Buscar

3C 6P Farmacologia da Infectologia

Prévia do material em texto

1 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
Farmacologia 3º ciclo 
HIV 
HIV: ASPECTOS CLÍNICOS 
➔ Problema de saúde, endêmico; 
➔ Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); 
➔ Evoluem grave disfunção do sistema imune a medida que destroem LT CD4+ (alvo vírus); 
➔ Contagem de LT CD4+: marcador utilizado para estimativa do prognóstico e avaliação da indicação de início 
de terapia antirretroviral (TARV); 
➔ TARV: mudança da história da doença no Brasil (1996) 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
➔ Aumento da sobrevida 
➔ Reconstrução do sistema imune 
➔ Controle de doenças secundarias 
➔ Melhora a qualidade de vida 
➔ Redução da transmissão vertical 
➔ Redução da carga viral 
➔ RISCOS: abortamento ou natimortalidade, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém nascido 
VIRUS 
➔ Vírus do tipo RNA com envelope proteico 
➔ Como todos os vírus, o vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) reproduz-
se (replica) utilizando a estrutura genética 
da célula que infecta, geralmente um 
linfócito CD4+. 
➔ Apresenta mutação rápida 
➔ Medicamento tem que conseguir chegar 
na celula do hospedeiro e ser toxica para o 
vírus e não para o hospedeiro 
➔ As 1ªs classes tem mais opções depois vai 
se afunilando 
 TRANSMISSÃO 
➔ sexual (esperma e secreção vaginal) 
➔ sangue (parenteral ou vertical) 
➔ leite materno; 
➔ pacientes com infecção recente (“aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior carga viral no sangue e 
secreções sexuais = transmissão mais fácil do vírus; 
➔ DST (sífilis, herpes genital e cancro mole): processos inflamatórios com favorecimento da transmissão de 
HIV; 
➔ Doenças não ulcerativas: Gonorreia, infecção por Clamídia, tricomoníase e outras relacionadas ao trato 
genital inferior. 
➔ Gestantes HIV positivo (risco para o concepto) 
PERIODO DE CONTAGIO 
➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO: entre a infecção pelo HIV e aparecimento dos sinais e sintomas de fase aguda – 5 
a 30 dias; 
 
2 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ PERÍODO DE LATÊNCIA: período após a fase de infecção aguda, até a imunodeficiência, 5-10 anos (6 anos 
média); 
➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: todas as fases de infecção, risco proporcional a viremia; 
➔ DIAGNÓSTICO: pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção (condução exame laboratorial x 
profissional) 
PREP E PEP 
➔ PREP 
• É um estilo de vida 
• Indicado para quem não tem HIV, porem está mais exposto ao vírus 
• Deve ser tomado todos os dias para proteger do hiv 
➔ PEP 
• É uma urgência 
• Indicada para quem pode ter sido exposto ao HIV (sexo desprotegido, violência sexual e acidente de 
trabalho) 
• Deve ser tomada em até 72 horas após a exposição ao HIV por 28 dias 
PREP 
➔ TENOFOVIR + ENTRICITABINA 
• TDF (300 mg) + FTC (200 mg) em unico comprimido 
• Bloqueio das vias de acesso do vírus a célula 
• Efetiva após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação sexual vaginal, antes disso, o 
risco permanece significativo. 
➢ Não deve ser utilizada como uma pílula do dia seguinte, por exemplo. 
• A medicação precisa ter níveis adequados no sangue, na mucosa retal, ou na mucosa genital antes que a 
pessoa possa se expor ao vírus. 
• Esquema de livre demanda, somente para aqueles se expõe ao risco com menor frequência. 
• Seguimento clínico e laboratorial a cada 3 meses; 
• Inicialmente intervalos mais curtos: 
➢ 1 mês – período de adaptação ao tratamento; 
➢ 1º dispensação: 30 dias 
➢ 2º dispensação: 60 a 90 dias; 
• Avaliação médica e prescrição da profilaxia; 
• Contraindicação: suspender método preventivo; 
• Orientações em relação aos sinais e sintomas; 
• Interromper se sinais de infecção aguda; 
• Testagem rápida em consulta para verificação do status sorológico 
• Se positivo: INICIAR TARV 
PEP 
➔ Recomendada em todos os casos de exposição com risco significativo de transmissão do HIV. 
➔ RISCOS: sangue, material contaminado, fluídos vaginais, líquido peritoneal, abdominal, pleural, amniótico, 
articular e líquor. 
➔ NÃO TEM RISCOS: lágrimas, fezes, urina, suor, vômitos, secreções nasais, saliva (exceto ambiente 
odontológico); 
➔ Iniciar o mais rápido possível, em até 72 horas após exposição; 
➔ Antes de iniciar a medicação deve ser realizado teste rápido (resultado em 30 minutos); 
➔ Se positivo não iniciar: infectada anteriormente a exposição 
➔ ESQUEMA PARA PEP 
• 1 cp de TENOFOVIR/LAMIVUDINA por dia + 1cp de DOLUTEGRAVIR 50mg por dia durante 28 dias 
 
3 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Em caso de pessoa fonte ser sabidamente portadora do HIV, deve-se analisar o esquema antirretroviral que 
usa (devido ao fato de mutações) 
➔ Se paciente com Falha virológica 
• Realizar teste de genotipagem para avaliação de mutação e resistência 
➢ Não é um exame frequente ou rotineiro 
• Após 14 dias: avaliar efeitos adversos; 
➔ Orientar em relação aos parceiros; 
➔ 30 dias após exposição (final do tratamento): repetir o teste 
➔ Repetir com 90 dias novamente 
 
HIV – JANELA IMUNOLÓGICA 
➔ A janela imunológica é o período entre o contato com o agente infeccioso e o tempo que o organismo leva 
para produzir quantidade suficiente de anticorpos contra a infecção capazes de serem identificados nos 
testes 
➔ O tempo de produção de anticorpos varia de acordo com cada organismo, por isso o indivíduo recém 
infectado apresenta os testes sorológicos negativos, mas possui o vírus e/ou bactérias em quantidades 
suficientes para transmissão 
➔ SOROCONVERSÃO: é o período que denota no processo de desenvolvimento de anticorpos contra um 
patógeno específico. É individual e podemos ter os soroconvertidos lentos (demora mais de 30 dias para 
positivar) 
 
➔ Se não ocorrer soroconversão neste intervalo 
(90 dias), o indivíduo pode ser considerado não 
infectado a não ser que os antecedentes 
epidemiológicos e/ou sinais clínicos sugiram a infecção 
pelo HIV 
• Se colheu com 90 dias e deu negativo, realmente é 
negativo 
• Se deu positivo no 1º teste rápido, provavelmente 
pessoa adquiriu anteriormente 
 
 
FASES DA INFECÇÃO 
➔ INFECÇÃO AGUDA 
• Incubação do HIV – 3 a 6 semanas e 8 a 12 semanas para produção anticorpos 
• Baixo índice de suspeição 
• Viremia elevada: Intensa resposta imune, queda LTCD4 
• Quadro gripal: Febre, faringite, mialgia, artralgia, rash, fotofobia, hepatoesplenomegalia, candidíase oral 
 
4 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Iniciar TARV e tratar sintomas 
➔ ASSINTOMÁTICA 
• Duração: meses ou anos 
• Sintomas clínicos 
• Exames com contagem de CD4 – estável ou declínio 
• Linfoadenopatia generalizada, flutuante e indolor 
➔ SINTOMÁTICA 
• Sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável 
• Infecções oportunistas de menor gravidade 
• Diarréia, linfadenopatia generalizada, febre, astenia sudorese noturna e perda de peso superior a 10% 
(duram mais de 1 mês em causa identificada) 
➔ DOENÇAS OPORTUNISTAS: Podem agravar a infecção 
ASPECTOS CLINICOS 
➔ Infecção por bactérias 
➔ Infecção por fungos 
➔ Infecção por protozoários 
➔ Alterações neurológicas 
➔ Queda de LTCD4 
HIV 
➔ Os exames de CD4 e carga viral devem ser coletados antes do início da TARV, porém o paciente deve ser 
aconselhado a iniciar a medicação assim que realizar a coleta. 
➔ Se a PVHIV estiver motivada e preparada para iniciar o tratamento, é possível que ela saia da primeira 
consulta já com a receita médica de TARV. 
➔ Os exames laboratoriais devem ser solicitados na primeira consulta, mas seus resultados não devem atrasar 
o início da TARV; 
➔ A solicitação de creatinina não é obrigatória para iniciar tratamento com Tenofovir (TDF). No entanto, é 
aconselhável a avaliação prévia em pessoas de alto risco ou com história prévia de doença renal. 
• Todo paciente que fazer uso de TENOFOVIR tem que ser avaliado função renal (dosar creatinina) 
MEDIDAS DE CONTROLE 
➔ PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃOSEXUAL: educação sexual e uso de preservativos masculino e feminino; 
➔ PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO SANGUÍNEA: triagem de doadores, realização de teste obrigatório de 
detecção de anticorpos anti HIV, conscientização dos doadores; 
➔ INJEÇÃO E INSTRUMENTOS PERFURO-CORTANTES: manipulação destes materiais, nunca reencapar ou 
quebrar agulhas, descarte correto (descartex), incineração de lixo-hospitalar, uso de EPI (esterilizados ou 
desinfectados) 
FATORES DIFICULTATIVOS DO TRATAMENTO 
➔ Complexidade do regime terapêutico: doses diárias, armazenamento em baixa temperatura, dificuldade de 
ingestão, ajuste de horários das doses, rotina e estilo de vida; 
➔ Suporte socioafetivo; 
➔ Baixa instrução/escolaridade, cognição, transtornos mentais, depressão, ansiedade; 
➔ Efeitos colaterais, relação com o médico e equipe de profissionais de saúde; 
➔ Abuso de álcool e/ou drogas 
➔ Reconhecer e respeitar as diferenças individuais significa aplicar o princípio da equidade nas práticas de 
saúde 
➔ O acesso a informação sobre própria condição de saúde e possíveis efeitos adversos é um direito do usuário 
➔ Compreensão da enfermidade; 
➔ Objetivos da terapia 
➔ Motivação e Disposição. 
 
5 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Não tem cura, mas tem tratamento 
➔ Redução da carga viral (replicação viral); 
➔ Entendimento: dose, horário, quantidade de comprimidos/ cápsulas (uso de tabelas), efeitos adversos 
TRATAMENTO 
➔ Aumento da carga viral quando não tratado, contagem alta de LTCD4+; 
➔ OBJETIVO TARV: 
• Reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável (< 20 a 50 cópias/ml); 
• Restaurar a contagem de CD4 a um nível normal (restauração ou reconstituição imunitária) 
➔ FALHA DE TRATAMENTO: são feitos testes de sensibilidade ao fármaco (resistência) da cepa dominante do 
HIV ou genotipagem 
➔ Vírus HIV - COMPOSIÇÃO 
• DNA e RNAm 
• Capsídeo: estrutura proteica que envolve o material genético 
• Envelope – membrana lipídeos e glicoproteínas que revestem o capsídeo 
• Diferenças metabólicas entre os tipos de vírus o que dificulta o surgimento de agentes de amplo 
espectro 
 
➔ Replicação do vírus 
 
 
 
 
 
 
➔ Para suprimir completamente a replicação do HIV é necessário combinação de 2, 3 ou 4 medicamentos de 
classes diferentes. 
➔ A escolha deve se basear em: 
• Efeitos adversos previstos 
• Simplicidade do esquema 
• Doenças concomitantes (p. ex., disfunção hepática ou renal) 
• Outros fármacos tomados (para evitar interações medicamentosas) 
➔ Adesão maximizada para tratamentos acessíveis e toleráveis, dosagens únicas por dia ou 2x dia; 
➔ Disponibilidade de tratamento com >/ 2 medicamentos são utilizados para simplificar os esquemas e 
melhorar a adesão 
 
6 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
ESTIMATIVA DE INICIO DO TRATAMENTO 
 
➔ Redução da transmissão sexual quando paciente está em tratamento com TARV e baixa carga viral; 
 
➔ Não interromper após início; 
➔ Incentivar o uso de preservativos mesmo quando supressão viral, pois há uma redução de contágio, mas não 
elimina a possibilidade 
COMO INICIAR O TRATAMENTO 
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA NUCLEOSIDEOS - ITRN 
➔ Atuam competindo com os nucleosideos naturais na ligação da transcriptase 
reversa 
➔ ITRN: entram no lugar de um nucleotídeo, quando ribossomo passar pra fazer 
leitura, não vai conseguir fazer a reprodução do material genético porque vai ter 
um ‘’erro’’ de leitura 
• impedem a transcriptase reversa do hiv de converter RNA de hiv em DNA 
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA NÃO NUCLEOSIDEOS – ITRNN 
➔ Agem de modo direto e não competitivo, interagindo com a enzima e causando sua inativação 
 
7 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ ITRNN: NÃO vai entrar no lugar de um nucleotídeo, vai inibir a própria enzima (transcriptase reversa) 
(EFAVIRENZ) 
➔ inibem o processo de síntese de DNA viral através da transcriptase reversa, que iria sintetizar o dna viral 
através da “leitura” do RNA viral, após a entrada do vírus no citoplasma 
 
 
 
 
 
INIBIDORES DA PROTEASE 
➔ Simulam peptídeos e levam a inibição da protease, com geração de partículas virais imaturas e defectivas 
➔ impedem que a protease ative certas proteínas no interior dos vírus recém-produzidos. o resultado é um hiv 
imaturo e defeituoso que não infecta novas células. 
• A protease faz o capsídeo proteico do vírus 
➔ estes medicamentos irão impedir a síntese de proteínas para formação de novo vírus. a protease é uma 
enzima importante para a replicação viral, assim ficará impedida de replicar o vírus 
➔ os IP são para casos resistentes 
INIBIDORES DA INTEGRASE 
➔ Impedem a integrase, enzima que integra o material genético do HIV no genoma celular 
➔ impedem a integração do dna do hiv ao dna humano. 
• A Integrase integra o DNA do vírus com o humano e o DOLUTEGRAVIR impede essa ação 
➔ EX: DOLUTEGRAVIR (DTG) 
INIBIDORES DA FUSÃO 
➔ Inibe a ligação do vírus à celula 
➔ os inibidores de fixação impedem o hiv de se ligar às células T do hospedeiro e a outras células do sistema 
imunológico, impossibilitando, assim, sua entrada nas células. 
➔ ENFUVIRTIDA (T20) 
INIBIDORES DO CCR5 – ICCR5 
➔ Inibe correceptores responsáveis pela entrada do vírus na celula 
➔ inibidores de entrada (fusão) impedem o hiv de entrar nas células. para entrar na célula humana, o hiv deve 
se ligar a um receptor cd4 e outro receptor, tal como o receptor ccr5. um tipo de inibidor de entrada, 
inibidor de ccr-5, bloqueia o receptor de ccr-5 impedindo que o hiv entre nas células humanas 
➔ MARAVIROC (MVQ) 
 
8 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
➔ TDF (TENOFOVIR) 
➔ ABC (ABACAVIR) 
• Principal efeito adverso é o 
exantema, sendo necessário fazer a troca de 
medicamento 
➔ AZT (ZIDOVUDINA) 
➔ ddl (DIDANOSINA) 
➔ no lugar do EFV se usa 
DOLUTEGRAVIR 
 
 
 
 
 
 
Protocolo padrão antes de 2017 (PROVA) 
➔ Em 2017: mudança dos inibidores da transcriptase reversa não nucleotídeo- passou do efavirense para o 
dolotegravir que inibe a integrase (que integra o DNA do hospedeiro com o do vírus). Hoje: lamotidina + 
telofovir + dolotegravir -> TARV 
 
➔ LAMOTIDINA 300MG 
➔ TENOFOVIR 300MG 
• se for trocar, troca por AZT, ABACAVIR (600MG) E DIDONOSINA 400MG 
➔ DELOTEGRAVIR 50MG 
➔ EFAVIRENZ 600MG 
 
 
 
➔ TDF (TENOFOVIR) 
➔ 3TC (LAMUVIDINA) 
➔ AZT (ZIDOVUDINA) 
➔ LPVr (LOPINAVIR + RITONAVIR 
➔ Nessas condições é necessário ajustar 
os medicamentos e o tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
9 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
HIV – ASPECTOS CLINICOS 
➔ tripla combinada, o chamado três em um, dos medicamentos 
TENOFOVIR (300MG), LAMIVUDINA (300MG) E EFAVIRENZ (600MG). 
HIV PARTE 2 
TRATAMENTO 
➔ Vírus se ancora em uma celula do tipo CD4 
➔ Vírus tem uma partícula lipoproteica 
➔ Enzima (transcriptase reversa) que faz o RNA do vírus 
se transforme em DNA viral para poder usar da 
maquinaria celular 
➔ Integrase: integra DNA do vírus com DNA do 
hospedeiro para poder se reproduzir 
• DOLUTEGRAVIR: inibidor de Integrase 
➢ NÃO INIBE TRANSCRIPTASE REVERSA 
➔ Protease: Para tornar vírus maduro tem que ter 
capsula proteica chamada 
INDICAÇÕES DO DOLUTEGRAVIR 
➔ Crianças acima de 12 anos e mais de 40kg 
➔ Pessoas nunca tratadas e que vão começar o 
tratamento a partir de 2017. 
➔ Pessoas que tem falha terapêutica com o Efavirenz (carga viral detectável após 6 meses de tratamento 
diário) 
➔ Pessoas que possuem alguma contraindicação ao Efavirenz 
➔ Pessoas com efeitos adversos importantes ao Efavirenz 
➔ Pessoas com intolerância ao Efavirenz 
CONTRAINDICAÇÕES DO EFAVIRENZ 
➔ Pessoas com problemas psiquiátricos como esquizofrenia. 
➔ Pessoas com alergia ao remédio 
➔ Pessoas que trabalham a noite e não podem dormir em serviço 
➔ Pessoas com esquizofrenia 
➔ Pessoas com outros problemas de saúde e que tomamoutras medicações que interagem com o Efavirenz 
➔ Usuárias dos seguintes medicamentos: Fenitoína, Fenobarbital, Oxicarbamazepina, Carbamazepina, 
Dofetilida, pilsicainida, 
OBSERVAÇÃO: 
➔ Pacientes em uso de esquemas com Efavirenz como o 3 em 1 (Tenofovir, Lamivudina, Efavirenz), que 
tenham carga viral indetectável e com boa tolerância, não possuem indicação de troca do Efavirenz pelo 
Dolutegravir. 
ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO AVALIAR: 
➔ Historia de infecções prévias como Tuberculose, Infecções Sexualmente Transmissíveis 
➔ Cirurgias prévias 
➔ Histórico de vacinas 
➔ Alergias conhecidas 
➔ Doenças pregressas 
➔ Uso contínuo de medicações 
 
10 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ História médica familiar de: 
• Diabetes Mellitus 
• Neoplasias 
• Doenças Cardiovasculares 
• Alterações do colesterol 
• Doenças psiquiátricas como depressão, esquizofrenia, história de suicídio 
• Chagas, Hepatite crônica 
➔ Estilos de vida: 
• Tabagismo 
• Etilismo 
• Outras drogas recreacionais 
• Parcerias e práticas sexuais 
• Utilização de preservativos 
• Prática de atividade física 
CARGA VIRAL FICAR INDETECTÁVEL? costuma variar de 12 a 24 semanas. 
➔ Avaliar carga viral e LTCD4 
➔ PARA ALCANÇAR SUPRESSÃO VIRAL 
• Baixa carga viral inicial 
• ARV potentes 
• Boa tolerância do paciente ao esquema escolhido (poucos efeitos colaterais) 
• Boa posologia do esquema escolhido (poucas tomadas e/ou poucos comprimidos) 
• Excelente adesão do paciente aos ARV. 
EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO 
➔ Anemia 
➔ Hepatite 
➔ IR 
➔ Pancreatite 
➔ intolerância a glicose (mais evidente em quem toma inibidores da protease) 
ACOMPANHAMENTO: 
➔ hemograma, glicemia, dislipidemia, função hepática, pancreática e renal, exame de urina. 
EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO 
➔ EFEITOS METABOLICOS: PRINCIPALMENTE IP 
• Proporcional a dose, iniciam 1º ou 2º ano de tratamento; 
• Relacionado a redistribuição de gordura, hiperlipidemia e resistência insulínica; 
• Gordura: rosto, tronco, pescoço, mamas e abdome (lipodistrofia); 
• Obesidade Central + Hiperlipidemia + Resistência Insulínica = Síndrome Metabólica, aumento do risco de 
infarto, AVC e demência. 
➔ EFEITOS METABOLICOS 
• Esteatose hepática 
• Minimização com uso de estatinas e de fármacos de sensibilização da insulina (glitazonas); Alimentação 
saudável, atividade física regular 
➔ COMPLICAÇÕES ÓSSEAS: 
• osteopenia e osteoporose assintomáticas 
• Menos comum: necrose avascular de grandes articulações como quadril, joelho e ombro. 
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO 
 
11 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ É segura quando suspensos todos os TARV simultaneamente, mas como temos Nevirapina que permanece 
elevados podemos desenvolver resistência; 
➔ Doenças concomitantes ou toxicidade intolerável 
➔ Reintroduzir monoterapia no caso de toxicidade por alguns dias; 
➔ ABACAVIR: reação de hipersensibilidade potencialmente fatal com reexposição; febre e exantema e risco 
aumentado para HLA-B*57 (teste genético 
• Não é uma boa escolha para reintrodução do tratamento 
HIV – ASPECTOS CLINICOS 
 
➔ EFZ: exantema, fetais e alterações de sono 
HEPATITE A 
➔ Doença viral aguda (vírus HAV) 
➔ Formas de transmissão fecal oral (Agua, alimentos e objetos) 
➔ Manifestação clínica variada e formas subclínicas, oligossintomáticos e até fulminantes (2 a 8%). 
➔ Os sintomas se assemelham a síndrome gripal, mas com elevação das transaminases. 
➔ A frequência de quadros ictéricos aumenta com a idade. 
➔ O quadro clínico é mais intenso à medida que aumenta a idade do paciente 
➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite A (HAV). Vírus RNA, família Piconarviridae 
➔ RESERVATÓRIO: O homem, principalmente. Também primatas, como chimpanzés e saguis. 
➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o final da 
segunda semana de doença 
• Inicia antes do diagnostico até depois do termino dos sintomas 
FASES DA DOENÇA 
 
12 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Paciente entender quais cuidados deve ter, materiais de higiene, etc. 
➔ INCUBAÇÃO: de 15 a 45 dias 
➔ FASE PRODROMICA OU PRE ICTERICA: duração de 7 dias (apresenta vomito, mal estar, cefaleia, febre baixa e 
desconforto abdominal) 
➔ ICTERICO: duração de 4 – 8 semanas: 2 a 3 dias de colúria, hipocolia fecal, artralgia e hepatoesplenomegalia 
➔ CONVALESCENÇA: retorno da sensação de bem estar, regressão da icterícia, fezes e urina voltam a coloração 
normal 
CONTÁGIO 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
➔ As formas prolongadas ou recorrentes são raras e caracterizam-se pela manutenção das transaminases em 
níveis elevados por meses ou, até mesmo, 1 ano. 
 DIAGNOSTICO 
➔ Pode ser clínico laboratorial, clínico epidemiológico e laboratorial. 
➔ Apenas com os aspectos clínicos, não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização 
de exames sorológicos. 
➔ Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – 
que denunciam lesão do parênquima hepático. 
➔ As bilirrubinas são elevadas sobretudo à custa da fração não conjugada (indireta) 
➔ Tempo de protrombina pode estar aumentado, indicando gravidade. 
 
13 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Na infecção aguda, o anti-HAV IgM é positivo (desde o início da sintomatologia, que, normalmente, 
desaparece após 3 - 6 meses do quadro clínico). 
➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Hepatite por vírus B, C, D ou E; infecções como: leptospirose, febre amarela, 
malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares; uso 
abusivo de álcool; e uso de alguns medicamentos e substâncias químicas 
➔ Na infecção passada e na vacinação, o anti-HAV/IgG é positivo (detectado 1 semana após o início dos 
sintomas, que se mantêm ao longo da vida) 
 
 
 
TRATAMENTO 
➔ NÃO EXISTE TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA A FORMA AGUDA. 
➔ Se necessário, tratamento apenas dos sintomas: náuseas, vômitos e prurido. Como recomendação geral, 
orienta-se repouso relativo até praticamente a normalização das aminotransferases. 
➔ Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais 
agradável para o paciente anorético. 
➔ De forma prática, deve-se recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e 
aceitação alimentar. 
➔ A ÚNICA RESTRIÇÃO RELACIONA-SE À INGESTÃO DE ÁLCOOL, que deve ser suspensa POR 6 MESES, no 
mínimo, e, preferencialmente, POR 1 ANO. 
➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. 
➔ As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum 
valor terapêutico 
DEFINIÇÃO DE CASO 
➔ SUSPEITA CLÍNICA/ BIOQUIMICA: 
• SINTOMÁTICO ICTÉRICO: Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem 
sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal 
 
14 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico 
confirmado. 
• Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico 
confirmado 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA 
➔ SINTOMÁTICO ANICTÉRICO 
• Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náusea, vômitos, 
mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das aminotransferases. 
➔ SUSPEITA CLÍNICA/ BIOQUÍMICA: ASSINTOMÁTICO 
• Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional 
com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos 
cirúrgicos/odontológicos/colocação de piercing/ tatuagem com material contaminado, por uso de drogas 
endovenosascom compartilhamento de seringa ou agulha. 
• Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro, igual ou superior a três vezes o valor máximo 
normal dessas enzimas, segundo o método utilizado. 
➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE 
• Doador de sangue: Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes 
para Hepatite A. 
• Confirmado - Indivíduo que preenche as condições de suspeito com marcador anti-HAV IgM positivo; ou 
indivíduo que preenche as condições de suspeito mais um vínculo epidemiológico com caso confirmado 
por sorologia de Hepatite A 
MEDIDAS DE CONTROLE 
➔ Notificação de surtos e os cuidados com o paciente. A notificação é importante para que se desencadeie a 
investigação das fontes comuns e o controle da transmissão por meio de medidas preventivas. 
➔ Os cuidados com o paciente incluem o afastamento do mesmo das atividades normais. Se a infecção ocorrer 
em criança, orientar sua ausência temporária da creche, pré-escola ou escola, durante as primeiras duas 
semanas da doença. 
➔ A desinfecção de objetos, limpeza de bancadas, chão, entre outros. pode ser feita utilizando cloro ou água 
sanitária. 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
➔ Educação da população quanto às boas práticas de higiene, com ênfase na lavagem das mãos após o uso do 
banheiro 
➔ Preparação de alimentos e antes de se alimentar; disposição sanitária de fezes; 
➔ Medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto; 
➔ Orientação das creches, pré-escolas e instituições fechadas para a adoção de medidas rigorosas de higiene, 
tais como lavagem das mãos ao efetuar trocas de fraldas; 
➔ Ao preparar os alimentos e antes de comer, além da desinfecção de objetos, bancadas, chão; cozimento 
adequado dos mariscos, frutos do mar e desinfecção (uso de cloro) dos alimentos crus. 
VACINAÇÃO 
➔ ATUALIZAÇÃO: DOSE ÚNICA COM 15 MESES 
• Se não soroconverte é necessário administrar mais doses 
➔ INDICAÇÕES DA VACINAÇÃO: 
• Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia; 
• Portadores crônicos do HBV e HCV; 
• Coagulopatia; 
• Crianças menores de 13 anos com HIV/Aids; 
• Adultos com HIV/Aids que sejam portadores do HBV ou HCV; 
 
15 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Doenças de depósito; 
• Fibrose cística; 
• Trissomias; 
• Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; 
• Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; transplantados de 
órgão sólido ou de medula óssea; 
• Hemoglobinopatias 
➔ CONTRAINDICAÇÕES VACINAÇÃO: 
• As contraindicações se restringem à história de reação anafilática a algum dos componentes da vacina e 
à gravidez. 
➔ EVENTOS ADVERSOS: 
• pós-vacinação (EAPV) locais observados são a dor, eritema ou edema, que ocorrem entre 20 e 50% dos 
vacinados, sendo leves e transitórios. 
• Os EAPV sistêmicos mais comuns são febre e fadiga e ocorrem em menos de 5% dos vacinados. Os casos 
de anafilaxia são raros 
HEPATITE B 
➔ Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática (até formas fulminantes). 
➔ As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, 
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. 
➔ A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia 
fecal. 
➔ Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem estar presentes 
➔ Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente. 
• Trata os sintomas em fase aguda 
➔ Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 
meses. 
➔ O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção: 
• Assim, em menores de um ano chega a 90%, entre 1 e 5 anos esse risco varia entre 20 e 50% e em 
adultos, entre 5 e 10%. Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida evoluem para a 
cronicidade com maior frequência 
➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da família Hepadnaviridae. 
➔ RESERVATORIO - O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e esquilo 
MODO DE TRANSMISSAO 
➔ O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido: 
• Via sexual 
• Transfusões de sangue 
• Procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança, 
• Transmissão vertical (mãe-filho) 
• Contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de escova dental e lâminas de barbear) 
• Acidentes perfurocortantes 
• Compartilhamento de seringas 
• Material para a realização de tatuagens e piercings 
➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO - De 30 a 180 dias (em média, de 60 a 90 dias). 
➔ PERIODO DE TRANSMISSIBILIDADE - De 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se durante 
a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos. 
➔ COMPLICAÇÕES - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias 
digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular. 
 
 
16 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
DIAGNOSTICO 
➔ Clínico-laboratorial e laboratorial. 
➔ Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização 
de exames sorológicos. 
➔ Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – 
que denunciam lesão do parênquima hepático. 
➔ As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada, indicando gravidade. Os 
exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular 
 
 
➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
• Hepatite por vírus A C, D ou E 
• infecções como leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose; 
• doenças hemolíticas; 
• obstruções biliares; 
• uso abusivo de álcool e uso de alguns medicamentos e substâncias Químicas 
TRATAMENTO 
➔ Não existe tratamento específico para a forma aguda. 
➔ Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. 
➔ Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a normalização das 
aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior 
benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve se recomendar que o 
próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar 
➔ A única restrição relaciona-se à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo 
preferencialmente por 1 ano. 
➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. 
➔ As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum 
valor terapêutico. 
 
17 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clínicoterapêuticas definidas por meio de portarias do 
Ministério da Saúde. 
➔ Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser 
realizado em serviços especializados. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA 
➔ NOTIFICAÇÃO: Os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados, visando a proteção 
dos contatos não-infectados 
DEFINIÇÃO DE CASO 
➔ SINTOMÁTICO ANICTÉRICO - Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-
estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das 
aminotransferases 
➔ ASSINTOMÁTICO - Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em 
acidente ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou 
hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos; colocação de piercing/ tatuagem com material 
contaminado, por uso de drogas endovenosascom compartilhamento de seringa ou agulha. 
• Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do caso índice. 
➔ Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro, igual ou superior a três vezes o valor máximo normal 
dessas enzimas, segundo o método utilizado. 
➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE: Indivíduo assintomático doador de sangue, com um 
ou mais marcadores reagentes para Hepatite B. 
➔ Indivíduo assintomático com marcador reagente para hepatite viral B. 
➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE 
• Confirmado 
• Indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais dos marcadores 
sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para Hepatite B conforme listado abaixo: 
• HBsAg reagente: Antígeno de superfície que desaparece após 4 a 6 meses da melhora da hepatite 
• Anti-HBc (proteína de capsídeo) IgM reagente 
• DNA do VHB detectável. 
MEDIDAS DE CONTROLE 
➔ Incluem a profilaxia pré-exposição, pós-exposição; o não compartilhamento ou reutilização de seringas e 
agulhas; triagem obrigatória dos doadores de sangue; inativação viral de hemoderivados; e medidas 
adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde. 
➔ A vacinação é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite B (calendário vacinal do SUS, faixas etárias 
específicas e situações de vulnerabilidade 
➔ Faixas etárias específicas 
• Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o 
parto. 
• Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. 
• Em recém nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 
12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. 
➔ Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na 
primeira visita ao Posto de Saúde vacinas do calendário básico 
➔ A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras 
➔ Para todas as faixas etárias 
• A vacina contra a Hepatite B está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais 
(CRIE), conforme Manual do CRIE, 3ª edição, do Ministério as Saúde, 2006, para os seguintes casos: 
• vítimas de abuso sexual 
• vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB; 
• comunicantes sexuais de portadores de HBV 
 
18 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• profissionais de saúde 
• hepatopatias crônicas e portadores de Hepatite C 
• doadores de sangue 
• transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea 
• doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea 
• potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos 
• nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica 
• convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de HBV 
• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas 
• fibrose cística (mucoviscidose); 
• doença de depósito 
• imunodeprimidos 
• populações indígenas 
• usuários de drogas injetáveis e inaláveis 
• pessoas reclusas (em presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc) 
• carcereiros de delegacias e penitenciárias 
• homens que fazem sexo com homens 
• profissionais do sexo 
• profissionais de saúde 
• coletadores de lixo hospitalar e domiciliar 
• bombeiros, policiais militares, policiais civis e policiais rodoviários; - profissionais envolvidos em 
atividade de resgate 
VACINAÇÃO 
➔ O esquema básico de vacinação é de 3 doses, com intervalo de 1 mês entre a primeira e a segunda dose e de 
6 meses entre a primeira e terceira dose. O volume a ser aplicado é de 1ml, em adultos, e 0,5ml, em 
menores de 11 anos, a depender do laboratório produtor. 
➔ A imunoglobulina humana anti-Hepatite B (IGHAHB), disponível nos Crie, deve ser administrada, usualmente 
em dose única: 0,5ml para recém nascidos ou 0,06ml/kg de peso corporal, máximo de 5ml, para as demais 
idades. 
➔ A IGHAHB deve ser aplicada por via intramuscular, inclusive na região glútea. 
➔ A IGHAHB na gravidez não é considerada contraindicada 
➔ Na amamentação: deve ser administrada com cuidado, pois não se sabe se é excretado no leite. 
➔ Exige intervalo de 3 meses para vacinação contra rubéola, sarampo, varicela e caxumba 
➔ EFEITOS ADVERSOS: 
• GI: náuseas, vômitos 
• PELE: dor no local da aplicação, sensibilidade, vermelhidão, coceira, urticaria 
• SNC: febre, síncope, dores nas juntas, dor de cabeça 
➔ A IGHAHB deve ser aplicada por via intramuscular, inclusive na região glútea. Quando administrada 
simultaneamente com a HB, a aplicação deve ser feita em grupo muscular diferente. 
➔ É indicada para pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da Hepatite B, nas seguintes situações: 
• prevenção da infecção perinatal pelo vírus da Hepatite B 
• vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por HBV, sem 
vacinação para Hepatite B 
• Vítimas de abuso sexual 
• Imunodeprimidos após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados 
• Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do vírus adotando medidas 
simples, tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, evitar o compartilhamento 
de seringas e agulhas descartáveis. 
• Neoplasias e HIV 
➔ Faixas etárias especificas 
 
19 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o 
parto. 
• Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. 
• Em recém nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 
12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema o 
mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. 
➔ A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas 
do calendário básico. 
OBSERVAÇÕES 
➔ Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do vírus adotando medidas simples, 
tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, evitar o compartilhamento de seringas e 
agulhas descartáveis. 
➔ Recomenda-se, também, consultar as normas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais: 
• Recomendações para imunização ativa e passiva de doentes com neoplasias e Recomendações para 
vacinação em pessoas infectadas pelo HIV 
➔ Profilaxia da Hepatite B em com Imunoglobulina: 
• Adultos e crianças a partir de 2 anos de idade que: 
➢ não foram vacinados contra hepatite B (Incluem-se aqueles cujos atestados de vacina estejam 
incompletos ou extraviados). 
➢ estejam expostas ao risco de infecção da hepatite B pelo contato com material virulento, como 
sangue, plasma ou soro. 
➢ Adultos e crianças cuja capacidade de gerar resposta imune é fraca e não formaram anticorpos em 
quantidade mensurável contra a hepatite B, mesmo depois de 6 doses de vacina. - De preferência, 
como profilaxia simultânea (passiva ou ativa) em combinação com vacina contra hepatite B 
• Após ser exposto à contaminação, o paciente deverá receber uma dose adicional da vacina contra 
hepatite B, juntamente com a administração de da Imunoglobulina. 
• A Imunoglobulina não é indicado quando a pessoa exposta ao risco foi vacinada contra a hepatite B e 
comprovadamente formou-se um número suficiente de anticorpos (no mínimo 10UI/litro de soro). 
• Se não for possível determinar o valor de anti- HbsAg no prazo de 24 horas, é necessária uma profilaxia 
simultânea (vacina e imunoglobulina). 
• Deve-se documentar cuidadosamente a administração de imunoglobulina e vacina, bem como os 
resultados de determinação dos anticorpos. B. Profilaxia da reinfecção em transplantes de fígado de 
pacientes HbsAg positivo. 
➔ A primeiradose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas 
de vida do recém-nascido. 
➔ O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose 
e 180 dias da primeira para a terceira dose 
➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é indicada para proteção (imunização) contra a infecção pelo 
vírus da hepatite B. Ao conferir proteção contra o vírus da hepatite B, o indivíduo fica protegido contra a 
infecção pelo vírus da hepatite D. 
➔ A vacina não protege contra infecções por outros vírus causadores da hepatite (vírus A, C e E). 
➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é recomendada para imunização generalizada de populações, 
especialmente para recém-nascidos e grupos submetidos a maiores riscos de contaminação pelo vírus, como 
os profissionais de saúde, manipuladores de vírus e outros 
➔ Este produto pode ser administrado em recém-nascidos, adolescentes, adultos, gestantes e idosos nas doses 
recomendadas. A vacinação evita não só a infecção pelo vírus como também complicações crônicas 
posteriores causadas pelo vírus, como cirrose e câncer primário de fígado (carcinoma hepatocelular). 
➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) atua em células especiais do organismo (linfócitos) 
estimulando-as à formação de anticorpos que neutralizam o vírus da hepatite B que eventualmente o 
indivíduo vacinado venha a se expor 
 
20 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
TRATAMENTO 
➔ Hepatite B crônica 
• TENOFOVIR 300mg 1xdia 
• ENTECAVIR (usado somente quando TENOFOVIR não der certo) 
• INTERFERON PEGUILADO: pacientes com hepatite B crônica sem cirrose 
➢ Apenas via parenteral 
➔ Os interferons (IFNs) são glicoproteínas naturais de sinalização celular que pertencem à classe das citocinas. 
➔ Eles participam do controle e da replicação celular, e são modificadoras da resposta imunológica, com 
efeitos antiviral, antiproliferativo e imunomodulador 
➔ Mecanismo do Interferon 
• Ele poderá induzir a proteína quinase ou a oligoadenilato sintase ou ainda a fosfodiasterase; 
• Quando há indução da proteína quinase há inibição de síntese proteica do vírus; 
➢ A síntese proteica acontece quando ele duplicou material 
• Quando a indução da oligoadenilato sintetase, há promoção da degradação do RNAm viral; 
• E quando há indução da fosfodiesterase há inibição o RNAt transportador do vírus e inibir a tradução do 
vírus. 
• Com estes três mecanismos o interferon consegui reduzir a infecção causada pela Hepatite B e Hepatite 
C; 
• Tem baixa biodisponibilidade pela via oral (menos de 1%), devendo ser administração pela via IV ou SC. 
• Após ser administrada, será distribuído por todos os tecidos exceto SNC e olhos e com T1/2 de apenas 4 
horas 
• EA: febre, dor de cabeça e prurido. 
➢ Mas a principal é a supressão de medula óssea (anemia) além de neuro ou cardiotóxico e perda da 
fertilidade, sendo necessário ACOMPANHAMENTO HEMATOLOGICO (pedir hemograma sempre) 
OBSERVAÇÃO 
➔ Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção pelo vírus da hepatite B, mas podem retardar a 
progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo. 
HEPATITE C 
➔ Doença viral com infecção assintomática ou sintomática, podendo ser fulminante (rara) 
➔ Hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, 
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. 
➔ Icterícia acontece nos casos agudos quando desaparece febre, podendo ser precedida de colúria e hipocolia 
fecal. 
➔ Os sintomas da fase aguda desaparecem paulatinamente; 
➔ 60 a 90% acontece cronificação, sendo maior em função de fatores do hospedeiro (masculino, 
imunodeficiência, maior que 40 anos) 
➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite C (HAV). Vírus RNA, família Flaviviridae 
➔ RESERVATÓRIO: O homem, principalmente. Também chimpanzés. 
TRANSMISSÃO 
➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: - Parenteral. 
➔ População de Risco x via parenteral: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados 
antes de 1993, compartilhamento de materiais (usuário de drogas), inaláveis, tatuagem, piercings ou outras 
formas de exposição percutânea. 
➔ Transmissão sexual pode ocorrer em pessoas com múltiplos parceiros e prática sexual de risco acrescido 
(sem uso de preservativo) 
➔ Facilitador de transmissão: coexistência de alguma DST como HIV; 
➔ Transmissão perinatal: possível de ocorrer no momento do parto ou logo após. 
 
21 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Transmissão intrauterina é incomum; 
➔ A transmissão pode mãe e filho pode estar associada ao genótipo e á carga viral elevada HCV; 
➔ Há possibilidade da transmissão pelo aleitamento materno (já encontrado partículas virais no colostro e leite 
materno), mas não há evidencias conclusivas de aumento do risco á transmissão, exceto quando há fissuras 
ou sangramento nos mamilos. 
➔ Leite materno (lactância materna de mãe com vírus ativo) 
➔ Uso prévio ou atual de terapia de substituição renal (hemodiálise) 
➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO: varia de 15 a 150 dias 
➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Inicia-se uma semana antes dos sintomas e enquanto o paciente 
apresentar RNA-HCV detectável. 
➔ COMPLICAÇÕES: Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias 
digestivas, etc) 
EVOLUÇÃO NATURAL DA HEPATITE C 
 
DIAGNOSTICO 
➔ Clínico laboratorial 
➔ Apenas os aspectos clínicos não são possíveis identificar o agente etiológico, sendo necessário exames 
sorológicos. 
➔ Exames: TGO/AST, TGP/ALT, bilirrubinas elevadas e TP alargado 
➔ Na fase crônica, há ondulação dos níveis séricos das transaminases principalmente ALT/TGP; 
➔ Definição do agente é feita pelo marcador sorológico anti-HCV, que indica contato prévio com o agente, mas 
não define infecção aguda ou pregressa e curada espontaneamente, ou se houve cronificação da doença. 
➔ A presença do vírus deve ser confirmada pela pesquisa qualitativa do HCV-RNA 
➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Hepatite por vírus A, B, D ou E; infecção por leptospirose, febre amarela, 
malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose. 
➔ Hepatite crônica é quando o vírus da hepatite C ainda circula pelo sangue mesmo após 6 meses do contato 
inicial; 
➔ Como muitas pessoas não apresentam sintomas de hepatite aguda, ou apresentam apenas sintomas 
brandos inespecíficos, na maioria das vezes o diagnóstico da hepatite C é realizado já na fase crônica. 
VACINAÇÃO 
➔ Paciente com hepatite C devem ser testados e caso necessário, vacinados para hepatite A e B 
➔ Prevenção de reinfecção e outras infecções sexuais 
➔ Orientações quanto ao uso de preservativos e do sexo seguro. 
➔ Poupar o fígado 
➔ Evitar ingesta de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas, tabagismo e medicações que possam aumentar o risco de 
lesão ao fígado. 
➔ OBSERVAÇÃO: HEPATITE C não possua uma vacina própria, você pode se proteger. É recomendado que 
todos se imunizem com as vacinas contra hepatite A e B para prevenir a coinfecção com esses vírus da 
hepatite, o que pode prejudicar ainda mais o funcionamento do seu fígado. 
 
22 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
TRATAMENTO 
➔ O tratamento do vírus da hepatite C nos casos de doença avançada, evita a evolução das lesões, mas não 
elimina os sintomas. 
➔ Recomenda-se repouso relativo até a normalização das transaminases. 
➔ Dieta pobre em gordura e rica em carboidrato, ser agradável para paciente anorético; o próprio paciente 
pode definir; 
➔ Restrição em relação a ingesta de álcool por ser meses no mínimo e preferencialmente por 1 ano. 
➔ Se fila de transplante, aguardar transplante para início do tratamento pois a melhora do quadro pode 
retardar o transplante. 
➔ A cirrose hepática em si, não tem tratamentoespecífico. Existe apenas controle dos sintomas. 
➔ O tratamento do vírus nos pacientes cirróticos, quando ele ainda está circulando no sangue, melhora as 
condições do fígado e os sintomas podem melhorar. 
➔ Contudo, um fígado já em cirrose não volta ao normal naturalmente após a eliminação do vírus. 
➔ Ou seja, o paciente melhora dos sintomas, mas não deixa de ter a indicação do transplante. 
➔ OBJETIVOS GERAIS DO TRATAMENTO: 
• Reduzir a progressão da doença, prevenir as complicações da cirrose 
• Reduzir o risco de carcinoma hepatocelular. 
• Eficácia terapêutica, deve-se buscar também a segurança no tratamento e qualidade de vida do 
paciente. 
• Pode evoluir para cirrose com acentuada morbimortalidade devido descompensações e eventual 
evolução para o carcinoma hepatocelular, constituindo a causa mais frequente de indicação de 
transplante hepático em todo mundo. 
• Obter RVS (carga virológica sustentada) a partir da 12º a 24º semana após tratamento 
➔ OBJETIVOS DO TRATAMENTO EM FASE AGUDA 
• Apresenta sintomas inespecíficos 
• Reduzir o risco de evolução para a cronicidade (cirrose, câncer hepático e óbito) 
• Diminuir a transmissão 
• Nem todas as pessoas com hepatite C aguda precisam tomar remédios, o próprio organismo da pessoa 
infectada consegue combater e eliminar o vírus sozinho. 
➢ (é uma doença autolimitada) 
➢ Se ANTI HCV +, pessoa já teve contato com o vírus 
• No entanto, o uso de medicação mais precoce ajuda na resposta terapêutica. 
• É por isso que nas hepatites agudas, o acompanhamento médico deve ser realizado de perto e a decisão 
do início do uso de medicamentos deve ser assertiva. 
• O exame de carga viral da hepatite C (HCV-RNA) deve ser feito no momento do diagnóstico e repetido 4 
semanas depois 
➢ Se ANTI HCV RNA +, paciente está com o vírus transmitindo 
➢ Esse exame mostra se paciente está ou não com o vírus 
• Os níveis da carga viral da hepatite C, indicarão a necessidade ou não de tratamento medicamentoso. 
➔ IMPORTANTE 
• Medicações usadas no tratamento da hepatite C, como a RIBAVIRINA E ALFAPEGUINTERFERONA, estão 
comprovadamente relacionadas à má formação do feto. 
• O TRATAMENTO DA HEPATITE C NÃO PODE SER REALIZADO DURANTE A GESTAÇÃO 
• HOMENS EM TRATAMENTO PARA HEPATITE C NÃO PODEM ENGRAVIDAR SUAS PARCEIRAS E 
MULHERES EM TRATAMENTO NÃO PODEM ENGRAVIDAR ATÉ 6 MESES APÓS O TERMINO 
➢ Necessário ter um planejamento familiar 
• A adoção de método contraceptivo eficaz está indicada às pacientes do sexo feminino em idade fértil e 
aos pacientes do sexo masculino com parceira sexual em idade fértil até 24 semanas após a conclusão do 
tratamento. 
 
 
23 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
ESQUEMA DE TERAPIA 
TODOS COM HEPATITE C 
ATIVA DEVEM SER 
TRATADOS INDEPENDENTE 
DO TEMPO OU GRAVIDADE 
DA INFECÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLHA DO ESQUEMA TERAPEUTICO 
➔ A escolha do esquema e tempo de tratamento depende de fatores como: 
• Genotipagem do vírus para poder fazer tratamento 
• Coinfecção com HIV 
• Gravidade de doença 
• Presença de cirrose e se está compensada ou não 
• Tratamentos previamente utilizados 
• Antes do inicio de qualquer esquema, o médico infectologista deve avaliar minuciosamente prováveis 
interações entre cada medicação proposta com as de uso habitual. 
TRATAMENTO 
➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, NÃO AGRAVAR DANO HEPÁTICO; 
➔ Drogas Hepatoprotetoras, associadas ou não a complexo vitamínico, não tem valor terapêutico; 
➔ HEPATITE CRÔNICA: necessitará de tratamento, e deve ser de acordo com o grau de acometimento 
hepático; 
• Se paciente tem outras comorbidades ou não 
➔ Paciente sem manifestação de hepatopatia e com aminotransferase normais deve ser avaliado clinicamente 
e repetir exames a cada 6 meses. 
➔ O tratamento deve ser realizado em serviço especializado, para acompanhamento e manejo dos efeitos 
colaterais. 
➔ TRATAMENTO DE FASE CRONICA 
• Indicada para pacientes virgens de tratamento ou previamente testados com fibrose significativa e/ou 
manifestações extra-hepáticas importantes de evolução para lesão em órgão-alvo e/ou com impacto na 
qualidade de vida devem ser tratados independente do grau de fibrose; 
• Os DAA (Antivirais de ação direta) podem curar a maioria das pessoas com infecção por HCV e a duração 
do tratamento é curta (geralmente de 12 a 24 semanas), dependendo da presença ou não de cirrose. 
• A OMS recomenda iniciar o tratamento em todos os indivíduos com 12 anos de idade ou mais que foram 
diagnosticados pela infecção, independentemente do estágio da doença. 
• Exames de controle de toxicidade devem ser feitos independente dos sintomas do paciente, pois muitas 
vezes estes efeitos aparecem apenas em exames específicos 
➢ Se usar anticoagulante, necessário usar um medicamento de ação direta, que inibe somente um 
fator de coagulação 
• Os exames a serem realizados e sua periodicidade de realização variam de acordo a: 
 
24 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➢ Esquema terapêutico utilizado 
➢ Outras doenças ou situações de saúde prévia do paciente 
➢ Sintomas do paciente 
➢ Resultados de exames prévios. 
SIMEPRAVIR 
➔ MECANISMO DE AÇÃO: Inibidor de Protease - inibidor específico da protease serínica NS3/4 do VHC, a qual 
é essencial para a replicação viral. 
➔ POSOLOGIA: 150 mg, uma vez por dia, durante 12 semanas, administrado com alimentos. 
➔ NÃO UTILIZAR: na gestação, amamentação 
➔ EA: fadiga, dor de cabeça, náuseas, diarreia, constipação, dispepsia, dor abdominal, boca seca, irritabilidade, 
astenia, redução de apetite, mialgia, tontura, problema de memória, insônia, ansiedade, depressão, 
distúrbio do sono, erupção cutânea e prurido. 
SOFOSBUVIR 
➔ MECANISMO DE AÇÃO: inibidor genotípico da RNA polimerase, análogo da Uridina, que pode ser 
incorporado ao RNA viral pela polimerase que é essencial para a replicação viral. 
• É um DAA indicado para os genótipos 1, 4, 5 e 6 do VHC 
➔ POSOLOGIA: comprimido de 400 mg, administrado por via oral, uma vez por dia, com ou sem alimentos. 
➔ NÃO UTILIZAR: na gestação, amamentação *pró fármaco (avaliar a função hepática) 
• Usado em regimes de tratamento nas últimas 12 semanas para os genótipos 1, 2 e 4, e em 24 semanas 
para o tratamento do genótipo 3. Isto é tipicamente metade do tempo comparado com tratamentos 
anteriores. 
• Duração do tratamento de acordo com a genotipagem do vírus 
➔ EA: fadiga, cefaleia, insuficiência renal e alteração da lipase, interferindo na quebra de gordura oriunda da 
alimentação 
LEDIPASVIR 
➔ MECANISMO DE AÇÃO: inibindo a proteína não estrutural NS5A, por meio da hiperfosforilação da proteína 
que é importante para replicação do RNA e montagem do VHC 
➔ NÃO CAI GENOTIPAGEM NA PROVA, mas é importante saber que o tratamento é de acordo com a 
genotipagem 
➔ É utilizado associado com o Sofosbuvir e considerado de primeira linha no tratamento dos genótipos 1a, 1b, 
4a, 5a e 6a. 
➔ EA: fadiga, dor de cabeça, náuseas, diarreia, constipação, dispepsia, dor abdominal, boca seca, irritabilidade, 
astenia, redução de apetite, mialgia, tontura, problema de memória, insônia, ansiedade, depressão, 
distúrbio do sono, erupção cutânea e prurido 
CONTROLE DE RESPOSTA TERAPEUTICA 
➔ OBJETIVO PRINCIPAL é reduzir a carga viral 
➔ O controle da resposta ao tratamento da hepatite C é feito por teste molecular (PCR-HCV ou HCV-RNA 
quantitativo) realizado no sangue. 
➔ Este exame deve ser realizado em vários momentos: 
• Imediatamente antes do tratamento 
• Na 12ª semana de tratamento (ou logo após o término do tratamento em esquemas de 12 semanas) 
• Na 12ª ou nas 24ª semanas após o término do tratamento Resposta terapêutica = HCV-RNA indetectável 
ou menor que 12 UI/Ml 
RECIDIVA 
➔ São pessoas que alcançam a não detecção da carga viral no sangue, mas voltam a aparecer no sangue, 
mesmo sem reinfecção. 
➔ Quanto mais cedose inicia o tratamento, menores as chances de recidiva. 
 
25 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Os esquemas com DAAs têm altas taxas de cura, com número muito baixo de recidivas 
ACOMPANHAMENTO PÓS TRATAMENTO 
➔ Pessoas com lesão hepática devem manter o acompanhamento periódico com o seu médico mesmo após a 
cura. 
➔ Pessoas com cirrose hepática, a resposta virológica sustentada (RVS – sem vírus no sangue por 12 a 24 
semanas após curso completo de tratamento) não descarta a possibilidade de evolução para câncer ou 
descompensação da cirrose. 
➔ O anti hcv é um marcador que indica contato prévio com o virus. Um resultado positivo precisa ser 
complementado por meio de um teste para detecção direta do virus 
➔ Assim, é recomendado que o diagnostico laboratorial da hepatite C seja realizado com pelo menos 2 testes 
• O RNA do HCV pode ser identificado no soro antes da presença do anti HVC 
• A presenca do RNA do HCV pode ocorrer cerca de das semanas após a exposição ao agente infeccioso 
• A presença dos anticorpos anti hcv é mais tardia e ocorre cerca de30 – 60 dias após a exposição ao virus 
➔ A cura da hepatite C, seja por medicamento ou soroconversão espontânea, não confere imunidade. 
TESTE RAPIDO DE HEPATITE C 
➔ É feito em pessoas em situações de risco, como por exemplo: 
• Pessoas que vivem com HIV 
• Transexuais 
• Sexualmente ativas prestes a iniciar PREP 
• Com múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas infecções sexualmente transmissíveis 
• Trabalhadores do sexo 
• Pessoas em situação de risco... 
DENGUE 
 
➔ A classificação de risco do paciente com dengue visa 
reduzir o tempo de espera no serviço de saúde. 
➔ O manejo adequado dos pacientes depende do 
reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuo 
acompanhamento, do reestadiamento dos casos (dinâmico e 
contínuo) e da pronta reposição volêmica. Com isso, torna-se 
necessária a revisão da história clínica, acompanhada de 
exame físico completo a cada reavaliação do paciente. 
 
 
 
 
FLUOXOGRAMA PARA RISCO DE DENGUE 
 
➔ iniciar hidratação oral para os 
grupos A e B e hidratação venosa para 
os pacientes dos grupos C e D, 
enquanto aguarda os exames 
 
 
26 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
ORIENTAÇÕES PARA HIDRATAÇÃO ORAL 
➔ A hidratação oral dos pacientes com suspeita de dengue deve ser iniciada ainda na sala de espera enquanto 
aguardam consulta médica. 
➔ Volume diário da hidratação oral: 
• Adultos: 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e no início com volume maior. Para os 2/3 
restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de 
coco etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do paciente. 
➔ Especificar o volume a ser ingerido por dia. 
• Por exemplo, para um adulto de 70 kg, orientar: 60 ml/kg/dia 4,2 L. Ingerir nas primeiras 4 a 6 horas do 
atendimento: 1,4 L de líquidos e distribuir o restante nos outros períodos (2,8 L). 
• Crianças (< 13 anos de idade): orientar paciente e o cuidador para hidratação por via oral. Oferecer 1/3 
na forma de soro de reidratação oral (SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás. 
Considerar o volume de líquidos a ser ingerido conforme recomendação a seguir (baseado na regra de 
Holliday Segar acrescido de reposição de possíveis perdas de 3%): 
➢ Crianças até 10 kg: 130 ml/kg/dia – 
➢ Crianças de 10 a 20 kg: 100 ml /kg/dia 
➢ Crianças acima de 20 kg: 80 ml/kg/dia 
➔ Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a oferta de 1/3 deste volume. 
➔ Especificar em receita médica ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. 
➔ Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após a defervescência da febre. 
➔ A alimentação não deve ser interrompida durante a hidratação e sim administrada de acordo com a 
aceitação do paciente. O aleitamento materno dever ser mantido e estimulado. 
ORIENTAR O PACIENTE PARA: GRUPO A e B 
➔ Não se automedicar. 
➔ Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de alarme. 
➔ Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (possível início da fase crítica); caso 
não haja defervescência, retornar no quinto dia de doença. 
➔ Notificar, preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com orientações. 
➔ Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. 
➔ Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica. Sua realização deve ser 
orientada de acordo com a situação epidemiológica. 
ORIENTAR PACIENTE DO GRUPO C 
➔ o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, 
independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade 
de referência, mesmo na ausência de exames complementares 
➔ Reposição volêmica com 10 ml/kg de soro fisiológico na primeira hora. 
➔ Devem permanecer em acompanhamento em leito de internação até estabilização – mínimo 48 horas. 
➔ Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto 
de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para 
uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares; 
➔ Proceder a reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1 ml/kg/h) após uma hora, manter 
a hidratação de 10 ml/kg/hora, na segunda hora, até a avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em 
duas horas (após a etapa de reposição volêmica). Sendo o total máximo de cada fase de expansão 20 ml/kg 
em duas horas, para garantir administração gradativa e monitorada 
➔ Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão ate três 
vezes. Seguir a orientação de reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) apos uma hora, e de 
hematócrito em duas horas (após conclusão de cada etapa). 
➔ Se houver melhora clinica e laboratorial apos a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção: 
• Primeira fase: 25 ml/kg em 6 horas. Se houver melhora iniciar segunda fase. 
 
27 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Segunda fase: 25 ml/kg em 8 horas, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado 
➔ Se não houver melhora clínica e laboratorial conduzir como grupo D. 
➔ Pacientes do grupo C precisam de avaliação contínua, se necessário pela equipe de Enfermagem. Na 
presença de qualquer sinal de agravamento ou choque a reavaliação médica deve ser imediata. 
ORIENTAR O PACIENTE PARA GRUPO D 
➔ Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20 
minutos, em qualquer nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de 
referência, mesmo na ausência de exames complementares. 
➔ Caso necessário, repetir por até três vezes, de acordo com avaliação clínica 
➔ Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito em 2 horas. Estes pacientes necessitam ser 
continuamente monitorados. 
➔ Repetir fase de expansão até três vezes. 
➔ Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do grupo 
C e seguir a conduta recomendada para o grupo 
➔ Estes pacientes devem permanecer em acompanhamento em leito de UTI até estabilização (mínimo 48 
horas), e após estabilização permanecer em leito de internação 
➔ Se o hematócrito estiver em ascensão, após a reposição volêmica adequada 
➔ Utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1g/kg); preparar solução de albumina a 5% na falta desta, usar 
coloides sintéticos. 
➔ Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque, investigar hemorragias e avaliar a 
coagulação: 
• Na presença de hemorragia, transfundir concentrado de hemácias; 
• Na presença de coagulopatias avaliarnecessidade de uso de plasma fresco, vitamina K endovenosa e 
crioprecipitado; 
LEPTOSPIROSE 
➔ Causada pelo contato com a urina de rato na água contaminada pela bactéria Leptospira interrogans 
➔ Sintomas parecidos com os sintomas gripais, comum em outras viroses. 
➔ Quadros graves podem acontecer comprometendo fígado com icterícia, olhos vermelhos, pulmão 
encharcado, pulmão com alveolite (sangramento maciço e principal causa de morte). 
➔ Doença infecciosa febril de inicio abrupto que pode ter formas assintomáticas e subclínicas, podendo ter 
casos graves associados a manifestações fulminantes. 
➔ Dores na panturrilha e lombar; 
➔ Antibioticoterapia deve ser iniciado em qualquer fase da doença, sendo sua eficácia maior na primeira 
semana dando início dos sintomas com exceção da reação Jarisch-Herxheimer (uma reação febril aguda, de 
caráter autolimitado, que ocorre geralmente nas primeiras 24 horas após o tratamento de uma infecção por 
espiroquetas) 
CONDUTAS NÃO FARMACOLOGICAS 
➔ Não se deve jogar lixo onde há fluxo de água; 
➔ Falta de saneamento básico; 
➔ Troca de roupa encharcada; 
➔ Uso de botas; 
➔ Uso de água, sabão e água sanitária na lavação da casa; 
➔ Cuidado com feridas abertas: indicado iniciar profilaxia e tomar por 5 dias; 
➔ Tem cura e medicamento no SUS 
FASE PRECOCE 
➔ ADULTOS: 
 
28 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• AMOXICILINA 500mg, VO 8/8h por 5 (mínimo) a 7 dias (máximo) OU DOXACICLINA 100mg, VO, 12/12h, 
5 a 7 dias; 
➢ DOXACICLINA NÃO deve ser utilizada para crianças menores de 9 anos, grávidas, pacientes com 
nefropatia ou hepatopatias; 
➢ AZITROMICINA OU CLARITROMICINA são alternativas nos casos de contraindicação de uso de 
AMOXICILINA e DOXACICLINA 
FASE TARDIA 
➔ ADULTOS 
• PENICILINA G CRISTALINA: 1,5 milhões UI, IV 6/6h OU 
• AMPICILINA: 1g IV 6/6h OU CEFTRIAXONA: 1 a 2g, IV, 24/24h OU CEFOTAXIMA: 1g, IV 6/6h 
• Alternativa: AZITROMICINA 500mg, IV 24/24h 
• SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO 
➔ CRIANÇAS 
• PENICILINA G CRISTALINA: 50 a 100.000U/Kg/dia dividida em 4 a 6 doses OU 
• AMPICILINA: 50-100mg/kg/dia IV 6/6h dividida em 4 doses OU 
• CEFTRIAXONA: 80-100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses, IV, ou 
• CEFOTAXIMA: 50- 100mg/kg/dia, IV em 2 a 4 doses. 
• Alternativa: AZITROMICINA 10mg/kg/dia, IV. 
• SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO 
FASE PRECOCE 
➔ Orientar repouso com uso sintomático; 
➔ Evitar Aspirina; 
➔ Hidratação adequada; 
➔ Exames específicos, retornos periódicos entre 24 a 72h para acompanhamento clínico ou em casos de 
aparecimento de sinais de alerta ou piora; 
FASE TARDIA 
➔ Manejo respiratório; 
➔ Manejo sistêmico: Em caso de desidratação, SF 0,9% iniciar com 500ml e repetir 2 a 3 vezes conforme 
necessidade e observar a resposta; 
➔ Se após a hidratação adequada mantiver hipotensão, pode-se administrar ADRENALINA de 0,5mcg/kg/min 
com ajuste para manter >60mmHg; 
➔ Pode-se associar DOBUTAMINA 
➔ Manejo Renal: monitorar diurese e níveis de creatinina e ureia 
➔ Manejo de Hemorragia: TP E USO DE PANTOPRAZOL 40mg IV 12/12h 
➔ Manejo Cardíaco: corrigir distúrbio hidroeletrolítico 
FEBRE AMARELA 
➔ Síndrome febril, sintoma inespecíficos, sendo em 90% sintomas leves e autolimitados com febre, prostração, 
astenia, dores no corpo. 
➔ Sinal de Faget: febre x pulso 
➔ Tropismo pelas células hepatocelulares, com acometimento dos hepatócitos, podendo desenvolver 
hemorragia digestiva alta, icterícia, elevação das bilirrubinas (direta), TGO e TGP; 
➔ Redução dos fatores de coagulação, VITAMINA K; 
➔ Evitar AAS e aspirina 
➔ TRATAMENTO SINTOMÁTICO E REPOUSO 
VACINA 
 
29 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
Indicada para: 
• Adolescentes 
• Adultos 
• Crianças 
• Idosos 
• Ocupacional 
• Viajantes 
➔ A vacina febre amarela protege ativamente contra a doença. A febre amarela (FA) é uma doença viral aguda, 
que afeta humanos e primatas não humanos, causada pelo vírus da febre amarela. 
➔ Em humanos, a doença varia de infecções assintomáticas a doença sintomática não específica e febre 
hemorrágica, podendo ser fatal. 
➔ A vacina febre amarela é indicada para crianças a partir de 9 meses de idade, adolescentes e adultos, que 
vivem em regiões brasileiras com recomendação de vacinação da febre amarela e para quem irá em viagem 
nacional ou internacional para regiões de risco para a doença ou com obrigatoriedade de comprovação da 
vacinação 
➔ DOSES: 
• O número de doses recomendado depende da faixa etária. Alguns aspectos também devem ser 
considerados no caso de idosos e pessoas que vão viajar para áreas de risco ou que exigem o certificado 
internacional de vacinação. Entenda: 
➔ PARA CRIANÇAS: Dose única a partir dos 4 anos de idade e até os 60 anos. 
• Crianças que tomarem a primeira dose aos 9 meses devem receber uma segunda dose aos 4 anos. 
➔ PARA IDOSOS: Idosos necessitam de prescrição médica para aplicação. 
➔ PARA VIAJANTES: Para viajantes com exigência da vacinação e apresentação do certificado internacional de 
vacinação, é necessária a comprovação de uma dose, obrigatoriamente a dose plena (não é aceita a dose 
fracionada). 
➔ PESSOAS EM ÁREAS DE RISCO: Em situações de risco (municípios onde haja circulação do vírus da febre 
amarela com registro de casos em humanos), idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser 
vacinados, desde que não haja contraindicação médica. 
CONTRAINDICAÇÃO 
➔ A imunização é contraindicada em alguns casos. 
➔ Crianças abaixo de 6 meses de idade. 
➔ Para crianças abaixo de 2 anos, não deve ser administrada concomitantemente com a vacina de sarampo. 
➔ Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exames 
laboratoriais. 
➔ Pacientes que estejam com febre no dia da aplicação, é recomendado adiar. 
➔ Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação. 
➔ Pacientes pós-transplante de órgãos, pacientes com câncer, e pacientes com doenças do timo ou ausência 
deste 
➔ Pacientes que tenham apresentado doença neurológica 
➔ Desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina. 
➔ Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e 
seus derivados, gelatina bovina ou outras). 
➔ Gestantes. 
➔ Mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses. 
REAÇÕES ADVERSAS 
➔ A vacina febre amarela é muito segura, porém, assim como outras imunizações, pode apresentar reações 
adversas em alguns indivíduos. Conheça os eventos adversos comuns, raros e muito raros da vacina: 
• Comuns: Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e dor muscular são os eventos mais 
frequentes e podem ocorrer de 3 a 10 dias após aplicação da vacina. 
 
30 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Raros: Podem ocorrer também, dor, vermelhidão, inchaço e coceira no local da aplicação. O desconforto 
pode durar um ou dois dias na forma leve ou moderada. 
• Muito raros: Reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com 
envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença viscerotrópica (infecção pelo vírus 
vacinal causando danos semelhantes aos da doença) 
TÉTANO 
➔ Doença infecciosa, não contagiosa, causada pela ação da toxina do Clostridium tetani sobre as células do 
SNC; 
➔ VACINA ATRASADA OU PACIENTE SEM PROFILAXIA 
➔ Contato com a bactéria, ferimento porta de entrada; 
➔ Quadro de Hipertonia, espasmos, pode gerar paralisia diafragmática, insuficiência respiratória aguda e 
grave, alterações do SNS e SNP com disautonomia; 
➔ Paciente consciente 
➔ IMUNOPREVENÍVEL X INSUFICIÊNCIA VACINAL 
➔ Notificação compulsória 
➔ PATOGENIA 
• Clostridium tetani libera duas toxinas 
➢ Tetanolisina 
➢ Tetanoespasmina 
AGENTE ETIOLÓGICO: Clostridium tetani (bactéria anaeróbica, produtora de toxinas do solo) 
➔ Doença do sistema nervoso central➔ Caracterizada por espasmos musculares 
➔ Adquirido de forma acidental ou na forma neonatal (manipulação do cordão umbilical por instrumentais 
com esterilização inapropriado) 
➔ Ameaça quando não vacinado 
➔ Devido impossibilidade de eliminar as toxinas do solo, dos esporos do Clostridium tetani do meio ambiente é 
necessário vacinação, tratamento adequado das feridas e lesões traumáticas 
➔ Bactéria, gram + e anaeróbica 
➔ Contato com prego enferrujado e em condições anaeróbicas são ideais para reprodução da bactéria, 
➔ Resistente em condições adversas de dessecamento e temperaturas extremas acima de 120ºC, e então 
consegui viver no ambiente, vive em estados vegetativos e em condições de anaerobiose os esporos produz 
toxinas. 
➔ Os esporos estão presentes em vários ambientes como carpetes, solos e fezes de animais, sendo estes focos 
tetânicos, então o que acontece que temos um ferimento, porta de entrada e entramos em contato com 
estes focos tetânicos, temos uma porta de entrada para o Clostridium que em condições de anaerobiose, 
produz toxina e a doença. 
➔ musculatura e tecidos moles perilesionados que temos uma porta de entrada do clostridium, e nas 
condições ideais de anaerobiose 
• produz a toxina que vai para a junção neuromuscular 
• transportado pelo sistema axonal retrógrado e penetra nos axônios dos neurônios motores que é o 
grande alvo da toxina 
• penetra em axônios de neurônios inibitórios mediadores glicina e gaba, e assim faz perder o controle 
inibitório mediado por estes nt 
FISIOPATOLOGIA 
➔ aumento da frequência de disparos do neurônio 
➔ estado de contração crônica, hipertonia 
➔ estímulos sensoriais: espasmos musculares 
➔ fixação de toxina é irreversível, prolonga tempo de internação 
 
31 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ período de incubação 7 dias 
TRANSMISSAO 
➔ traumas (cortes, lesão de pele, material enferrujado) 
➔ queimaduras 
➔ pé diabético 
➔ gangrena gasosa 
➔ ulceras 
TRATAMENTO 
➔ Deve ser realizado em terapia intensiva com equipe multiprofissional e especializada na doença; • Manejo 
precoce e agressivo das vias aéreas; 
➔ Objetivos do tratamento: interromper a produção de toxinas; obter a neutralização da toxina não ligada; 
fazer o manejo de vias aéreas; controlar os espasmos musculares; fazer o manejo da disautonomia; realizar 
cuidados de suporte. 
➔ Todos os pacientes com Tétano devem ser submetidos a desbridamento da ferida para erradicar os esporos 
e o tecido necrosado, que poderiam levar a condições ideais para a germinação – o desbridamento, apesar 
de ser fundamental, só deve ser realizado após o uso de imunoglobulina antitetânica (IGHAT) ou do soro 
antitetânico (SAT) para evitar a progressão da doença. 
➔ Ainda que os antibióticos possam desempenhar um papel relativamente pequeno no tratamento do Tétano, 
eles são universalmente recomendados. No entanto, é importante salientar que a terapia antimicrobiana 
adequada pode falhar na erradicação do Clostridium tetani, a menos que o desbridamento de feridas 
adequado seja executado. 
➔ Sedação do paciente com uso de benzodiazepínicos e miorrelaxantes 
➔ Desbridamento do foco: limpar com ferimento com SF 0,9%ou água e sabão; 
➔ Medidas de suporte: internação em local silencioso, penumbra, redução ao mínimo dos estímulos visuais, 
auditivos, táteis); 
➔ Manipular o paciente somente o necessário 
➔ Suporte ventilatório; 
➔ Sedação; 
➔ Hidratação adequada; 
➔ Antes da SAT utilizar anti-histamínico; 
➔ Em casos de pacientes com risco de TVP e em idosos utilizar heparina 5.000UI 12/12 horas, SC; 
➔ Mudança de decúbito para evitar escaras; 
➔ Maior risco para pacientes idosos de contraírem tétano, falta do reforço vacinal; 
➔ NEUTRALIZAÇÃO DA TOXINA (TALVEZ PROVA) 
• Recomendação para uso de soro antitetânico (Que vai resolver a toxina que está circulante, menos a do 
axônio) 
• Na neutralização tem que dar uma dose maior 
• Profilaxia é somente quando paciente apresenta fratura exposta com alto risco, sendo preciso ver o 
calendário vacinal 
 
 
32 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
RECOMENDAÇÃO PARA USO DE ANTIBIÓTICO 
 
ERRATA: é 2 milhões a dose de insulina 
 
 
 
 
➔ Devem ser realizados após 1 hora do 
desbridamento do foco, com uso 
perilesional (próximo da lesão), e logo 
iniciar antibioticoterapia com Penicilina G 
e Metronidazol. 
 
TIPO DE FERIMENTO 
➔ LIMPO 
• Risco reduzido; são superficiais e limpos, sem corpo estranho ou tecidos sem vida; 
• Conduta: limpeza e desinfecção, SF 0,9% + solução antisséptica + desbridamento; 
➔ SUJO: 
• Risco aumentado; lesões profundas ou superficiais, porém contaminadas, corpos estranhos ou tecido 
sem vida, queimaduras, feridas puntiformes por arma branca ou de fogo, mordeduras, politraumas, 
fraturas expostas; 
• Conduta: Vacina e Imunoglobulina 
PROFILAXIA 
➔ A profilaxia do Tétano após um ferimento tem uma abordagem específica. A imunização de mulheres 
grávidas ou em idade fértil reduz a mortalidade do Tétano neonatal em cerca de 94%. A higiene adequada 
durante o parto domiciliar, nos países em desenvolvimento, também deve desempenhar um papel 
importante na prevenção do Tétano neonatal.

Continue navegando