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Patologia epitelial - lesões brancas da mucosa oral

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Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
Etiologia 
1. Condições hereditárias 
 
Leucoedema 
Aspectos clínicos 
o Se associa ao tabagismo, hábito de mascar 
tabaco, ingestão de álcool e a infecções 
bacterianas. 
o é assintomática e benigna. 
o se distribui simetricamente pela mucosa jugal; 
o é bilateral 
o tem predileção por adultos e crianças negras, 
devido a coloração da mucosa. 
o Se caracteriza por ter uma aparência opalescente/ 
esbranquiçada. 
 
o As superfícies da lesão se apresentam pregueadas. 
o O diagnóstico clínico é uma das formas mais 
plausíveis de diagnóstico, pois a lesão de caráter 
esbranquiçado tende a desaparecer/ diminuir 
acentuadamente quando a mucosa é esticada. 
Aspectos histopatológicos 
o Espessamento do epitélio 
o Acantose e hiperparaqueratinização da superfície 
epitelial. 
o Edema intracelular nas células da camada 
espinhosa. 
o Núcleos picnóticos. 
o As projeções epiteliais são largas e alongadas. 
 
Nevo branco esponjoso 
o É uma doença da mucosa oral. 
o Apresenta padrão hereditário: autossômico 
dominante. 
o Bilateral e simétrico. 
o É resultado de alteração da ceratinização das 
mucosas e da mutação dos genes da ceratina 4 e 
13. 
Aspectos clínicos 
o As lesões se caracterizam como placas brancas de 
aspecto corrugado e esponjoso. 
 
o Se manifestam em qualquer região 
o A mucosa é pregueada 
o Consistência amolecida 
o Tonalidade opalescente 
o Pode fragmentar-se 
o É mais comum na mucosa jugal. 
o Se desenvolvem após o nascimento 
o Pode acometer outras mucosas, como a mucosa 
nasal, faringe e esôfago. 
Aspectos histopatológicos 
o O epitélio é espesso e com paraqueratose, 
acantose e espongiose, na camada espinhosa do 
epitélio. 
 
o Ocorre degeneração hidrópica ou de células 
claras na camada parabasal. 
Disqueratose intraepitelial benigna hereditária 
/Síndrome de Witkop-von Sallamann 
o Hereditária autossômica dominante rara 
o As lesões orais aparecem no primeiro ano de vida. 
o É benigna e autolimitante 
Aspectos clínicos 
o Pregas brancas amolecidas e assintomáticas. 
o Acomete a região de mucosa jugal, comissura labial, 
assoalho da boca, língua, gengiva e palato. 
Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Aspectos histopatológicos 
o Hiperplasia epitelial e acantose 
o Edema intracelular 
o Queratinócitos aumentados e hialinos: elementos 
disquerátocticos presentes na parte superficial do 
epitélio. 
o Epitélio largo 
o Infiltrado celular na mucosa e tecido conjuntivo. 
o Células vacuolizadas com disqueratose 
 
2. Lesões reativas 
 
Hiperqueratose focal/ friccional 
o Lesão branca/ hiperqueratótica causada por atrito 
ou fricção crônica contra uma superfície da mucosa 
oral. 
o Pode ser causada por restaurações ou próteses mal 
adaptadas. 
o Ocorre na região dos lábios, borda de língua, 
mucosa jugal e rebordos alveolares 
 
Aspectos histopatológicos 
o Hiperqueratose 
o Células inflamatórias crônicas 
Lesões brancas associadas ao tabaco sem fumaça 
o Causa placas brancas na mucosa oral 
o Há inflamação e queratose, em resposta ao tabaco. 
Características clínicas 
o Lesão branca e assintomática 
 
o Fundo do vestíbulo 
o Causa alterações aos dentes e ao periodonto. 
 
Aspectos histopatológicos 
o Hiperplasia 
o Hiperqueratose 
Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
o Infiltrado inflamatório presente no tecido conjuntivo 
Estomatite nicotínica 
o Queratose associada ao tabaco comum. 
Aspectos clínicos 
o Eritema 
o Queratinização 
o Inflamação dos ductos das glândulas salivares 
menores 
 
 
 
Aspectos histopatológicos 
o Hiperplasia epitelial 
o Hiperqueratose 
3. Lesões orais potencialmente malignas/ pré-
malignas/ lesões percussoras do câncer 
o São alterações teciduais que podem assumir o 
caráter de um tumor maligno ou permanecer 
estáveis por um considerável período. 
o São: a leucoplasia, quelite actínica e eritroplasia 
Leucoplasia 
o Placa predominantemente branca da mucosa oral. 
o Não é removível a raspagem. 
o Não pode ser diagnosticada apenas clinicamente, 
e é apenas vista como uma possibilidade após o 
descarte das outras lesões brancas da mucosa oral. 
o É mais comum no gênero masculino, com mais de 40 
anos de idade. 
 
Leucoplasia homogênea 
o Lesão predominantemente branca, de superfície 
plana, aparência delgada, que pode exibir fendas 
não profundas e possuem superfície lisa, enrugada 
ou corrugada com textura consistente em toda a 
área. 
o Tem menos chances de ser uma lesão maligna 
 
Leucoplasia não homogênea 
o É uma lesão predominantemente branca ou branca-
avermelhada (eritroleucoplasia) de superfície 
irregular, nodular ou exofítica. 
o Tem chances maiores de se tornar uma lesão 
maligna. 
Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Eritroplasia 
o Placa/mancha vermelha que não pode ser 
classificada clinicamente como qualquer outra 
entidade. 
o Seu diagnóstico é feito por exclusão. 
o Fatores etiológicos: fumo, álcool. 
o Tem alto grau de displasia 
o Tem alto grau de se cancerizar 
o Tem predileção por indivíduos dos 50-60 anos de 
idade 
o Os sexos feminino e masculino são acometidos 
igualmente 
o São lesões maculares de margem bem definida 
o Textura amolecida/endurecida 
o Coloração avermelhada 
 
o Se localizam na região de palato mole, mucosa 
retromolar, assoalho da boca, língua. 
Quelite actínica 
o Alteração difusa e pré-maligna do lábio inferior. 
o é resultante da exposição excessiva ou a longo 
prazo ao componente ultravioleta da radiação solar. 
o Pode causar danos irreversíveis a nível celular. 
Características clínicas 
o tem predileção pelo sexo masculino 
o pacientes leucodermas, com menos de 45 anos de 
idade. 
o Aspecto ressecado do lábio 
o Perda de limite entre mucosa e anexo cutâneo 
(vermelhão do lábio) 
o Perda de contorno do lábio inferior 
o Acomete mais o lábio inferior 
 
o Apresenta aparência atrófica, enrugada e 
edemaciada. 
o Ulceração crônica 
 
Queilite actínica aguda 
o Se associa a intensa exposição solar a um curto 
período. 
o Ocorre fissura, edema e ulceração. 
Queilite actínica crônica 
o Tem alto potencial de se malignizar 
o As alterações celulares são mais intensas e 
permanentes. 
Aspectos histopatológicos 
o O epitélio de revestimento é atrófico e 
hiperqueratótico, podendo exibir uma displasia 
epitelial. 
o Atrofia epitelial 
o Hiperceratose 
 
o Infiltrado inflamatório 
o Alterações basofílicas nas fibras elásticas e 
colágenas – elastose solar (alteração basofílica que 
ocorre no tecido conjuntivo exposto cronicamente ao 
sol). 
Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
Displasia epitelial 
o Lesão em que parte da espessura epitelial é 
substituída por células que apresentam graus 
variáveis de atipias celulares (hiperceratose, 
acantose, infiltrado inflamatório crônico, diferentes 
graus de displasia celular) 
o Esse termo abrange modificações histopatológicas 
observadas em desordens crônicas, progressivas e 
pré-malignas da mucosa oral. 
o clinicamente está presente na leucoplasia, 
eritroplasia e leucoeritroplasia. 
o Atipia celular: perda de uniformidade individual das 
células do epitélio e perdada arquitetura do tecido. 
o Ocorrem atipias celulares: polimorfismo nuclear, 
hipercromatismo nuclear, ceratinização da camada 
espinhosa, estratificação epitelial irregular, 
hiperplasia da camada basal, perda de polaridade 
das células basais, processos reticulares em gota, 
redução da aderência intercelular, aumento da 
razão núcleo-citoplasma e aumento do número de 
mitoses. 
Classificação 
o Leve: alterações limitadas à camada basal e 
parabasal. 
 
o Atípias celulares (pleomorfismo celular e nuclear, 
núcleos hipercromáticos, perda de aderência entre 
as células) 
o Moderada: alterações na camada basal até a 
porção média da camada espinhosa. 
 
o Severa: alterações da camada basal até acima da 
porção média do epitélio. 
o Há presença de Infiltrado inflamatório 
 
o Carcinoma in situ: quanto toda a espessura do 
epitélio está envolvida. 
 
Características Histopatológicas 
o Hiperortoceratose: espessamento da camada de 
ortoqueratina. 
 
4. Outras lesões brancas 
Líquen plano 
o Ocorre em virtude uma resposta imunológica 
mediada por células T á antígenos situados na 
junção epitélio conjuntivo. 
o É uma doença muco cutânea – acomete as mucosas 
e a pele. 
o Aparece em pessoas tensas e nervosas 
o Apresenta períodos de remissão e exacerbações. 
Aspectos clínicos 
o Regiões flexoras dos cotovelos e joelhos. 
o Podem acometer qualquer região. 
o São lesões simétricas. 
o Causam intenso prurido 
o Pápulas bem demarcadas 
o Ocorre na faixa etária de 40-70 anos 
Patologia epitelial: lesões brancas da mucosa oral 
Processo saúde-doença III 
Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
o Gradação de cor: vermelha, violáceas 
o Castanho-sujas. 
o Estrias de Wickman: são estrias bilaterais, de coloração esbranquiçada, são vistas como pápulas entrelaçadas 
filiformes e radiadas, brancas ou cinzentas aveludadas dispostas de modo linear formando áreas circunscritas; 
o Ocorre principalmente na mucosa jugal. 
o O comprometimento da mucosa bucal acompanha ou precede o aparecimento das lesões cutâneas. 
o É autolimitado de resolução espontânea, mas as lesões bucais podem persistir por anos. 
o Incide mais frequentemente na mucosa jugal e menos no palato e no lábio. 
Variante erosiva 
o São lesões ulceradas, cruentas e dolorosas. 
o As estrias de Wickman estão presentes na periferia. 
Aspectos histopatológicos 
o Hiperqueratose 
o Degeneração hidrópica da camada basal com queratinócitos apoptóticos 
o Infiltrado inflamatório crônico.

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