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Grammática_latina

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HD WIDENER
5258
45
HW SJFK 2
LIVRARIA PORTUGUEZA.
Editora de Joaquim Maria da Costa.
55, Largo dos Loyos, 56-PORTO.
5258.45
3
3
3
5
A.J.Downey sc.
MEMEM
Rell
Harvard CollegeLibrary
In
Memoryof
Aleixo de QueirozRibeiro
de Sotomayor
Almeida
eVasconcellos
Count of Santa Eulalia
TheGift of
JohnB.Stetson
Junior
oftheClass of1906
LONDON 1992
H
Com
per
fon
al
ka
ya
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1 .
Compvegion,
ei.
Eratut be
CL
C
baܝ
by.
GRAMMATICA LATINA
DE
12
13
2.
J. N. MADVIG
REDUZIDA Å EPITOME
POR
AUGUSTO EPIPHANIO DA SILVA PIAS
TERCEIRA EDIÇÃO
Hoes
1887
LIVRARIA PORTUGUEZA.
Editora de Joaquim Maria da Costa,
55. Largo dos Loyos, 56- PORTO .
LISBOA
--- 134
5258.45
HARVARD COLLEGE LIBRARY
COUNT OF SANTA EULALIA
COLLECTION
GIFT OF
JOHN B. STETSON, JA
JA.. 8 1923
PORTO
TYPOGRAPHIA DE MANoel josé PEREIRA
26, Rua de Santa Thereza, 26-b
PREFACIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO
&
Tendo-nos varios professores significado por muitas vezes,
mormente depois da publicação do nosso opusculo que se in
titula O latim do Snr. Altes de Sousa, que a Grammatica
latina de Madvig, se mais compendiosa, encontraria segura
-mente muito maior acceitação nas aulas do nosso paiz , e offe
recendo-se de boa mente os Snrs. Ferreira Lisboa & C.a para
editores de tal obra, resolvemos reduzir agora a epitome o li
vro do illustre philólogo dinamarquez , de que em 1872 dé
mos á estampa uma versão completa.
No resumo que presentemente vê a luz publica, encontra
rão os estudantes todas as doutrinas indispensaveis para o co
nhecimento geral da lingoa latina no periodo classico , deven
do aquelles que desejarem noticias mais particulares , recorrer
á obra inteira por nós traduzida .
Comquanto as doutrinas de grammatica geral seguidas
nos livros escolares de alem-Rheno divirjão em varios respei
tos das que em regra se professão em Portugal desde a pu
blicação da pseudo Grammatica philosophica de Jeronymo
Soares Barbosa , entendemos que não havia mister expô - las nes
te epitome, visto que a nossa Grammatica portugueza para uso
1
IV
das aulas de instrucção primaria, que vae agora entrar no prélo
em terceira edição , as tornou sufficientemente conhecidas.
E poisque este novo trabalho é mais um serviço prestado
á causa, que temos tanto a peito , da reforma do ensino das
lingoas classicas no nosso paiz , pareceu -nos ser de justiça
deixar aqui memorados em particular, entre outros , os nomes
de tres professores que nos têm coadjuvado poderosamente
neste nosso empenho, os dois primeiros pregoando, onde quer
que o ensejo se lhes offerece, a excellencia da grammatica por
nós trasladada a portuguez, o terceiro tirando a lume tambem,
Formato of carme
para uso das escolas , o 1.º livro das campanhas de Cesar nas
Gallias, enriquecido de optimas annotações com referencias
constantes á Grammatica de Madvig. São elles o Sur. Ma
noel José Pereira, Louro, professor de latim no Real Colle
gio Militar, o seu antecessor o Rev. Conego Thomaz de Al
meida Balthazar, e o Snr. Julio Gonçalves Moreira, que no
Porto se dedica ao magisterio particular. Ma
いだ〜theboting clox of
Challe
7
lug
Porto, Outubro de 1879 .
مکںیمدجسممام
e
وکیسایئگیئارک
Augusto Epiphanioda Silva Días.
COR
اسان
GRAMMATICA LATINA
12
Nesta grammatica a lingoa latina é em geral apresentada tal ↑
como se fallava e escrevia na epoca mais importante da literatura ro
mana (pouco mais ou menos desde o tempo de Cesar e Cicero até pou
co depois do nascimento de J. C.) , e , quando ha divergencias, é indi
cada por melhor a pratica seguida pelos mais notaveis escritores d'esta
epoca. (Este periodo da lingoa latina denomina-se ordinariamente ida
de de ouro, e o seguinte , pouco mais ou menos até 120 depois de J. C. ,
idade de prata).
PARTE PRIMEIRA
DOS SONS
CAPITULO I-LETRAS
A lingoa latina escreve-se com as mesmas letras que a 2
portugueza, devendo todavia notar-se que os romanos não dis
tinguião, na escrita , oj do i nem o v do u.
a) As vogaes pronunciavão-se, umas vezes, breves , ou- 3
tras vezes, longas. Esta differença de pronuncia não se as
signala na escrita (e não se sente na pronunciação portu
gueza).
Obs. 1. Nas obras didacticas indica- se ás vezes a vogal longa com
o signal , e a breve com o signal , collocados sobre as vogaes . O si
gnal quer dizer que a vogal se pronunciava ora longa, ora breve.
Obs. 2. O i é consoante (j) no começo das palavras latinas antes
de vogal (jacio), excepto no participio iens; e no meio das palavras en
tre duas vogaes (major), excepto em tenuia, tenuior, assiduior; (e tam
bem nas palavras gregas Achaja, Grajus, Maja, Ajax, Troja) . Antes de
vogal no principio de palavras gregas conserva- se vogal (i-ambus).
GRAMMATICA LATINA
4
5
b) Os diphthongos usados em latim são ae (que hoje se
pronuncia e) , oe (que hoje se pronuncia e), au; eu só se en
contra em um escasso numero de palavras; ei só em hei; ui
em huic, cui, hui.
c) Ácerca da mudança de vogaes occasionada pela flexão,
derivação e composição das palavras, havemos de notar o se
guinte:
Quando a vogal radical se enfraquece em virtude de um acrescen
tamento inicial, de passa frequentemente para i (laedo, il - lido) , a para
, quando a syllaba é aberta, por outra, quando termina em vogal, para
e, quando a syllaba é fechada, por outra, quando termina em consoan
te (facio, per-ficio , per -fectus); è em syllabas abertas passa frequente
mente para (teneo, con-tineo; antes de r não muda, v. g. gero, con
gero) . Nas syllabas fechadas passa para (judex=judecs, do radical
judic) . O 8 de syllabas abertas passa frequentemente para em sylla
bas fechadas (corpus, corporis) . U substitue muitas vezes outra vogal
antes de l (scalpo, ex-sculpo).
r
Ácerca da pronuncia das consoantes devemos notar o se
guinte:
Ti seguido de vogal pronuncia- se hoje como ci (natio) ,
excepto: depois de s out (justior, mixtio=micstio, Attius) , no
infinitivo passivo alongado (patier) e nas palavras gregas
(Boeotia).
R encontra-se em muitas palavras em que originariamente havia
s, por isso que, com mui poucas excepções, os romanos mudárão em r
todo o s posto entre duas vogaes (gero por geso) . Todavia o s conserva
se quando antes d'elle cahiu outra consoante (divisi por divid- si de di
vido) ou quando é a letra inicial do segundo elemento de um compos
to (de-silio, de salio).
O x vale por cs; o z vale por d acompanhado de s brando.
Para satisfazer aos fins da euphonia e facilidade da pro
nunciação, as consoantes muitas vezes experimentão mudan
ças. Neste ponto note-se em particular o seguinte:
G antes de s et passa sempre para c (actus de ago , unxi= uncsi
de ungo); b antes de te s passa as mais das vezes para p (scriptus,
scripsi, de scribo) .
Mpassa para n antes da maior parte das consoantes, menos an
tes de m, b, p (eun-dem de eum).
Muitas vezes dá - se a assimilação completa, v. g. cessi por cedsi
de cedo, agellus por agerlus de ager; e ás vezes a dissimilação, v. g.
claustrum por claudtrum de claudo. Algumas vezes cae uma consoante
antes da que se lhe segue, particularmente t e d antes de s (queda or
dinariamente compensada pelo alongamento da vogal precendente), v.
g. divisi por divid-si de divido, mons por mont-s.
DOS SONS 7
CAPITULO II—QUANTIDADE DAS SYLLABAS E ACCENTUAÇÃO
A pronuncia das syllabas varía segundo a duração do 6
som (quantidade das syllabas) e o accento.
As syllabas são umas longas outras breves; ás longas at- 7
tribue-se uma duração dupla da das breves; syllabas que se
possão pronunciar breves ou longas (syllabas communs) ,
são mui poucas. Uma syllaba é longa ou por natureza ,
quando a vogal tem de si o som longo v. g . sōl , ou por po
sição da vogal, quando o som da vogal, breve de si, tem
por se lhe seguirem duas ou mais consoantes, de ser necessa
riamente mais demorado, v. g. a primeira syllaba de ossis
(genetivo do os).
NO
a) Todos os diphthongos são longos.
8
Obs. Ae é breve em prae na composição antes de vogal, v. g.
praeacutus.
b) Toda avogal posta antes de vogal na mesma palavra
(ainda que medeie entre as vogaes um h) é breve (děus, con
trăho ).
Exceptuão-se:
1) e antes de i, quando precedido de vogal no genetivo e dativo
da 5. declinação (diei , mas fidei) ;
2) a no genetivo archaico, não contracto, em aï da 1.ª declinação
(mensäi);
3 ) i nos genetivos em ius (alius);
4) a e e antes de i no vocativo dos nomes proprios em jus da 2.ª
declinação (Gai , Pompei, de Gajus, Pompējus);
5) a primeira vogal das interjeições eheu, ōhe (mas acha-se tam
bem dhe), do adj . dius, as vezes de Diana, e das fórmas do verbo fio,
menos fierem (fieres , etc. ) e fieri.
6) as palavras gregas, nas quaes a vogal conserva a quantidade
que tem em grego, v. g. herōus.
No interior das palavras, as vogaes que resultão de con- 9
tracção ou syncope, são longas (cōgo de coago, junior de ju
věnior) .
A quantidade das syllabas radicaes dos polysyllabos não 10
póde ser determinada por meio de regras; mas as syllabas
radicaes e as suas vogaes conservão a mesma quantidade
em todas as flexões da palavra e em todos os derivados e com
8 GRAMMATICA LATINA
postos, ainda quando a vogal se muda em outra, v . g. māter,
māternus; ămo, ămicus, in- imicus . Esta regra tem algumas
excepções .
11 A quantidade das syllabas com que se fórmão os deriva
dos, e das penultimas syllabas das desinencias de flexão no
tar- se -ha nas secções que tratão da derivação e da flexão .
Aqui reunimos as regras pelas quaes se conhece a quan
tidade das syllabas finaes.
Polysyllabos.
Nas syllabas finaes dos polysyllabos terminados em vogal:
1) a é breve nos nomes, excepto no abl. sing. da 1.a
decl. (mensă) e no voc. dos nomes cujo nominativo acaba em
as (Palla de Pallas) ; mas é longo no imperativo dos verbos
(ama) e nas palavras indeclinaveis (extra) , exceptuando ită,
quiă, ejă e pută no sentido de : por exemplo .
2) e é breve, excepto no abl . da 5. decl . (speciē), no
imperativo da 2.ª conjug. (monē) , nos adverbios em e forma
dos de adjectivos em us (docte) , e tambem em ferē, fermē,
ohe, hodie, e nas palavras gregas em eta (e longo) (Tempe).
Os adverbios bene, male, inferně, superně, têm, comtudo, o e
breve.
3) ié longo; só é breve no voc . dos nomes gregos em
is (Pari) e em nisi. quasi (e cur, quando disyllabo ) ; e com
mum em mihi, tibi, sibi, ubi, (de ubi, formão-se neculi,
sicubi, ubivis, ubinam, ubique, ubicunque).
a
4) o no nom. e na 1.ª pessoa dos verbos é as mais das
vezes longo; é longo nos casos do 2.ª decl. (puerō) , em ambō
e nos adverbios (falsõ, ergō) , exceptuando modo (e seus com
postos tantummodo, dummodo, quomodo), cito, immo; é breve
em duo, octo, ego, cedo (dize) , endo (por in) . Nas palavras gre
gas em omega (o longo) é sempre longo (echo) .
5) u é sempre longo; y é breve.
12
Todas as syllabas finaes dos polysyllabos que terminão
em consoante (simples) que não seja s , são breves (doněc, il
lud, consul, aměm, carměn, aměr, caput, amăt) . Exceptuão-se
alec, lien, os compostos de par (dispār), os casos (menos o
nom. masc.) e adverbios de illic e istic (illoc, illac) , e as pa
lavras gregas com fórma grega, as quaes conservão a quan
tidade que têm em grego (aer, que no acc. faz aěra, Sirēn,
Aenean); todavia a terminação op abrevia-se em or (Hector) .
DOS SONS 9
Nas syllabas finaes terminadas em s:
1) as é longo, excepto em ands (anatis) , nos nominativos.
gregos em as com o gen. em ădis (Ilias) e no acc . do pl . gre
go da 3. decl. (heroăs) .
2) es é longo, excepto: a ) nos nominativos do sing. da
3. decl . que têm o gen. em etis, itis, ĭdis (segès, milès, obsès);
b) nos compostos de es (do verbo sum), v. g. ades, potès; c)
na prep. penes; d) nos nominativos do plural dos nomes gre
gos da 3. decl . terminados em ε; (Arcades); e) nos neutros
gregos em (Hippomanès).
Obs .-E', porém, longo o es nos nominativos abies, aries, paries
(gen. abietis, arielis, parietis).
3) is é breve, excepto: a) no dat. e abl. pl . mensīs, no
bis), e no acc. pl. da 3. decl . (omnes por omnēs); b) em gra
tīs (gratiis), forīs; c) na 2.ª pessoa do sing . do pres. da 4.ª
conjug. (audis) e nos verbos vis, sīs, (adsīs, pissīs , etc. ) , fis,
velis, nolis, malis, e muitas vezes na 2. pessoa do fut. perf.
e pret. perf. do conjunctivo (amaveris); d) nos nominativos
Quiris, Samnis, Salamis, Eleusis, Simois.
4) os é longo, excepto em compos , impos, e na desinen
cia casual grega o (Delos, nom. , Erinnyos, gen.)enclos
5) us é breve, excepto: a) no gen. sing. , nom. , voc . e
acc . pl . da 4. decl . (senatus; mas no nom. sing. senatus); b)
nos nominativos da 3.ª decl . que têm u longo no gen. (virtus,
virtūtis; palūs, palūdis; tellūs , tellūris); c) no gen. grego em
us ( u ) da 3.a decl . (Sapphus) e em alguns nomes proprios
gregos que no nom. termiuão em (Panthus) . (Comtudo
Oedipus, Oedipi.)
6) ys é breve, v. g. Cotys.
Monosyllabos
a) Todos os monosyllabos acabados em vogal são longos 13
(ā, ē, nē, que não, para que não); são breves unicamente as
particulas encliticas (que, ve, e a particula interrogativa ně).
b) Ácerca dos monosyllabos terminados em consoante
havemos de notar o seguinte:
1 ) Os que se declinão ou conjugão, seguem as regras
geraes das ultimas syllabas (dās, fles, scis, dat, quis nom.,
id, his, quis dat. e abl. , qui, quos, quas, hoc) ; es de sum é
breve, de edo é longo .
.
2) Os nominativos de substantivos e adjectivos são lon
gos (ōs, gen. ōris, ās , sōl, vēr, plūs), ainda quando a syllaba
radical é breve nos outros casos (lār, sāl, pēs, mās, bōs, vās ,
10 GRAMMATICA LATINA
gen. vădis, pār); são todavia, breves vir, cor , fél, lắc, měl,
os, gen. ossis. O pronome hic é commum, hoc longo.
3) As palavras invariaveis são breves (ab, per, ăt, něc);
são, todavia, longas as palavras ēn, nōn, quîn, sīn, crās, cūr,
e os abverbios em c (sic).
4) Os imperativos dic, duc, făc, fer, conservão a quan
tidade dos verbos a que pertencem .
14 a) Uma syllaba que tem a vogal breve, torna- se longa
por posi ção , 1) quando termina em duas consoantes ou x
(amabūnt, fāx); 2 ) quando acaba em consoante e a syllaba
immediata começa por consoante (dāntis, passūs dum) ; 3)
quando a syllaba immediata da mesma palavra começa ou
por duas consoantes que não sejão uma consoante muda (p,
b, c, g, t, d) seguida de l ou r, ou por j (rēsto, mājor) .
b) Se a syllaba immediata da mesma palavra começa por
consoante muda, seguida de lour, neste caso ha somente
posição fraca , quer dizer, a syllaba póde ser empregada
como longa ou breve (mediõcris), (Mas ōb- repo, sūb- rigo, etc. ,
quando a muda pertence á primeira parte de um composto e
a liquida á segunda. ) Se a vogal é longa por natureza, já se
vê que permanece longa independentemente da posição co
mo em salubris de salūs
Obs. Na prosa, a syllaba que só é alongada em virtude da po -
sição fraca , sempre se pronuncia breve ténèbrae) .
15 O accento nos polysyllabos não recáe nunca na ul
tima syllaba. Assim nos disyllabos a primeira syllaba é a que
se accentúa . Nas palavras de tres ou mais syllabas faz-se o
accento na penultima , se é longa: mnas, se é breve, na ante
penultima: Románas, carminibus.
Obs. 1. Nos compostos de făcio com outras palavras que não se
jão preposições, o accento faz -se sempre em facio (calefácit).
Obs. 2. Quando se forma uma nova palavra por meio da addição
de que, faz- se o accento segundo a regra ordinaria, v. g . itaque (portan
to) , uterque (ambos) ; mas quando as particulas que, ne, ve, sendo encli
ticas, não fórmão uma só palavra com aquella à que vão unidas, o ac
cento faz-se na ultima syllaba d'essa palavra, v. g. itáque (e assim),
Musáque tanto no ablativo (Musa) como no nominativo (Musa) .
DA FLEXÃO
CAPITULO I- PARTES DO DISCURSO
16 As partes do discurso ou da oração em latim são as mes
mas que em portuguez, só com a differença de em latim não
DA FLEXÃO 11
haver artigo, e existir uma fórma nominal derivada do ver
bo, que tem o nome de supino .
As partes da oração declinaveis são emlatim as mesmas 17
que em portuguez.
Obs. O que resta de uma palavra declinavel depois de supprimi
das as desinencias variaveis e as alterações que se derão na pronun
cia, chama-se radical ou thema , v. g. amator em amator-is,
amator-es: sermon em sermon -is , sermo; da em da-mus, da-tis . Muitas
vezes de tal modo estão confundidos o thema e a desinencia, que um
dos dois elementos ou ambos elles soffrem alteração.
CAPITULO II-GENEROS E DECLINAÇÃO EM GERAL
Os substantivos latinos são ou do genero masculino 18
ou do genero feminino ou do genero ne utro . As pala
vras adjectivas têm de ordinario fórmas differentes conforme
o genero do substantivo a que se referem, v . g. masc. vir ma
gnus, fem. femina magna, neutr. folium magnum . Em alguns
substantivos o genero conhece- se pela significação; mas a ma
xima parte das vezes é necessario inferi-lo da terminação .
a) São do genero masculino, seja qual for a sua termi- 19
nação, os nomes de seres do sexo masculino, quer sejão ho
mens, quer deoses, quer irracionaes ( vir, homem; consul, con
sul; genius, genio; taurus, touro) , e tambem os nomes de ven
tos e, com poucas excepções, de rios (Etesiae, Sequăna), e ain
da os de mezes (Aprilis, frequentemente mensis Aprilis .)
b) São do genero feminino todos os nomes de seres do
sexo feminino (uxor, esposa ; dea, deosa) .
Os nomes geraes de pessoas, em que não se olha á diffe- 20
rença de sexo, são do genero masculino, v. g. hostis , inimigo ;
mas alguns d'elles podem ser empregados como femininos , se
sedesigna expressamente uma mulher, e por isso denominão
communs de dois , v. g . civis, cidadão ou cidadã .
se
a) Os nomes appellativos de animaes tem de ordinario 21
um genero fixo, masculino ou feminino, que em regra se co
nhece pela terminação, independentemente do sexo do animal,
v. g. masc. corvus, corvo; piscis, peixe; fem. avis , ave; vulpes ,
raposa . Estes nomes chamão -se epicenos .
b) Alguns nomes de animaes são communs de dois ; particular
mente bos (boi, quando feminino , vaca).
12 GRAMMATICA LATINA
22
24
c) Os nomes de algumas especies de animaes empregão - se, sem
referencia ao individuo, tanto na qualidade de masculinos como na de
femininos (são incertos ) , v. g. anguis, cobra; canis, cão; dama,
gamo; sus (ordinariamente fem . ) , porco; talpa (ordinariamente masc.) ,
toupeira . Tratando- se expressamente da femea sempre se empregão
como femininos.
São do genero neutro todos os substantivos indeclinaveis,
(fas, o justo); todos as palavras que sem serem nomes nem
pronomes se empregão como substantivos (scire tuum, o teu
saber); toda a palavra tomada materialmente (arx est mono
syllabum, arx é monosyllabo).
23 Em latim ha dois numeros: singular e plural .
Para exprimir as relações das ideias, têm os nomes seis
casos , a saber: nominativo , que serve de nomear os ob
jectos; accusativo , que indica o objecto de uma acção;
vocativo , que serve de chamar; genetivo , que designa
a quem pertence um objecto; dativo , que designa aquelle a
quem uma acção aproveita ou desaproveita; ablativo , que
indica o meio, logar, etc.
Mas nem todos os substantivos distinguem todos estes
casos em ambos os numeros. No plural o dativo e o ablativo
são sempre semelhantes. Em todos os nomes neutros o nomi
nativo e accusativo são sempre semelhantes . Só em alguns no
mes puramente latinos pertencentes á segunda declinação , é
que o vocativo differe dò nominativo; no plural e nos nomes
neutros nunca differe.
Obs. nominativo e vocativo chamão- se casos rectos , os
outros casos, casos obliquos .
As terminações dos casos constituem cinco systemas ou
declinações, como se vê do quadro seguinte
1.a DECL.
Nom.a
Voc.
Acc. am
Gen. ae
Dat. ae
Abl. la
2
i
2.ª DECL.
0
0
0
SINGULAR
us, er, neut. um s ou sem desinencia
>>
e, er,
um
us, neut. u es
Cu
s, >> u es
>>>
em (im); nos nomes um
neut. é como o nom.
>>> ums >> >>>
3.a DECL.
is
li
le (i)
4.a DECL. 15.a DBCL.
ūs
ui
ន
»
ulem
2
3
0
5
0
0
DA FLEXÃO 13
1.ª DECL.
Nom. ,Voc. ae
asAcc.....
Gen.. ārum
Dat . , Abl . lis
•
i,
OS,
ōrum
lis
2.a DECL.
Nom ., Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
SINGULAR
PLURAL
3.a DECL.
neut. ales, neut. a
2 a es >>
um (ium)
Tibus
mensă, mesa
mensam
mensae
mensae
mensa
a (ia) ūs
4.a DECL .
(ia) ūs, neut. uales
Obs . Alguns substantivos gregos introduzidos na lingoa latina
conservárão a fórma e terminação gregas e em varios casos têm em
parte as flexões gregas .
CAPITULO III-PRIMEIRA DECLINAÇÃO
Todos os nomes, latinos de origem, da 1.ª declinação 25
acabão em a no nominativo e declinão -se d'este modo: -
Nom. , Voc.
Acc .
Gen.
Dat . , Abl.
5.a DECL.
>> uales
ērumuum
ibus (ubus) ēbus
PLURAL
Aeneas (nome proprio)
Aenea
mensae
mensas
mensārum
mensis
Assim se declinação tambem os adjectivos e participios
acabados em a (fem . ) , v. g. magna, graude; picta, pintada.
Obs . O nome familia, quando entra em composição com pater,
mater, filius, filia, póde ter no genetivo a terminação archaica as (v. g.
nom. paterfamilias , pl . patresfamilias) . No genetivo do plural emprega
se em algumas palavras a terminação um em vez de arum (v. g. am
phorum por amphorarum). No dativo e ablativo do plural um pequeno
numero de palavras podem ter a terminação ābus (v. g . filiabus ou fi
liis, de filia).
FORMAS GREGAS. Pela 1.ª declinação vão alguns nomes gregos aca- 26
bados em e, as, es, os quaes no singular se desvião algum tanto das
fórmas latinas, v. g.
Nom. epitome, resumo
Voc. >>
Acc. epitomen
Gen. epitomes
Dat . epitomae
Abl . epitome
Aeneam (Aenean)
Aeneae anagnostae
Aeneae aaagnostae
Aenea anagnostā (anagnostē)
GENERO. Todos os substantivos latinos da 1.ª declinação 27
anagnostes, leitor
anagnostă
anagnosten (anagnostam)
14 GRAMMATICA LATINA
(em a) são femininos, quando não são nomes de pessoas do
sexo masculino (v. g. nauta, marinheiro) ou de rios (§ 19) .
Hadria, o Adriatico , tambem é masculino . (Alguns nomes de
animaes tambem podem ser masculinos ; v. § 21 ) . Os nomes
(gregos) em e são femininos; os em as e es, masculinos .
CAPITULO IV—SEGUNDA DECLINAÇÃO
a
28 Os nomes da 2ª declinação terminão ordinariamente em
us ou (sendo neutros) um, alguns acabão em er. Declinão- se
do modo seguinte:
SINGULAR
Nom. dominus, senhor
domineVoc.
Acc . dominum
Gen. domini
Dat. , Abl . domino
Nom. , Voc. domini
Acc. dominos
Gen. dominōrum
Dat , Abl. dominis
puer, menino signum, sinal
>> >>
puĕrum
pueri
puero
PLURAL
pueri
pueros
puerōrum
pueris
signi
signo
signa
>>
signōrum
signis
Assim se declinão tambem os adjectivos em us ou er
(masc.) e um (neutr. ) , v . g . bonus, bonum (bom) , miser, mise
rum (infeliz). Como puer declina-se tambem vir, homem (vi
rum. viri, etc.) , e seus compostos, e o nome de povo Trevir,
e ainda o adjectivo satur, farto (saturum, saturi, etc.)
A maior parte dos nomes em er só têm o e no nominati
vo e vocativo do singular, v . g. ager, campo, agrum, etc. , no
plural agri, etc.
Conservão o e os substantivos adulter, socer, gener, Liber, liberi
(gen. liberorum), puer, vesper, e os adjectivos asper, gibber , liber , lacer,
miser, prosper, tener, os que terminão em fer où ger (v. g. mortifer,
mortifero; aliger, alado) . Em dexter (direito) é mais frequente o sup
primir-se o r; em Mulciber, epitheto de Vulcano, conserva -se ou sup
prime-se o r.
Obs. 1. Nos tempos mais antigos os substantivos em ius e ium fa
zião o genetivo em i, v. g. Appi de Appius, ingèni (com o accento no e)
de ingenium.
Obs. 2. Têm o genetivo em ius e o dativo em 1, em todos os gene
!
DA FLEXÃO 15
ros, os seguintes adjectivos e pronomes, que no masc. e neut. vão pela
2. decl. e no fem. pela 1 .: Unus, solus, totus, ullus, nullus, alius, alter,
uter, neuter, e os compostos de uter (uterque, utercunque, uterlibet, uter
vis, alteruter), assim: gen.: unius, solius, totius, ullīus, nullīus, atrus,
alterius, utrius, neutrīus; dat.: uni, soli, toti, ulli, nulli , alii, alteri, utri,neutri, em todos os generos. No verso o i do gen. abrevia-se ás vezes;
é o que acontece de ordinario com alterius (alterius).
Obs . 3. Os nomes em ius (ou jus) fazem o vocativo em i, v. g. fi
lius, fili, Pompejus, Pompei . Meus faz no voc. mi . Os adjectivos gre
gos, v. g. Cynthius, e os nomes proprios, tambem gregos, em zus (ou
eus), v. g. Arius, fazem o voc. em ie . Deus tem o voc. como o nomina
tivo .
Obs. 4. O genetivo do plural de alguns nomes é ás vezes em um
em logar de orum, v. g. talentum por talentorum, ducentum por ducen
torum, deum por deorum .
Obs. 5. Deus faz no nominativo e dativo do plural dei, deis , se
gundo a regra, mas é mais frequente o fazer di, dis, que tambem se
escreve dii, diis .
FÓRMAS GREGAS. Encontrão- se alguns substantivos com as termi- 29
nações gregas os, on (neut. ) no nominativo, on no accusativo, v. g. De
los, Delon; Pelion.
GENERO. Os nomes terminados em us e r são masculi- 30
nos, os terminados em um são neutros. Os gregos em os são
masculinos, os em on são neutros.
1 ) Dos nomes em us (ou os) são porêm femininos:
a) alvus, ventre; carbăsus, pano de linho ; colus, roca ; humus, ter
ra; vannus, joeira .
b) todos os nomes de arvores e alguns de arbustos, v. g. fagus,
faia; buxus, buxo; juniperus, zimbro; nardus, nardo; papyrus, papyro;
e tambem alguns nomes gregos de plantas , pela maior parte acabados
em os (buglossos ) , e balanus, glande .
c) os nomes de cidades e ilhas, v. g . Corinthus , Rhodus, e os se
guintes nomes de regiões : Aegyptus, Chersonesus , Epīrus, Peloponnesus.
(Os nomes de cidades em i do plural, v. g. Veji, são masculinos con
forme a regra).
d) alguns nomes de origem grega, v. g. methodus, dialectus, ame
thystus, Arctos (a Ursa) .
2) Dos nomes em us são neutros virus, suco fétido; vul
gus, vulgo (raramente masc. ) ; pelagus, mar.
CAPITULO V—TERCEIRA DECLINAÇÃO
Para declinar um nome da terceira declinação é neces- 31
sario conhecer não só o nominativo, mas tambem o thema ou
radical. Para os fins praticos do ensino póde considerar-se
sempre como thema o que resta quando se tira do genetivo
do singular a desinencia is.
16 GRAMMATICA LATINA
Os nomes da 3. declinação apresentão os typos seguintes :
1) NOMES MASCULINOS E FEMININOS .
a) Palavras em que o nominativo apresenta o thema sem
alteração e as desinencias dos restantes casos se juntão sim
plesmente ao nominativo:
Nom . , Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
SINGULAR
consul, consul
consulem (consul-em)
consulis
consuli
consule
Nom. , Voc. , Acc . consules
Gen. consulum
Dat., Abl. consulibus
SINGULAR
Nom., Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
Nom., Voc.
Acc .
Gen.
Dat.
Abl.
PLURAL
b) Palavras em que o thema no nominativo simplesmente
recebe a desinencia nominativa s:
urbs, cidade
urbem
urbis
urbi
urbe
dolor, dor
dolōrem (dolor -em)
doloris
dolori
dolore
dolores
dolorum
doloribus
SINGULAR
avis, ave
avem
avis
avi
ave ou avi
Dat . Abl .
Obs-Sobre a terminação ium do gen . pl. , v. § 35, 1.
c) Palavras parisyllabas (isto é , que têm no nominativo
o mesmo numero de syllabas que nos outros casos do singular) ,
as quaes terminão no nominativo em es ou is:
PLURAL
Nom., Voc , Acc . urbes
Gen. urbium
urbibus
caedes, assassinio
caedem
caedis
caedi
caede
DA FLEXÃO 17
Nom., Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl. ,
Nom., Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
Nom. , Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
PLURAL
aves
avium
avibus
Obs.—Ácerca da terminação i no abl . , v . § 33, 2 .
d) Palavras em que no nominativo se junta a desinen- .
cia s, ficando o thema ao mesmo tempo alterado pela queda
de uma consoante (d out) ou pela mudança de i em e (v . §
3, c), ou por ambas as causas simultaneamente:
Nom. , Voc. , Acc. aetates
Gen. aetatum
Dat. , Abl. aetatibus
Nom. , Voc. , Acc .
Gen.
Dat. , Abl .
SINGULAR
aetas, idade judex, juiz
aetātem
judicem
aetatis
judicis
aetati
aetate
judici
judice
PLURAL
judices
judicum
judicibus
SINGULAR
e) Palavras em que o nominativo , comquanto não rece
ba desinencia, se desvia, comtudo, do thema em razão da
pronuncia:
sermones
sermonum
sermonibus
caedes
caedium
caedibus
sermo, conversação pater, pae
sermonem
patrem
sermonis
patris
sermoni patri
sermone
patre
PLURAL
patres
patrum
patribus
milites
militum
militibus
miles , soldado
militem
militis
militi
milite
mōs, costume
mōrem
moris
mori
more
mores
morum
moribus
2
18 GRAMMATICA LATINA
Obs.-Em sermo cahiu o n , em pater o e é intercalado; em mos
o s pertence ao thema e mudou-se em r no genetivo (§ 4).
2) NOMES NEUTROS. Os nomes d'esta categoria nunca to
mão no nominativo a desinencia s; mas ás vezes o thema no
nominativo não é o mesmo que nos outros casos em razão da
pronuncia.
a) Nomes em que o thema não varía :
SINGULAR
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl .
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat.
Abl .
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl.
animal
animālis
animali
Obs. Sobre a terminação ia no plural, v. § 34, 1.
b) Nomes em que o thema não é no nominativo o mes
mo que nos outros casos:
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl.
SINGULAR
SINGULAR
nomini
nomine
Nom. , Voc. , Acc. animalia
animaliumGen.
Dat. , Abl. animalibus
nomen, nome corpus, corpo
nominis corporis
corpori
corpore
nomina
nominum
nominibus
PLURAL
PLURAL
mare
maris
mari
corpora
corporum
corporibus
Obs.-Em corpus o s não é desinencia casual, mas pertence ao
thema e passa no genetivo para r (§ 4) .
c) Nomes parisyllabos acabados em c:
(Lac não se usa
no plural)
lac, leite
lactis
lacti
lacte
PLURAL
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl .
maria
marium
maribu
s
Pela 3. declinação vão tambem muitos adjectivos a respeito dos
quaes se tratará adiante.
DA FLEXÃO 19
GENERO-Observação prévia.-Nas regras seguintes não se con- 32
siderão os nomes cujo genero é determinado pela significação (§ 16 e
20) e os nomes indeclinaveis (§ 22) .
1 ) São masculinos os nomes terminados em o, er, or, os,
e tambem os nomes em es imparisyllabos (i . é, que têm no
genetivo maior numero de syllabas do que no nominativo) ,
v. g. sermo sermonis, conversação; vomer voměris, relha do
arado; color coloris , côr; fomes fomitis , isca.
Excepções:
a) Dos nomes em o são femininos: 1) os nomes em io ,
v. g. oratio orationis , discurso; 2) os nomes em do ou go que
têm o genetivo em inis, v. g. hirundo, andorinha; imago, ima
gem; Carthago, a cidade de Carthago; 3) caro carnis, carne;
4) alguns nomes de cidades hespanholas, v. g. Barcino, Bar
celona . São porém masculinos : dos nomes em io : pugio, pu
nhal, scipio, bastão, titio, tição, unio, perola; os nomes que
designão o numero dos pontos dos dados, v. g. senio, o seis ,
a sena; e os nomes de animaes, como papilio, borboleta ; dos
nomes em do e go: ordo, ordem, cardo, quicio , ordinariamen
te margo, borda (e ás vezes, nos poetas, cupido, desejo) .
b) Dos nomes em er são neutros: cadaver, cadaver, iter
itineris, caminho, tūber, protuberancia, uber, têta , ver veris,
primavera, verber , açoute , e os nomes de arvores e plantas, v.
g. acer, bordo, piper, pimenta (mas tuber, especie de maçã,
é masculino).
E' feminino linter , lintris, canoa.
c) Dos nomes em or são neutros: aequor, a superficie do
mar, ador, trigo espelta, cor cordis, coração, marmor, marmore.
E ' feminino arbor (ou arbos) , arvore.
d) Dos nomes em os são femininos (além de arbos): cos
cotis , pedra de afiar, dos dotis, dote .
São neutros : ōs oris , bôca , os ossis , osso, e os nomes gre
gos em os que só têm nominativo e accusativo, v. g. mélos,
canto.
e) Dos nomes em es imparisyllabos são femininos: abies
abietis , abeto, compes (ordinariamente no plural compĕdes),
peia, merces mercedis, paga , merges, gavela , quies quiētis, des
canso (e seus compostos requis, inquies) , seges, campo de se
meadura, teges , esteira.
Ales alitis, ave, é masculino ou feminino. Quadrupes,
designando um quadrupede em geral , é feminino ou neutro,
designando um cavallo, é masculino.
E' neutro aesaeris, cobre.
20 GRAMMATICA LATINA
2) São femininos os nomes terminados em as, is, ys ,
aus, a, s precedido de consoante, e tambem os parisyllabos
terminados em es , v. g. aetas aetatis , idade; vallis, valle;
chlamys chlamydis, especie de manto; fraus fraudis, engano;
salia salicis , salgueiro; trabs, trave; nubes, nuvem .
Excepções:
a) Dos nomes em as são masculinos: as assis, asse (moe
da romana) , e os nomes gregos que têm o genetivo em antis
como adămas , diamante.
São neutros: vas vasis , vaso, e os nomes gregos em as
anis e as atis, v. g. melas, certa doença, erysipelas, erysipela .
b) Dos nomes em es, palumbes, pombo trocaz, é mascu
lino ou feminino; vepres (que só costuma usar-se no plural ve
pres veprium) , espinho, é masculino. (Sobre lemures, manes,
pugillares, v. adiante).
São neutros os nomes gregos em es que só têm nomina
tiva e accusativo, v. g. cacoëthes , ulcera maligna.
c) Dos nomes em is são masculinos: 1 ) os nomes termi
nados em nis, mis, cis, ollis, alis, v . g. cinis cineris , cinza;
cucumis cucumeris, pepino; piscis, peixe; collis , outeiro; cana
lis, cano; 2) os seguintes anguis, cobra (menos vezes femini
no) , axis, eixo, callis, vereda , cassis (ordinariamente no plu
ral casses) , rede de caçador (mas cassis cassidis , capacete, se
gue a regra) , caulis , talo, ensis , espada, fustis, varapao, glis
gliris, arganaz, lapis lapidis , pedra, Lucretilis, nome de um
monte, mensis, mez, molaris , mó, dente queixal, orbis , circu
lo, postis, umbreira, pulvis pulveris , pó, sanguis sanguinis,
sangue, scrobis, cova, sentis, espinho , torquis (ou torques), col
lar (mui raramente feminino), torris, tição , unguis, unha, ve
ctis, alavanca, e os compostos de as, v. g. decussis, dez asses .
São tambem masculinos os seguintes nomes do plural : manes,
almas dos mortos, lemures, espectros, pugillares , taboinhas de
escrever .
Clunis, nadega, é masculino ou feminino; canis, cão, é mais ve
zes masculino do que feminino; finis, fim, tambem é, mas rarissimas
vezes, feminino . Corbis, cêsto , é masculino ou feminino .
d) Dos nomes em ys, Othrys, nome de um monte é masculino.
e) Dos nomes em a são masculinos: 1) os nomes gregos
em ax, v. g. thorax thoracis, couraça; 2) os nomes em ex, v.
g grex gregis, rebanho, menos alex alēcis, salmoura, carex ca
ricis, carriço, faex, fezes, prer (nominativo desudado) , rogo,
forfex, tesoura, ilex, azinheira, lex legis , lei, nex, morte vio
DA FLEXÃO 21
lenta, supellex supellectilis, alfaia , vitex, agno-casto, que são
femininos (como tambem uma vez ou outra cortex, cortiça,
silex, pederneira) , e atriplex, a herva armoles, que é neutro;
3) os seguintes: calix , copo, fornix, abobada, phoenix phoeni
cis, a ave phenix, tradux traducis , mergulhão da vide; 4) as
palavras em unx que exprimem duodecimos do asse , deunx
deuncis, 11/19 do asse; 5) os nomes gregos em ya, menos san
dyx sandīcis, certa côr vermelha, e ás vezes bombyx, bicho da
seda, e sardonyx sardonychis, certa pedra preciosa .
São masculinos ou femininos: imbrex, telha , obex, ferro
lho, rumex, azedas, varix, variz . Cala, calcanhar, e lynx, lyn
ce, raras vezes são masculinos .
f) Dos nomes em s precedido de consoante são mascu
linos: 1) os nomes em ns com o genetivo em ntis, v. g. pons,
ponte, menos bidens, ovelha de dois annos (mas bidens, enxa
dão, é masculino), frons , testa , gens , povo, lens , lentilha,
mens, pensamento, (ordinariamente) serpens, serpente, que são
femininos, e os seguintes termos technicos da philosophia, ra
ras vezes empregados : accidens, accidente, consequens, conse
quencia, ens, ente, que são do genero neutro; 2) os nomes gre
gos em ps como hydrops hydrōpis, hydropisia, e tambem cha
libs, aço.
Animans, ser vivo, é feminino no singular, é feminino ou neutro
no plural; na significação de: ser dotado de razão, é masculino. Conti
nens, terra firme, é ordinariamente feminino, raras vezes neutro. Adeps,
gordura, e forceps, tenaz, são masculinos ou femininos. Stirps, tronco,
rarissimas vezes é masculino .
3) São neutros os nomes terminados em a, e, i, y, c,
l, n, t, ar, ur, us , v. g. poëma poëmatis , poema, mare, mar;
sinapi, mostarda; misy, vitriolo; lac lactis, leite; mel mellis,
mel; lumen, lume; caput capitis, cabeça; calcar calcaris, es
pora; fulgur, relampago; Tibur, nome de uma cidade; corpus,
corpo.
Excepções:
a) Dos nomes em I são masculinos sol , sol, sal, sal (no
singular tambem ás vezes é neutro), mugil (que tambem tem
o nominativo magilis), certo peixe.
b) Dos nomes em n são masculinos: 1) pecten pectinis,
pente; 2) os que não fazem o genitivo em inis, v. g. attagen
attagēnis, francolim, menos alcyon alcyonis, maçarico, aedon,
rouxinol, icon, imagem, sindon, cassa, e os nomes de cidades.
em on e in, como Babylon Babylonis, Eleusin Eleusinis, e tam
bem Troezen Troezenis, que são femininos .
22 GRAMMATICA LATINA
3
3
3
c) Dos nomes em ur são masculinos: furfur, farelo, tur
tur, rola, vultur, abutre (todos com o genetivo cm uris) .
d) Dos nomes em us são femininos: 1 ) os que fazem o
genetivo em ūdis on ūtis , v. g. palus, lagoa, virtus , virtude;
2) pecus pecudis, cabeça de gado, tellus telluris , a terra, como
tambem quasi sempre grus , grou , e sus, porco; 3 ) ás vezes al
guns nomes de cidades, v. g. Amathus, Amathuntis.
São masculinos: 1) lepus leporis , lebre, mus, rato; 2) os
nomes gregos em us odis, v. g. tripus, tripode.
CAPITULO VI-PARTICULARIDADOS DE ALGUNS CASOS E FÓRMAS
GREGAS DA TERCEIRA DECLINAÇÃO
1) Alguns parisyllabos em is fazem o accusativo do singular em
im, a saber; amussis , buris, cucumis, ravis, sitis, tussis , vis , e os nomes
de cidades e rios, v. g. Hispălis , Tiberis; ordinariamente tambem fe
bris, pelvis, puppis, restis, turris, securis; menos vezes clavis, messis,
navis .
Fazem igualmente o acc. em im (ou, á grega, em in ) muitos no
mes gregos em is (v . § 36 ) e os nomes de rios Liger e Arar.
2 ) Em algumas palavras o ablativo acaba em i, em outras acaba
em e ou i.
Fazem o ablativo em i:
a) as palavras que fazem o accusativo só em im, v. g. siti, Tiberi,
poësi;
b) todos os nomes neutros em e, i , al, ar com o genetivo em āris,
v. g. mari, sinapi, animali, calcāri, exceptuando os nomes de cidades
arabados em e, v. g. Caere;
c) os adjectivos biformes e triformes (v . § 47) , como facilis, abl.
facili; acer, abl. acri; juntamente com os substantivos em is que de ori
gem são adjectivos, v. g. familiari.
Fazem o ablativo em e ou i:
a) os nomes que fazem o accusativo em em ou im, v . g. puppi ou
puppe (mas restis faz sempre reste, e securis sempre securi);
b) os adjectivos uniformes, v. g. prudenti ou prudente , predomi
nando, porém, o i (todavia compos, impos, coelebs , deses, pauper, prin
ceps, pubes, superstes fazem o abl. só em e , par e memor só em i; os par
ticipios em ns empregados completamente como adjectivos fazem -no
mais frequentemente em i, nos outros casos, quasi sempre em e, v. g.
Tarquinio regnante);
c) os adjectivos comparativos, v. g. majore ou majori, predomi
nando, porém, o e;
d) ás vezes mais alguns substantivos, v. g . avis, ignis, imber, e
certos nomes de cidades ña designação do logar onde (p . ex. Cartha
gini) .
34 1 ) Fazem o nominativo, accusativo e vocativo do plural em ia (e
não em a) os substantivos neutros em e, al, ar (gen . āris) , v. g . anima
lia, e os adjectivos e participios neutros no positivo, v . g . elegantia de
elegans . Só vetus faz vetera.
DA FLEXÃO , 23
2) Nos nomes masculinos e femininos quefazem o genetivo do plu
ral em ium, a terminação antiga do accusativo do plural, era, a par de
es, is , v. g. classis, omnis (que tambem se escrevia classeis, omneis) .
1) O genetivo do plural acaba em ium e não em um:
a) nos parisyllabos em es e is (§ 31, 1 , c .) , v . g. aedium, crinium
(com excepção de canis , juvenis, e poucos mais) ;
b) em imber, linter, venter, uter, caro (carnis);
nas palavras monosyllabas acabadas em s ou x precedidos de
consoante, v.g. montium de mons, e em as, glis, mas, mus, os (ossis),
vis (gen. pl . virium), faux, nix (gen. nivium), nox;
d) nos polysyllabos em ns e rs, v. g. clientium de cliens , cohortium
de cohors;
e) nos substantivos neutros em e, al, ar (gen. āris) , v . g. marium,
animalium, calcarium, de mare, animal, calcar; e nos adjectivos e par
ticipios que têm plural neutro, v. g . felicium de felix (exceptuando ve
tus, quadrupes, versicolor);
f) nos nomes de povos em is e as, v. g. Quiritium, Arpinatium,'
de Quiris, Arpinas, e nos dos nomes do plural penates, optimates.
2) Bos, bovis faz no gen. pl . boum , no dat. e abl. bōbus ou būbus.
Sus faz no dat. e abl. pl . suibus ou sūbus .
FORMAS GREGAS: 36
1) Alguns nomes gregos podem fazer o accusativo do singular em
a, v. g. Pana de Pan, aëra de aër; outros terminados em is (où ys) po
dem fazê- lo em in, v. g. poësin de poesis; outros acabados em es podem
fazê-lo em en, v. g. Mithridaten de Mithridates .
2 ) Em alguns nomes o vocativo forma- se supprimindo o s do no
minativo, v. g. Coty de Cotys .
3 ) Os poetas dão ás vezes ao genetivo a desinencia ŏs , v. g. Pal
lados de Pallas
4) O accusativo do plural ás vezes póde acabar em as como em
grego, v. g. Aethiopas de Aethiops . (Tambem se dá esta desinencia a
alguns nomes de povos, que não são latinos nem gregos, v. g. Allo
brogas de Allobrox).
Nom. , Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
CAPITULO VII-QUARTA DECLINAÇÃO
Os nomes da quarta declinação acabão em us ou (sendo 37
neutros) u, e declinão -se do modo seguinte :
SINGULAR
fructus, fruto
fructum
fructus
fructui
fructu
35
cornu, ponta
cornu
cornūs
cornu
cornu
24 GRAMMATIÇA LATINA
38
Nom. , Voc . , Acc.
Gen.
Dat. , Abl .
Nom., Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
SINGULAR
domus
domum
Obs. No dativo contrae- se muitas vezes ui em a, v. g. equitatu
ou equitatui.
Fazem o dat. e abl. do plural em ubus em vez de ibus as palavras
acus, arcus, lacus, quercus, specus, pecu, e artus, partus, tribus. Têm am
bas as fórmas portus e veru .
Domus, casa, declina- se assim:
PLURAL
fructus
fructuum
fructibus
cornua
cornuum
cornibus
Nom., Voc.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
PLURAL
Nom.
Acc.
Gen.
Dat. , Abl. domibus
domus
domos (mais raro domus)
domuum , domorum
domūs
domui (rar. domo)
domo (rar. domu)
O genetivo domi só se emprega na significação de : em casa .
GENERO. Os nomes da 4.ª declinação acabados em us são
masculinos , os terminados em u são neutros. Dos nomes em
us são porêm femininos, alêm dos nomes de pessoas femini
nas, os nomes de arvores (v. g. quercus) e acus , colus, domus,
manus, penus, porticus, tribus, e os nomes do plural idus e
quinquatrus.
CAPITULO VIII-QUINTA DECLINAÇÃO
39
Os nomes d'esta declinação terminão em es e declinão- se
do modo seguinte:
SINGULAR
res, cousa
rem
rrr
rĕi
rei
re
dies, dia
diem
diei
diei
die
DA FLEXÃO 25
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat . , Abl.
PLURAL
res
rērum
rēbus
dies
dierum
diebus
Obs.-Res e dies são as unicas palavras que têm declinação com
pleta no plural . Acies, facies, effigies, species e spes (em Vergilio glacies)
empregão-se no nom . e acc. pl. , mas não nos outros casos . As restan
tes palavras não têm plural.
a
GENERO. As palavras da 5. declinação são do genero 40
feminino, excepto dies, que no singular é masculino ou femi
nino, no plural é só masculino . (Meridies meio-dia , é mascu
lino .)
CAPITULO IX-PARTICULARIDADES E IRREGULARIDADES NA
DECLINAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Muitas palavras latinas não se empregão no plural (v . g . letum, 41
morte); algumas só se usão no plural (são pluralia tantum, v. g. liberi,
filbos; exta, entranhas; castra, acampamento; inimicitiae, inimizade ;
nundinae, feira; Athenae, Athenas), outros têm no plural, álém da si
gnificação correspondente ao singular, uma nova significação (v . g.
aedes, templo, aedes, templos, casa; impedimentum, impedimento , impe
dimenta, impedimentos, bagagem) .
42
Quando uma palavra é composta de um substantivo que não ex
perimentou alteração, e um adjectivo ou participio, declinão -se ambos
os elementos do composto, v. g. jusjurandum, juramento, gen. juris
jurandi, etc. (pela 3. e 2.ª decl.) .
Um pequeno numero de substantivos são indeclinaveis, v. g. fas, 43
o justo; mane, manhã .
Jesus faz Jesum no accusativo, Jesu nos outros casos .
Alguns nomes não têm todos os casos, por ex.: vis , força, não se 44
usa no genetivo do singular (no plural é completo : vires, virium, viri
bus).
Juppiter (nom. e voc.) tem por genetivo Jovis, dativo Jovi, accu
sativo Jovem.
Alguns nomes vão por differentes declinações (são heterócli- 45
tos ) e alguns d'elles têm generos differentes (são heteroge
neos) , v. g.lupīnus (masc.) e lupinum (neut .) , tremoço; jugerum,
geira, que no singular vae pela 2. decl. e no plural pela 3. (jugera,
jugerum, jugeribus); vas, vaso, que no sing. vae pela 3. (gen. vasis,
etc.) e no pl. pela 2. (vasa, vasorum, vasis) .
26 GRAMMATICA LATINA
46
47
Um pequeno numero de nomes mudão no plural, inteira ou par
cialmente, o genero que têm no singular, v. g. jocus, gracejo, pl . jocɩ
ejoca; caelum, céo, pl. caeli .
Dos adjectivos uns vão pela 2. declinação no genero
masculino e no neutro e pela 1.a no feminino, outros vão
pela 3.a.
1) Os adjectivos pertencentes á 1.ª e 2.ª declinação ter
minão em:
us (m.)
er
>>
rum .
CAPITULO X-DECLINAÇÃO DOS ADJECTIVOS
a (f.) ,
ένα
ra
2
um (n . ) , v. g. probus, proba, probum
ĕrum, v. g. liber, libera, liberum
rum, v. g. niger nigra, nigrum
Só um termina em ur no masculino: satur, satura, satu
Exemplo da declinação de um adjectivo em us, a, um :
SINGULAR
Nom. probus probă probum
Voc. probe
>> >>>
>>
Acc. probum probam
Gen. probi probae probi
>>Dat. probo
Abl . >>
probo
probā
»
Nom., Voc.
Acc.
Gen.
Dat. , Abl.
SINGULAR
Obs. As irregularidades de alguns adjectivos no genetivo e dativo
forão indicadas no § 28.
levis
levem
PLURAL
2) Os adjectivos pertencentes á 3.ª declinação têm ou
duas terminações ou tres ou uma só.
probi probae
>> >>
probos probas
proborum probarum
probis probis
>>
a) Os adjectivos de duas terminações acabão em is no
nominativo masculino e feminino, e em e no neutro; declinão
se como avis (§ 31 , 2 , c) e mare (§ 31 , 2 , c) , v. g.
levis
levi
leve
leve
proba
>>
>>
proborum
probis
>>>
PLURAL
Nom. , Voc. , Acc.
Gen.
Dat. , Abl.
leves
levium
levibus
levia
DA FLEXÃO 27
+ b) Treze adjectivos acabão em er no nominativo mascu
lino, em ris no feminino e em re no neutro, v . g. acer, acris,
acre; no mais declinão - se como os terminados em is, e , ( Só
um conserva o e na flexão: celer, celeris, celere; acc. celerem ,
celere, etc).
Estes adjectivos são : acer, alăcer, campester, celeber, celer, eque
ster, paluster, pedester, puter, saluber, silvester, terrester, volucer.
Obs. A mesma fórma pertencem os nomes de mezes September,
October, November, December ,
c) Os restantes adjectivos da 3.ª declinação têm só uma
terminação no nominativo do singular para todos os tres ge
neros , v . g.
SINGULAR
Nom. , Voc.
Acc. sapientem
Gen.
Dat.
Abl.
sapiens
sapientis
sapienti
sapienti
ou
sapiente
sapiens
PLURAL
Dat., Abl.
Nom.,Voc., Acc. sapientes sapientia
Gen.
sapientium
sapientibus
Obs. 1. O accusativo neutro do singular é sempre como o nomi
nativo, seja qual for a terminação d'este caso .
Obs. 2. Sobre o abl . do sing . v. § 33 .
Obs. 3. Vetus faz no nom. neutro do plural vetera .
Obs. 4. Como já foi dito (§ 35 ) o genetivo do plural acaba em ium
quando os adjectivos têm plural neutro (excepto em vetus, quadrupes e
versicolor; tambem nos adjectivos em ns se encontra de vez em quando
um em vez de ium, v. g. sapientum) ; mas, se não têm plural neutro, o
genetivo é em um, v. g. inopum de inops, divitum de dives .
Obs . 5. Os adjectivos de uma só terminação que têm parte neu
tra no plural, são unicamente os acabados em ans ou ens, em as, rs,
ax, ix, ox, os numeraes em plex (v . g . simplex) e anceps, praeceps,lo
cuples, par, vetus (e nos escritores posteriores tambem hebes, teres,
quadrupes, versicolor) . Alguns dos adjectivos que aliás não têm plural
neutro, encontrão - se comtudo ligados a substantivos neutros em dat.
e abl. , v. g. supplicibus verbis .
Ha adjectivos de que não se usa esta ou aquella fórma, v. g. o no- 48
minativo de sons, o gen. pl . de plerique (que de ordinario só se empre
ga no plural) . São indeclinaveis frugi e nequam; opus e necesse são
tambem invariaveis e empregão - se unicamente ligados ao verbo sum .
Os adjectivos latinos têm , além da fórma do positivo 49
v. g. vir clarus, homem illustre, uma fórma comparativa, v.
g. vir clarior, homem mais illustre , e uma fórma superlativa ,
28 GRAMMATICA LATINA
1
80
51
52
v. g. vir clarissimus, homem muito illustre, ou, o mais illus
tre homem.
Tambem o participio em ns e o participio do preterito
têm grãos de comparação, quando tomão inteiramente a si
gnificação de adjectivos.
O comparativo fórma-se do positivo supprimindo a ter
minação um do acc. dos adjectivos que vão pela 1.ª e 2.ª de
clinação, e a terminação em do acc. dos adjectivos que vão
pela 3. , e juntando as desinencias ior (masc . e fem . ) , ius
(neut.) v. g. probus (acc. probum) , comp . probior, probius;
sapiens, (acc sapientem) , comp . sapientior, sapientius: Os com
parativos vão pela 3. declinação, v. g.
SINGULAR
Nom. probior probius
Acc. probiorem probius
Gen. probioris
probiori
probiore
Dat.
Abl .
menos frequentemente
probiori
Nom., Acc.
Gen.
Dat. , Abl.
PLURAL
probiores probiora
probiorum
probioribus
O superlativo forma-se do positivo, ordinariamente sup
primindo a terminação um do acc. dos adjectivos que vão
pela 1.ª e 2.ª declinação, e a terminação em do acc. dos ad
jectivos que vão pela 3. declinação, e juntando issimus (a,
um), v. g. probissimus, sapientissimus.
a
Quando os adjectivos acabão em er no nom. masc. (tanto
os da 2.ª declinação como os da 3. ) , o superlativo forma- se,
juntando rimus ao nom. v. g. liber, liberrimus; acer, acerri
mus. Tambem de vetus (gen. veter- is) se forma veterrimus, 8
de prosperus, prosperrimus. Matūrus faz maturissimus e matur
rimus.
Facilis, difficilis, gracilis, humilis, similis, dissimilis, im
bellis , fazem o superlativo supprimindo a terminação is e
juntando limus: facillimus, difficillimus, gracillimus, etc.
Fórmão irregularmente os gráos de comparação:
1) os adjectivos em dicus, ficus, võlus (de dico, făcio,
volo), v. g. maledicus, munificus, benevolus, que fazem o com
parativo em entior e o superlativo em entissimus (como se vies
sem de participios em ens): maledicentior, munificentior, be
DA FLEXÃO 29
nevolentior; maledicentissimus , munificentissimus, benevolentissi
mus.
Obs.--Em vez dos grãos comparativos de egēnus e providus em
pregão-se os dos participios egens e providens.
2) os seguintes adjectivos:
bonus, bom, melior, melius; optimus.
malus, máo, pejor, pejus; pessimus.
magnus, grande, major, majus; maximus.
multus, muito, no singular só o nom. e acc. neutro plus
com o gen. de preço plūris, no plural nom. e acc. plures,
plura, gen. plurium, dat. e abl . pluribus; superl. plurimus.
parvus, pequeno, minor, minus; minimus.
nequam , máo, nequior; nequissimus.
frugi, bom, frugalior; frugalissimus.
Do substantivo senex forma - se o comparativo senior, e de juvenis
o comparativo junior, ambos os quaes são inteiramente adjectivos ; não
têm superlativo .
a) Alguns adjectivos , que exprimem relações de tempo ou logar 53
entre dois objectos, só se empregão de ordinario no comparativo e no
superlativo (que é irregular), v g. comp . interior, superl . intimus (cor
respondente a preposição intra, dentro de).
b) Tambem carecem de positivo os comparativos e superlativos
seguintes :
deterior, peor
ocior, mais rapido
potior, preferivel
deterrimus
ocissimus
potissimus
54
Muitos adjectivos , em virtude da sua significação (v. g.
aureus, de ouro) ou por motivos de euphonia, não têm com
parativo nem superlativo. São:
a) os que antes da terminação us têm uma vogal, v. g.
idoneus (ha todavia excepções) ;
b) a maior parte dos adjectivos compostos com verbos ou
substantivos, v. g. os acabados em fer ou ger (de fero, gero,
p. ex. frugifer), ignivomus (de vomo), inops (de ops);
c) a maior parte dos adjectivos claramente derivados (de
rivados de palavras latinas usadas) com as terminações šcus,
alis ou āris, īlis, ulus, timus, īnus, īvus, ōrus (v . g. civicus,
naturalis, hostilis, querulus, legitimus, peregrinus, furtivus, de
corus) assim como os derivados de substantivos com as ter
minações atus e itus (v. g. barbatus).
d) alguns mais que não se podem reduzir a regra certa,
v. g. ferus, gnarus, mirus, navus, rudis, trux.
30 GRAMMATICA LATINA
55
56
a) Não têm comparativo mas têm superlativo fulsus, in
clitus, novus, sacer, vetus, e varios participios (v. g. meritus,
in-victus).
b) Não têm superlativo mas têm comparativo muitos
adjectivos em ilis ou bilis derivados de verbos. v. g. agilis,
docilis, credibilis , probabilis, e , além d'estes varios outros
(coecus, longinquus, propinquus, surdus, etc) .
(c) Quando um adjectivo não tem comparativo ou super
lativo , a ideia comparativa exprime-se acompanhando o adje
ctivo de magis, e a ideia superlativa acompanhando-o de ma
xime, v. g. magis mirus, mais admiravel, maxime mirus, muito
admiravel, ou, o mais admiravel.
CAPITULO XI-NOMES NUMERAES
Os numeraes cardinaes são os seguintes (vão
acompanhados dos algarismos latinos) :
I-unus, una, unum.
II-duo, duae, duo.
III-tres, tria.
IV- quattuor.
V-quinque.
VI=sex.
VII-septem.
VIII- octo.
VIIII ou IX- novem .
X-decem.
XI-undĕcim.
XII-duodecim.
XIII-tredecim, ou decem et tres
(tres et decem).
XIV-quattuordecim.
XV-quindecim .
XVI-sedecim (sexdecim, decem et
sex).
XVII-decem et septem, ou septen
decim (septem et decem).
XVIII-duodeviginti ou (o que é
mais raro) decem et octo.
XIX-undeviginti, ou (o que é mais
raro) decem et novem.
XX-viginti.
XXI-unus (a, um) et viginti, ou
viginti unus (a, um).
XXII-duo (duae) et viginti, ou vi
ginti duo (duae), e assim por
diante, v. g.
XXV-quinque et viginti, ou vigin
ti quinque.
XXVIII-duodetriginta, ou (mais
raras vezes) octo et viginti, ou
viginti octo.
XXIX―undetriginta, ou (mais ra
ras vezes) novem et viginti, ou
viginti novem.
XXX-triginta, e assim por dean
te como com viginti, v. g.
XXXIX-undequadraginta, ou (o
que é mais raro) novem et tri
ginta, ou triginta novem.
XL-quadraginta.
L-quinquaginta.
LX-sexaginta.
LXX-septuaginta.
LXXX- octoginta.
XC-nonaginta.
XCVIII-nonaginta octo, ou octo et
nonaginta.
XCIX ou IC-nonaginta novem, no
vem et nonaginta, undecentum.
C-centum.
CI-centum et unus, ou centum
unus.
CII-centum et duo, centum duo, e
assim por diante, v. g.
CXXIV-centum et viginti quat
tuor, centum viginti quattuor.
DA FLEXÃO 31
CC-ducenti, ducentae, ducenta.
CCC-trecenti, ae, a.
CCCC-quadringenti, ae, a.
I ou D-quingenti, ae, a.
DC-sexcenti, ae, a.
DCC-septingenti, ae, a.
DCCC-octingenti, ae, a .
DCCCC nongenti, ae, a.
CIɔ ou M-mille.
CIOCIO ou MM-duo milia, etc.
155-quinque milia
IეეClეCIo ou Iეე MM —septem mi
lia.
CCI -decem milia.
15-quinquaginta milia.
CCC1353-centum milia.
Obs . 1.-A estes numeros correspondem as palavras pronominaes
indeclinaveis tot, tantos , quot, quantos? aliquot, alguns e totidem, ou
tros tantos.
Nom. ,
Acc .
Gen.
Dat. , Abl .
Obs. 2.-Um I com um C virado (15 ) representa 500, e cada novo
corresponde a um zero da nossa numeração; assim 155=5000, 1
-50000 . Um numero fica dobrado, quando antes do I se põe um C tan
tas vezes quantas se acha depois um 3, assim CI = 1000, CCID = 10000.
Dos numeraes simples declinão - se os tres primeiros e as 57
centenas de duzentos em diante.
Ducenti (ducentae, ducenta) e as centenas seguintes de
clinão-se pelo plural da 1.ª e 2.ª declinação .
a
Unus, una, unum, vae pela 1.ª e 2.a declinação ; mas o
genetivo é unius eo dativo uni em todos os generos (§ 28 ,
obs. 2).
Duo declina-se do seguinte modo:
duo duae
duo, no masc. tambem duos duas
duōrum
duobus
duārum
duabus
Nom . , Acc. tres (m., f.) tria (0) ,
Gen. trium
tribusDat. Abl .
Do mesmo modo se declina ambo, ambae, ambo , ambos.
O genetivo de duo tambem é duum.
Tres vae pela 3.a declinação:
De mille, adjectivo indeclinavel, é plural o substantivo 58
milia (millia), que se declina assim; nom . e acc . milia , gen .
milium, dat. e abl . milibus. Diz- se tria milia, sex milia, etc. ,
ou milia tria , milia sex; o nome do objecto contado põe- se
em genetivo, v. g. sex milia peditum, seis mil infantes.
Um milhão designa- se em latim pela expressão-dez vezes 100000 59
1
I
1
32 GRAMMATICA LATINA
decies centum milia ou (com o distributivo, decies centena milia) e as
sim por diante com os numeraes superiores a 10 vezes 100000 : undecies,
duodecies centum (ou centena) milia ( 1100000, 1200000), vicies , tricies
centum milia (2000000, 3000000), vicies quinquies centena milia (2500000) .
A estes juntão - se do seguinte modo os numeros que exprimem simples
milhares: decies centena milia tringita sex milia centum nonaginta sex
(1036196) .
60
Os numeraes ordinaes são todos os adjectivos em
us, a, um, e declinão se regularmente . São:
1-primus. («primeiro de dois»>
diz-se prior que é comparativo) .
2-secundus où alter.
3-tertius .
4-quartus.
5-quintus.
6-sextus .
7-septimus.
8-octavus .
9-nonus.
10-decimus .
11- undecimus.
12-duodecimus.
13-tertius decimus, raras vezes
decimus tertius , decimus et ter
tius, e do mesmo modo nos
seguintes).
14-quartus decimus.
15 -quintus decimus .
16-sextus decimus .
17-septimus decimus.
18-duodevicesimus, menos vezes
octavus decimus .
19-undevicesimus, menos vezes
nonus decimus.
20-vicesimus (vigesimus) .
21-unusetvicesimus (f . unaetvice
sima, n. unumetvicesimum) me
nos vezes primus et vicesimus,
vicesimus primus.
22—alter (rar . secundus) et vicesi
mus, vicesimus alter ou duoet
vicesimus (f . duoetvicesima, n .
duoetricesimum).
23-tertius et vicesimus, vicesimus
tertius .
24-quartus et vicesimus, vicesimus
quartus, e assim por diante.
28-duodetricesimus , menos vezes
octavus et vicesimus, vicesi
mus octavus .
29-undetricesimus. menos ve
zes nonus et vicesimus, vi
cesimus nonus .
30-tricesimus (trigesimus) .
31-unusettricesimus , ou pri
mus et tricesimus, tricesimus
primus, e assim por diante ,
como com vicesimus .
38-duodequadragesimus, me
nos vezes octavus et tricesi
mus, tricesimus octavus .
39-undequadragesimus, menos
vezes nonus et tricesimus,
tricesimus nonus .
40-quadragesimus .
50-quinquagesimus .
60-sexagesimus .
70-septuagesimus .
80-octogesimus.
90-nonagesimus.
100-centesimus.
101-centesimus primus.
110-centesimus decimus.
124-centesimus vicesimus quar
tus, e assim por deante.
200 -ducentesimus.
300-trecentesimus.
400-quadringentesimus .
500-quingentesimus.
600-sexcentesimus .
700-septingentesimus .
800-octingentesimus.
900-nongentesimus .
1000-millesimus , e assim por
deante com adverbios, v. g .
10000-decies millesimus .
DA FLEXÃO 33
Obs.-A estes numeraes corresponde o interrogativo quŏtus (a, um),
qual na ordem numerica? «Um de tres em tres, de quatro em quatro,
etc., diz-se tertius quisque, quartus quisque, etc. com o pronome quis
que; mas um sim ,outro não» exprime- se frequentemente com o adjecti
vo alternus pondo o substantivo no plural, v. g. alternis diebus, um dia
sim, outro não, em dias alternados.
um
Os numeraes distributivos (que exprimem 61
numero tomado uma vez para cada objecto ou caso)
são adjectivos de tres terminações que se declinão pelo plural
da 1. e 2. declinação. (Fazem o genetivo muitas vezes em
um em logar de orum; v . § 28 , obs. 4. ) São:
1-singuli (ae, a).
2-bini.
3-terni (trini) .
4-quaterni.
5-quini.
6-sēni.
7-septēni.
8-octōni .
9-novēni.
10-dēni.
11-undēni .
12-duodēni.
13-terni deni.
14 -quaterni deni, etc.
18- octoni deni ou duodeviceni.
19- noveni deni ou undeviceni.
20-vicēni.
21-viceni singuli.
22-viceni bini, etc.
30- triceni .
40-quadrageni.
50-quinquageni.
60-sexageni.
70-septuageni
80-octogeni.
90-nonageni.
100-centeni.
200-duceni.
300-treceni.
400-quadringeni .
500-quingeni.
600-sexceni.
700-septingeni.
SOO-octingeni.
900-nongeni.
1000-- singula milia (ou simples
mente milia).
2000-bina milia.
10000-dena milia.
Obs . A estes numeraes corresponde o interrogativo quotēni,
quantos para cada um? quantos de cada vez?
Os distributivos empregão- se:
62
a) quando se quer dizer que um numero (uma cousa em certo
numero) se repete com respeito a cada uma das pessoas ou cousas no
meadas ou subentendidas, v. g . ambulare bina milia passum, dar um
passeio de dois mil passos (cada dia ou de cada vez . )
b) nas multiplicações, v. g . bis bina, duas vezes dois . (Todavia
tambem se encontra, v. g. decies centum milia.)
c) com os substantivos usados só no plural que designão um todo
que como tal se póde repetir, v . g. castra, acampamento, bina castra
dois acampamentos. (Ao contrario tres liberi, tres filhos, porque se
contão individualmente. )
d) ás vezes com os objectos que se contão aos pares, v . g . bini
scyphi , um par de taças . (O's poetas empregão -nos algumas vezes com
pletamente como cardinaes.)
34 GRAMMATICA LATINA
64
63 Os pronomes pessoaes (em latim sóme
nte da 1.ª e da
2.ª pessoa) declinão -se do modo seguinte :
Nom .
Acc.
Dat.
Abl .
CAPITULO XII- PRONOMES
Nom. , Acc.
Gen. (ás vezes)
Dat. , Abl .
1.ª PESSOA
SINGULAR
MASC. FEM.
SINGULAR
ego, eu
me
mihi
me
nos
nostrum
nōbis
PLURAL
Obs. 1-0 genetivo dos pronomes pessoaes é supprido ora pelos
pronomes possessivos meus e tuus, noster e vester, ora pelo genetivo
neutro dos possessivos : mei ( da minha pessoa) , tui, nostri, vestri; no
strum e vestrum só em certos casos se usão .
NEUT.
Obs . 2.-A todos os casos d'estes pronomes, excepto a tu, nos
trum, vestrum, se póde juntar a syllaba met ( em port. mes mo) : mui
tas vezes acrescenta -se ainda o pronome ipse, v. g. temetipsum . De tu
forma-se tutě e tutemet com o mesmo sentido.
Obs. 3. Os poetas contraem frequentemente mihi em mi.
Nom . hic haec hōc
Acc. hunc hanc hoc
Gen. hujus hujus hujus
Dat. huic huic huic
Abl. hōc hāc hōc
2.ª PESSOA
C
Os pronomes demonstrativos declinão-se assim:
1) Hic, este:
tu, tu (tambem é voc . )
te
tibi
te
vos (tambem é voc . )
vestrum
vōbis
Dat.
Abl.
PLURAL
MASC . FEM. NEUT.
Nom . hi hae haec
Acc. hos has haec
Gen. horum harum horum
his his his
DA FLEXÃO 35
2) Iate, esse:
Nom .
Acc.
Gen.
Dat.
Abl .
SINGULAR
MASC. FEM .
Nom .
Acc.
Gen.
Dat.
Abl. eo
MASC.
28
eum
ejus
ei
iste
istum
istius
isti
isto
ea
eam
ejus
ei
eā
Nom.
Acc.
Gen.
Dat.
Abl.
O plural (isti, istae, ista) vae regularmente pela 2.ª e 1.ª
declinação.
SINGULAR
3) Ille, illa, illud, aquelle , (elle) , declina-se exactamente
do mesmo modo que iste, ista , istud.
4) Ipse, ipsa, ipsum, mesmo, (elle), declina-se como iste,
só com a differença de ter na parte neutra m e não d.
5) Is , este, aquelle , ( elle) :
id
id
NEUT.
FEM .
ejus
ei
eo
ista
istam
istīus
isti
istā
MASC.
alius
alium
alius
alii
alio
SINGULAR
MASC.
NEUT.
istud
istud
istius
isti
isto
FEM.
alia
aliam
alius
alii
alia
eas ea
Nom. ii (ei) eae
Acc . eos
Gen. eorum earum eorum
Dat.
Abl.
PLURAL
Como is se declina idem (por is-dem) , eadem idem, o
mesmo, juntando-se dem aos casos de is (acc . eundem, eandem,
gen. pl . eorundem).
Alius, outro:
FEM. NEUT .
is (eis) is (eis) iis (eis)
>> }) >>
NEUT.
ea
aliud
aliud
alius
alii
alio
65
66
67
36 GRAMMATICA LATINA
O plural vae regularmente pela 2.ª e 1.ª declinação.
Alter, altera, alterum, o outro, vae pela 2.ª e 1. declina
ção, senão que o genetivo do sing. é alterius, o dativo é alte
ri (v. § 28, obs. 2).
68
O pronome reflexo da 3.ª pessoa se , se, faz em ambos os
numerosno accusativo e ablativo se, ou sese, no dativo sibi, e
não tem nominativo nem genetivo.
Obs. O genitivo é supprido ora pelo possessivo suus ora pelo ge
netivo neutro de suus . Tambem a se e sibi se póde juntar met. Cf. §
63, obs. 1.ª e 2.
69 O pronome relativo declina-se do modo seguinte:
SINGULAR
Nom.
Acc.
Gen.
Dat. (monosyl . ) cui
Abl.
quo
Nom.
Acc .
Gen.
Dat.
MASC.
qui
quem
cujus
qui
quos
FEM.
quorum
quibus (quis)
quae
quam
cujus
cui
qua
PLURAL
quae
quas
NEUT.
quod
quod
cujus
cui
quo
quae
quae
quarum quorum
quibus (quīs) quibus (quīs)
Obs. Como ablativo do sing. encontra-se a forma antiga qui, que
os escritores classicos só empregárão ligada á preposição cum (quicum
quocum, masc. e neut.) , e com verbos em um pequeno numero de lo
cuções, como fórma neutra, determinando um pronome indefinido occul
to: vix reliquit, qui efferretur, apenas deixou com que fosse sepultado.
70 Pronomes relativos indefinidos:
quicunque, quaecunque, quodcunque, todo aquelle que, de
clina - se como qui (conservando-se cunque invariavel) ;
quisquis, qualquer que, de ordinario encontra- se só no
nominativo masc. quisquis, no nominativo e accusativo neu
tro quidquid ou quicquid (subst . ) , no ablativo masc. e neut.
quoquo; é raro o acc. masc. quemquem e o abl. pl . quibusqui
bus; é da decadencia o abl . fem. quaqua;
uter, utra, utrum, qualquer dos dois que, declina -se pela
1. e 2. decl. excepto no genetivo do sing. , que é utrius, e
no dativo, que é utri (§ 28, obs. 2) ;
DA FLEXÃO 37
utercunque, utracunque, utrumcunque, qualquer dos dois
que, declina-se como uter (ficando cunque sempre invariavel) .
Os pronomes interrogativos são : masc . quis ou qui, fem. 71
quae, neut. quid ou quod, quem , que, qual? e com reforço
quisnam ou quinam, quaenam, quidnam ou quodnam, e (fallan
do- se de dois objectos) uter, utra, utrum, qual dos dois?
Quis e quisnam declinão-se exactamente como qui, afó
ra as duplas fórmas do nominativo masc. e do nominativo e
accusativo neutro. Quid e quidnam são substantivos (que cou
sa? o que?) , quod e quodnam são adjectivos (que?) . Quis é tanto
substantivo como adjectivo; qui as mais das vezes é adjectivo.
Obs. A fórma ablativa qui (v . § 69, obs .) só se emprega unida a
cum (quicum, com quem?) e na significação de como ? (qui fit? como
é que acontece?)
Os pronomes indefinidos são :
a) quis, alguem , algum, uma pessoa; aliquis, quispiam,
alguem, algum; quisquam, alguem , algum, qualquer; ullus,
algum; quidam, um certo, um tal; alteruter, um ou outro (de
dois).
b) quisque, cada um, cada qual; unusquisque, cada um
(considerado absolutamente) , cada um por si; uterque, cada um
dos dois, um e outro, ambos.
c) quivis, quilibet, qualquer que seja (qual quizerdes);
utervis , uterlibet, qualquer dos dois que seja .
d) nemo, ninguem; nihil, nada; nullus, nenhum; neuter,
nenhum dos dois .
1) Quis ou qui, fem . quae ou quă, neut . quid ou quod, 73
declina-se como o pronome relativo, menos no nominativo do
sing. e no accusativo neutro do sing . em que as fórmas são
duplas, e no nominativo e accusativo da parte neutra do plu
ral, que é quae ou (mais frequentemente) quă. Quid é sub
stantivo (algo), quod é adjectivo (algum) .
Quis emprega-se como substantivo e como adjectivo , e em todas
as circumstancias ; qui só depois de si, nisi, ne, num, tanto substantiva
como adjectivamente, as mais das vezes porém adjectivamente .
De quis formão-se : ecquis ou ecqui, ecqua ou ecquae, ecquid ou
ecquod, (porventura alguem?) e, com reforço, ecquisnam (tambem se diz
nunquisnam), que se declinão do mesmo modo que quis.
72
·
2) Como quis se declina aliquis, senão que no singular
feminino e no plural neutro tem sómente aliqua. Aliquid em
prega-se como substantivo, aliquod como adjectivo , aliquis dos
dois modos, aliqui como adjectivo.
38 GRAMMATICA LATINA
75
3) Quisquam, neut. quidquam (quicquam) , sem fem.
sem pl. , vae por quis (mas não tem as fórmas qui e quod).
Obs. Quisquam , emprega-se como substantivo e tambem como ad
jectivo com nomes de pessoas (scriptor quisquam, quisquam Gallus); o
pronome correspondente ullus emprega-se adjectivamente, comtudo é
ás vezes empregado como substantivo (nos melhores escritores só no
gen. ullius e no abl . ullo, em alguns tambem no dat . ulli).
74
4) Quidam, quispiam, quivis , quilibet, quisque, declinão
se como o pronome relativo, só com a differença de terem na
parte neutra a fórma substantiva quid (v. g. quiddam, quid
piam, etc. ) e a adjectiva quod (v. g. quoddam, quodpiam, etc.) .
Em unusquisque declinão- se ambas as palavras (unusquis
que, unaquaeque, unumquidque e unumquodque).
Em utervis (utrăvis, utrumvis) , uterlibet (utralibet, utrum
libet), uterque, declina-se uter (v . § 70).
Em alteruter umas vezes declinão - se ambas as palavras
(alterautra, alterumutrum; gen. alteriusutrius, etc. ) , outras ve
zes só a ultima (alterutra, alterutrum) .
Os pronomes adjectivos ullus, nullus (e nonnullus, algum) ,
neuter (fem. neutra, neut. neutrum) vão pela 1.ª e 2.ª decli
nação excepto no genetivo e dativo (nullius, nulli, etc.; § 28,
obs. 2.).
5) Nemo vae pela 3.3 declinação (acc. neminem) . Em vez
do genetivo e ablativo os melhores escritores dizem nullius,
nullo.
Obs. Nemo tambem se emprega adjectivamente com os nomes de
pessoas, v . g. nemo scriptor, nemo Gallus . (Tambem se diz scriptor nul
lus, mas com nomes de nações sempre se emprega nemo .)
Nihil é nominativo e accusativo sem mais nenhum caso . (A fórma
nihilum com o gen . nihili e o abl. nihilo só se emprega em certas lo
cuções .)
Os pronomes possessivos meus, tuus, suus , noster (nostra,
nostrum), vester (vestra, vestrum) vão pela 2.ª e 1.ª declinação,
excepto no vocativo masc. de meus, que é mi.
Obs . Ao abl . sing . d'estes pronomes junta- se ás vezes pte (com
o sentido do portuguez « proprio» ), v. g. suopte pondere, pelo seu proprio
peso. Ao pronome suus (e raras vezes a mea) tambem se junta met (como
a ego, se, etc.), as mais das vezes seguido do pronome ipse .
DA FLEXÃO 93
T
b
Ha ainda outros pronomes adjectivos pertencentes á classe dos 76
demon strativos , dos relativos, dos interrogativos e dos indefinidos , que
e chamão correlativos . São:
Demonstrativos | Relat . e interrog . | Relat . indefinidos
talis, e, tal
qualis, (tal) qual
(relat ) ; de que
qualidade? (in
terrog.)
totidem(indecl .)
outros tantos,
0
mesmo nu
mero.
aliquantus, as
sás grande
quantuslibet ou
quantusvis, de
qualquer gran
deza (que vos
apraza) .
tot,(indlecl.)tan- quot, quantos (re- quotcumque, quot- aliquot, alguns .
lat. e interrog.) quot, quantos
tos
lantus, a, um , tan- quantus
, quanto
, quantuscumque
,
to, tãogrande quão grande (re
lat. e interrog.)
quotus, qual na
ordem?
1.a
2.a >>
3.
qualiscumque , de
qualquer quali
dade que (e:
dequalquerqua
lidade que seja,
indef. )
CAPITULO XIII FLEXÃO DOS VERBOS EM GERAL
Os verbos transitivos tem duas vozes : activa e passiva .
Obs . Os verbos intransitivos podem ser empregados na passiva 77
pessoa em sentido impessoal, v . g . curritur, corre-se .
na 3
Os modos dos verbos são (não fallando das fórmas nominaes, v. 78
181 >: indicativo, conjunctivo, imperativo, infinitivo .
Os tempos são : presente, preterito imperfeito, preterito perfeito, 79
preterito mais -que - perfeito , simples futuro ou futuro imperfeito, futuroperfeito
;
mas nem todos os modos têm todos estes tempos, como se ve
rá no quadro das conjugações .
SING.
por maior que
( e: de qualquer
grandeza que se
ja, indef.)
Os verbos latinos têm, no indicativo e conjunctivo, terminações 80
particulares conforme o sujeito é da 1.ª , da 2.ª ou da 3. pessoa; noim
perativo só ha 2 e 3.ª pessoa; tambem têm terminações differentes
conforme
o sujeito é do singular ou do plural.
Obs. As terminações dos verbos no indicativo e conjunctivo são:
NA ACTIVA NA PASSIVA
pessoa-o, i, m
-s, (sti)
-t,
PLUR.
Indefinidos
qualislibet, de
qualquer quali
dade (quevos
apraza)
mus
tis
nt
SING.
1.ª pessoa-r
2.. »
D
PLUR.
mur
-ris oure mini
-tur ntur
40 GRAMMATICA LATINA
81 Os verbos têm tambem uma fórma substantiva em um e
u (acc. e abl . ) . que se denomina primeiro supino e se
gundo supino , e exprime, como o infinitivo, a acção em
geral, mas só se usa em certas combinações, v. g. scriptum,
para escrever; scriptu , de escrever (como facilis scriptu , facil
de escrever) .
Ha outrosim tres participios (propriamente ditos) , dois
activos e um passivo, a saber:
a) participio activo do presente, v . g. scribens (gen . scri
bentis, pela 3. decl . ) , escrevendo , que escreve .
b) participio activo do futuro, v. g. scripturus (a, um) ,
ha-de escrever, que está para escrever .que
c ) participio passivo do preterito perfeito (em verbos
transitivos), v. g. scriptus (a, um) , escrito.
Ha ainda uma fórma neutra da 2.ª decl . , mas sem no
minativo , que se chama gerundio e se emprega para ex
primir a acção em geral (como o infinitivo) , mas em certos
casos, v. g. scribendo, com escrever; ad scribendum , para es
crever.
Do gerundio dos verbos transitivos forma-se (com as ter
minações us, a , um) um participio ou adjectivo participial
passivo, que em latim se chama gerundivum (1) e exprime
que uma pessoa ou cousa é ou deve ser objecto da acção,
v. g. in epsitula scribenda , no escrever da carta ; epistula scri
benda est, a carta deve ser escrita .
Nos verbos intransitivos o participio do preterito e o gerundio ad
jectivo (gerundivum) só existem na parte neutra e não se empregão como
adjectivos, mas só ligados ao verbo esse para formar uma expressão
impessoal: cursum est, correu- se ; currendum est, deve- se correr .
82
Os verbos latinos apresentão quatro systemas de flexão
ou quatro conjugações .
a) Pertencem á 1.ª conjugação os verbos em que a ca
racteristica (i . é, a letra final do thema) é a (vogal que na 1.ª
pessoa do indicativo do presente activo se contráe com o o fi
nal, v. g. amo por amao, mas que se deixa ver nas outras fór
mas excepto no conjunctivo do presente) e o infinitivo do pre
sente acaba em āre, v . g amāre, amar.
·
b) Pertencem á 2.ª conjugação os verbos em que a ca
racteristica é e, e o infinitivo do presente acaba em ere, v. g.
moneo, admoesto, monere.
(1) Menos exactamente, participio do futuro passivo,
DA FLEXÃO 41
a
c) Pertencem à 3.ª conjugação os verbos em que a ca
racteristica é uma consoante ou u, e o infinito do presente
acaba em ére, v. g. scribo, escrevo, scribere; minuo, diminuo ,
minuère
.
Obs. Pertencem á 3.ª conjugação tambem alguns verbos em que
ha um
i no indicativo do pres . da activa depois da caracteristica pro
priamente dita, v. g. capio (cap-i-o), tómo, capĕre.
a) Pertencem á 4.ª conjugação os verbos em que a ca
racteristica é i , e o infinito do presente acaba em īre, v . g.
audio , ouço, audire.
MANEIRA DE OBTER AS FÓRMAS PARTICULARES DOS DIFFE- 83
RENTES TEMPOS E MODOS .
ma
1.a
Conhecido o indicativo do presente activo, acha-se o the
Supprimindo a terminação o da 1.ª pessoa (e juntando na
Conjugação o a que se contráe com aquella terminação, v.
182
a) , como ama (1.ª pessoa amo) , mone (moneo), scrib
(scrib ), audi (audio) . Do thema forma-se e presente dos ou
modos, o imperfeito indicativo e conjunctivo, o futuro
indicativo e imperativo, o participio do presente, o gerundio
substantivo e o gerundio adjectivo, juntando-se as termina
particulares de cada fórma, do modo que se vê nos pa
mas das quatro conjugações apresentados no § 89.
tros
ções
radi
Obs. 1.-As caracteristicas a, e , i são sempre longas, quando ter
minão uma syllaba e não são seguidas de vogal.
a
Obs . 2. - Em certos verbos da 3. conjug . que têm um i depois da
caracteristica (§ 82, c, obs.) deve notar- se que este i desapparece antes
de otro i e antes de è seguido de r (assim capis, capere, mas capiet,
capiis), como tambem na formação do preterito e supino e das fórmas
Se regulão por estas (§ 84 a 87) .
que
84
E' de notar em particular a formação do preterito per
feito do indicativo da activa .
a
a) Na 1.ª e na 4.ª conjugação forma - se juntando - se vi
80 thema: amavi, audivi; na 2. conjugação, supprimindo-se
a caracteristica e e juntando- se ui: monui (mon-ui).
guintes.
Obs. As excepções
a esta regra são apontadas
no cap . xvi e se
b) Na 3.ª conjug. alguns verbos têm o preterito simples
mente em i, outros em si, e outros em ui . Nos verbos cuja
caracteristica é u, forma-se o preterito juntando-se i ao thema,
V. g. minuo, minui; em muitos verbos cujas caracteristicas
são b,
'› p, c (qu, h) , g (gu), d, junta- se si, terminação antes da
42 GRAMMATICA LATINA
35
qual cáe a lettra d (bsi passa para psi, gsi e csi para xi) , v.
g. repsi de repo, scripsi de scribo , dixi de dico, laesi de laedo.
Mais adiante (cap . XIX) se dirá qual a terminação que se em
prega com cada um dos outros verbos.
Os verbos que fazem o preterito simplesmente em i e têm uma
consoante por caracteristica, alongão e reforção a vogal da syllaba que
precede a desinencia, quando é breve e não ha posição , v. g. lēgi de
lego (collegi de colligo).
Alguns verbos que fazem o preterito em i, têm redobro, isto é, a
primeira consoante com a vogal seguinte, quando esta é o ou u (o, u), e
nos outros casos com um ě, junta- se ao thema, collocando - se antes d'el
le, v. g. curro, cucurri; neste caso a vogal da raiz não se alonga, mas
ás vezes modifica - se (enfraquece- se), v. g. cado, cecidi. Nos compostos
cáe o redobro, v. g. incidi de incido (composto de in e cado) , excepto em
alguns verbos que são citados adiante na lista dos preteritos e supinos.
Obs. O alongamento da vogal radical dá - se tambem nos verbos
(irregulares) das outras conjugações, que fazem o preterito simples
mente em i , v. g. jūvi de júvo (1. ) . Syllaba breve antes do i têm uni
camente: bibi, fidi, scidi, tuli, de bibo, findo, scindo , fero . Em alguns
verbos o redobro é irregular, v. g. em stěti de sto ( 1. conjug.) , stiti de
sisto, spopondi de spondeo (2. conjug.) .
Do indicativo do preterito activo formão-se os restantes
modos do preterito (conjunctivo e infinitivo) da activa e o
mais-que-perfeito e futuro perfeito (indicativo e conjunctivo)
da activa, juntando-se as terminações particulares d'estes tem
pos ao preterito indicativo depois de supprimida a termina
ção i da 1.ª pessoa, v. g. amav-ěram (mais-que-perf. indic .
act.) de amav-i.
Os supinos formão-se, na 1.ª , 3.ª e 4.ª conjugação , jun
tando-se ao thema as terminações tum ( 1.º sup. ) e tu (2.° sup.)
(terminações antes das quaes b passa para p, g [qu, h, gù] ,
para c) : amātum, scriptum (minūtum), audītum; amatu, scriptu
(minutu), auditu. Na 3.ª conjugação os verbos cuja caracte
ristica é d, têm as terminações sum, su, antes das quaes des
apparece o d: laesum, laesu, de laedo.
a
Na 2. conjugação supprime-se o e do thema e junta-se
itum, itu: monitum, monitu.
36 Obs. 1. Sobre as irregularidades que resultão do emprego de
sum em lugar de tum ainda em outros verbos, e da alteração do thema,
v. cap. xvII e seguintes.
Obs . 2.A terminação ĭtum é de regra em todos os verbos que
fazem o preterito em ui (ainda na 3. conjug. e nos verbos irregulares
da 1. ) , v. g. gemo, pret . gemui, sup . gemitum, excepto quando à cara
cteristica é u, v. g. minuo, minūtum.
Obs. 3.-I no supino é longo em todos os verbos que fazem o pre
DA FLEXÃO 43
ferito em vi, excepto em itum, citum, litum, quitum, situm, de eo, cieo,
lino, queo, sino , que se formão irregularmente. Têm a breve unicamen
tedăîume,rătum, sătum, de do, reor, sero , que tambem se formão irre
gularmente. Tem u breve unicamente rutum de ruo .
O participio do preterito passivo e o participio do futuro 87
activo formão - se como o supino; é unicamente necessario pôr
em logar de um as terminações us (a, um) e urus (ura, urum):
amātus , monitus, scriptus, laesus, auditus; amaturus, monitu
scripturus, laesurus, auditurus. Por isso nomeia-se só
O primeiro supino para

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