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WENDEL SOARES PEREIRA BEF0824 PLANO DE INTERVENÇÃO Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório I RIO DE JANEIRO 2022 Centro Universitário Leonardo Da Vinci SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 3 2.1 OBESIDADE ......................................................................................................... 3 2.3 PERIODIZAÇÃO .................................................................................................. 4 2.3.1 Periodização de Matveev ................................................................................. 4 3. METODOLOGIA .................................................................................................. 6 3.1 PLANO DE AULA................................................................................................. 6 4. CONCLUSÃO....................................................................................................... 7 5. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 8 2 1. INTRODUÇÃO Nahas (2001) já afirmava que segundo dados do IBGE, as modificações no padrão de vida da sociedade aumentariam significativamente o número de obesos na população. Em pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, essas afirmações foram confirmadas, uma vez a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais dobrou no país entre 2003 e 2019,sendo o índice atual 26,8% no público feminino e 22,8%no masculino. O IBGE aponta ainda que uma em cada quatro pessoas de 18anos ou mais anos de idade no Brasil estava obesa ,o equivalente a 41 milhões de pessoas. A obesidade gera impactos na saúde e é fator de risco para o desenvolvimento de doenças, segundo Campos (2000) e Guedes (2003), a obesidade é um agravante de morbidade e mortalidade, sendo capaz de interferir na qualidade de vida. Nahas complementa ainda que inúmeras doenças da era moderna são associadas a obesidade, como: doenças cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e ortopédicos. Nahas (2001) afirma ainda que o risco da manifestação dessas doenças é duas vezes maior em homens obesos e quatro vezes maior em mulheres. Por isso, o estágio aqui apresentado, concentra-se nesse grupo especial buscando utilizar a periodização de treino como ferramenta de combate a obesidade. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 OBESIDADE A obesidade é a maior epidemia do século, atingindo uma grande quantidade de pessoas, em diversos países, em especial aqueles onde há uma forte industrialização. De acordo com Nahas (1999) a doença foi considerada pela a Organização Mundial de Saúde (OMS) um problema de ordem mundial porque atinge um grande número de pessoas e predispõe o organismo a várias doenças e morte prematura. Há anos se sabe que a gordura em excesso é a causadora de diversos malefícios para saúde, tratando-se de uma doença não transmissível que oferece riscos para outras doenças como o diabetes, as doenças cardiovasculares, a hipertensão, sem falar na “doença psicossocial” que o indivíduo obeso está susceptível a sofrer (BOUCHARD, 2003; NAHAS, 2001; SILVA et al, 2007). É importante salientar que a obesidade não é o mesmo que excesso de peso. (CAMPOS,2000). O autor afirma ainda que o peso é definido como o peso corporal que excede o peso normal ou padrão para uma pessoa, baseado em tabelas de peso e altura e índice de massa corporal. 2.2 IMC De acordo com a OMS a classificação para o peso corporal deve ser calculada por meio da divisão de peso pela altura a quadrado (kg/m²)2 , considerando estado de sobrepeso se o IMC resultar entre 25 e 29,9 kg/m² e de obesidade se atingir 30 kg/m² ou mais. É necessário estar atento a medição porque o peso em questão inclui tanto a massa magra (massa corporal total excluída da gordura) como a massa gorda (gordura corporal). “Assim, para determinar se uma pessoa é obesa ou não seu peso corporal não seria o fator principal” (NAHAS, 1993), pois, não estaria definida a porcentagem exata da quantidade de gordura existente no corpo. 4 2.3 PERIODIZAÇÃO De acordo com Graham (2002) a periodização é utilizada há muitos séculos pelos gregos, romanos e chineses para a preparação militar (Graham, 2002). Barbanti (2001) acrescenta que os gregos foram os primeiros a utilizar periodizar com objetivos específicos, especialmente os Jogos Olímpicos da Antiguidade. Tubino (1993) afirma ainda que o ciclo dos gregos era composto semanalmente pelos Tetras e que estes possuíam um dia de treino leve, outro de sessão forte, um terceiro dia de exercícios gerais e jogos livres e um último de trabalho moderado a intenso. Na era moderna foram os soviéticos os responsáveis pela periodização no esporte, com objetivo de demonstrar a superioridade do seu sistema político, adotaram a periodização como método de treinamento (SILVA, 2000). Marques Junior (2002) define a periodização como a divisão racional de temporada em períodos, relacionados a adaptação fisiológica. Na época dos precursores os períodos da periodização eram divididos conforme as estações do ano, e a na primavera e verão aconteciam os treinos e as disputas, enquanto que no outono e inverno os atletas faziam atividades recuperativas. 2.3.1 Periodização de Matveev Dantas (2003) afirma que o modelo de periodização clássico de Matveev é caracterizado por um planejamento plurianual de treinamento, chamado de plano de expectativa, que se subdivide em : - Plano de expectativa individualizado: é aquele que acompanha o atleta por toda a sua vida, antes, durante e após a fase de performance. Tem como objetivo desenvolver as potencialidades dos talentos desportivos de um país. - Plano de expectativa desportivo: organiza o treinamento de uma modalidade esportiva específica. Determina os objetivos a serem alcançados por um grupo específico de atletas criado a partir do plano Individualizado É importante ressaltar 5 que esse modelo na íntegra não é só uma manifestação esportiva, e sim, uma política governamental de apoio ao desenvolvimento do esporte. A periodização é dividada em três ciclos, sendo eles o macrociclo, mesociclo e microciclo. Dantas (2003) afirma ainda que o macrociclo é a organização do tempo disponível para treinamento, tem como objetivo levar o atleta a um nível de performance previamente estabelecido e que se subdividem em tradicional e de meeting. O macrociclo é tradicionalmente utilizado em competições de grande importância, pois prioriza uma competição e coloca outras em segundo plano. (DANTAS, 2003). O mesociclo é uma parte da periodização capaz de possibilitar a homogeneização do trabalho executado, tem duração de 21 a 35 dias, sendo esse o tempo mínimo necessário para que as adaptações nas qualidades físicas pretendidas ocorram. O mesociclo pode ser caracterizado em sete tipos:incorporação, básico, estabilizador, controle, pré-competitivo, competitivo, recuperativo. O microciclo é o menor elemento em termos de durabilidade na periodização, sendo a menor fração do processo de treinamento, combinado fases de estímulo e de recuperação, fornecendo as condições necessárias para que ocorra o fenômeno da super compensação, melhorando o nível de condicionamento do atleta. Existem seis tipos de microciclo: incorporação, ordinário, choque, recuperação, pré-competitivo e competitivo. O modelo de periodização clássico de Matveev é muito eficiente quando se temcomo objetivos a longo prazo, permitindo ao aluno/atleta ao alcance de seu máximo potencial. 6 3. METODOLOGIA Durante o período de estágio foi realizada uma pesquisa qualitativa. A prática ocorreu na academia JW Fitness, localizada no bairro Jardim Meriti, em São João de Meriti, no período noturno. A Academia, conta com excelentes profissionais que me auxiliaram durante o processo de estágio. O público alvo foram alunos que estavam treinando com foco em emagrecimento, especialmente aqueles já obesos ou com sobrepeso. Auxiliei alunos em suas dúvidas e dificuldades, como postura correta ne execução dos exercícios, conforme descrito no plano de aula. 3.1 PLANO DE AULA Durante o estágio pude elaborar um planos de aula com base na anamnese e avaliação física traçando objetivos para melhoria contínua do aluno. Conforme exemplo: A, B,C e D A-Peito e tríceps B-Dorsal e bíceps C-Ombro e perna D-Descanso / ou descanso ativo com cárdio , leve /moderado e ABS 7 4. CONCLUSÃO O estágio e trabalho de pesquisa contribuíram para as minhas experiências enquanto profissional e possibilitaram a aplicação de um método já provado no auxílio de alunos que estão no processo de deixar de serem obesos. Conforme os autores citados no relatório, a periodização de treinos é eficiente e recomendada para o combate dessa doença que tem atingido grande parte da população mundial e que traz consigo doenças correlatas. . 8 5. REFERÊNCIAS Barbanti, V.J. Treinamento físico: bases científicas. São Paulo: CLR Balieiro, 2001. p. 7-16. BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. São Paulo: Manole, 2003 CAMPOS, M. A. Musculação: diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças e obesos. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. GRAHAM, J. Periodization research and an example application. Strength and Conditioning Journal. Vol. 63. 2002. GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Controle do peso corporal: composição corporal, atividade física e nutrição. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. DANTAS, E.H.M. Periodização do treinamento. A prática da preparação física. p. 63- 71, 2003 NAHAS. Markus V.; Obesidade, Controle de peso e Atividade Física; Midiograf; londrina, 1999 NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. E. ed. Londrina: Midiograf, 2001. SILVA, L.R.R.; Franchini, E.; Kiss, M.A.P.D. M.; Böhme, M.T.S.; Matsushigue, K.A.; Uezu, R.; Massa, M. Evolução da altura de salto, da potência anaeróbia e da capacidade anaeróbia em jogadores de voleibol de alto nível. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 26. Num. 1. 2004. p. 99-109. TUBINO, M.J.G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1993. p. 140 e 141. 9 VILLAR, C.A.D. La preparación física del fútbol basada en el atletismo. 3ª ed. Madrid: Gymnos, 1987. p. 758.
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