projeto político Pedagógico) que é entendido como um instrumento eficaz de organização da instituição escolar, que busca melhor participação e desenvolvimento de toda a escola. Para Veiga [...] o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de plano de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhamento às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola[...](VEIGA,1995, p.12 e 13). A elaboração do Projeto Político Pedagógico, sem a participaçãoda comunidade escolar não surte nenhum efeito, pois representará uma visão monista de uma pequena parcela autoritária. É importante a participação de toda a comunidade escolar no momento da criação/formulação do referido documento (PPP), já que esse documento democrático conduzirá os princípios norteadores das práticas pedagógicas acordadas coletividade pelos mesmos, portanto deve conter obrigatoriamente as características e necessidades únicas da escola. O Projeto Político Pedagógico (PPP), construído coletivamente por aqueles que constituem o cotidiano da escola, torna-se efetiva a participação e envolvimento de todos no processo educacional, ao tornar o sentido de pertencia um estado natural. A partir dessa constituição natural democrática, percebe-se que a participação dos membros da escola: pais, professores, alunos e gestores, assumem como um elemento facilitador (pro) relacionamento dos seus participantes, e esta comunhão constitui matéria imprescindível para uma educação de qualidade, onde cada membro da escola, sabendo de sua responsabilidade e do compromisso que tem com a educação, passaram a compreender melhor e valorizar a importância da participação e do trabalho de todos. 3 OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR 3. 1 Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e gestão. Para alcançar os objetivos da educação expostos na CFB e posteriormente estabelecidos na LDB entende-se que o ambiente escolar precisa ser gerenciado. Toda e qualquer organização necessita de uma prática administrativa que oriente na busca de seus 10 objetivos. Observa-se que a gestão da escola pública é uma tarefa que demanda competência técnica, pois a escola, como uma organização pública, exige uma gestão embasada nos princípios da gestão participativa, que demanda conhecimentos administrativos e pedagógicos. Assim, podemos observar que a gestão da escola é comprometida com as comunidades e com os que compoem o piso escolar, e está sempre desassossegada com relação a aprendizagem dos seus educandos e a interação da comunidade escolar com as famílias procurando manter escola e comunidade sempre em sintonia, mesmo diante do momento que vivenciamos com a pandemia do COVID-19, a gestão procura estar sempre em contato com as mesmas, fazendo visitas nas residências e procurando saber como está o estudo domiciliar e quais suas dificuldades e preocupações. Com relação aos professores todas as segunda feiras acontece reuniões onde falam de suas dificuldades, de como foi a semana de estudo remoto, encontro esse que acontece atravéz do google meet, além de haver um encontro mensal onde fazem os planejamntos mensais e são discultidos mètodos de melhoramento para a aplicação do ensino remoto, são feitos dois encontros, um com os professores da Educação Infantil e outro com os professores do ensino fundamental (anos iniciais) em dias diferentes, esses encontros acontece presencial respeitando todos os procedimentos de segurança exigido pelo ministério da saúde como prevenção a pandemia do COVID-19 e com a participação de gestores e professores. Sob a visão de Lück (2009): Na escola, o diretor é o profissional a quem compete a liderança e organização do trabalho de todos os que nela atuam, de modo a orientá-los no desenvolvimento de ambiente educacional capaz de promover aprendizagem e formação dos alunos, no nível mais elevado possível, de modo que estejam capacitados a enfrentar os novos desafios que são apresentados. (LÜCK,2009, p. 17). Para Neta, a diretora da escola o gestor é responsável por toda a instituição, desde as pessoas que trabalham na cozinha, limpeza, vigia, professores, alunos, enfim, todo o andamento da instituição é de responsabilidade do mesmo e compara um diretor como um dona da casa, por que tudo que acontece dentro de uma casa é de responsabilidade do mesmo, assim é para um diretor em relação a escola. Assim, podemos perceber que o diretor de uma instituição escolar assume uma série de funções, tanto de natureza administrativa, quanto pedagógica, precisa ter alguns conhecimentos essencias para exercer a função com êxito. 11 3.2 Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões pedagógicas com docentes e pais. Como estamos vivenciando um momento bem complicado com relação a pandemia do COVID-19, a instituição promove reuniões semanais (pelo google meet) com os professores e coordenador e um encontro mensal (presencial) com os professores para planejamento, esses encontros acontece por área, um dia com os professores da educação infantil e outro com os professores do ensino fundamental (anos iniciais). Participamos de dois encontros virtuais onde os professores discutiam sobre o andamento das atividades remotas, os pontos positivos e negativos encontrados na realização de suas ações. A preocupação da gestão com relação aos educandos para que o ensino chegasse a todos era notória, sabemos que muitas crianças estão sem aula desde março quando começou a pandemia, muitos por falta de um celular, falta de internet em casa e até mesmo por falta de incentivo ou acompanhamento da família. Preocupados com a situação a Secretaria de Educação do Município de Tamboril juntamente com gestores e docentes pensaram em um meio de estar levando o ensino até essas crianças, então surgiu a idéia de um docentes está indo até a residência dessas crianças dar aula e isso acontecia uma vez por semana, no primeiro momento foi uma ação voluntária de cada docente mas que depois passaram a receber uma ajuda de custo, essas pessoas foram tituladas “ Agentes domiciliares”, e no encontro cada professor falava das suas esperiências e de como estava a aprendizagem do educando visitado. A diretora e coordenadora em suas falas eram sempre muito positivas e passavam segurança e motivação para os professores, sempre deixando os professores bem a vontade para se expressar e dar suas opiniões. Eram passados informes sobre feriados e cursos de formação para os professores. Participamos de dois encontros para planejamento mensal da Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais), os dois encontros aconteceram em dias diferentes e presenciais, porém, a pauta da reunião, o planejamento eram bem parecidos. No primeiro momento fomos ( nós estagiários e professores) recepcionados com a apresentação de um livro “ O baú Ancestral “ história de Bisavó e uma música que nos fazia voltar ao passado, todos os professores foram orientados a falar um pouco de quais lembranças aquela música lhes trouxera, foi um momento rico pois através daquela dinâmica foi possível conhecer um pouco da história de cada professor. No segundo momento foram alguns informes onde a coordenadora apresentava 12 dentre eles algumas sugestões enviadas pela Secretaria de Educação para os professores, e um deles era um projeto bastante interessante sobre contação de história, “ Era uma vez um pé de Tamboril”, O projeto tem o objetivo de incentivar as crianças ao hábito de leitura, foi apresentado alguns métodos mas os professores ficariam a vontade para desenvolver o projeto da melhor forma a proporcionar melhores resultados para os educando. No terceiro momento foi o planejamento onde cada professor faria seu planejamento individual para o mês. Os questionamentos que havia entre os professores, vi ali uma equipe com o mesmo objetivo e com a mesma sintonia, como disse a diretora Neta em uma de suas falas conosco “ A escola tem uma missão e para que essa missão seja vivenciada é importante que todos estejam funcionando como uma orquestra, em uma orquestra se alguém sair fora do compasso a coisa desanda”. Assim a diretora afirma a importância do cuidado ao formar equipes, e ainda concluindo sua fala: “acreditar que a escola é sim capaz de crescer, observar o aprendizado dosdiscentes, observar a prática dos docentes, a partir de todas essas observações é que se ver se está ou não no caminho certo, é algo muito importante que toda gestão tem que ter que é esse cuidado, acompanhamento, esse jeito de avaliar e de se alto avaliar, se ver como parte de uma A coordenadora e diretora estavam sempre se propondo a ajudar, dando sugestões para família, ajudando em tudo que for possível ajudar, intervir no que for preciso intervir principalmente na hora de formar a equipe no início do ano”. Nesse sentido, diante dessa perspectiva os princípios como autonomia e participação são fundamentais de serem compreendidos, não só compreendidos mas também praticados constantemente a partir da gestão democrática ao subsidiar a atuação do gestor no alcance de resultados satisfatórios. 3.3 Análise crtica da gestão escolar na Escola joaquim Ribeiro dos Santos Todo processo de estágio aconteceu na instituição de ensino EMEIF Joaquim Ribeiro dos Santos, localizada na comunidade de Encantados do Bom Jardim a 12 km do município de Tamboril, é uma instituição que acolhe 98 crianças de 09 comunidades da creche ao ensino fundamental I, durante o estágio percebi toda conjutura desenvolvida na instituição na área pegagógica em relação a formação de professores, o planejamento e todas suas práticas. De acordo com Libâneo (2011, p. 121), “[...] a escola é um espaço educativo, lugar de aprendizagem em que todos aprendem a participar dos processos decisórios, mas 13 também o local em que os profissionais desenvolvem sua profissionalidade”. O autor expoe que a escola é uma instituição estruturada , que administra e oportuniza saberes apropriados estabelecidos em uma condição democrática de valores incalculáveis de desenvolvimentos e aprimoramentos que enriquecem o aprendizado. Nesse sentido percebi que a gestão da instituição tem uma preocupação bastante evidente com relação ao processo de ensino aprendizagem das crianças e também com a formação contínua dos professore, mediante a pandemia do COVID-19 todo o processo de ensino foi adaptado para que as crianças não ficasse sem aprendizagem escolar, então todo esse processo está acontecendo por meio da tecnologia do whatsApp. Os professores estão se reinventando procurando métodos que facilitem a aprendizagem dos educandos, a Secretaria de Educação do Município de Tamboril oferta cursos de tecnologia com a finalidade de estar motivando e agregando conhecimento aos docentes e gestores, assim diante de todo esse processo a diretora faz visitas periodicamente as residências dos educandos para saber como estão os estudos domiciliares, a mesma mostrou conhecer as particularidades de todas as famílias das comunidades na qual tem filhos acolhido pela escola, uma ação que pra mim é sublime, pois são poucos diretores que tem essa preocupação com seus educandos, somos sabedores que existem crianças que desde que começou a pandemia que não tem acesso ao ensino escolástico. Durante o perído de estágio percebi que todas as ações da instituição era bem louvável, mas que poderia melhorar se o trabalho com relação as práticas pedagógicas fossem mais compartilhadas entre os professores, o resultado com certeza seria bem melhor, pois havia professores sem habilidade quase nenhuma com as tecnologias e outros bem hábeis a troca de conhecimento seria muito positiva para todos, e no final os maiores beneficiados seriam os educandos, havia falta de organização e participação dos mesmos na troca de conhecimento. Acredito que é de suma importância adquirir conhecimentos diariamente e estratégias para estabelecer metas de aprendizagem, mecanismo contínuo que infere diretamente nos educandos e no desenvolvimento do exercício da função e que deve haver essa troca entre os profissionais. E sobre essas trocas de conhecimentos, organização e participação para adquirir o saber LUCK (2007) destaque que: Por sua própria função, a escola constitui-se em uma organização sistemática aberta, isto é, em um conjunto de elementos (pessoas, com diferentes papéis, estrutura de relacionamentos, ambiente físico, etc.), que interagem e se influenciam mutuamente, conjunto esse relacionado, na forma de troca de influências e saberes inerentes ao meio em que se insere.(LUCK, 2007, p. 9). 14 Nesse sentido a qualidade de ensino depende do desempenho da maneira de expor o trabalho, de todos que estão envolvido nesse processo e todos devem estar impulsionados a estar dividindo seus conhecimentos, analisando e buscando maneiras para a execução de um trabalho próspero com resultados propícios. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante todo o processo do estágio supervisionado em gestão tive a oportunidade de concluir o quanto é essencial esse momento que ocorre durante todo o curso de formação acadêmica para um futuro profissional, estar vivenciando esse processo de aprendizagem é realmente indispensável para o profissional que realmente está disposto a enfrentar os desafios de uma carreira. O aprendizado é mais categórico quando conquistado atravéz de vivências, experiências, o conhecimento é captado com mais eficiência. Nesse percurso aconteceram momentos que pra mim foram excepcionais, o acompanhamento da execução do trabalho da diretora principalmente, me fez ter um novo olhar para a educação, a importância , a responsabilidade, o comprometimento com as crianças, comunidades e todos que compoem o chão da escola. As visitas feitas periódicamente às residências das crianças que a escola acolhe, o conhecimento da realidade de cada família, a preocupação que a mesma tem com toda a equipe da escola, enfim, fatores que acredito serem essencias para se fazer uma boa gestão, e eu não poderia deixar de citar algumas de suas falas , quando diz que uma escola de qualidade é a escola que acima de tudo os educandos são vistos como protagonistas, é uma escola onde de fato se acredita no potencial da equipe, no potencial das crianças e sem dúvida nenhuma, que acredite que todos somos capaz de fazer o nosso papel. Ainda percebi que a escola tem o compromisso de estar sempre contextualiando , trabalhando de forma com que os alunos possam de fato sair da escola com sua criticidade desenvolvida, que possam sair da escola lendo, interpretando, se sentindo parte dessa história, Nesse sentido Lück relata que: A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação em educação, que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiasi e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade complexa, globalizada e da economia centrada no conhecimento. (LÜCK, 2009, p. 24). 15 Diante do que foi exposto pelo autor percebe-se que é de extrema relevância a eficiência da gestão escolar para a qualidade de ensino. E esse trabalho me propôs justamente refletir sobre essa temática, analisar o desenvolvimento do trabalho, a formação, o desemprenho, a responsabilidade que cada profissional tem em contribuir para o aprimoramento da educação. Portanto entende-se que as escolas devem ser planejadas para se transformar em centros de debates permanentes, buscar a integração escola-comunidade-família; pais, professores e alunos devem estar satisfeitos, novas metodologias de ensino devem ser buscadas; educação continuada para alunos e professores motivados, e mediante o momento em que a tecnologia foi essencial não podemos esquecer o uso da mesma para dar a todos o direito de se apropriar do conhecimento que o tornará sujeito de sua própria história. 16 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Constituição, (1988). Constituição da República federativa do Brasil.Brasília, DF: Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao.htm> Acesso em 30 nov. 2020. BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da república federativa do Brasil, DF, 26 jun. de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ Ato2011-2014/Lei/L13005.htm. Acesso em: 30 nov. 2020. LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola: teoria e pratica. 6. Ed. São Paulo: Editora Heccus, 2011. LUCK. H. Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação Educacional. 25. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. LÜCK, H. Dimensões da Gestão Escolar e suas competências. Curitiba: Ed. Positivo. 2009. PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública – São Paulo: Ática, 2001. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2012. SCHNECKENBERG, Marisa. A implantação do Proem como política educacional no cotidiano da gestão escolar. Curitiba, 1999. Dissertação ( Mestrado) – PUC. VEIGA, Ilma P. A.(Org.) Projeto político-pedagógico: uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1995. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil%2003/%20Ato2011-2014/Lei/L13005.htm 17 6 ANEXOS
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