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RELATÓRIO ESTAGIO SUPERVISIONADO EM GESTAO ESCOLAR 5

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 
GESTÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BATURITÉ– CE 
2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 5 
2.1 Os Fundamentos da Gestão Escolar.......................................................................... 5 
2.2 Gestão Democrática nas escolas............................................................................... 7 
3 OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR....................... 9 
3.1 
Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e 
gestão......................................................................................................................... 9 
3.2 
Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões 
pedagógicas com docentes e pais.............................................................................. 11 
3.3 
Análise crtica da gestão escolar na Escola (colocar o nome da escola e onde 
aconteceu o estágio).................................................................................................. 12 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 14 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 16 
6 ANEXOS.................................................................................................................. 17 
 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O exercício do Estágio supervisionado é qualificado como atividade indispensável 
na edificação de docentes nos cursos de licenciatura, é uma ampliação de aprendizagem 
essencial a um profissional que pretende realmente estar preparado para enfrentar as 
adversidades encontrados no desenvolvimento da sua profissão e deve acontecer no decorrer 
do curso de formação acadêmica. Acontece mediante um período de vivência em ambientes 
escolares, onde o profissional entra em contato com a realidade educacional nas instituições 
de ensino, proporcionando o mesmo solidificar os conhecimentos teóricos obtidos no decorrer 
do curso estabelecendo a relação entre teorias e práticas e culminando na práxis educativa. 
Nessa perspectiva, defende-se que os cursos em Pedagogia, mais precisamente o 
estágio em Gestão Escolar, necessita ter como finalidade uma formação que compreenda, 
pesquise, problematize e confronte o campo de atuação entre a realidade imposta e a realidade 
que se quer. Esta diástase pressupõe o rompimento de visões mecanicistas, fragmentadas e 
empiristas que compreendem o estágio somente como um campo operacional e 
desenvolvimento de habilidades. 
Os resultados dos trabalhos destacam que o estágio possibilita a produção de 
sínteses teórico-práticas, de transformação do processo existente e formação profissional no 
campo da gestão escolar. Assim, temos o desígnio de descrever nossas experiencias, 
conhecimentos e práticas adquiridos durante o Estágio Supervisionado IV, na modalidade de 
Gestão Escolar, do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade do Meciço de Baturité 
no estado do Ceará. 
Com o trágico acontecimento nesse ano de 2020 com o aparecimento da pandemia 
da COVID-19 pelo coronavírus (SARS-COV-2) todo processo educacional foi modificado, os 
desafios foram e ainda são enormes. Escolas fechadas, milhares de crianças, jovens e adultos 
foram sujeitos a suspensão das aulas com o objetivo de tentar amenizar a propagação do novo 
coronavírus estabelecendo entre outras demandas, a necessidade de atenção constante em 
relação a meios de garantir qualidade de vida e saúde de todos que compoem a comunidade 
escolar, assim, as aulas estão acontecendo de forma remota e o estágio supervisionado em 
gestão escolar aconteceu algumas vezes de forma presencial respeitando todos os critérios 
determinados pelo ministério da saúde, e outras de forma remota com o uso da tecnologia 
google meet. 
Porém, todo processo do estágio aconteceu na escola EMEIF Joaquim Ribeiro dos 
Santos, localizada na comunidade Encantos do Bom Jardim a 12 km do município de 
5 
 
 
Tamboril-Ce, que tem como diretora a senhora Erinete dos Santos Oliveira conhecida 
popularmente por Neta, graduada em letras e pós graduada em gestão, a mesma ocupa o cargo 
de diretora desde 2013, atua na educação desde 2005 sendo efetivada através de concurso 
público do município no cargo de professora desde 2006, residindo no município de Tamboril, 
e a coordenadora Luana Lopes de Souza que está na educação a 10 anos, na instituição a 4 
anos sendo 2 anos na coordenação da escola, a mesma é formada em pedagogia e pós 
graduada em psicopedagogia e linguistica/língua portuguesa. 
O Estágio Supervisinado pode ser considerado como uma “[...] oportunidade de 
aprendizagem da profissão docente e da construção da identidade profissional” ( PIMENTA; 
LIMA, 2012, p.99-100). Sendo assim, não se trata da mera aquisição de habilidades técnicas 
ou do “saber fazer”, mas a prática do Estágio Supervisionado possibilitará ao acadêmico 
estagiário um espaço de ação-reflexão-ação sobre a realidade escolar concreta e, por 
consequência, sobre a construção e a afirmação de seu “ser” profissional da educação. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Os fundamentos da gestão escolar. 
 
Os instrumentos da gestão escolar apropriam-se de diferentes modalidades, 
adequado a idéia que se tenha das finalidades sociais e politícas da educação em relação à 
sociedadc e à formação dos alunos. 
Para Libaneo (2012), há duas concepções contínuas: científico racional e 
sociocrática. Na concepção científico racional, o importante é conceber a escola como um 
ambiente burocrático e técnico. A gestão é centralizadora, as decisões são sempre piramidais e 
a meta é cumprir os planos elaborados, sem a participação da comunidade escolar. A escola é 
vista como uma organização objetiva, neutra e técnica. Já na concepção sociocrática, a gestão 
escolar é conhecida como um sistema que congrega pessoas. A gestão escolar não é algo 
objetivo, neutro, mas uma construção social feita pelos sujeitos que estão em volta da escola, 
ou seja, a comunidade escolar. 
Para o autor Paro a concepção sociocrática é dividida em três concepções. A 
concepção autogestionada possui suas bases na construção coletiva, na descentralização da 
direção e na forte participação dos sujeitos da escola. A concepção interpretativa considera 
como elementos prioritários, na gestão escolar, as interpretações e a interação das pessoas, 
opondo-se à concepção técnico racional, pois vê as práticas como uma construção social. Por 
6 
 
 
fim, a concepção democrático participativa, baseando-se na relação orgânica entre a direção e 
a participação dos membros da equipe. Buscam-se objetivos comuns entre os envolvidos nas 
tomadas de decisões. 
É notório que as concepções da gestão escolar refletem as diferentes posições 
políticas assumidas pelas pessoas e pela sociedade. Assim, o modo com que uma escola 
assume sua gestão deve possuir, necessariamente, estruturas pedagógicas e com 
compromissos de mudanças e de transformações sociais. O que há de comum entre as 
concepções acima expostas é a contrariedade à dominação e à subordinação dos sujeitos 
envolvidos. 
Tais concepções colaboram na análise da estrutura e na ação da gestão de uma 
escola, mas possuem dificuldade em se apresentar de forma concreta. Assim a escola é uma 
instituição social que apresenta unidade em seus aobjetivos ( sociopolíticos e pedagógicos) e 
interdependência entre a necessária racionalidade no uso dos recursos materiais e conceituais 
e a coordenação dos esforços humanos. 
São propostos os seguintes princípios da concepção da gestão escolar: autonomia 
da escola e da comunidadeescolar; relação viva e recíproca entre direção e equipe escolar; 
participação da comunidades nas questões da escola; planejamento das ações; formação 
contínua para todos os envolvidos no espaço escolar; uso de informações vivas e concretas 
para a análise dos problemas; avaliação participativa e contínua e relações humanas em busca 
dos objetivos comuns. 
 Assim faz necessário uma formação contínua para os gestores e equipe escolar de 
uma instituição de ensino e compreende-se que, sem capacitação necessária para dinamizar, 
gerenciar as atividades, recursos e projetos no âmbito educacional, é quase impossível que os 
mesmos consigam desempenhar suas funções dentro dos princípios de tais concepções. 
Sob o ponto de vista de Lück (2009): 
O trabalho de gestão escolar exige, pois, o exercício de múltiplas competências 
específicas e dos mais variados matizes. A sua diversidade é um desafio para os 
gestores. Dada, de um lado, essa multiplicidade de competências, e de outro, a 
dinâmica constante das situações, que impõe novos desdobramentos e novos 
desafios ao gestor, não se pode deixar de considerar como fundamental para a 
formação de gestores, um processo de formação continuada, em serviço, além de 
programas especiais e concentrados sobre temas específicos.(LÜCK, 2009, p. 25). 
 
A partir de tais reflexões e contribuições dos teóricos percebe-se a importância da 
gestão no contexto escolar e a necessidade de formação continuada para os membros da área. 
Entende-se que o mesmo precisa estar capacitado para gerir todo o conjunto de ensinamentos 
e experiência necessárias a fim de garantir a qualidade do ensino oferecido aos alunos e ainda 
7 
 
 
manter a organização e funcionamento da instituição em todos os aspectos: físico, sócio-
político, relacional, material e financeiro. 
 
2.2 Gestão democrática nas escolas. 
 
Atualmente no contexto educacional brasileiro, a temática gestão democrática tem 
sido alvo de grandes debates, principalmente, no seio das escolas públicas, A democratização 
e a participação são primordiais na relação política, na dinâmica do processo democrático de 
transformação da realidade educativa inserida no mundo capital. Somente tais pressupostos 
estimulam a discussão, compreendem a reflexão, geram criatividade e produzem o saber, 
elementos essenciais para o coletivismo no ambiente social. 
A gestão democrática da escola e dos sistemas de educação é um dos princípios 
constitucionais da educação pública brasileira, segundo o Art. 206, incisos de VI, da CF/88, a 
saber: 
Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte 
e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público 
de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade; 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação 
escolar pública, nos termos da lei federal. (BRASIL, 1988) 
 
Desse modo, a gestão democrática é uma base reconhecida pela referida Carta 
Magna, e que não só contem as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, mas 
proporciona a legitimidade das unidades escolares na prática da democratização da gestão ao 
mesmo tempo que oportuniza a melhoria do processo educativo. 
Para que a existência de uma gestão democrática na escola se torne realidade, é 
necessária a participação efetiva de todos, é preciso promover a união da comunidade escolar. 
Segundo Paro (2001), a gestão da escola pública só vai mudar e se tornar democrática, de fato, 
se a comunidade escolar estiver consciente da força de ação de sua união; a gestão 
democrática da escola exige uma mudança de mentalidade de todos os membros da 
comunidade escolar, é necessário que os pais, alunos e professores se reconheçam como 
8 
 
 
dirigentes e gestores e não meros fiscalizadores e receptores de serviços educacionais, pois em 
uma gestão democrática pais, alunos, professores e demais funcionários assumem cada qual a 
sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola. 
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDBEN), a gestão 
democrática aparece entre os princípios e fins da educação nacional no Art. 3º, inciso VIII – 
gestão democrática do ensino público, na forma da lei e na legislação dos sistemas de ensino. 
A comunidade (pais, alunos, trabalhos da educação), pode contribuir na avaliação do trabalho 
da escola, de sua proposta pedagógica para a efetivação da gestão democrática, sendo exposta 
essa possibilidade da LDBEN/96 em seu Art.12, sobre os estabelecimentos de ensino, 
respeitadas as normas comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão a incumbência assim 
como consta no inciso VI – articula-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola. 
Em decorrência dessas normas, o Plano Nacional de Educação de 2014 (Lei 
13.005/14), propõe organizar e operacionalizar a educação nacional, definindo ações e metas a 
serem atingidas em um prazo de dez anos, ao estabelecer a gestão democrática como uma das 
diretrizes a serem implantadas, o mesmo propõe organizar e operacionalizar a educação 
nacional, e estabelece entre os seus objetivos principais, saber: 
Democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, 
obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na 
elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades 
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 2014) 
Em suma, conforme visto nas legislações federais pode afirmar-se que a gestão 
democrática da escola pública pode contribuir para a consciência e participação dos seus 
sujeitos sociais no interior da mesma, ao fomentar uma gestão participativa, coletiva e 
democrática, aos quais habilitam professores, alunos, pais e gestores ao constituírem uma 
gestão de qualidade. A participação, o envolvimento de toda a comunidade escolar nas 
discussões relacionadas à escola, é de fundamental importância para o processo de 
identificação e concretude da qualidade educacional. 
Várias iniciativas voltadas para o fortalecimento da democratização e da 
autonomia da administração da escola pública no Brasil têm ocorrido. Teoricamente, elas 
compartilham da possibilidade de efetivar maior poder na escola, construindo um caminho 
para a progressiva autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola entre e com os 
que fazem a educação acontecer cotidianamente. Schneckenberg (1999, p. 13) afirma que 
9 
 
 
“qualquer proposta inovadora referente a políticas educacionais somente terá êxito se o gestor 
e os membros internos da escola estiverem efetivamente envolvidos no processo”. 
Podemos citar o PPP (Projeto político Pedagógico) que é entendido como um 
instrumento eficaz de organização da instituição escolar, que busca melhor participação e 
desenvolvimento de toda a escola. Para Veiga 
[...] o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de plano de 
ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida 
arquivado ou encaminhamento às autoridades educacionais como prova do 
cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os 
momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da 
escola[...](VEIGA,1995, p.12 e 13). 
A elaboração do Projeto Político Pedagógico, sem a participaçãoda comunidade 
escolar não surte nenhum efeito, pois representará uma visão monista de uma pequena parcela 
autoritária. É importante a participação de toda a comunidade escolar no momento da 
criação/formulação do referido documento (PPP), já que esse documento democrático 
conduzirá os princípios norteadores das práticas pedagógicas acordadas coletividade pelos 
mesmos, portanto deve conter obrigatoriamente as características e necessidades únicas da 
escola. 
O Projeto Político Pedagógico (PPP), construído coletivamente por aqueles que 
constituem o cotidiano da escola, torna-se efetiva a participação e envolvimento de todos no 
processo educacional, ao tornar o sentido de pertencia um estado natural. A partir dessa 
constituição natural democrática, percebe-se que a participação dos membros da escola: pais, 
professores, alunos e gestores, assumem como um elemento facilitador (pro) relacionamento 
dos seus participantes, e esta comunhão constitui matéria imprescindível para uma educação 
de qualidade, onde cada membro da escola, sabendo de sua responsabilidade e do 
compromisso que tem com a educação, passaram a compreender melhor e valorizar a 
importância da participação e do trabalho de todos. 
 
3 OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR 
 
3. 1 Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e gestão. 
 
Para alcançar os objetivos da educação expostos na CFB e posteriormente 
estabelecidos na LDB entende-se que o ambiente escolar precisa ser gerenciado. Toda e 
qualquer organização necessita de uma prática administrativa que oriente na busca de seus 
10 
 
 
objetivos. Observa-se que a gestão da escola pública é uma tarefa que demanda competência 
técnica, pois a escola, como uma organização pública, exige uma gestão embasada nos 
princípios da gestão participativa, que demanda conhecimentos administrativos e 
pedagógicos. 
Assim, podemos observar que a gestão da escola é comprometida com as 
comunidades e com os que compoem o piso escolar, e está sempre desassossegada com 
relação a aprendizagem dos seus educandos e a interação da comunidade escolar com as 
famílias procurando manter escola e comunidade sempre em sintonia, mesmo diante do 
momento que vivenciamos com a pandemia do COVID-19, a gestão procura estar sempre em 
contato com as mesmas, fazendo visitas nas residências e procurando saber como está o 
estudo domiciliar e quais suas dificuldades e preocupações. 
Com relação aos professores todas as segunda feiras acontece reuniões onde 
falam de suas dificuldades, de como foi a semana de estudo remoto, encontro esse que 
acontece atravéz do google meet, além de haver um encontro mensal onde fazem os 
planejamntos mensais e são discultidos mètodos de melhoramento para a aplicação do ensino 
remoto, são feitos dois encontros, um com os professores da Educação Infantil e outro com os 
professores do ensino fundamental (anos iniciais) em dias diferentes, esses encontros acontece 
presencial respeitando todos os procedimentos de segurança exigido pelo ministério da saúde 
como prevenção a pandemia do COVID-19 e com a participação de gestores e professores. 
Sob a visão de Lück (2009): 
 
Na escola, o diretor é o profissional a quem compete a liderança e organização do 
trabalho de todos os que nela atuam, de modo a orientá-los no desenvolvimento de 
ambiente educacional capaz de promover aprendizagem e formação dos alunos, no 
nível mais elevado possível, de modo que estejam capacitados a enfrentar os novos 
desafios que são apresentados. (LÜCK,2009, p. 17). 
 
Para Neta, a diretora da escola o gestor é responsável por toda a instituição, desde 
as pessoas que trabalham na cozinha, limpeza, vigia, professores, alunos, enfim, todo o 
andamento da instituição é de responsabilidade do mesmo e compara um diretor como um 
dona da casa, por que tudo que acontece dentro de uma casa é de responsabilidade do mesmo, 
assim é para um diretor em relação a escola. 
Assim, podemos perceber que o diretor de uma instituição escolar assume uma 
série de funções, tanto de natureza administrativa, quanto pedagógica, precisa ter alguns 
conhecimentos essencias para exercer a função com êxito. 
 
11 
 
 
3.2 Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões pedagógicas 
com docentes e pais. 
 
Como estamos vivenciando um momento bem complicado com relação a 
pandemia do COVID-19, a instituição promove reuniões semanais (pelo google meet) com os 
professores e coordenador e um encontro mensal (presencial) com os professores para 
planejamento, esses encontros acontece por área, um dia com os professores da educação 
infantil e outro com os professores do ensino fundamental (anos iniciais). 
Participamos de dois encontros virtuais onde os professores discutiam sobre o 
andamento das atividades remotas, os pontos positivos e negativos encontrados na realização 
de suas ações. A preocupação da gestão com relação aos educandos para que o ensino 
chegasse a todos era notória, sabemos que muitas crianças estão sem aula desde março quando 
começou a pandemia, muitos por falta de um celular, falta de internet em casa e até mesmo 
por falta de incentivo ou acompanhamento da família. 
Preocupados com a situação a Secretaria de Educação do Município de Tamboril 
juntamente com gestores e docentes pensaram em um meio de estar levando o ensino até essas 
crianças, então surgiu a idéia de um docentes está indo até a residência dessas crianças dar 
aula e isso acontecia uma vez por semana, no primeiro momento foi uma ação voluntária de 
cada docente mas que depois passaram a receber uma ajuda de custo, essas pessoas foram 
tituladas “ Agentes domiciliares”, e no encontro cada professor falava das suas esperiências e 
de como estava a aprendizagem do educando visitado. 
A diretora e coordenadora em suas falas eram sempre muito positivas e passavam 
segurança e motivação para os professores, sempre deixando os professores bem a vontade 
para se expressar e dar suas opiniões. Eram passados informes sobre feriados e cursos de 
formação para os professores. 
Participamos de dois encontros para planejamento mensal da Educação Infantil e 
Ensino Fundamental (anos iniciais), os dois encontros aconteceram em dias diferentes e 
presenciais, porém, a pauta da reunião, o planejamento eram bem parecidos. No primeiro 
momento fomos ( nós estagiários e professores) recepcionados com a apresentação de um 
livro “ O baú Ancestral “ história de Bisavó e uma música que nos fazia voltar ao passado, 
todos os professores foram orientados a falar um pouco de quais lembranças aquela música 
lhes trouxera, foi um momento rico pois através daquela dinâmica foi possível conhecer um 
pouco da história de cada professor. 
No segundo momento foram alguns informes onde a coordenadora apresentava 
12 
 
 
dentre eles algumas sugestões enviadas pela Secretaria de Educação para os professores, e um 
deles era um projeto bastante interessante sobre contação de história, “ Era uma vez um pé de 
Tamboril”, O projeto tem o objetivo de incentivar as crianças ao hábito de leitura, foi 
apresentado alguns métodos mas os professores ficariam a vontade para desenvolver o projeto 
da melhor forma a proporcionar melhores resultados para os educando. No terceiro momento 
foi o planejamento onde cada professor faria seu planejamento individual para o mês. 
Os questionamentos que havia entre os professores, vi ali uma equipe com o 
mesmo objetivo e com a mesma sintonia, como disse a diretora Neta em uma de suas falas 
conosco “ A escola tem uma missão e para que essa missão seja vivenciada é importante que 
todos estejam funcionando como uma orquestra, em uma orquestra se alguém sair fora do 
compasso a coisa desanda”. 
Assim a diretora afirma a importância do cuidado ao formar equipes, e ainda 
concluindo sua fala: “acreditar que a escola é sim capaz de crescer, observar o aprendizado 
dosdiscentes, observar a prática dos docentes, a partir de todas essas observações é que se ver 
se está ou não no caminho certo, é algo muito importante que toda gestão tem que ter que é 
esse cuidado, acompanhamento, esse jeito de avaliar e de se alto avaliar, se ver como parte de 
uma A coordenadora e diretora estavam sempre se propondo a ajudar, dando sugestões para 
família, ajudando em tudo que for possível ajudar, intervir no que for preciso intervir 
principalmente na hora de formar a equipe no início do ano”. 
Nesse sentido, diante dessa perspectiva os princípios como autonomia e 
participação são fundamentais de serem compreendidos, não só compreendidos mas também 
praticados constantemente a partir da gestão democrática ao subsidiar a atuação do gestor no 
alcance de resultados satisfatórios. 
 
3.3 Análise crtica da gestão escolar na Escola joaquim Ribeiro dos Santos 
 
Todo processo de estágio aconteceu na instituição de ensino EMEIF Joaquim 
Ribeiro dos Santos, localizada na comunidade de Encantados do Bom Jardim a 12 km do 
município de Tamboril, é uma instituição que acolhe 98 crianças de 09 comunidades da 
creche ao ensino fundamental I, durante o estágio percebi toda conjutura desenvolvida na 
instituição na área pegagógica em relação a formação de professores, o planejamento e todas 
suas práticas. 
De acordo com Libâneo (2011, p. 121), “[...] a escola é um espaço educativo, 
lugar de aprendizagem em que todos aprendem a participar dos processos decisórios, mas 
13 
 
 
também o local em que os profissionais desenvolvem sua profissionalidade”. O autor expoe 
que a escola é uma instituição estruturada , que administra e oportuniza saberes apropriados 
estabelecidos em uma condição democrática de valores incalculáveis de desenvolvimentos e 
aprimoramentos que enriquecem o aprendizado. 
Nesse sentido percebi que a gestão da instituição tem uma preocupação bastante 
evidente com relação ao processo de ensino aprendizagem das crianças e também com a 
formação contínua dos professore, mediante a pandemia do COVID-19 todo o processo de 
ensino foi adaptado para que as crianças não ficasse sem aprendizagem escolar, então todo 
esse processo está acontecendo por meio da tecnologia do whatsApp. 
Os professores estão se reinventando procurando métodos que facilitem a 
aprendizagem dos educandos, a Secretaria de Educação do Município de Tamboril oferta 
cursos de tecnologia com a finalidade de estar motivando e agregando conhecimento aos 
docentes e gestores, assim diante de todo esse processo a diretora faz visitas periodicamente 
as residências dos educandos para saber como estão os estudos domiciliares, a mesma 
mostrou conhecer as particularidades de todas as famílias das comunidades na qual tem filhos 
acolhido pela escola, uma ação que pra mim é sublime, pois são poucos diretores que tem essa 
preocupação com seus educandos, somos sabedores que existem crianças que desde que 
começou a pandemia que não tem acesso ao ensino escolástico. 
Durante o perído de estágio percebi que todas as ações da instituição era bem 
louvável, mas que poderia melhorar se o trabalho com relação as práticas pedagógicas fossem 
mais compartilhadas entre os professores, o resultado com certeza seria bem melhor, pois 
havia professores sem habilidade quase nenhuma com as tecnologias e outros bem hábeis a 
troca de conhecimento seria muito positiva para todos, e no final os maiores beneficiados 
seriam os educandos, havia falta de organização e participação dos mesmos na troca de 
conhecimento. 
Acredito que é de suma importância adquirir conhecimentos diariamente e 
estratégias para estabelecer metas de aprendizagem, mecanismo contínuo que infere 
diretamente nos educandos e no desenvolvimento do exercício da função e que deve haver 
essa troca entre os profissionais. 
E sobre essas trocas de conhecimentos, organização e participação para adquirir o 
saber LUCK (2007) destaque que: 
Por sua própria função, a escola constitui-se em uma organização sistemática aberta, 
isto é, em um conjunto de elementos (pessoas, com diferentes papéis, estrutura de 
relacionamentos, ambiente físico, etc.), que interagem e se influenciam mutuamente, 
conjunto esse relacionado, na forma de troca de influências e saberes inerentes ao 
meio em que se insere.(LUCK, 2007, p. 9). 
14 
 
 
Nesse sentido a qualidade de ensino depende do desempenho da maneira de expor 
o trabalho, de todos que estão envolvido nesse processo e todos devem estar impulsionados a 
estar dividindo seus conhecimentos, analisando e buscando maneiras para a execução de um 
trabalho próspero com resultados propícios. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Durante todo o processo do estágio supervisionado em gestão tive a oportunidade 
de concluir o quanto é essencial esse momento que ocorre durante todo o curso de formação 
acadêmica para um futuro profissional, estar vivenciando esse processo de aprendizagem é 
realmente indispensável para o profissional que realmente está disposto a enfrentar os 
desafios de uma carreira. O aprendizado é mais categórico quando conquistado atravéz de 
vivências, experiências, o conhecimento é captado com mais eficiência. 
Nesse percurso aconteceram momentos que pra mim foram excepcionais, o 
acompanhamento da execução do trabalho da diretora principalmente, me fez ter um novo 
olhar para a educação, a importância , a responsabilidade, o comprometimento com as 
crianças, comunidades e todos que compoem o chão da escola. As visitas feitas 
periódicamente às residências das crianças que a escola acolhe, o conhecimento da realidade 
de cada família, a preocupação que a mesma tem com toda a equipe da escola, enfim, fatores 
que acredito serem essencias para se fazer uma boa gestão, e eu não poderia deixar de citar 
algumas de suas falas , quando diz que uma escola de qualidade é a escola que acima de tudo 
os educandos são vistos como protagonistas, é uma escola onde de fato se acredita no 
potencial da equipe, no potencial das crianças e sem dúvida nenhuma, que acredite que todos 
somos capaz de fazer o nosso papel. 
Ainda percebi que a escola tem o compromisso de estar sempre contextualiando , 
trabalhando de forma com que os alunos possam de fato sair da escola com sua criticidade 
desenvolvida, que possam sair da escola lendo, interpretando, se sentindo parte dessa história, 
Nesse sentido Lück relata que: 
 
A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação em educação, que 
objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as 
condições materiasi e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos 
sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção 
efetiva da aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar 
adequadamente os desafios da sociedade complexa, globalizada e da economia 
centrada no conhecimento. (LÜCK, 2009, p. 24). 
 
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Diante do que foi exposto pelo autor percebe-se que é de extrema relevância a 
eficiência da gestão escolar para a qualidade de ensino. E esse trabalho me propôs justamente 
refletir sobre essa temática, analisar o desenvolvimento do trabalho, a formação, o 
desemprenho, a responsabilidade que cada profissional tem em contribuir para o 
aprimoramento da educação. 
Portanto entende-se que as escolas devem ser planejadas para se transformar em 
centros de debates permanentes, buscar a integração escola-comunidade-família; pais, 
professores e alunos devem estar satisfeitos, novas metodologias de ensino devem ser 
buscadas; educação continuada para alunos e professores motivados, e mediante o momento 
em que a tecnologia foi essencial não podemos esquecer o uso da mesma para dar a todos o 
direito de se apropriar do conhecimento que o tornará sujeito de sua própria história. 
 
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL, Constituição, (1988). Constituição da República federativa do Brasil.Brasília, 
DF: Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao.htm> 
Acesso em 30 nov. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e 
dá outras providências. Diário Oficial da república federativa do Brasil, DF, 26 jun. de 2014. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ Ato2011-2014/Lei/L13005.htm. Acesso 
em: 30 nov. 2020. 
 
LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola: teoria e pratica. 6. Ed. São Paulo: Editora 
Heccus, 2011. 
 
LUCK. H. Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação Educacional. 25. Ed. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. 
 
LÜCK, H. Dimensões da Gestão Escolar e suas competências. Curitiba: Ed. Positivo. 2009. 
 
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública – São Paulo: Ática, 2001. 
 
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2012. 
 
SCHNECKENBERG, Marisa. A implantação do Proem como política educacional no 
cotidiano da gestão escolar. Curitiba, 1999. Dissertação ( Mestrado) – PUC. 
 
VEIGA, Ilma P. A.(Org.) Projeto político-pedagógico: uma construção possível. Campinas, 
SP: Papirus, 1995. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil%2003/%20Ato2011-2014/Lei/L13005.htm
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6 ANEXOS

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