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tcc - Oculos multifocais

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OCULOS MULTIFOCAIS
1 INTRODUÇÃO
No processo de envelhecimento dos olhos, geralmente podem ocorrer um fenômeno fisiológico muito conhecido, como a perda da capacidade de focalizar a diferentes distâncias (presbiopia). O uso de óculos bifocais ou multifocais geralmente pode compensar a perda de acomodação (RESNIKOFF et al., 2004; SANTOS et al., 2014).
Este fato ocorre com pessoas com mais de 40 anos, provavelmente estes indivíduos já sente que sua visão para perto não é mais a mesma. Quando pega uma revista ou livro para ler, afasta-os automaticamente do rosto para melhorar o foco, isso ocorre com o uso do no celular também, e isso é causado por causa da presbiopia, também chamada “vista cansada”, que é uma ocorrência natural do envelhecimento. É exatamente para corrigir esse problema que os óculos multifocais existem (BONFIOLI, 2020). 
O óculos multifocal apresenta a combinação de dois óculos juntos: o de longe (miopia ou hipermetropia com ou sem astigmatismo) e o de perto (presbiopia ou vista cansada). Ou seja, ele soma duas lentes numa única lente sem que haja uma nítida separação entre elas. Melhor ainda, ela faz uma transição gradual e suave do grau de longe para o intermediário e então para o de perto, proporcionando uma visão nítida em todas as distâncias de foco (BONFIOLI, 2020).
Por isso não dá para comparar a visão proporcionada por uma lente multifocal com uma bifocal. Muito menos com o fato de se ter dois óculos separados para longe e para perto. O multifocal facilita a vida dos indivíduos e acaba com o tira e põe de óculos, com a troca de um óculos pelo outro ou com o esquecimento de onde os deixou, assim como a facilidade e estética que este tipo de óculos traz aos pacientes que fazem seu uso (LENSCOPE, 2020).
Alguns indivíduos podem sentir dificuldades na adaptação com as lentes multifocais, dependendo do grau que utilizam, no entanto, salienta-se que isso é normal. É um processo em que nossos olhos e cérebro estão se adaptando com a nova forma de enxergar. Os principais sintomas que surgem quando começamos a usar óculos multifocal são: dores de cabeça, náusea, tonturas, enjoos e dificuldade de encontrar o foco em algumas distâncias (LENSCOPE, 2020).
Observa-se que os pacientes que precisam destes óculos podem fazer uma serie de coisas para facilitar a utilização destes óculos, como, usar óculos multifocal para simples tarefas do dia para acostumar com os campos de visão; aumentar aos poucos a frequência de uso; usar seus óculos na mesma posição que foram tiradas as medidas para a sua confecção; não movimentar a cabeça para encontrar o foco, somente movimente os olhos; evitar alternar o uso dos óculos novo com o óculos anterior (LENSCOPE, 2020).
	O uso de óculos multifocais para corrigir problemas como a presbiopia é essencial. Como todos sabemos, a visão desempenha um papel vital na vida pessoal, assim esta revisão tem como objetivo trazer aspectos sobre o olho humano e problemas como presbiopia e a importância do uso de óculos multifocal para a correção.
2 DESENVOLVIMENTO
	O uso de óculos multifocal para a correção de problemas, como a presbiopia é de suma importância, e é do conhecimento geral que a visão desempenha um papel fundamental na vida dos indivíduos. O sistema visual evolui, desde o nascimento até sensivelmente aos 12 anos de idade, período durante o qual, o olho cresce e se desenvolve em função de estímulos visuais (luz e formas) que são essenciais para a sua efetivação, no entanto, ao longo da vida, pacientes podem desenvolver inúmeros problemas vinculados a visão, neste sentido, que está revisão pretende abordar aspectos gerais sobre o olho humano e problemas relacionados a este, assim como a utilização de óculos multifocais para a correção destes problemas.
2.1 Olho humano e problemas relacionados a visão 
O olho humano é responsável por captar a energia da luz, que será explicada pelo cérebro. O globo ocular é circundado por um tecido transparente denominado esclera (a parte branca do olho), formando a córnea. Existe a coróide dentro, na qual a melanina e os vasos sanguíneos suprem o lobo frontal do olho. Sua parte visível é chamada de íris, que é responsável pela cor do olho e evita reflexos que podem interferir na clareza da imagem (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Em seu centro está a pupila que pode se contrair, permitindo que mais ou menos luz entre. A luz passa pela pupila e é refratada na córnea, no cristalino e no humor aquoso. Eles atuam como lentes convergentes para focalizar a imagem na retina (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019). 
A rotação do olho humano é composta por aproximadamente seis músculos, e seu diâmetro é de aproximadamente 2,5 cm. Os olhos funcionam como receptores de raios de luz, estes incidem nos olhos e então são captados e mediados por um conjunto de estruturas que regulam a intensidade da luz e direcionam os raios para que a imagem se forme na retina. A luz penetra o olho através da córnea cuja superfície saliente dirige a luz para um foco dentro do olho (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019). A anatomia do olho está apresentada na Figura 1.
Figura 1 – Anatomia do olho humano
Fonte: Magalhães, 2019.
A córnea é uma camada curva, clara e transparente e para focar com precisão, a superfície da córnea deve estar totalmente lisa para corrigir qualquer irregularidade externa das células. Os raios luminosos incidentes na superfície externa da córnea são refratados devido a sua curvatura e, também, devido à diferença entre seu índice de refração que é cerca de 1,37 e o do ar é de 1,00. Atrás da córnea há um fluido claro e incolor chamado humor aquoso que é produzido continuamente. (OKUNO, CALDAS; CHOW, 1982; LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Tem-se a íris, que é a parte circular colorida do olho, esta é formada por fibras musculares responsáveis pela dilatação ou contração, regulando o diâmetro da pupila que pode variar de 1,5 mm até 8 mm, controlando a intensidade de luz que passa através da córnea. A íris é envolta por um fluido claro, o humor aquoso, produzido por glândulas situadas atrás da íris, ele flui o tempo todo para alimentar partes do olho que não tem suprimento direto de sangue (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
O fluido corre através da pupila para banhar o interior da córnea; atrás da íris ele lava a lente do olho, o cristalino. Depois de atravessar a córnea, o humor aquoso e a pupila, a luz encontra uma lente chamada de cristalino, responsável por praticamente um terço da focalização na retina. Todo o cristalino é envolto por um anel muscular e este músculo pode se comprimir e alterar a forma do cristalino, regulando o foco (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Os ligamentos suspensos que ligam o cristalino aos músculos podem alterar a forma do mesmo tornando-o mais convexo, aumentando assim sua capacidade de desviar os raios luminosos, ou seja, seu poder de focalização. O processo de mudar a forma do cristalino para convergir na retina esses raios luminosos é chamado de acomodação visual (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
A retina é uma camada interna do globo ocular onde se encontram células fotorreceptoras, chamadas de cones e bastonetes, e é onde as imagens se formam; ela funciona como um anteparo sensível à luz. O cérebro recebe, por intermediário do nervo óptico, as sensações luminosas captadas pela retina (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Como o índice de refração da lente do olho (cristalino) é maior que a do humor vítreo e do humor aquoso, ela se comporta como uma lente convergente, projetando na retina uma imagem real e invertida do objeto visto. A retina ocupa dois terços do globo ocular. A luz tende a atravessar uma densa parede de células nervosas antes de atingir os sensores. Essas são as células que fazem a diferença entre a visão e a cegueira (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Existem alguns defeitos que ocorrem na visão humana onde diminuem a capacidade de visão das pessoas e assim há a necessidade da utilizaçãode óculos, um desses problemas é a presbiopia, que ocorre quando o cristalino, a lente natural do olho humano, fica menos flexível e elástico, perdendo progressivamente a capacidade de alterar sua forma, acarretando uma diminuição da acomodação, isto é, fica impossibilitado de focar com nitidez objetos a várias distâncias (LAZZARINI, 2016; WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
A presbiopia (Figura 2) é um problema global que afeta mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. A prevalência da presbiopia não controlada chega a 50% das pessoas com mais de 50 anos de idade nas populações do mundo em desenvolvimento, devido à falta de conscientização e acessibilidade a tratamentos acessíveis, e chega a chegar a 34% nos países desenvolvidos (WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
As definições de presbiopia são inconsistentes e variadas, por isso propomos uma redefinição que afirma que "a presbiopia ocorre quando a redução fisiologicamente normal relacionada à idade na faixa de foco do olho atinge um ponto, quando corrigido de forma ideal para a visão à distância, que a clareza da visão de perto é insuficiente para satisfazer os requisitos de um indivíduo” (WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Figura 2 – Olho com saúde normal e olho com presbiopia
Fonte: Frazão, 2019.
As estratégias para corrigir a presbiopia incluem dispositivos ópticos separados localizados na frente do sistema visual (óculos de leitura) ou uma mudança na direção do olhar para ver através de zonas ópticas de diferentes poderes ópticos (lentes de óculos de adição bifocal, trifocal ou progressiva) (WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
A presbiopia é uma condição relacionada à idade e geralmente aparece na quarta década de vida. Uma pessoa percebe que está com o problema quando ela começa a sentir alguns sintomas, como:
· Visão embaçada quando olha objetos próximos;
· Dificuldade para enxergar coisas pequenas (insetos, letras, manchas, número do ônibus ou voo, etc..);
· Dores de cabeça;
· Afasta os objetos para enxergá-los melhor;
· Cansaço ao praticar tarefas que exigem visão de perto
Soluções tradicionais como óculos de visão única e próxima, bifocais e multifocais/progressivas para correção presbiópica, estão sendo cada vez mais utilizadas para solucionar este tipo de problema (WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
2.2 Uso de óculos para correção
Os óculos são vitais para corrigir a visão, assim os indivíduos que precisam de correção da visão podem optar por usar óculos. Talvez o método mais comum de amenizar os sintomas da presbiopia seja com o uso de lentes de óculos (de visão simples, bifocais / trifocais ou lentes progressivas) (WOLFFSOHN; DAVIES, 2019).
Nas formas mais simples, as lentes de óculos para visão ao perto, prescritas para otimizar a visão ao perto a uma distância e alcance definidos, fornecem um meio eficaz de corrigir a visão. Por muitos anos (JIANG et al., 2012), designs adicionais na forma de lentes bifocais, trifocais e progressivas estão disponíveis para restaurar alguma forma de 'acomodação' pseudo-dinâmica por meio de realocação do olhar através de zonas ópticas de diferentes potências ópticas, com vários graus de sucesso (CHARMAN, 2014).
No mercado há uma variedade de óculos, que depende do que o paciente necessita, tem-se os óculos de lente simples, conhecidos como comuns, não permite a visualização de perto e longe ao mesmo tempo, pois são graus diferentes. Longe é um determinado grau e de perto já seria outro, sendo então preciso usar dois óculos, por exemplo. Os óculos apenas “para leitura” são feitos de lentes simples, que corrigem a visão para perto. Eles são utilizados para pacientes que não precisam de correção visual para longe, ou para aqueles que preferem ter dois óculos, um para longe e outro para perto (CHARMAN, 2014; SIQUEIRA, 2020).
Dessa forma, os óculos de perto são colocados apenas quando é necessário realizar alguma atividade que exige o foco em objetos próximos (30 a 40 cm de distância). Essa opção tem a vantagem de ser barata e de fácil adaptação. O grande problema dos óculos apenas para leitura é que eles precisam ser colocados e retirados várias vezes ao longo do dia. Além de cansativo, isso aumenta a chance de danos e perda. Uma outra desvantagem dos óculos apenas para leitura, em relação às lentes multifocais, é que eles não proporcionam visão dos objetos localizados em distâncias intermediárias (CHARMAN, 2014; SIQUEIRA, 2020).
Ainda existem os óculos com lentes bifocais (Figura 3), estes apresentam um campo de longe e outro de perto, divididos por uma linha visível. A principal vantagem das lentes bifocais, em relação às multifocais, é o custo. No entanto, os óculos bifocais apresentam algumas desvantagens como estética dos óculos ruim; foco apenas para longe e perto, sem visão intermediária; salto de imagem na hora de mudar o olhar de longe para um objeto próximo (BONFIOLI, 2020).
Figura 3 – Exemplo de óculos com lentes bifocais 
Fonte: Bonfioli, 2020.
Foi em 1785 que o americano Benjamim Franklin se torna responsável pela "invenção" do óculos bifocal. Benjamim costumava dizer que "formando uma única lente por justaposição de duas metades de lentes diferentes, uma para visão de perto e outra para visão de longe" (CHARMAN, 2014).
Esse óculos bifocal todo mundo conhece, é aquele que tem uma “janelinha” separando as lentes de longe (na parte superior) com a lente de perto (na parte inferior). Além desses óculos denunciarem a idade de quem está usando, ele só proporciona nitidez para duas distâncias fixas (longe e perto) e causa um “salto da imagem” quando os olhos cruzam a linha de separação das lentes (CHARMAN, 2014).
2.3 Óculos multifocais
Os óculos de lentes multifocais ou progressivas (Figura 4) têm o objetivo de corrigir a visão em todas as distâncias: longe, intermediária e perto. As lentes são compostas de um campo de visão de longe, seguido por um corredor de visão intermediária e um campo inferior de visão de perto. A transição do “grau” de longe até o de perto é feita de forma progressiva. Portanto, não existe uma linha divisória visível. Existem inúmeras vantagens destes óculos como tecnologia moderna; focos para visão de longe, intermediária e perto; transição gradual da visão de longe para a de perto, sem salto de imagem; melhor estética dos óculos (BONFIOLI, 2020).
Figura 4 – Lentes progressivas/multifocais
Algumas características destes óculos é que a distância do vértice diferente de zero significa que as lentes dos óculos ficam cerca de 25 mm na frente do centro de rotação do olho e não há acoplamento direto entre as lentes e os movimentos do olho. Assim, qualquer movimento do olho direciona ativamente o eixo visual através de um diferente da lente e, se dois ou mais poderes de lente apropriados forem distribuídos pela superfície da lente, cada um pode ser selecionado por uma mudança apropriada na direção do olhar (CHARMAN, 2014). 
O corolário menos desejável desta abordagem é que a visão clara de objetos a uma distância particular exige uma relação apropriada entre as lentes dos óculos e o eixo visual, de modo que movimentos adicionais da cabeça ou do corpo podem ser necessários para ver o objeto de interesse. Para melhorar a visão em distâncias intermediárias, as lentes progressivas/multifocais oferecem uma transição suave no poder ao longo deum corredor relativamente estreito na superfície da lente (CHARMAN, 2014).
O design e a fabricação de lentes progressivas/multifocais atingiram agora um alto nível de sofisticação, com superfície de forma livre e design de computador permitindo a personalização de acordo com os requisitos do usuário individual, para que as vantagens da personalização em termos de visão aprimorada sejam plenamente alcançadas, o encaixe é particularmente importante (CHARMAN, 2014).
As lentes multifocais apresentam um “corredor de visão” (Figura 5), ou seja, conforme o grau na lente vai passando do grau de longe para o de perto, esse corredor vai diminuindo, se estreitando. A parte periférica da lente geralmente não tem grau. Os fabricantes de lentes multifocais tentam cada vez mais fabricarlentes com corredores de visão amplos proporcionando um maior campo de visão para o cliente e uma adaptação mais rápida (CHARMAN, 2014).
Figura 5 – Corredor de visão dos óculos multifocais
Fonte: Tudo sobre óculos, 2020.
A adaptação de pacientes com os óculos progressivos/ multifocal é difícil, existe um período de adaptação de uma a duas semanas a um novo par de óculos multifocais, até mesmo para quem já usa esse tipo de lente. Durante esse tempo, podem ocorrer náuseas, dores de cabeça, embaçamento ou distorção visual (LENSCOPE, 2020). Algumas dicas que podem ser realizadas aos poucos para que a adaptação destes óculos seja ótima, são:
· Usar os óculos na posição em que foram medidos na ótica, para que os centros de visão das lentes estejam alinhados com os seus olhos;
· Nos primeiros dias, use os óculos por apenas algumas horas e vá aumentando gradativamente;
· Evite usar os óculos antigos;
· Ao caminhar, olhe para a frente e não para baixo;
· Procure mover a cabeça lateralmente em direção aos objetos ao invés de apenas mover o olhar, para evitar as áreas de aberração laterais;
· Ao olhar objetos de perto, mantenha a cabeça parada e mova os olhos para baixo, olhando através da parte inferior das lentes;
· Ao ler, posicione o livro ou dispositivo a mais ou menos 30 cm dos olhos (LENSCOPE, 2020).
As óticas tem uma variedade de armações, por isso, a escolha correta pela ideal que se encaixe no rosto do paciente é imprescindível para o sucesso. As principais armas na prevenção de dificuldades na adaptação com óculos multifocais são a receita de óculos correta (Figura 6); escolha de uma armação adequada; medidas bem feitas pelo técnico óptico; montagem impecável na armação (LENSCOPE, 2020).
Figura 6 – Exemplo de receita de óculos de lentes progressivas
Fonte: LENSCOPE, 2020.
CONCLUSÃO
 Vários estudos mostram que os pacientes que utilizam óculos com lentes progressivas/multifocais têm uma melhora notável em sua acuidade visual para o todo, estando satisfeitos com sua visão geral. O mercado possui uma variedade de armações, portanto, escolher a escolha certa e ideal para o rosto do paciente é fundamental para o sucesso. O principal fator a ser evitado nas dificuldades no uso de óculos multifocais é prescrição de óculos corretos, escolher a armação certa; e os técnicos ópticos fazem uma boa medição e pôr fim a instalação perfeita na armação. Ademais, é perceptível a qualidade destes óculos frente aos demais existentes no mercado, essa qualidade está relacionada com as principais características destas lentes. Assim, a utilização destes óculos é altamente recomendável.
REFERÊNCIAS
BONFIOLI, A. Óculos multifocais: descubra se eles são a melhor opção para você. 2020. Disponível em: < https://conviteasaude.com.br/oculos-multifocais/> Acesso em: 22 de Jan de 2021.
CHARMAN, W. Neil. Developments in the correction of presbyopia I: spectacle and contact lenses. Ophthalmic and Physiological Optics, v. 34, n. 1, p. 8-29, 2014.
FRAZÃO, A. O que é Presbiopia, quais os sintomas e como tratar. 2019. Disponível em: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-presbiopia/# Acesso em: 22 de Jan de 2021.
JIANG, G. M.; TANG, S. H.; SHAN, Z. Personalizing of spectacles. Eye science, v. 27, n. 4, p. 220-224, 2012.
LAZZARINI, S. N. O estudo experimental de óptica geométrica a partir dos problemas de visão. 2016. Trabalho de conclusão de curso. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves.
LENSCOPE. Quando usar óculos multifocal. 2020. Disponível em: https://lenscope.com.br/blog/quando-usar-oculos-multifocal/ Acesso em: 22 de Jan de 2021.
MAGALHÃES, L. Olhos. 2020. Disponivel em: https://www.todamateria.com.br/olhos/ Acesso em: 22 de Jan de 2021.
OKUNO, E.; CALDAS, I.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas - São Paulo: Harper &Row do Brasil, 1982.
RESNIKOFF, S. et al. Global data on visual impairment in the year 2002. Bulletin of
the world health organization, v. 82, p. 844-851, 2004.
SANTOS, B. W. L. et al. Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à
cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais bifocais e
multifocais. Revista Brasileira de Oftalmologia, v. 73, n. 2, p. 86-92, 2014.
TUDO SOBRE ÓCULOS. Lentes multifocais. 2020. Disponível em: < http://tudosobreculos.blogspot.com/p/lente-multifocal.html> Acesso em: 22 de Jan de 2021.
WOLFFSOHN, J. S.; DAVIES, L. N. Presbyopia: effectiveness of correction strategies. Progress in Retinal and Eye Research, v. 68, p. 124-143, 2019.

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