Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Paulo Zacarias Resumo sobre analise combinatória, permutações, arranjo e combinações Mestrado em Agro-química e ambiente Universidade Save Massinga 2022 Paulo Zacarias Resumo sobre analise combinatória, permutações, arranjo e combinações Mestrado em Agro-química e Ambiente Docente: Professor Doutor Alberto Halar Universidade Save Massinga 2022 Trabalho de Modulo de Estatística a ser entregue no Departamento de Ciências Naturais e Exactas para efeitos de avaliação. Conteúdo 1. Introdução......................................................................................................................... 4 1.1.Objectivos do trabalho ..................................................................................................... 4 1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 4 1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 4 2. Análise combinatória.......................................................................................................... 5 2.1. Permutações .................................................................................................................... 5 2.1.1. Permutações simples .................................................................................................... 6 2.1.2.Permutações com repetições ......................................................................................... 6 2.2. Arranjos ........................................................................................................................... 7 2.3. Combinações ................................................................................................................... 8 2.3.1. Combinações simples ................................................................................................... 9 2.3.2. Combinações complementares ................................................................................... 10 3. Conclusão ......................................................................................................................... 11 4. Referencia Bibliográfica .................................................................................................. 12 1. Introdução O presente trabalho pretende-se fazer resumo sobre análise combinatória que estuda as diferentes maneiras de formar e ordenar conjuntos a partir de elementos de outros conjuntos. Dentro desta temática ira-se fazer menção detalhada de permutações que podem ser simples ou com repetições, arranjos simples ou com elementos repetidos, combinações simples e complementares. Estes elementos farão parte da realização deste trabalho que tem como objectivo principal interpretar problemas relacionados com analise combinatória e todas fontes consultadas serão devidamente citadas e constarão na referência bibliográfica. 1.1.Objectivos do trabalho 1.1.1. Objectivo geral Interpretar problemas relacionados com análise combinatória. 1.1.2. Objectivos específicos Definir os conceitos de permutações, arranjos e combinações; Diferenciar permutações de combinações; Resolver exercícios relacionados com permutações, arranjos e combinações. 2. Análise combinatória Para MORGADO (2006), a análise combinatória é o campo de estudo que desenvolve métodos para fazer a contagem, de modo eficiente, do número de elementos de um conjunto. Associada à probabilidade e à estatística, a análise combinatória constitui um poderoso instrumento de antecipação de resultados nos campos industrial, comercial, científico e outras. Contudo entende-se que análise combinatória é uma parte da matemática que estuda os agrupamentos de elementos sem precisar enumera-los e a sua origem está ligada ao estudo dos jogos de azar, tais como lançamento de dados, jogos de cartas entre outros. (!) Muitos problemas de análise combinatória devem ser resolvidos com uma multiplicação de números naturais consecutivos, como 1 . 2 . 3 ou 5 . 4 . 3 . 2 . 1. Nesses exemplos, multiplicamos os números naturais de 1 até n, sendo no primeiro caso n = 3 e, no segundo, n = 5. Em geral, produtos do tipo 1 . 2 . 3 .....(n – 1) . n são escritos com a notação de factorial (!). Dado um número natural n (n > 1), define-se n factorial ou factorial de n (indicado por n!) como sendo o produto dos n números naturais consecutivos, escritos desde n até 1. Exemplo: 3! = 3 . 2 . 1 = 6 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 Portanto só existe factorial de números inteiros positivos e (-5)! = NÃO EXISTE -(5)! = - 1(5.4.3.2.1) = -120 O cálculo de n! fica complicado a medida que o número n aumenta. Por isso, podemos interromper a qualquer momento, desde que colocado o símbolo ! depois do número. 2.1.Permutações Segundo VASCONCELO e ROCHA (2019:32), qualquer agrupamento de um conjunto de n objectos numa dada ordem é denominado uma permutação dos objectos (tomados todos de uma vez). Portanto o número de permutações que se pode ter num conjunto de n objectos, é : Pn = n! 2.1.1. Permutações simples Dado um conjunto de n elementos, chama-se permutação simples dos n elementos qualquer sequência (agrupamento ordenado) desses n elementos, diferindo apenas pela ordem dos elementos. Para determinar o número de permutações em um grupo com n elementos, basta calcular o factorial desse n. A fórmula geral das permutações é: Pn = An,n = n x (n -1) x (n – 2) x … x 1. Exemplo1: Gui, Bussunda e JowJow vão posar para uma fotografia. De quantas maneiras essa fotografia pode ser tirada: P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 Exemplo 2: Qualquer ordenação que você der ao arrumar 4 livros na prateleira de uma estante é uma permutação dos quatro livros. P4 = 4! = 4. 3.2.1 = 24 2.1.2. Permutações com repetições Para os cálculos de permutação de n elementos, dos quais k são repetidos, utilizaremos a seguinte fórmula, onde n é o número total de elementos a ser permutados e n1, n2, …, nk os elementos repetidos. Anagramas GRAMAS São palavras obtidas a partir de outra, quando se trocam as posições de suas letras, não importando se essas palavras tenham sentido ou não. Exemplo quantos são os anagramas da palavra AMOR? A M O R = 4 letras não repetidas P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 anagramas A palavra IRACEMA é um anagrama da palavra AMÉRICA e é uma permutação das sete letras A, M, E, R, I, C, A com repetição de duas letras A. Em um anagrama não se leva em consideração acentos nem cedilhas. Contando o número de permutações com elementos repetidos. Para entender o que vem a ser permutação de n objectos com elementos repetidos e calcular seu número, vamos tomar como exemplo os anagramas da palavra ESSES. Note que em ESSES existem duas letras iguais a E e três letras iguais a S. Assim, os seus anagramas são somente as palavras: ESSES ESSSE ESESS EESSS SESSE SESES SSESE SSEES SSSEE SEESS É claro que isso ocorre por conta das letras iguais, pois se todas as letras fosses diferentes teríamos 120 (= 5 x 4 x 3 x 2 x 1) anagramas. Portanto perante esta situação o número de permutações de n objectos com repetição de a1, a2, a3, … ar desses objectos é denotado por: E pode ser calculado pela mesma fórmula permutações com repetições: Exemplo 1: O número de anagramas da palavra MARIANA é P7,3 que é igual a 840. De fato, temos : Exemplo 2: Qual é a quantidade de números de 5 algarismos que podemos formar usando todos os algarismos 1, 1, 1, 2 e 2? Teremos: 2.2.ArranjosSegundo VASCONCELO e ROCHA (2019:32), Arranjos são agrupamentos em que se considera a ordem dos elementos, isto é, qualquer mudança na ordem dos elementos altera o agrupamento. Por exemplo, ao formar números naturais de 3 algarismos distintos escolhido entre os algarismos 2, 4, 6, 7 e 8, estaremos arranjando esses 5 algarismos 3 a 3. Por exemplo, o número 246 é diferente de 642. Note que os algarismos são os mesmos, mas diferem pela ordem. Dado um conjunto de n elementos distintos, chama-se arranjo dos n elementos, tomados de p a p, (n ≥ p) a qualquer sequência ordenada de p elementos distintos escolhidos entre os n existentes. Arranjo simples. Dados os números inteiros positivos n e p, com 1 ≤ p ≤ n, um arranjo simples dos n objectos distintos a1, a2, a3, …, an tomados p a p é qualquer ordenação de p objetos diferentes escolhidos dentre esses objectos. Arranjo com elementos repetidos. Dados os números inteiros positivos n e p, com 1 ≤ p ≤ n, um arranjo com repetição dos n objectos distintos a1, a2, a3, …, an tomados p a p é qualquer ordenação de p objectos, diferentes ou não, escolhidos dentre esses objectos. Temos ainda que um arranjo simples ou com elementos repetidos de n objectos tomados 1 a 1 é qualquer um dos n objectos. Exemplo 1. Se de uma sala com 20 alunos premiarmos os 5 primeiros colocados, com prêmios diferentes, cada premiação possível é um arranjo simples dos 20 alunos tomados 5 a 5. Exemplo 2. As sequências de letras abc, acd, bca, cdb, e abd podem ser pensadas como arranjos simples das letras a, b, c, e d tomadas 3 a 3. Exemplo 5. O número de sequências de três letras distintas que podemos formar com as letras a, b, c, e d é dado por A4,3, sendo igual a 4 x 3 x 2 = 24. Geralmente usamos arranjo nos problemas envolvendo senhas, formação de números, grupos de pessoas com cargos, placas, números de telefone. E a permutação é um caso particular do arranjo, assim, qualquer problema que envolva permutações ou arranjo simples pode ser resolvido directamente pelo princípio multiplicativo. Princípio multiplicativo Uma pessoa quer viajar de Porto Alegre a Recife, passando por São Paulo. Sabendo que há 3 roteiros diferentes para chegar a São Paulo partindo de Porto Alegre e 4 roteiros diferentes para chegar a Recife partindo de São Paulo, de quantas maneiras possíveis essa pessoa poderá viajar de Recife a Porto Alegre? 3(1ª etapa) x 4 (2ª etapa) = 12 (rotas diferentes). 2.3.Combinações De acordo com SANTOS (2002), Combinações são agrupamentos em que não se considera a ordem dos elementos, isto é, mudanças na ordem dos elementos não alteram o agrupamento. Por exemplo, ao formar conjuntos de números naturais de 3 algarismos distintos, escolhido entre os algarismos 2, 4, 6, 7 e 8, estaremos combinando esses 5 algarismos 3 a 3. Por exemplo, o conjunto {2, 4, 6} é igual ao conjunto {6, 4, 2}. Note que a ordem dos algarismos mudou, mas o conjunto é o mesmo, ou seja, os elementos não diferem pela ordem. Dado um conjunto A com n elementos distintos, chama-se combinação dos n elementos de A, tomados p a p, ( n p), qualquer subconjunto de A formado por p elementos. Geralmente usamos combinação nos problemas envolvendo conjuntos, figuras planas, grupos de pessoas sem cargos, loterias. 2.3.1. Combinações simples 1. Para VASCONCELO e ROCHA (2019:54), O número de combinações de n objectos distintos, tomados p a p, com 1 ≤ p ≤ n, pode ser calculado em função do número de arranjos dos n objectos, tomados p a p e do número de permutações de p, se lembrarmos que An.p = Cn.p X Pp, em que An,p é o número de arranjos de n objectos, tomados p a p, e Pp é o número de permutações de p objectos. Da igualdade anterior, temos: Na notação de factorial, temos que o número de combinações de n objectos distintos, tomados p a p, é dado por: Exemplo1. Qual o numero de três factores que se podem formar com os elementos do conjunto A={2,3,5,7} Resolução Exemplo 2: De quantos modos diferentes se pode escolher uma comissão de três pessoas dum grupo de dez pessoas? Resolução: Exemplo 3: Um saco contem 10 bolas brancas e 7 bolas pretas. Tira-se duas bolas, de quantos modos diferentes se podem tirar: a) Só bolas brancas? b) Só bolas pretas? c) Bolas da mesma cor ? 2.3.2. Combinações complementares Para VASCONCELO e ROCHA (2019:55), Dados n objectos distintos, qualquer escolha de p destes objectos corresponde à escolha dos n- p restantes ou que completam o conjunto. Por exemplo, ao escolhermos os algarismos 1, 2 e 3 do conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, automaticamente os algarismos 4 e 5 ficam escolhidos como elementos do conjunto complementar de {1, 2, 3}. Dizemos, por isso, que tais combinações são combinações complementares. Em virtude do que foi feito, podemos enunciar o seguinte resultado. Propriedade das combinações complementares. Dados os inteiros n e p, com 1 ≤ p ≤ n, temos que Cn.p = Cn.n-p. 3. Conclusão Depois da realização deste trabalho pode-se concluir que a análise combinatória possui varias aplicações, como na probabilidade e estatística e que auxiliam bastante na tomada de decisões em diversos sectores como científicos, governamentais, industrial, agrícola, na saúde, no sistema de segurança que analisam as combinações possíveis para maior protecção. A análise combinatória está presente também em jogos de lotaria, poker entre outros jogos tabuleiros. A permutação é uma técnica de contagem utilizada para determinar quantas maneiras existem para ordenar os elementos de um conjunto finito, fazer permutação é realizar uma troca, esta troca é bastante importante por exemplo no campo da genética visto que proporcionam as diferenças entre as espécies e se isso não acontecesse todos os seres humanos seriamos clones, organismos idênticos geneticamente. 4. Referencia Bibliográfica MORGADO, Augusto C. de O. e outros. Análise Combinatória e Probabilidade: com as soluções dos exercícios. Colecção do Professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 2006. SANTOS, J. Plínio O. e outros. Introdução à análise combinatória. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2002. VASCONCELO, Cleiton Baptista; ROCHA, Manoel Américo; Matemática, análise combinatória e probabilidade; Editora da universidade estadual de Ceara; 3ª edição; Fortaleza – Ceara; 2019
Compartilhar