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CENTRO UNIVERSITÁRIO FADERGS ESCOLA DE SAÚDE E BEM-ESTAR JEFERSON CORREIA JÊNIFER RIBEIRO SHEILA SOUZA SIMONE GARCIA VITOR MACHADO PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA A DISCIPLINA DE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE COMUNIDADE: VIVA BEM FIBROMIALGIA PORTO ALEGRE 2022 JEFERSON CORREIA JÊNIFER RIBEIRO SHEILA SOUZA SIMONE GARCIA VITOR MACHADO PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA A DISCIPLINA DE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE COMUNIDADE: VIVA BEM FIBROMIALGIA Projeto de Intervenção apresentado para a disciplina de Programa de Integração Saúde Comunidade do Centro Universitário FADERGS. Orientadora: Fabiana Guichard de Abreu PORTO ALEGRE 2022 LISTA DE TABELAS Quadro 1 - Etapas para a realização do projeto………………………………………..11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 JUSTIFICATIVA 4 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5 4 OBJETIVOS 8 4.1 Objetivo geral 8 4.2 Objetivos específicos 8 5 METODOLOGIA 9 6 PÚBLICO ALVO 10 7 RESULTADOS ESPERADOS 10 8 MATERIAIS 10 9 CRONOGRAMA 11 10 AVALIAÇÃO 11 11 COLABORAÇÃO DOS AUTORES 12 REFERÊNCIAS 13 ANEXO A - ENTREVISTA FECHADA 15 ANEXO B - QUESTIONÁRIO SOBRE FIBROMIALGIA 16 ANEXO C - PÁGINA INICIAL DO INSTAGRAM 18 ANEXO D - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO 18 ANEXO E - AVALIAÇÃO PELOS STORIES 20 ANEXO F - CONTAS ALCANÇADAS 21 ANEXO G - PUBLICAÇÕES MAIS CURTIDAS 22 ANEXO H - CAIXA DE PERGUNTA E ESPAÇO DE ESCUTA 23 4 1 INTRODUÇÃO A fibromialgia é uma doença reumatológica que afeta a musculatura e causa dor crônica àqueles que sofrem com o seu diagnóstico. No entanto, essa síndrome inclui outros sintomas, como: fadiga, alterações no sono e no hábito intestinal, alterações cognitivas, depressão e ansiedade. Além disso, ela atinge cerca de 2,5% da população brasileira e é mais frequente em mulheres, pessoas com histórico de trauma na infância, baixa escolaridade e vítimas de violência doméstica (FRANTZ, 2018). Ainda que a fibromialgia provoque dores generalizadas e possua outros diversos sintomas, ela ainda é pouco conhecida pela população, de modo geral. Por essa razão, acredita-se ser necessário realizar uma intervenção que possa auxiliar na disseminação de informação a respeito da doença, assim como dicas para quem convive com ela e possíveis formas de tratamento. Portanto, com este projeto pretende-se relatar a organização executada para a realização da intervenção que será desenvolvida pelos estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem e Psicologia no período de 04 de abril a 21 de junho de 2022 a datar desde os objetivos até a avaliação que fora planejada. Será relatado também a justificativa para a intervenção, os dados que fundamentam a importância da mesma, além da metodologia, público alvo e resultados esperados. 2 JUSTIFICATIVA A fibromialgia é uma doença que causa múltiplos sintomas, sendo eles físicos e psicológicos, gerando muito sofrimento a quem possui. Embora sua sintomatologia seja danosa, existe pouco conhecimento da população geral a respeito da doença. Isso inclui, por exemplo, os médicos que têm impasses para realizar o diagnóstico devido a dificuldade de encontrar as causas para a dor, sendo a doença muitas vezes, considerada como apenas psicológica ou confundida com artrite reumatóide. 5 A importância desse projeto é dada a sua complexidade, pois a fibromialgia deverá ser compreendida e abordada sob a perspectiva da subjetividade e da qualidade de vida, como também via processos básicos de comportamentos. Isso inclui tratamento multidisciplinar em áreas como Educação Física, Enfermagem e Psicologia que são de conhecimento destes estudantes. Nesse sentido, julga-se ser necessário realizar uma intervenção voltada para a divulgação de conteúdos sobre a fibromialgia de modo que essa ação tenha um efeito positivo para elucidar questões a respeito da estigmatização do tema, assim como trazer consciência a respeito dessa doença que vem sendo cada vez mais discutido na conjuntura médica atual. 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A síndrome da fibromialgia é uma condição de etiologia desconhecida caracterizada pela dor crônica e por haver sintomas que se assemelham ao transtorno depressivo maior e a síndrome da fadiga crônica. Ela atinge até 2,5% da população brasileira e é responsável por 15% das consultas em ambulatórios de reumatologia. A proporção é maior em mulheres e a prevalência de idade encontra-se entre 30 a 50 anos, mas pode ocorrer também na infância e na terceira idade (PROVENZA; POLLAK; MARTINEZ, 2004). O diagnóstico é feito clinicamente e os sintomas incluem presença de pontos doloridos pelo corpo, além de: “fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e anormalidades do sono. Pode também haver sintomas de depressão, ansiedade, deficiência de memória, desatenção, cefaleia tensional ou enxaqueca, tontura, vertigens, parestesias, sintomas compatíveis com síndrome do intestino irritável ou com síndrome das pernas inquietas, entre diversos outros sintomas não relacionados ao aparelho locomotor” (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012, p. 360). Nesse sentido, é possível verificar que os sintomas ultrapassam o nível físico e se estendem para o nível fisiológico e também psicológico. Para mais, a dor sentida pelos fibromiálgicos pode ser entendida como crônica e difusa, “uma 6 experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial” (IASP, 2020). A dor crônica é uma das principais causas de procura por atendimentos no sistema de saúde e de incapacidade para o trabalho com graves consequências psicossociais e econômicas. Por essa razão, o enfermeiro é o primeiro profissional que o paciente tem contato quando procura o sistema de saúde e ao enfermeiro responsável pelo acolhimento inicial do paciente com fibromialgia caberá identificar a necessidade e sofrimento vivenciado pelo doente. Ouvir a queixa e relacioná-la ao processo saúde- doença é fundamental para identificar precocemente o risco ou evolução da doença (MELLO, 2018). Nesse sentido, compete ao enfermeiro ter um amplo conhecimento e preparo para identificar, acompanhar e promover a saúde deste indivíduo como: a identificação precoce da doença através da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE); classe de risco; orientação assistencial durante sua estadia e após a alta; trabalhar a promoção e a prevenção de agravos voltados a estratégias de terapia e acolhimento para visar o bem-estar e respeitando a sintomatologia do indivíduo (MELLO, 2018). Há um ponto em que a analgesia não é o suficiente e torna-se necessário educar o autogerenciamento, um mecanismo que é utilizado como forma de amenizar este sintoma da doença, a dor crônica. Isso é colocado em três etapas: 1) uso de habilidade de auto-regulação para gerenciar a condição crônica; 2) identificação de intervenção elaborada pelo profissional de saúde - educar o indivíduo no gerenciamento da doença e, por fim, 3) resultados, que são todas as conquistas dos benefícios de saúde acordados pelo paciente e pelo profissional (COSTA; SÁ JUNIOR; CHAVES et al, 2015). O profissional de Educação Física através dos exercícios físicos atua como um aliado no tratamento medicamentoso proporcionando o alívio das dores e o bem-estar físico e psicológico do indivíduo. Para início dos exercícios é necessário uma anamnese da história pregressa de hábitos e atividades físicas, avaliação funcional e cardiovascular atentando para as comorbidades musculoesqueléticas que possam limitar o treinamento e atenção especial aos medicamentos que possam interferir na resposta hemodinâmica (VALIM, 2006). Faz-se importante a prescrição de um treino de baixa intensidade, porém para melhora clínica 7 significativa é necessário que haja uma evolução para treinos moderados e de alta intensidade, pois esses serão mais efetivos para conseguir benefícios significativos. (VALIM, 2012). Estudos já indicam os benefícios da atividade física para os portadores de fibromialgia: “Há diversos motivos para justificara atividade física nesta síndrome: aumento dos níveis de serotonina e de outros neurotransmissores inibitórios; aumento da produção de GH (hormônio do crescimento) e IGF-1; regulação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal e do sistema nervoso autônomo; aumento da densidade capilar; aumento da quantidade de mioglobina; aumento da atividade mitocondrial. Todas estas mudanças contribuem para a melhora da dor, da qualidade do sono, da fadiga, da ansiedade e de outros sintomas.” (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012, p. 362) As atividades físicas devem ser realizadas seguindo a individualização do tratamento. Os treinos devem ser habituais e realizados gradualmente, o aquecimento pode ajudar a reduzir a rigidez associada com a doença e ser um condicionante para a realização de outras atividades, inclusive o treino de resistência. (BRAZ et al, 2011) Os benefícios são observados através da utilização de exercícios aeróbios, anaeróbios e neuromusculares, porém, por promover um trabalho conjunto de grandes grupos musculares é a partir das atividades aeróbias que se pode observar uma melhora significativa e mais rápida (FERREIRA; MARTINHO; TAVARES, 2014). É importante salientar que a prática de exercícios físicos mostra-se como uma alternativa de intervenção de baixo custo e acessível para controle dos sintomas da doença. Para a fibromialgia, o tratamento psicológico é indispensável uma vez que a doença pode ser diretamente relacionada a fatores emocionais podendo o psicólogo oferecer ênfase aos pensamentos e a forma como este interpreta os estímulos externos. Desse modo, o objetivo trata-se de ajudar o paciente a aprender novas formas de lidar no ambiente de forma a promover mudanças necessárias . Para a Psicologia, o objetivo da intervenção não é fazer com que a dor desapareça - o que não seria possível - mas sim, recuperar a funcionalidade das pessoas aumentando a qualidade de vida e a participação social apesar da dor (MAGAGNIN, 2008). Para isso, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é a mais indicada, uma vez que tem maiores evidências de resultados positivos com 8 pacientes, pois um dos objetivos da TCC é desenvolver ao paciente a flexibilidade cognitiva, ou seja, permitir mudanças nas emoções e comportamentos emitidos pelo paciente. Para isso, o psicólogo irá atuar diretamente no sistema de esquemas e crenças do paciente de forma a reestruturá-lo e ensiná-lo técnicas de enfrentamento e autogerenciamento para lidar melhor com a dor (ANGELOTTI; DOTTO, 2005). A duração do tratamento também se orienta de acordo com as necessidades de cada paciente no geral, podendo levar de seis meses a dois anos aproximadamente. 4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo geral O objetivo geral do projeto é o de garantir a disseminação de conteúdos sobre fibromialgia através da criação de uma rede social que vise o maior alcance possível a respeito do tema. 4.2 Objetivos específicos Para atingir esse ideal, elencar-se-á como objetivos específicos: ● Desenvolver um perfil na rede social Instagram de modo que seja publicado através dela conteúdos sobre fibromialgia; ● Fazer conhecer aspectos como diagnóstico, tratamento e cuidados, além de dados sobre promoção de saúde e bem-estar de pessoas com a doença; ● Apresentar dicas sobre exercícios físicos praticáveis que possam auxiliar no alívio das dores; ● Proporcionar conteúdos sobre saúde mental e a relação com a fibromialgia. 9 5 METODOLOGIA Em um primeiro momento, foi realizada uma entrevista fechada com 03 pessoas que possuem fibromialgia (ANEXO A) para verificar o quanto os pacientes sabem a respeito da sua própria patologia. Em um segundo momento, foi feito um questionário (ANEXO B) através do Google Formulário para ser respondido pela população geral, onde as questões relacionavam-se à compreensão das pessoas em relação à doença. Esse questionário foi encaminhado via Whatsapp através dos grupos acadêmicos destes estudantes, além de pessoas conhecidas para ter o maior alcance possível. Ao todo, 92 pessoas responderam o questionário e ambas as coletas de dados foram importantes para captar um panorama geral das lacunas existentes em relação à fibromialgia. Além disso, foi a partir desse questionário que foi possível basear-se para a criação das primeiras postagens da página. Para mais, a intervenção se dará por meio da internet com o uso da rede social Instagram, onde será criado um perfil e nele anexado postagens com informações e dicas envolvendo a fibromialgia como um todo (ANEXO C). Para sua divulgação, será encaminhado para pessoas do convívio destes estudantes e que possuem a doença, além de contar com o engajamento de demais pessoas a quem for enviado o perfil de modo que seja dispersado para um público maior. Para a elaboração das postagens serão utilizadas referências bibliográficas a partir dos domínios que se pretendem atingir, neste caso informações sobre a patologia e indicações sobre tratamento. Nesse sentido, será necessário coletar elementos de fontes de informação diferentes, como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) para garantir a seguridade dos materiais em que serão baseadas as postagens. Além disso, será utilizado o Google Acadêmico como base de dados para buscar artigos científicos dentro das áreas destes estudantes como forma de garantir publicações confiáveis para os leitores. Ademais, as postagens serão elaboradas através do Canva, uma plataforma que permite a criação de designs para redes sociais. Neles, serão incorporadas imagens, ilustrações e resumos de textos informativos para captar a atenção do público-alvo. 10 6 PÚBLICO ALVO Cada vez mais o índice de indivíduos com este diagnóstico vêm crescendo e não é de conhecimento de todos o que é esta condição, qual o seu tratamento e o que fazer a partir disso. Diante dessas dúvidas, o presente projeto coloca à disposição informações e orientações para pessoas com fibromialgia e população geral. 7 RESULTADOS ESPERADOS Espera-se orientar o maior número de pessoas sobre esta patologia e, para isso, o material será preparado, avaliado e disponibilizado com o auxílio desta equipe de estudantes de diferentes áreas da saúde para que se possa amenizar a dor física, emocional e a integridade dessas pessoas respeitando suas crenças, seus valores e seu tempo. Considera-se que a partir da promoção de informação que será divulgada, haja uma reflexão a respeito desse assunto, pois a fibromialgia costuma ser estigmatizada devido ao fato de ser uma doença silenciosa, de origem desconhecida e que pode ser confundida com outras doenças reumáticas e não reumáticas (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012). Nesse sentido, o conhecimento oferecido por essa iniciativa poderá atentar as pessoas a fim de que se possa constituir um novo olhar para as pessoas com fibromialgia. 8 MATERIAIS Os materiais utilizados, em âmbito geral, referem-se aos computadores e a internet usada por estes estudantes para realizarem as pesquisas e criarem as postagens que serão acrescentadas na rede social Instagram. Além do mais, foi usado o Whatsapp como meio para divulgar formulários e a página. Por fim, serão utilizados artigos científicos a partir da base de dados do Google Acadêmico com o objetivo de aprofundar o tema para elaborar o material das postagens. 11 9 CRONOGRAMA O cronograma tem como finalidade a integração das etapas do projeto desde o início até o seu fim para ter uma visão mais organizada do tempo em que as atividades foram e serão executadas. Para realizar o projeto de intervenção Viva Bem Fibromialgia, foram formuladas as seguintes etapas: Quadro 1 - Etapas para a realização do projeto Etapas e descrição Mar Abr Maio Jun Criação do grupo no Whatsapp e delineação de metas a serem feitas X Reformulação do tema do trabalho, elaboração dos objetivos, metodologia e referencial teórico X Apresentação do projeto X Construção das postagens e interações nos stories X X Aplicação e devolutiva das enquetes X XEscrita sobre os resultados obtidos e avaliação X Divulgação dos resultados X Fonte: Elaboração dos autores, 2022 10 AVALIAÇÃO O levantamento de dados sobre o resultado foi obtido por meio de questionário no Google Formulário (ANEXO D), um instrumento que permite a coleta de dados por meio de perguntas a serem respondidas sem a presença do entrevistador. O questionário teve por objetivo saber as considerações dos seguidores a respeito do trabalho que estava sendo feito, além de apurar a qualidade do material e a compreensão do conteúdo por parte do público-alvo. Além disso, foi feito também um levantamento através da rede social Instagram, onde foram aplicadas enquetes (ANEXO E) com o objetivo de observar a interação do público. 12 Para mais, foi possível observar a interação dos seguidores por meio dos comentários, curtidas e relatos no direct da página. Acredita-se que o objetivo de atingir o maior número de pessoas sobre o assunto foi alcançado visto que o perfil obteve um total de 942 contas alcançadas com as postagens (ANEXO F), o que significa que a divulgação da conta via Whatsapp para pessoas conhecidas, assim como interação massiva com outras páginas sobre fibromialgia, tiveram um resultado positivo nessa divulgação. Além disso, foi possível observar que as postagens com maior destaque relacionam-se a dados pertinentes sobre a fibromialgia, como causas e diagnóstico; além da influência da saúde física e mental no tratamento da patologia e tratamento farmacológico utilizado (ANEXO G). Para mais, oferecer um espaço para as pessoas exporem o que sentiam também foi de grande relevância (ANEXO H), pois foi possível observar, através dessas interações, a aproximação entre as pessoas que sofriam com a mesma angústia em relação a forma como as outras pessoas enxergam a fibromialgia. Desse modo, foi possível conectar-se mais com o público e refletir sobre possíveis intervenções relacionadas a esse tema. Acredita-se que a intervenção, de maneira geral, foi positiva e muito satisfatória ao público que sofre com a fibromialgia, pois é uma patologia que por vezes é estigmatizada devido as pessoas serem vistas como poliqueixosas por sentirem muita dor em diversas partes do corpo. Além disso, pôde-se observar mais de perto o seu sofrimento e a quais questionamentos são submetidos, como: “Qual a parte do seu corpo que não dói?” Desse modo, foi verificado um grande sofrimento psicológico nesse público que convive com a dor crônica e precisa passar pelo processo de adaptação com a dor de modo a conviver com ela aparentemente sem sentir nenhum desconforto. O grupo conseguiu sanar as dúvidas do público geral, dos seguidores da página do Instagram e de pessoas que buscavam pelo assunto (ANEXO E), dando destaque às três áreas de trabalho: Educação Física, Enfermagem e Psicologia, respondendo questões, trazendo dicas, novidades e a importância de se trabalhar com uma equipe multidisciplinar nesse contexto, pois avaliou-se a importância de cada profissional na sua determinada função e a colaboração que essa equipe pode dar aos indivíduos que é bastante ampla e inclui profissionais de outras áreas da saúde para ser trabalhado integralmente. 13 A partir da análise de algumas publicações, avaliou-se que poderiam ter realizado algumas lives para que houvesse uma melhor integração com o público, sanando dúvidas geradas ao longo das postagens e por vezes até encaminhando de maneira informal. Com relação aos vídeos de alongamento que tiveram um retorno positivo do público, como comentários e elogios (ANEXO G), pode-se perceber o quanto a interação visual é importante e propôs as pessoas sentirem-se confortáveis, acolhidas e assim estabelecer uma relação de confiança com a página e as pessoas nela envolvidas. Os vídeos foram realizados na sala de casa, até mesmo para passar a ideia da prática no conforto do lar e no horário que melhor se adapta às rotinas individuais. Acredita-se que alguns vídeos poderiam ter sido realizados em locais públicos como praças e parques destacando a importância de se estar em contato também com a natureza. Os vídeos foram publicados seguidos de cards explicativos sobre a importância da prática de exercícios físicos, o que ajudou o público a se identificar. Destaca-se também que na descrição das publicações foram acrescentadas as fontes pesquisadas de modo que as informações fossem divulgadas de maneira segura, evitando o risco de alguma informação falsa. Por essa razão, julga-se que a proposta de intervenção foi positiva e contribuiu para divulgação e esclarecimentos sobre a fibromialgia, integrando profissionais de três áreas da saúde responsáveis pelo cuidado das pessoas que convivem com essa doença. 11 COLABORAÇÃO DOS AUTORES Jeferson Correia: Colaborei no desenvolvimento da primeira etapa do trabalho destacando o papel do profissional de educação física no tratamento do portador de fibromialgia. Na segunda etapa fiquei responsável pela criação de vídeos sobre alongamentos orientados e explicativos bem como cards elucidativos sobre a importância da atividade física ao fibromiálgico e os benefícios à sua saúde. Auxiliei na elaboração do questionário e divulgação da página entre familiares, amigos e colegas de trabalho, bem como na interação semanal curtindo as postagens. Jênifer Ribeiro: Auxiliei na construção da introdução, justificativa, revisão bibliográfica específica sobre fibromialgia, sua prevalência, sintomas e diagnóstico, além da avaliação e dos anexos. Escrevi objetivo geral, metodologia, materiais, 14 cronograma e também fiz os slides para apresentação do projeto, em 26/04. Além disso, acessei a página do Instagram de 05/05 a 09/06, criando postagens, stories e interagindo com os seguidores. Também fiz as entrevistas que foram anexadas nesse documento, elaborei a primeira enquete e auxiliei na divulgação do envio para demais pessoas. Por fim, mantive os meus colegas de grupo atentos às etapas que estava realizando e busquei auxiliá-los quando houvesse dúvida. Sheila Souza: Participei ativamente na primeira etapa do processo do desenvolvimento do trabalho: contribuí na introdução, revisão bibliográfica específica na fibromialgia trazendo as causas, tratamentos, diagnósticos, inclusive gostei muito de desenvolver essa atividade que para mim é novo trabalhar pelas redes sociais Instagram e divulgação de pesquisa sobre no Whatsapp. Realizei posts, sempre repassava no grupo para ser avaliado por todos antes da Jênifer postar. Participei ativamente da apresentação teórica no dia 26/04, passamos para a segunda parte do trabalho onde também participei contribuindo com mais posts - não publiquei, pois não tenho muito manejo com as redes sociais. Quase que diariamente olhava a página, repostando a página e curtindo, participando das enquetes e a avaliação final relatei pontos que poderíamos ter melhorado, mas de uma forma geral atingimos o nosso objetivo. Simone Garcia: Ao compreender o papel das práticas na promoção da saúde é de competência de uma equipe multidisciplinar. Na construção deste projeto, pude compreender a interação de outros profissionais de saúde para o bem-estar do paciente, ou seja, o paciente não é exclusivo da equipe de enfermagem. Auxiliei nas orientações do papel da enfermeira sobre a condição de indivíduos com fibromialgia ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, intervenções generalizadas com usuários e familiares com discussão a prioridade entre os profissionais responsáveis de forma que o atendimento responda às necessidades de saúde de cada indivíduo bem como práticas e produtos do sistema único de saúde. Vitor Machado: 15 REFERÊNCIAS ANGELOTTI, G.; DOTTO, M. C. Tratamento Cognitivo Comportamental da Dor. In: FIGUEIRÓ, J. A. B.; ANGELOTTI, G.; PIMENTA, C. A. M. Dor e Saúde Mental. São Paulo: Atheneu, 2005. sp. ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL PARA O ESTUDO DA DOR (IASP). The revised International Association for the Study of Pain definition of pain:concepts, challenges, and compromises. 2020. In: DE SANTANA, J. M.; PERISSINOTTI, D. M. N.; OLIVEIRA JUNIOR, J. O. Definição de dor revisada após quatro décadas. Brazilian Journal of Pain, v. 3, n. 3, 2020. BRAZ, A.; PAULA, A. P.; DINIZ, M. F. F. M.; ALMEIDA, R. N. A. Uso da terapia não farmacológica, medicina alternativa e complementar na fibromialgia. Revista Brasileira de Reumatologia,, v. 51, n. 3, p. 275-282, 2011. COSTA, D. F.; SÁ JUNIOR, J. X; CHAVES, M. D. et al. O papel assistencial da enfermagem no enfrentamento à fibromialgia: uma revisão sistemática da literatura. In: BARBOSA, S. L. M. (org.). A enfermagem e o gerenciamento do cuidado integral. Ponta Grossa: Atena, 2020. p. 209-220. FERREIRA, G.; MARTINHO, U. G.; TAVARES, M. C. G. C. F. Fibromialgia e atividade física: reflexão a partir de uma revisão bibliográfica. Salusvita, Bauru, v. 33, n. 3, p. 433-446, 2014. FRANTZ, P. J. Impacto da fibromialgia e fatores associados em uma população do sul do Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, p. 13, 2018. HELFENSTEIN JUNIOR, M.; GOLDENFUM, M. A.; SIENA, C. A. F. Fibromialgia: aspectos clínicos e ocupacionais. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 58, n. 3, p. 360-363, 2012. MAGAGNIN, A. P. S. A contribuição da psicoterapia no tratamento da síndrome da fibromialgia. Trabalho de Conclusão de Curso (Psicologia) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, p. 5, 2008. MELLO, A. P. de. Fibromialgia na assistência de enfermagem. In: CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18., 2018, Mogi das Cruzes. Resumos. [...]. Mogi das Cruzes: Universidade de Mogi das Cruzes, 2018. p. 1-6. PROVENZA, J. R.; POLLAK, D. F.; MARTINEZ, J. E. Fibromialgia. Rev. Bras. Reumatol., v. 44, n. 6, p. 443, 2004. VALIM, V. Benefícios dos exercícios físicos na Fibromialgia. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 46, p. 51-53, 2006. https://brjp.org.br/ 16 ANEXO A - ENTREVISTA FECHADA Você sabe quais são as causas da fibromialgia? B. T.: Não sei. C. B.: Não sei. E. L.: Elas são desconhecidas, né, ninguém sabe quais as causas, o quê que causa, por que a pessoa tem isso, sei que acomete mulheres de 35 a 50 anos ou mais também. Não é uma regra, mas pode vir antes, homem também pode ter mas é menos comum. Você sabe as possíveis formas de tratamento? B. T.: Pelo que sei, mudanças no estilo de vida, como alimentação mais saudável e uma rotina de exercícios ou caminhada pode ajudar a melhorar os sintomas. C. B.: Pode ser através de medicamentos, como a duloxetina que é a que eu tomo, mas pode ser também através de exercício físico e terapia pra quem desenvolve depressão. E. L.: São medicações, né, voltadas para fibro, geralmente quem tem fibro tem depressão e se a pessoa não tinha antes, ela pode vir a ter uma ansiedade ou uma depressão por conta dos sintomas dela. Além das medicações, as pessoas podem recorrer a tratamentos alternativos, pode fazer fisioterapia, acupuntura, pode e deve fazer exercícios físicos, massagens Você sabe quais as possíveis complicações podem acontecer com quem não trata a fibromialgia? B. T.: Acredito que o psicológico pode ser afetado. C. B.: Acho que o corpo fica muito afetado, pode piorar as dores. E. L.: Várias complicações, pois além da dor generalizada ela tem umas dores em pontos específicos, como por exemplo dor na bexiga sem infecção urinária, pode dar dor no intestino também e pode acarretar em outras doenças se não tratar, como a síndrome do intestino irritável. A depressão é outra doença que pode acarretar, a ansiedade também, síndrome do pânico, entre outras coisas. Aquela do túnel do carpo, eu conheço algumas pessoas da internet que tiveram com a fibromialgia, não sei explicar como, mas é isso. O que você gostaria de saber mais sobre fibromialgia? B. T.: Gostaria que tivesse respostas mais claras e objetivas sobre o assunto. C. B.: Acho que saber outras possíveis formas de tratamento. E. L.: Quais estudos estão sendo feitos, se estão procurando uma cura ou remédio mais eficaz, em relação a tratamentos, pois os tratamentos tem um prazo, depois ele para de fazer efeito e precisa trocar para outro. 17 ANEXO B - QUESTIONÁRIO SOBRE FIBROMIALGIA 18 19 ANEXO C - PÁGINA INICIAL DO INSTAGRAM ANEXO D - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO 20 21 ANEXO E - AVALIAÇÃO PELOS STORIES 22 ANEXO F - CONTAS ALCANÇADAS 23 ANEXO G - PUBLICAÇÕES MAIS CURTIDAS 24 ANEXO H - CAIXA DE PERGUNTA E ESPAÇO DE ESCUTA 25 26