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GRUPO SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO II MARIA APARECIDA MENEZES DOS SANTOS LOBO RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO II NOVEMBRO - SALVADOR – BA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA ....................................................................................... 5 3 FITOTERAPIA ................................................................................................................. 9 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................ 12 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22 4 1 INTRODUÇÃO No século XX, o papel do farmacêutico estava associado apenas a comercialização e produção de produtos medicinais, considerados como um dispensador apenas de produtos fabricados. Na década de 1960 foi organizado um movimento para discutir as atitudes e a formação do profissional farmacêutico, permitindo que o farmacêutico atuasse junto a equipe medica, contribuindo através do seu conhecimento como melhorar a qualidade de vida dos pacientes. ’’A atenção farmacêutica é a provisão responsável pelo tratamento farmacológico, com o proposito de alcançar resultados terapêuticos, concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Os resultados são: a cura de uma doença, a eliminação ou redução de uma sintomatologia, interrupção ou abrandamento do processo patológico ou prevenção de uma enfermidade ou de uma sintomatologia. (Hepler e Strand, 1990).” A prática da atenção farmacêutica, inclui atitudes, valores éticos, hábitos, habilidades, compromissos, compromissos compartilhados na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde. Para ter uma atenção farmacêutica deve existir uma interação direta entre o farmacêutico e o usuário, para desenvolver uma farmacoterapia racional, cujo efeitos sejam definidos e a partir daí melhorar a qualidade de vida. Através da resolução nº 467 de 28 de novembro de 2007 foi declarada a atuação do farmacêutico na indicação de medicamentos fitoterápicos, ele pode dispensar a planta medicinal ou os fitoterápicos, que são MIP isentos de prescrição. Para que a sua atuação tenha eficácia o farmacêutico deve exercer a formação adequada sobre os medicamentos, a sua base farmacocinética e a base farmacológica, são estas os conteúdos mínimos para que ele possa atuar como um farmacêutico na fitoterapia. 5 2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA A atenção farmacêutica, é a parte da prática farmacêutica, que permite a interação entre o paciente e o farmacêutico, com o objetivo de atender as necessidades farmacoterapêuticas, em busca de melhor qualidade de vida. Compreende atitudes, valor ético, habilidades, compromisso e corresponsabilidade na promoção da saúde. A interação direta entre o farmacêutico e o paciente deve envolver as concepções dos sujeitos, e respeitar as particularidades biológicas, psicológicas e sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde. A formação clínica do profissional farmacêutico, é decisiva para o futuro da atenção farmacêutica, o conhecimento em farmácia clínica, os tornam aptos para a realização de um acompanhamento farmacoterapêutico de qualidade, avaliando resultados clínicos e laboratoriais e interferindo na farmacoterapia em busca de resultados. A prestação de serviços de atenção farmacêutica pode trazer benefícios, para as farmácias e para os pacientes, obtendo informações sobre os clientes, aumentando a confiança do paciente em relação a farmácia, aumentando a fidelização dos consumidores, venda de produtos agregados e o posicionamento da farmácia como estabelecimento de saúde. Para o paciente, há uma facilidade de comunicação com um profissional da saúde, aumento na confiança para expor os problemas, esclarecimentos de dúvidas, redução de problemas com os medicamentos, maior segurança e eficácia no tratamento, e melhora na saúde do paciente. Para prestar atenção farmacêutica o farmacêutico, deve buscar conhecimentos sobre farmácia clínica, farmacologia, terapias não medicamentosas, e interpretação de exames laboratoriais. A comunicação, monitoração, avaliação física e informações sobre medicamentos, são habilidades exigidas para o farmacêutico, que deseja atuar com atenção farmacêutica. A atenção farmacêutica possibilita a melhora da qualidade de vida, identifica os problemas causados pelo uso de medicamentos, o profissional deve acompanhar a terapia medicamentosa continuamente e efetuar atendimentos farmacêuticos em busca de verificar a efetividade do tratamento, ao identificar algum problema o farmacêutico pode efetuar uma intervenção, reações adversas ao medicamento, o farmacêutico pode orientar e notificar a reação. 6 Quando a farmacoterapia intervém no resultado esperado, prejudica a qualidade de vida do paciente, para isso deve-se observar a necessidade, efetividade e segurança da terapia, as causas mais prováveis são: o não uso do medicamento que necessita, uso de medicamentos que não necessita, usa medicamento que não está sendo efetivo para ele, usa doses inferiores ou por tempo insuficiente, usa dose superior, apresenta reações adversas. A RDC 44/09 possibilita que as farmácias e drogarias efetue o serviço domiciliar desde que haja outro farmacêutico presente para atendimento dos demais clientes nos estabelecimentos, aferindo pressão arterial, corporal e glicemia. No exercício da farmácia clínica, dois serviços de atenção podem ser praticados são eles: revisão da farmacoterapia e conciliação de medicamentos. Estabelecer relação de cuidado centrado no paciente, participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, analisar a prescrição de medicamentos, realizar intervenções farmacêuticas, prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos, elaborar planos de cuidados farmacêuticos do paciente, realizar e registrar as intervenções farmacêuticas, avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento e realizar ações para a sua promoção, na revisão da farmacoterapia o farmacêutico analisa todos os medicamentos prescritos e em uso pelos pacientes com o propósito de identificar problemas relacionados a farmacoterapia. Os problemas relacionados a farmacoterapia podem ser: erros de utilização envolvendo a posologia, e a maneira correta de administração de medicamentos, erros de prescrição, como medicamentos desnecessários, a omissão de medicamentos e regimes posológicos equivocados, resistências para adesão ao tratamento por parte dos pacientes ou dos cuidadores, reações adversas, interações medicamentosas e intoxicações. Para identificação desses problemas o farmacêutico deve realizar um histórico farmacoterapêutico, este histórico consiste em um levantamento documentado de todos os medicamentos em uso pelo paciente, incluindo suas indicações, regimes posológicos, e tempo de tratamento, no histórico deve constar todo medicamento em uso, incluindo os prescritos por profissionais habilitados e até mesmo aqueles que são utilizados por conta própria, seja por automedicação ou por indicação. A conciliação de medicamentos, é um procedimento pelo qual o farmacêutico aplica a revisão da farmacoterapia em pacientes que transita pelos diferentes níveis de serviço de saúde, portanto o trabalho do farmacêutico pode resolver discrepância, e não conformidades farmacoterapêuticas em benefício da saúde do paciente, quando ele associa as medicações utilizadas por pacientescom doenças crônicas que necessitam de internamento, o farmacêutico 7 deve avaliar os riscos eventuais de novos medicamentos associados aos já utilizados pelo paciente. A conciliação de medicamentes pode ser realizada em farmácias comunitárias, no cuidado de pacientes crônicos e geriátricos que utilizam polifarmácia, geralmente eles são cuidados por diferentes médicos e especialidades que prescrevem sem conhecer as prescrições dos demais profissionais envolvidos, a falta de comunicação pode favorecer a ocorrência de interações medicamentosas e intoxicações. Em cumprimento a RDC 44/2009 todo o serviço farmacêutico deve ser documento e registrado por meio de uma declaração de serviço farmacêutico, pode ser elaborado um procedimento operacional padrão para os serviços e descrever no manual de boas práticas do estabelecimento, deste modo poderá garantir qualidade e reprodutibilidade do serviço com ótimos resultados na promoção da saúde dos seus pacientes. A anamnese farmacêutica é uma atribuição clínica do farmacêutico, definida como “o procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizada pelo farmacêutico por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas necessidades relacionadas à saúde”. CFF. O objetivo da anamnese é identificar as necessidades de saúde dos pacientes em uma consulta farmacêutica. Possibilita a análise do discurso do paciente, através de questionamento por parte do profissional, as perguntas irão depender do estado de saúde do paciente, e o processo de comunicação entre ele e o farmacêutico. Segundo o CFF, para que os objetivos da anamnese sejam atingidos, ela deve apresentar os seguintes elementos: 1. Identificação do paciente, (Nome, Sexo, Idade) 2. Queixa principal ou demanda; (Motivo do atendimento) 3. História da doença atual; (Descrição da doença) 4. História médica pregressa; (Doenças do passado) 5. História familiar; (Doenças na família) 6. História pessoal – fisiológica e patológica – e social; (Uso de drogas, alimentação, atividades físicas) 7. Revisão por aparelhos ou por sistemas. (Avaliação do paciente como um todo) A verificação de parâmetros clínicos feita pelo farmacêutico complementa as informações provenientes da anamnese e objetiva subsidiar a triagem do paciente e a avaliação de resultados da farmacoterapia. Envolve a medida da pressão arterial, da temperatura, de alguns parâmetros antropométricos, como o peso e a altura, entre outros (JONES; ROSPOND, 2008; HERRIER; BOYCE; FOSTER, 2014; HARDY, 2014) 8 O plano de cuidado tem como objetivo promover a qualidade de vida do paciente e da sua família. São orientações feitas ao paciente, de acordo as suas necessidades que foram diagnosticadas. Para a elaboração dos planos de cuidados, algumas ações e estratégias desenvolvidas ao longo do processo de cuidado paciente de cada paciente. A curto prazo: Avaliação clínica, Escuta qualificada, identificação de cuidados a serem ofertados, reunião com profissionais, construção da agenda de visitas, levantamento dos insumos necessários para a prestação dos cuidados. A médio prazo: Avaliação por pressão sobre os riscos de pressão, Avaliação e troca de sonda, prescrição de terapêutica para dor, hidratação, e distúrbios de humor, Avaliação e orientação sobre a higiene bucal, prevenção de crises familiar, realização de visitas com equipe multidisciplinar. A longo prazo: Definição junto ao paciente e família métodos invasivos caso haja necessidade, preparo da família em caso de morte, e orientação sobre os aspectos legais, preparação da família para o momento pós-óbito. Para realização dessas tarefas é necessário ter em mãos: o prontuário do usuário, dispensação de medicação pela farmácia básica, transporte e equipes de saúde, disponibilização de marcação de exames, comunicação da estratégia de saúde da família, coordenação da atenção básica do município. . 9 3 FITOTERAPIA A fitoterapia é um tratamento caracterizado pelo uso de plantas medicinais em diversas formas farmacêuticas, sem o uso de componentes ativos separados, inclusive os de origem vegetal. 1500 a.C O Papiro de Ebers, descreveu centenas de plantas medicinais, plantas são mencionadas em papiros egípcios, e na Grécia Teofrasto catalogou cerca de 500 espécies de plantas. Hipócrates também utilizou fitoterápicos com seus pacientes, deixando seu Corpus Hippocraticum, o mais claro e abrangente trabalho sobre o uso de plantas medicinais. Desde então, a fitoterapia foi desenvolvida em todo o mundo, na medicina tradicional chinesa, no Ayurveda indiano. Na Europa, a fitoterapia tornou-se a forma dominante de tratamento. No Brasil, a medicina popular foi desenvolvida com a contribuição de índios e portugueses. Desde o século XX, o desenvolvimento da indústria farmacêutica e os processos de produção sintética de ingredientes ativos fitoterápicos contribuíram para a desvalorização do conhecimento tradicional da medicina popular. No final da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu um programa de medicina tradicional para proteger e fortalecer a saúde dos povos do mundo e promover a preservação da cultura popular. Em 2006 o Brasil criou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com o objetivo de garantir acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos para a população brasileira, promover o uso sustentável da diversidade biológica, desenvolvimento da cadeia produtiva e industrial nacional. Em 1981, pelo despacho nº 212 do Ministério da Saúde da República de 11 de setembro de 1981, o estudo das plantas medicinais foi identificado como uma das áreas prioritárias da pesquisa clínica. Em 1982, ele introduziu o Programa de Ervas Medicinais para desenvolver terapias complementares com base científica. Em 1987, a organização das nações unidas, recomendou incluir a utilização de fitoterápicos no sistema nacional de assistência à saúde. No Brasil o Conselho Federal de Medicina, em 1991 e 1992, divulgaram dois pareceres reconhecendo a atividade da fitoterapia como um método terapêutico. A Anvisa por meio da portaria 6 de 1995, normatizou o registro dos fitoterápicos, a RDC de nº 17 foi atualizada em 2000, a regulamentação de registros no Brasil. No mesmo ano, a 10ª Conferência Nacional de Saúde incorporou no SUS as práticas de fitoterapia aos protocolos de tratamento. 10 Em 2003 12ª Conferência Nacional de Saúde foi determinado que a fitoterapia é uma atividade que pode ser exercida por todos os profissionais de saúde. Em 2004, a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar Nutricional instituiu a valorização da cultura alimentar, incluindo as plantas nativas e medicinais para a saúde da população. Em 2006 foi aprovada a política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS, o conselho federal de nutricionistas reconheceu a especialidade de fitoterapia na área de nutrição clínica. A resolução do CFN nº 402/2007 regulamentou a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in-naturas, frescas ou como drogas vegetal, nas suas diferentes formas farmacêuticas. A resolução do CFN nº 525/2013, resolveu regulamentar atribuindo ao nutricionista competências, ele pode adotar a fitoterapia para complementar a sua prescrição dietética, devendo considerar a eficácia, a segurança e os efeitos colaterais de cada fitoterápicos. A fitoterapia, é derivada da palavra grega therapeia, é considerada como o estudo da utilização das próprias plantas, bem como das preparações fitofarmacológicas e dos fármacos fitoterapêuticos. É uma ciência antiga que utiliza as plantas e os seus substratos para fins preventivos e terapêuticos. Uma das maiores vantagens da fitoterapia, é que ela manipula as plantas de uma forma natural.É um processo popular e não farmacológico. A fitoterapia é uma terapia sem drogas e, portanto, não utiliza substâncias sintéticas. Os benefícios da Fitoterapia são: Tratamento mais barato, menos efeitos secundários, não cria dependência, é oferecido pelo SUS como tratamento complementar e integrador, regula os hormônios, ativa o sistema imunológico, reduz a oxidação e a inflamação, reduz a taxa de crescimento das células cancerígenas e promove a morte de células que foram danificadas. Por outro lado, as preparações feitas com fitoterapia, tais como chás e cataplasmas, têm uma ação mais lenta no organismo, menor risco de dependência química e uma frequência muito menor de efeitos secundários. Alguns perigos espreitam no uso indiscriminado de plantas medicinais, que algumas espécies produzem substâncias para se defenderem contra os predadores. Glicosídeos, cianogénicos, proteínas tóxicas e alcalóides. A ingestão humana destes elementos pode ter efeitos adversos graves. A utilização inadequada ou incorreta de plantas medicinais pode ser fatal para alguns doentes. Os idosos, as crianças, as pessoas com doenças crónicas e as mulheres grávidas podem ser mais susceptíveis aos efeitos deste tipo de medicamentos. 11 Os efeitos secundários podem ser sentidos imediatamente ou durante um período de tempo mais longo. As mulheres grávidas podem estar em risco aumentado de aborto espontâneo, malformações fetais e alterações hormonais. Assim, a diferença entre fitoterapia e plantas medicinais é o isolamento dos princípios ativos das plantas com propriedades curativas, chamadas plantas medicinais, e a utilização destas plantas sob a forma de chás, sumos, flores, compressas, soluções diluídas, etc., que constituem métodos domésticos. Tanto os medicamentos à base de plantas como os tradicionais fitoterápico são derivados exclusivamente de fontes botânicas, mas os medicamentos à base de plantas precisam de provar a sua segurança e eficácia em ensaios clínicos em humanos, enquanto os medicamentos tradicionais precisam comprovar a sua segurança e eficácia. Outra grande diferença é a indicação terapêutica. Enquanto os medicamentos à base de plantas são indicados para utilização em apresentações clínicas específicas, os medicamentos tradicionais à base de plantas não podem envolver a utilização em doenças, distúrbios, condições ou ações consideradas graves e devem ser concebidos para serem utilizados sem a companhia de um médico para fins de prescrição, diagnóstico ou monitorização do paciente. A prescrição deverá obedecer aos critérios éticos e legais previstos. Definida como o ato de selecionar uma terapia para cuidado do paciente, com o proposito de promoção, proteção e recuperação da saúde do paciente. Em 2013 ficou definido que o farmacêutico está apto a prescrever conforme a legislação no âmbito da sua competência profissional, seguindo as seguintes especificidades; estar escrito no Conselho Estadual de Farmácia, para a prescrição de fitoterápicos de venda livre, e que sejam isentos de prescrição, utilizadas em forma de chá ou cocção. As orientações do uso correto da planta por parte de um profissional são as vantagens na orientação do uso correto e racional, que serão de acordo a necessidade do paciente. Promover o uso racional evita superdosagens e interações medicamentosas, causadas por outras medicações. 12 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA DATA:_____/_____/_____ Farmacêutico (a): _______________________________ Nome do Paciente: ____________________________________________________________ Data de Nasc: _____/_____/_____ Estado civil: ____________________________ Domicilio: ______________________________________________________________ Profissão: ___________________________________ Telefone: ( ) _______________ Se: Aposentado apresentar as condições de saúde Ativo ( ) Inativo pela doença ( ) Principal (is) doenças (s) crônica (s): ( ) Diabetes ( ) Hipertensão Arterial ( ) Obesidade ( ) Sobrepeso ( ) Dislipidemia ( ) Fumante Tipo sanguíneo/Fator Rh: ________________ Peso: ______ Altura: _______ Raça: ( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) Indígena 1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO EXPRESSO EM PRONTUÁRIO 2. HÁBITOS ATUAIS ( ) Tabagismo ( ) Alcoolismo ( ) Narcóticos ( ) Outros: _________________ 13 3. ALERGIA CONHECIDA Á ALGUM MEDICAMENTO OU ALIMENTO ( ) Não ( ) Sim, quais? ____________________________________________ 4. UTILIZA TODOS OS MEDICAMENTOS PREESCRITOS? ( ) Sim ( ) Não, por que e quais? ____________________________________ ___________________________________________________________________________ 5. UTILIZA ALGUM MEDICAMENTO OU CHÁS, SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS, HOMEOPÁTICOS NÃO PREESCRITOS PELO MÉDICO? ( ) Não ( ) Sim, por que e quais? ____________________________________ ___________________________________________________________________________ 6. SENTE ALGUM SINTOMA OU SENSAÇÃO PARA RELATAR? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 7. MEDICAMENTOS EM USO: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 14 TABELA 1 – DIABETES Nome botânico Nome popular Parte (s) utilizada (s) Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Contra- indicações Efeitos adversos Mecanismo de ação Syzygium jambolanum L / MYRTACEA E Jamelão Folhas e sementes esmagadas Chá Ferver a água e adicionar as folhas de Jamelão e deixar repousar por cerca de 10 minutos. Depois pode-se tomar uma xícara de chá, 2 vezes ao dia, antes das refeições principais. O chá também pode ser obtido a partir das sementes da fruta esmagada. Oral Gravidez e Amamentação. Diarreia, desidratação e reações alérgicas. Tem efeitos anti- inflamatórios,anti- carcinogénicos e anti- diabéticos,e as folhas também têm um efeito hipoglicêmico. Punica granatum L. Romã Casca do Fruto Chás, Suco Ferver 1 xícara de água em uma panela e adicionar 10 gramas da casca da fruta, desligando o fogo em seguida e abafando a panela por 10 a 15 minutos. Após esse período, deve-se coar e beber o chá morno de 2 a 3 vezes por dia. Oral Gestantes, e crianças pequenas, menores de 2 anos. Náuseas e vômitos ou ainda uma grave intoxicação, que pode levar à morte por parada respiratória. Diminui os níveis de glicose e insulina no sangue em jejum enquanto aumenta a função das células beta-pancreáticas. Anacardium occidentale Lin. Cajueiro Casca da Caule Chá Ferver 1 litro de água com duas colheres de sopa de casca picada. Deixe ferver por 10 minutos. Abafe por outros 10 minutos. Recomenda-se tomar até 4 xícaras de chá ao dia. Oral Em pessoas mais sensíveis e isso porque, contêm ácido anacárdico e exumam um óleo bastante cáustico conhecido como Alergias e dermatites. A casca tem propriedades anti- diabéticas e as gorduras monoinsaturadas protegem o coração e níveis mais baixos de triglicérides. 15 LCC (líquido da castanha de caju). Momordica charantia L. (Melão- de-são- Caetano) Fruto e Folhas Suco e Chá Ferver as folhas e tomar. Dor abdominal, desconforto no estômago, úlcera gástrica, dor abdominal, dor de cabeça, vômitos, diarreia, palpitação, nefrite ou sangramento vaginal. Regula os níveis de glicose no sangue e ajuda a tratar a diabetes. Problemas de pele como feridas, furúnculos e eczema, alívio de picadasde insetos e obstipação. Taraxacum officinale Weber Dente-de- leão Raiz Chá Colocar 1 colher de chá de erva por xícara de chá de água fervente. Tomar de 3 a 4 xícaras ao dia. Oral Pessoas que possuem hipersensibilidade a planta, que possuem obstrução dos ductos biliares ou oclusão intestinais, inflamação aguda da vesícula biliar ou presença de úlcera péptica. Transtornos gastrointestinais ou reações alérgicas em pessoas sensíveis, devido à presença de componentes alergênicos como ácido taraxínico e lactona sesquiterpênica. Inibição da reabsorção da glicose renal. Redução daα-amilase, β-galactosidase e α- atividade enzimática da glucosidase. Adiminuição dos níveis de glicoseno sangue promove a glicólise hepática e a glicogénese. Inibe o fluxo do canal de potássio. 16 TABELA 2 – OBESIDADES Nome botânico Nome popular Parte (s) utilizada (s) Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Contraindicações Efeitos adversos Mecanismo de ação Camellia sinensis Chá verde Folhas Chá Ferver a água, desligar o fogo e adicionar as folhas do chá verde. Tampar e deixar repousar por 5 a 10 minutos. Em seguida, coar e tomar. Oral Durante a gravidez e a amamentação, assim como para pessoas com dificuldade para dormir, com alterações na tireoide, problemas nos rins ou fígado, anemia, úlceras gástricas e gastrite. Eles incluem insônia, ansiedade, frequência cardíaca acelerada (taquicardia) e tremor leve. Atua sobre a obesidade principalmente inibindo a ação das enzimas digestivas produzidas pelo pâncreas, aumentando assim o gasto de energia celular (termogénese) e inibindo a digestão de macronutrientes (hidratos de carbono e gra). Cynara scolymus Alcachofra Brácteas e folhas. Capsulas 1 cápsula antes do café da manhã, almoço e jantar, totalizando 3 cápsulas por dia. Oral As cápsulas de alcachofra possuem efeito laxante, e podem reduzir a eficácia de medicamentos que interferem na coagulação sanguínea, como ácido acetilsalicílico e anticoagulantes cumarínicos, como por exemplo a Varfarina. Dor de barriga, diarreia, gases, náuseas, fraqueza e azia em algumas pessoas. Atua aumentando respectivamente a secreção biliar e a produção hipocolesterolêmica e diurética. 17 Phaseolus vulgaris Feijão branco Grão Cápsulas Recomendamos ingerir 2 cápsulas ao dia. Oral É um produto sem registro de efeitos colaterais. Uma ligeira diarreia, náuseas, dor de cabeça, inchaço abdominal ou gases. Inibidora da enzima alfa-amilase Citrus sinensis Morosil Suco da Laranja Cápsulas Pode-se ingerir de 1 a 4 cápsulas ao dia. Pode ser tomado a qualquer hora do dia. Oral Grávidas; Mulheres em período de amamentação; Crianças. Não há relatos de reações adversas. No fígado, reduz a expressão dos genes envolvidos na síntese de triacilgliceróis, tais como LXR e FAZ, reduzindo significativamente a lipogênese e promovendo a oxidação das gorduras através de PPARα. Equisetum arvense L. Cavalinha Folhas Chá 1 colher de sopa do talo seco da cavalinha; 1 xícara de água fervente. Oral Gestantes, lactantes e pessoas com doenças cardíacas e renais. Crianças e adolescentes também devem evitar o consumo. Sabe-se que a erva contém uma enzima que inativa a vitamina B. Sem moderação pode levar a distúrbios nervosos, assinalados por dor de cabeça, problema para urinar e defecar, falta do apetite e dificuldade para engolir. Tem um efeito regulador e adstringente sobre o sistema urinário, atua como diurético e é eficaz para infecções moderadas do trato urinário inferior. 18 TABELA 3 – DOENÇAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO Nome botânico Nome popular Parte (s) utilizada (s) Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Contraindicações Efeitos adversos Mecanismo de ação Hymenoptera, Apidae Própolis de Apis melliferaL Resina Pode ser usado aplicado diretamente sobre a pele, na água para fazer inalações com o vapor, para gargarejo, ou pode ser tomado puro ou diluído em água, sucos ou chás. Para adultos é recomendável ingerir de 10 a 20 gotas, diluídas em meio copo de água, suco, chá ou café. Para as crianças de 1 a 12 anos, recomenda-se ingerir de 5 à 10 gotas diluídas em meio copo de água, suco, chá ou café. Oral Está contraindicado para pessoas com alergia a abelhas, às própolis ou a algum dos componentes da fórmula do produto. Durante a gravidez ou lactação, a própolis só deve ser usada somente com orientação médica. Reação alérgica que pode causar sintomas como inchaço, vermelhidão, coceira ou urticária na pele. Tem efeito anti- inflamatório ao inibir a síntese da prostaglandina, ativa a glândula timo e apoia o sistema imunitário ao promover a fagocitose e estimular a imunidade celular. Tea Tree Melaleuca Óleo essencial de suas folhas e gemas. Pode-se usar um gel ou um fluído com melaleuca na composição, ou misturar 1 mL de óleo de melaleuca em 9 mL de água e aplicar a mistura nas regiões Pode-se usar um gel ou um fluído com melaleuca na composição, ou misturar 1 mL de óleo de melaleuca em 9 mL de água e aplicar a mistura nas regiões Externa Quando usado na pele, deve ser diluído, principalmente em pessoas com pele sensível, para evitar irritação da pele. Irritação da pele, reações alérgicas, coceira, queimação, vermelhidão e secura da pele. Atua sobre danos nas membranas das células, embora detalhes sobre ainda sejam desconhecidos. 19 afetadas, 1 a 2 vezes ao dia. afetadas, 1 a 2 vezes ao dia. Taraxacum officinale Weber Dente-de- leão Raiz Chá Colocar 1 colher de chá de erva por xícara de chá de água fervente. Tomar de 3 a 4 xícaras ao dia. Oral Pessoas que possuem hipersensibilidade a planta, que possuem obstrução dos ductos biliares ou oclusão intestinais, inflamação aguda da vesícula biliar ou presença de úlcera péptica. Transtornos gastrointestinais ou reações alérgicas em pessoas sensíveis, devido à presença de componentes alergênicos como ácido taraxínico e lactona sesquiterpênica. Inibição da reabsorção da glicose renal. Redução da atividade das enzimas α-amilase, β-galactosidase e α-glucosidase Redução do açúcar no sangue, que estimula glicólise e glicogênese hepática. Inibe o fluxo do canal de potássio. Zingiber officinale Gengibre Raiz O gengibre pode ser utilizado em receitas doces e salgadas. A raiz picada fina ou ralada pode ser usada em molhos, chucrute, molho de tomate e em refeições orientais, por exemplo. Moído, pode ser usado em bolos, Chá 3 vezes ao dia. Oral O gengibre está contraindicado para pessoas alérgicas e para aquelas que utilizam remédios anticoagulantes, como a varfarina, porque pode aumentar o risco de hemorragias. Em algumas pessoas provoque uma sensação de queimação quando ingerido. O gengibre também pode provocar desconforto digestivo e causar um gosto desagradável na boca. O Aumenta o tônus muscular e melhora o peristaltismo no intestino humano. O Gengirol tem efeito termogênico sobre o corpo contribuindo para a perda de peso. Os óleos essenciais do gengibre liberam calor ativando a circulação e 20 biscoitos, pães e bebidas quentes. gengibre pode aumentar o risco de hemorragia. otimiza o gasto calórico. Salvia hispanica Sementes de chia Sementes Grão ou FarinhaPodendo ser adicionada em iogurtes, pães, bolos, sucos, vitaminas, frutas e panquecas. Para obter os benefícios da chia, é recomendado consumir duas colheres de sopa por dia dessa semente. Oral Hipertensos: os hipertensos medicados não devem consumir a semente porque ela possui propriedades que baixam a pressão arterial, levando a hipotensão. Hipotensos: pelos mesmos motivos dos hipertensos, os hipotensos não devem consumir a chia, pois podem, ainda, sentir cansaço, sonolência e dor de cabeça. Estresse gastrointestinal, coceira e inchaço após seu consumo. A semente de chia pode diminuir o açúcar no sangue e a pressão arterial. Pessoas tomando medicamentos para pressão ou diabetes devem moderar seu consumo para prevenir interações. Ação antioxidante de substâncias como miricetina, quercetina, kaempfenol e ácido cafeico. Estes compostos são antioxidantes primários e sinérgicos que contribuem para a sua forte atividade antioxidante. 21 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio Supervisionado II, contribuiu para agregar valor e conhecimento sobre a importância do uso racional de fitoterápicos, e a atenção que deverá ser dada ao paciente dentro das farmácias comerciais, e dentro dos postos de saúde. A atenção farmacêutica, vai além da dispensação de medicamentos, com o avanço da tecnologia é mais fácil conhecer as plantas e o seu poder de cura para os diversos tipos de doenças, as partes que são utilizadas são diferentes em alguns casos para certas doenças, e isso requer dos farmacêuticos, um esforço maior, um conhecimento atualizado. A semiologia nesses casos, se bem realizada, ajuda no momento da escolha do fitoterápico adequado para cada situação, promovendo o uso racional de plantas, como preparar, qual a dosagem recomendada diariamente, quais os benefícios e como ela irá agir dentro do organismo. A atenção farmacêutica entra em ação quando se preocupa e cuida do paciente, de maneira adequada, com empatia e boa comunicação, o farmacêutico consegue adquirir confiança do paciente. O plano de cuidados do paciente é de suma importância e deve ser adaptado ao caso específico, ou seja, à situação do paciente. Uma forma eficaz de trabalhar este processo é ter uma rede de apoio que satisfaça todos os requisitos do plano, que promova a saúde e o bem- estar tanto do paciente como da família. 22 REFERÊNCIAS HEPLER, C.D.; STRAND, L.M. Opportunities and responsibilities in pharmaceutical care. Am. J. Hosp. Pharm., v.47, n.3, p.533-543, 1990. HARDY, Y. M. Patient assessment in pharmacy: a culturally competent approach. Burlington (MA): Jones & Bartlett Learning, 2014. 236 p. JONES, R. M.; ROSPOND, R. M. Patient Assessment in Pharmacy Practice. Baltimore, MD: LWW, 2008. 474 p. HERRIER, R.; BOYCE, R.; FOSTER, S. Patient assessment in pharmacy. New York: McGraw-Hill Medical, 2014. 464 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 156 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 31). Portaria Nº 212 de 11 de setembro de 1981, do Ministério da Saúde, que no item 2.4.3. define o estudo das plantas medicinais como uma das prioridades de investigação clínica; Resolução nº 467 de 28 de novembro de 2007. Define, regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos. 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