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DIVISÃO DA SEMIOLOGIA - Semiotécnica: Técnica de pesquisa dos sinais e sintomas e se resolve na arte de explorar (coleta de dados básicos). - Propedêutica: Aquilo que demanda o agrupamento dos dados recolhidos pela semiotécnica que criticado na sua peculiaridade, serve para explicar o diagnóstico e presumir o prognóstico. CLASSIFICAÇÃO DOS SINTOMAS - Sintoma comum: Comum a várias doenças. - Sintoma patognomônico: Sinal ou sintoma característico de determinada doença. - Sintoma anatômico: Quando é capaz de causar alguma alteração anatômica no órgão. - Sintoma reflexo: Quando provocado, apresenta resposta involuntária. DIAGNÓSTICO - É uma atividade unitemporal realizada em determinado instante do processo clínico e representa o nome ou identificação do processo mórbido presente. - Tipos: • Direto: Apresenta um sintoma ou sinal patognomônico. • Presuntivo: Alguma hipótese de diagnóstico + exames complementares. • Diferencial: Quando há uma comparação de uma lesão com outra (suas características). • Pós-operatório; • Final; • Cirúrgico. TRÍPLICE CRITÉRIO DO DIAGNÓSTICO SEGUNDO GREGORI - Anatômico: Especifica o estado somático do órgão comprometido e determina a sede. - Funcional: Indica o estado de função do órgão alcançado pela doença. - Etiológico: Consiste na determinação da causa do processo mórbido, elemento de suma importância não só para presumir o diagnóstico, como também para orientar a terapêutica. PROGNÓSTICO - É multitemporal, devendo o clínico prever, com base nos dados obtidos, a evolução do caso ao longo do tempo. - Segundo Genovese, é o estudo da marcha, duração e término da doença. É, portanto, a antecipação teórica do desenrolar e do finalizar de um estado mórbido. - Tipos: • Ótimo; • Bom; • Regular; • Ruim; • Péssimo; • Sombrio. DEPENDÊNCIA DO PROGNÓSTICO - Tipo da doença; – – Neoplasias malignas - Dano funcional; - Efetividade na terapêutica; - Condições gerais do paciente; - Condições psíquicas do paciente. PLANO DE TRATAMENTO - Obedece, segundo Gregori, a critérios de: necessidade e oportunidade. - O estado geral do paciente determina a oportunidade da aplicação dos recursos terapêuticos e pode, circunstancialmente, impedir sua utilização ou gerar novas agressões que vão complicar ou exacerbar. TIPOS DE TERAPÊUTICA - Efetiva: Aquela onde sabe-se qual o agente causal e faz a remoção. - Sintomática: Quando desconhece o agente causal e trata apenas os sintomas. - De suporte: Quando o paciente precisa receber uma terapêutica, mas não tem condições, então usa-se a terapêutica de suporte. PROSERVAÇÃO - É o acompanhamento clínico e eventualmente laboratorial, periódico do paciente ao longo do tempo. O resultado final da proservação poderá ser a cura completa da doença, com ou sem sequelas. Poderá determinar o controle clínico do doente ou a permanência do mesmo sob terapia de manutenção. ETAPAS DA METODOLOGIA CLÍNICA - Coleta de dados básicos: • Subjetivos: Anamnese • Objetivos: Exames físico - Seleção do(s) problema(s) chave; - Identificação de doenças com os problemas; - Determinação do nível de intensidade e/ou gravidade da doença identificada; - Seleção da(s) modalidade(s) terapêutica(s) mais adequada(s) à correção dos distúrbios identificados, e garantia de sua execução através da interação com o paciente. EXAME CLÍNICO: ANAMNESE - Técnicas de entrevistas: método hipotético-dedutivo, reconhecimento de padrões. - Estrutura da anamnese: 1. Identificação: Nome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão, naturalidade, procedência. (Registrar a fonte da história – paciente, acompanhante). 2. Queixa(s) principal(ais): Sucintamente registrar o(s) motivo(o) levou(aram) o paciente ao médico ou hospital. 3. História da doença atual: Descrição cronológica e organizada dos fatos que trouxeram o paciente ao médico/hospital, incluindo dados anteriores sobre a doença atual e tratamento feitos previamente para o entendimento da evolução do paciente. 4. História médica pregressa: - A) Relatar as doenças da infância e doenças da vida adulta (diagnósticos prévios, que não o da doença atual), cirurgias, traumas, hospitalizações, medicações (anteriores e atuais com doses e frequência). - B) Alergias (medicações, alimentos, insetos, animais, ocupacional). - C) Hábitos e vícios (tabagismo, uso/abuso de álcool, cafeína, drogas, comportamento e atividade sexual, dieta, atividade física). - D) Imunizações (tríplice, poliomielite, influenza, caxumba, pneumococo, tétano, hepatite A e B, BCG, PPD. 5. História familiar: Idade e condições de saúde de familiares (pai, mãe, irmãos, primos, tios; agir sobre diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral, asma, nefropatia, atopia, neoplasias, doenças genéticas, pólipos intestinais, doenças psiquiátricas, tuberculose, artrite. 6. História pessoal e social: Formação, educação, ocupação, religião, problemas sociais, familiares e profissionais. 7. Revisão de sistemas: É a última parte da história clínica quando o examinador irá revisar todos os sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo. Algum aspecto relevante não informado ou não valorizado na história da doença atual ou pregressa poderá aparecer na revisão de sistemas. - A) Geral: Estado atual de saúde, anorexia; - B) Cabeça: Cefaleia, tontura; - C) Olhos: Diplopia, visão turva; - D) Ouvidos: Zumbido, acuidade; - E) Nariz e seios da face: Coriza, rinite alérgica; - F) Boca e garganta: Dor de garganta, gengivite; - G) Pescoço: Nódulos, gânglios; - H) Pulmões: Expectoração, tosse, hemoptise; - I) Cardíaco: Angina, ortopneia; - J) Trato gastrointestinal: Disfagia, dor abdominal; - K) Gênito-urinário: Disúria, hematúria. - Na mulher: Menarca, menopausa, ciclo menstrual, gravidez. - No homem: Hérnia, dor ou massa testicular, prostatite. EXAME CLÍNICO: EXAME FÍSICO - Elementos do exame físico específico: • Cabeça e pescoço - Normocefálico, couro cabeludo, olhos (aspecto, pupila, retina, pálpebras, esclera, campo visual, e acuidade visual), orelha (aspecto, canal auditivo, otoscopia, teste de Rinne e Weber, acuidade auditiva), nariz (mucosa, septo, pólipos), cavidade bucal (lábios, mucosa, palato, língua, amídalas, gengivas, dentes, reflexo da deglutição. - Pescoço – traquéia, laringe, tireóide (nódulos, bócio, sopros), jugulares (pressões e pulso venoso), linfonodos (submentoniano, submandibular, auricular, occipitais, cervicais).
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