Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Insuficiência Renal Crônica e Aguda Docente: Helen Mara Barroso da Silva Discentes: Andeson Jeferson Magalhães da Silva Eliene Monteiro Eliene Silva Amorim Eucilande de Vasconcelos Moraes Joelma Oliveira da Costa Coimbra Julia Xavier Nascimento Karla Priscila Pinto da Costa Kesia Ferreira Feitosa Pontes Luiza Caroline Leão Barros Maria Bianca Santana Nascimento Maria de Jesus do Nascimento Diniz Rebeca Gabriela Xavier Castro Sharliana Andrade de Souza Serrão Silvana Nascimento da Palma Temas a Abordar: • Insuficiência Renal • Insuficiência Renal Aguda • Sinais e Sintomas da insuficiência Renal Aguda (IRA) • Tratamento da (IRA) • Mudanças na Dieta • Medicamentos • Diálise • Insuficiência Renal Crônica (IRC) • Sinais e Sintomas da (IRC) • Diagnósticos de IRA, IRC • Estágios da IRC • Assistência de Enfermagem Insuficiência Renal Chamamos de insuficiência renal a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando a perda é lenta, progressiva e irreversível. Insuficiência Renal Aguda – IRA Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade dos rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis perigosos, afetando a composição química do sangue, que pode ficar fora de equilíbrio. Também chamada de lesão renal aguda, a insuficiência é comum em pacientes que já estão no hospital com alguma outra condição. Pode desenvolver-se rapidamente ao longo de algumas horas ou mais lentamente, durante alguns dias. Pessoas que estão gravemente doentes e necessitam de cuidados intensivos estão em maior risco de desenvolverem insuficiência renal aguda. Insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento intensivo. No entanto, pode ser reversível. Tudo depende do estado de saúde do paciente. Sinais e sintomas da insuficiência renal aguda • Diminuição da produção de urina, embora, ocasionalmente, a urina permaneça normal; • Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés; • Sonolência; • Falta de fome; • Falta de ar; • Fadiga; • Confusão; • Náusea e vômitos; • Convulsões ou coma, em casos graves; • Dor ou pressão no peito Tratamento da insuficiência renal aguda O tratamento provavelmente será focado naquilo que está causando a insuficiência renal e, por isso, poderá variar. Por exemplo, o paciente pode precisar restaurar o fluxo de sangue para os rins, parar todos os medicamentos que estão causando o problema ou remover uma obstrução no trato urinário. No entanto, existem algumas recomendações que são gerais para o tratamento da insuficiência renal aguda. Sinais e sintomas da insuficiência renal aguda Mudança na Dieta, Cardápio para Paciente Renal Mudança na Dieta Deverá ser feita uma restrição alimentar e de líquidos. O objetivo é reduzir a acumulação de toxinas que são normalmente eliminadas pelos rins. Uma dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio é geralmente recomendada. Dieta para insuficiência renal A dieta para insuficiência renal varia de acordo com o estágio da doença e tem o objetivo de manter o peso adequado, preservar as funções dos rins e evitar complicações, como retenção de líquido, cansaço, anemia e pressão alta. A dieta para insuficiência renal pode variar se a pessoa está ou não fazendo hemodiálise, que é um tratamento indicado para filtrar o sangue, eliminando o excesso de toxinas, minerais e líquidos do corpo. Isto acontece, porque no tratamento conservador, quando não se está fazendo hemodiálise, a necessidade de calorias, proteína, potássio e fósforo é menor do que quando se faz a hemodiálise, por exemplo. Sinais e sintomas da insuficiência renal aguda Medicamentos ANTIBIÓTICOS podem ser prescritos para tratar ou prevenir todas as infecções que podem estar causando ou agravando a insuficiência renal. É possível usar DIURÉTICOS para ajudar os rins a eliminar líquidos. CÁLCIO e INSULINA podem ser receitados para ajudar a evitar uma acumulação perigosa de potássio no sangue. Sinais e sintomas da insuficiência renal aguda Dialise Esse procedimento envolve o desvio de sangue para fora do corpo em uma máquina que filtra os resíduos. O sangue limpo é então devolvido ao corpo. Se os níveis de potássio são perigosamente altos, a diálise pode salvar vidas. A diálise pode ser necessária, mas não é sempre necessária. É usada se houver mudanças em seu estado mental ou se o paciente parar de urinar. A diálise também pode ser exigida em casos de pericardite, uma inflamação do coração, e pode ajudar a eliminar resíduos de produtos de nitrogênio do corpo. Hemodiálise, Diálise Insuficiência renal crônica A insuficiência renal crônica é uma doença caracterizada pela perda lenta e continuada da função dos rins, provocando progressivo acúmulo de toxinas no sangue. Os rins são órgãos responsáveis por diversas funções no nosso organismo, entre as principais podemos citar: • Eliminação de toxinas. • Eliminação de substâncias inúteis ou que estejam em excesso na corrente sanguínea. • Controle dos níveis de eletrólitos (sais minerais) do sangue. • Controle do nível de água do corpo. • Controle do pH do sangue. • Produção de hormônios que controlam a pressão arterial. • Produção de vitamina D. • Produção de hormônios que estimulam a produção de hemácias pela medula óssea. O paciente com insuficiência renal crônica apresenta deficiências em cada uma dessas funções, o que ocasiona sérios problemas de saúde em fases avançadas da doença. Como a instalação da insuficiência renal crônica costuma se dar de forma lenta, o nosso organismo tem tempo para ir se adaptando ao mau funcionamento dos rins, fazendo com que não tenhamos sinais ou sintomas até fases bem tardias da doença. A principal característica da IRC é que ela é uma doença silenciosa. Sinais e sintomas da IRC Muitas pessoas acham que podem identificar um rim doente pela dor ou pela diminuição do volume de urina. Nada mais falso. O rim apresenta pouca inervação para dor e por isso só dói quando está inflamado ou dilatado. Como na maioria dos casos de insuficiência renal crônica nem um nem outro ocorrem, o paciente pode muito bem descobrir que precisa de diálise sem nem sequer ter sentido uma única dor renal na vida. O volume de urina também não é um bom indicador da saúde dos rins. Ao contrário da insuficiência renal aguda (IRA), na qual a redução da produção de urina é um fator quase sempre presente, na insuficiência renal crônica, como a perda de função é lenta, o rim adapta-se bem, e a capacidade de eliminar água mantém-se estável até fases bem avançadas da doença. Na verdade, a maioria dos pacientes que precisam entrar em diálise ainda urina pelo menos 1 litro por dia. Portanto, na maioria dos casos, até fases bem avançadas da doença, a insuficiência renal crônica não causa nenhum sintoma ou sinal. Os pacientes com IRC em fases avançadas podem apresentar anemia e agravamento dos valores da pressão arterial e edemas dos membros inferiores. Quando o rim entra em fase terminal, os sintomas que surgem são cansaço aos esforços, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados. Diagnóstico de insuficiência renal aguda e insuficiência renal crônica Como não há sintomas até fases avançadas da doença, a insuficiência renal crônica só pode ser detectada precocemente através de análises laboratoriais. O exame utilizado para tal fim é a dosagem sanguínea da ureia e da creatinina. A creatinina é o melhor marcador da função renal. Quando os rins começam a perder função, seus valores sanguíneos se elevam (creatinina e ureia). Exames de urina também são úteis, pois é muito comumpacientes com doença renal apresentarem perdas de proteínas ou sangramento na urina. • Exame de urina: leucócitos, nitritos, hemoglobina. • Urina espumosa: proteinúria. • Urina com sangue: hematúria. As análises laboratoriais também permitem detectar complicações da IRC precocemente, como graus iniciais de anemia, alterações dos eletrólitos (principalmente cálcio, fósforo e potássio), alterações do hormônio PTH (que controla a saúde dos ossos) e dos valores de pH do sangue. A ultrassonografia dos rins também é um exame importante, pois ela mostra a morfologia renal, podendo indicar se os rins já têm sinais de atrofia. Todavia, é vital ressaltar que uma ultrassonografia renal sem alterações de modo algum é suficiente para se descartar a hipótese de IRC. Sem o valor da creatinina não se pode afirmar nada. Sinais e sintomas da IRC Os dois rins filtram, em média, 180 litros de sangue por dia, mais ou menos 90 a 125 ml por minuto. Essa é a chamada taxa de filtração glomerular, ou clearance de creatinina. Os estágios da insuficiência renal crônica são divididos de acordo com a taxa de filtração glomerular, que pode ser estimada por meio dos valores da creatinina sanguínea. Existem diversas fórmulas matemáticas para se estimar o grau de funcionamento dos rins a partir dos valores da creatinina. Hoje em dia, a maioria dos laboratórios já fazem esse cálculo automaticamente quando se solicita a dosagem da creatinina. A insuficiência renal é muitas vezes uma doença progressiva, com piora da função ao longo dos anos. Alguns fatores como diabetes e hipertensão mal controlados aumentam o risco de rápida perda de função dos rins. Assistência de enfermagem Para o paciente com afecções do sistema renal com ou sem estado dialítico, seguem alguns cuidados de enfermagem: • Manter o equilíbrio hidroeletrolítico. • Manter o estado nutricional adequado. • Manter a integridade cutânea. • Manter a pele limpa e hidratada. • Aplicar pomadas ou cremes para o conforto e para aliviar o prurido. • Administrar medicamentos para o alívio do prurido, quando indicado. • Evitar a constipação. • Estimular dieta rica em fibras, lembrando-se do teor de potássio de algumas frutas e vegetais. • Estimular a atividade, conforme a tolerância. • Administrar analgésicos conforme prescrito. • Proporcionar massagem para as câimbras musculares intensas. • Evitar a imobilização, porque ela aumenta a desmineralização óssea. Administrar medicamentos conforme prescrito. • Aumentar a compreensão e a aceitação do esquema de tratamento. • Preparar o paciente para diálise ou transplante renal. • Oferecer esperança de acordo com a realidade. • Avaliar o conhecimento do paciente a respeito do esquema terapêutico, bem como as complicações e temores. • Explorar alternativas que possam reduzir ou eliminar os efeitos colaterais do tratamento. • Atentar-se ao frêmito da fístula arteriovenosa. • Realizar curativo em cateter venoso com técnica asséptica. • Ajustar o esquema de tal modo que se possa conseguir o repouso após a diálise. • Oferecer pequenas refeições a cada 3 horas com a finalidade de reduzir as náuseas e facilitar a administração de medicamentos. • Estimular o reforço para o sistema de apoio social e mecanismos de adaptação para diminuir o impacto do estresse da doença renal crônica. • Fornecer indicações de assistência social e apoio da psicologia. • Discutir as opções da psicoterapia de apoio para a depressão. • Encorajar e possibilitar que o paciente tome certas decisões. Mitos e Verdades Profissional que Cuida do Paciente Renal Conheça um pouco mais sobre a especialidade médica que cuida de pacientes com insuficiência renal. Nefrologista é o médico com formação clínica, cuja área de atuação envolve todas as doenças do tecido renal, nas quais se incluem as nefrites. É o especialista que cuida dos pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica e é responsável pela condução dos processos dialíticos (métodos que filtram o sangue, utilizados em pacientes com insuficiência renal) e dos aspectos clínicos e imunológicos que envolvem o transplantado renal. O nefrologista também está envolvido no diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial, doença que, com frequência, tem origem nos rins ou age sobre eles. Considerações Finais Constatou-se através dos estudos que, ao interagir com pacientes portadores de insuficiência renal aguda e crônica, o enfermeiro oferta uma espécie de apoio educativo, para que o paciente se torne capaz de aprender e desempenhar ações de auto-cuidado, inicialmente sob a supervisão e orientação do mesmo. À priori, este avalia a capacidade das funções motoras, a capacidade de comunicação, as funções excretoras e se elas foram afetadas e em que grau. Com base nisso, o enfermeiro elabora um plano de cuidados, dirigido não apenas ao paciente, mas a família e a rede social, enfatizando a importância da colaboração de todos no processo. Neste contexto, a enfermagem promove as seguintes ações: indicação da dieta adequada levando em consideração aspectos socioeconômicos desse paciente, orientação sobre a insuficiência renal aguda ou crônica e suas possíveis complicações e orientar sobre as diferentes terapias disponíveis (diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal). Para os pacientes que já entraram na fase dialítica, o enfermeiro deve assegurar a manutenção da qualidade de vida destes. È importante ter uma noção do estado geral do paciente e ser capaz de identificar e intervir, como, por exemplo, cuidar em manter em dia as vacinações, pois o paciente acaba se tornando imunodeprimido e susceptível à diversas infecções. OBRIGADO!
Compartilhar