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TIC 02

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TIC 02 – FATORES DE RISCO 
1- Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? 
Diversos fatores de risco podem influenciar no surgimento da Hipertensão 
Arterial Sistêmica (HAS), podendo dividi-los em fatores de risco não 
modificáveis e modificáveis, eles podem influenciar de forma isolada ou 
coletiva (PORTH, 10ª ed.). Os fatores de risco não modificáveis incluem: 
• Idade: a chance de HAS aumenta com o avanço da idade, visto que o 
envelhecimento está relacionado com o enrijecimento das paredes 
arteriais, o que pode afetar a pressão sistólica, devido a dificuldade na 
passagem do fluxo sanguíneo. Além disso, evidências recentes 
indicam que a excreção renal do sódio diminui com a idade, logo, 
pacientes mais velhos podem ter uma elevada retenção de sódio, o 
que também pode contribuir para o aumento da pressão arterial 
(PORTH, 10ª ed.). 
• Sexo: segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2020), em 
faixas etárias mais jovens a HAS é mais comum entre homens, porém 
a elevação dos níveis pressóricos por década se apresenta maior nas 
mulheres. Esse fato pode ser elucidado devido ao efeito protetor do 
estrogênio endógeno em mulheres em idade fértil. 
• Raça: estudos indicam que afrodescendentes tendem a desenvolver 
HAS em uma idade menos avançada, devido a fatores genéticos que 
influenciam o aumento da sensibilidade ao sal (PORTH, 10ª ed.). 
• Histórico familiar e genético: acredita-se que a contribuição genética 
para a HAS possa se aproximar dos 50%, diversos genes estão 
relacionados com essa possibilidade (PORTH, 10ª ed.). 
Os fatores de risco modificáveis estão relacionados ao estilo de vida do 
paciente, e engloba: 
• Ingestão de sódio: segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 
(2020), a ingesta elevada de sódio tem-se mostrado um fator de risco 
para a elevação da PA. 
• Dislipidemia: acredita-se que a HAS esteja relacionada a relação entre 
os lipídios no sangue e a aterosclerose, que pode diminuir a luz do 
vaso, causando assim uma resistência vascular periférica (PORTH, 
10ª ed.). 
• Tabaco: as teorias atuais sugerem que as alterações inflamatórias 
relacionadas às toxinas químicas do tabaco contribuem para o 
desenvolvimento da aterosclerose (PORTH, 10ª ed.). 
• Obesidade: evidências sugerem que a leptina, hormônio derivado dos 
adipócitos, pode representar uma ligação entre a adiposidade e o 
aumento da atividade simpática cardiovascular (PORTH, 10ª ed.). 
• Sedentarismo: segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 
(2020), há uma associação direta entre sedentarismo e HAS. 
 
Referências: 
BARROSO et. al. Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial - 2020. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, 2021. 
NORRIS. PORTH Fisiopatologia, 10ª edição – Rio de Janeiro: guanabara 
Koogan, 2021

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