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Clínica Integrada II-Palestra Carolina Ferreira -Dores associadas a traumas: Fácil localização e diagnóstico Entender mecanismo de trauma: negligência? Violência? - Dores sem associação à traumas: Inespecíficas Difícil diagnóstico Anamnese e exame físico completos e detalhados -Como raciocinar em diagnósticos diferenciais? Localização da dor: quadril ou região inguinal; joelho e pé Faixa etária: pré-escolar; escolar e adolescente -As dores relacionadas à alterações orgânicas no quadril podem levar a dor na região inguinal, no próprio quadril e dor referida na face medial da coxa e joelho -ATENÇÃO!!!!!dores no joelho ñ são exclusivamente de lesões nessa topografia, lembrar das doenças dos quadris DORES NO QUADRIL/FACE MEDIAL DA COXA E JOELHO Clínica Integrada II-Palestra Carolina Ferreira - a 1º imagem mostra a cabeça do fêmur floculada típica e c/ a cabeça do fêmur < de doença de Legg Calve Perthe.A 2º imagem mostra o deslizamento do fêmur -A dor é principal característica dessa patologia -Na doença de Legg Calve Perthes ñ apresenta flogose, ela é um processo insidioso sendo uma dor desencadeada por exercícios e c/ essa dor ele começa a mancar(claudica) em repouso há melhora dessa dor. Quadro + insidioso piorando c/ atividade física e melhorando c/ repouso. Há contratura dos músculos isquitotibiais levando piora da limitação de movimento e piora do prognóstico. Quando ocorre no sexo feminino e em obesos tem se pior prognóstico -Epifisiólise é lise da epífise e isso provoca um escorregamento da cabeça do fêmur que pode ser leve ou grave, é + comum em pré-adolescentes, + comum em menino e no lado esquerdo. O quadro clínico pode variar a intensidade se tiver um escorregamento grave a dor é muito Clínica Integrada II-Palestra Carolina Ferreira forte sem histórias de trauma, a dor é na virilha que pode irradiar p/ a face medial da coxa ou do joelho. Pode ser leve ou ñ apresentando dor constante. Pode ser grave ao ponto de incapacitar apoio do membro -A posição de conforto na sinovite de quadril e epifisiólise está mostrada abaixo: DORES NO JOELHO ANTERIOR -Associação c/ prática esportiva excessiva e ñ supervisionada -Adolescência: estética- Hipertrofia X alongamento -Queixas inespecíficas -Sempre lembrar de doenças nos quadris -Principal causa muscular: retração dos músculos isquiotibiais -Causas: Desiquilíbrio: exercício de hipertrofia X alongamento Crescimento ósseo acelerado Sedentarismo Má postura -Diagnóstico: Anamnese Exame físico: teste de flexão do quadril Radiografia p/ tratar tumores osseos Tratamento é fisioterapia -Doença de Osgood-Schlatter: principal causa orgânica de dor no joelho anterior. Trauma c/ avulsão parcial da tuberosidade da tíbia ou inflamação da epífise de crescimento de tração do ligamento patelar. Causada por acumulo de microtraumas por tração e esforço constante. Quadro clínico: dor localizada na tuberosidade da tíbial anterior, dor piora à digitopressão, flexão máxima, extensão abrupta, subir e descer rampas, tumefação e encurtamento do isquiotibiais. Diagnóstico: RX- descartar tumores ósseos + ossículo na inserção do ligamento patelar. Tratamento: gelo +AINE+fisioterapia DORES NAS PERNAS- “DOR DE CRESCIMENTO” -Dor de crescimento é um termo que deve ser descontinuado -Quadro clínico típico: Idade entre 3 e 6 anos Dor começa no inicio da noite ou madrugada, acordando a criança Choro agudo com queixa de dor nas pernas Dor inespecífica – perna, coxa, cavo poplíteo Melhora com massagem. Raramente é necessário medicar Normalmente aparecem após um dia intenso de atividades físicas Acorda sem nenhum sinal ou sintoma -Se tiver em algum sintoma que fuja desses critérios, deve pensar em outras causas. -Dado comum: Crianças que não são muito ativas Crianças que não gostam de atividades físicas Pedem colo com frequência durante caminhadas -Investigação: Anamnese cuidadosa para questionar todos os fatores de risco p/ doenças orgânicas Clínica Integrada II-Palestra Carolina Ferreira -Fatores importantes: fora da faixa etária, dor acontece durante o dia, limita atividade, apontar a dor, dor importante com uso de medicação, edema articular, claudicação – pensar em causa orgânica. -Exame físico geral -Exame postural -Exame musculoesquelético: inspeção, palpação, testes de amplitude articulares -Não pode encontrar alterações na anamnese e no exame físico, se tiver, pesquisar outras causas. -Foi observado que as crianças com dor de crescimento possuem duas alterações que são dentro da normalidade, não são patológicas. São alterações fisiológicas que com o amadurecimento do sistema osteomuscular se resolvem. -Pé plano postural: é a perda do arco longitudinal do pé + valgo calcâneo. A consequência é a dificuldade de propulsão da marcha, pois exige muito mais da musculatura dela.Teste clínico e terapêutico – palmilha com elevação da borda interna dos pés. Há a neutralização do valgo naturalmente, dispensando a palminha c/ o tempo. -Persistência da torção externa da tíbia: manutenção da postura fetal de torção tibial. A criança é tida como desengonçada e portadora de má postura.Avaliação = ângulo coxa-pé Desenvolvimento leva a compensações com correção espontânea. Essa é a pessoa que conhecemos que anda p/ dentro. DORES NOS PÉ -Coalizão tarsal: fusão congênita entre os ossos do pé. Mais comuns – calcaneonavicular e talocalcanca. Fusão cartilaginosa, óssea ou fibrosa. Inicio dos sintomas coincide com período de ossificação – 8 a 16 anos. A imagem é calcaneonavicular. -Doença de Kohler: osteocondrose por necrose do navicular do tarso. Benigna com bom prognóstico, + comum entre 4-5 anos e em meninos. Associada a esforço repetitivo. Leva a claudicação dolorosa + flogose na inserção do tibial posterior. -Apofisite de Sever: dor moderada a intensa na tuberosidade posterior do calcâneo Clínica Integrada II-Palestra Carolina Ferreira na inserção do tendão de Aquiles que por continuidade atinge a cartilagem de crescimento. 8- 11 anos de idade. Há uma hipersensibilidade no calcâneo posterior associada a atividade física. Dor pode ser desencadeada pela palpação. Pode haver limitação da dorsiflexão do pé. -Osteocondrose de Freiberg: necrose da cabeça do segundo metatarso. 10 a 18 anos. Comum em indivíduos que praticam atividades físicas intensas.Dor insidiosa que piora com atividade física. Edema da articulação metatarsofalangica. -Navicular acessório: causa de dor nos pés em adolescentes. Há um entumecimento medial do pé. Leva a perda do arco longitudinal do pé. Assintomática na maioria. Pode iniciar os sintomas no estirão.