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1 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA Farmacologia 3º ciclo HIV HIV: ASPECTOS CLÍNICOS ➔ Problema de saúde, endêmico; ➔ Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); ➔ Evoluem grave disfunção do sistema imune a medida que destroem LT CD4+ (alvo vírus); ➔ Contagem de LT CD4+: marcador utilizado para estimativa do prognóstico e avaliação da indicação de início de terapia antirretroviral (TARV); ➔ TARV: mudança da história da doença no Brasil (1996) OBJETIVOS DO TRATAMENTO ➔ Aumento da sobrevida ➔ Reconstrução do sistema imune ➔ Controle de doenças secundarias ➔ Melhora a qualidade de vida ➔ Redução da transmissão vertical ➔ Redução da carga viral ➔ RISCOS: abortamento ou natimortalidade, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém nascido VIRUS ➔ Vírus do tipo RNA com envelope proteico ➔ Como todos os vírus, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) reproduz- se (replica) utilizando a estrutura genética da célula que infecta, geralmente um linfócito CD4+. ➔ Apresenta mutação rápida ➔ Medicamento tem que conseguir chegar na celula do hospedeiro e ser toxica para o vírus e não para o hospedeiro ➔ As 1ªs classes tem mais opções depois vai se afunilando TRANSMISSÃO ➔ sexual (esperma e secreção vaginal) ➔ sangue (parenteral ou vertical) ➔ leite materno; ➔ pacientes com infecção recente (“aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior carga viral no sangue e secreções sexuais = transmissão mais fácil do vírus; ➔ DST (sífilis, herpes genital e cancro mole): processos inflamatórios com favorecimento da transmissão de HIV; ➔ Doenças não ulcerativas: Gonorreia, infecção por Clamídia, tricomoníase e outras relacionadas ao trato genital inferior. ➔ Gestantes HIV positivo (risco para o concepto) PERIODO DE CONTAGIO ➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO: entre a infecção pelo HIV e aparecimento dos sinais e sintomas de fase aguda – 5 a 30 dias; 2 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ PERÍODO DE LATÊNCIA: período após a fase de infecção aguda, até a imunodeficiência, 5-10 anos (6 anos média); ➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: todas as fases de infecção, risco proporcional a viremia; ➔ DIAGNÓSTICO: pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção (condução exame laboratorial x profissional) PREP E PEP ➔ PREP • É um estilo de vida • Indicado para quem não tem HIV, porem está mais exposto ao vírus • Deve ser tomado todos os dias para proteger do hiv ➔ PEP • É uma urgência • Indicada para quem pode ter sido exposto ao HIV (sexo desprotegido, violência sexual e acidente de trabalho) • Deve ser tomada em até 72 horas após a exposição ao HIV por 28 dias PREP ➔ TENOFOVIR + ENTRICITABINA • TDF (300 mg) + FTC (200 mg) em unico comprimido • Bloqueio das vias de acesso do vírus a célula • Efetiva após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação sexual vaginal, antes disso, o risco permanece significativo. ➢ Não deve ser utilizada como uma pílula do dia seguinte, por exemplo. • A medicação precisa ter níveis adequados no sangue, na mucosa retal, ou na mucosa genital antes que a pessoa possa se expor ao vírus. • Esquema de livre demanda, somente para aqueles se expõe ao risco com menor frequência. • Seguimento clínico e laboratorial a cada 3 meses; • Inicialmente intervalos mais curtos: ➢ 1 mês – período de adaptação ao tratamento; ➢ 1º dispensação: 30 dias ➢ 2º dispensação: 60 a 90 dias; • Avaliação médica e prescrição da profilaxia; • Contraindicação: suspender método preventivo; • Orientações em relação aos sinais e sintomas; • Interromper se sinais de infecção aguda; • Testagem rápida em consulta para verificação do status sorológico • Se positivo: INICIAR TARV PEP ➔ Recomendada em todos os casos de exposição com risco significativo de transmissão do HIV. ➔ RISCOS: sangue, material contaminado, fluídos vaginais, líquido peritoneal, abdominal, pleural, amniótico, articular e líquor. ➔ NÃO TEM RISCOS: lágrimas, fezes, urina, suor, vômitos, secreções nasais, saliva (exceto ambiente odontológico); ➔ Iniciar o mais rápido possível, em até 72 horas após exposição; ➔ Antes de iniciar a medicação deve ser realizado teste rápido (resultado em 30 minutos); ➔ Se positivo não iniciar: infectada anteriormente a exposição ➔ ESQUEMA PARA PEP • 1 cp de TENOFOVIR/LAMIVUDINA por dia + 1cp de DOLUTEGRAVIR 50mg por dia durante 28 dias 3 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Em caso de pessoa fonte ser sabidamente portadora do HIV, deve-se analisar o esquema antirretroviral que usa (devido ao fato de mutações) ➔ Se paciente com Falha virológica • Realizar teste de genotipagem para avaliação de mutação e resistência ➢ Não é um exame frequente ou rotineiro • Após 14 dias: avaliar efeitos adversos; ➔ Orientar em relação aos parceiros; ➔ 30 dias após exposição (final do tratamento): repetir o teste ➔ Repetir com 90 dias novamente HIV – JANELA IMUNOLÓGICA ➔ A janela imunológica é o período entre o contato com o agente infeccioso e o tempo que o organismo leva para produzir quantidade suficiente de anticorpos contra a infecção capazes de serem identificados nos testes ➔ O tempo de produção de anticorpos varia de acordo com cada organismo, por isso o indivíduo recém infectado apresenta os testes sorológicos negativos, mas possui o vírus e/ou bactérias em quantidades suficientes para transmissão ➔ SOROCONVERSÃO: é o período que denota no processo de desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno específico. É individual e podemos ter os soroconvertidos lentos (demora mais de 30 dias para positivar) ➔ Se não ocorrer soroconversão neste intervalo (90 dias), o indivíduo pode ser considerado não infectado a não ser que os antecedentes epidemiológicos e/ou sinais clínicos sugiram a infecção pelo HIV • Se colheu com 90 dias e deu negativo, realmente é negativo • Se deu positivo no 1º teste rápido, provavelmente pessoa adquiriu anteriormente FASES DA INFECÇÃO ➔ INFECÇÃO AGUDA • Incubação do HIV – 3 a 6 semanas e 8 a 12 semanas para produção anticorpos • Baixo índice de suspeição • Viremia elevada: Intensa resposta imune, queda LTCD4 • Quadro gripal: Febre, faringite, mialgia, artralgia, rash, fotofobia, hepatoesplenomegalia, candidíase oral 4 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Iniciar TARV e tratar sintomas ➔ ASSINTOMÁTICA • Duração: meses ou anos • Sintomas clínicos • Exames com contagem de CD4 – estável ou declínio • Linfoadenopatia generalizada, flutuante e indolor ➔ SINTOMÁTICA • Sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável • Infecções oportunistas de menor gravidade • Diarréia, linfadenopatia generalizada, febre, astenia sudorese noturna e perda de peso superior a 10% (duram mais de 1 mês em causa identificada) ➔ DOENÇAS OPORTUNISTAS: Podem agravar a infecção ASPECTOS CLINICOS ➔ Infecção por bactérias ➔ Infecção por fungos ➔ Infecção por protozoários ➔ Alterações neurológicas ➔ Queda de LTCD4 HIV ➔ Os exames de CD4 e carga viral devem ser coletados antes do início da TARV, porém o paciente deve ser aconselhado a iniciar a medicação assim que realizar a coleta. ➔ Se a PVHIV estiver motivada e preparada para iniciar o tratamento, é possível que ela saia da primeira consulta já com a receita médica de TARV. ➔ Os exames laboratoriais devem ser solicitados na primeira consulta, mas seus resultados não devem atrasar o início da TARV; ➔ A solicitação de creatinina não é obrigatória para iniciar tratamento com Tenofovir (TDF). No entanto, é aconselhável a avaliação prévia em pessoas de alto risco ou com história prévia de doença renal. • Todo paciente que fazer uso de TENOFOVIR tem que ser avaliado função renal (dosar creatinina) MEDIDAS DE CONTROLE ➔ PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃOSEXUAL: educação sexual e uso de preservativos masculino e feminino; ➔ PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO SANGUÍNEA: triagem de doadores, realização de teste obrigatório de detecção de anticorpos anti HIV, conscientização dos doadores; ➔ INJEÇÃO E INSTRUMENTOS PERFURO-CORTANTES: manipulação destes materiais, nunca reencapar ou quebrar agulhas, descarte correto (descartex), incineração de lixo-hospitalar, uso de EPI (esterilizados ou desinfectados) FATORES DIFICULTATIVOS DO TRATAMENTO ➔ Complexidade do regime terapêutico: doses diárias, armazenamento em baixa temperatura, dificuldade de ingestão, ajuste de horários das doses, rotina e estilo de vida; ➔ Suporte socioafetivo; ➔ Baixa instrução/escolaridade, cognição, transtornos mentais, depressão, ansiedade; ➔ Efeitos colaterais, relação com o médico e equipe de profissionais de saúde; ➔ Abuso de álcool e/ou drogas ➔ Reconhecer e respeitar as diferenças individuais significa aplicar o princípio da equidade nas práticas de saúde ➔ O acesso a informação sobre própria condição de saúde e possíveis efeitos adversos é um direito do usuário ➔ Compreensão da enfermidade; ➔ Objetivos da terapia ➔ Motivação e Disposição. 5 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Não tem cura, mas tem tratamento ➔ Redução da carga viral (replicação viral); ➔ Entendimento: dose, horário, quantidade de comprimidos/ cápsulas (uso de tabelas), efeitos adversos TRATAMENTO ➔ Aumento da carga viral quando não tratado, contagem alta de LTCD4+; ➔ OBJETIVO TARV: • Reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável (< 20 a 50 cópias/ml); • Restaurar a contagem de CD4 a um nível normal (restauração ou reconstituição imunitária) ➔ FALHA DE TRATAMENTO: são feitos testes de sensibilidade ao fármaco (resistência) da cepa dominante do HIV ou genotipagem ➔ Vírus HIV - COMPOSIÇÃO • DNA e RNAm • Capsídeo: estrutura proteica que envolve o material genético • Envelope – membrana lipídeos e glicoproteínas que revestem o capsídeo • Diferenças metabólicas entre os tipos de vírus o que dificulta o surgimento de agentes de amplo espectro ➔ Replicação do vírus ➔ Para suprimir completamente a replicação do HIV é necessário combinação de 2, 3 ou 4 medicamentos de classes diferentes. ➔ A escolha deve se basear em: • Efeitos adversos previstos • Simplicidade do esquema • Doenças concomitantes (p. ex., disfunção hepática ou renal) • Outros fármacos tomados (para evitar interações medicamentosas) ➔ Adesão maximizada para tratamentos acessíveis e toleráveis, dosagens únicas por dia ou 2x dia; ➔ Disponibilidade de tratamento com >/ 2 medicamentos são utilizados para simplificar os esquemas e melhorar a adesão 6 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ESTIMATIVA DE INICIO DO TRATAMENTO ➔ Redução da transmissão sexual quando paciente está em tratamento com TARV e baixa carga viral; ➔ Não interromper após início; ➔ Incentivar o uso de preservativos mesmo quando supressão viral, pois há uma redução de contágio, mas não elimina a possibilidade COMO INICIAR O TRATAMENTO INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA NUCLEOSIDEOS - ITRN ➔ Atuam competindo com os nucleosideos naturais na ligação da transcriptase reversa ➔ ITRN: entram no lugar de um nucleotídeo, quando ribossomo passar pra fazer leitura, não vai conseguir fazer a reprodução do material genético porque vai ter um ‘’erro’’ de leitura • impedem a transcriptase reversa do hiv de converter RNA de hiv em DNA INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA NÃO NUCLEOSIDEOS – ITRNN ➔ Agem de modo direto e não competitivo, interagindo com a enzima e causando sua inativação 7 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ ITRNN: NÃO vai entrar no lugar de um nucleotídeo, vai inibir a própria enzima (transcriptase reversa) (EFAVIRENZ) ➔ inibem o processo de síntese de DNA viral através da transcriptase reversa, que iria sintetizar o dna viral através da “leitura” do RNA viral, após a entrada do vírus no citoplasma INIBIDORES DA PROTEASE ➔ Simulam peptídeos e levam a inibição da protease, com geração de partículas virais imaturas e defectivas ➔ impedem que a protease ative certas proteínas no interior dos vírus recém-produzidos. o resultado é um hiv imaturo e defeituoso que não infecta novas células. • A protease faz o capsídeo proteico do vírus ➔ estes medicamentos irão impedir a síntese de proteínas para formação de novo vírus. a protease é uma enzima importante para a replicação viral, assim ficará impedida de replicar o vírus ➔ os IP são para casos resistentes INIBIDORES DA INTEGRASE ➔ Impedem a integrase, enzima que integra o material genético do HIV no genoma celular ➔ impedem a integração do dna do hiv ao dna humano. • A Integrase integra o DNA do vírus com o humano e o DOLUTEGRAVIR impede essa ação ➔ EX: DOLUTEGRAVIR (DTG) INIBIDORES DA FUSÃO ➔ Inibe a ligação do vírus à celula ➔ os inibidores de fixação impedem o hiv de se ligar às células T do hospedeiro e a outras células do sistema imunológico, impossibilitando, assim, sua entrada nas células. ➔ ENFUVIRTIDA (T20) INIBIDORES DO CCR5 – ICCR5 ➔ Inibe correceptores responsáveis pela entrada do vírus na celula ➔ inibidores de entrada (fusão) impedem o hiv de entrar nas células. para entrar na célula humana, o hiv deve se ligar a um receptor cd4 e outro receptor, tal como o receptor ccr5. um tipo de inibidor de entrada, inibidor de ccr-5, bloqueia o receptor de ccr-5 impedindo que o hiv entre nas células humanas ➔ MARAVIROC (MVQ) 8 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ TDF (TENOFOVIR) ➔ ABC (ABACAVIR) • Principal efeito adverso é o exantema, sendo necessário fazer a troca de medicamento ➔ AZT (ZIDOVUDINA) ➔ ddl (DIDANOSINA) ➔ no lugar do EFV se usa DOLUTEGRAVIR Protocolo padrão antes de 2017 (PROVA) ➔ Em 2017: mudança dos inibidores da transcriptase reversa não nucleotídeo- passou do efavirense para o dolotegravir que inibe a integrase (que integra o DNA do hospedeiro com o do vírus). Hoje: lamotidina + telofovir + dolotegravir -> TARV ➔ LAMOTIDINA 300MG ➔ TENOFOVIR 300MG • se for trocar, troca por AZT, ABACAVIR (600MG) E DIDONOSINA 400MG ➔ DELOTEGRAVIR 50MG ➔ EFAVIRENZ 600MG ➔ TDF (TENOFOVIR) ➔ 3TC (LAMUVIDINA) ➔ AZT (ZIDOVUDINA) ➔ LPVr (LOPINAVIR + RITONAVIR ➔ Nessas condições é necessário ajustar os medicamentos e o tratamento 9 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA HIV – ASPECTOS CLINICOS ➔ tripla combinada, o chamado três em um, dos medicamentos TENOFOVIR (300MG), LAMIVUDINA (300MG) E EFAVIRENZ (600MG). HIV PARTE 2 TRATAMENTO ➔ Vírus se ancora em uma celula do tipo CD4 ➔ Vírus tem uma partícula lipoproteica ➔ Enzima (transcriptase reversa) que faz o RNA do vírus se transforme em DNA viral para poder usar da maquinaria celular ➔ Integrase: integra DNA do vírus com DNA do hospedeiro para poder se reproduzir • DOLUTEGRAVIR: inibidor de Integrase ➢ NÃO INIBE TRANSCRIPTASE REVERSA ➔ Protease: Para tornar vírus maduro tem que ter capsula proteica chamada INDICAÇÕES DO DOLUTEGRAVIR ➔ Crianças acima de 12 anos e mais de 40kg ➔ Pessoas nunca tratadas e que vão começar o tratamento a partir de 2017. ➔ Pessoas que tem falha terapêutica com o Efavirenz (carga viral detectável após 6 meses de tratamento diário) ➔ Pessoas que possuem alguma contraindicação ao Efavirenz ➔ Pessoas com efeitos adversos importantes ao Efavirenz ➔ Pessoas com intolerância ao Efavirenz CONTRAINDICAÇÕES DO EFAVIRENZ ➔ Pessoas com problemas psiquiátricos como esquizofrenia. ➔ Pessoas com alergia ao remédio ➔ Pessoas que trabalham a noite e não podem dormir em serviço ➔ Pessoas com esquizofrenia ➔ Pessoas com outros problemas de saúde e que tomamoutras medicações que interagem com o Efavirenz ➔ Usuárias dos seguintes medicamentos: Fenitoína, Fenobarbital, Oxicarbamazepina, Carbamazepina, Dofetilida, pilsicainida, OBSERVAÇÃO: ➔ Pacientes em uso de esquemas com Efavirenz como o 3 em 1 (Tenofovir, Lamivudina, Efavirenz), que tenham carga viral indetectável e com boa tolerância, não possuem indicação de troca do Efavirenz pelo Dolutegravir. ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO AVALIAR: ➔ Historia de infecções prévias como Tuberculose, Infecções Sexualmente Transmissíveis ➔ Cirurgias prévias ➔ Histórico de vacinas ➔ Alergias conhecidas ➔ Doenças pregressas ➔ Uso contínuo de medicações 10 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ História médica familiar de: • Diabetes Mellitus • Neoplasias • Doenças Cardiovasculares • Alterações do colesterol • Doenças psiquiátricas como depressão, esquizofrenia, história de suicídio • Chagas, Hepatite crônica ➔ Estilos de vida: • Tabagismo • Etilismo • Outras drogas recreacionais • Parcerias e práticas sexuais • Utilização de preservativos • Prática de atividade física CARGA VIRAL FICAR INDETECTÁVEL? costuma variar de 12 a 24 semanas. ➔ Avaliar carga viral e LTCD4 ➔ PARA ALCANÇAR SUPRESSÃO VIRAL • Baixa carga viral inicial • ARV potentes • Boa tolerância do paciente ao esquema escolhido (poucos efeitos colaterais) • Boa posologia do esquema escolhido (poucas tomadas e/ou poucos comprimidos) • Excelente adesão do paciente aos ARV. EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO ➔ Anemia ➔ Hepatite ➔ IR ➔ Pancreatite ➔ intolerância a glicose (mais evidente em quem toma inibidores da protease) ACOMPANHAMENTO: ➔ hemograma, glicemia, dislipidemia, função hepática, pancreática e renal, exame de urina. EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO ➔ EFEITOS METABOLICOS: PRINCIPALMENTE IP • Proporcional a dose, iniciam 1º ou 2º ano de tratamento; • Relacionado a redistribuição de gordura, hiperlipidemia e resistência insulínica; • Gordura: rosto, tronco, pescoço, mamas e abdome (lipodistrofia); • Obesidade Central + Hiperlipidemia + Resistência Insulínica = Síndrome Metabólica, aumento do risco de infarto, AVC e demência. ➔ EFEITOS METABOLICOS • Esteatose hepática • Minimização com uso de estatinas e de fármacos de sensibilização da insulina (glitazonas); Alimentação saudável, atividade física regular ➔ COMPLICAÇÕES ÓSSEAS: • osteopenia e osteoporose assintomáticas • Menos comum: necrose avascular de grandes articulações como quadril, joelho e ombro. INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO 11 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ É segura quando suspensos todos os TARV simultaneamente, mas como temos Nevirapina que permanece elevados podemos desenvolver resistência; ➔ Doenças concomitantes ou toxicidade intolerável ➔ Reintroduzir monoterapia no caso de toxicidade por alguns dias; ➔ ABACAVIR: reação de hipersensibilidade potencialmente fatal com reexposição; febre e exantema e risco aumentado para HLA-B*57 (teste genético • Não é uma boa escolha para reintrodução do tratamento HIV – ASPECTOS CLINICOS ➔ EFZ: exantema, fetais e alterações de sono HEPATITE A ➔ Doença viral aguda (vírus HAV) ➔ Formas de transmissão fecal oral (Agua, alimentos e objetos) ➔ Manifestação clínica variada e formas subclínicas, oligossintomáticos e até fulminantes (2 a 8%). ➔ Os sintomas se assemelham a síndrome gripal, mas com elevação das transaminases. ➔ A frequência de quadros ictéricos aumenta com a idade. ➔ O quadro clínico é mais intenso à medida que aumenta a idade do paciente ➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite A (HAV). Vírus RNA, família Piconarviridae ➔ RESERVATÓRIO: O homem, principalmente. Também primatas, como chimpanzés e saguis. ➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença • Inicia antes do diagnostico até depois do termino dos sintomas FASES DA DOENÇA 12 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Paciente entender quais cuidados deve ter, materiais de higiene, etc. ➔ INCUBAÇÃO: de 15 a 45 dias ➔ FASE PRODROMICA OU PRE ICTERICA: duração de 7 dias (apresenta vomito, mal estar, cefaleia, febre baixa e desconforto abdominal) ➔ ICTERICO: duração de 4 – 8 semanas: 2 a 3 dias de colúria, hipocolia fecal, artralgia e hepatoesplenomegalia ➔ CONVALESCENÇA: retorno da sensação de bem estar, regressão da icterícia, fezes e urina voltam a coloração normal CONTÁGIO COMPLICAÇÕES ➔ As formas prolongadas ou recorrentes são raras e caracterizam-se pela manutenção das transaminases em níveis elevados por meses ou, até mesmo, 1 ano. DIAGNOSTICO ➔ Pode ser clínico laboratorial, clínico epidemiológico e laboratorial. ➔ Apenas com os aspectos clínicos, não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos. ➔ Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. ➔ As bilirrubinas são elevadas sobretudo à custa da fração não conjugada (indireta) ➔ Tempo de protrombina pode estar aumentado, indicando gravidade. 13 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Na infecção aguda, o anti-HAV IgM é positivo (desde o início da sintomatologia, que, normalmente, desaparece após 3 - 6 meses do quadro clínico). ➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Hepatite por vírus B, C, D ou E; infecções como: leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares; uso abusivo de álcool; e uso de alguns medicamentos e substâncias químicas ➔ Na infecção passada e na vacinação, o anti-HAV/IgG é positivo (detectado 1 semana após o início dos sintomas, que se mantêm ao longo da vida) TRATAMENTO ➔ NÃO EXISTE TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA A FORMA AGUDA. ➔ Se necessário, tratamento apenas dos sintomas: náuseas, vômitos e prurido. Como recomendação geral, orienta-se repouso relativo até praticamente a normalização das aminotransferases. ➔ Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. ➔ De forma prática, deve-se recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. ➔ A ÚNICA RESTRIÇÃO RELACIONA-SE À INGESTÃO DE ÁLCOOL, que deve ser suspensa POR 6 MESES, no mínimo, e, preferencialmente, POR 1 ANO. ➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. ➔ As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico DEFINIÇÃO DE CASO ➔ SUSPEITA CLÍNICA/ BIOQUIMICA: • SINTOMÁTICO ICTÉRICO: Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal 14 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico confirmado. • Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico confirmado VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA ➔ SINTOMÁTICO ANICTÉRICO • Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das aminotransferases. ➔ SUSPEITA CLÍNICA/ BIOQUÍMICA: ASSINTOMÁTICO • Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos/colocação de piercing/ tatuagem com material contaminado, por uso de drogas endovenosascom compartilhamento de seringa ou agulha. • Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro, igual ou superior a três vezes o valor máximo normal dessas enzimas, segundo o método utilizado. ➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE • Doador de sangue: Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes para Hepatite A. • Confirmado - Indivíduo que preenche as condições de suspeito com marcador anti-HAV IgM positivo; ou indivíduo que preenche as condições de suspeito mais um vínculo epidemiológico com caso confirmado por sorologia de Hepatite A MEDIDAS DE CONTROLE ➔ Notificação de surtos e os cuidados com o paciente. A notificação é importante para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão por meio de medidas preventivas. ➔ Os cuidados com o paciente incluem o afastamento do mesmo das atividades normais. Se a infecção ocorrer em criança, orientar sua ausência temporária da creche, pré-escola ou escola, durante as primeiras duas semanas da doença. ➔ A desinfecção de objetos, limpeza de bancadas, chão, entre outros. pode ser feita utilizando cloro ou água sanitária. MEDIDAS PREVENTIVAS ➔ Educação da população quanto às boas práticas de higiene, com ênfase na lavagem das mãos após o uso do banheiro ➔ Preparação de alimentos e antes de se alimentar; disposição sanitária de fezes; ➔ Medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto; ➔ Orientação das creches, pré-escolas e instituições fechadas para a adoção de medidas rigorosas de higiene, tais como lavagem das mãos ao efetuar trocas de fraldas; ➔ Ao preparar os alimentos e antes de comer, além da desinfecção de objetos, bancadas, chão; cozimento adequado dos mariscos, frutos do mar e desinfecção (uso de cloro) dos alimentos crus. VACINAÇÃO ➔ ATUALIZAÇÃO: DOSE ÚNICA COM 15 MESES • Se não soroconverte é necessário administrar mais doses ➔ INDICAÇÕES DA VACINAÇÃO: • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia; • Portadores crônicos do HBV e HCV; • Coagulopatia; • Crianças menores de 13 anos com HIV/Aids; • Adultos com HIV/Aids que sejam portadores do HBV ou HCV; 15 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Doenças de depósito; • Fibrose cística; • Trissomias; • Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; • Hemoglobinopatias ➔ CONTRAINDICAÇÕES VACINAÇÃO: • As contraindicações se restringem à história de reação anafilática a algum dos componentes da vacina e à gravidez. ➔ EVENTOS ADVERSOS: • pós-vacinação (EAPV) locais observados são a dor, eritema ou edema, que ocorrem entre 20 e 50% dos vacinados, sendo leves e transitórios. • Os EAPV sistêmicos mais comuns são febre e fadiga e ocorrem em menos de 5% dos vacinados. Os casos de anafilaxia são raros HEPATITE B ➔ Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática (até formas fulminantes). ➔ As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. ➔ A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal. ➔ Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem estar presentes ➔ Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente. • Trata os sintomas em fase aguda ➔ Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 meses. ➔ O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção: • Assim, em menores de um ano chega a 90%, entre 1 e 5 anos esse risco varia entre 20 e 50% e em adultos, entre 5 e 10%. Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida evoluem para a cronicidade com maior frequência ➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da família Hepadnaviridae. ➔ RESERVATORIO - O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e esquilo MODO DE TRANSMISSAO ➔ O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido: • Via sexual • Transfusões de sangue • Procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança, • Transmissão vertical (mãe-filho) • Contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de escova dental e lâminas de barbear) • Acidentes perfurocortantes • Compartilhamento de seringas • Material para a realização de tatuagens e piercings ➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO - De 30 a 180 dias (em média, de 60 a 90 dias). ➔ PERIODO DE TRANSMISSIBILIDADE - De 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos. ➔ COMPLICAÇÕES - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular. 16 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA DIAGNOSTICO ➔ Clínico-laboratorial e laboratorial. ➔ Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos. ➔ Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. ➔ As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada, indicando gravidade. Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular ➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: • Hepatite por vírus A C, D ou E • infecções como leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose; • doenças hemolíticas; • obstruções biliares; • uso abusivo de álcool e uso de alguns medicamentos e substâncias Químicas TRATAMENTO ➔ Não existe tratamento específico para a forma aguda. ➔ Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. ➔ Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve se recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar ➔ A única restrição relaciona-se à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente por 1 ano. ➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. ➔ As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. 17 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clínicoterapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. ➔ Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA ➔ NOTIFICAÇÃO: Os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados, visando a proteção dos contatos não-infectados DEFINIÇÃO DE CASO ➔ SINTOMÁTICO ANICTÉRICO - Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal- estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das aminotransferases ➔ ASSINTOMÁTICO - Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos; colocação de piercing/ tatuagem com material contaminado, por uso de drogas endovenosascom compartilhamento de seringa ou agulha. • Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do caso índice. ➔ Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro, igual ou superior a três vezes o valor máximo normal dessas enzimas, segundo o método utilizado. ➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE: Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes para Hepatite B. ➔ Indivíduo assintomático com marcador reagente para hepatite viral B. ➔ SUSPEITO COM MARCADOR SOROLÓGICO REAGENTE • Confirmado • Indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais dos marcadores sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para Hepatite B conforme listado abaixo: • HBsAg reagente: Antígeno de superfície que desaparece após 4 a 6 meses da melhora da hepatite • Anti-HBc (proteína de capsídeo) IgM reagente • DNA do VHB detectável. MEDIDAS DE CONTROLE ➔ Incluem a profilaxia pré-exposição, pós-exposição; o não compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas; triagem obrigatória dos doadores de sangue; inativação viral de hemoderivados; e medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde. ➔ A vacinação é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite B (calendário vacinal do SUS, faixas etárias específicas e situações de vulnerabilidade ➔ Faixas etárias específicas • Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto. • Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. • Em recém nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. ➔ Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde vacinas do calendário básico ➔ A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras ➔ Para todas as faixas etárias • A vacina contra a Hepatite B está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), conforme Manual do CRIE, 3ª edição, do Ministério as Saúde, 2006, para os seguintes casos: • vítimas de abuso sexual • vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB; • comunicantes sexuais de portadores de HBV 18 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • profissionais de saúde • hepatopatias crônicas e portadores de Hepatite C • doadores de sangue • transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea • doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea • potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos • nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica • convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de HBV • asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas • fibrose cística (mucoviscidose); • doença de depósito • imunodeprimidos • populações indígenas • usuários de drogas injetáveis e inaláveis • pessoas reclusas (em presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc) • carcereiros de delegacias e penitenciárias • homens que fazem sexo com homens • profissionais do sexo • profissionais de saúde • coletadores de lixo hospitalar e domiciliar • bombeiros, policiais militares, policiais civis e policiais rodoviários; - profissionais envolvidos em atividade de resgate VACINAÇÃO ➔ O esquema básico de vacinação é de 3 doses, com intervalo de 1 mês entre a primeira e a segunda dose e de 6 meses entre a primeira e terceira dose. O volume a ser aplicado é de 1ml, em adultos, e 0,5ml, em menores de 11 anos, a depender do laboratório produtor. ➔ A imunoglobulina humana anti-Hepatite B (IGHAHB), disponível nos Crie, deve ser administrada, usualmente em dose única: 0,5ml para recém nascidos ou 0,06ml/kg de peso corporal, máximo de 5ml, para as demais idades. ➔ A IGHAHB deve ser aplicada por via intramuscular, inclusive na região glútea. ➔ A IGHAHB na gravidez não é considerada contraindicada ➔ Na amamentação: deve ser administrada com cuidado, pois não se sabe se é excretado no leite. ➔ Exige intervalo de 3 meses para vacinação contra rubéola, sarampo, varicela e caxumba ➔ EFEITOS ADVERSOS: • GI: náuseas, vômitos • PELE: dor no local da aplicação, sensibilidade, vermelhidão, coceira, urticaria • SNC: febre, síncope, dores nas juntas, dor de cabeça ➔ A IGHAHB deve ser aplicada por via intramuscular, inclusive na região glútea. Quando administrada simultaneamente com a HB, a aplicação deve ser feita em grupo muscular diferente. ➔ É indicada para pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da Hepatite B, nas seguintes situações: • prevenção da infecção perinatal pelo vírus da Hepatite B • vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por HBV, sem vacinação para Hepatite B • Vítimas de abuso sexual • Imunodeprimidos após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados • Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do vírus adotando medidas simples, tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas descartáveis. • Neoplasias e HIV ➔ Faixas etárias especificas 19 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto. • Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. • Em recém nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. ➔ A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico. OBSERVAÇÕES ➔ Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do vírus adotando medidas simples, tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas descartáveis. ➔ Recomenda-se, também, consultar as normas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais: • Recomendações para imunização ativa e passiva de doentes com neoplasias e Recomendações para vacinação em pessoas infectadas pelo HIV ➔ Profilaxia da Hepatite B em com Imunoglobulina: • Adultos e crianças a partir de 2 anos de idade que: ➢ não foram vacinados contra hepatite B (Incluem-se aqueles cujos atestados de vacina estejam incompletos ou extraviados). ➢ estejam expostas ao risco de infecção da hepatite B pelo contato com material virulento, como sangue, plasma ou soro. ➢ Adultos e crianças cuja capacidade de gerar resposta imune é fraca e não formaram anticorpos em quantidade mensurável contra a hepatite B, mesmo depois de 6 doses de vacina. - De preferência, como profilaxia simultânea (passiva ou ativa) em combinação com vacina contra hepatite B • Após ser exposto à contaminação, o paciente deverá receber uma dose adicional da vacina contra hepatite B, juntamente com a administração de da Imunoglobulina. • A Imunoglobulina não é indicado quando a pessoa exposta ao risco foi vacinada contra a hepatite B e comprovadamente formou-se um número suficiente de anticorpos (no mínimo 10UI/litro de soro). • Se não for possível determinar o valor de anti- HbsAg no prazo de 24 horas, é necessária uma profilaxia simultânea (vacina e imunoglobulina). • Deve-se documentar cuidadosamente a administração de imunoglobulina e vacina, bem como os resultados de determinação dos anticorpos. B. Profilaxia da reinfecção em transplantes de fígado de pacientes HbsAg positivo. ➔ A primeiradose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. ➔ O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose ➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é indicada para proteção (imunização) contra a infecção pelo vírus da hepatite B. Ao conferir proteção contra o vírus da hepatite B, o indivíduo fica protegido contra a infecção pelo vírus da hepatite D. ➔ A vacina não protege contra infecções por outros vírus causadores da hepatite (vírus A, C e E). ➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é recomendada para imunização generalizada de populações, especialmente para recém-nascidos e grupos submetidos a maiores riscos de contaminação pelo vírus, como os profissionais de saúde, manipuladores de vírus e outros ➔ Este produto pode ser administrado em recém-nascidos, adolescentes, adultos, gestantes e idosos nas doses recomendadas. A vacinação evita não só a infecção pelo vírus como também complicações crônicas posteriores causadas pelo vírus, como cirrose e câncer primário de fígado (carcinoma hepatocelular). ➔ A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) atua em células especiais do organismo (linfócitos) estimulando-as à formação de anticorpos que neutralizam o vírus da hepatite B que eventualmente o indivíduo vacinado venha a se expor 20 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA TRATAMENTO ➔ Hepatite B crônica • TENOFOVIR 300mg 1xdia • ENTECAVIR (usado somente quando TENOFOVIR não der certo) • INTERFERON PEGUILADO: pacientes com hepatite B crônica sem cirrose ➢ Apenas via parenteral ➔ Os interferons (IFNs) são glicoproteínas naturais de sinalização celular que pertencem à classe das citocinas. ➔ Eles participam do controle e da replicação celular, e são modificadoras da resposta imunológica, com efeitos antiviral, antiproliferativo e imunomodulador ➔ Mecanismo do Interferon • Ele poderá induzir a proteína quinase ou a oligoadenilato sintase ou ainda a fosfodiasterase; • Quando há indução da proteína quinase há inibição de síntese proteica do vírus; ➢ A síntese proteica acontece quando ele duplicou material • Quando a indução da oligoadenilato sintetase, há promoção da degradação do RNAm viral; • E quando há indução da fosfodiesterase há inibição o RNAt transportador do vírus e inibir a tradução do vírus. • Com estes três mecanismos o interferon consegui reduzir a infecção causada pela Hepatite B e Hepatite C; • Tem baixa biodisponibilidade pela via oral (menos de 1%), devendo ser administração pela via IV ou SC. • Após ser administrada, será distribuído por todos os tecidos exceto SNC e olhos e com T1/2 de apenas 4 horas • EA: febre, dor de cabeça e prurido. ➢ Mas a principal é a supressão de medula óssea (anemia) além de neuro ou cardiotóxico e perda da fertilidade, sendo necessário ACOMPANHAMENTO HEMATOLOGICO (pedir hemograma sempre) OBSERVAÇÃO ➔ Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção pelo vírus da hepatite B, mas podem retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo. HEPATITE C ➔ Doença viral com infecção assintomática ou sintomática, podendo ser fulminante (rara) ➔ Hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. ➔ Icterícia acontece nos casos agudos quando desaparece febre, podendo ser precedida de colúria e hipocolia fecal. ➔ Os sintomas da fase aguda desaparecem paulatinamente; ➔ 60 a 90% acontece cronificação, sendo maior em função de fatores do hospedeiro (masculino, imunodeficiência, maior que 40 anos) ➔ AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus da Hepatite C (HAV). Vírus RNA, família Flaviviridae ➔ RESERVATÓRIO: O homem, principalmente. Também chimpanzés. TRANSMISSÃO ➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: - Parenteral. ➔ População de Risco x via parenteral: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, compartilhamento de materiais (usuário de drogas), inaláveis, tatuagem, piercings ou outras formas de exposição percutânea. ➔ Transmissão sexual pode ocorrer em pessoas com múltiplos parceiros e prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo) ➔ Facilitador de transmissão: coexistência de alguma DST como HIV; ➔ Transmissão perinatal: possível de ocorrer no momento do parto ou logo após. 21 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Transmissão intrauterina é incomum; ➔ A transmissão pode mãe e filho pode estar associada ao genótipo e á carga viral elevada HCV; ➔ Há possibilidade da transmissão pelo aleitamento materno (já encontrado partículas virais no colostro e leite materno), mas não há evidencias conclusivas de aumento do risco á transmissão, exceto quando há fissuras ou sangramento nos mamilos. ➔ Leite materno (lactância materna de mãe com vírus ativo) ➔ Uso prévio ou atual de terapia de substituição renal (hemodiálise) ➔ PERÍODO DE INCUBAÇÃO: varia de 15 a 150 dias ➔ PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Inicia-se uma semana antes dos sintomas e enquanto o paciente apresentar RNA-HCV detectável. ➔ COMPLICAÇÕES: Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, etc) EVOLUÇÃO NATURAL DA HEPATITE C DIAGNOSTICO ➔ Clínico laboratorial ➔ Apenas os aspectos clínicos não são possíveis identificar o agente etiológico, sendo necessário exames sorológicos. ➔ Exames: TGO/AST, TGP/ALT, bilirrubinas elevadas e TP alargado ➔ Na fase crônica, há ondulação dos níveis séricos das transaminases principalmente ALT/TGP; ➔ Definição do agente é feita pelo marcador sorológico anti-HCV, que indica contato prévio com o agente, mas não define infecção aguda ou pregressa e curada espontaneamente, ou se houve cronificação da doença. ➔ A presença do vírus deve ser confirmada pela pesquisa qualitativa do HCV-RNA ➔ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Hepatite por vírus A, B, D ou E; infecção por leptospirose, febre amarela, malária, dengue, sepse, citomegalovírus e mononucleose. ➔ Hepatite crônica é quando o vírus da hepatite C ainda circula pelo sangue mesmo após 6 meses do contato inicial; ➔ Como muitas pessoas não apresentam sintomas de hepatite aguda, ou apresentam apenas sintomas brandos inespecíficos, na maioria das vezes o diagnóstico da hepatite C é realizado já na fase crônica. VACINAÇÃO ➔ Paciente com hepatite C devem ser testados e caso necessário, vacinados para hepatite A e B ➔ Prevenção de reinfecção e outras infecções sexuais ➔ Orientações quanto ao uso de preservativos e do sexo seguro. ➔ Poupar o fígado ➔ Evitar ingesta de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas, tabagismo e medicações que possam aumentar o risco de lesão ao fígado. ➔ OBSERVAÇÃO: HEPATITE C não possua uma vacina própria, você pode se proteger. É recomendado que todos se imunizem com as vacinas contra hepatite A e B para prevenir a coinfecção com esses vírus da hepatite, o que pode prejudicar ainda mais o funcionamento do seu fígado. 22 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA TRATAMENTO ➔ O tratamento do vírus da hepatite C nos casos de doença avançada, evita a evolução das lesões, mas não elimina os sintomas. ➔ Recomenda-se repouso relativo até a normalização das transaminases. ➔ Dieta pobre em gordura e rica em carboidrato, ser agradável para paciente anorético; o próprio paciente pode definir; ➔ Restrição em relação a ingesta de álcool por ser meses no mínimo e preferencialmente por 1 ano. ➔ Se fila de transplante, aguardar transplante para início do tratamento pois a melhora do quadro pode retardar o transplante. ➔ A cirrose hepática em si, não tem tratamentoespecífico. Existe apenas controle dos sintomas. ➔ O tratamento do vírus nos pacientes cirróticos, quando ele ainda está circulando no sangue, melhora as condições do fígado e os sintomas podem melhorar. ➔ Contudo, um fígado já em cirrose não volta ao normal naturalmente após a eliminação do vírus. ➔ Ou seja, o paciente melhora dos sintomas, mas não deixa de ter a indicação do transplante. ➔ OBJETIVOS GERAIS DO TRATAMENTO: • Reduzir a progressão da doença, prevenir as complicações da cirrose • Reduzir o risco de carcinoma hepatocelular. • Eficácia terapêutica, deve-se buscar também a segurança no tratamento e qualidade de vida do paciente. • Pode evoluir para cirrose com acentuada morbimortalidade devido descompensações e eventual evolução para o carcinoma hepatocelular, constituindo a causa mais frequente de indicação de transplante hepático em todo mundo. • Obter RVS (carga virológica sustentada) a partir da 12º a 24º semana após tratamento ➔ OBJETIVOS DO TRATAMENTO EM FASE AGUDA • Apresenta sintomas inespecíficos • Reduzir o risco de evolução para a cronicidade (cirrose, câncer hepático e óbito) • Diminuir a transmissão • Nem todas as pessoas com hepatite C aguda precisam tomar remédios, o próprio organismo da pessoa infectada consegue combater e eliminar o vírus sozinho. ➢ (é uma doença autolimitada) ➢ Se ANTI HCV +, pessoa já teve contato com o vírus • No entanto, o uso de medicação mais precoce ajuda na resposta terapêutica. • É por isso que nas hepatites agudas, o acompanhamento médico deve ser realizado de perto e a decisão do início do uso de medicamentos deve ser assertiva. • O exame de carga viral da hepatite C (HCV-RNA) deve ser feito no momento do diagnóstico e repetido 4 semanas depois ➢ Se ANTI HCV RNA +, paciente está com o vírus transmitindo ➢ Esse exame mostra se paciente está ou não com o vírus • Os níveis da carga viral da hepatite C, indicarão a necessidade ou não de tratamento medicamentoso. ➔ IMPORTANTE • Medicações usadas no tratamento da hepatite C, como a RIBAVIRINA E ALFAPEGUINTERFERONA, estão comprovadamente relacionadas à má formação do feto. • O TRATAMENTO DA HEPATITE C NÃO PODE SER REALIZADO DURANTE A GESTAÇÃO • HOMENS EM TRATAMENTO PARA HEPATITE C NÃO PODEM ENGRAVIDAR SUAS PARCEIRAS E MULHERES EM TRATAMENTO NÃO PODEM ENGRAVIDAR ATÉ 6 MESES APÓS O TERMINO ➢ Necessário ter um planejamento familiar • A adoção de método contraceptivo eficaz está indicada às pacientes do sexo feminino em idade fértil e aos pacientes do sexo masculino com parceira sexual em idade fértil até 24 semanas após a conclusão do tratamento. 23 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ESQUEMA DE TERAPIA TODOS COM HEPATITE C ATIVA DEVEM SER TRATADOS INDEPENDENTE DO TEMPO OU GRAVIDADE DA INFECÇÃO ESCOLHA DO ESQUEMA TERAPEUTICO ➔ A escolha do esquema e tempo de tratamento depende de fatores como: • Genotipagem do vírus para poder fazer tratamento • Coinfecção com HIV • Gravidade de doença • Presença de cirrose e se está compensada ou não • Tratamentos previamente utilizados • Antes do inicio de qualquer esquema, o médico infectologista deve avaliar minuciosamente prováveis interações entre cada medicação proposta com as de uso habitual. TRATAMENTO ➔ Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, NÃO AGRAVAR DANO HEPÁTICO; ➔ Drogas Hepatoprotetoras, associadas ou não a complexo vitamínico, não tem valor terapêutico; ➔ HEPATITE CRÔNICA: necessitará de tratamento, e deve ser de acordo com o grau de acometimento hepático; • Se paciente tem outras comorbidades ou não ➔ Paciente sem manifestação de hepatopatia e com aminotransferase normais deve ser avaliado clinicamente e repetir exames a cada 6 meses. ➔ O tratamento deve ser realizado em serviço especializado, para acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais. ➔ TRATAMENTO DE FASE CRONICA • Indicada para pacientes virgens de tratamento ou previamente testados com fibrose significativa e/ou manifestações extra-hepáticas importantes de evolução para lesão em órgão-alvo e/ou com impacto na qualidade de vida devem ser tratados independente do grau de fibrose; • Os DAA (Antivirais de ação direta) podem curar a maioria das pessoas com infecção por HCV e a duração do tratamento é curta (geralmente de 12 a 24 semanas), dependendo da presença ou não de cirrose. • A OMS recomenda iniciar o tratamento em todos os indivíduos com 12 anos de idade ou mais que foram diagnosticados pela infecção, independentemente do estágio da doença. • Exames de controle de toxicidade devem ser feitos independente dos sintomas do paciente, pois muitas vezes estes efeitos aparecem apenas em exames específicos ➢ Se usar anticoagulante, necessário usar um medicamento de ação direta, que inibe somente um fator de coagulação • Os exames a serem realizados e sua periodicidade de realização variam de acordo a: 24 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➢ Esquema terapêutico utilizado ➢ Outras doenças ou situações de saúde prévia do paciente ➢ Sintomas do paciente ➢ Resultados de exames prévios. SIMEPRAVIR ➔ MECANISMO DE AÇÃO: Inibidor de Protease - inibidor específico da protease serínica NS3/4 do VHC, a qual é essencial para a replicação viral. ➔ POSOLOGIA: 150 mg, uma vez por dia, durante 12 semanas, administrado com alimentos. ➔ NÃO UTILIZAR: na gestação, amamentação ➔ EA: fadiga, dor de cabeça, náuseas, diarreia, constipação, dispepsia, dor abdominal, boca seca, irritabilidade, astenia, redução de apetite, mialgia, tontura, problema de memória, insônia, ansiedade, depressão, distúrbio do sono, erupção cutânea e prurido. SOFOSBUVIR ➔ MECANISMO DE AÇÃO: inibidor genotípico da RNA polimerase, análogo da Uridina, que pode ser incorporado ao RNA viral pela polimerase que é essencial para a replicação viral. • É um DAA indicado para os genótipos 1, 4, 5 e 6 do VHC ➔ POSOLOGIA: comprimido de 400 mg, administrado por via oral, uma vez por dia, com ou sem alimentos. ➔ NÃO UTILIZAR: na gestação, amamentação *pró fármaco (avaliar a função hepática) • Usado em regimes de tratamento nas últimas 12 semanas para os genótipos 1, 2 e 4, e em 24 semanas para o tratamento do genótipo 3. Isto é tipicamente metade do tempo comparado com tratamentos anteriores. • Duração do tratamento de acordo com a genotipagem do vírus ➔ EA: fadiga, cefaleia, insuficiência renal e alteração da lipase, interferindo na quebra de gordura oriunda da alimentação LEDIPASVIR ➔ MECANISMO DE AÇÃO: inibindo a proteína não estrutural NS5A, por meio da hiperfosforilação da proteína que é importante para replicação do RNA e montagem do VHC ➔ NÃO CAI GENOTIPAGEM NA PROVA, mas é importante saber que o tratamento é de acordo com a genotipagem ➔ É utilizado associado com o Sofosbuvir e considerado de primeira linha no tratamento dos genótipos 1a, 1b, 4a, 5a e 6a. ➔ EA: fadiga, dor de cabeça, náuseas, diarreia, constipação, dispepsia, dor abdominal, boca seca, irritabilidade, astenia, redução de apetite, mialgia, tontura, problema de memória, insônia, ansiedade, depressão, distúrbio do sono, erupção cutânea e prurido CONTROLE DE RESPOSTA TERAPEUTICA ➔ OBJETIVO PRINCIPAL é reduzir a carga viral ➔ O controle da resposta ao tratamento da hepatite C é feito por teste molecular (PCR-HCV ou HCV-RNA quantitativo) realizado no sangue. ➔ Este exame deve ser realizado em vários momentos: • Imediatamente antes do tratamento • Na 12ª semana de tratamento (ou logo após o término do tratamento em esquemas de 12 semanas) • Na 12ª ou nas 24ª semanas após o término do tratamento Resposta terapêutica = HCV-RNA indetectável ou menor que 12 UI/Ml RECIDIVA ➔ São pessoas que alcançam a não detecção da carga viral no sangue, mas voltam a aparecer no sangue, mesmo sem reinfecção. ➔ Quanto mais cedose inicia o tratamento, menores as chances de recidiva. 25 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Os esquemas com DAAs têm altas taxas de cura, com número muito baixo de recidivas ACOMPANHAMENTO PÓS TRATAMENTO ➔ Pessoas com lesão hepática devem manter o acompanhamento periódico com o seu médico mesmo após a cura. ➔ Pessoas com cirrose hepática, a resposta virológica sustentada (RVS – sem vírus no sangue por 12 a 24 semanas após curso completo de tratamento) não descarta a possibilidade de evolução para câncer ou descompensação da cirrose. ➔ O anti hcv é um marcador que indica contato prévio com o virus. Um resultado positivo precisa ser complementado por meio de um teste para detecção direta do virus ➔ Assim, é recomendado que o diagnostico laboratorial da hepatite C seja realizado com pelo menos 2 testes • O RNA do HCV pode ser identificado no soro antes da presença do anti HVC • A presenca do RNA do HCV pode ocorrer cerca de das semanas após a exposição ao agente infeccioso • A presença dos anticorpos anti hcv é mais tardia e ocorre cerca de30 – 60 dias após a exposição ao virus ➔ A cura da hepatite C, seja por medicamento ou soroconversão espontânea, não confere imunidade. TESTE RAPIDO DE HEPATITE C ➔ É feito em pessoas em situações de risco, como por exemplo: • Pessoas que vivem com HIV • Transexuais • Sexualmente ativas prestes a iniciar PREP • Com múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas infecções sexualmente transmissíveis • Trabalhadores do sexo • Pessoas em situação de risco... DENGUE ➔ A classificação de risco do paciente com dengue visa reduzir o tempo de espera no serviço de saúde. ➔ O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuo acompanhamento, do reestadiamento dos casos (dinâmico e contínuo) e da pronta reposição volêmica. Com isso, torna-se necessária a revisão da história clínica, acompanhada de exame físico completo a cada reavaliação do paciente. FLUOXOGRAMA PARA RISCO DE DENGUE ➔ iniciar hidratação oral para os grupos A e B e hidratação venosa para os pacientes dos grupos C e D, enquanto aguarda os exames 26 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ORIENTAÇÕES PARA HIDRATAÇÃO ORAL ➔ A hidratação oral dos pacientes com suspeita de dengue deve ser iniciada ainda na sala de espera enquanto aguardam consulta médica. ➔ Volume diário da hidratação oral: • Adultos: 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e no início com volume maior. Para os 2/3 restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do paciente. ➔ Especificar o volume a ser ingerido por dia. • Por exemplo, para um adulto de 70 kg, orientar: 60 ml/kg/dia 4,2 L. Ingerir nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento: 1,4 L de líquidos e distribuir o restante nos outros períodos (2,8 L). • Crianças (< 13 anos de idade): orientar paciente e o cuidador para hidratação por via oral. Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral (SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás. Considerar o volume de líquidos a ser ingerido conforme recomendação a seguir (baseado na regra de Holliday Segar acrescido de reposição de possíveis perdas de 3%): ➢ Crianças até 10 kg: 130 ml/kg/dia – ➢ Crianças de 10 a 20 kg: 100 ml /kg/dia ➢ Crianças acima de 20 kg: 80 ml/kg/dia ➔ Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a oferta de 1/3 deste volume. ➔ Especificar em receita médica ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. ➔ Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após a defervescência da febre. ➔ A alimentação não deve ser interrompida durante a hidratação e sim administrada de acordo com a aceitação do paciente. O aleitamento materno dever ser mantido e estimulado. ORIENTAR O PACIENTE PARA: GRUPO A e B ➔ Não se automedicar. ➔ Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de alarme. ➔ Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (possível início da fase crítica); caso não haja defervescência, retornar no quinto dia de doença. ➔ Notificar, preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com orientações. ➔ Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. ➔ Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica. Sua realização deve ser orientada de acordo com a situação epidemiológica. ORIENTAR PACIENTE DO GRUPO C ➔ o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares ➔ Reposição volêmica com 10 ml/kg de soro fisiológico na primeira hora. ➔ Devem permanecer em acompanhamento em leito de internação até estabilização – mínimo 48 horas. ➔ Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares; ➔ Proceder a reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1 ml/kg/h) após uma hora, manter a hidratação de 10 ml/kg/hora, na segunda hora, até a avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em duas horas (após a etapa de reposição volêmica). Sendo o total máximo de cada fase de expansão 20 ml/kg em duas horas, para garantir administração gradativa e monitorada ➔ Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão ate três vezes. Seguir a orientação de reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) apos uma hora, e de hematócrito em duas horas (após conclusão de cada etapa). ➔ Se houver melhora clinica e laboratorial apos a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção: • Primeira fase: 25 ml/kg em 6 horas. Se houver melhora iniciar segunda fase. 27 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Segunda fase: 25 ml/kg em 8 horas, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado ➔ Se não houver melhora clínica e laboratorial conduzir como grupo D. ➔ Pacientes do grupo C precisam de avaliação contínua, se necessário pela equipe de Enfermagem. Na presença de qualquer sinal de agravamento ou choque a reavaliação médica deve ser imediata. ORIENTAR O PACIENTE PARA GRUPO D ➔ Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20 minutos, em qualquer nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares. ➔ Caso necessário, repetir por até três vezes, de acordo com avaliação clínica ➔ Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito em 2 horas. Estes pacientes necessitam ser continuamente monitorados. ➔ Repetir fase de expansão até três vezes. ➔ Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do grupo C e seguir a conduta recomendada para o grupo ➔ Estes pacientes devem permanecer em acompanhamento em leito de UTI até estabilização (mínimo 48 horas), e após estabilização permanecer em leito de internação ➔ Se o hematócrito estiver em ascensão, após a reposição volêmica adequada ➔ Utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1g/kg); preparar solução de albumina a 5% na falta desta, usar coloides sintéticos. ➔ Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque, investigar hemorragias e avaliar a coagulação: • Na presença de hemorragia, transfundir concentrado de hemácias; • Na presença de coagulopatias avaliarnecessidade de uso de plasma fresco, vitamina K endovenosa e crioprecipitado; LEPTOSPIROSE ➔ Causada pelo contato com a urina de rato na água contaminada pela bactéria Leptospira interrogans ➔ Sintomas parecidos com os sintomas gripais, comum em outras viroses. ➔ Quadros graves podem acontecer comprometendo fígado com icterícia, olhos vermelhos, pulmão encharcado, pulmão com alveolite (sangramento maciço e principal causa de morte). ➔ Doença infecciosa febril de inicio abrupto que pode ter formas assintomáticas e subclínicas, podendo ter casos graves associados a manifestações fulminantes. ➔ Dores na panturrilha e lombar; ➔ Antibioticoterapia deve ser iniciado em qualquer fase da doença, sendo sua eficácia maior na primeira semana dando início dos sintomas com exceção da reação Jarisch-Herxheimer (uma reação febril aguda, de caráter autolimitado, que ocorre geralmente nas primeiras 24 horas após o tratamento de uma infecção por espiroquetas) CONDUTAS NÃO FARMACOLOGICAS ➔ Não se deve jogar lixo onde há fluxo de água; ➔ Falta de saneamento básico; ➔ Troca de roupa encharcada; ➔ Uso de botas; ➔ Uso de água, sabão e água sanitária na lavação da casa; ➔ Cuidado com feridas abertas: indicado iniciar profilaxia e tomar por 5 dias; ➔ Tem cura e medicamento no SUS FASE PRECOCE ➔ ADULTOS: 28 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • AMOXICILINA 500mg, VO 8/8h por 5 (mínimo) a 7 dias (máximo) OU DOXACICLINA 100mg, VO, 12/12h, 5 a 7 dias; ➢ DOXACICLINA NÃO deve ser utilizada para crianças menores de 9 anos, grávidas, pacientes com nefropatia ou hepatopatias; ➢ AZITROMICINA OU CLARITROMICINA são alternativas nos casos de contraindicação de uso de AMOXICILINA e DOXACICLINA FASE TARDIA ➔ ADULTOS • PENICILINA G CRISTALINA: 1,5 milhões UI, IV 6/6h OU • AMPICILINA: 1g IV 6/6h OU CEFTRIAXONA: 1 a 2g, IV, 24/24h OU CEFOTAXIMA: 1g, IV 6/6h • Alternativa: AZITROMICINA 500mg, IV 24/24h • SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO ➔ CRIANÇAS • PENICILINA G CRISTALINA: 50 a 100.000U/Kg/dia dividida em 4 a 6 doses OU • AMPICILINA: 50-100mg/kg/dia IV 6/6h dividida em 4 doses OU • CEFTRIAXONA: 80-100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses, IV, ou • CEFOTAXIMA: 50- 100mg/kg/dia, IV em 2 a 4 doses. • Alternativa: AZITROMICINA 10mg/kg/dia, IV. • SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO FASE PRECOCE ➔ Orientar repouso com uso sintomático; ➔ Evitar Aspirina; ➔ Hidratação adequada; ➔ Exames específicos, retornos periódicos entre 24 a 72h para acompanhamento clínico ou em casos de aparecimento de sinais de alerta ou piora; FASE TARDIA ➔ Manejo respiratório; ➔ Manejo sistêmico: Em caso de desidratação, SF 0,9% iniciar com 500ml e repetir 2 a 3 vezes conforme necessidade e observar a resposta; ➔ Se após a hidratação adequada mantiver hipotensão, pode-se administrar ADRENALINA de 0,5mcg/kg/min com ajuste para manter >60mmHg; ➔ Pode-se associar DOBUTAMINA ➔ Manejo Renal: monitorar diurese e níveis de creatinina e ureia ➔ Manejo de Hemorragia: TP E USO DE PANTOPRAZOL 40mg IV 12/12h ➔ Manejo Cardíaco: corrigir distúrbio hidroeletrolítico FEBRE AMARELA ➔ Síndrome febril, sintoma inespecíficos, sendo em 90% sintomas leves e autolimitados com febre, prostração, astenia, dores no corpo. ➔ Sinal de Faget: febre x pulso ➔ Tropismo pelas células hepatocelulares, com acometimento dos hepatócitos, podendo desenvolver hemorragia digestiva alta, icterícia, elevação das bilirrubinas (direta), TGO e TGP; ➔ Redução dos fatores de coagulação, VITAMINA K; ➔ Evitar AAS e aspirina ➔ TRATAMENTO SINTOMÁTICO E REPOUSO VACINA 29 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA Indicada para: • Adolescentes • Adultos • Crianças • Idosos • Ocupacional • Viajantes ➔ A vacina febre amarela protege ativamente contra a doença. A febre amarela (FA) é uma doença viral aguda, que afeta humanos e primatas não humanos, causada pelo vírus da febre amarela. ➔ Em humanos, a doença varia de infecções assintomáticas a doença sintomática não específica e febre hemorrágica, podendo ser fatal. ➔ A vacina febre amarela é indicada para crianças a partir de 9 meses de idade, adolescentes e adultos, que vivem em regiões brasileiras com recomendação de vacinação da febre amarela e para quem irá em viagem nacional ou internacional para regiões de risco para a doença ou com obrigatoriedade de comprovação da vacinação ➔ DOSES: • O número de doses recomendado depende da faixa etária. Alguns aspectos também devem ser considerados no caso de idosos e pessoas que vão viajar para áreas de risco ou que exigem o certificado internacional de vacinação. Entenda: ➔ PARA CRIANÇAS: Dose única a partir dos 4 anos de idade e até os 60 anos. • Crianças que tomarem a primeira dose aos 9 meses devem receber uma segunda dose aos 4 anos. ➔ PARA IDOSOS: Idosos necessitam de prescrição médica para aplicação. ➔ PARA VIAJANTES: Para viajantes com exigência da vacinação e apresentação do certificado internacional de vacinação, é necessária a comprovação de uma dose, obrigatoriamente a dose plena (não é aceita a dose fracionada). ➔ PESSOAS EM ÁREAS DE RISCO: Em situações de risco (municípios onde haja circulação do vírus da febre amarela com registro de casos em humanos), idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser vacinados, desde que não haja contraindicação médica. CONTRAINDICAÇÃO ➔ A imunização é contraindicada em alguns casos. ➔ Crianças abaixo de 6 meses de idade. ➔ Para crianças abaixo de 2 anos, não deve ser administrada concomitantemente com a vacina de sarampo. ➔ Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exames laboratoriais. ➔ Pacientes que estejam com febre no dia da aplicação, é recomendado adiar. ➔ Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação. ➔ Pacientes pós-transplante de órgãos, pacientes com câncer, e pacientes com doenças do timo ou ausência deste ➔ Pacientes que tenham apresentado doença neurológica ➔ Desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina. ➔ Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras). ➔ Gestantes. ➔ Mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses. REAÇÕES ADVERSAS ➔ A vacina febre amarela é muito segura, porém, assim como outras imunizações, pode apresentar reações adversas em alguns indivíduos. Conheça os eventos adversos comuns, raros e muito raros da vacina: • Comuns: Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e dor muscular são os eventos mais frequentes e podem ocorrer de 3 a 10 dias após aplicação da vacina. 30 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Raros: Podem ocorrer também, dor, vermelhidão, inchaço e coceira no local da aplicação. O desconforto pode durar um ou dois dias na forma leve ou moderada. • Muito raros: Reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença viscerotrópica (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença) TÉTANO ➔ Doença infecciosa, não contagiosa, causada pela ação da toxina do Clostridium tetani sobre as células do SNC; ➔ VACINA ATRASADA OU PACIENTE SEM PROFILAXIA ➔ Contato com a bactéria, ferimento porta de entrada; ➔ Quadro de Hipertonia, espasmos, pode gerar paralisia diafragmática, insuficiência respiratória aguda e grave, alterações do SNS e SNP com disautonomia; ➔ Paciente consciente ➔ IMUNOPREVENÍVEL X INSUFICIÊNCIA VACINAL ➔ Notificação compulsória ➔ PATOGENIA • Clostridium tetani libera duas toxinas ➢ Tetanolisina ➢ Tetanoespasmina AGENTE ETIOLÓGICO: Clostridium tetani (bactéria anaeróbica, produtora de toxinas do solo) ➔ Doença do sistema nervoso central➔ Caracterizada por espasmos musculares ➔ Adquirido de forma acidental ou na forma neonatal (manipulação do cordão umbilical por instrumentais com esterilização inapropriado) ➔ Ameaça quando não vacinado ➔ Devido impossibilidade de eliminar as toxinas do solo, dos esporos do Clostridium tetani do meio ambiente é necessário vacinação, tratamento adequado das feridas e lesões traumáticas ➔ Bactéria, gram + e anaeróbica ➔ Contato com prego enferrujado e em condições anaeróbicas são ideais para reprodução da bactéria, ➔ Resistente em condições adversas de dessecamento e temperaturas extremas acima de 120ºC, e então consegui viver no ambiente, vive em estados vegetativos e em condições de anaerobiose os esporos produz toxinas. ➔ Os esporos estão presentes em vários ambientes como carpetes, solos e fezes de animais, sendo estes focos tetânicos, então o que acontece que temos um ferimento, porta de entrada e entramos em contato com estes focos tetânicos, temos uma porta de entrada para o Clostridium que em condições de anaerobiose, produz toxina e a doença. ➔ musculatura e tecidos moles perilesionados que temos uma porta de entrada do clostridium, e nas condições ideais de anaerobiose • produz a toxina que vai para a junção neuromuscular • transportado pelo sistema axonal retrógrado e penetra nos axônios dos neurônios motores que é o grande alvo da toxina • penetra em axônios de neurônios inibitórios mediadores glicina e gaba, e assim faz perder o controle inibitório mediado por estes nt FISIOPATOLOGIA ➔ aumento da frequência de disparos do neurônio ➔ estado de contração crônica, hipertonia ➔ estímulos sensoriais: espasmos musculares ➔ fixação de toxina é irreversível, prolonga tempo de internação 31 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ período de incubação 7 dias TRANSMISSAO ➔ traumas (cortes, lesão de pele, material enferrujado) ➔ queimaduras ➔ pé diabético ➔ gangrena gasosa ➔ ulceras TRATAMENTO ➔ Deve ser realizado em terapia intensiva com equipe multiprofissional e especializada na doença; • Manejo precoce e agressivo das vias aéreas; ➔ Objetivos do tratamento: interromper a produção de toxinas; obter a neutralização da toxina não ligada; fazer o manejo de vias aéreas; controlar os espasmos musculares; fazer o manejo da disautonomia; realizar cuidados de suporte. ➔ Todos os pacientes com Tétano devem ser submetidos a desbridamento da ferida para erradicar os esporos e o tecido necrosado, que poderiam levar a condições ideais para a germinação – o desbridamento, apesar de ser fundamental, só deve ser realizado após o uso de imunoglobulina antitetânica (IGHAT) ou do soro antitetânico (SAT) para evitar a progressão da doença. ➔ Ainda que os antibióticos possam desempenhar um papel relativamente pequeno no tratamento do Tétano, eles são universalmente recomendados. No entanto, é importante salientar que a terapia antimicrobiana adequada pode falhar na erradicação do Clostridium tetani, a menos que o desbridamento de feridas adequado seja executado. ➔ Sedação do paciente com uso de benzodiazepínicos e miorrelaxantes ➔ Desbridamento do foco: limpar com ferimento com SF 0,9%ou água e sabão; ➔ Medidas de suporte: internação em local silencioso, penumbra, redução ao mínimo dos estímulos visuais, auditivos, táteis); ➔ Manipular o paciente somente o necessário ➔ Suporte ventilatório; ➔ Sedação; ➔ Hidratação adequada; ➔ Antes da SAT utilizar anti-histamínico; ➔ Em casos de pacientes com risco de TVP e em idosos utilizar heparina 5.000UI 12/12 horas, SC; ➔ Mudança de decúbito para evitar escaras; ➔ Maior risco para pacientes idosos de contraírem tétano, falta do reforço vacinal; ➔ NEUTRALIZAÇÃO DA TOXINA (TALVEZ PROVA) • Recomendação para uso de soro antitetânico (Que vai resolver a toxina que está circulante, menos a do axônio) • Na neutralização tem que dar uma dose maior • Profilaxia é somente quando paciente apresenta fratura exposta com alto risco, sendo preciso ver o calendário vacinal 32 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA RECOMENDAÇÃO PARA USO DE ANTIBIÓTICO ERRATA: é 2 milhões a dose de insulina ➔ Devem ser realizados após 1 hora do desbridamento do foco, com uso perilesional (próximo da lesão), e logo iniciar antibioticoterapia com Penicilina G e Metronidazol. TIPO DE FERIMENTO ➔ LIMPO • Risco reduzido; são superficiais e limpos, sem corpo estranho ou tecidos sem vida; • Conduta: limpeza e desinfecção, SF 0,9% + solução antisséptica + desbridamento; ➔ SUJO: • Risco aumentado; lesões profundas ou superficiais, porém contaminadas, corpos estranhos ou tecido sem vida, queimaduras, feridas puntiformes por arma branca ou de fogo, mordeduras, politraumas, fraturas expostas; • Conduta: Vacina e Imunoglobulina PROFILAXIA ➔ A profilaxia do Tétano após um ferimento tem uma abordagem específica. A imunização de mulheres grávidas ou em idade fértil reduz a mortalidade do Tétano neonatal em cerca de 94%. A higiene adequada durante o parto domiciliar, nos países em desenvolvimento, também deve desempenhar um papel importante na prevenção do Tétano neonatal.
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