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PDF CERS - Crimes contra a Honra - Parte 3

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Direito Penal
Crimes contra a Honra
 
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Olá, aluno! 
Bem-vindo ao estudo direcionado para o Exame de Ordem! Preparamos todo esse 
material com muita métrica, especificidade e, claro, com muito cuidado e carinho, garantindo 
que você tenha em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente. 
Com esse material, você estudará diariamente, de modo que, ao final do curso, você esteja 
apto a responder às questões da prova objetiva e ser aprovado(a) no Exame de Ordem. 
Sabemos que é um grande desafio, mas, quando falamos de aprovação, o CERS é o melhor. E, 
juntos – você e o CERS – o caminho até a sua vitória será bem mais fácil. Acredite! 
Para o seu aprimoramento, a resolução de questões é um dos métodos mais eficazes 
para fixação de conteúdo, e você não pode negligenciá-las. Após assistir às pílulas com conteúdo 
teórico, e ler o PDF complementar, você encontrará aqui questões sobre o tema estudado. 
Algumas delas já virão com comentários para ajudar você ainda mais a compreender o tema; 
outras delas, com o desafio de você mesmo comentá-las, trazendo um estudo completamente 
ativo. 
 
Vamos juntos rumo à aprovação! 
 
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DIREITO PENAL 
1. Crimes contra a Honra – Parte 3 
1.1 Injúria 
A injúria é a ofensa à dignidade ou ao decoro de outrem. Caracteriza-se o delito com a 
simples ofensa à dignidade ou ao decoro da vítima, mediante xingamento ou atribuição de 
qualidade negativa. 
A queixa-crime ou denúncia ajuizada pelo crime de injúria deve descrever 
minunciosamente e sob pena de inépcia, quais foram as ofensas proferidas contra a vítima, por 
mais baixas e repudiáveis que possam ser. 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo 
meio empregado, se considerem aviltantes: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, 
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência 
Pena - reclusão de um a três anos e multa 
O crime de injúria tutela a honra subjetiva (a autoimagem da pessoa, isto é, a avaliação 
que cada um tem de si mesmo). 
No tocante à injúria real, prevista no parágrafo segundo do art. 140 do CP, tutela-se 
também a integridade ou a incolumidade física do indivíduo. Assim, a real intenção do agente 
é atingir a honra pessoal da pessoa, sendo a violência ou vias de fato apenas um meio de se 
concretizar tal desiderato. 
 
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Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de injúria, pois o tipo penal não exige 
qualquer condição especial do agente. Assim como, qualquer pessoa pode ser sujeito passivo, 
desde que tenha capacidade de discernimento do conteúdo da expressão ou atitude ultrajante. 
Os inimputáveis podem ser injuriados, desde que haja uma residual capacidade de 
compreender a expressão ofensiva. Do mesmo modo, os menores de idade podem sofrer injúria 
dependendo de sua capacidade de compreensão da expressão ou atitude ofensiva. 
O morto não pode ser injuriado, por ausência de expressa disposição legal, contudo, nada 
obsta, porém, que se injurie pessoa viva, denegrindo a memória dos mortos. 
O crime se consuma quando o sujeito passivo toma ciência da imputação ofensiva, 
independentemente de o ofendido sentir-se ou não atingido em sua honra subjetiva, sendo 
suficiente, tão só, que o ato seja revestido de idoneidade ofensiva. A injúria não precisa ser 
proferida na presença do ofendido, bastando que chegue ao seu conhecimento por meio de 
terceiro, correspondência ou qualquer outro meio. 
Tratando-se de funcionário público, cometido o fato em sua presença e em razão da 
função, o delito é de desacato. 
A tentativa é possível, se for por meio escrito. Não é possível a exceção da verdade! 
O Parágrafo primeiro do art. 140 prevê duas hipóteses de perdão judicial: a) Quando o 
ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria e b) quando houver retorção 
imediata, que consista em outra injúria. 
A injúria qualificada por preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de 
pessoa idosa ou portadora de deficiência está prevista no §3º do art. 140 do CP, que impôs 
pena de reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se a injúria for cometida mediante utilização de 
elementos referentes a raça, cor, religião ou origem. 
O crime de injúria qualificada é delito afiançável, prescritível e de ação pública 
condicionada à representação do ofendido, enquanto o racismo, de ação penal pública 
 
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incondicionada, por mandamento constitucional expresso, constitui-se em crime inafiançável e 
imprescritível. 
Disposições comuns 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes 
é cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da 
difamação ou da injúria. 
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso 
de injúria. 
§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena 
em dobro. 
Exclusão do crime 
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; 
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a 
intenção de injuriar ou difamar; 
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que 
preste no cumprimento de dever do ofício. 
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá 
publicidade. 
Retratação 
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da 
difamação, fica isento de pena. 
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação 
utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos 
mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) 
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se 
julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério 
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo 
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do 
caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II 
do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). 3. ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
Estefam, André: Direito penal esquematizado: parte geral / André Estefam e Victor Eduardo Rios Gonçalves; 
coordenador Pedro Lenza. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado). 
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 / Cleber Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019. 
 
	DIREITO PENAL
	1. Crimes contra a Honra – Parte 3
	1.1 Injúria
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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