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1) DADOS DO ESTUDANTE/CURSO CURSO: Pedagogia INSTITUIÇÃO: Universidade Cruzeiro do Sul NOME: RGM: DISCIPLINA: Estágio Curricular Supervisionado nos Anos Iniciais Ensino Fundamental ANO/SEMESTRE DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: QUANTIDADE DE HORAS REALIZADAS: 100 2) CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA NOME DA ESCOLA: ENDEREÇO/REGIÃO DA CIDADE EM QUE SE SITUA: DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA OU PRIVADA): DIRETORIA/SECRETARIA DE ENSINO A QUE ESTÁ VINCULADA: ANO(S) E NÍVEL(EIS) ESCOLAR(ES) OBSERVADO(S): ESTRUTURA DA ESCOLA: A unidade escolar conta com uma estrutura física considerada boa e de porte pequeno. São 5 salas de aulas contendo 1 lousa, uma TV para cada sala e 1 ventilador, 1 sala de informática com 12 computadores e 30 tablets, 1 sala para a direção e coordenação, 1 sala utilizada como secretaria, 1 refeitório, que é considerado pequeno para festas, recreações e apresentações, 1 cozinha com dispensa para guardar os mantimentos, 2 banheiros de uso exclusivo para meninos, 4 para uso exclusivo das meninas, 1 banheiro para os funcionários,1 almoxarifado e uma biblioteca. Na área externa, por ser uma escola pequena não tem quadra esportiva porém contamos com 1 tanque de areia, parque com balanços, escorregador, gira-gira e um espaço ao ar livre para que seja realizada as aulas de Educação Física. A escola é muito bem estruturada, bem organizada e conta com uma equipe de limpeza para que seja possível a limpeza da mesma e sendo assim, a escola está sempre muito limpa, atende 138 alunos de 4 à 11 anos, Educação Infantil: 1°Fase 13 alunos, 2°Fase 10 alunos e Ensino Fundamental 1°Ano 16 alunos, 2°Ano 12 alunos, 3°Ano 15 alunos, 4°Ano 19 alunos e 5°Ano 18 alunos. 3) INTRODUÇÃO O estágio supervisionado é de extrema importância para a formação do discente, é nessa etapa onde todo conhecimento adquirido durante a graduação poderá ser aplicado de forma prática. Uma experiência única em que o discente terá contato direto com o mercado de trabalho e realidade enfrentada pelos profissionais que já atuam no mercado. A realização do estágio supervisionado nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi uma maneira de observar a continuidade do processo de ensino e aprendizagem e como as crianças mudam rapidamente de uma etapa para outra. Adquirem novos conhecimentos e precisam ter mais autonomia para continuar sua caminhada estudantil. A objetivação desse estágio tem como principal tarefa observar alguns conteúdos apresentado durante o curso, configurando assim uma ótima oportunidade de unir teoria e prática, aplicando os conhecimentos adquiridos na universidade em conjunto com prática. O aprendizado se torna cada vez mais eficiente quando unimos teoria e prática. Realizando a observação, auxiliei algumas professoras durante o estágio supervisionado e em alguns momentos pude participar de algumas das atividades e perceber como é sistematizado a proposta de trabalho para o estágio nos anos iniciais, experiências sócio-educativas na unidade escolar e o processo de organização do trabalho docente. As salas em que estagiei apesar de turmas pequenas, possuem uma boa estrutura e organização contendo vários cartazes de apoio à aprendizagem dos alunos. Este estágio pode mostrar se realmente é isso que procuramos e desejamos para nossa vida, ter contato mais próximo com o processo e crescimento das crianças. REFLEXÕES SOBRE A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO O período de observação e participação foi a oportunidade de observar a relação de ensino/aprendizagem, a relação aluno/professor, a importância de refletir sobre a prática docente, e de conhecer conteúdos e recursos a serem trabalhados com os alunos. Sobre o processo de ensino/aprendizagem pude observar que durante a apresentação dos conteúdos, os professores sempre exploravam o conhecimento prévio dos alunos. Nestas atividades destaco ainda, que as professoras realizam seu trabalho de forma muito organizada e planejada, sempre deixando tempo hábil para realizar intervenções com os alunos durante a aula. Se mostraram sempre abertas ao diálogo, ao debate, dando voz e vez as crianças, adotando postura mediadora e também afetuosa. Nota-se que diversifica suas aulas com filmes, livros paradidáticos, busca a contextualização e significação do ensino, para que este faça sentido aos educandos.Estas observações ajudaram a justificar e fundamentar os estudos teóricos realizados ao longo do curso sobre a postura do professor e sua prática como um professor pesquisador, mediador, aberto ao diálogo, organizado, criativo e crítico sobre suas ações. Através do estágio podemos ampliar nossos conhecimentos, pois relacionamos a teoria estudada com a prática observada na sala de aula. O estágio supervisionado é o primeiro contato com a prática pedagógica, por isso que os futuros professores precisam observar e refletir sobre essa prática, associando-a ao conhecimento teórico adquirido ao longo da formação acadêmica. Fica evidente que a experiência de estágio traz diversas contribuições, “Ao estagiar, o futuro professor passa a enxergar a educação com outro olhar, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem”. JANUÁRIO (2008, p. 3) 4) PERFIL DOS PROFESSORES Durante o estágio supervisionado, tive o contato com diferentes professores de diferentes disciplinas, pude conhecer e acompanhar diferentes professoras. O corpo docente sempre possuem professores que já atuaram juntos em outras escolas e voltaram a se encontrar nesta unidade. Por esse motivo tem uma certa liberdade de compartilhar materiais e atividades exitosas ou boas práticas. A professora do 1° ano que foi uma das turmas que acompanhei, se chama Elisangela, atua nessa unidade escolar à 6 anos, é formada em Pedagogia e Pós graduada em Psicopedagogia, Educação Infantil e Direito Educacional tem um perfil mais calmo e passa bastante tranquilidade para as crianças. A professora do 2°ano se chama Marta, atua nessa unidade escolar faz 3 anos, é formada em Pedagogia e Pós graduada em Educação Infantil e Psicopedagogia, também possui perfil mais calmo e procura não se exaltar com as turmas, possui uma voz mais forte. Em meu estágio assistindo as aulas do 4°ano da professora Susley na qual eu mais participei no período da manhã, e assistindo um pouco da aula do 5°ano da professora Maria Eliana também no período da manhã. Pude perceber que elas possuem uma boa relação com as crianças, principalmente por acompanhar a turma desde o 2°ano, conhecem bem as potencialidades e suas dificuldades, conhecem as crianças pelo nome e até tem uma certa aproximação com os pais das crianças. São mais dinâmicas e tem um controle maior das salas. As aulas de Arte com a professora Sandra e Ed. Física com professor Davi são normalmente em partes externas da escola e bem dinâmicas e desafiadoras, percebe- se uma motivação maior dos alunos em realizar as atividades dessas disciplinas. Professor Pedro de Inglês faz com que as crianças participem bastante usando diálogos, músicas, vídeos e utiliza com frequência a sala de informática. Na adaptação durante a realização do estágio do ensino fundamental, percebi que as crianças já entendem alguns comandos dos professores, dá-se a rotina escolar que ajuda a garantir a aprendizagem dos alunos na qual as crianças sabem que existe hora para tudo, assim como no infantil. Organizar o dia em diversas etapas: hora de desenvolver atividades em sala, atividades externas, merenda, recreação, informática, aula de Ed. Física, Arte e Inglês. Pude participar de todas essas rotinas, especialmente das atividades que foram feitas dentro da sala de aula e na área externa da escola. Toda sexta-feira é realizado assim como na educação infantil o Ato Cívico de culto à Bandeira, sendoselecionado sempre duas crianças para que possa segurar a Bandeira e cantar o hino. Essas crianças já seguem um calendário fixado na sala de aula com a escala e rodizio dos alunos, colocam o protagonismo do aluno em prática. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz ao longo dos seus textos, a palavra protagonismo mais de 50 vezes em diferentes contextos. Seja se referindo às habilidades e competências, às áreas do conhecimento ou ainda a vida pessoal e coletiva dos estudantes O Ensino Fundamental é marcado por uma mudança importante no currículo acadêmico. Os alunos deixam de ter aulas com um professor generalista nos anos iniciais e passam a ser acompanhados por professores especialistas a partir do 5° ano. Ou seja, eles passam a ter aulas de língua portuguesa, matemática, geografia e ciências. Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), “na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas”. 5) PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES Ao observar a prática pedagógica das professoras, observei que cada uma delas possuem suas especificidades e cada uma possui maneiras diferentes de conduzir o conteúdo, o que me chamou atenção foi justamente poder presenciar que as mesmas utilizam como pratica pedagógica o de ensino interdisciplinar. O conteúdo é apresentado sempre com muito dinamismo e bem didático, trabalhando sempre a autonomia, bem diversificada, poucos alunos por ser uma escola pequena, com alguns alunos com dificuldade de alfabetização, frequentemente alguns alunos são indicados para que possam frequentar uma sala de reforço escolar, sendo decidido nos planejamentos semanais. A grande maioria das salas se acostumaram com a rotina da escola. Com o planejamento feito semanalmente, os professores são bem flexíveis e observadores faz alterações no planejamento quando necessário para atender as necessidades dos alunos. De acordo com o professor Nélio Parra (1972), planejar consiste em prever e decidir sobre: o que pretendemos realizar; o que vamos fazer; como vamos fazer e o que e como devemos analisar a situação a fim de verificar se o que pretendemos foi atingido. A rotina da sala de aula se inicia com a acolhida, leitura feita pelas professoras, descrevendo quais são as páginas que serão trabalhadas. Em seguida é feita a roda de conversa, onde os alunos expressam suas ideias e fazem perguntas a respeito da história do livro, logo após os alunos junto com a professora criam o assunto que será trabalhado no dia onde consta todas as atividades à serem realizadas durante o dia e seguem uma rotina baseado no material disponibilizado pela prefeitura. Envolvem conteúdos de disciplinas diferentes no livro didático, no caderno e atividades, aulas de leitura feitas na biblioteca, brincadeiras educativas, recreação, pinturas com vários materiais, colagem, e utilização de jogos pedagógicos. Os professores trabalham muito a ludicidade em suas aulas, buscando sempre despertar o interesse, criatividade, a imaginação, o raciocínio lógico e a interação entre os pares visando sempre trabalhar a socialização das crianças. Para que ocorra uma prática pedagógica eficaz e significativa, é elaborado durante o inicio do ano letivo o planejamento escolar com as competências e habilidades a serem desenvolvidas de acordo com cada ano ou fase escolar baseada na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), Para Vasconcelos (2000), planejar é “antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a serem realizadas, é agir de acordo como o previsto”. Ele afirma ainda que “planejar não é apenas algo que se faz antes de agir, é também agir em função daquilo que se pensa”. O professor da sala de aula trabalha de acordo com a teoria sócio-construtivista interacionista, que é o conhecimento construído pelo individuo num processo contínuo e dinâmico do saber, ao longo de sua história de vida, na interação com o meio onde vive e com pessoas com as quais se relaciona: família, comunidade, bairro e escola. 6) OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS – FOCOS DE DISCUSSÃO De acordo com o planejamento escolar, os professores dão início a sua aula comentando sobre a rotina do dia e colocando no quadro quais tipos de atividades e qual disciplina vai ser trabalhada no dia. Costumam pedir para colocarem datas nas páginas dos materiais. Alguns procuram observar se os alunos fizeram lição de casa e fazem as correções, anotam os que não realizaram as atividades. Sobre o foco, algumas turmas devem fazer a leitura dos enunciados em voz alta e para isso os professores adotam técnicas diferentes, hora escolhem aleatoriamente ou as vezes vão por ordem de chamada. O incentivo à leitura reforça a oralidade de cada aluno, algumas vezes são estimulados a anotar o que os professores pedem, seja enunciados das atividades ou os professores fazem uma leitura e pedem para os alunos reescreverem o que foi lido, aproveitando para trabalhar a escrita e memória. 6.1) FOCO – A produção Textual e a Oralidade As professoras trabalham com a produção textual e a oralidade não só na disciplina de Língua Portuguesa, mas de forma interdisciplinar. Com auxilio nesse desenvolvimento sempre segue uma rotina de leitura em voz alta dos enunciados escritos no material proposto em sala, realizada por alunos e professores. Para desenvolver a oralidade, a comunicação é muito incentivada em sala de aula, e também a leitura e o contato com vários gêneros textuais. Semanalmente a professora empresta um livro de seu próprio acervo para que os alunos levem para casa, para ler, escrever com auxílio do responsável o que entendeu da história, se gostou e também fazer um desenho sobre o livro. Esta atividade fundamenta os estudos teóricos realizados no curso, pois demonstra como é necessário que o professor trabalhe com a oralidade, promovendo a comunicação em seus diferentes contextos, a escrita, a produção textual, pois a formação de bons escritores tem sua origem na prática da leitura. As atividades visando a oralidade tendem a ser leves e divertidas, tentam não impor de maneira rígida, maçante e até mesmo punitiva, pensam que as chances de atividades darem errado é maior. Em vez de obrigar os alunos a irem para frente da sala de aula e se expressarem oralmente contra a própria vontade, eles procuram convidar e ao mesmo tempo procuram orientar no motivo de estarem realizando algumas atividades de apresentação na escola. O incentivo à leitura foi um ponto importante observado, projetos de leitura são bem aceitos pelos alunos, e percebi que quanto mais o estudante ler, mais terá um vocabulário amplo e diversificado. Por conta disso, conseguirá formular frases de maneira muito melhor, se sentindo mais seguro para se comunicar oralmente. Segundo Freire (1982) uma vez que a leitura é apresentada a criança ela deve ser minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das vezes as crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a compreensão da mesma não existiu. Alguns professores apostam bastante no trabalho em grupo, mesmo conhecendo as particularidades de cada um, isso não quer dizer que eles devem aprender sozinhos, fazendo apenas atividades direcionadas para as suas próprias especificidades. Comentam que trabalhos em grupo são um recurso muito importante. Por meio deles, há uma série de ganhos no que tange ao desenvolvimento da própria oralidade, uma vez que os estudantes terão que se comunicar bastante uns com os outros. Para Chaves (2010, p.1) “A convivência diária se transformam em grupos, manifestando através destes grupos (no espaço da sala de aula)” reforça que quebram a barreira do anonimato recíproco e iniciam um processo de interação que leva à coesãogrupal. Nos métodos de produção textual os professores presam por deixar mais próximo a produção escrita daquilo que enfrentamos no dia-a-dia, sempre com foco no desenvolvimento dos comportamentos leitores e escritores. Levam a criança a participar de forma eficiente de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. Notícias ou fato jornalístico, usando escrita de receitas como ensinar os passos para fazer uma sobremesa ou argumentar para conseguir que um problema seja resolvido por diferentes situações. Essas ações sempre envolvia um tipo de texto com uma finalidade as vezes usam a reescrita de textos como forma de correção do que foi escrito errado. Segundo Cavalcanti (2010, p. 161), “as práticas escolares de escrita dedicam pouca ou nenhuma atenção à reescrita de textos”. 7) CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio foi de extrema importância e pôde mostrar como é o funcionamento escolar como um todo, o que ajuda muito a observar como algumas teorias saem do papel, nos conteúdos estudados e ver como essas são colocadas em prática. Foi possível perceber que não é um caminho fácil, mas é algo prazeroso, poder observar o desenvolver de uma criança, cada momento é único não só para nós, mas para eles também, saber que podemos fazer a diferença na vida deles, muitas vezes o sentimento de extrema satisfação com a profissão que escolhi. Poder observar a rotina escolar, seus gestores, funcionários, professores e alunos é de extrema importância, assim durante o estágio vemos como é o relacionamento dentro do ambiente escolar, vemos que todos sem exceção dentro de sua competência é capaz de ensinar algo, e que é indispensável a união de todos visando exclusivamente o aluno, para o melhor bem estar e que se sintam acolhidos. A importância do trabalho em parceria e colaborativa visando buscar novos caminhos, sonhos e uma lembrança positiva ao aluno, o modo de ser do professor é essencial suas técnicas tem de ser renovadas sempre, mas sozinho o professor não consegue muito, mas com ajuda e união de todos, ele pode mudar a vida de um aluno, refletindo isto fora da escola, gerando um cidadão melhor. REFERÊNCIAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. CAVALCANTI, Jauranice Rodrigues. Professor, leitura e escrita. São Paulo: Editora Contexto, 2010. CHAVES, Adriana J. F. Os Processos Grupais em Sala de Aula. Disponível em: <http://www.franca,unesp.br/oep/Eixo%203%20-%20Tema%203>pdf> Acesso em: 22 nov. 2022. FREIRE, Paulo: A importância do ato de ler: em três, artigos que completam. São Paulo: Cortez, 1982.96 p. JANUARIO, Gilberto. O Estágio Supervisionado e suas contribuições para a prática pedagógica do professor. Campinas, 2008. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMA TICA/A rtigo_Gilberto_06.pdf> Acesso em: 21, nov. 2022. PARRA, N. Planejamento de currículo. Revista Nova Escola. nº 5. 1972. VASCONCELLOS, C. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo – elementos metodológicos para a elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1995.
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