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Características da pessoa com deficiência intelectual e autismo e os benefícios do esporte e atividade física Desafio Considere a seguinte situação: Angelina tem 10 anos e é uma de suas alunas novatas. Ela é uma criança diagnosticada com Deficiência Intelectual e você, enquanto professor, necessita criar atividades adaptadas para a aluna, sabendo que, diante da condição da criança, é necessário promover o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, cognitivas, sensório-motoras e de comunicação. Você possui também o conhecimento de que é necessário, ainda, inspirar a pessoa com dificuldades de interação e comunicação para que ela queira interagir com os demais, inclusive com você mesmo. Portanto, crie uma atividade que promova o movimento e a interação de Angelina, de forma que a criança tenha a possibilidade de desenvolver outras habilidades, bem como de se comunicar, se relacionar e sentir prazer na proposta realizada. A atividade deverá conter: Nome Metas a serem alcançadas Descrição da atividade Materiais utilizados Intervenção do professor Avaliação. Padrão de resposta esperado Nome da brincadeira: Movimentando com o dado Metas a serem alcançadas: Desenvolver atenção compartilhada de 15 minutos ou mais. Flexibilidade. Participação física/movimento. Descrição da atividade: Oferecer 6 diferentes ações motivadoras para Angelina, de acordo com o que for apontado pelo dado confeccionado, depois de jogá-lo para cima. A seguir, as ações. PULAR: Ajudar Angelina a pular bem alto, segurando-a pelo tronco ou segurando em suas mãos. RODAR: Girar em torno do próprio eixo com a Angelina no colo. CAIR: Levantar Angelina e gentilmente deixá-la cair em segurança sobre um conjunto de almofadas, pufes ou colchões. BALANÇAR: Balançá-la em seus braços para um lado e para outro, ou balançá-la para frente e para trás. APERTAR: Oferecer massagens com diferentes tipos de movimentos e intensidades de pressão em algumas partes do corpo de Angelina. PASSEAR: Levar Angelina para passear em volta de casa ou do quarteirão, segurando-a pela mão. Materiais utilizados: Dado confeccionado com as ações ou adaptado para tal, almofadas, figuras ilustrando as ações, etc. Intervenções do professor: - Estimular e auxiliar nas ações de Angelina. - Repetir as ações, juntamente com a criança. - Vibrar sempre que Angelina realizar o que foi proposto. - Incentivá-la a jogar o dado e a compreender o que está sendo solicitado pela figura ilustrativa. - Observar continuamente as ações de Angelina (avanços, retrocessos e limitações). - Fazer os registros. Avaliação: Manter avaliação qualitativa, contínua e permanente, considerando cada ação desenvolvida ou não por Angelina. Os pais, demais professores e gestão escolar serão sempre comunicados sobre o desempenho da aluna. Caso necessário, outros encaminhamentos serão realizados. 1. Os alunos com Deficiência Intelectual – DI, ao se matricularem na escola regular, têm direito a uma segunda matrícula no Atendimento Educacional Especializado. Por qual motivo essa segunda matrícula é necessária? Você acertou! B. O aluno com Deficiência Intelectual tem necessidades educacionais especiais. O aluno com Deficiência Intelectual – DI tem necessidades educacionais especiais. Isto não significa que ele não aprenda, muito pelo contrário, o Atendimento Educacional Especializado irá auxiliar no processo de aprendizagem desse aluno. O aluno com DI, quando atendido de maneira adequada, tem todas as condições de frequentar o ensino regular e permanecer em sala de aula. O aluno com DI não tem QI acima da média. Isto ocorre com os alunos com altas habilidades/superdotação. A DI não está associada à doença mental, por isso é um equívoco afirmar que os professores consideram os alunos com DI como loucos. 2. Segundo Sassaki (2011), o termo “Deficiência Mental” foi substituído pelo termo “Deficiência Intelectual”. Essa substituição foi feita por duas razões. Uma das razões foi que o termo “intelectual” é mais apropriado, tendo em vista se tratar de uma deficiência no intelecto, e não na mente como um todo. A segunda razão é: Você acertou! A. Para melhor distinguir entre “deficiência mental” e “doença mental”, dois termos que têm gerado muita confusão. Essa substituição ocorreu devido às pessoas confundirem deficiência mental e doença mental. Isso, porque são coisas bem diferentes. Por isso, o termo foi substituído para melhor distinguir “deficiência mental” e “doença mental”. A deficiência intelectual não está associada a nenhuma deficiência física e tampouco a nenhuma doença mental, às vezes, pode acontecer, mas não é regra. A DI já foi diagnosticada pelo DSM-V e também reconhecida pela OMS e não está associada a nenhuma doença mental. Dentre algumas causas da DI, podemos citar: dano genético, dano causado dentro do útero, dano ocorrido no nascimento ou logo depois, acidentes e doenças e causas sociais. 3. A prática de atividade física para uma pessoa com Deficiência Intelectual é muito importante, pois traz benefícios físicos e psíquicos. Dentre os benefícios psíquicos, podemos citar: Você acertou! A. Melhora na autoestima e redução da agressividade. Os benefícios psíquicos decorrentes da prática de atividade física para pessoas com DI são: melhora na autoestima e redução da agressividade. Os benefícios físicos são: agilidade e equilíbrio, velocidade e ritmo, força muscular e coordenação motora, resistência física e melhora nas condições organofuncionais. 4. Para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos com Deficiência Intelectual, é necessária uma equipe multidisciplinar, na qual cada profissional tem as suas funções específicas. Qual desses profissionais é responsável pelas questões de coordenação motora, disfunção neuromotora e processamento sensorial? Você acertou! D. Terapeuta ocupacional. O terapeuta ocupacional é o profissional responsável pelas questões de coordenação motora, disfunção neuromotora e processamento sensorial. O fonoaudiólogo é o profissional responsável pelos distúrbios da voz e da fala. O psicólogo é o profissional que estuda os fenômenos psíquicos e o comportamento humano. O mediador escolar é o profissional que atua em parceria com o professor, auxiliando no processo de ensino. O professor é o profissional responsável pelo processo de ensino. 5. Na Contemporaneidade, podemos entender a Deficiência Intelectual a partir de duas perspectivas ou a partir de duas visões distintas: a visão clínica e a visão social. Essa questão é muito importante, pois a partir da visão que temos da Deficiência Intelectual será a forma como trabalharemos com esses sujeitos. A partir do enunciado supracitado, podemos afirmar que a principal diferença entre as duas visões é: Você acertou! C. A visão clínica entende a pessoa com DI como uma pessoa doente que necessita ser tratada e curada. A visão social entende a pessoa com DI como um ser integral que precisa ser compreendido a partir de fatores sociais, culturais, familiares, escolares, etc. A visão clínica e a visão social são duas formas distintas de entender a pessoa com DI. A visão clínica entende a pessoa com DI como uma pessoa doente que necessita ser tratada e curada. A visão social entende a pessoa com DI como um ser integral que precisa ser compreendido a partir de fatores sociais, culturais, familiares, escolares, etc. A visão social não nega a existência da DI, apenas não coloca a deficiência em primeiro lugar.