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A audição é um dos cinco sentidos. O ouvido é o responsável pela capacidade de ouvir, ou seja, pela audição e pelo equilíbrio do corpo. É composta por três estruturas: orelha interna, orelha média, e orelha externa. Ouvido externo: É composto pela orelha, ou seja, pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo. No ouvido externo as ondas sonoras são concentradas. Ouvido médio: É composto pela membrana timpânica, ou tímpano, como já foi chamado. A membrana auditiva é um conjunto de três ossículos (martelo, bigorna e estribo) e da tuba auditiva. Do ouvido médio, as ondas sonoras são transmitidas ao nervo auditivo. Ouvido interno: É composto por três estruturas, (vestíbulos, cóclea, e ductos semicirculares) que são preenchidas por um liquido. Dentro da cóclea existem as células ciliadas. O ouvido interno aloja as terminações do nervo auditivo. As vibrações sonoras que se propagam pelo ar, são captadas pelo pavilhão auricular e são direcionadas ao interior da orelha. Quando essas vibrações chegam até a membrana timpânica, que é uma pele rígida e fina que divide o canal auditivo e o ouvido médio, a mesma vibra. A membrana timpânica transmite, então, as vibrações para aos três ossículos da orelha média (primeiro o martelo, depois a bigorna e por último, o estribo), que por sua vez, transmitem as mesmas para a orelha interna, onde as vibrações fazem o liquido do interior da cóclea se movimentar. Dentro da cóclea, as células ciliadas captam esses movimentos e os transmitem, por meio de impulsos nervosos que percorrem um nervo até o córtex cerebral, onde a informação será interpretada. Perda Auditiva Condutiva Qualquer problema no ouvido externo ou médio que impeça que o som seja conduzido de forma adequada é conhecido como uma perda auditiva condutiva. Perdas auditivas condutivas são geralmente de grau leve ou moderado, variando de 25 a 65 decibel. Em alguns casos, a perda auditiva condutiva pode ser temporária. Dependendo da causa do problema, medicação ou cirurgia podem ajudar. Os casos de perda auditiva condutiva podem ser tratados com o uso do aparelho auditivo ou com implante de ouvido médio. As principais causas das perdas condutivas são: Otite média Otosclerose Perfuração da membrana timpânica Fratura dos ossos da orelha média Bloqueio temporário da orelha externa por alergias, infecções, rolha de cera, etc. Perda Auditiva Sensorioneural A perda auditiva sensorioneural resulta da falta ou dano de células sensoriais (células ciliadas) na cóclea e geralmente é permanente. Também conhecido como "surdez neural", a perda auditiva sensorioneural pode ser de grau leve, moderada, severa ou profunda. Perda auditiva sensorioneural de grau leve a severa pode sempre ser tratada com aparelhos auditivos ou implante de orelha média. Implantes Cocleares são soluções para perda auditiva severa ou profunda. Algumas pessoas têm perda auditiva sensorioneural apenas em alta freqüência, também conhecida como surdez parcial. Nestes casos, apenas as células ciliadas da base da cóclea estão danificadas. Na parte interna da cóclea, o ápice, as células ciliadas que são responsáveis pelo tratamento dos tons baixos ainda estão intactas. A Estimulação Eletroacústica ou EAS, foi desenvolvida especificamente para esses casos. As principais causas de perda sensorioneural são: • Problemas genéticos, que são a principal causa desse tipo de perda auditiva. • Presbiacusia, que é a perda comum ao processo natural de envelhecimento. Na faixa etária de 60 a 65 anos de idade, estima-se que aproximadamente 30% das pessoas têm uma perda auditiva significativa o suficiente para afetar sua capacidade de ouvir os sons do cotidiano. • Exposição a ruído tanto de forma súbita como em uma explosão, quanto de forma contínua como nos trabalhadores expostos a ruído ocupacional. • Ototoxicidade, que é o dano causado por medicamentos que agridem a estrutura do ouvido interno. • Traumas que levem a ferimentos na cabeça. • Infecções como a rubéola durante a gravidez, caxumba, meningite. • Problemas durante o trabalho de parto ou logo após ele, como falta de oxigenação temporária, infecções bacterianas, icterícia, etc. Perda Auditiva Mista A perda auditiva mista é uma combinação de uma perda auditiva sensorioneural e condutiva. É o resultado de problemas em ambos os ouvidos: interno e externo ou médio. As opções de tratamento podem incluir medicamentos, cirurgia, aparelhos auditivos ou implantes auditivos de ouvido médio. A Perda Auditiva Mista se caracteriza pela associação das duas causas de perda auditiva, ou seja, uma combinação da perda auditiva condutiva e sensorioneural. Perda Auditiva Neural Um problema que resulta da ausência ou dano ao nervo auditivo pode causar uma perda auditiva neural. A perda auditiva neural é geralmente profunda e permanente. Aparelhos auditivos e implantes cocleares não podem ajudar, porque o nervo não é capaz de transmitir informações sonoras para o cérebro. Em alguns casos, um Implante Auditivo de Tronco Cerebral (ABI) pode ser uma opção terapêutica. Graus de Perda Auditiva As perdas auditivas são classificadas de acordo com sua intensidade em leve, moderada, severa ou profunda. Leve a moderada são os tipos mais freqüentes de perda auditiva. Os graus severos e profundos são raros nas perdas auditivas condutivas. Sintomas da Perda de Audição • As principais características de quem tem perda auditiva são: • pedir aos outros para que se repita o que falaram. • as pessoas do convívio dizem que a pessoa não ouve bem. • o paciente deixa a TV ou o rádio em volume mais alto do que os outros. • o paciente tem dificuldade em entender conversas com ruídos ao fundo. • a pessoa tem dificuldade em acompanhar conversas em grupo. • a pessoa tem dificuldade em identificar de onde os sons estão vindo. Efeitos da Perda Auditiva A perda auditiva não tratada precocemente costuma afetar o desenvolvimento da linguagem de crianças e as deixar com dificuldade de comunicação na vida adulta. Tais danos costumam trazer as seguintes conseqüências: Comunicação: Conversa-se menos. Usa-se menos o telefone. Não se conversa com familiares e amigos. Social: Isolamento social. Evitam-se grupos e estranhos. Redução da eficiência no trabalho. Emocional: Raiva. Frustração. Falta de concentração. Depressão. Embaraço. Ansiedade. Distanciamento das pessoas. O tratamento adequado, seja através de uso de medicamento, cirurgia ou uso regular de aparelho auditivo, combinado com a prática de comunicação assessorada por profissional habilitado, ajuda as pessoas com perdas auditivas a levarem uma vida normal. Otites: são os processos inflamatórios, infecciosos ou não, das diversas regiões da orelha. Destacam-se: - Otite externa: é a inflamação da orelha externa, geralmente por entrada de água na ou trauma local, comumente causado por cotonete ou qualquer outro instrumento introduzido no canal do ouvido. - Otite média aguda: é a inflamação da orelha média que é mais comum nos meses de inverno e nas crianças. Geralmente é uma evolução de uma gripe e costuma causar dor intensa e súbita juntamente com a sensação de perda auditiva. Caso ocorra a perfuração da membrana timpânica, pode haver eliminação de secreção com pus e sangue. Em alguns casos pode ocorrer também febre alta e mal estar geral. - Otite média serosa ou secretora: é uma evolução da otite média aguda. Ocorre um acúmulo de secreções na orelha média, internamente ao tímpano, devido a gripes freqüentes ou nas crianças que não respiram bem, por rinites alérgicas, aumento das tonsilas palatinas (amígdalas) e das adenóides, dentre outras causas. O sintoma principal é a perda de audição, a criança fala alto, assiste ao televisor com volume alto,fica desatenta e o rendimento escolar cai. - Perfuração da membrana timpânica: algumas otites são causadas por bactérias que destroem parcialmente a membrana timpânica, levando à permanência desta perfuração. Pode ser também secundária a trauma, em especial com cotonetes, agressões físicas ou por pressões bruscas, como ondas do mar. A principal queixa é a diminuição da audição, além de drenagem de secreção pelo ouvido toda vez que a pessoa deixa entrar água no canal auditivo. - Otite Média Colesteatomatosa: é a apresentação mais agressiva das inflamações da orelha média, em que ocorre a proliferação de tecido escamoso como pele da orelha média, geralmente associada à perfuração da membrana timpânica, causando a eliminação de secreção amarelada com cheiro muito fétido, além de perda auditiva progressiva. Como a lesão é destrutiva, pode ocorrer erosão dos ossos anexos, evoluindo para paralisia facial e até mesmo meningite. Cera de ouvido , devemos limpar ou não? A cera de ouvido, também conhecida como cerúmen, nada mais é do que um protetor natural do canal auditivo. Ela é produzida pelas glândulas ceruminosas e sua principal função é evitar que água ou partículas de sujeira penetrem no ouvido e prejudiquem os tímpanos. O corpo tende a produzir a quantidade necessária de cera para proteger e lubrificar o canal auricular, no entanto, por hábito, algumas pessoas tendem a retirar essa proteção com o uso inadequado de cotonetes , grampos e até mesmo palitos de fósforo, o que pode gerar uma série de problemas, desde infecções até perfurações de tímpano.O ideal é simplesmente deixar que o organismo cuide de excretar o excesso de cerúmen sem intervenção. “Quando for utilizar as “hastes flexíveis” é importante nunca colocá-las dentro do canal auditivo. Basta passá-las suavemente pela parte externa da orelha.” Lembrando que casos de cerúmen em excesso podem acontecer como reflexo de doenças do sistema auditivo e devem ser diagnosticadas por um médico otorrinolaringologista. Dicas para a proteção do órgão auditivo Mantenha o volume baixo: regule o volume de seu tocador de mp3 para que nunca exceda 60% do volume total. Use tampões de ouvido toda vez que for a um evento onde o ambiente seja extremamente barulhento, como discotecas ou bares. • Limite o tempo gasto em atividades barulhentas: a duração da exposição ao ruído é um dos principais fatores por trás da perda de audição. É aconselhável fazer breves descansos auditivos e limitar a uma hora diária o uso de fones de ouvido. • Preste atenção aos níveis seguros de exposição ao ruído: use a tecnologia dos smartphones para ajudá-lo a medir os níveis de exposição ao ruído. • Preste atenção aos primeiros sinais de perda de audição: segundo a OMS, procure imediatamente um médico se houver dificuldades para ouvir sons agudos, como campainha, telefone ou despertador, ou entender a conversa por telefone e até mesmo em ambientes barulhentos. • Caso esteja ocorrendo uma perda auditiva neurossensorial por envelhecimento, usar aparelhos auditivos corretamente para evitar que a surdez progrida. Audição nos vertebrados • Peixes: além da linha que acusa vibrações da água e alguns sons emitidos por outros animais, os peixes apresentam o ouvido interno, o qual está mais relacionado ao equilíbrio do que a audição. • Nos vertebrados terrestres: o ouvido possui a capacidade de amplificar sons. Nos anfíbios, a membrana timpânica ou tímpano amplia o som e transmite as vibrações para o ouvido médio. • Nos répteis e nas aves: ocorre o mesmo processo que nos anfíbios. A diferença está mais na parte externa, pois os répteis e as aves já apresentam um pavilhão auditivo externo rudimentar e o tímpano fica em uma depressão da cabeça: o ouvido médio. Aparelho auditivo Um aparelho auditivo tem como finalidade ajudar as pessoas com perda auditiva a perceber os sons. Atualmente, graças ao desenvolvimento da tecnologia digital e a um design bastante avançado, é possível encontrar aparelhos auditivos tão pequenos que podem ser colocados no fundo do canal auditivo sem que haja prejuízo da reprodução sonora. Os aparelhos auditivos melhoram a compreensão da fala em várias situações e dão suporte às muitas funções do sistema auditivo humano como localização sonora, compreensão de fala, etc. Os ruídos de fundo sempre constituíram um dos maiores problemas dos utilizadores de aparelho auditivo. Os aparelhos digitais avançados são capazes de reduzir os ruídos e realçar os sons da fala. Este processo realiza-se automaticamente dentro do aparelho auditivo sem que o utilizador se aperceba disso. Outros recursos também estão disponíveis nas versões mais atuais ,como microfones direcionais para a fala, banda estendida de freqüência, que faz com que um maior número de sons seja amplificado e até mesmo a tecnologia Bluetooth. Esta, faz conexão entre equipamentos de audio e https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe https://pt.wikipedia.org/wiki/Equilíbrio_estático https://pt.wikipedia.org/wiki/Terrestre https://pt.wikipedia.org/wiki/Anfíbio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tímpano https://pt.wikipedia.org/wiki/Réptil https://pt.wikipedia.org/wiki/Aves https://pt.wikipedia.org/wiki/Pavilhão_auditivo_externo https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdez https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_digital https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruído https://pt.wikipedia.org/wiki/Fala os aparelhos auditivos. Poluição Sonora É considerado como poluição sonora qualquer ruído os limites estabelecidos pela legislação ou, que seja capaz de provocar desconforto, e prejudicar a saúde humana. A poluição sonora, assim como a poluição visual é considerada como uma forma mais “recente” de poluição porque está fortemente relacionada a grande concentração de pessoas, indústrias, veículos, meios de comunicação e outros ruidosos integrantes dos grandes centros urbanos. Por ser um tipo de poluição impossível de enxergar, a poluição sonora muitas vezes passa desapercebida, ou então, as pessoas acabam se acostumando a ela. O que pode ainda ser agravado pela característica de causar perda gradativa de audição. Exemplos de poluição sonora são os sons produzidos por motores de carros e motos, buzinas, carros de som, aviões, etc. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o nível máximo de ruído que o ouvido humano pode agüentar sem que haja prejuízos é de 65 dB (decibéis). A partir daí podem ser causados problemas que vão desde o estresse e a insônia por causa do barulho, até a perda irreversível da capacidade auditiva. Como funciona a audição A orelha, apesar de seu pequeno tamanho, é um órgão altamente complexo. Atuando como um filtro de som, ela transforma qualquer som audível em informações precisas para o cérebro. Cada orelha, em seu interior, é composta por minúsculas células sensoriais e fibras nervosas que captam as vibrações do som e os transformam em impulsos elétricos para que o cérebro possa processar. Se a orelha for exposta a vibrações fortes por um longo período de tempo, estas células e fibras podem ser danificadas ocasionando, dependendo do caso, uma perda permanente da audição. O audiograma http://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-visual/ http://www.infoescola.com/audicao/ouvido/ http://www.infoescola.com/audicao/ouvido/ Um audiograma é um gráfico que mostra a audição utilizada por uma pessoa e a quantidade de perda auditiva que o indivíduo tem em cada orelha. Ao longo do topo do gráfico, os números variam de 125 a 8000. Estes números referem-se às freqüências. A freqüência é expressa em ciclo por segundo ou hertz. Quanto maior a freqüência, maior o pitch do som. Por exemplo, 250 Hertz (Hz) soa como o gotejar de uma torneira, enquanto a alta- freqüência de toque do telefone é aproximadamente 8000 Hz. A Loudness é medida em unidade chamada decibel. Zero dB (0dB) nãosignifica "nenhum som". É apenas muito suave. O nível de conversação habitual é cerca 65 dB e, 120 dB é muito,muito alto - quase tão alto como um avião decolando quando você está em pé apenas a 25 metros de distância. Os números ao lado do gráfico são os níveis de audição em decibel. Durante um teste de audição, o audiologista apresenta sons em uma freqüência de cada vez. O tom mais suave o qual uma pessoa pode ouvir de cada freqüência é marcada no audiograma naquela freqüência e intensidade. Este é o chamado "limiar de audição". O seu audiograma é uma foto da sua audição. Isso indica o quanto sua audição varia do normal e, se houver alguma perda auditiva, onde o problema pode estar. Há diferentes tipos e graus de perda auditiva. Depende de qual parte da orelha está afetada. Especialistas geralmente diferenciam quatro tipos principais de perda auditiva: perda auditiva condutiva, perda auditiva sensorioneural, perda auditiva mista e perda auditiva neural. Estruturas responsáveis pela audição Orelha Externa É constituída pelo pavilhão auditivo (antigamente chamado de orelha) e pelo canal auditivo externo, que chega até o tímpano. A orelha externa tem a função de coletar e encaminhar as ondas sonoras até a orelha média, além de amplificar o som, auxiliar na localização da fonte sonora e proteger as orelhas média e interna. A orelha externa auxilia na proteção do tímpano (membrana timpânica), pelo fato de manter um equilíbrio entre a temperatura e umidade, necessários para a preservação da elasticidade da membrana do tímpano. http://www.medel.com/br/show/index/id/63/titel/Types+of+Hearing+Loss Orelha Média A orelha média é separada da orelha média pela membrana do tímpano. A orelha média é uma estrutura que contém ar, composta por três pequenos ossos e se comunica com a nasofaringe pela tuba auditiva. A função da comunicação da orelha média e a nasofaringe é a de igualar a pressão da orelha média com a pressão na boca (a pressão da boca é igual à pressão atmosférica). Assim nos dois lados da membrana timpânica tem-se a mesma pressão e, portanto, uma melhor condição para vibrar em resposta a um som. Os três pequenos ossos (denominados de ossículos) situados na orelha média são: o martelo, a bigorna e o estribo. O cabo do martelo está fixado ao centro da membrana timpânica e é empurrado pelas vibrações desta. Na sua outra extremidade o martelo está ligado à bigorna por meio de pequenos ligamentos, assim quando o martelo se move a bigorna se move juntamente com ele. A outra extremidade da bigorna se articula com o cabo do estribo e a extremidade posterior do estribo se insere na janela oval, a qual compõe a cóclea (uma parte do ouvido interno). Os três ossículos funcionam como uma alavanca e conduzem as ondas sonoras até a cóclea. Há dois pequenos músculos que se inserem nos ossículos da orelha média. O tensor do tímpano ou músculo do martelo, como o próprio nome já diz, está inserido no martelo e é o responsável por manter a membrana do tímpano sob estado de tensão, permitindo assim a transmissão das vibrações sonoras para o martelo, o que não aconteceria caso a membrana fosse frouxa. O outro músculo se trata do estapédio ou músculo do estribo, que se insere no estribo. Orelha Interna Apenas uma parte da orelha interna pertence ao sistema auditivo: o caracol ou cóclea. A outra porção é o labirinto que corresponde ao sistema vestibular, com funções relacionadas ao equilíbrio. Na orelha média vimos que o último osso da cadeia ossicular, o estribo, tem sua extremidade posterior unida a uma fina membrana, a janela oval. A janela oval é uma entrada para a orelha média, a qual possui o órgão da audição, a cóclea. A movimentação do estribo causa a movimentação da janela oval. Atrás da janela oval está a cóclea. A cóclea é um sistema de tubos enrolados cheios de líquido e, além disso, está contida dentro de um compartimento ósseo, o labirinto ósseo. Ela consiste em três tubos enrolados lado a lado: a rampa do vestíbulo, a rampa média e a rampa do tímpano. A rampa do vestíbulo e a rampa média estão separadas pela membrana de Reissner (ou membrana vestibular), a rampa do tímpano e a rampa média, por sua vez, são separadas uma da outra pela membrana basilar. Na superfície da membrana basilar está o órgão de Corti, o qual está cheio de células eletromecanicamente sensíveis, as células ciliadas. Estas células geram impulsos nervosos em resposta às vibrações sonoras. Há uma membrana tectória sobre o órgão de Corti, a qual se apóia como se fosse um teto, sobre os cílios das células sensoriais. Como ouvimos Primeiramente, a orelha média capta o som e o encaminha até a membrana do tímpano. O som emitido por uma fonte é coletado pelo pavilhão auricular (orelha), encaminhado pelo canal auditivo externo e amplificado pelo mesmo até a membrana do tímpano, provocando a vibração desta. •A orelha média transmite as vibrações sonoras através dos três ossículos até a orelha interna. A vibração da membrana timpânica pelas ondas sonoras faz com que ocorra a movimentação do martelo na mesma direção da vibração da membrana timpânica. Como o martelo é conectado a bigorna, ele promove a sua movimentação. A articulação da bigorna com o estribo faz com que esse desloque o liquido coclear, de acordo com a movimentação da membrana do tímpano. Por exemplo, quando o martelo movimenta-se para dentro, a bigorna transmite essa movimentação para o estribo, o qual tem sua extremidade posterior sobre a janela oval, e penetra por esta janela na cóclea. A cóclea é uma estrutura cheia de líquido, e o movimento do estribo para dentro dessa estrutura faz com que o líquido se movimente. •A movimentação do estribo para dentro e para fora da janela oval, desloca o líquido presente dentro da cóclea na mesma direção. Na orelha interna as vibrações sonoras que chegam ao estribo penetram na cóclea através da janela oval. A extremidade posterior do estribo conecta-se a janela oval e sua movimentação para dentro faz com que o liquido se desloque para frente da rampa do vestíbulo e da rampa média. A movimentação do estribo para fora da janela oval, por sua vez, faz com que o liquido se desloque para trás. •A membrana basilar é a responsável pela condução das vibrações sonoras da orelha média à orelha interna. Quando o pé do estribo se movimenta para dentro contra a janela oval, a janela redonda, situada logo abaixo da janela oval, precisa ficar abaulada porque a cóclea é delimitada por paredes ósseas. O efeito inicial de uma onda sonora que entra na janela oval é fazer com que a membrana basilar, na base da cóclea, curve-se na direção da janela redonda, iniciando uma onda de líquido que caminha ao longo da membrana basilar em direção as extremidades da cóclea. •A vibração das células ciliadas causa a sua excitação e posterior estimulação das terminações nervosas. O órgão de Corti se situa na superfície da membrana basilar, assim as vibrações da membrana basilar fazem com que os cílios das células que compõem o órgão de Corti se movimentem de maneira que toquem a membrana tectória que estão acima deles (dos cílios). Desse modo, ocorre uma excitação das células ciliadas ocasionada por esta vibração da membrana basilar. Como as células ciliadas têm contato com uma rede de terminações nervosas da cóclea a excitação dessas células causa uma estimulação das terminações nervosas ali situadas. As terminações nervosas conduzem essa estimulação até o nervo coclear e depois para o sistema nervoso central. •As células ciliadas são capazes de reconhecer estímulos mecânicos e conduzi-los ao nervo coclear sob a forma de estimulação elétrica. Os sinais gerados na orelha interna, quando se registram as vibrações sonoras, são então conduzidos pelo nervo coclear até a cavidade craniana, onde se encontra o cérebro. O nervo coclear transmitea vibração sonora sob a forma de estimulação elétrica causada pelas células ciliadas, conduzindo a estimulação até uma determinada área existente no cérebro, chamada de centro auditivo. Nessa região os estímulos elétricos levados pelo nervo coclear são interpretados e se elabora a percepção dos sons. A Importância da Audição A audição é um dos sentidos mais importantes e tem função primordial na comunicação e preservação da espécie, já que está ligada a função de alerta. A função vem sendo estudada há muitos anos e sua compreensão ainda não é completa. O mecanismo da audição é bastante completo, mas podemos resumi-la assim: O som entra pelo conduto auditivo externo, entra em contato com a membrana timpânica e é transmitida para a cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo). Então o estimulo sonoro é transmitido para o interior da cóclea. A cóclea tem a função de transformar este estímulo em eletricidade (o que é feito pelas células ciliadas do ouvido). Este impulso elétrico é então transmitido para o nervo auditivo e deste ponto para o cérebro. A surdez hoje afeta mais de 5 milhões de brasileiros e é considerada a segunda maior causa de perda da qualidade de vida pela Organização Mundial de Saúde, somente perdendo para a depressão. Grande parte dos portadores deste tipo de deficiência poderiam ter sua função auditiva restabelecida pelo uso de próteses auditivas. Existem dois grandes grupos de próteses auditivas: os AASI (aparelho de amplificação sonora individual) e o Implante Coclear. Os AASI atuam amplificando o som e assim corrigindo a perda auditiva, porém para este tipo de tratamento pressupõe-se que o paciente tenha um resíduo auditivo para ser amplificado. Grande parte destes 5 milhões de brasileiros se encaixam neste tipo de tratamento. Cerca de 350.000 destes, não possuem resíduo algum, já que são portadores de deficiência auditiva profunda. Para estes pacientes, o Implante Coclear é um tratamento que tem se mostrado cada vez mais eficiente. O Implante Coclear é composto por uma endo-protese que é colocada através de uma cirurgia e consiste de um dispositivo que estimula eletricamente as células do nervo auditivo. Desta maneira não é necessário que exista resíduo auditivo, já que a estrutura estimulada é o próprio nervo da audição. A audição tem grande importância para o ser humado se considerarmos o convívio social com o desenvolvimento e uso da fala e da linguagem. A audição funciona mesmo como estamos durmindo, atuando como alerta em tempo integral. Existem diversas situações do dia-a-dia que podemos avaliar, por exemplo: > Quando escutamos uma buzina > Uma sirene de polícia > Um latido de cachorro > Uma explosão. Sons como esses, nos fazem lembrar uma situação de perigo, colocando o nosso corpo em alerta. Em uma situação contrária, o prazer auditivo pode estar presente em uma música, no canto dos pássaros, no som de uma cachoeira, que nos fazem relaxar. Entretanto, todo esse complexo sistema só é lembrado de sua importância, quando existe alguma falha parcial ou total em seu funcionamento. Audição nos vertebrados
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