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Nutrição-UFGD • Criar normas; • Estabelecer normas; • Normatizar. Cada vez mais as diferentes atividades oferecidas pelo mercado, seja de produtos ou serviços, devem obedecer a normas e padrões de qualidade. Seguir essas normas e padrões é fundamental, ou melhor, vital para uma empresa → ao seguir os critérios, normas e regras, garantimos a qualidade do que é produzido ou ofertado. Como consequência disso, nós temos um negócio mais competitivo, devido à adequação a esses critérios que o mercado exige. Adequação às normas nacionais e internacionais: • Possibilita maior competitividade do mercado; • Permite padronização; • Permite certificação por instituições normatizadoras; • Possibilita exporta ou ser referência internacional; • É a base para Garantia da Qualidade. A Normalização consiste em organizar a cooperação efetiva entre as diferentes áreas da economia nacional, de modo a: • Proteger a saúde e a segurança humana; • Buscar constantemente melhores índices de produtividade; • Conservar as fontes de recursos naturais; • Minimizar o desperdício; • Ajudar na transferência de tecnologia; • Facilitar o comércio nacional e internacional. FATORES QUE IMPULSIONAM A NORMALIZAÇÃO • A formação de blocos econômicos (Comunidade Europeia, Tigres Asiáticos, Mercosul e Nafta); • A elevada competitividade nos Mercados Nacionais, abertos à concorrência externa; • A exigência de Normalização para Produtos e Serviços explicitados no Código de Defesa do Consumidor; • A exigência da utilização de Normas Brasileiras, explicitadas na Lei das Licitações. BENEFÍCIOS DA NORMALIZAÇÃO Qualitativos, permitindo: • Utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mão-de-obra); • Uniformizar a produção/serviço; • Facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível técnico; • Registrar o conhecimento tecnológicos, e facilitar a contratação ou venda de tecnologia. Quantitativos, permitindo: • Reduzir o consumo de materiais; • Reduzir o desperdício; • Padronizar componentes/equipamentos; • Aumentar a produtividade; • Melhorar a qualidade; • Controlar processos. Hierarquia/Níveis para a elaboração de uma norma: • Nível internacional: normas destinadas ao uso internacional, resultantes da ativa participação das nações com interesses comuns. Ex.: normas da ISSO (Internacional Organization for Standardization) e IEC (International Eletrotechnical Comission); • Nível regional: normas destinadas ao uso regional, elaboradas por um limitado grupo de Nutrição-UFGD países de um mesmo continente. Ex.: normas da CEN (Comitê Europeu de Normatização – Europa), COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas-Hemisfério Americano), AMN (Associação Mercosul de Normalização – Mercado Comum do Cone Sul); • Nível nacional: normas destinadas ao uso nacional, elaboradas por consenso entre os interessados em uma organização nacional reconhecida como autoridade no respectivo país. Ex.: normas da ABNT (Brasil); AFNOR (França); DIN (Alemanha); JISC (Japão) e BSI (Reino Unido); • Nível de empresa: normas destinadas ao uso em empresas, com finalidade de reduzir custos, evitar acidentes, etc. No Brasil, as normas são estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e restringe- se somente ao território nacional. No âmbito internacional, as normas são estabelecidas, em sua maioria, pela ISSO (Organização Internacional de Padronização) e pela IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional). Várias outras organizações em outros países que também estabelecem suas próprias normas. A ISO tem 165 países membros, distribuídos por categorias: • Corpos Associados: entidades ou instituições representativas dos standards em cada país. Estes são os únicos membros ISO que têm direito a voto; • Membros Correspondentes: países que não têm instituições ou entidades que gerem os standards desse país. São informados dos trabalhos em curso, mas não participam na promulgação dos standards; • Membros Superiores: países de economias muito pequenas. Pagam taxas reduzidas de associado e podem acompanhar os trabalhos de desenvolvimento dos standards. ISO Sinônimos de Boas Práticas. Sinônimo de Qualidade. Sinal que a empresa sabe o que está fazendo. Sinal que faz que segue padrões. Não garantem o padrão de qualidade daquilo que é produzido ou ofertado. A sua adoção é que costuma interferir diretamente nos produtos ou serviços. Procedimentos bem realizados tendem a gerar bons resultados e de qualidade. NORMAS E CERTIFICAÇÕES ISO 9000: estabelece requisitos para melhoria da qualidade, promovendo maior capacitação dos colabodores, o monitoramento do ambiente de trabalho, a verificação da satisfação dos clientes, funcionários e fornecedores. Independentemente da área de atuação ou porte da empresa. ISO 14000: tem como principal foco a gestão ambiental. Fornece estrutura para que as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação. Para que uma empresa garanta o Certificado ISSO 140000, deve comprometer-se com as leis previstas na legislação ambiental do país. ISO 26000: trata-se de regulamento com o objetivo de incorporar a responsabilidade social como fundamento da gestão de negócios, contribuindo para a utilização mais consciente de recursos humanos e naturais. ABNT NBR 15635:2008 – Serviços de alimentação: requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais. ABNT NBR ISO 22000:2006 – Sistemas de gestão da segurança de alimentos: requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos, norma que é considerada mais complexa. Requisitos necessários para atender uma norma: • Ser uma organização constituída e ativa – CNPJ; • Cumprir a legislação pertinente ao negócio; • Conhecer a norma e entender qual a necessidade da organização; • Implantar o Sistema de Gestão da Qualidade, ou seja, atenda a todos os requisitos da norma; • Avaliar o SGQ, por meio de auditoria interna; Nutrição-UFGD • Contratar um organismo de certificação; • Realizar a auditoria de certificação. É como se fosse um atestado de competência técnica e gerencial para uma empresa. A certificação da qualidade está relacionada à procedência e qualidade dos produtos e serviços que utilizamos no nosso dia a dia. Certificar consiste em demonstrar conformidade das características de um produto, serviço ou sistema diante de um documento de referência que estabeleça e quantifique parâmetros. CLIENTE • Busca empresas com responsabilidade social, ambiental e ética; • Além da qualidade, segurança, preço e desempenho do serviço oferecido; • Foco da empresa é o cliente; • Implantar um sistema de gestão da qualidade serve para satisfazer o cliente ENTENDER A NECESSIDADE DA EMPRESA OU INSTITUIÇÃO Dependendo dessa necessidade, desse objetivo do Sistema de Gestão da Qualidade que devemos conhecer e entender a norma que se deve seguir. Importante: • Nessa ase, é fundamental que todos os envolvidos conheçam e entenderam a norma de referência e principalmente, entendam qual o seu papel no sistema e como pode contribuir para com os resultados do SGQ, através de treinamento específico. IMPLANTAR O SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Deve ter a adesão de todos os níveis da empresa. Benefícios de implantar o SGQ: • Redução dos desperdícios; • Redução das variabilidades e aumento da previsibilidade dos resultados; • Aumenta de produtividade e contribui fortemente para o aumento a satisfação dos clientes; • Ajuda a cumprir a missão e alcance da visão. AVALIAR O SISTEMA DA GESTÃO DA QUALIDADE Deve ser feita auditoria interna para avaliação as conformidades e não conformidades com a norma de referência. Auditoria interna – ferramenta de melhoria contínua do SGQ.A auditoria pode ser realizada com pessoal próprio devidamente capacitado na norma e com experiência em auditoria interna, seguindo a norma ABNT NBR ISSO 19011:2018, ou através da contratação de uma empresa de consultoria especializada nisso. CONTRATAÇÃO DE ÓRGÃO CERTIFICADOR Somente empresas autorizadas pelo INMETRO no Brasil é que podem realizar a auditoria de certificação e de manutenção, além de emitir o certificado de conformidade do sistema de gestão com a norma de referência. Por razões éticas, quem prepara a empresa não pode emitir o certificado. Portanto instituições acreditadoras não prestam serviço de consultoria. AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO A auditoria de certificação é composta por duas partes. Na primeira, o auditor verifica: • Se a empresa atende aos requisitos da norma de referência e às exigências legais e regulamentares; • A aderência das informações documentadas mantidas por procedimentos à norma de referências; • Se existe algum item não contemplado em seu sistema de gestão. São apontadas as conformidades, oportunidades de melhoria e não conformidades apuradas na documentação da organização. Nutrição-UFGD Na segunda parte, o auditor verifica a execução de todos os processos da empresa e a conformidade dos produtos e serviços ofertados por meio de entrevistas e observação com responsáveis pelos processos. Somente se os requisitos estiverem consistentes e coerentes é que o auditor recomendará a certificação da empresa. Se o resultado da segunda etapa não for satisfatório, procede-se um agendamento de uma auditoria de follow- up em até 3 meses para que o auditor possa verificar a implementação das ações corretivas e então emitir o resultado oficial. Prazo de validade: 3 anos. Custo varia conforme a complexidade do sistema de gestão da qualidade implantado/tamanho da empresa. Processo de certificação pode demorar de alguns meses a dois anos, dependendo do grau de desenvolvimento do sistema de gestão da qualidade. A empresa certificada deve zelar pela manutenção da sua certificação. CERTIFICAÇÃO EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO Compreende o fornecimento de alimentos e serviços de qualidade superior, com elevada preocupação quanto à segurança alimentar. Pequenos empreendedores, não podem ignorar as orientações oferecidas pelas normas técnicas, mesmo aqueles que se lançam no mercado confiantes em seus processos artesanais para a preparação de alimentos. As regras são as mesmas para empresas grandes ou pequenas. Comer fora de cada é uma realidade cada vez maior. Certificação é sinônimo de segurança alimentar, ou seja, alimento seguro, segurança dos alimentos → alimentos livres de contaminação. Certificação serve de proteção para a empresa e cliente. APPCC BPF APPCC Poderosa ferramenta de gestão, oferecendo uma forma de se conseguir um efetivo controle dos perigos. O APPCC consiste numa abordagem sistemática e estruturada de identificação de perigos e da probabilidade de sua ocorrência em todas as etapas de produção de alimentos, definindo medidas para o seu controle. Análise é específica para o estabelecimento ou linha de processamento e para um serviço/produto. O método deve ser sempre que novos perigos forem identificados e/ou que parâmetros do processo sofram modificações. HACCP - CODEX O código de práticas publicado pela comissão Codex Alimentarius é a principal referência internacional quando se fala em sistemas de segurança de alimentos baseados na utilização do HACCP. Metodologia: 1. Formação de equipe; 2. Descrição do produto; 3. Identificação da intenção de sio; 4. Construção do Fluxograma de processo; 5. Confirmação in loco do Fluxograma; 6. Listagem de todos os potenciais perigos; 7. Condução a Análise de Perigos, considerando-se Medidas de Controle; 8. Determinação dos Pontos Críticos de Controle – PCC’s; 9. Estabelecimento de Limites Críticos para cada PCC; 10. Estabelecimento de Sistemas de Monitoramento para cada PCC; 11. Estabelecimento de Ações Corretivas; 12. Estabelecimento de Procedimentos de Verificação; 13. Estabelecimento de Controle de Documentação e Registros. HACCP – PRINCÍPIOS Nutrição-UFGD Princípio 1 – Identificação e análise dos perigos. Princípio 2 – Identificação e definição dos Pontos Críticos de Controle. Princípio 3 – Estabelecimento dos Limites Críticos de Controle. Princípio 4 – Estabelecimento dos Procedimentos de Monitorização dos Pontos Críticos de Controle. Princípio 5 – Definição das Ações Corretivas. Princípio 6 – Estabelecimento dos Procedimentos de Verificação. Princípio 7 – Estabelecimento dos Procedimentos de Registro. PERIGOS Perigos podem ser definidos como contaminantes ou constituintes da matéria-prima, dos produtos semi- acabados ou do produto final, de natureza biológica, química ou física, em condições potenciais para que possam causar agravo à saúde e/ou à integridade do consumidor. Para cada perigo uma medida preventiva deverá ser adotada de acordo com a reliadeda da indústria. PONTOS CRÍTICOS Pontos ou as etapas do processo de fabricação que afetam a segurança e ou qualidade do produto, e que podem ser controlados(as) por progrmas e procedemntos de pré-requititos do sistema HACCP – BPF, procediemntos operacionais padronizados (POP’s), contorle integrado de pragas, entre outros. PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE Pontos críticos de controle (PCC’s) podem ser definidos como pontos, etapas ou procediemntos que afetam a segurança e/ou qualidade do produto/serviço, mas que não podem ser controlados pelos programas de pré- requisitos do sistema HACCP. Medidas de controle, ou seja, medidas preventivas, devem ser aplicadas para manter um perigo significativo conrolado, eliminado-o, prevenindo-o ou reduzindo-o a níveis aceitáveis, de forma que ele não implique em riscos à saúde do consumidor. LIMITE CRÍTICO Limite crítico pode ser definido como um valor máximo ou mínimo de parâmetros ou medidas, como temperatura, tempo, atividade de água, pH, acidez titulável, resíduos de antibióticos entre outras. Limites críticos devem ser estabelecidos para cada medida de controle monitorada dos PCCs. APPCC – PASSO A PASSO 1. Identificar os perigos: reconhecer quais contaminantes do processo podem prejudicar a saúde do consumidor. 2. Caracterizar o perigo: descrever a severidade dos efeitos adversos à saúde que o perigo pode causar. 3. Avaliar a exposição: determinar a probabilidade do perigo ocorrer. 4. Estimar o risco: calcular a probabilidade de dano à saúde do consumidor. APPCC – BENEFÍCIOS Implementa controles de risco à segurança de alimentos reconhecidos internacionalmente. Proporciona a produtores, partes interessadas, fornecedores, clientes mais confiança em relação aos seus controles. Alinha o APPCC com a norma ISSO 22000 para melhorar os sistemas de gestão de segurança de alimentos. Gerencia de forma eficaz os riscos de segurança de alimentos em toda a cadeia de suprimentos. Revisa e melhora continuadamente seu sistema para que ele se mantenha eficaz. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO – BPF Conjunto de princípios e regras para o correto manuseia de alimentos e bebidas, abrangendo desde a matéria- Nutrição-UFGD prima até o produto final, de forma a garantir a segurança e a integridade do consumidor. As regras de BPF são agrupadas em categorias, denominadas de requisitos, sendo eles: • Higiene ambiental; • Higiene pessoa; • Higiene operacional, limpeza e desinfecção; • Controle integrado de pragas. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO - POP Procedimentos escrito de forma objetiva: estabelece instruções sequenciais para a realização das operações rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos e bebidas. Para a vigilância sanitária,os POPs acompanhados de seus respectivos registros de execução, são elementos necessários da fiscalização sanitária para verificar se o estabelecimento cumpre as BPF: • POP’ são complementares as BPF.
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