Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 1/19 introdução Introdução Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, abordaremos a geração e organização de ideias no design. O importante é destacar que os meios de criação são ferramentas para o desenvolvimento estético, a estruturação de um senso comum de um projeto. Como os princípios de comunicação visual são aplicados no design, auxiliando a criação e o bom entendimento do projeto. Esperamos que desenvolva seu processo de criação e consiga expressar sua personalidade, ideias e conceitos para melhor aproveitamento desta unidade e dos próximos desa�os que vierem. DESIGN EDESIGN E SOCIEDADESOCIEDADE Esp. Andréia Vitorinho IN IC IAR 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 2/19 Bons estudos! 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 3/19 Para elaborar soluções, os designers sempre aparecem com novidades, reinventando alguns objetos e melhorando a nossa rotina. No desenvolvimento de ideias, toma a propriedade de técnicas que nos auxiliarão na conclusão delas. Cardoso (2013), parafraseando Flusser (2007), a�rma que onde as ideias geram objetos, estes permanecem no mundo mesmo depois de as ideias mudarem. As ideias têm de mudar, necessariamente, até porque reagem aos objetos gerados. Essa é a natureza das ideias. Uma vez formados em sua concretude, os objetos não podem mudar muito, a não ser para envelhecer e virar obsoletos. Essa é a natureza dos objetos materiais. Ao longo do tempo, abre-se o dilema da defasagem entre a permanência dos artefatos e a mutabilidade das ideias (CARDOSO, 2013, p. 83). As novas ideias são desenvolvidas por meio de técnicas, buscadas pela análise das características do problema. A análise fragmentada do problema levanta dados que passam despercebidos, quando vista no contexto geral. As ideias precisam ter, como base, atributos ou características de um objeto ou problema de estudo. De maneira resumida, a geração de ideias ocorre por meio da análise de elementos separados de um tema em potencial. Técnica que permite, após se relacionar características, qualidades, especi�cações de um objeto ou problema, desenvolver novas ideias que levam a modi�cações ou aperfeiçoamentos das distintas características ou atributos de um objeto ou problema (ALENCAR, 2000, p. 60). Muitos autores exploram as características dos problemas e usam ferramentas que podem ser aplicadas para gerar ideias e soluções, apoiando em sua multidisciplinaridade, que explora diversas áreas do conhecimento. Um processo criativo cujas suas ferramentas, assim como o modo de utilizá-las, estudaremos nas próximas unidades. Design e Geração de Ideias noDesign e Geração de Ideias no Design Grá�co ContemporâneoDesign Grá�co Contemporâneo 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 4/19 praticar Vamos Praticar Os designers têm seu olhar para um público especí�co e trabalham para esse público. Observam os comportamentos, experiências com objetos e pessoas, e analisam as relações com produtos e serviços, gerando novas ideias e soluções para essa vivência. Sobre a geração de ideias, assinale a alternativa correta: a) O designer , por sua natureza multidisciplinar, deixa de explorar diferentes habilidades para a geração de ideias. b) Muitos designers , para a geração de ideias, não passam pelo processo que consiste em uma busca incansável por ideias inovadoras e que ajuda a re�nar e a ampliar a forma como se pensa sobre o problema. c) As ideias precisam ser exploradas, e existem ferramentas que podem ser aplicadas para a geração e soluções de ideias. d) A geração de ideias do designer requer pesquisas e testes e antecipa etapas, como a prototipagem, para atender às expectativas do empresário �nanciador do projeto, antes de se pensar no usuário �nal. e) A ideia para um produto no mercado deixa de ser contemplada por meio do uso da metodologia do design, particularmente, pelo distanciamento do cliente/usuário �nal. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 5/19 O design é transdisciplinar e multidisciplinar, e não existe uma metodologia única para a concepção de projeto. O design buscará, em diversas fontes, diferentes matérias para a solução de problemas. A criatividade possui inúmeras de�nições. Para as ciências cognitivas, a criatividade é uma ruptura da forma de como tratamos as informações que recebemos no cérebro e seus próprios modelos de referências. A criatividade é a capacidade de resolver ou criar algo de modo não convencional, de modo a sanar algum problema ou questão do dia a dia de uma sociedade. Quando essa percepção está presente em uma pessoa, essa pessoa é um designer. Por exemplo, um restaurante que tem uma clientela fraca precisa modi�car seu serviço, aparência e cardápio, para se diferenciar de outros restaurantes e atrair novos clientes. Weiner (2010) a�rma que a criatividade, É de uma forma geral, que a criatividade é multifacetada, multidisciplinar, de fato a criatividade está em todo o ser humano e em tudo o que o rodeia. A própria natureza é a maior fonte de inspiração criadora do homem, para criar obras de arte e outros objetos de utilidade diária, através de analogias, de combinações e associações, dos símbolos que o rodeiam. O processo da criatividade é ativado por fatores extrínsecos, mas principalmente por fatores intrínsecos, desencadeia-se a partir do nosso pensamento (WEINER, 2010, p. 19). O design é caracterizado por sua criatividade, espírito inovador, mas, ainda assim, não é de livre escolha: o resultado é o desenvolvimento de diversas condições e decisões. Figura 3.1 – Lâmpada de luz sobre a cabeça – ideia Fonte: Freepik. O design é uma atividade em que são criados e investigados novos conhecimentos, que se conectem com seu público. Pode-se caracterizar o design de formas re�exiva e metodológica, cujo raciocínio se baseia em funções e linguagens. É uma ferramenta essencial para captar hábitos sociais, para que Design e Criatividade (DesignDesign e Criatividade (Design Grá�co Contemporâneo)Grá�co Contemporâneo) 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 6/19 seja possível compreender sua linguagem, reinterpretações, reinvenções e reorganizações, a �m de elaborar maneiras de intervir na realidade. Com as características e o raciocínio, é gerada a capacidade de produzir ideias com �uidez, facilitando as resoluções de problemas. Para Weiner (2010), [...] além do pensamento re�exivo, o designer deve desenvolver e utilizar a sua inteligência emocional e intuitiva. Estas características desenvolvem-se através da acumulação de experiências vividas. A experiência é uma variável fundamental para encontrar soluções pertinentes nos processos de design (WEINER, 2010, p. 39). Processo Criativo O processo criativo tem etapas. O processo do designer, de criar algo, é criativo e facilita o desenvolvimento do seu trabalho. Para mostrar a sua criatividade, o homem precisa encontrar soluções, e, muitas vezes, inspira-se na natureza, criando analogias e metáforas para exibir a sua criatividade. O processo criativo não é linear, pode passar por processos e retrocessos até a solução ideal. O matemático Poincaré (1854-1912) explana acerca do processo criativo em duas etapas: A primeira etapa do processo criativo surge por meio da tomada de consciência do problema, em seguida há um processamento inconsciente, que poderá levar à iluminação, ou seja, umaideia súbita. Na segunda etapa do processo consciente é necessário “trabalhar os resultados dessa iluminação, deduzir as consequências imediatas, ordená-las, redigir as demonstrações e sobretudo, veri�cá-las” (POINCARÉ, 2003, p. 56). O processo criativo, para Lubart (2007), é a sucessão de pensamentos e atitudes que devem resultar no produto �nal e apresenta o desenvolvimento de ideias em quatro fases: a primeira etapa é de preparação; a segunda, de incubação; a terceira, da iluminação e a quarta etapa, veri�cação e conclusão dos detalhes. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 7/19 Quadro 3.1 - Etapas do processo criativo Fonte: Elaborado pela autora. A criatividade é o processo de geração de ideias que, muitas vezes, requer olhar o problema de uma forma diferente. Não existe um padrão a ser aplicado ao processo criativo, e, sim, estudos que apresentam modelos variados que se compõem de fases. A criatividade é mais do que ter ideias e exteriorizá-las em algum projeto. O design, sempre atento ao processo criativo e à geração de ideias, propõe-se a resolver problemas. Ferramentas do Processo Criativo Os designers exploram diversas ferramentas para a análise dos problemas e gerar ideias que os solucionem. Essa busca de informação, para poder entender às questões a serem sanadas, é um processo que aglutina elementos que facilitarão a criatividade. Esse processo criativo está relacionado às percepções visuais, intelectuais e a todos os aspectos cognitivos de nossa vida. Na sequência, serão apresentadas algumas técnicas de percepção do problema que colaboram para o processo criativo. O mapa mental, criado por Tony Buzan (1942-2019), em 1974, é uma ferramenta que tem a função de identi�car um número razoável de opções possíveis e eliminar as que forem muito arriscadas. Dinâmica e criativa, é uma ferramenta simples, que estimula a percepção de novas realidades e ajuda as ideias a se tornarem mais rápidas. Apresentação da tarefa (estabelecimento da tarefa ou problema de levantamento das di�culdades) PREPARAÇÃO Coleta de informação Análise inicial Trabalho consciente INCUBAÇÃO Descanso Jogo associativo inconsciente Esquecimento dos detalhes ILUMINAÇÃO Experiência “Eureka” Emergência de ideias VERIFICAÇÃO Exame crítico da ideia Conclusão dos detalhes 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 8/19 Figura 3.2 – Mapa mental Fonte: rawpixel.com / Freepik. O painel semântico (ou mood-board ) é um quadro de referências visuais cujo objetivo é comunicar conceitos, expressar sentidos, sentimentos, intenções. Constitui-se de uma técnica usada pelo designer para facilitar o desenvolvimento da criatividade e contextualizar as ideias. O painel semântico pode ser gerado com colagens de revistas, amostras de tecidos, objetos, cores, palavras chaves, materiais, fotogra�as etc. Baseia-se nas orientações de um brie�ng , determinando um caminho para agrupar ideias. Com os elementos do painel, é possível de�nir a linguagem a ser usada no design: orgânica, abstrata, geométrica, dentre outras. Também é de�nida a paleta de cores, baseada nas sensações visuais dos elementos colocados no painel, e o estímulo visual desejado no projeto. Para Pazmino (2015), o painel semântico pode ser constituído para de�nir o per�l do usuário, seu estilo de vida, identi�car como será a expressão do produto, os sentimentos e sensações que causam e expressar o espírito pretendido pelo produto. Figura 3.3 – Ideia de painel semântico Fonte: Freepik. A técnica de brainstorming é feita por um grupo de pessoas e consistem em gerar novas ideias, que devem ter competências diferentes, para solucionar problemas. Na sua dinâmica, há um facilitador que expõe o problema e anota as ideias sugeridas pelo grupo, sem julgar as ideias apresentadas. Brainstorming, criado nos Estados Unidos, pelo publicitário Alex Osborn (1888-1966), é um termo em inglês formado pela junção das palavras brain , que signi�ca cérebro, intelecto, e storm , que signi�ca tempestade: tempestade cerebral ou tempestade de ideias. Constitui-se de uma dinâmica de grupo para solucionar problemas especí�cos, desenvolvendo novas ideias ou projetos, estimulando o pensamento criativo. Figura 3.4 – Grupo de�nindo ideias Fonte: freeograph / Freepik. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=QimkC… 9/19 praticar Vamos Praticar O processo criativo, para Lubart (2007), é a sucessão de pensamentos e atitudes que devem resultar no produto �nal e apresenta o desenvolvimento de ideias em quatro fases e uma sequência. Assinale a alternativa que indica as fases e suas respectivas sequências. a) Preparação, iluminação, veri�cação e incubação. b) Iluminação, incubação, preparação e veri�cação. c) Preparação, veri�cação, incubação e iluminação. d) Preparação, incubação, iluminação e veri�cação. e) Incubação, iluminação, preparação e veri�cação. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 10/19 O desenvolvimento estético é de�nido por fases, para que possamos fazer uma leitura do projeto com qualidade. O processo de leitura é como se fosse o processo extenso de alfabetização. Rossi (2006) apresenta uma síntese de ideias sobre a compreensão do desenvolvimento estético, baseando-se na classi�cação proposta pela psicóloga americana Abigail Housen, em seu estudo The eye of the beholder , sua pesquisa mais elaborada sobre o desenvolvimento estético. Rossi (2006), com base na pesquisa de House, elenca as cinco fases de desenvolvimento estético. 1. Descritivo narrativo – o que é? 2. Construtivo – como? 3. Classi�cativo – quem e por quê? 4. Interpretativo – quando? 5. Recreativo – todas. No primeiro estágio (descritivo), encontram-se leitores sem muito convívio com as artes, sem experiência de leitura. Elegem de forma aleatória seu manifesto pelas formas, cores e detalhes. Esses leitores se relacionam a imagem aos fatos de sua vida. A pergunta feita pelo leitor de primeiro estágio é: o que é isto? (ROSSI, 2006). O segundo estágio (construtivo), apresenta um leitor capaz de compreender a imagem, conseguindo perceber a hierarquia entre os elementos. Relaciona a obra com sua experiência de mundo anterior, buscando o signi�cado da obra com padrões aceitáveis em seu meio. A pergunta feita é: como isso é feito? Começa a preocupar-se com as propriedades formais da obra, considerando seu julgamento sobre a técnica empregada pelo artista, se o quadro é bem feito ou não. Em relação ao primeiro estágio, o leitor construtivo deu um grande passo rumo ao desenvolvimento estético. No terceiro estágio, classi�cativo, o leitor busca compreender a obra com base nas informações, na obra por si e no contexto histórico da arte e busca informações para decifrar a imagem. As perguntas que dão apoio para a análise do leitor do terceiro estágio são: quem são e por quê. O leitor possui habilidades de retirar da obra elementos de interpretação. O leitor do quarto estágio (interpretativo) baseia-se nas informações da imagem, considera a sutileza, aspectos afetivos e suas emoções para permitir o entendimento da obra. Adquire um senso de interpretação e possui uma postura menos egoísta. A pergunta frequente feita por esse leitor é: quando? "Não no sentido de contextualizar ou classi�car o trabalho, mas para saber quando os sentimentos gerados pela obra aparecem ou reaparecem" (ROSSI, 2006, p. 32). É comum, nesse estágio, o uso de verbos ativos e de expressões e metáforas poéticas. Desenvolvimento Estético noDesenvolvimento Estético no Design Grá�co ContemporâneoDesign Grá�co Contemporâneo 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk…11/19 No quinto e último estágio, o leitor é familiarizado com a arte, possuindo grandes experiências na análise, trata-se de uma postura desenvolvida, em que é possível analisar obras de diferentes níveis. É um leitor recreativo, nesse estágio, cuja pergunta é: o quê, como, que, por que e quando? (ROSSI, 2006). Seu desenvolvimento cognitivo, em equilíbrio com a emoção, está na base de sua experiência estética. reflita Re�ita Os cinco estágios evidenciam o desenvolvimento estético criativo, exigem interpretação e a re�exão em torno das experiências e promovem a análise crítica que exige um repertório para atingir uma contextualização crítico/re�exiva em torno do conteúdo. praticar Vamos Praticar Rossi (2006) apresenta uma síntese de ideias sobre compreensão do desenvolvimento estético, baseando-se na classi�cação proposta por Abigail Housen, em seu estudo, The eye of the beholder . Rossi (2006) elenca as cinco fases de desenvolvimento estético. Em qual estágio é possível ter uma leitura familiarizada com a arte? Assinale a alternativa correta. ROSSI, M. H. W. A compreensão do desenvolvimento estético. In: PILLAR, A. D. (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2006. a) No terceiro estágio, o classi�cativo. b) No quinto estágio, recreativo. c) No segundo estágio, o construtivo. d) Em todos os estágios. e) No primeiro estágio, descritivo. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 12/19 O design se baseia em alguns princípios para poder passar a mensagem corretamente ao público desejado. Esse princípios de�nirão o modo de comunicação, auxiliando na maneira de visualização da mensagem, determinando o público-alvo. A autora Robin Williams, em seu livro Design para quem não é Designer , cita quatro princípios básicos para o design , para valorizar o trabalho, que são baseados em uma parte da psicologia que estuda a percepção das imagens chamada gestalt , que são o contraste, alinhamento, proximidade e repetição, e podem ser usados um conjunto ou individual. Com toda a certeza, usando esses princípios podemos criar peças mais interessantes e atrair olhares. O uso desses princípios em elementos como cartazes, fachadas, logotipos, produtos e em espaços enriquece todas as disciplinas do design e a percepção visual desses elementos pelo público de�nido. Cor: cria humores especí�cos, climas e canaliza as emoções. Cada tonalidade possui conotações especí�cas associadas. A cor é um dos aspectos mais importantes do design, mas é necessário saber usá-la e entender seus princípios. Compreendemos que a cor possui in�nitas combinações e saber aplicá-las exige estudo constante, pois sempre há informações a respeito. As cores são divididas em diversos grupos. O círculo cromático apresenta, de forma harmônica, essas variações de cores: análogas, monocromáticas, complementares etc. O círculo cromático também estabelece relações nos nossos estímulos. Para Lupton e Phillips (2008), “Os designers usam a cor para fazer com que algumas coisas se destaquem (sinais de advertência, por exemplo) e outras desapareçam (camu�agem). A cor serve para diferenciar e conectar, ressaltar e esconder” (LUPTON; PHILLIPS, 2008, p. 71). Princípios do DesignPrincípios do Design ContemporâneoContemporâneo Figura 3.5 – Círculo cromático Fonte: Cores primárias… (on-line). 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 13/19 saiba mais Saiba mais O Adobe fornece um recurso para ajudar na combinação de cores: o Adobe Color, pelo qual é possível explorar cores a mais, diversas variações de cores, deixando nossos projetos mais atraentes, com cores análogas, monocromáticas, tríades, complementares, compostas, sombras e personalizá-las. O recurso fornece quatro tipos de cores: RGB, CMYK, HSV e LAB. Você pode salvar e acessar seus temas quando quiser. ACESSAR Equilíbrio: possui a função de dispor, de forma proporcional, partes que compõem o projeto e pode ser assimétrico, simétrico. O equilíbrio é a distribuição no grau de importância dos elementos do design. Podemos trabalhar com o equilíbrio em formas, cores, �guras, texturas. Para os fatores psicológicos humanos, o equilíbrio é a referência visual mais relevante, pois sua base está associada ao consciente e inconsciente. A simetria é o equilíbrio que acontece por um eixo, seja horizontal, vertical, diagonal. Ou seja, o seu resultado será igual em ambos os lados. Elementos organizados em simetria tendem a ser compreendidos com mais facilidade. Figura 3.6 – Foto em simetria Fonte: TaTae_Keerati / Freepik. A assimetria é a ausência de simetria: nenhum dos lados é igual ao outro, seja horizontal, vertical ou diagonal. A percepção é um pouco mais complexa e, para obter resultados satisfatórios, é necessário compreender a intenção do projeto e instigar a composição plástica do elemento. Figura 3.7 – Imagem assimétrica Fonte: ekaterinamo / Freepik. Harmonia: disposição de forma formal e organizada, em que predomina o princípio de equilíbrio simétrico. A harmonia é o conjunto de formas, cores e imagens que interagem no projeto. É a organização formal, na qual predomina o alinhamento e a regularidade visual. A harmonia é a solução para os problemas de composição. Em um cardápio, por https://color.adobe.com/pt/create/color-wheel/ 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 14/19 exemplo, um café da manhã segue uma linha de alimentos para esse �m. A�nal, causaria estranheza comermos um frango assado logo pela manhã. Mas em toda regra há exceção, e assim que soubermos de todas, logo poderemos quebrá-las. Isso se aplica ao design. Figura 3.8 – Figura em harmonia Fonte: pikisuperstar / Freepik. Contraste: é o nível de diferença entre dois elementos do design. As formas mais comuns de contraste são: escuro e claro, �no e grosso, grande e pequeno etc. O contraste busca o efeito intenso, sem deixar a organização em segundo plano. É possível obter o contraste com o uso das cores complementares, por meio de tipogra�as diferentes. O objetivo do contraste é criar interesse e evitar elementos similares, é contrário ao equilíbrio absoluto, estimula a atenção e simpli�ca a comunicação. É preciso cautela para usar o contraste e não confundir o receptor ou criar o foco incorreto. Figura 3.9 – Cores em contraste Fonte: freepic.diller / Freepik. Repetição: é um princípio básico, que pode garantir coerência, unidade e ritmo a uma composição. É possível repetir elementos visuais no design, como cor, forma, texturas, imagens, que ajudam a criar uma organização. A �nalidade da repetição é intencionar o interesse visual. Elementos em repetição só intensi�cam a mensagem, além de demonstrar clareza. Um ótimo exemplo sobre o uso de repetição são algumas obras de Oscar Niemeyer (1907-2012), que apresentam repetições em colunas e janelas. Figura 3. 10 – Elementos de repetição na composição da �gura Fonte: Freepik. A repetição pode ser aplicada em diversas formas, seja em um cartaz com o mesmo padrão de cores ou tipogra�as. O princípio da repetição no design é a “consistência”, o que dá a coesão. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 15/19 Composição: é o arranjo de elementos, a união de um ou mais princípios. O processo do design, nessa etapa, fornece a comunicação ao receptor. A composição é o resultado de uma combinação inteligente dos elementos que a compõem, pela qual conseguimos resolver todos os problemas visuais. Existem diversos princípios no design, e devemos compreender as respectivas funções para alcançarmos melhores resultados, com criatividade. Os princípios do design são meios de se obter o resultadodesejado. O design está em constante mudança e buscando por soluções diferentes para cada situação. Empregue os princípios nos momentos em que achar apropriado. Desenvolva um olhar para o design e aprenda a identi�car os princípios utilizados. Brinque, experimente, mas faça tudo com propósito e cuidado. praticar Vamos Praticar Os elementos visuais seguem os princípios básicos do design. O objetivo é facilitar a expressão e a intenção do designer ao projetar seus princípios. Podem gerar emoções e induzir o resultado �nal, por meio da cor, repetição, contraste, harmonia etc. Cada elemento proporciona uma percepção visual. Sobre o princípio das cores, pode-se a�rmar: a) As cores são divididas em apenas três grupos cromáticos: primárias, secundárias e terciárias. b) Por maiores que sejam suas variações, não conseguimos muitas variações nas cores. c) As cores estabelecem humores, emoções e climas ao nosso estímulo. d) Apenas com os círculos cromáticos conseguimos ter total conhecimento das cores. e) O círculo cromático de modo algum estabelece relações aos nossos estímulos. Figura 3.11 – Cartaz com composição, cores, formas, tipogra�a Fonte: Freepik. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 16/19 indicações Material Complementar LIVRO Fundamentos de design criativo Gavin Ambrose Editora: Bookman ISBN: 9788540701274 Comentário: o livro aborda os princípios básico do processo criativo, por meio de tópicos sobre layout, tipogra�a, formatos, imagens, cores, com teorias e referências históricas. No �nal de cada tópico, o autor propõe um exercício para a prática, acompanhado de diversos exemplos de projetos de design contemporâneos inspiradores. Esse livro possibilita uma visão singular sobre os métodos de trabalho dos pro�ssionais de criação e fornece insights sobre as possibilidades de aplicação prática dos conceitos, e não apenas uma compreensão acadêmica dos fundamentos. 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 17/19 LIVRO A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe Lilian Ried Miller Barros Editora: Senac São Paulo ISBN: 9788573598773 Comentário: a autora aborda estudos das cores com in�uência de Goethe, bem como a importância delas nos elementos de comunicação e do design, com base na escola da Bauhaus, como podem ser inseridas no processo criativo e quais suas implicações na transmissão de sentimentos, sensações e mensagens. FILME From nothing, something: a documentary on the creative process Ano: 2012 Comentário: esse longa-metragem reúne pensadores criativos de diversas áreas e mostra métodos, hábitos e mentalidades que colaboram para o processo criativo. O longa apresenta um olhar re�exivo sobre o criar, além dos con�itos pelos quais designers e pessoas criativas passam todos os dias. Um olhar íntimo e, muitas vezes, engraçado no processo criativo, de alguns dos pro�ssionais mais talentosos. Para saber mais sobre o �lme, assista ao trailer. TRA ILER 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 18/19 conclusão Conclusão Prezado(a) estudante, chegamos ao �nal desta unidade, em que aprendemos a respeito da geração de ideias no campo do design, que uma simples ideia precisa ser pesquisada, a �m de identi�car se realmente é válida ou não. Essas ideias estão associada diretamente à criatividade, pois quando temos uma ideia, a criatividade é desenvolvida. São necessários processos e métodos para que a ideia proporcione as soluções de que precisamos para o problema. Quanto ao desenvolvimento estético, aprendemos os estágios (divididos em cinco) que levam uma pessoa a possuir critérios para estética e compreendemos as suas características. Estudamos, também, alguns princípios do design e que saber usá-los em nossos projetos possibilita obter resultados impressionantes, e que não é necessário aplicar todos os princípios no projeto, mas é preciso conhecê-los, para que o público-alvo seja atingido com mais facilidade. Nosso objetivo é promover re�exões e despertar a curiosidade para a leitura, em busca de autonomia. referências Referências Bibliográ�cas ALENCAR, E. M. L. S. de. O processo da criatividade. São Paulo: Makron, 2000 CARDOSO, R. Design para um mundo complexo. São Paulo: Ubu Editora, 2016. CORES primárias, secundárias e terciárias. Manual do Artista. Disponível em: < http://manualdoartista.com.br/cores-primarias-secundarias-e-terciarias/ >. Acesso em: 20 ago. 2019. LUBART, T. Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artmed, 2007. LUPTON, E.; PHILIPS, J. C. Novos Fundamentos do Design. São Paulo: Cosac & Naify, 2008. PAZMINO, A. V. Como se cria: 40 métodos para design de produtos. São Paulo: Blucher, 2015. POINCARÉ, H. Science and Method. ed. original de 1908. New York: Courier Dover Publications, 2003. ROSSI, M. H. W. A compreensão do desenvolvimento estético. In: PILLAR, A. D. (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2006. WEINER, R. S. de B. A criatividade no ensino de design. 2010. Dissertação (Mestrado em Design Grá�co e Projectos Editoriais)–Universidade do Porto, Faculdade de Belas Artes, Porto, 2010. Disponível em: < https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/67408/2/23828.pdf >. Acesso em: 20 ago. 2019. http://manualdoartista.com.br/cores-primarias-secundarias-e-terciarias/ https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/67408/2/23828.pdf 12/12/2022 13:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=HgzRECQeE1VdbJ11YRnfyw%3d%3d&l=RBu5Bw7pBidPxurcknGcaQ%3d%3d&cd=Qimk… 19/19 IMPRIMIR
Compartilhar