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1 INTRODUÇÃO AO COACHING 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA 3 1. INTRODUÇÃO 4 2. CONCEITO COACHING 6 3. COACHING NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS 9 4. COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS DE UM COACH 14 4.1 Estabelecendo os Fundamentos .................................................................. 14 4.2 Co-Criando o Relacionamento ..................................................................... 14 4.3 Comunicando-Se de Maneira Efetiva ........................................................... 15 4.4 Facilitando o Aprendizado e Resultados ...................................................... 17 5. O QUE FAZ UM COACHING EM ENFERMAGEM? 20 6. PROCESSO LIDERANÇA COACHING 24 6.1 Humanização nas Relações ......................................................................... 24 6.2 Fortalecimento de Habilidades de Competências ........................................ 25 7. DEFINIÇÃO DE METAS E OBJETIVOS 25 7.1 Desenvolvimento de Liderança .................................................................... 26 8. COACHING NO CUIDADO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PACIENTES 26 8.1 A Mudança de Paradigma ............................................................................ 28 9. QUAIS OS BENEFÍCIOS DO COACHING DE SAÚDE? 29 9.1 Coach de Respiração ................................................................................... 29 REFERÊNCIAS 42 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 1. INTRODUÇÃO No decorrer do último século, as mudanças no trabalho e no âmbito organizacional se tornaramconstantes. O desempenho organizacional está intimamente relacionado ao desempenho individual e coletivo, assim como a sobrevivência e o sucesso das organizações dependem fortemente das competências dos indivíduos. Conforme McClelland (1973, apud FLEURY e FLEURY, 2001), as competênciasabrangem um conjunto de saberes necessários, ao longo do tempo, para o exercício de uma profissão e sebaseiam em três dimensões: conhecimentos, habilidades e atitudes. Esse cenário favoreceu o surgimento de novas ferramentas, dentre as quais o coaching vem recebendo destaque. De acordo com Krausz (2007), o coaching auxilia a ajustar competências e a orientarquais devem ser cultivadas, aperfeiçoadas ou estimuladas. Também desenvolve pessoas e as prepara paraas constantes modificações do ambiente coorporativo. Segundo a autora, essa metodologia consiste emum processo de desenvolvimento pessoal e profissional, com foco no presente e no futuro, que auxilia oindivíduo a atingir seus objetivos por meio da identificação, do entendimento e do aprimoramento de suascompetências. O coach, profissional responsável por conduzir o processo, auxilia o cliente, o “couchee”, aatingir o máximo do seu potencial, incentivando-o na busca dos resultados e ensinando-o a aprender comseus próprios recursos e limites. 5 No contexto empresarial, o coaching organizacional representa um meio de trabalhar com pessoase torná-las mais competentes e mais realizadas. Dessa forma, segundo Flaherty (1999), os indivíduos setornam capazes de contribuir de maneira mais intensa para suas organizações e de encontrar significado no que fazem. De modo bem similar, Chiavenato (2002) coloca que o coaching, dentro da organização,consiste em um relacionamento que gera novos conhecimentos, habilidades e atitudes e agrega valor àorganização. De acordo com Ferreira (2008), as discussões acerca da contribuição do coaching para o desenvolvimento de executivos ainda apresentam informações imprecisas e incipientes. Da mesma forma, percebe-se que o coaching é um tema que recebe pouca atenção no que diz respeito a pesquisas científicas. Nota-se, portanto, a necessidade de iniciativas que busquem aprofundar as questões sobre o assunto. Essesconhecimentos podem auxiliar no processo de seleção de alternativas que contribuam de maneira maisconsistente com o desenvolvimento de executivos. Os líderes que participaram de coaching trazem dados importantes para verificar as contribuiçõesdo processo para o indivíduo e para a organização. Isso significa que analisar executivos, gestores de organizações, que tenham participado de processos de coaching, permite identificar os principais benefíciospara o seu desempenho e atuação. Assim, é possível identificar uma oportunidade de análise que parte doindivíduo e de suas ações, para os impactos causados sobre o ambiente. Destaca-se, como objetivo geral deste estudo, a necessidade de identificar e analisar a contribuiçãodo coaching para o indivíduo e para a organização. Para que isso seja possível, é importante determinar ascompetências individuais desenvolvidas a partir do coaching, compreender como ocorreram a busca e oprocesso realizado, além de identificar e avaliar os resultados e as aprendizagens obtidas. 6 2. CONCEITO COACHING Figura 1 Coaching é uma forma de desenvolvimento na qual alguém denominado coach (“treinador”, em inglês), ajuda um aprendiz ou cliente a adquirir um objetivo pessoal ou profissional específico através de treinamento e orientação. O aprendiz é por vezes denominado coachee. Ocasionalmente, coaching pode significar uma relação informal entre duas pessoas, uma das quais mais experiente que a outra, que a ajuda e orienta, enquanto a outra aprende; o coaching difere de 7 mentoring por se focar em tarefas ou objetivos específicos, por oposição a objetivos mais gerais, ou o desenvolvimento como um todo. A palavra inglesa coach tem a sua origem entre os séculos XV e XVI, na cidade húngara de Kocs,onde foi desenvolvida uma carruagem coberta, conhecida como Koczi. O veículo foi idealizado paraproteger seus habitantes das intempéries regionais ao serem transportados de um lugar para outro. Essapalavra, ao longo da história, foi se transformando à medida que era pronunciada em línguas diferentes. Foi na Inglaterra, conforme Chiavenato (2002), na década de 70, que o coaching passou a ser associadoexclusivamente aos esportes. Nessa época, todo atleta ou equipe esportiva era guiada por um coach, umtreinador responsável por desenvolver os esportistas. Para Krausz (2007), coaching é um processo de desenvolvimento pessoal e profissional, com focono presente e no futuro, que auxilia uma pessoa ou um grupo de pessoas a atingirem seus objetivos pormeio da identificação, do entendimento e do aprimoramento de suas competências. O coach, profissional responsável por conduzir o processo, auxilia o cliente, o couchee, a atingir o máximo do seu potencial,incentivando-o na busca dos resultados e ensinando-o a aprender com seus próprios recursos e limites. Atécnica visa a auxiliar no estabelecimento de metas de maneiraorganizada para o alcance de um determinado objetivo. O coach, inicialmente, realiza uma avaliação detalhada da situação atual do cliente e, então, orienta a elaboração de um plano de ação com objetivos e metas tangíveis, que possam ser monitoradas noprocesso. Coaching, dessa forma, representa foco, ação, resultado e melhoria contínua de acordo com oBehavioral Coaching Institute (2011).Castellani (2007) afirma que o coaching tem como objetivo capacitar as pessoas na sua autorrealização a partir do alcance de suas metas, alinhando-as para uma vida equilibrada com seus valores, missãoe propósito. Conforme o autor, as metas são trabalhadas levando-se em consideração aspectos pessoais eprofissionais. O coach, assim, auxilia o coachee não apenas na definição das metas, mas na estratégia paraatingir os resultados almejados e também na superação dos desafios. Além disso, o processo é realizado apartir do foco escolhido, na vida pessoal ou na profissional. O coaching, como um processo continuado e planejado de aperfeiçoamento e superação profissional, é baseado especialmente na aprendizagem-ação e na maiêutica - uma das formas pedagógicas doprocesso socrático, que consiste em 8 multiplicar as perguntas a fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito geral do objeto em estudo – consoante Chiavenato (2002). No mesmo sentido, para Rego (2007), no âmbito de um relacionamento de parceria e de influência mútua, o coachapoia o coachee na definição e na concretização de objetivos profissionais. Assim, utiliza as atividades docliente como situações de aprendizagem para melhorar a autoeficácia, o desempenho, o desenvolvimento, a autoconfiança e a realização pessoal, bem como seu valor para a organização e o mercado de trabalho. A essência do coaching consiste em ajudar o indivíduo a resolver problemas e a transformar oaprendizado em resultados positivos. Conforme O’Neill (2001), o aprendizado individual é ampliado parao grupo de trabalho e, então, para a coletividade organizacional. Um coach possui qualificação para auxiliar as pessoas a expandirem suas competências, partindo de um posicionamento a outro, sustentado porprincípios e valores. De acordo com Lages e O’Connor (2008), existem diversos tipos de coaching. No entanto, as técnicas utilizadas, assim como o processo, são os mesmos. O que ocorre é que, dependendo da necessidade de cada indivíduo, o trabalho recebe foco diferente. Um coach pode se especializar em uma ou váriasáreas, e, em alguns casos, é necessário associar dois tipos de coaching. 9 3. COACHING NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS É sabido que as constantes mudanças no cenário global e os avanços nos modelos de reorganizaçãodo trabalho, da gestão e dos novos empreendimentos, exigem um novo papel das lideranças, valorizandoo que está além do prescrito para o cargo, mobilizando dimensões de saber-fazer, saber-agir e do saber-se(LE BOTERF, 1999; ZARIFIAN, 2001), onde os “lideres passaram a lidar com dilemas de gestão, precisando tomar decisões complexas, em tempo real, o que os obrigava a encontrar novas e difíceis soluções”(VIEIRA e LUZ, 2003, p.6) para os dilemas da sua ação. As noções de competência e qualificação se distinguem porque essas “expressões(...)ocupam lugar de destaque nos discursos e documentos dos diferentes agentes e instituições sociais” (MANFREDI,1998, p.14). A epistemologia de análise destes conceitos são distintas, pois a noção de qualificação estámais associada ao repertório das ciências sociais e à noção de competência, ancorada nas abordagens dasciências humanas. Historicamente, a noção de competência era associada à linguagem jurídica desde a idade média,pois segundo Isambert-Jamati (1997) Como se sabe, o termo “competência” (no singular) e os de sua família (competir, competente, competentemente) pertenciam, no fim da Idade Média, à linguagem jurídica. Osjuristas declaravam, por exemplo, que tal tribunal era competente para um dado tipo dejulgamento. Porém, cabia aos juristas de determinada instância, e não de uma outra, atribuir a um homem ou a uma instituição a competência para realizar certo ato, ato que setornava, assim, juridicamente válido. (ISAMBERT-JAMATI, 1997, p.103) Porém, a sua inserção no mundo empresarial é oriunda do discurso empresarial dos últimos dezanos, na França, que nasceu da necessidade de avaliar e classificar novos conhecimentos e habilidades apartir de novas situações de trabalho, onde a noção de qualificação não conseguia mais dar conta por si sóde todas as situações associadas ao bom desempenho dos trabalhadores. Esta nova noção, a de competência, também está associada a um modelo de organização de trabalho qualificante, onde o indivíduo passaa fazer o seu cargo através da incorporação de novas competências (HIRATA, 1994; TANGUY, 1997). NoBrasil, a noção e o uso do 10 termo competência ganham força no final dos anos 90, passando a incorporar osdiscursos empresariais, educacionais e de formação do trabalhador. Desenvolver competências, de acordo com Drucker (1999), compreende estruturar um conjunto desaberes necessários a qualquer indivíduo ou grupamento humano, que permita alcançar um degrau superior no desempenho de suas funções. Esse conjunto de saberes se baseia no conhecimento, nas habilidades e nas atitudes exigidas na execução das atividades.Ruas (2001, p.7) comenta que “a efetividade dos processos de mudança estariaassociada à revisão e ao desenvolvimento da maneira de pensar e atuar dos gestores, expressão essa muito próxima danoção de competência [...]”. Este autor salienta que a adoção de uma das abordagens existentes sobrecompetências no âmbito gerencial deve ser definida de acordo com os objetivos de sua aplicação e nãocomo uma decisão teórica. Neste sentido, um processo de coaching é definido sob o enfoque de um processo de aprendizagemcontínuo, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal (KRAUZ, 2007). O principal objetivo é promover a oportunidade de pessoas e grupos refletirem sobre seus valores, crenças e principais objetivos, incorporando, assim, novas aprendizagens. Essas aprendizagens se relacionam ao desenvolvimento de novashabilidades e à expansão de atitudes, sendo essas mais coerentes e eficazes. O papel do coach, conforme Castellani (2007), está associado a um profissional que irá dialogar,questionar e confrontar o coachee de forma a estimulá-lo a planejar as próximas ações, que resultarão emfuturas implementações. Ainda sob esse enfoque, o coach indica e disponibiliza recursos e instrumentosque possam contribuir para o crescimento do coachee. Da mesma forma, o coach auxilia no processo dedefinir as prioridades e de planejar as ações, com o objetivo de alcançar os resultados esperados. Para queisso ocorra, são estabelecidas metas viáveis, inseridas em um prazo viável. Krausz (2007) ainda afirma que o coaching, denominado como atividade ou processo, funcionacomo uma ferramenta de gestão empresarial que possibilita transformação e crescimento na forma de ser,pensar e estar no mundo. Essas modificações podem ocorrer em ambos os contextos, organizacional epessoal, daquele que participa da atividade ou do processo de coaching. Para a autora, as mudanças queresultam de um processo de coaching irão repercutir tanto no ambiente organizacional quanto no contextodas relações interpessoais, pois o coachee terá alterada sua maneira de perceber o mundo. 11 Wolk (2008) afirma que o coaching é um processo de aprendizagem, no sentido de busca e expansãode ação efetiva, que transforma a maneira de observar do indivíduo. Toda ação resulta de uma determinada observação, visto que cada pessoa interpreta de modo diferente a situação que enfrenta. Assim, aodesenvolver a capacidade de observar, é possível elaborar novose diferentes sentidos, que transformarão,por sua vez, as ações do indivíduo. Araújo (1999) ressalta que o coach é um facilitador da aprendizagem,que se compromete a apoiar o coachee, estimulando seu potencial, para alcançar os resultados por elealmejados. O foco do coaching é o futuro: o coach não se aprofundanas causas dos problemas que seu cliente enfrenta, mas nossonhos a serem conquistados e nos meios para tal. Coach ecoachee traçam essas metas juntos, com base em uma análisecomportamental. Assim, é possível estipular, logo na primeirasessão de coaching, objetivos condizentes com o perfil doindivíduo e dar prosseguimento para as próximas, nas quais,juntos, trabalharão para atingir os resultados determinados. As abordagens para o coaching são as mais diversificadaspossíveis, sempre se adequando com facilidade às necessidadesdo cliente. O coach evita ao máximo dizer ao indivíduo ou empresa que o contratou o que fazer. Seu trabalhoé ampliar a percepção do coachee, fazendo com que ele mesmo descubra a melhor forma para chegar aoseu objetivo. O coach dá assistência e oferece as ferramentas necessárias para que o cliente trilhe seupróprio caminho de crescimento e continue sempre crescendo de forma independente. Ao pensarmos no coaching, devemos imaginar uma linha de tempo,onde o presente é um “Ponto A” ou estado atual. A situação onde ocoachee se encontra HOJE. Em cada etapa mais adiante dessa linha está o FUTURO. O futuro podeser qualquer ponto a direita do “Ponto A”, sendo o estado desejado, o“Ponto B”. Para que o coaching seja possível, é necessário que o estado desejadoseja diferente, preferencialmente melhor, que o estado atual. Para isso o coaching vai buscar ferramentas, modelos e técnicasoriundas de diversas ciências e aplicadas em diversos campos deatuação. O coaching então é uma espécie de TECNOLOGIA, que mistura e se utilizade uma parte dessas disciplinas para a criação de seu jeito único de serTER CONVERSAS RELEVANTES PARA O CLIENTE, normalmenteatravés de questionamento eficaz, fazendo com que ele desenvolva maisFOCO e AÇÕES em 12 direção a SE TORNAR quem ele precisa para porconsequência alcançar um RESULTADO factível e mensurável. O coacheevai agir com comprometimento em direção a um resultado que ele deseja. FOCO x AÇÃO = RESULTADO Você conhece pessoas que estão sempre endividas, tipicamente vendendoa janta para pagar o almoço? Já viu sucessores falindo os negócios dafamília, por maior que sejam? Já se deu conta que a maioria dos melhores vendedores ao serempromovidos a Gerentes de Venda, não conseguem sustentar a posição? Então... RESULTADO sem APRENDIZADO raramente se sustentae por isso é tão necessário no coaching a geração deconscientização em cada sessão e em cada etapa do processoatravés de FEEDBACK sem julgamento e de FEEDFOWARD paraa elaboração de ações e das expectativas de desenvolvimentoligadas a esse último. RESULTADO + FEEDBACK = APRENDIZADO RESULTADO + APRENDIZADO = DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO + SUSTENTABILIDADE = SER SER + FAZER = TER (ESTADO DESEJADO) Assim, um dos objetivos do processo de coaching é trabalhar paraque um cliente desenvolva CONHECIMENTOS, HABILIDADESe ATIDUDES (de agora em diante conhecidas como CHA) paraque possa SER a pessoa capaz de FAZER para TER seu estadodeseja com a capacidade para mantê-lo. Nem sempre ao agir o coachee tem o resultado que ele esperava,mas o importante é a ação. Se o resultado não aconteceu, nofeedback, coach e cliente analisam o que deve ser feito ou o que nãodeve ser feito para corrigir a caminhada em direção ao resultado. Oaprendizado é então gerado e prossegue o coaching, pois a pessoaagora sabe maneiras de não agir também. 13 Figura 2 O coach tem técnicas e ferramentas para ajudar uma pessoa secomprometer ainda mais, mas a pessoa tem que estar disposta aentrar no processo de coaching. Se a ação não for feita, não existe ocoaching. O coaching só vai funcionar com a ação, com o cliente semantendo no foco, medindo e aprendendo cada passo dado emdireção ao resultado. Então, para o coaching, a JORNADA é mais importante que oDESTINO. O estado desejado é uma consequência do processo deTRANFORMAÇÃO e EVOLUÇÃO do cliente que agora tem umtamanho muito maior e as competências necessárias para superar osdesafios que antes (do estado atual) pareciam intransponíveis. 14 4. COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS DE UM COACH 4.1 Estabelecendo os Fundamentos 1. Cumprindo Diretrizes Éticas e Padrões Profissionais - A compreensão da ética e dos padrõesem coaching e a habilidade de aplicá-los apropriadamente em todas as situações de coaching. 2. Compreender e demonstrar em seus próprios comportamentos os Padrões de Conduta ICF; 3. Compreender e seguir todas as Diretrizes Éticas ICF; 4. Saber comunicar claramente as distinções entre coaching, consultoria, psicoterapia e outrasprofissões de apoio; 5. Orientar o cliente sobre a necessidade de buscar outro profissional de apoio, sabendo quando isto énecessário e quais os recursos disponíveis. 2. Estabelecendo o contrato de Coaching - Habilidade de compreender o que é necessário na interação específica de coaching e a chegar a um acordo com o novo cliente sobre o processo e relacionamento de coaching. 1. Compreender e discutir de maneira eficaz com o cliente as diretrizes e os parâmetros específicos dorelacionamento de coaching (isto é, logística, preço, programação, inclusão de outras pessoas caso istoseja adequado); 2. Chegar a um acordo sobre o que é e o que não é apropriado no relacionamento, o que está e o quenão está sendo oferecido, e sobre as responsabilidades do cliente e do coach; 3. Determinar se existe uma correspondência entre o seu método de coaching e as necessidades docliente em potencial. 4.2 Co-Criando o Relacionamento 3. Estabelecendo Confiança e Intimidade com o Cliente - Habilidade de criar um ambiente seguro, de apoio que produza respeito e confiança mútuos continuamente. 1. Mostrar preocupação genuína pelo bem-estar e futuro do cliente; 15 2. Demonstrar continuamente integridade, honestidade e sinceridade; 3. Estabelecer acordos claros e manter promessas; 4. Demonstrar respeito pelas percepções, pelo estilo de aprendizagem e pela maneira de ser do cliente; 5. Fornecer apoio contínuo e encorajar novos comportamentos e ações, incluindo aqueles queenvolvam riscos e medo do fracasso; 6. Pedir permissão ao cliente para trabalhar no coaching áreas novas ou sensíveis. 4. Presença em Coaching - Habilidade de ser totalmente consciente e criar um relacionamento espontâneo com o cliente, empregando um estilo aberto, flexível e confiável. 1. Estar presente e ser flexível durante o processo de coaching, conforme o momento; 2. Usar a sua própria intuição e confiar no conhecimento interior da pessoa - deixar que as coisasaconteçam de maneira natural; 3. Estar aberto para o desconhecido e para lidar com riscos; 4. Ver muitas formas de trabalhar com o cliente, e escolher no momento o que é mais eficaz; 5. Usar o humor de maneira eficaz para criar leveza e energia; 6. Ter confiança para mudar a perspectiva e experimentar novas possibilidades para a sua própria ação; 7. Demonstrar segurança ao trabalhar com emoções fortes, poder se autocontrolar e não ser dominadoou se deixar envolver pelas emoções do cliente. 4.3 Comunicando-Se de Maneira Efetiva 5. Escuta Ativa - Habilidade de focar-se completamente no que o cliente está dizendo e no que ele não está dizendo, entender o significado do que é dito no contexto dos desejos do cliente, e dar apoio para que o cliente se expresse. 1. Estar presente para o cliente e para a agenda do cliente, e não na agenda do coach para o cliente; 2. Ouvir aspreocupações, metas, valores e crenças do cliente sobre o que é e sobre o que não épossível; 16 3. Distinguir entre as palavras, o tom de voz e a linguagem do corpo; 4. Resumir, parafrasear, repetir, devolver (espelhar) o que o cliente falou para garantir clareza eentendimento; 5. Encorajar, aceitar, explorar e reforçar a expressão de sentimentos, percepções, preocupações,crenças, sugestões, etc. por parte do cliente; 6. Integrar e construir a partir das ideias e sugestões do cliente; 7. “Ir para a última linha” ou compreender a essência da comunicação do cliente e ajudá-lo a chegardiretamente ao ponto ao invés de envolver-se em longas histórias descritivas; 8. Permitir que o cliente expresse ou "clareie" a situação sem julgamento ou sem se prender para poderseguir adiante. 6. Questionamento Instigante - Habilidade de fazer perguntas que revelem as informações necessárias para o benefício máximo do relacionamento de coaching e para o cliente. 1. Fazer perguntas que reflitam a escuta e compreensão ativa da perspectiva do cliente; 2. Fazer perguntas que evoquem a descoberta, o insight, compromisso ou ação (por exemplo, aquelasque desafiem os pressupostos do cliente); 3. Fazer perguntas abertas que criem maior clareza, possibilidades ou novos aprendizados; 4. Fazer perguntas que façam o cliente se mover em direção ao que ele deseja, e não perguntas quefaçam o cliente se justificar ou olhar para trás. 7. Comunicação Direta - Habilidade de comunicar-se com eficácia durante as sessões de coaching, e de usar linguagem que tenha o maior impacto positivo possível no cliente. 1. Ser claro, articulado e direto ao compartilhar e fornecer feedback; 2. Reconstruir e articular para ajudar o cliente a compreender a partir de outras perspectivas o queele/ela quer ou está incerto sobre; 3. Afirmar claramente os objetivos, a agenda de encontros, o propósito e as técnicas ou exercícios decoaching; 4. Utilizar linguagem apropriada e respeitosa com o cliente (por exemplo, não- machista, não-racista,não-técnica, sem jargões); 17 5. Usar metáforas ou analogias para ajudar a ilustrar um ponto ou criar imagens verbais. 4.4 Facilitando o Aprendizado e Resultados 8. Criando Conscientização - Habilidade de integrar e avaliar com precisão as múltiplas fontes de informação, e fazer interpretações que ajudam o cliente a se conscientizar e a partir disto atingir os resultados estabelecidos. 1. Ir além do que é dito ao avaliar as preocupações do cliente, não se deixar levar pela descrição docliente; 2. Investigar para maior compreensão, conscientização e clareza; 3. Identificar para o cliente as suas preocupações subjacentes, formas típicas e fixas de perceber a simesmo e o mundo, diferenças entre os fatos e a interpretação, disparidades entre pensamentos,sentimentos e ações; 4. Ajudar o cliente a descobrir novos pensamentos, crenças, percepções, emoções estados de espírito,etc. para si mesmo, que reforcem as habilidades de realizar ações e alcançar o que é importante paraeles; 5. Comunicar perspectivas mais amplas ao cliente e inspirar o compromisso de mudar os seus pontosde vista e encontrar novas possibilidades para ação; 6. Ajudar o cliente a ver os diferentes fatores inter-relacionados que o afetam e afetam seuscomportamentos (por exemplo, pensamentos, emoções, aspectos corporais, contexto); 7. Expressar insights para os clientes de maneira que eles sejam úteis e significativos para o cliente; 8. Identificar grandes pontos fortes e grandes áreas para aprendizado e crescimento, e o que é maisimportante para tratar durante o coaching; 9. Pedir para que o cliente faça a distinção entre assuntos triviais e significativos, comportamentossituacionais e recorrentes, quando for detectada uma separação entre o que está sendo dito e o queestá sendo feito. 18 9. Desenvolver Ações - Habilidade de criar, com o cliente, oportunidades para o aprendizadocontínuo durante o coaching e em situações do trabalho/da vida, e praticar novas ações que irãolevar de maneira mais eficaz aos resultados estabelecidos no coaching. 1. Procurar ideias ("Brainstorming") e ajudar o cliente a definir ações que irão permitir que ele semanifeste, pratique e aprofunde novos aprendizados; 2. Ajudar o cliente a focar-se e explorar sistematicamente preocupações e oportunidades específicasque sejam centrais às metas estabelecidas de coaching; 3. Envolver o cliente para que ele explore ideias e soluções alternativas, para avaliar opções e tomardecisões relacionadas; 4. Promover experiências ativas e autodescoberta, quando o cliente aplicar o que foi discutido eaprendido durante as sessões imediatamente após no seu trabalho ou no seu contexto de vida; 5. Comemorar sucessos do cliente e capacidades de crescimento futuro; 6. Desafiar os pressupostos e perspectivas do cliente para provocar novas ideias e encontrar novaspossibilidades para ação; 7. Defender ou levar adiante pontos de vista que sejam coerentes com as metas do cliente e, sem ficarpreso, envolver o cliente de modo a considerá-los; 8. Contribuir para a tomada de iniciativas por parte do cliente durante a sessão de coaching, fornecendoapoio imediato; 9. Encorajar esforços e desafios, mas também um ritmo confortável de aprendizado. 10. Planejamento e Definição de Metas - Habilidade de desenvolver e manter um plano decoaching eficaz com o cliente. 1. Consolidar a informação coletada, estabelecer um plano de coaching e desenvolver metas com ocliente que tratem de preocupações e grandes áreas para aprendizado e desenvolvimento; 2. Criar um plano com resultados que sejam possíveis de alcançar, de medir, sejam específicos etenham prazos de cumprimento; 3. Fazer ajustes nos planos, conforme permitido pelo processo de coaching e pelas mudanças nasituação; 4. Ajudar o cliente a identificar e ter acesso a diferentes recursos de aprendizagem (por exemplo, livros,outros profissionais); 19 5. Identificar e estabelecer como alvo primeiros sucessos que sejam importantes para o cliente. 11. Gestão de Progresso e Responsabilização - Habilidade de manter a atenção no que é importante para o cliente e de deixar com ele a responsabilidade de realizar a ação. 1. Requisitar claramente do cliente ações que o movam adiante em direção às metas estabelecidas porele; 2. Demonstrar acompanhamento perguntando ao cliente sobre estas ações com as quais ele secomprometeu durante as sessões anteriores; 3. Reconhecer o cliente pelo que ele fez, não fez, aprendeu ou conscientizou-se desde as sessõesanteriores de coaching; 4. Preparar, organizar e rever de maneira eficaz com o cliente as informações obtidas durante assessões; 5. Manter a continuidade entre as sessões com o cliente, concentrando a atenção no plano e nosresultados do coaching, nos cursos de ação estabelecidos e nos tópicos para as próximas sessões; 6. Focar no plano de coaching, mas também estar aberto a comportamentos e ações de ajustebaseados no processo de coaching e mudanças de direção durante as sessões; 7. Ser capaz de mover-se para trás e adiante entre o objetivo em direção ao qual o cliente está voltado,definindo um contexto para o que está sendo discutido e onde o cliente deseja chegar; 8. Promover a autodisciplina do cliente e mantê-lo responsabilizado pelo que ele diz que vai fazer, pelosresultados de uma ação que ele pretende realizar, por um plano específico com prazos relacionados; 9. Desenvolver a habilidade do cliente de tomar decisões, tratar de preocupações chave e desenvolvera si mesmo (para ter feedback, para determinar prioridades e definir o ritmo de aprendizagem, pararefletir e aprender com as experiências); 10. Confrontar de maneira positiva o cliente com o fato de que ele/ela não realizou as açõesestabelecidas.20 5. O QUE FAZ UM COACHING EM ENFERMAGEM? Figura 3 O Coaching em Enfermagem é aquele profissional graduado em enfermagem que atua no desenvolvimento de competências e habilidades importantes, tais como: comunicação assertiva, capacidade de escuta, relacionamento interpessoal, negociação, flexibilidade, gestão da mudança, gestão da equipe, habilidade de feedback, gestão do tempo com melhor produtividade, inovação e criatividade. Quem pode atuar como Coaching em Enfermagem? Enfermeiros de qualquer especialidade que, através da autoliderança e ferramentas de coaching, almejam potencializar sua performance e maximizar os resultados em sua vida e carreira. Recentemente, o Conselho Federal de Enfermagem – Cofen aprovou em plenário a Resolução Cofen nº 581/2018, reconhecendo o título de especialização ao curso de Pós-Graduação lato sensu em Coaching em Enfermagem. 21 A decisão foi tomada após solicitação de instituição de ensino e de profissionais atuantes na área, que sugeriram o reconhecimento da especialidade. A liderança é um importante fator para desenvolver e canalizar a energia das pessoas, gerar atitudes positivas, indicar a direção e sincronizar seus esforços. Nas instituições hospitalares o enfermeiro muitas vezes está em posição de gestor, cabendo-lhe a responsabilidade pelos resultados da organização. Se estiver preparado, sua liderança será forte e fará com que a avaliação do Hospital ou do serviço realiza seja cada vez melhor. Ao contrário, se fraca a sua liderança reduzirá o potencial do hospital, que com o tempo cairá no descrédito dos usuários. Uma boa empresa sabe bem do impacto financeiro de uma avaliação. Algumas estão até investindo na preparação de enfermeiros que assumem o papel de líder, tratando isso como uma premissa básica para buscar transformar suas práticas diárias, com vistas à garantia da qualidade da assistência prestada ao paciente e alinhamento estratégico dos objetivos e metas da instituição com as práticas e necessidades da equipe de enfermagem. Como todo trabalho em enfermagem é desenvolvido em equipe, é esperado que esse profissional tenha as competências requeridas para o exercer o papel de líder das mais diversas atividades dentro de um serviço de saúde. Vale destacar, que internacionalmente o coaching para profissionais de enfermagem já é bastante utilizado, principalmente na gestão de pessoas, educação em saúde e desenvolvimento da prática clínica. No Brasil, esse despertar para o coaching por profissionais de enfermagem tem crescido bastante, pois, atrelado ao conceito de liderança. O coaching relaciona-se à capacidade essencial de liderança em equipe, em que o líder e o liderado formam uma parceria para identificar e alcançar as metas, com foco em contribuir para a melhoria do desempenho pessoal e profissional do liderado. Em relação à incorporação em organizações de saúde, foi possível identificar que o Coaching foi utilizado como uma ferramenta para melhorar aspectos da gestão em Enfermagem. Dentre esses: na gestão de conflitos, no desenvolvimento de competências gerenciais, na preparação de líderes, na capacitação de membros da equipe de enfermagem, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos pacientes, na diminuição do stress dos enfermeiros, na gestão de pessoas de diferentes gerações no local de trabalho e para a avaliação da dor em pediatria. 22 Trabalhar com as motivações do colaborador, parece até romântico, mas, não é. Todos buscam felicidade e satisfação, seja no ambiente familiar, profissional, pessoal, social, ou qualquer que seja o aspecto da vida. Motivação! Sem ela não nos sentimos encorajados a fazer nada em nossas vidas. Para motivar alguém você precisa saber do outro: Quão realizado está na sua vida? E no ambiente de trabalho, com seus colegas? Sente prazer fazendo o que faz hoje, ou acredita que algo precisa mudar? Ter as necessidades básicas atendidas gera motivação. Quando preenchemos nossas necessidades básicas, é natural querermos estar seguros para passarmos então a socializar e pertencer a grupos. Elevar a autoestima do liderado é seu papel como líder. Para uma pessoa com a autoestima baixa o dia parece interminável, pois, ela se sente inferior às outras pessoas e não se sente à vontade para executar suas tarefas, e o seu rendimento cai. Não somos capazes de trabalhar e sermos produtivos se nos sentimos infelizes ou insatisfeitos. Procure conversar com a pessoa que age desse modo, tente conhecer as razões por trás desse comportamento, antes mesmo de enviá-la ao setor de gestão de pessoas. Gerar autorreflexão proporciona desenvolvimento/aprimoramento de suas próprias competências, requer a busca permanente de ferramentas, conhecimento e oportunidades para se expandir e alcançar melhores resultados. A reflexão deve levar a tomada de consciência e o líder com isso gera um plano de ação, que irá gerar uma ação e resultados específicos. Promover a evolução da equipe para níveis mais elevados, tendo por base a Teoria do Processo evolutivo favorece mudanças que podem ser remediativas, generativas ou evolutivas. Essa teoria é apresentada como uma pirâmide de 7 níveis, sendo a base a superficialidade, relacionamentos, conhecimento, crenças e valores, senso do eu, afiliação ou pertencimento e legado no topo da pirâmide. Mudanças remediativas - ocorrem nos níveis (superficialidade, e relacionamentos). São mudanças comportamentais e podem ocorrer por condicionamento, pois estão relacionadas a estruturas diretas de ação e reação. No entanto, essa mudança não provoca mudança no interior do indivíduo, não o prepara para novas situações que o seu ciclo de existência certamente voltará a trazer. Mudanças generativas – ocorrem nos níveis de Conhecimentos, crenças e valores (sonhos e significados da pessoa) e estão relacionados a permissões, motivações e direção de comportamentos. 23 Mudanças evolutivas ocorrem nos níveis de identidade (papeis que a pessoa desempenha na vida) afiliação e legado. São mudanças relacionadas à missão e ao propósito. Essas são as mudanças que produzem mais efeitos em nossas vidas, podendo ser geradas por experiências significativas e, muitas vezes, com grande teor emocional. Contribuir com observações, questionamentos, feedback, técnicas e ferramentas para o aprimoramento intelectual, comportamental e emocional do colaborador da sua equipe cria um ambiente seguro para clareza de valores, definição de metas, tomada de decisão, planejamento da atividade profissional, da carreira e da própria vida, inspira e gera ação e bons resultados. O enfermeiro coaching, tem como foco o uso de ferramentas gerenciais para o incremento das práticas e estratégias de liderança nos serviços de saúde. E também o uso de instrumentos de aprimoramento de sucesso aplicados ao exercício da Enfermagem, direcionadas à realidade do mercado de trabalho competitivo de nossos dias, no qual se observa competição entre categorias profissionais. 24 6. PROCESSO LIDERANÇA COACHING Processo educacional planejado, englobando a orientação para a prática de a orientação paraa prática deatividades especificas, com o objetivo deestimular a pessoa a se manter motivada,para desenvolvimento das competências, para desenvolvimento das competências,de modo continuamente aperfeiçoar seu desempenho e seu resultado no trabalho. Liderança Coaching Liderança Coaching é a atenção que o éa atenção queOlíder deve dar aos liderados para queestes desenvolvam seu potencial e alcancem os resultados esperados. 6.1 Humanização nas Relações Figura 4 A metodologia do Coaching aplicada ao ambiente de trabalho dos profissionais de saúde também oferece a estes a oportunidade de aprender a utilizar ferramentas e técnicas do Coaching,que favorecem a melhoria e humanização dos atendimentos. Acontece, que, como eu disse no início do conteúdo, muitas vezes, as demandas dentro dos hospitais e unidades de saúde são tão altas, que acaba não dando tempo de ter uma relação mais humanizada com o paciente, o que gera desconforto, tanto para profissional, quanto para quem está sendo atendido por ele. Neste sentido, ao passar pelo processo de Coaching, o profissional consegue, mesmo ali, em meio a todas as atribulações e necessidade de pressa, prestar um atendimento 25 cada vez mais humanizado ao paciente, utilizando, para isso, os conhecimentos, técnicas e ferramentas que o Coaching lhe oferecerá. 6.2 Fortalecimento de Habilidades de Competências Assim como todo e qualquer tipo de profissional, aquele que faz parte da área da saúde deseja aprimorar suas habilidades e competências, para que assim possa, não só atender cada vez melhor seus pacientes, mas também desenvolver uma carreira de sucesso, que seja verdadeiramente reconhecida. Diante disso, o Coaching trabalha o autoconhecimento do profissional, no sentido de que ele tenha maior consciência e possa fortalecer seus pontos fortes, ou seja, aqueles que lhe ajudam a ter uma performance de excelência no trabalho, bem como aqueles pontos que precisam de melhorias, pois podem estar impedindo que o médico, enfermeiro, dentista, entre outros profissionais, continuem crescendo e se desenvolvendo em suas carreiras. 7. DEFINIÇÃO DE METAS E OBJETIVOS Figura 5 Por mais que vivam em meio a um turbilhão de acontecimentos, tendo que atender necessidades de todos que os cercam, os profissionais da área da saúde, assim como quaisquer outros, também têm o anseio de alcançar resultados extraordinários em suas carreiras. 26 Sabendo disso, o Coaching, voltado para o atendimento desta demanda, ajuda o profissional a definir, efetivamente e na prática, suas metas e objetivos, elaborando, junto a ele, um plano de carreira, com estratégias e ações altamente eficientes, que atenda seus anseios e lhe ajude a conquistar uma promoção, fazer um curso de aprimoramento, especializar-se fora do país, e, até mesmo, tornar-se empreendedor, e montar, por exemplo, a sua própria clínica. Tudo isso de forma rápida, prática e com resultados altamente positivos. 7.1 Desenvolvimento de Liderança Muitos profissionais de saúde, em diversos momentos, assumem também o papel de líderes, tendo como função, conduzir outros profissionais à uma performance de excelência, extraindo o que há de melhor em cada membro de suas equipes, para que, tanto hospitais, quanto unidades de pronto atendimento, de urgência e emergência, realizem um bom trabalho e atendam os pacientes de forma ainda mais humanizada. Neste sentido, o Coaching atua para desenvolver e aprimorar ainda mais a liderança destes profissionais, para que eles, através, principalmente, de seu exemplo, inspirem os demais profissionais da área a prestarem um bom atendimento, terem cada vez mais empatia com os pacientes, despertarem a sua humanidade, para que assim, haja maior acolhimento das pessoas que procuram as unidades e para que todos alcancem resultados extraordinários em equipe. 8. COACHING NO CUIDADO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PACIENTES Foi encontrado que o coaching direcionado para a educação em saúde para pacientes é realizado pelos próprios Enfermeiros, tanto no ambiente hospitalar, quanto no ambiente domiciliar e ambulatorial, de maneira presencial e também virtual por meio de gravações e vídeo. Nesses tipos de intervenções, nestes estudos aparece o conceito de “Health coaching”, que é uma denominação utilizada para designar a aplicação dos processos de coaching na área da saúde em prol da prevenção e reabilitação de pacientes. Os exemplos mais citados pelas publicações foram o uso do coaching para o manejo da dor em pacientes com câncer e para pacientes com doenças crônicas, 27 como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. O coaching também foi utilizado para promover o bem-estar em pacientes com fibromialgia, idosos com osteortrite e pessoas com incontinência urinária. Sabemos que um dos papéis fundamentais do enfermeiro, em qualquer área de atuação, é o de educador. O enfermeiro que passa por um processo de coaching estará melhor capacitado a realizar a educação de pacientes, familiares e equipe, utilizando as ferramentas do coaching para uma educação muito mais efetiva e eficaz. Coaching no Processo de Desenvolvimento de Pessoas: O coaching foi considerado, nos estudos encontrados, uma estratégia de sucesso ao estabelecer metas e planos para o desenvolvimento da equipe. Nestes estudos, sessões de grupo com enfermeiras gerentes demonstraram ser benéficas, pois ajudaram-nas a compartilhar diferentes perspectivas para o mesmo problema. Estes estudos relatam que, na perspectiva do processo de coaching, um ambiente efetivo de aprendizagem é onde todos os integrantes da equipe são aprendizes e trabalham para o desenvolvimento pessoal e para o insight coletivo para aprimorar a pratica. Além disso, mentoring, coaching e ações de aprendizagem podem ser estratégias a serem utilizadas para atingir esses objetivos. As publicações apresentaram também estudos que direcionam para o uso do coaching na formação de novos enfermeiros e também para o desenvolvimento da prática clínica e de aprendizagem para os trabalhadores. É conhecido que as grandes empresas têm utilizado, cada vez com maior frequência, o executive coaching para a formação e capacitação de seus profissionais e desenvolvimento de competências. Nos hospitais brasileiros, esta prática ainda é incomum, sendo utilizado um modelo de “Educação Continuada/Permanente”, que dificilmente traz resultados satisfatórios. Este modelo de educação continuada/permanente, sem as técnicas e ferramentas do coaching, é exaustivo e maçante, pois os profissionais se sentem “obrigados” a participar, com baixíssima adesão e transformações de comportamento menores ainda. Lembre-se: se você fizer sempre do mesmo jeito, o resultado será o mesmo. E se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve. Se você quer mudança, tem que mudar a estratégia. E a nova estratégia pode ser o coaching. 28 Concluindo, o coaching pode ser utilizado na enfermagem e na equipe de saúde em geral, não somente nas áreas citadas no estudo, mas em todos os setores, melhorando inclusive o relacionamento da equipe e a gestão de conflitos, tão comuns no ambiente hospitalar. O coaching proporciona que cada equipe ou profissional identifique seu foco, faça seu planejamento, entre em ação para alcançar os resultados desejados, em congruência com a missão e valores da instituição. “Em vinte anos, você se sentirá mais decepcionado pelas coisas que não fez do que por aquilo que fez. Por isso, levante suas âncoras, saia do porto seguro e abra suas velas ao vento. Explore, sonhe, descubra.” (Mark Twain) 8.1 A Mudança de Paradigma O enfermeiro coach intervém na dimensão físico-psíco-sócio-espiritual, cultural e ambiental da saúde e sabem como acompanhar o utente cliente a reencontrar as forças para se auto-cuidar e tornar se independente mantendo a sua qualidade de vida. A sociedade nacional de healthcoaches distingui esses profissionais como sendo habilitados a guiar e acompanhar e inspirar as pessoas utentes para um estado global de saúde. Sendo o enfermeiro o profissional de saúde que cuida e acompanha as pessoas, as famílias e as colectividades, a fim de atingirem, manterem ou retomarem uma qualidade de vida óptima usando todas as suas capacidades e todo o seu potencial de vida, ele é o mais apto a assumir este papel. Os cuidados de enfermagem englobam o acompanhamento de forma autónoma ou colaborativa, pessoas de todas as idades, doentes ou de boa saúde e em todosos contextos da VIDA. Essencialmente o nurse coaching retoma a essência dos cuidados de enfermagem e do papel próprio ao enfermeiro enquanto profissional e profissão de saúde. Ser Nurse coach, enfermeiro coach, não trata de administrar mais um medicamento, de gerir sintomas ou de fornecer outra solução rápida. Trata sim de criar uma relação de ajuda e de acompanhamento com o indivíduo em vista de uma mudança duradoura e levando a um sentimento de contributo a uma saúde global 29 melhor, bem e estar e satisfação dos que cuidam e dos que são cuidados usufruindo de uma qualidade melhor de cuidados. 9. QUAIS OS BENEFÍCIOS DO COACHING DE SAÚDE? Ao trabalhar a compreensão do seu estado físico e mental, o coach de saúde proporcionará ao cliente uma série de benefícios, a partir destes procedimentos: Auxílio ao coachee para lidar com seus aspectos comportamentais e aprender a enfrentar seus desejos e receios, abandonando assim os maus hábitos (como beber e fumar); Ajuda para mudar seu estilo de vida, por meio de hábitos saudáveis; Estímulo ao cliente para dar início a uma dieta ou matricular-se em uma academia; Trabalhar com as suas competências, estimulando assim sua criatividade; Estabelecer o que é realmente importante em sua vida; Viabilizar o desenvolvimento de táticas adequadas, visando aprimorar a influência dos ambientes sociais, profissionais e familiares. Portanto, o Coaching de Saúde auxilia o tratamento não apenas da doença, mas também nas crenças e emoções que podem ser a causa. 9.1 Coach de Respiração Um pouco mais específico é o coaching de respiração. Chamado também de renascedor, o orientador aqui inicia o paciente na conscientização da respiração correta e eficiente. “O objetivo é resgatar o bem-estar e aliviar as tensões diárias, manter um ambiente sereno e conduzir a pessoa a ter um ritmo de respiração mais livre e relaxado”, explica Elizabeth Lindoni, coach e consultora em PNL, de São Paulo. “A respiração leva a pessoa a experimentar um profundo senso de limpeza interna, melhorando a saúde física e mental e tornando os sentimentos mais tranquilos. Quando dominamos um pensamento dominamos um resultado. Respirar corretamente é aprender a ter poder pessoal”, completa a especialista. 30 Respire fundo As sessões de coaching de respiração duram de uma a duas horas. Elizabeth Lindoni diz como funciona o processo: Deite-se ou sente-se em um local bem confortável, feche os olhos, ouça uma música suave. Nos primeiros 10 minutos, respire de forma profunda: encha todo o pulmão de ar e esvazie por completo (estado de ativação). Respire com vigor na inspiração (como recebo as coisas do mundo) e relaxe na expiração (como desfruto do que recebo). “Com o relaxamento total, corpo e mente se entregam e se soltam completamente. Você vai percebendo suas emoções, seus pensamentos, seu corpo. Permita-se, solte-se, não lute contra nada, deixe fluir os pensamentos e as emoções. No gerenciamento de pessoas, a “virada”, que é uma transformação profunda no nosso interior e que nos leva a sair da nossa zona de conforto, é fundamental para uma equipe criar soluções inovadoras e ter resultados diferenciados. Reflita um pouco: as organizações de hoje querem profissionais que passem anos e anos do mesmo jeito ou pessoas que queiram se reinventar a cada dia? Pessoas que sejam flexíveis e estejam abertas a mudanças ou pessoas que já tem todo o conhecimento possível? Os melhores resultados veem a partir das transformações. E como é possível proporcionar essa “transformação”? • Seja um exemplo de “transformação” – o líder é a referência da equipe, porisso deve ser o primeiro a mudar. Não tenha medo de se expor; seja sincerosobre o quanto mudar pode trazer medo ou aquele “frio na barriga”, mas quevocê vê como importante para todos alcançarem resultados melhores. • Reforce os pontos positivos de uma mudança – obtenha dados e exemplosde como mudar vale à pena. Use referências próximas, na própria organização,e também mundiais como Steve Jobs, Abílio Diniz, Flávio Augusto entre outros. • Esteja disposto a ajudar – demonstre para a equipe, com sinceridade, quevocê está pronto para apoiá-los na mudança. É importante sentirem de vocêsegurança de que dará tempo e que terá paciência de ver os resultadosacontecerem de forma gradual. 31 • Não pressione – tudo deve acontecer naturalmente. Por isso seu papel é serum facilitador e não um ditador. Uma mudança imposta não traz bons resultadose não é sustentável no tempo. Logo que a pressão diminui a pessoa volta parasua zona de conforto, à “estaca zero”. Ter um diálogo estruturado desenvolve uma comunicação mais eficaz Você já esteve em uma reunião em que se falou, falou, falou e não houve avançosna resolução de um problema? E aquele gestor que dá voltas e não atinge com objetividade o ponto central dareunião? E o “ponto de controle” em que o chefe se descontrolou e começou a ser agressivo? Qual a sua sensação diante de um desses quadros? Pode ser que você tenha respondido algo com perda de tempo, falta de motivação,stress, angústia e incômodo. É sintomático e corriqueiro ocorrer a má utilização deuma importante competência para líderes e profissionais: a comunicação. Desdeos primórdios da humanidade, em que o homem aprendeu a viver em sociedade,comunicar-se faz parte do cotidiano como um item básico tão importante quantoo ar que respiramos. E isso sem estar associado somente com a fala, pois acomunicação pode ser verbal ou não verbal. E por que no ambiente corporativo ainda ocorrem problemas por causa de uma comunicação insatisfatória? Para responder, citamos abaixo algumas das barreirasenfrentadas pelo emissor (que envia a mensagem) que podem provocar “ruídos” emal entendimento com o receptor (que recebe a mensagem): • Falta de conhecimento do assunto. • Falta de conhecimento do perfil do público. • Falta de uma estrutura de diálogo. • Insegurança ou baixa autoconfiança. • Julgamento do receptor de acordo com seu juízo. • Formação de estereótipos. 32 Estes são alguns exemplos que podem ocasionar o desgaste pela má comunicação. Dentre algumas soluções, apresentamos um diálogo estruturado, planejado e prévio a uma reunião ou conversa. Ele poderá ser um guia para assuntos estratégicos ou aqueles temas difíceis e sensíveis. Com a utilização dele repetidamente, a estrutura poderá ser internalizada. Por isso, é importante praticar. 1º Estruture uma breve e objetiva introdução do assunto. Escreva o que vocêvai falar em tópicos ou, se preciso for, a forma como você falaria no dia programado.Não se trata de decorar um texto, mas treinar o que será falado. 2º Tente prever possíveis respostas, atitudes, posturas ou reações da suaequipe. Se você conhece bem sua equipe saberá desenhar este momento e, também,como você reagirá às respostas. É importante também ter autoconhecimento paraprever suas reações. Por exemplo: se quem respondeu é aquele colaborador que“te tira do sério” você pode se preparar mentalmente e até elaborar alguns “gatilhos”como respirar fundo, aguardar alguns segundos para dar resposta e não perder ocontrole emocional; 3º Tenha uma escuta atenta. No momento que os receptores da mensagem estiverem falando tenha total foco neles. Sua atenção deve estar totalmente voltada para eles. Não se distraia, interrompa ou tente complementar frases. Tenha interesse genuíno pelo que as outras pessoas falam. Dale Carnegie, referência mundial como líder e formador de pessoas, diz que é um desperdício de tempo “fingir que está interessado em outra pessoa para simplesmente conseguir algo dela”. Por isso, a partir de hoje interesse-se de verdade pelas pessoas. 4º Certifique-se que a mensagem foi recebida de forma clara. Muitas vezes o receptor entendeou interpreta a sua mensagem diferente do que era realmente a sua intenção. Por isso, se precisar, clarifique de maneira respeitosa o que você realmente quer dizer com suas palavras. 5º Conclua com um plano de ação. Em alguns casos a reunião, ponto de controle ou conversa foi muito boa, mas não houve um fechamento na construção da solução. Então, o ideal é que a comunicação tenha como fechamento um plano de ação. Se o assunto foi um feedback de ajuste, o que é preciso fazer para melhorar? Se o feedback foi de reconhecimento, o que é possível fazer para manter aquele resultado ou ter um 33 ainda melhor? Você pode fazer um plano de ação utilizando uma estrutura de perguntas. Perguntar é melhor do que falar Digamos que este segredo é continuação do último, poisfalar e perguntar fazem parte da estrutura da comunicação. E, para o líder coach, perguntar é melhor do que falar. Terem sua linguagem diária perguntas que possam levar suaequipe à reflexão, à mudança e à construção de soluçõesinovadoras é a chave do sucesso de um gestor comcompetências de coach. A técnica de perguntar é talvez a mais poderosa e eficaz docoaching. E, nesse caso, não significa questionar como uminquérito, mas sim fazê-lo ouvir aquilo que ele próprio estáfalando. Como assim “fazer ouvir o que ele próprio já diz”? Muitas vezes não temos a consciência exata daquilo queestamos falando, expondo para fora. Em alguns casos, afala é tão rápida que não espera o processamento da ideiapelo cérebro. Portanto, fazer seu colaborador responderuma boa pergunta pode significar a tomada de consciência.E “consciência leva à responsabilidade”, diz Whitmore. Veja abaixo alguns exemplos de perguntas de acordo com o objetivo a ser atingido: 1) Estabelecimento de foco “De tudo isso que foi exposto, qual a coisa mais importante a fazer para atingir o resultado que queremos?” 2) Desconstrução de modelo mental “Quais evidências de que não conseguiremos alcançar esta meta?” 3) Engajamento com objetivos “O que nós vamos fazer de diferente de tudo que fizemos até agora?” 4) Retirando barreiras do caminho “Considerando que fazer assim não deu certo, o que vamos fazer agora?” Estes foram alguns exemplos de perguntas que você pode utilizar como líder. É interessante não decorar, mas absorver a estrutura e a ideia de cada uma delas. 34 O líder coach é omodelo de liderança de hoje e do futuro Figura 6 Insight do líder: O valor de um líder será identificado desde o primeiro momento que ele se apresentar. Sua identidade será percebida de forma instantânea Por isso, como as empresas estão se preparando para este cenário? Sabemos que a pressão externa exercida recai sobre o líder, sobre o gestor. Como ele poderá lidar com diferentes gerações chegando ao mercado de trabalho? Como será capaz de lidar com novas formas de comunicação e relacionamentos interpessoais? Será possível sobreviver com a mentalidade fechada como o “dono” do conhecimento? Não. A flexibilidade será cada vez mais exigida, assim como a capacidade de se adaptar e transitar em diversos meios. Habilidades de engajar e criar um ambiente de compartilhamento serão fundamentais para alcance de melhores resultados. Saber equilibrar as áreas de sua própria vida e entender que a divisão entre trabalho e vida pessoal será cada vez mais tênue continuarão sendo regras de ouro. Por tudo isso que ser um líder coach é o modelo de alta performance desejado pelas organizações hoje e será cada vez mais intenso no futuro. O Líder coach não apenas lidera; mas orienta, guia, treina, desenvolve e estimulapessoas, grupos e equipes. Ele desenvolve em si, desde aspectos pessoais como equilíbrioemocional, autoconfiança e segurança, até os aspectos profissionais como definição de metas,delegação, foco e gestão do tempo. O líder coach também 35 é capaz de promover um melhorrelacionamento interpessoal entre ele e sua equipe e entre os membros da equipe. A melhora norelacionamento interpessoal da equipe contribui positivamente para o trabalho emequipe, oambiente de trabalho e, consequentemente, a eficiência e a produtividade, podendo tambémgerar um ambiente mais propício à aprendizagem individual e da organização. Nesse sentido, para Campos e Estopoli (2015) os resultados demonstram o estilo deliderança coaching nas empresas e surgem resultados positivos nos seguintes aspectos: Orientação para os resultados. Mudança da cultura organizacional e no dia a dia de trabalho. Aperfeiçoamento da gestão. Fortalecimento e desenvolvimento das competências essenciais da organização. Ainda segundo Campos e Estopoli (2015), o líder coaching precisa desenvolver ascompetências comportamentais ou humanas, técnicas e conceituais de cada cargo, diante dessascaracterísticas podem se agrupar a natureza de seus resultados em quatro tópicos, sendo eles: Desenvolvimento do colaborador. Desenvolvimento do gestor. Habilidade para lidar com processos de mudança organizacional. Trabalho em equipe. Esses tópicos apresentados por Campos e Estopoli são fundamentais para o desempenho profissional, execução das atividades, obtenção de resultados positivos, atingimentodas metas e objetivos da organização, quanto as suas características e vantagens positivas énecessário ao desenvolvimento e conhecimento sobre a aplicação dos processos de coachingdentro das organizações, para que sejam estabelecidos marcos demarcatórios do campo de atuação desse líder coaching, que justifique também a utilização de um curso profissional, ou não. Isso, eventualmente, irá garantir parte das funções entre a prática do coaching e do método deforma clara para a organização. Ainda segundo os mesmos autores Campos e Estopoli (2015), o perfil do profissional que conduz esse processo pode ser um funcionário, gestor de equipe chamado de líder coachpor exemplo, ou um consultor. O primeiro (líder coaching) é um funcionário 36 da empresa quepossui uma série de responsabilidades, inclusive a de atuar como coach de sua equipe, sendoresponsável pelo seu desenvolvimento, treinamento e correção dos seus erros. Tem alcance dosobjetivos e metas fazem parte do planejamento estratégico da organização; o segundo é um consultor, especialista na aplicação dos processos de coaching dentro das organizações. Brendell e Stamell (2018) afirma que o líder coaching agrega resultados positivos àcultura organizacional, ocasionando desenvolvimento organizacional da empresa e na orientação para os resultados, juntamente com o desenvolvimento de gestão e no fortalecimento dascompetências essenciais nas decisões estratégicas da organização, loteamento de seu planejamento estratégico agregando vantagens competitivas para a organização se manter, crescer e seexpandir no mercado competitivo em que atua. Se envolvem também as competências dos seuscolaboradores, sua motivação e o seu comprometimento com as atividades no trabalho, aondeessas características são agrupadas em quatro tópicos, quais sejam: desenvolvimento do colaborador, gestão e habilidade para lidar com o processo de mudança organizacional, desempenhoprofissional e execução das tarefas. Ainda segundo os mesmos autores, um dos objetivos e metas estratégicas da organização inclui a carreira do profissional, suas competências que agregam maior capital intelectuale vantagens competitivas e para que isso ocorra de forma plena, eu preciso saber distinguir a diferença entre a prática do mentoring e a prática do coaching que pode ser um colaborador,um líder de equipe como também pode ser um gestor ou supervisor, chamado de Leader –Coach, utilizado para distingui-lo do consultor que é uma pessoa terceira de uma consultoriaque vem aplicar sessões de Coaching para o desenvolvimento dos colaboradores, podendo eleser aplicado a consultoria nos colaboradoresde maneira individual ou coletiva. Essas sessões,trazem inúmeros benefícios, mudanças de comportamentos, aumento do comprometimento edo desempenho, bem como desenvolvimento das competências inerentes ao exercício da profissão, das atividades inerentes ao cargo dos colaboradores e gestores.Segundo Cardoso et al., (2013) o desenvolvimento de liderança é uma revitalização nasestratégias organizacionais e instrumentais para proporcionar maior conhecimento, habilidades,atitudes e perspectivas para os gestores, se transformando em líderes coches de suas equipesde trabalho, em busca de resultados concretos e melhorias continuas no desempenho de cadaindivíduo dentro da organização. 37 Para Cardoso et al (2013) a transformação da liderança e dos colaboradores permite umarevitalização das estratégias e instrumentais alinhados ao desenvolvimento das atividades e decompetências que permitem os gestores engajarem no ambiente de trabalho e na execução decada atividade, com equipe de alto desempenho, capaz e de maneira eficiente e eficaz, atingirtodas as metas, edo planejamento estratégico da organização, bem como a obtenção de uma cultura organizacional focada no alcance de resultados, dessa forma, realizando o desenvolvimento organizacional por meio de cultura voltada à obtenção de resultados. Segundo Brendell e Stamell (2018) A sinergia de coaching executivo e a meditaçãomindfulness é convincente. Meditação ajuda os clientes a alcançar um estado de ser em que elespensem claramente, relacionados com o trabalho e objetivos mesmo sendo eles, atividadesestressantes. E quando os executivos fazem mentalização positiva aliados a mudanças decomportamento, eles estão melhor posicionados para relaxar e atingir um estado meditativo —com todos os seus benefícios inerentes. As duas abordagens continuamente se aprofundam efortalecem uma a outra. Para Brendell e Stamell (2018), integrando estratégias de coaching e mindfulnessexecutivas em uma configuração única, prática que deve ser feita cuidadosamente, uma vez quepode ajudar clientes a se desenvolver em líderes mais autoconscientes, emocionalmenteinteligentes e eficazes. Treinadores de executivos, formadores de liderança e especialistas demindfulness, podem formar parcerias poderosas ao serviço de uma experiência de cliente avançado, o processo é mais gratificante, e o resultado para os clientes é muito superior, comeste tipo de abordagem coordenada. Segundo Brendell e Stamell (2018) a sinergia coaching combinado com a prática demindfulness tem bastante credibilidade. O primeiro, a meditação, ajuda a eliminar pensamentose emoções estressoras, relacionadas a sua profissão e as suas atividades ajudando alcançar ocorreto equilíbrio e o segundo, o coaching, ajuda a seguir por esse caminho, livre de estadosestressores, pensamentos limitantes, revendo as suas crenças, valores e a sua missão de vida,fazendo com que o colaborador tenha uma mentalidade positiva em relação a seus objetivospessoais e profissionais, alcançando o equilíbrio entre eles. Ainda segundo Brendell e Stamell (2018), a prática de meditação combinado com sessões de coaching melhora em muito a autoconsciência e a eficácia das 38 atividades dos líderesdentro da organização, agregando a eles diminuição ou até mesmo eliminação de fatores estressantes, pensamentos limitantes que são aqueles que o impedem de ir adiante, de dar um passoa frente para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, aumento de sua inteligência emocional, sabendo controlar e utilizar as suas emoções de maneira adequada e tirando vantagensde suas emoções, pois, a pessoa que tem alto nível de inteligência emocional, não só tem ocontrole de seus sentimentos, como sabe utilizá-los na dose certa para conseguir vantagens emseus relacionamentos interpessoais com outras pessoas, além de ter maior equilíbrio emocionalno ambiente de trabalho. As competências dos colaboradores também são desenvolvidas, pois,esse processo combinado, consegue extrair o potencial oculto do colaborador deixando essascompetências mais latentes e visíveis nesses colaboradores, como as inerentes a seu cargo deatuação, desenvolvendo também as suas competências comportamentais, humanas e estratégicas que a organização/empresa tenha, para alcançar os resultados de suas estratégias, assim como, ser reconhecido por ter colaboradores treinados e eficazes na execução de suas atividades, somando-se ao bom relacionamento com outros colaboradores e com a organização emgeral. Segundo Cruz, (2010) o líder orienta o seu colaborador a descobrir os seus própriosmecanismos de aprendizagem e otimização, por meio de um constante processo de condução,orientação, dialogo e feedback. Ainda segundo Cruz (2010), exercer esse comando ou essa direção no compromisso dealinhar seus colaboradores para um objetivo comum, inclui motivá- los, reconhecê-los, fazerquestionamentos por meio de técnicas e métodos comportamentais, a fim de atingir o desenvolvimento das competências, habilidades e capacidades importantes para a equipe realizar os objetivos organizacionais, profissionais e pessoais, desenvolvendo tanto o lado humano e comportamental da equipe quanto as suas competências ligadas aos seus cargos de atuação. Assim, ser capacitado pelo coaching estimula a capacidade intelectual, não exclui outras formas e estilos de liderança, mas permite que o ambiente seja construído com bases no treinamento e desenvolvimento em prol do crescimento de todos colaboradores e de toda organização. 39 Conforme Cruz, a Liderança coaching permite a capacidade de conduzir os colaboradores com o objetivo de motivá-los, capacitá-los desenvolvendo suas competências, corrigir seuserros por meio do seu próprio auto desenvolvimento, desenvolvendo também as suas habilidades e competências que são meios importantes para que as equipes tenham êxito nas suas atividades e sucesso nas tarefas organizacionais que executam desenvolvendo comportamentos, conhecimentos e habilidades desses grupos transformando- os em equipes de alto desempenho,capazes de alcançar um resultado, além do esperado, pela organização. Essa capacitação, comentada por Cruz (2010), estimula a capacidade de aprendizado,autodesenvolvimento e aumento das suas capacidades intelectuais sem excluir outras formas decomando de diferentes tipos de líderes, mas que esse aumento do capital humano e intelectualseja feito por meio de treinamentos e desenvolvimentos com o intuito de agregar maior capacitação para os colaboradores e mais crescimento para a organização. Segundo Andrade (2013) quando se observa no dia a dia dentro das organizações e nasvidas das pessoas pode se notar que o líder transmite crenças pessoais o tempo todo ao colaborador que apresenta certas habilidades, o líder só atribuirá atividades que acredita que ele possadesenvolver com sucesso, e, ao agir dessa forma, o líder somente reforçara aquilo que ele jásabe fazer e que profissionalmente ele já é dentro da organização. É preciso sair da concha, épreciso oferecer a ele novas tarefas, que sejam estimuladoras de seu potencial e da sua criatividade, por serem atividades dinâmicas e que ele possa sentir-se sempre desafiado por essas atividades e que venham agregar a esse colaborador, iniciativa, dinamismo, criatividade e novascompetências que irão contribuir tanto como seu crescimento pessoal quanto profissional e aorganização também acaba ganhando colaboradores mais comprometidos, com maiores competências, agregando maior desenvolvimento e realizando mais processos, com maior precisãoe assertividade dentro da organização. Um dos papéis da liderança coach é construir a autoconfiança e o autodesenvolvimentoem seus colaboradores. O gestor passa confiança, tem permissão para dar conselhos e opiniõessobre as suas decisões, incentivo, apoio e atividades que permitama esse colaborador, adotaruma postura com maior competência no exercício de suas funções, delegando a eles sempreatividades desafiadoras e enriquecedoras do potencial humano. 40 Nesse sentido para Andrade (2013) é necessário que o líder crie um ambiente otimizadorde resultados para a organização, delegando não apenas atividades rotineiras, mas sim, atividades desafiadoras e dinâmicas, que a equipe e o colaborador sempre se sintam desafiados a utilizar o seu potencial e as suas competências, que sejam tarefas estimulantes capazes de empolgá-los, aumentando a sua motivação e seu comprometimento com a organização, por meio de tarefas desafiadoras e criativas que forcem o uso de seus conhecimentos, habilidades e atitudes, que eles se sintam vencedores a executar e concluir as suas tarefas, independentes do desempenho que venham a ter, que as atividades acrescentem uma energia extra e os estimulema trabalhar em outros processos mais engajados e com maior competência e satisfação profissional. O coach que as organizações tanto necessitam, aquele perfilque cria condições para que o liderado aprenda e se desenvolva, aumentando sua iniciativa ecriatividade, também passe por uma mudança das práticas e atitudes erradas, para comportamentos certos. Nesse ciclo é imprescindível a confiança mútua, pois os colaboradores precisamse aperfeiçoar, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, revendo suas crenças e valores, asua missão de vida e, muitas vezes, aperfeiçoar habilidades e competências específicas para serusado no seu trabalho. Por vezes, ele sente que necessita de mudanças na sua carreira, encontram dificuldade para a sua recolocação profissional, sentem resistência de sua equipe imediata,entre outras atividades de sua função. O coach é aquele que proporcionara a condução e a orientação para que os colaboradores obtenham sucesso e grandes resultados no seu desenvolvimento pessoal e profissional. Conforme Da Lidiane (2015) o coach deve ser sempre aquele responsável em auxiliarno desenvolvimento dos colaboradores, agregando melhorias profissionais, carreiras, sociais,pessoais e familiares, servindo também para o desenvolvimento de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos no desempenho de suas atividades. Dessa forma, melhorando- o comoprofissional, garantindo melhores resultados para a organização, e uma maior produtividade da equipe de trabalho, e para ele mesmo uma melhor carreira profissional, maior estabilidade noemprego e uma melhor colocação no mercado de trabalho. Para isso, é necessário que elemesmo seja responsável pelo seu aprendizado e desenvolvimento continuo. O líder coach apenas vai conduzir esse processo, no 41 entanto, quem fará esse progresso de elevação do seu desempenho será o próprio colaborador. Para Ferrari (2018) quando um gestor ou líder se torna um coaching de um colaboradorou da sua equipe de trabalho, vai ajudar para que essas pessoas desenvolvam maior competênciae experiências, por meio dos seus próprios recursos, desenvolvendo as suas próprias soluções afim de atingir os seus objetivos. Nesse sentido para Ferrari (2018), o líder coach consegue desenvolver uma maior experiência profissional de vida e das competências dos colaboradores e equipes de trabalho, pormeio dos próprios recursos, encontrando por si mesmo, com a ajuda do coach, as soluções paraas melhorias de seu conhecimento, de suas habilidades e atitudes fazendo com que eles mesmos sejam responsáveis pelo processo de transformação de suas competências, de sua carreira profissional, de seus relacionamentos interpessoais e consigo mesmo, com outros colaboradorespara o seu desenvolvimento profissional tanto habilidades específicas no ambiente de trabalhoquanto mudanças comportamentais no seu trabalho e na sua vida pessoal. Segundo Brubaker e Mitchell (2018) os gerentes de recursos humanos devem fazer testes para garantir que os líderes estejam dispostos a participar de programas de treinamento, apartir da realidade atual da organização. Devem se beneficiar do coaching todos os líderes, eaqueles que estiverem ocupados devem parar o que estão realizando para participar das sessõesde coaching. Após isso, devem praticar o desenvolvimento de nova mentalidade, habilidadese hábitos, deve-se perguntar a esses líderes, que atividades ou responsabilidades que estariamdispostos a abandonar ou delegar, mesmo que por pouco tempo, para restar tempo para a participação dos programas de treinamento. Caso resistam na participação de algum ou todos osprogramas de treinamento e desenvolvimento praticados pela Organização, deve-se dar um ultimato a eles de maneira suave, porém firme, como parte de um planejamento de carreira, conversando e esclarecendo que o que se tem, estagnou-se e não poderão avançar para um próximo nível até que destinem parte do seu tempo ao autodesenvolvimento e aprendizado contínuo, que a organização oferece como forma de aprendizado e desenvolvimento das competências dos líderes. 42 REFERÊNCIAS ANDRADE, Sali. 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