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Fome e saciedade Existem dois tipos de neurônios cruciais presentes no núcleo arqueado para esse controle: os neurônios orexigênicos (expressam neuropeptídeo Y e proteína relacionada à Agouti) e os neurônios anorexigênicos (expressam POMC e CART). O hipotálamo tem importante papel nessa regulação também, sendo a área hipotalâmica lateral a responsável pela fome e o núcleo paraventricular relacionado com a saciedade. É produzida, principalmente, nos adipócitos e está relacionada com a saciedade. Pode também ser sintetizada na placenta, musculatura esquelética, adeno-hipófise e epitélio mamário. Na hipoinsulinemia há sua diminuição; como também em baixas temperaturas, estimulação adrenérgica, GH, hormônios tireoidianos e tabagismo causam essa diminuição. Em casos de ingestão de glicocorticoides, infecções agudas e citocinas inflamatórias causam o seu aumento. À noite, as concentrações de leptina aumentam, o que leva à sensibilização do tecido adiposo à insulina. Seus receptores são os OB-Ra, OB-Rb, OB-Rc, OB-Rd e OB-Re. A isoforma OB- Rb é a mais completa, ativando vias de sinalização dependentes de JAK/STAT. 1.Regulação neurológica: 2.A leptina (LEP): Seus efeitos biológicos são: Produzida pelo tecido adiposo, tendo grande similaridade com a proteína C1q do sistema complemento. Logo, sua ação parácrina a faz ser caracterizada como uma citocina. Seus receptores são ADP-R1 e ADP-R2, sendo o ADP-R1 expresso nos músculos e o ADP-R2 no fígado. A APD é capaz de levar à ativação do eNOS, que é responsável pela síntese de NO no endotélio vascular. Em pessoas magras sua concentração plasmática é alta, sendo que vai diminuindo à medida que o indivíduo aumenta de massa corporal de gordura, principalmente a visceral. Sua síntese advém da expressão do gene apM1, sendo que a redução da expressão dele pode levar à DM2, devido à obesidade. + Atua no metabolismo do tecido adiposo, causando inibição da lipogênese e estimulando a lipólise; + Atua na maturação do eixo reprodutivo, sendo que sua deficiência ou resistência pode levar à hipogonadismo hipotalâmico; + Em pessoas com ovários, mutações no gene da LEP podem causar amenorreia; + Os receptores OB-R atuam no crescimento, proliferação e diferenciação em células do sistema imune. + Ela é capaz de aumentar a síntese de NO; + Atua inibindo a formação óssea. 3. Adiponectina (ADP): Fome e saciedade Seus efeitos biológicos são: A principal estrutura que a produz é o estômago nos momentos de jejum. Logo, é um estimulador da fome. Sua produção é mais abundante no fundo gástrico, nas glândulas oxínticas. Na hiperglicemia, há diminuição dos seus níveis séricos, bem como na obesidade. Seu principal receptor é o receptor secretagogo do GH (GHS-R), o que leva à síntese e secreção de GH, aumento da ingesta alimentar e ganho de peso. Existe o GHS-R1a, muito presente no hipotálamo e em alguns tecidos periféricos; como também há o GHS- R1b, que não tem ações bem definidas. Os níveis de grelina são baixos em indivíduos obesos que comem compulsivamente e na resistência insulínica. + Aumento da sensibilidade periférica à insulina. Já a hiperinsulinemia causa diminuição da ADP sérica; + Aumento da vasodilatação endotelial, efeito antiaterosclerótico, diminuição do TNF (ação anti-inflamatória). + Diminuição da proteína c reativa de alta sensibilidade (marcador de risco para aterosclerose coronariana). 4.Grelina: É o principal hormônio da saciedade, sendo liberado pelo duodeno. Os ramos do nervo vago presentes no intestino possuem receptores de CCK1, que levam as informações anorexigênicas até o encéfalo. 5. CCK:
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