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Thais Alves Fagundes DISFUNÇÃO ERÉTIL Disfunção erétil: incapacidade de obter ou manter uma ereção rígida suficiente para uma atividade sexual satisfatória. Resposta sexual masculina: • Libido: o Hipogonadismo (baixa testosterona) o Hiperprolactinemia (exemplo: adenoma de hipófise) ▪ Dosar testosterona e prolactina • Ereção: o Disfunção erétil: incapacidade de obter ou manter uma ereção. • Ejaculação / Orgasmo: o Ejaculação rápida: precoce o Anenjaculação: ausência de ejaculação o Anosgarmia: ausência de orgasmo • Flacidez: estado de flacidez iniciado depois do orgasmo, com duração variável individualmente o Priapismo > 6h (manter a ereção por mais de 6 hrs) Estrutura do corpo cavernoso: • Túnica albugínea: túnica fibrosa que encobre o corpo cavernoso. • Sinusóide cavernoso: músculo liso revestido pelo endotélio, no qual ocorre acúmulo de sangue para ereção. Ereção: • Sangue entra pela artéria cavernosa. • Preenche as lacunas do sinusóide cavernoso. • Sangue é drenado pelo plexo venoso sub-albugíneo para a veia dorsal do pênis. • Plexo venoso sub-albugíneo: o Evita o escape do sangue e mantém a ereção. o Veia subalbugínea possui passagem oblíqua. ▪ Sendo fechada, à medida em que ocorre a extensão do espaço lacunar pelo sangue. ▪ Diminuindo o retorno venoso, permitindo com que ocorra a ereção. Flacidez: • Depois do orgasmo, ocorre diminuição do fluxo de sangue para o sinusóide cavernoso / espaço lacunar. • Diminuição da artéria cavernosa reduz o espaço lacunar. • Aumentando o retorno venoso pela veia subalbugínea, havendo flacidez. Thais Alves Fagundes EPIDEMIOLOGIA Incidência da DE aumenta a cada década de vida: • Alta prevalência • Incidência aumenta com a idade DIAGNÓSTICO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL HISTÓRIA MÉDICA DE Orgânica x Psicogênica • Psicogênica: DE de início agudo, em jovem, sem comorbidades, sem associação a medicamentos e sem comprometimento da vasculatura. o Adrenalina liberada pela ansiedade ou estresse promove DE. • Orgânica: DE insidiosa, em idoso, com comorbidades: vasculopatia, diabetes, coronariopatia. Fatores de risco: • Idade: o 60-69: risco 3x o >70 anos: risco 6x • Escolaridade < 5 anos de educação: risco 2x • Diabetes: risco 4x • HAS: risco 2x (75% dos homens com DM tem DE, 5-10 anos antes do que a população não-diabética) • LUTS (sintomas do trato urinário inferior – problemas prostáticos): risco 1,5x • Depressão: risco 2x • Desemprego: risco 2x ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA Fator vascular: associados a aterosclerose (marcador de doença coronariana) • Tabagismo • HAS • Dislipidemias • Sedentarismo • Obesidade Fator neurológico: provocadas por lesões do SNC • AVC / TRM / Esclerose múltipla • Neuropatia diabética e alcoólica • Cirurgia pélvica (prostatectomia e coloproctológicas) Thais Alves Fagundes Fator endocrinológico: • Diabetes • Obesidade • Hipogonadismo Fator tecidual peniano: • Dislipidemias • Priapismo Secundárias a drogas: • Anti-hipertensivos (propanolol) • Diuréticos (tiazídicos - furosemida) • Ação no SNC (antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes) • Bloqueadores androgênicos • Drogas ilícitas (cocaína) IIEF (INTERNATIONAL INDEX OF ERECTILE FUNCTION) – DOMÍNIOS • Função erétil: 6 itens → Score do domínio: 1 a 30 • Orgasmo/Ejaculação: 2 itens → Score do domínio: 0 a 10 • Desejo sexual: 2 itens → Score do domínio: 2 a 10 • Satisfação com a relação sexual: 3 itens → Score do domínio: 0 a 15 • Satisfação geral: 2 itens → Score do domínio: 2 a 10 EXAME FÍSICO • Corroborar aspectos da história médica • Aspectos não identificados na história o Fibrose peniana (palpação do corpo carvenoso): identificar fibrose, sendo que a depender do grau de fibrose, há comprometimento da irrigação sanguínea do pênis e da função erétil (doença de Peyronie). o Atrofia testicular (palpação do testículo): identificar deficiência androgênica. o Insuficiência arterial periférica (palpação dos pulsos): identificar vasculopatia. Thais Alves Fagundes AVALIAÇÃO LABORATORIAL • Recomendada (II Consenso Brasileiro de Disfunção erétil) o Glicemia de jejum / Hemoglobina glicosilada o Perfil lipídico o Testosterona total TRATAMENTO PRIMEIRA ESCOLHA Psicoterapia Drogas de ação periférica: • Inibidores de PDE5: facilitadores de ereção, não indutores de ereção, ou seja, ereção ocorre de mais fácil. o Sildenafila (Viagra) ▪ Maior grau de ereção ▪ Maior nível de efeitos adversos ▪ Duração: 6-8h o Vardenafila (Levitra) ▪ Menor grau de ereção ▪ Menor nível de efeitos adversos o Tadalafila (Cialis) ▪ Menor grau de ereção ▪ Menor nível de efeitos adversos ▪ Duração: 36h o Lodenafila (Helleva) • Contraindicação absoluta: uso de nitratos na angina (vasodilatação excessiva) Mecanismo de ação do sildenafil: • Estimulação peniana causa liberação de óxido nítrico, por neurônios não-adrenérgicos e não-colinérgicos. • Óxido nítrico converte GTP em GMPc, por meio da guanilato ciclase. • GMPc age nos corpos cavernosos relaxando a musculatura lisa e a artéria cavernosa, havendo ereção peniana. • PDE5 converte GMPc em GMP, que provoca flacidez peniana. • Sildenafil inibe a PDE5, ampliando o efeito do GMPc em favorecer a ereção e impedindo a flacidez peniana. Thais Alves Fagundes Falha no tratamento oral: Aparelhos de constrição a vácuo: ação do vácuo estimula a irrigação do pênis, deve-se ainda colocar um anel constritor na base para não ocorrer a volta do sangue e manter a irrigação. • Pouco espontâneos • Rigidez deixa a desejar • Não ultrapassar 20 minutos • Pouco aceitos no Brasil • Risco de lesão vascular e fibrose peniana SEGUNDA ESCOLHA Teste de ereção fármaco-induzida (TEFI): • Avaliação parte vascular • Drogas intracavernosas / vasodilatadores o Alprostadil o Papaverina o Fentolamina o Prostaglandina E1 (associação) • Efeitos adversos: priapismo. Autoinjeção: • Requer habilidade técnica. • Pode provocar priapismo. o Não terá resultados na presença de parte vascular comprometida / vasculopatias. o Se lesão no nervo e parte vascular funcionante não terá resultado com viagra, que necessita de impulso nervoso para o pênis, mas terá resultado com injeção direta no corpo cavernoso. Indicações: • Real falha com o tratamento oral. • Contraindicação de orais (nitratos). • Desejo do paciente. Thais Alves Fagundes ÚLTIMA OPÇÃO Tratamento cirúrgico: • Próteses penianas: alto índice de satisfação, baixo índice de complicações. o Maleáveis: mais comuns por serem mais fáceis e mais baratas. Ereção constante. o Infláveis: mais cara. Há um reservatório no espaço retropúbico próximo a bexiga, uma válvula no escroto e uma prótese no corpo cavernoso. Ao acionar a válvula, o líquido presente no reservatório enche a válvula e vai até o corpo cavernoso, provocando a ereção. ▪ Monocomponente ▪ Dois componentes ▪ Três componentes Indicações: • Falha de tratamentos menos invasivos • Efeitos colaterais importantes com outros tratamentos • Contraindicação de outros tratamentos • Doença de Peyronie com curvatura importante ou não, associada a disfunção erétil (fibrose do corpo cavernoso) • Priapismo prolongado (>24 h) Priapismo > 48 h Maleável: Inflável: Próteses penianas:
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